01 Pojecto - Memoria Descritiva - Final

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROMECÂNICA

PROJECTO DE INSTALAÇÃO DE UTILIZAÇÃO

EDIFÍCIO UNIFAMILIAR DE UMA RESIDÊNCIA FAMILIAR TIPO 3

Discente:
Cláudia Alexandre Mutane

Beira
2024
Cláudia Alexandre Mutane

PROJECTO DE INSTALAÇÃO DE UTILIZAÇÃO

EDIFÍCIO UNIFAMILIAR DE UMA RESIDÊNCIA FAMILIAR TIPO 3

Trabalho a ser apresentado a Universidade Zambeze, através do


Departamento de Electromecânica de FCT, para efeitos de
avaliação na Cadeira de Instalações Eléctricas 1, sob orientação do
Docente

Eng. Hélio Machava

Beira

2024

1
ÍNDICE
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4

1.1. Introdução............................................................................................................................. 4

1.2. Objectivos............................................................................................................................. 4

1.2.1. Objectivo geral .............................................................................................................. 4

1.2.2. Objectivos específicos ................................................................................................... 4

1.3. Descrição e organização do projecto .................................................................................... 4

1.4. Normas e Regulamentos....................................................................................................... 4

CAPITULO 2: MEMORIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA .................................................. 6

2.1. Generalidades ....................................................................................................................... 6

2.2. Caraterísticas da Instalação .................................................................................................. 6

2.3. Classificação dos Locais ...................................................................................................... 6

2.4. Ligação A Rede De Distribuição De Energia ...................................................................... 7

2.5. Temperatura Média da Zona ................................................................................................ 7

2.6. Iluminação ............................................................................................................................ 8

2.7. Potencias............................................................................................................................. 10

2.8. Coeficientes de Utilização e Simultaneidade ..................................................................... 11

2.9. Número de Pontos De Tomada .......................................................................................... 12

2.10. Cargas previstas na instalação .......................................................................................... 13

2.11. Dimensionamento............................................................................................................. 15

2.11.1. Corrente De Serviço .................................................................................................. 15

2.11.2. Corrente Máxima Admissível .................................................................................... 15

2.11.3. Protecção Contra Sobrecarga..................................................................................... 16

2.11.4. Protecção contra Sobreintensidades .......................................................................... 17

2.12. Quadro eléctrico ............................................................................................................... 19

2
2.12.1. Circuitos da saída do Quadro..................................................................................... 19

2.12.2. Quadro de entrada ...................................................................................................... 20

2.13. Canalizações eléctricas ..................................................................................................... 20

2.14. Especificações técnicas .................................................................................................... 21

2.14.1. Caixas de Passagem ................................................................................................... 21

2.14.2. Condutores ................................................................................................................. 21

BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 23

ANEXO......................................................................................................................................... 24

3
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1.1.Introdução
Este é um projecto execução de uma instalação eléctrica a baixa tensão de uma residência
classificada como A1; Tipo 3; de um piso. A finalidade da instalação é fazer uma ligação segura e
eficiente da fonte com os pontos de consumo de carga na residência. Um projecto de instalação
eléctrica inclui: alimentação de energia eléctrica, quadros eléctricos, iluminação geral, circuitos de
tomada, terra de protecção, e outros circuitos a considerar

1.2.Objectivos
1.2.1. Objectivo geral
 Elaborar um projecto de instalacao electrica para uma residencia

1.2.2. Objectivos específicos


 Estabelecer ligação de energia eléctrica na residência de forma segura, eficiente e
económica;
 Elaborar um projecto de instalação residencial, seguindo as normas, regulamentos e
codigos de pratica em vigor em Mocambique;
 Explicar em detalhes como serao feitas as ligacoes dos componentes de toda instalacao
(regras de montagem);
 Abordar criterios de seguranca das instalacoes electricas.

1.3.Descrição e organização do projecto


As instalações foram concebidas de forma a permitir desempenhar com eficiência e em boas
condições de segurança os fins a que se destinam. Convenientemente dimensionadas e
subdivididas de forma a limitar os defeitos de eventuais perturbações e a facilitar a pesquisa e
reparação de avarias.

1.4.Normas e Regulamentos
São elementos que devem ser cuidadosamente indicados no projecto, uma vez que a instalação
projectada dependera delas. Mas independentemente dessas regras legais a instalação deverá
apresentar clareza, simplicidade e flexibilidade como qualidade de bom funcionamento e
primordiais.

4
A seguir são indicadas as normas e regulamentos usados para a elaboração do projecto:

 Regras Tecnicas de Instalacoes Electricas de Baixa Tensao


 Regulamento Portugues Decreto-Lei Nº 740/74 de 26 de Dezembro
 Regulamento de Mocambique Decreto-Lei Nº 226/2005, de 28 de Dezembro
 Regulamento de Seguranca de Instalacoes Electricas de Utilizacao de Energia Electrica

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CAPITULO 2: MEMORIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
2.1.Generalidades
Refere-se a presente Memória Descritiva ao projeto das Instalações Elétricas de Baixa Tensão de
um edifício residencial T3. Todas as prescrições apresentadas são resultado de escolha criteriosa
e no cumprimento de toda a legislação pertinente em vigor, nomeadamente nas Regras Técnicas
das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT), e do Regulamento de Segurança de
Instalações de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE).

Em conformidade, descrevem-se e justificam-se neste relatório as opções técnicas tomadas, e


apresentam-se os cálculos efetuados para o dimensionamento das soluções recomendadas. O
instalador deverá seguir o disposto nos regulamentos e exigências normativas específicas, bem
como ter o conhecimento das luminárias, condutores eléctricos, dispositivos de proteção de
circuitos, entre outros materiais que serão usados na execução do projecto para garantir segurança
da instalação, portanto, em caso de haver alguma necessidade de alteração devera previamente
fazer se uma consulta no que concerne as normas técnicas de instalações eléctricas de baixa tensão.

2.2.Caraterísticas da Instalação
O edifício e constituído por:

 Uma sala
 Tres quartos
 Uma casa de banho
 Uma cozinha
 Um corredor
 Uma varanda

2.3.Classificação dos Locais


A classificação dos locais quanto ao ambiente foi considerada de acordo com o Art.º 359 do
RSIUEE. Quanto a sua utilização foi considerada de acordo com o Art.º 83 alínea b) e Art.º 97 do
RSIUEE, enquadrando-se esses edifícios nos locais Residenciais ou de uso Profissional.

6
Tabela 1 – classificação dos locais

Local Quanto ao ambiente Quanto a utilização


Sala de estar SRE Residencial
Dormitório SRE Residencial
Casa de banho THU Residencial
Cozinha THU Residencial
Circular SRE Residencial

2.4.Ligação A Rede De Distribuição De Energia


Segundo o Art.º 420 do RSIUEE (Número de fases das instalações). As instalações de utilização,
alimentadas a partir de redes de distribuição públicas, cuja potência total exceda 6,6 kVA, serão
trifásicas, salvo acordo prévio do distribuidor.

A alimentação da referida residência será feita a partir de um poste público e com base na potência
instalada do disposto anterior, o edifico suportará o sistema trifásico com tensão de linha igual a
380V, potência instalada de 10.01 KVA, através de um condutor H05V-U 4×6 mm²+T6mm² (H-
cabo harmonizado, 05- tensão de isolamento 300/500V, V- isolamento exterior de policloreto de
vinilo, F- condutor flexível Classe 5) para entrada (coluna a montante).

2.5.Temperatura Média da Zona


Em qualquer instalação elétrica, seja ela residencial o industrial, o factor temperatura é muito
importante ter em consideração, pois, devido a variação da mesma, regista-se uma alteração
nalguns parâmetros, como é o caso da condutividade eléctrica. Quando negligenciado, pode vir
afectar negativamente na instalação. A temperatura média em uma determinada zona onde
pretende-se fazer uma instalação, ajuda achar os factores de correção de temperatura para os
condutores, devido ao facto de os parâmetros nominais dos condutores não serem constante na
realidade.

Esta é a temperatura média na cidade da Chimoio, escolhi a temperatura média deste local
assumindo que a instalação seja feita nesta cidade, e a temperatura média desta cidade é:

𝑇𝑚𝑒𝑑 = 21𝑜 𝐶𝑒𝑙𝑠𝑖𝑢𝑠.

7
2.6.Iluminação
Com vista a proporcionar um ambiente luminoso agradável aos moradores do edifício, foi feito
um cálculo luminotécnico com vista a criar um ambiente com um nível de luminância de 50, 150
ou 200 Lux e foi necessário seguir toda regulamentação para evitar cometer erros como esses,
assim sendo, um projecto bem dimensionado cumpre com as exigências abaixo:

 Nível de iluminação necessário em cada compartimento dependendo das suas


características e utilização;
 Uniformidade da iluminação;
 Evitar sombras indesejáveis;
 Evitar superfícies com iluminação insuficiente ou excessiva;

Tabela 2 – cálculo luminotécnico

1 compartimento 1 2 3 4 5 6 7 8
2 utilizacao Sala Quarto 1 Quarto 2 Quarto 3 Cozinha Corredor Casa de Banho Varanda
3 Comprimento C m 4,55 3,65 2,85 3,65 3,2 3,8 2,5 3,05
4 Lagura L m 2,9 2,5 2,5 2,4 2,4 1 1,5 1,8
5 Altura H m 3 3 3 3 3 3 3 3
6 Área S m2 13,20 9,13 7,13 8,76 7,68 3,8 3,75 5,49
3
7 Volume V m 39,59 27,38 21,38 26,28 23,04 11,4 11,25 16,47
8 Tipo Iluminacao - - Indirecta Directa Directa Directa Directa Directa Directa Directa
9 Altura Montagem Hm M 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25 2,25
10 Indice Local K - 0,79 0,66 0,59 0,64 0,61 0,35 0,42 0,50
11 Tectos ρt % 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7
12 Paredes ρp % 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
13 Solo ρs % 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
14 Tipo Armadura - - S T T T T O T O
15 F. Utilizacao Fu % 0,37 0,3 0,29 0,3 0,3 0,17 0,2 0,25
16 F. Manutencao Fm % 0,7 0,7 0,7 0,7 0,65 0,7 0,55 0,65
17 Rendimento Global ɳ % 0,26 0,21 0,20 0,21 0,20 0,12 0,11 0,16
18 Nivel Recomendado Er Lux 100 100 100 100 100 60 100 100
19 Fluxo Virtual Øv Lm 1319,5 912,5 712,5 876 768 228 375 549
20 Fluxo Necessario Ø Lm 5094,59 4345,24 3509,85 4171,43 3938,46 1915,97 3409,09 3378,46
21 Nº Armaduras N - 2 2 1 2 1 2 1 2
22 Fluxo Armadura Øa Lm 4000 3000 3000 3000 3000 2160 3000 2160
23 Fluxo Total Øt Lm 8000 6000 3000 6000 3000 4320 3000 4320
24 Iluminancia Inic. Ei Lux 224,33 197,26 122,1 205,48 117,19 193,26 160,00 196,72
25 Iluminancia Serv. Es Lux 157,03 138,08 85,47 143,84 76,17 135,28 88,00 127,87
26 Potencia Armadura pa watt 40 36 36 36 36 36 36 36
27 Potencia Total Pt Watt 80,00 72,00 36,00 72,00 36,00 72,00 36,00 72,00
28 Carga Relativa δ W/m2 6,06 7,89 5,05 8,22 4,69 18,95 9,60 13,11

Com base na tabela de cálculo luminotécnico podes ver quantas luminárias são necessárias para
cada compartimento e com a potência total de cada compartimento, e essa potência levarei para o
cálculo da potência necessária de iluminação para esta residência.
8
Tabela 3 – número de pontos de iluminação

Compartimento Pontos de Iluminação

Sala 2

Quarto 1 2

Quarto 2 1

Quarto 3 2

Cozinha 1

Varanda 2

Corredor 2

Casa de banho 1

Total 13

9
2.7.Potências
No cálculo da potência dos compartimentos, é conveniente em primeiro lugar ter conta com o
número de divisões principais, que e representam as áreas úteis totais da instalação de utilização
de energia eléctrica

Segundo o Artigo 435º do RSIUEE, na contagem do número de divisões principais deverão apenas
ser consideradas as que tiverem área superior a 4m², nesse contexto, excluem-se as cozinhas,
corredores, e as casas de banho.

O edifício tem quatro (4) divisões principais. Assim sendo as potências a considerar são:

a) Para instalações de iluminação e tomadas para uso gerais (TUG) uma potência de
25𝑉𝐴/𝑚²;
b) Para instalações, fixas ou não, de climatização de climatização ambiente elétrica, uma
potência de 80𝑉𝐴/𝑚²;
c) Para instalações de máquinas de lavar, uma potência de 3,3 KVA;
d) Para instalações de cozinha elétrica, uma potência:
 Até três (3) divisões principais, 3 KVA;
 Para quatro divisões principais, 4 KVA;
 Para cinco divisões principais, 5 KVA;
 Para mais de cinco divisões principais, 8 KVA.
e) Para instalações de aquecimento elétrico de água:
 Até três divisões principais, 1,5 KVA;
 Para quatro e cinco divisões principais, 2 KVA;
 Para mais de cinco divisões principais, 3 KVA.

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Tabela 4 – cálculo da potência a instalar na instalação

Divisoes Area Iluminacao Climatizacao Aquecimento Maquina Cozinha Subtotal


(m2) e tomadas (KVA) electrico de lavar electrica (KVA)
(KVA) (KVA) (KVA) (KVA)
Sala 13.2 0.33 1.055 - - - 1.385
Quarto 1 9.13 0.22 0.730 - - - 0.958
Quarto 2 7.13 0.178 0.570 - - - 0.748
Quarto 3 8.76 0.219 0.701 - - - 0.92

Cozinha 9.28 - - - 3.3 4.0 7.3


Corredor 3.8 - - - - - -
Varanda 5.49 - - - - - -
Casa de banho 3.75 - - 2.0 - - 2.0

Total - 0.947 3.056 2.0 - 4.0 13.311

Assim sendo, a potência total aparente da instalação e de 13.311 𝐾𝑉𝐴, através desta pode-se saber
qual potência activa da instalação em KW devera ter, esse calculo é feito pelo produto da potência
aparente pelo factor de potência da concessionária, para o caso de Moçambique, o factor de
potência da concessionária (EDM) é 0,8.

𝑃 = 𝑆 × 𝑐𝑜𝑠𝜑

𝑃 = 13.311 𝐾𝑉𝐴 𝑥 0, 8

𝑃 = 10.65 𝐾𝑊

2.8.Coeficientes de Utilização e Simultaneidade


Os resultados globais na determinação da potência de uma instalação, devem ser ponderados por
coeficientes de utilização (KU) e por coeficientes de simultaneidade (KS):

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 O coeficiente de utilização KU, caracteriza o regime de funcionamento de um receptor,
estabelecendo a relação entre a potência que se presume utilizada e a potência nominal
instalada;
 O coeficiente de simultaneidade KS, caracteriza o regime de funcionamento de uma
instalação.

A tabela de coeficientes de simultaneidade para diferentes circuitos se encontra no anexo 2.

Para a potência real instalada na residência considerando os coeficientes de simultaneidade e


utilização, a potência de cada equipamento que poderá ser ligada a residência e o factor de
potência, veja a tabela de cargas que será devidamente identificada.

2.9.Número de Pontos De Tomada


O cálculo do número de pontos de tomadas na instalação será com base no perímetro que cada
compartimento possui, assim sendo, para cómodos maiores que 4m² ou divisões principais, devera
no mínimo possuir 1 TUG para cada 5 m ou fração de perímetro igualmente espaçadas; cozinhas,
copas no mínimo 1 TUG para cada fracção de 3,5 m de fracção de perímetro, independentemente
da área que as mesmas possuírem.

Tabela 5 – número de tomadas de uso geral

Dimensões Tomadas de Uso Geral


Compartimentos Area Comprimento Largura Perímetro (TUG)
Sala 13.2 4.55 2.9 14.9 5+5+4.9 3
Quarto 1 9.13 3.65 2.5 12.3 5+5+2.3 3
Quarto 2 7.13 2.85 2.5 10.7 5+5+0.7 3
Quarto 3 8.76 3.65 2.4 12.1 5+5+2.1 3
Cozinha 9.28 3.2 2.9 12.2 3.5+3.5+3.5+1.7 4
Total 16

12
2.10. Cargas previstas na instalação
Tabela 6 – mapa de áreas de cargas da instalação

Quadro Utilizacao Qtd P Pt Fs Fs por Pu Pu total


(VA) (VA) compartimento (VA) (VA)
Sala Iluminacao 2 40 72 1 0.91 3192
TUG 3 100 300 0.4
Climatizacao 1 3000 3000 1
Quarto 1 Iluminacao 2 36 72 1 0.91 1692
TUG 3 100 300 0.4
Climatizacao 1 1500 1500 1
Quarto 2 Iluminacao 1 36 36 1 0.91 1656
TUG 3 100 300 0.4
Climatizacao 1 1500 1500 1
Quarto 3 Iluminacao 2 36 72 1 0.91 1692
15818
TUG 3 100 300 0.4
Climatizacao 1 1500 1500 1
Cozinha Iluminacao 1 36 36 1 0.91 6006
TUG 4 100 400 0.4
Congelador 1 1000 1000 0.7
Fogao electrico 1 3000 3000 0.7
Micro-ondas 1 1000 1000 0.7
Maquina de Lavar 1 3300 3300 0.7
Corredor Iluminacao 2 36 72 1 1 72
Varanda Iluminacao 2 36 72 1 1 72
Casa de banho Iluminacao 1 36 36 1 1 1436
Aquecimento 1 3000 2000 0.7
electrico de agua

Com os dados acima obtidos, pode se dizer que a potência total útil da instalação é de 15818 VA,
ou:

13
𝑃𝑢 = 𝑆 × 𝑐𝑜𝑠𝜑

𝑃𝑢 = 15818 𝑥 0, 8

𝑃𝑢 = 12654,4 𝑊

14
2.11. Dimensionamento
Nesta parte mostrarei os cálculos feitos para determinar qual tipo de disjuntor, fusível devo usar
de modo a proteger toda a minha instalação contra possíveis danos que podem acontecer a cada
aparelho que se deseja instalar nesta residência,

2.11.1. Corrente De Serviço


A corrente de serviço será determinada mediante a potência total prevista no quadro de carga.
Assim sendo, para o caso do projecto de uma casa, que possui uma potência acima de 6,6kVA
sendo essa potência trifásica, e a tensão de linha a considerar para o projecto, terá que ser igual a
380 V.

𝑆
𝐼𝑆 =
√3 × 𝑈

15818
𝐼𝑆 = = 24 𝐴
√3 × 380

2.11.2. Corrente Máxima Admissível


A protecção das canalizações é um critério que deve obedecer alguns factores, são esses;

 Factor de correcção para cabos enterrados 𝛽

 Factor de correcção de temperatura 𝛾

Para efeito, tem-se 𝛽 = 0,80, para cabos multicondutores enterrados.

Para achar o factor de correção de temperaturas ambientes diferentes de 20⁰C, terá que se ter em
consideração com a temperatura media calculada anteriormente igual a 21⁰C, esse valor será obtido
na base da tabela de factor de correção de temperatura, os cálculos a serem feito não serão exactos,
razão pela qual a obtenção desse valor será com base nos cálculos aproximados através de alguns
valores conhecidos já tabelados desta feita, conhecidos os valores para temperatura de 20⁰C e a de
25⁰C, obteve-se o seguinte resultado:

ϒ = 0,988

A seguinte condição terá que ser satisfeita:

15
𝐼𝑆 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑍

Sendo que:

𝐼𝑍 = 𝐼𝑚á𝑥 × 𝛽 × 𝛾

𝐼𝑍 = 60 × 0,80 × 0,988

𝐼𝑍 = 47,42𝐴

24𝐴 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 47,42𝐴

O condutor atente os critérios normativos em que a corrente de serviço (𝐼𝑆 ) deve ser menor que a
corrente nominal do dispositivo a proteger o circuito (𝐼𝑛 ) e sucessivamente menor que a corrente
máxima admissível corrigida na canalização (𝐼𝑧 ).

2.11.3. Protecção Contra Sobrecarga


A protecção da canalização contra sobrecarga, é feita com o intuito de achar o calibre dos
dispositivos de protecção. Para efeito de calculo devera ser consultada a tabela que diz respeito a
intensidade nominal de regulação do dispositivo de protecção para achar os possíveis valores das
correntes de funcionamento e de funcionamento.

2.11.3.1. Disjuntores

Para a corrente de serviço estipulada de 23,7A, olhando na tabela, podemos escolher um disjuntor
com intensidade nominal de regulação de 32A.

𝐼𝑓 = 54,6𝐴

𝐼𝑛𝑓 = 46,2𝐴

Com esses dados é necessário verificar a condição:

𝐼𝑛𝑓 ≤ 1,15𝐼𝑧

46,2 ≤ 1,15 × 47,42𝐴

46,2 ≤ 54,53

O disjuntor de calibre 32A atende as necessidades do projecto.

16
2.11.3.2. Fusíveis

𝐼𝑓 = 44𝐴

𝐼𝑛𝑓 = 35𝐴

Igualmente, terá que verificar-se a condição

𝐼𝑛𝑓 ≤ 1,15𝐼𝑧

35 ≤ 1,15 × 47,42𝐴

35 ≤ 54,53𝐴

Portanto, fusível de calibre 25A, também atende as necessidades do projecto.

2.11.4. Protecção contra Sobreintensidades


1:𝐼𝑆 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑍

2: 𝐼𝑛𝑓 ≤ 1,15 × 𝐼𝑍

Primeira condição: 24 ≤ 32 ≤ 45,7

Segunda condição: 46,2 ≤ 52,56

Condições satisfeitas condutor 6mm2 e disjuntor de proteção de 32A.

2.11.4.1. Resistência a montante

A canalização possui de comprimento 20 metros, e seu valor de resistência é calculado a 20ºC.

Dados: 𝜌 = 0,0178Ω/𝑚/𝑚𝑚2; 𝐼 = 18𝑚; 𝑆𝑁 = 25𝑚𝑚2; 𝑅𝑚 =?

𝐿 18
𝑅𝑚 = 𝜌 × = 0,0178 × = 0,02Ω
𝐴 16

17
2.11.4.2. Resistência do cabo a jusante

O cabo alimentador será de cobre não estanhado, multicondutor cabelado. A resistência máxima
de condutores de cobre a 20ºC para secções de 16mm2 é de 0,727Ω/km, então a resistência do
cabo a 20ºC será:

𝐿 = 18𝑚; 𝑟 = 0,727Ω/𝑘𝑚

2 × 𝐿 × 𝑟 2 × 18 × 0,0727
𝑅20°𝐶 = = = 26,17𝑚Ω
1000 1000

 𝑅𝑡𝑐 = 𝑅𝑚 + 𝑅𝐶 = 0,02 + 0,026 = 0,046172Ω

2.11.4.3. Corrente de curto-circuito:

𝑈𝑛 = 380𝑉 𝑅𝑡𝑐 = 0,046172Ω

𝑈𝑛 380
𝐼𝐶𝐶 = = = 8,23𝐾𝐴
𝑅𝑡𝑐 0,046172

18
2.12. Quadro eléctrico
São equipamentos onde se irão alojar todas as aparelhagens de protecção e algumas aparelhagens
principais de manobra e/ou controle dos circuitos eléctricos. Escolher o invólucro de modo que os
índices IP e IK sejam adequados ao local onde este se encontrará.

A secção dos barramentos deverá ser calculada para uma densidade de corrente não superior a 2
A/mm² referente à intensidade nominal dos respectivos aparelhos de corte geral.

No quadro temos um barramento das fases, um barramento dos neutros e um barramento de terra
onde deverão ser ligados os circuitos de protecção da instalação e da massa do próprio quadro.

Neste caso o quadro eléctrico se encontrara na varanda frontal que é classificado como um
ambiente THU.

O quadros eléctrico sera do tipo capsulado para montagem embebida, em material isolante auto-
extinguível. Sera da classe II de isolamento, equipado com painel e porta exterior opaca assentando
num aro com junta vedante de forma a garantir um grau de protecção não inferior a IP20.

O quadro terá porta que permite o acesso aos aparelhos, para efeito de manobra, manutenção e
execução de ligações e regulação de aparelhos neles instalados. As ligações internas do quadro,
serão executadas em condutores de cobre do tipo H07V – U/R, nas secções respectivas indicadas.

Os barramentos e condutores deverão ser identificadas com as cores de (castanho/preto) para as


fases, azul para o neutro e (verde/amarelo) para o barramento da terra. A aparelhagem montada no
quadro, será devidamente identificada por meio de etiquetas que permitam conhecer as funções a
que se destinam, ou os circuitos a que pertencem.

2.12.1. Circuitos da saída do Quadro


 Circuitos de iluminação: Os circuitos de iluminação devem levar cabos do tipo
V2x1,5/VD12,
 Circuitos de tomadas de uso geral: Os circuitos de tomada de uso geral devem leva cabos
do tipo V2x2,5 + T2,5/VD20;
 Circuito ara máquina de lavar: Os circuitos para máquinas de lavar devem levar cabos do
tipo V2x2,5+T2,5/VD20;

19
 Os Circuitos para ligação de aparelho de aquecimento de água levam cabos do tipo
V2x2,5+T2,5/VD20;
 Os Circuitos para ligação de fogão de cozinha levam cabos do tipo V2x6+T6/VD20.
 Os Circuitos para ligação de aparelho de Climatização levam cabos do tipo
V2x2,5+T2,5/VD20

2.12.2. Quadro de entrada


Estes quadros alojam os disjuntores de protecção dos circuitos de saída. Estes disjuntores têm a
corrente estipulada de 10 A para os circuitos de iluminação, protegendo condutores de 1,5 mm2
de secção, e 16 A para os circuitos de tomadas, protegendo condutores de 2,5 mm2 de secção. Para
saídas destinadas a circuitos de tomadas para máquinas de lavar, secar ou outras cujas potências
seja significativa (> 2 kVA) as saídas deverão ser individuais de 4 – 6 mm2 de secção.

As diferentes saídas podem ser agrupadas por disjuntores ou interruptores diferenciais (com a
sensibilidade máxima de 300 mA para os circuitos de iluminação e 30 mA para os circuitos de
tomadas).

2.13. Canalizações eléctricas


As canalizações eléctricas serão de uma forma geral embebidas. Podendo, no entanto, existir zonas
cujas canalizações serão montadas a vista sobre abraçadeiras. Todos os circuitos de distribuição,
o condutor de protecção deve fazer parte integrante da mesma canalização do circuito, e possuir
uma secção de acordo com:

 Circuitos de iluminação = 1,5 mm²;


 Circuitos de tomadas e de equipamentos = 2,5 mm²;
 Circuitos de alimentação de quadros = 4 mm²;
 Circuitos de alimentação das entradas = 6 mm²;

O traçado das canalizações embebidas, será estabelecido na horizontal ou vertical a partir dos
aparelhos intercalados nas canalizações, ao longo de rodapés, ombreiras e intersecção das paredes,
de modo a que o trajecto seja facilmente identificável.

As caixas de derivação e de passagem serão em baquelite com tampas fixas por parafusos de modo
a assegurar a sua estanquicidade. No interior destas serão colocadas placas terminais. Dentro de
cada dependência, caixas deverão ficar a mesma altura do solo, centradas com vãos das portas.
20
As caixas para interruptores, comutadores e tomadas serão de baquelite, centradas com os vãos
das portas. As dimensões mínimas serão:

 Caixas de passagem 40x80mm;


 Caixas de derivação ate 3 saídas 80x80mm.

Cabos H1VV-R, 0,6/1 kV (ou VV), com isolamento e bainha em PVC, alma condutora em cobre,
em instalações à vista, para circuitos de distribuição de energia, (bainha exterior cor preta se em
instalações expostas);

O dimensionamento das canalizações eléctricas deverá ser feito tendo em atenção os aspectos
seguintes:

 A intensidade de corrente máxima admissível no cabo (𝐼𝑍);


 A protecção dos condutores quanto ao aquecimento;
 A queda de tensão máxima admissível em função do comprimento e utilização dos
circuitos.

Para casos gerais temos:

 Circuitos de iluminação: VD16 e 1.5𝑚𝑚2 de secção transversal.


 Circuitos de tomadas de uso geral: VD20 2.5𝑚𝑚2 de secção transversal;
 Circuitos de tomadas de uso específico: VD20 4 − 6 𝑚𝑚2 de secção transversal.

2.14. Especificações técnicas


2.14.1. Caixas de Passagem
Serão em ferro, em chapa tratada contra corrosão, estampadas, dimensões internas mínimas 100 x
100 mm, quando retangulares ou octogonais de teto (fundo móvel), e 75 x 75 mm, quando em
parede (fundo fixo).

Externamente, deverão ser em alvenaria, com dimensões mínimas de 0,3x0,3 m para eléctrica.

2.14.2. Condutores
Deverão ser em cobre electrolítico, pureza mínima 99,9 %. Condutores do tipo H07V-U (R ou K),
norma de fabrico NP-2356.

21
O isolamento deverá ser constituído de composto termoplástico de PVC, com características para
não-propagação e auto-extinção do fogo, tipo BWF.

A tensão do isolamento deverá ser 0,6/1 kV ou 450/750 V, conforme indicado na prancha.

As temperaturas máximas admissíveis para o condutor deverão ser:

 70 graus C para serviço contínuo;


 100 graus C em sobrecarga;
 160 graus C em curto-circuito.

Código de cores a observar (no caso dos circuitos terminais):

 fase: preto, vermelho e branco;


 neutro: azul-claro;
 retorno: amarelo;
 terra: verde.

22
BIBLIOGRAFIA
As normas seguintes:

 Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão.


 Regulamento Português Decreto-Lei N.º 740/74 de 26 de Dezembro.
 Regulamento de Moçambique Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de Dezembro.
 Regulamento De Segurança De Instalações Eléctricas De Utilização De Energia Eléctrica.

Catálogos:

 EuroLux – Paineis led Pag. 9; Super led Pag. 15, Super led tube Pag. 19
 Euro Cabos

23
ANEXO
A1 – Regras para cálculo de potencias prevista

A2 – Factores de Simultaneidade

A3 – proteção contra sobreintensidades

24
A4 – Caracteristicas electricas dos cabos

A5 – Listas de desenhos e componentes desenhadas

Serão expostos em forma de anexo no final do projecto juntamente com os diagramas unifilares
de iluminação, TUG e TUE.

25
Cozinha

T1 T1
1b1
1b1

T1
1a1

1b1 Dormitorio 3

1a1
1b1 Dormitorio 2 Legenda
Interruptor simples de encastrar, 10A, 250V
T1
1b1
Sala de estar O1 1b1
1a1
1a1 Quadro Electrico Geral (QG)

Corredor
S1 Comutador de escada de encastrar, 10A 250V
1a1
1a1 1a1 Luminaria Fluorescente, tipo T1
O1
Luminaria Fluorescente, tipo O1

1b1 T1 Luminaria Fluorescente, tipo S1


1b1
S1
1a1 WC
1b1

Dormitorio 1

T1 T1
Varanda 1b1 1b1

O1 O1
1a1 1a1

ALUNO: PROJETO: PROFESSOR: NUMERACAO:

Claudia Alexandre Mutane Planta baixa Machava AA.06


CONTEÚDO DA PRANCHA: ESCALA: PADRAO: DATA:

Iluminacao interior 1:10 A3 17/06/24


T1
1c1

Cozinha

Dormitorio 3

Dormitorio 2 Legenda
Interruptor simples de encastrar, 10A 250V
Sala de estar
T1
1c1 QG Quadro Electrico Geral (QG)
1c1

T1
Corredor
1c1
Luminaria Fluorescente, tipo T1

Caixa de derivacao de encastrar

Dormitorio 1

Varanda

T1
1c1

ALUNO: PROJETO: PROFESSOR: NUMERACAO:

Claudia Alexandre Mutane Planta baixa Machava AA.02


CONTEÚDO DA PRANCHA: ESCALA: PADRAO: DATA:

Iluminacao exterior 1:10 A3 17/06/24


2b 2c

Dormitorio 3 2c
Cozinha
2c
2b
2b 2c
2b

2c Dormitorio 2
Legenda
Tomada monofasica c/terra de proctecao para embutir
2a na parede de 16A/220V
QG
2c
Quadro Electrico Geral (QG)
Corredor

2a
Sala de estar

WC
2a
2a

2a
Varanda Dormitorio 1

2a

ALUNO: PROJETO: PROFESSOR: NUMERACAO:

Claudia Alexandre Mutane Planta baixa Machava AA.06


CONTEÚDO DA PRANCHA: ESCALA: PADRAO: DATA:

Tomadas de uso geral 1:10 A3 17/06/24


3h Cozinha 3e

3g

Dormitorio 3
3f

Dormitorio 2

Sala de estar

QG
Legenda
3d
Corredor

Tomada monofasica c/terra de proctecao para embutir


na parede de 16A/220V

Quadro Electrico Geral (QG)

Condutor 3V2,5mm2 / Tubo VD 16mm


3a WC 3c Caixa de derivacao de encastrar, 16A 250V

Dormitorio 1

Varanda

3b
ALUNO: PROJETO: PROFESSOR: NUMERACAO:

Claudia Alexandre Mutane Planta baixa Machava AA.06


CONTEÚDO DA PRANCHA: ESCALA: PADRAO: DATA:

Tomadas de uso especifico 1:10 A3 17/06/24


Fases
a a a
16A
Reserva C13

20A
Congelador C12

20A
Maquina de lavar C11

20A
Fogao electrico C10

kWh 20A
Aquecedor electrico C09

16A AC 12000BTUs C08

32A 16A
AC 12000BTUs C07

16A
AC 9000BTUs C06
Portinhola
20A C05
AC 24000BTUs

16A C04
Tomadas de uso geral

16A
Tomadas de uso geral C03

da EDM
10A
Iluminacao interior C02

10A
Iluminacao interior C01

ESQUEMA DO QUADRO ELECTRICO GERAL

ALUNO: PROJETO: PROFESSOR: NUMERACAO:

Claudia Alexandre Mutane Planta baixa Machava AA.06


CONTEÚDO DA PRANCHA: ESCALA: PADRAO: DATA:

Quadro electrico 1:10 A3 17/06/24

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