Apostila Projetos Elã©tricos

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FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS II

Apostila elaborada pelo Prof. Cassiano Groth


ÍNDICE
1 – NORMAS E RECOMENDAÇÕES DE PROJETO......................................................... 1
1.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................2
1.2 RECOMENDAÇÕES PARA LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE ILUMINAÇÃO .....4
1.3 RECOMENDAÇÕES PARA LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE TOMADAS ........... 6
1.4 CIRCUITOS ELÉTRICOS ...................................................................................................... 9
1.4.1 Circuitos de distribuição ..............................................................................................9
1.4.2 Circuitos terminais .................................................................................................... 10
1.4.3 Divisão dos circuitos ................................................................................................. 11
1.4.4 Circuito de iluminação (F N) interruptor simples ..................................................... 12
1.4.5 Circuito de iluminação (F N) interruptor paralelo .................................................... 13
1.4.6 Circuito de tomadas de uso geral (FN) ..................................................................... 16
1.4.7 Circuito de tomadas de uso específico (FN) ............................................................. 18
1.5 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO .......................................................................................... 19
1.6 CALCULO DE DEMANDA ................................................................................................ 21
1.7 DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS................................................................. 27
1.8 FIAÇÃO ................................................................................................................................ 31
1.8.1 Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples. ................................. 31
1.8.2 Ligação de lâmpada comandada de dois pontos (interruptores paralelos) ................ 32
1.8.3 Ligação de tomadas monofásicas .............................................................................. 32
1.8.4 Dimensionamento da fiação. ..................................................................................... 32
1.8.5 Critério da bitola mínima .......................................................................................... 33
1.8.6 Critério da capacidade de corrente ............................................................................ 33
1.8.7 Critério da queda de tensão unitária .......................................................................... 40
1.9 DIMENSIONAMENTO DO DISJUNTOR .......................................................................... 46
1.10 DIMENSIONAMENTO DO DISPOSITIVO DR ................................................................ 49
1.11 PADRÃO DE ENTRADA .................................................................................................... 51
1.12 EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 54

2 - SÍMBOLOS GRÁFICOS UTILIZADOS EM PROJETOS ELÉTRICOS ........................ 56


2.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 57
2.2 TABELA DE SÍMBOLOS GRÁFICOS ............................................................................... 58

3 - PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL ........................................................................ 65


3.1 PLANTA BAIXA DA RESIDENCIA .................................................................................. 66
3.2 PREVISÃO DAS CARGAS DE ILUMINÇÃO ................................................................... 67
3.3 PREVISÃO TUG E TUE ...................................................................................................... 68
3.4 QUADRO GERAL ............................................................................................................... 69
3.5 CALCULO DA CORRENTE DOS CIRCUITOS ................................................................ 76
3.6 CÁLCULO DA DEMANDA DO CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO.................................. 77
3.7 DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO................................................................................. 80
3.8 TIPO DE FORNECIMENTO ............................................................................................... 83
3.9 LISTA DE MATERIAL ....................................................................................................... 86

4 - DICAS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS ....................................... 87


4.1 DICAS ................................................................................................................................... 88
4.2 COMO CALCULAR O CONSUMO EM R$ DE UM CHUVEIRO ................................... 88
4.3 VANTAGENS NA INSTALAÇÃO DE CABOS FLEXÍVEIS ........................................... 89
4.4 TABELA DE CONVERSÃO DE AWG PARA mm² .......................................................... 89
1 – NORMAS E
RECOMENDAÇÕES DE
PROJETO
Projetos Elétricos

1.1 INTRODUÇÃO
Toda instalação elétrica deve ser executada a partir de um projeto elétrico.
O projeto elétrico tem por finalidade atender a duas situações bem distintas, ou
seja, estabelecer uma relação entre a concessionária e a(s) unidade(s) consumidora(s),
adequando às necessidades do consumidor com economia e segurança, e em
cumprimento às prescrições da norma.
O projeto de instalações elétricas visa garantir a transferência de energia desde uma
fonte, que pode ser a rede de distribuição de energia elétrica da concessionária ou
geradores particulares, até os pontos de utilização (pontos de luz, tomadas, motores).
Este projeto consiste basicamente de documentos e desenhos técnicos, em que o
nível de detalhamento deve ser suficientemente compreensível e esclarecedor para a sua
correta execução, observando o cumprimento das normas técnicas, das normas
específicas e da legislação local.

Os componentes de um projeto elétrico, de um modo geral, são:

1) ART, Anotação de Responsabilidade Técnica:


 Documento (formulário) de registro do contrato (verbal ou escrito) do projeto no
CREA;
 Define e delimita, para os efeitos legais, o responsável técnico pela obra/serviço;
 Das ART, o profissional obtém o Acervo Técnico.

2) Formulário de Solicitação Ligação Nova à Concessionária:


 Classe (Residencial Comercial ou Industrial);
 Tipo de imóvel (casa, apartamento);
 Dados da Localização;
 Dados de ligação (número de fases, área construída, aparelhos elétricos, motores
elétricos, ar condicionado, carga total);
 Informações Adicionais (padrão de instalação, rede de energia elétrica disponível);

3) Memorial Descritivo:
 Identificação do projeto;
 Justificativa de procedimentos adotados;

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 Informações qualitativas do projeto;
 Descrição geral e documentação do projeto.

4) Memória de Cálculo:
 Previsão de cargas;
 Cálculo da demanda;
 Dimensionamento dos condutores e eletrodutos;
 Dimensionamento das proteções;

5) Plantas
 Planta de situação;
 Planta elétrica dos pavimentos;

6) Esquemas Verticais – Prumadas


 Elétrica;
 Antena coletiva;
 Instalações complementares como, por exemplo, alarme, segurança, iluminação de
emergência;

7) Quadros:
 Quadros de distribuição de cargas;
 Diagrama unifilar;

8) Detalhes (entrada de serviço, caixa seccionadora, centros de medição, pára-raios,


caixas de passagem, aterramentos e outros);

9) Convenções;

10) Especificações;

11) Lista de Materiais;

12) Orçamento.

Um projeto de instalações elétricas prediais de baixa tensão é regido


predominantemente pela norma brasileira de instalações elétricas de baixa tensão, NBR
5410.
A NBR 5410 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2004) estabelece as
condições, em instalações elétricas de baixa tensão, para garantir a segurança de
pessoas ou animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.
O objetivo deste capítulo é de fornecer, em linguagem simples e acessível, as
informações mais importantes relativas a eletricidade, a instalação elétrica, quais seus
principais componentes, como dimensiona-los e escolhê-los.

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1.2 RECOMENDAÇÕES PARA LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE ILUMINAÇÃO


A NBR 5410 estabelece algumas condições mínimas para o levantamento da
potencias de iluminação em residências.
Existem vários métodos para o cálculo da iluminação, os quais são:

1- Pela carga mínima exigida pela norma NBR 5410;


2- Pelo método dos Lumens;
3- Pelo método das cavidades zonais;
4- Pelo método do ponto a ponto;
5- Pelo método dos fabricantes: Philips, GE, etc...

A NBR5410 estabelece os seguintes critérios para iluminação:

As potencias mínimas de iluminação devem atender os seguintes condições:

Nota:
A NBR5410 não estabelece critérios para a iluminação em áreas externas de
residências, ficando a decisão por conta do projetista.
A norma adverte que os valores desta potencia são utilizados apenas para
dimensionamento dos circuitos não havendo qualquer vinculo com a potencia nominal das
lâmpadas.

Exemplo de dimensionamento:
Determinar as cargas em cada uma das dependências abaixo. Para facilitar o
dimensionamento da iluminação, os cálculos são demonstrados em uma tabela:

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Em ambientes com grandes dimensões, ou quando o ambiente é estreito e longo, é


necessário a instalação de mais de um ponto de iluminação, como é o caso do salão,
varanda e circulação.

1.3 RECOMENDAÇÕES PARA LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE TOMADAS

Condições para estabelecer a quantidade mínima de tomadas de uso geral (TUG’s).

serviço
NOTA: em diversas aplicações, é recomendável prever uma quantidade de tomadas de
uso geral maior do que o mínimo calculado, evitando-se, assim, o emprego de extensões
e benjamins (tes) que, além de desperdiçarem energia, podem comprometer a segurança
da instalação.

Condição para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso geral (TUG’s).

O que são tomadas de uso geral:


São tomadas que não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas
são sempre ligados aparelhos móveis ou aparelhos portáteis.

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Condição para se estabelecer a quantidade de tomadas de uso específico (TUE)

A quantidade de TUE é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de


utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada posição no ambiente.
Podem ser classificadas como tomadas de uso específico as tomadas destinadas a
alimentar equipamentos com corrente de consumo maior que 10A
:

Condições para se estabelecer a potência de tomadas de uso específico (TUE)

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Potência Potência
Aparelho Aparelho
(WATTS) (WATTS)
Aquecedor de Água por Acumulação 2000 Forno de Micro Ondas 2000
Aquecedor de Água de Passagem 6000 Freezer Horizontal 500
Aquecedor de Ambiente 1000 Freezer Vertical 300
Aspirador de Pó 600 Geladeira Simples 250
Batedeira 100 Geladeira Duplex 500
Bomba de Água 400 Grill 1200
Cafeteira Elétrica (Residencial) 600 Impressora 45
Churrasqueira Elétrica 3000 Liquidificador 200
Chuveiro Elétrico 5500 Máquina de Costura 100
Computador 300 Máquina de Lavar Louça 1500
Condicionador de Ar 1400 Máquina de Lavar Roupa 1000
Conjunto de Som - Mini System 150 Projetor de Slides 200
Cortador de Grama 1300 DVD Player 30
Ebulidor 1000 Rádio Relógio 10
Enceradeira 300 Secador de Cabelo 1000
Espremedor de Frutas 200 Secadora de Roupas 3500
Exaustor 150 Televisor 21'' 90
Ferro Elétrico 1000 Torneira Elétrica 2500
Fogão Elétrico 2 Bocas 3000 Torradeira 800
Fogão Elétrico de 4 Bocas 6000 Vetilador 100
Forno Elétrico Pequeno 1500 Vídeo Cassete 20
Forno Elétrico Grande 4500 Vídeo Game 20

1.4 CIRCUITOS ELÉTRICOS


Após definir todos os pontos de utilização de energia elétrica da instalação, através
da previsão de cargas, procede-se a divisão da instalação em circuitos, conforme a
necessidade e em "tantos circuitos quanto necessários, devendo cada circuito ser
concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação através de outro
circuito".
Circuito elétrico é o conjunto de equipamentos e fios, ligados ao mesmo dispositivo
de proteção. Em uma instalação elétrica residencial, encontramos dois tipos de circuito:

 o de distribuição
 e os circuitos terminais

1.4.1 Circuitos de distribuição

Os circuitos de distribuição ligam o quadro do medidor ao quadro de distribuição.

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1.4.2 Circuitos terminais


Partem do quadro de distribuição e alimentam diretamente lâmpadas, tomadas de
uso geral e tomadas de uso específico.
Em todos os exemplos a seguir, será admitido que a tensão entre FASE e
NEUTRO é 127V e entre FASES é 220V. Consulte as tensões oferecidas em sua região.

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1.4.3 Divisão dos circuitos


A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em vários circuitos
terminais isso facilita a manutenção e reduz as interferências.
Nos circuitos trifásicos a corrente deverá ser distribuída entre as fases de modo a
assegurar o melhor equilíbrio de carga entre as fases.
Em instalações de alto padrão técnico deve haver circuitos normais e circuitos de
segurança. Os circuitos normais estão ligados a apenas uma fonte de energia em geral na
concessionária. Os circuitos de segurança são aqueles que garantirão o abastecimento
de energia mesmo quando houver uma falta de energia da concessionária.
A divisão da instalação elétrica em circuitos terminais segue critérios estabelecidos
pela NBR 5410, apresentados em seguida.

Devem ser observadas as seguintes restrições em unidades residenciais:

a) Circuitos independentes devem ser previstos para equipamentos com corrente


igual ou superior a 10A como aquecedores de água, fornos elétricos, máquinas
de lavar e ar condicionado sendo permitida a alimentação de mais de um
equipamento de mesmo tipo no mesmo circuito.

b) Prever circuitos de iluminação separados das tomadas de uso geral.

c) Potencia dos circuitos de iluminação: 1270W em 127V e 2200W em 220V.

d) Potencia da TUG: 2100VA em 127V e 4000VA em 220V.

e) Quando um mesmo circuito alimenta vários equipamentos iguais deve ser


instalado um disjuntor junto de cada equipamento.

f) Cada circuito deverá ter seu próprio condutor de neutro.

g) Nos circuitos de pontos de tomadas de cozinha, copas, copas-cozinhas, áreas


de serviço lavanderias e locais análogos, as potências dos circuitos podem ser
conforme determina a norma.

h) Em residências, lojas, escritórios os circuitos de distribuição devem obedecer os


seguintes critérios mínimos:
- Residências: 1 circuito para cada 60m² ou fração;
- Lojas e escritórios: 1 circuito para cada 50m² ou fração;

Além desses critérios, o projetista considera também as dificuldades referentes à


execução da instalação.

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1.4.4 Circuito de iluminação (F N) interruptor simples


OS interruptores dos circuitos de iluminação devem interromper unicamente o
condutor de fase e nunca o condutor de neutro, isso possibilitará substituir a lâmpada sem
risco de choque.
Os interruptores comuns para as instalações elétricas residenciais são de 10A
220V o que permite comandar até 1100W de potencia de iluminação.

Completar as ligações dos esquemas multifilar e unifilar, sendo dado os símbolos


normalizados.

1) Comando de três lâmpadas incandescentes 100W /127V por um interruptor simples


de uma tecla.

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2) Comando com quatro lâmpadas incandescentes 100W /127V, por um interruptor


simples com uma tecla ou uma seção.

1.4.5 Circuito de iluminação (F N) interruptor paralelo

Os interruptores paralelos são usados para comandar uma lâmpada ou um grupo


de lâmpadas de somente dois locais diferentes, portanto necessitamos sempre de dois
interruptores paralelos para que possamos efetuar o comando da(s) lâmpada(s).

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Esses interruptores possuem três terminais, sendo que um deles é denominado
terminal comum e os outros dois são chamados de retornos ou paralelos.

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Branco – Fase 127V


Marron – Fase 220V
Preto - Neutro

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1.4.6 Circuito de tomadas de uso geral (FN)

Para os exercícios seguintes são dados os símbolos padronizados,


correspondentes ao esquema multifilar, devidamente posicionados, os quais devem ser
convenientemente interligados. Em seguida, faça a representação em planta baixa,
indicando o posicionamento correto dos elementos (símbolos unifilar) traçados de
eletrodutos partindo do QD e fiação.

a) Comando de iluminação (2 lâmpadas incandescentes de 100W) por interruptor simples


e 3 tomadas 127V (2P+ T). Observação: Na planta baixa temos 2 pontos de iluminação.

Para representar em planta baixa o esquema unifilar verificar na tabela de símbolos


gráficos no capitulo 2.

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b) Comando de iluminação incandescente (3 lâmpadas-2x60W e 1 x100W) por interruptor


simples duas teclas e 3 tomadas, sendo uma para tensão 220V (2F).

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1.4.7 Circuito de tomadas de uso específico (FN)
Exemplo de circuitos protegidos por DR:

Exercício 1) Lâmpadas incandescentes comandadas por interruptores simples e tomadas


127V, 2P+ T. Divisão da Instalação: Circuito 1: TE - 4400W-220V; Circuito 2: Tomadas de
600VA; Circuito 3: Iluminação e Circuito 4: Tomadas baixas.

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1.5 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO


O quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação elétrica, ou
seja, é o local onde se instalam os dispositivos de proteção, manobra e comando.
Recebe os condutores que vem do medidor (ramal alimentador). Também dele
partem os condutores dos circuitos terminais (pontos de utilização), cuja finalidade é
proporcionar as condições ideais de funcionamento das cargas, tais como: iluminação,
tomadas, chuveiros, torneira elétrica, aparelho de ar-condicionado, etc.
O quadro de distribuição (QD) deve ser instalado, observando-se os seguintes
critérios:

a) Em locais de fácil acesso de tal forma que possibilite a maior funcionalidade


possível da instalação e, ainda, ser provido de identificação do lado externo, legível e não
facilmente removível.
b) "Proximidade geométrica das cargas", possibilitando uma simetria entre as
cargas da instalação.
c) "Os quadros de distribuição - QDs devem estar próximos aos centros de carga
da instalação"; (centro de carga é definido como o ponto ou região onde se verifica a
maior concentração de potência).
d) A instalação do quadro deve ser feita em locais seguros, não permitindo o
acesso de terceiros . Cuidar para que eles não sejam submetidos a choques mecânicos.

O quadro de distribuição é constituído de diversos elementos:

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Diagrama Unifilar do CD

Nos quadros de distribuição deve ser previsto espaço de reserva para ampliações
futuras com base no número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado,
conforme tabela a seguir.

Fio terra

A figura abaixo indica a maneira mais simples de instalar o fio terra em uma
residência.
Pode-se utilizar um único fio terra por eletroduto, interligando vários aparelhos e
tomadas. Por norma, a cor do fio terra é obrigatoriamente verde/amarela ou somente
verde.

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1.6 CALCULO DE DEMANDA

Fator de demanda representa uma porcentagem do quanto das potências previstas


serão utilizadas simultaneamente no momento de maior solicitação da instalação. Isto é
feito para não superdimensionar os componentes dos circuitos de distribuição, tendo em
vista que numa residência nem todas as lâmpadas e tomadas são utilizadas ao mesmo
tempo.
O cálculo da demanda em unidades habitacionais, como residências,
apartamentos, hotéis, motéis, etc., pode ser calculada pela seguinte expressão:

Onde:
D.inst. = Demanda da instalação, em (VA).
Ilum. = Potência do(s) circuit o(s) de iluminação em (VA).
TUG = Potência do(s) circuito(s) de Tomada de Uso Geral em (VA).
TUE = Potência do(s) circuito(s) de Tomada(s) de Uso Específico, como: CH (Chuveiro),
TE (Torneira Elétrica); MO (Microondas); MLR (Máquina de lavar roupa); MSR (Máquina
de secar roupa); AC (Ar-condicionado); AQHM (Aquecedor da Hidromassagem); MHM
(Motor da Hidromassagem); AQP (Aquecedor de passagem); AQAC (Aquecedor de
acumulação), etc. em (VA).

FD1 e FD2 = Fatores de demanda conforme tabelas.

A seguir são apresentadas as tabelas com os fatores de demanda retirados da


CT64 do COBEI (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e
Telecomunicações) .
O fator de demanda pode ser obtido pelas seguintes tabelas:

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Fator de demanda para tomadas de uso específico

Sendo dada as características de um consumidor, conforme abaixo, vamos


determinar a demanda e classificar esse consumidor de acordo com tipo de fornecimento
determinado pela norma da concessionária local.

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Para a iluminação e tomadas de uso geral (TUGs) somamos e enquadramos os


valores na tabela "Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso geral- TUGs".

D1 = (Ilum.+TUG)xfd1 q D1= (1.500 + 1.000 + 4.800)xfd1


D1 = 7.300 x 0,35 q
D1 = 2.555VA.

Para tomadas de uso específico (TUEs), somamos os valores e enquadramos na tabela


anterior "Fatores de demanda para número de circuitos de tomada de uso específico -
TUEs" .

D2 = TUEs X fd2
D2 = (16.200+4.400+2.000+ 1.500+ 1.800+5.000+ 10.050+ +6.600+6.000) x fd2)
D2 = 53.550 x 0,46)

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D2 = 24.633VA

Com os dados obtidos concluímos o cálculo da demanda desse consumidor, ou seja:

Dinst. = (Ilum. +TUG)xfd1 +TUExfd2)


Dinst. = 2.555 + 24.633 )
Dinst.= 27.188VA ou Dinst.= 27,2kVA

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O calculo de demanda das cargas específicas também pode ser realizado


conforme as tabelas do GED13 da CPFL.
Segue abaixo as tabelas do GED13 para as cargas específicas.

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1.7 DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS


Entretanto, para o planejamento do caminho que o eletroduto irá percorrer, fazem-se
necessárias algumas orientações básicas:

A) Locar, primeiramente, o quadro de distribuição, em lugar de fácil acesso e que


fique o mais próximo possível do medidor.
B) Partir com o eletroduto do quadro de distribuição, traçando seu caminho de forma
a encurtar as distâncias entre os pontos de ligação.
C) Utilizar a simbologia gráfica para representar, na planta residencial, o caminho do
eletroduto.

De acordo com a NBR-5410 a taxa máxima de ocupação em relação à área de


seção transversal dos eletrodutos não deve ser superior a:

a) 53% no caso de um condutor (fio ou cabo);


b) 31% no caso de dois condutores (fios ou cabos);
c) 40% no caso de três ou mais condutores (fios ou cabos).

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Exemplo 1:

Exercício:

1) Dimensionar o eletroduto para interligar duas caixas de passagem, CP-1 e CP-2, cujas
características são apresentadas no esquema abaixo, sabendo-se que será utilizado
eletroduto de PVC rígido e cabos de cobre, tipo Antiflam 750V, com isolação de PVC
70°.

Calcular a seção total (St) e escolher do eletroduto.

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2) Dimensionar o eletroduto para interligar duas caixas de passagem, CP-1 e CP-2, cujas
características são apresentadas no esquema abaixo, sabendo-se que será utilizado
eletroduto de PVC rígido e condutores de cobre, não halogênado tipo Energibrás, com
isolação de 1000V.

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1.8 FIAÇÃO

Após colocar no desenho todo o traçado da tubulação já é possível especificar a


quantidade de cabos que irá passar em cada eletroduto.

A seguir serão apresentadas algumas ligações mais utilizadas em instalações


residenciais.

1.8.1 Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples.

Ligar sempre:
- a fase ao interruptor;
- o retorno ao contato do disco central da lâmpada;
- o neutro diretamente ao contato da base rosqueada da lâmpada;
- o fio terra à luminária metálica.

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1.8.2 Ligação de lâmpada comandada de dois pontos (interruptores paralelos)

1.8.3 Ligação de tomadas monofásicas

1.8.4 Dimensionamento da fiação.


Dimensionar a fiação de um circuito é determinar a seção padronizada (bitola) dos fios
deste circuito, de forma a garantir que a corrente calculada para ele possa circular pelos
fios, por um tempo ilimitado, sem que ocorra superaquecimento.
A NBR 5410 estabelece que o condutor neutro não pode ser comum a mais de um
circuito. Em um circuito monofásico o condutor neutro deve ter a mesma seção do
condutor de fase.
O condutor de proteção de um circuito normalmente possuem a mesma seção do fase,
no entanto, é permitido usar condutores de proteção com seção inferior ao de fase com
seção superior a 16 mm2, de acordo com a tabela abaixo:

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Projetos Elétricos
Tabela da seção mínima do condutor de proteção

1.8.5 Critério da bitola mínima


A NBR 5410 estabelece as seguintes seções mínimas de condutores de acordo
com o tipo de circuito:

Tabela bitola mínima dos condutores

1.8.6 Critério da capacidade de corrente


Tem o objetivo de garantir condições satisfatórias de operação aos condutores e as
isolações, submetidos aos efeitos térmicos, produzidos pela circulação da corrente
elétrica.
O tipo de isolação determina a temperatura máxima a que os condutores podem
estar submetidos em regime contínuo, em sobrecarga, ou em condição de curto-circuito.
A maneira como os condutores são instalados influencia na capacidade de troca
térmica entre os condutores e o ambiente, e em consequência, na capacidade de
condução da corrente elétrica.

• Eletroduto embutidos ou aparentes;


• Canaletas ou bandejas;
• Subterrâneos;
• Diretamente aterrados ou ao ar livre;

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Projetos Elétricos
• Cabos unipolares ou multipolares.

A tabela abaixo da NBR 5410 define algumas das diversas maneiras de instalar
(tipos de linhas elétricas), codificando-as conforme uma letra e um número.
O código corresponde ao método de referência a ser utilizado na determinação da
capacidade de condução de corrente.
Métodos de referência são os métodos de instalação, para os quais a capacidade
de condução de corrente foi determinada por ensaio ou por cálculo.
Na tabela abaixo são demonstrados alguns métodos de instalação de linhas
elétricas,

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Projetos Elétricos

Tabela maneira de instalar os condutores

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Projetos Elétricos
Consultando uma das tabelas a seguir e na coluna correspondente os dados
obtidos anteriormente, encontramos a seção do condutor, que deve ser aquela que, por
excesso, atenda ao valor da corrente, em função das características da instalação do
circuito.

TABELA 10 NBR5410

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Projetos Elétricos

TABELA 11 NBR5410

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Projetos Elétricos

Fator de correção de temperatura (FCT)

O valor da temperatura ambiente a ser utilizado é a temperatura do meio onde os


condutores serão instalados considerando- os carregados,
O fator de correção de temperatura (da tabela abaixo) são aplicáveis quando a
temperatura ambiente e do solo forem diferentes de 30°C e 20°C, respectivamente.

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Projetos Elétricos

Fator de correção de agrupamento (FCA)

Aplicável para circuitos que estejam instalados em conjunto com outros circuitos
em um mesmo eletroduto, calha, bandeja, agrupados sobre uma superfície, ou ainda para
cabos em eletrodutos aterrados, ou cabos diretamente enterrados no solo.

Após determinar todos os fatores de correção utiliza-se a equação abaixo para


determinar a nova capacidade de condução de corrente do condutor.

Iz = Corrente corrigida, em amperes (capacidade de condução de corrente do condutor).


Ic = Capacidade máxima de condução de corrente do condutor, em amperes conforme
tabelas.
FCA = Fator de Correção de Agrupamento dos circuitos.
FCT = Fator de Correção de Temperatura ambiente ou do solo.

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Projetos Elétricos
Exemplo:

Solução:
a) Tipo de isolação: PVC
b) Método de instalação: B1
c) Tipo de circuito: F-N
d) Tensão: 127V
e) Temperatura ambiente: 30C
f) Cálculo da corrente de Projeto:

g) Cálculo da corrente corrigida conforme tabela 10 condutor 1,5mm² conduz 17,5ª


maior que a corrente de projeto:

Após aplicar os fatores de correção para calcular a corrente corrigida verificamos


que o condutor irá conduzir a corrente necessária para o circuito.
1.8.7 Critério da queda de tensão unitária
A queda de tensão provocada pela passagem de corrente elétrica nos condutores
dos circuitos de uma instalação deve estar dentro de determinados limites máximos, a fim
de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos de utilização ligados aos circuitos
terminais.
Uma tensão inferior ao valor nominal pode provocar redução de iluminância em
circuitos de iluminação, redução de torque ou impossibilidade de partida de motores além
de poder reduzir a vida útil dos equipamentos.
A queda de tensão não deve ser superior aos limites estabelecidos pela NBR
5410:2004, cuja finalidade é não prejudicar o funcionamento dos equipamentos de
utilização conectados aos circuitos da instalação.

A queda de tensão, desde a origem até o ponto mais afastado de qualquer circuito
de utilização está contemplada na tabela abaixo:

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Projetos Elétricos

OBS:
Os limites de queda de tensão acima são válidos quando a tensão nominal dos
equipamentos de utilização previstos for coincidente com a tensão nominal da instalação.
Nos casos das alíneas a), b) e d), quando as linhas principais da instalação tiverem
um comprimento superior a 100m, as quedas de tensão podem ser aumentadas de
0,005% por metro de linha superior a 100m, sem que, no entanto, essa suplementação
seja superior a 0,5%".

A figura abaixo mostra detalhes de queda de tensão vistos na tabela anterior.

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Projetos Elétricos

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Projetos Elétricos
A equação abaixo é utilizada para calcular a queda de tensão unitária:

∆V : Queda de tensão unitária, em volt por ampere x quilômetro (V/Axkm).


e(%) : Queda de tensão máxima admissível no trecho, em percentual
L : Comprimento do trecho em KM
Ip: Corrente de projeto

Queda de tensão em V/A.Km

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Projetos Elétricos

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Projetos Elétricos

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Projetos Elétricos

1.9 DIMENSIONAMENTO DO DISJUNTOR


A seleção do disjuntor, termomagnético, para proteção contra sobrecarga ocorre a
partir da curva de característica de disparo do disjuntor.
Os disjuntores de curva B são apropriados para proteção de circuitos que alimentam
cargas com características predominantemente resistivas, como lâmpadas
incandescentes, chuveiros, torneiras e aquecedores elétricos, além dos circuitos de
tomadas de uso geral.
Os disjuntores de curva C são apropriados para proteção de circuitos que alimentam
especificamente cargas de natureza indutiva que apresentam picos de corrente no
momento de ligação, como microondas, geladeiras, máquinas de lavar, ar condicionado,
motores para bombas,
além de tomadas das áreas de serviço.
Os disjuntores de curva D são apropriados para proteção de circuitos que
alimentam cargas altamente indutivas que apresentam elevados picos de corrente no
momento de ligação, como grandes motores, transformadores, além de circuitos com
cargas de características semelhantes a essas.

Características nominais do disjuntor termomagnético:

Número de pólos; Tensão nominal; Freqüência; Capacidade de ruptura (kA);


Corrente nominal(A); Faixa de ajuste do disparador magnético (caso opcional); Faixa de
ajuste do disparador térmico (caso opcional).

Corrente nominal de alguns disjuntores:


6A; 10A; 16A; 20A; 25A; 32A; 40A; 50A; 63A; 70A; 80A; 100A; 125A; 150A; 175A;
200A; 225A; 250A etc...

Um dispositivo de proteção contra correntes de sobrecarga funciona corretamente


se:
Sua corrente nominal, ou de ajuste, for igual ou superior à corrente de projeto do
circuito, porém inferior à capacidade de condução de corrente dos condutores do circuito.

- Corrente de sobrecarga: É corrente elétrica pouco acima da corrente nominal do


disjuntor. Se esta corrente de sobrecarga persistir por um intervalo de tempo que depende
da curva de atuação do disjuntor o mesmo irá “abrir” desligando o circuito.

-Corrente de curto circuito: É a corrente elétrica bastante superior à corrente nominal do


circuito (na ordem de 10 a 100 vezes maior). O disjuntor “abre” instantaneamente,
desligando o circuito pela atuação magnética.

- Corrente de projeto: É a corrente máxima prevista em um circuito sob condições


normais de funcionamento. É a corrente utilizada para dimensionamento dos condutores e
dispositivos de proteção

- Corrente de ruptura: É a maior corrente que um dispositivo de proteção consegue


interromper em um curto circuito sem soldar os contatos ou explodir.

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Projetos Elétricos

Dimensionamento de disjuntor conforme NBR 5410

A NBR 5410 impõe condições que devem ser cumpridas para que haja uma
perfeita coordenação entre os condutores vivos de um circuito e o dispositivo que os
protege contra correntes de sobrecarga e contra curtos-circuitos.

Proteção contra correntes de sobrecargas:


Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas fique assegurada, as
características de atuação do dispositivo destinado a provê-los devem ser tais que
atendam as seguintes condições:

A) Ip ≤ In ≤ Iz

B) I2 ≤ 1,45*Iz

Ip: corrente de projeto calculada


Iz: corrente corrigida em amperes do condutor conforme sua instalação.
In: corrente nominal do disjuntor em amperes
I2: corrente convencional de atuação dos disjuntores

Iz = Ic x FCA x FCT

Iz = Corrente corrigida, em amperes.


Ic = Capacidade limite de condução de corrente do condutor.
FCA = Fator de Correção de Agrupamento dos circuitos
FCT = Fator de Correção de Temperatura

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Projetos Elétricos
Exemplo:
Dimensionar um disjuntor para uma corrente de projeto de 24,5A com FCT=1 e FCA=1
condutor de 4mm² 32A.

Exercícios:

1) Dimensionar os disjuntores para os circuitos da torneira elétrica e chuveiro


conforme características abaixo: Condutor de EPR 90C – FCT=1 – FCA=1 e
método de instalação B1.

2) Dimensionar o disjuntor para os circuitos da lavadora de louça conforme


características abaixo: Condutor de PVC 70C – FCT=1 – FCA=0,6 e método de
instalação B1.

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Projetos Elétricos

1.10 DIMENSIONAMENTO DO DISPOSITIVO DR

Dimensionar o dispositivo DR é determinar o valor da corrente nominal e da corrente


diferencial-residual nominal de atuação de tal forma que se garanta a proteção das
pessoas contra choques elétricos que possam colocar em risco a vida da pessoa.

O dispositivo DR deve ser escolhido conforme o disjuntor de proteção do circuito.

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Projetos Elétricos

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Projetos Elétricos

1.11 PADRÃO DE ENTRADA

O que vem a ser o padrão de entrada...

Padrão de entrada nada mais é do que o poste com


isolador de roldana, bengala, caixa de medição e haste de
terra, que devem estar instalados, atendendo às
especificações da norma técnica da concessionária para o
tipo de fornecimento.

Uma vez pronto o padrão de entrada, segundo as especificações da norma técnica,


compete à concessionária fazer a sua inspeção.

Estando tudo certo, a


concessionária
instala e liga
o medidor e
o ramal de serviço,

A norma técnica referente à instalação do padrão de entrada, bem como outras


informações a esse respeito deverá ser obtida junto à agência local da companhia de
eletricidade.

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Projetos Elétricos
Uma vez pronto o padrão de entrada e estando ligados o medidor e o ramal de
serviço, a energia elétrica entregue pela concessionária estará disponível para ser
utilizada.

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Projetos Elétricos

AÉREA

ramal de ligação ponto de


entrega

condutor do
circuito alimentador
rede secundária
de distribuição condutor do
ramal de entrada

eletroduto do
ramal de entrada eletroduto
do circuito
alimentador
poste particular
medição

eletroduto de
aterramento

haste de
aterramento
AB - RAMAL DE LIGAÇÃO
AC - ENTRADA DE SERVIÇO
BC - RAMAL DE ENTRADA
BCD - ENTRADA DE ENERGIA
CDE - CIRCUITO ALIMENTADOR

Através do circuito de distribuição, essa energia é levada do medidor até o quadro


de distribuição, também conhecido como quadro de luz.

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1.12 EXERCÍCIOS

1) Dimensionar os condutores para um circuito terminal (F-F) de um chuveiro elétrico,


dados: Pn =4500 W; V = 220 V; condutores de isolação PVC; eletroduto de PVC embutido
em alvenaria metodo B1; temperatura ambiente de 30 distancia 20m. Dimensionar pelos 3
métodos.

2) Considerando o circuito terminal do exercício anterior, supondo que ele esteja instalado
em um eletroduto, no qual, em certo trecho, também estejam mais três circuitos
monofásicos (F-N). Determine a nova bitola do condutor do circuito que alimenta o
chuveiro.

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Projetos Elétricos
3) Dimensionar o circuito terminal de um apartamento, cujas cargas estão representadas
na figura (instalação em eletroduto de PVC embutido em alvenaria; temperatura ambiente
30 oC; isolação PVC; tensão 127 V). Utilizar fator de potencia 0.8.

4) Dimensionar os eletrodutos dos exercícios 1, 2, e 3.

5) Dimensionar o dispositivo de proteção para o circuito abaixo, sabendo que ele é


constituído de condutores unipolares de cobre com isolação de PVC, está instalado em
eletroduto de PVC embutido em alvenaria.

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2- - SÍMBOLOS GRÁFICOS
UTILIZADOS EM PROJETOS
ELÉTRICOS

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2.1 INTRODUÇÃO

Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilares e nos projetos de instalações


elétricas residenciais e prediais desenhados em planta baixa são definidos pela norma
NBR5444. Neste tipo de planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de
força, de telefone e seus respectivos aparelhos.
Através destes símbolos também são desenhados diagramas elétricos de comando
e força para partida de motores.
Neste capítulo será apresentada a simbologia usualmente empregada pelos
projetistas. Como não existe ainda um acordo comum a respeito da simbologia adotada, o
projetista pode adotar uma simbologia própria, identificando-a no projeto através de uma
legenda.
A tabela a seguir mostra a identificação dos componentes elétricos nos diagramas
unifilares.

Letra Utilização
B Botoeira, fim de curso, chave de comando em
geral.
C Capacitor
D Contato auxiliar e temporizador
F Dispositivo de proteção
H Sinalizador
K Contato principal
M Motor
N Retificador e baterias
R Resistência
S Sensor
T Transformador

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2.2 TABELA DE SÍMBOLOS GRÁFICOS

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3 - PROJETO ELÉTRICO
RESIDENCIAL

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3.1 PLANTA BAIXA DA RESIDENCIA

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3.2 PREVISÃO DAS CARGAS DE ILUMINÇÃO

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3.3 PREVISÃO TUG E TUE

Estabelecendo a quantidade mínima de tomadas de uso geral e específico:

Prevendo as cargas de tomadas de uso geral e específico.

Obs.: (*) nesses cômodos, optou-se por instalar uma quantidade deTUG’s maior do que a
quantidade mínima calculada anteriormente.

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3.4 QUADRO GERAL


Resumindo todos os dados obtidos anteriormente tem-se o seguinte quadro

Aplicando os critérios no exemplo em questão, deverá haver, no mínimo, quatro


circuitos terminais:

• um para iluminação;
• um para tomadas de uso geral;
• dois para tomadas de uso específico (chuveiro e torneira elétrica).

Mas, tendo em vista as questões de ordem prática, optou-se no exemplo em dividir:

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Com relação aos circuitos de tomadas de uso específico, permanecem os 2


circuitos independentes:

Para obter a potência total da instalação, faz-se necessário:


a) calcular a potência ativa;
b) somar as potências ativas.

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Em função da potência ativa total prevista para a residência é que se determina o


tipo de fornecimento, a tensão de alimentação e o padrão de entrada.

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Como o tipo de fornecimento determinado para o exemplo em questão é bifásico,


têm-se duas fases e um neutro alimentando o quadro de distribuição.
Sendo assim, neste projeto foram adotados os seguintes critérios:

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Quanto ao circuito de distribuição, deve-se sempre considerar a maior tensão


(fase-fase) quando este for bifásico ou trifásico. No caso, a tensão do circuito de
distribuição é 220V.
Uma vez dividida a instalação elétrica em circuitos, deve-se marcar, na planta, o
número correspondente a cada ponto de luz e tomadas.
No caso do exemplo, a instalação ficou com 1 circuito de distribuição e 12 circuitos
terminais que estão apresentados na planta a seguir.

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3.5 CALCULO DA CORRENTE DOS CIRCUITOS

A fórmula P = V x i permite o cálculo da corrente, desde que os valores da potência


e da tensão sejam conhecidos.

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3.6 CÁLCULO DA DEMANDA DO CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO

Os valores das potencias já foram calculados anteriormente:

Multiplica-se o valor calculado (6600W) pelo fator de demanda correspondente a


esta potência.

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Após calcular os valores das potências ativas de iluminação, de TUG’s e de TUE’s


já corrigidos pelos respectivos fatores de demandas, estes valores deverão ser somados.

Divide-se o valor obtido pelo fator de potência médio de 0,95, obtendo-se assim o
valor da potência do circuito de distribuição.

Uma vez obtida a potência do circuito de distribuição, pode-se efetuar o:


Calculo da corrente do circuito de distribuição

Após o calculo da corrente do alimentador deverá ser dimensionada a bitola deste


condutor.

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3.7 DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO

Para se efetuar o dimensionamento dos fios fase do circuito, algumas etapas devem
ser seguidas.

Consultar a planta com a representação gráfica da fiação e seguir


o caminho que cada circuito percorre, observando neste trajeto
qual o maior número de circuitos que se agrupa com ele.

№ do № de circuitos № do № de circuitos
circuito agrupados circuito agrupados
1 3 7 3
2 5 8 5
3 3 9 5
4 3 10 5
5 3 11 1
6 5 12 3
Distrib. 1

Determinar a Bitola dos cabos conforme 3 critérios e adotar a


maior bitola encontrada para cada circuito:
 Bitola mínima
 Capacidade de corrente
 Queda de tensão

Dimensionamento da Fiação para o exemplo utilizado

Neste capitulo será demonstrado o dimensionamento dos cabos para o exemplo de


projeto da residência demonstrada nos itens anteriores.
Serão apresentados os cálculos completos apenas para 2 circuitos.

CIRCUITO: 1
Fase(s)= 1 Tensão fase-neutro= 127V
Carga Total= 620.00V.A Demanda= 100% Carga utilizada= 620.00V.A
Num.Circuitos Agrupados= 3 Fator de correção= 0.70
Corrente de Projeto= P/V = 4.88 A Corrente corrigida= I /0.7 = 6.97 A

Critério: Capacidade de Corrente


Fiação/Maneira de instalar: Fios/Cabos isolados com PVC (B1)
Bitola = 0.5mm2 Cap.Corrente da bitola = 9.00A

Critério: Queda de tensão


Limite de queda de tensão= 2.00%
Comprimento da fiação= 5.98m Potencia do circuito = 620VA
∑(PW x Lm) = 620 x 5.98 = 3979 Wm
Bitola = 1.5 mm2 Queda de tensão 1%

Critério: Bitola Mínima

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Utilização do circuito: Iluminação
Bitola = 1.5 mm2

BITOLA UTILIZADA = 1.5 mm2

CIRCUITO: 12
Fase(s)= 2 Tensão entre fase= 220V Tensão fase-neutro= 127V
Carga Total= 5500V.A Demanda= 100% Carga utilizada= 5500V.A
Num.Circuitos Agrupados= 3 Fator de correção= 0.70
Corrente de Projeto= P/V = 25 A Corrente corrigida= I /0.7 = 35.7 A

Critério: Capacidade de Corrente


Fiação/Maneira de instalar: Fios/Cabos isolados com PVC (B1)
Bitola = 6mm2 Cap.Corrente da bitola = 41.00A

Critério: Queda de tensão


Limite de queda de tensão= 2.00%
Comprimento da fiação= 11.3m Potencia do circuito = 5500VA
∑(PW x Lm) = 5500 x 11.3 = 62150 Wm
Bitola = 2,5 mm2 Queda de tensão 2%

Critério: Bitola Mínima


Utilização do circuito: Força
Bitola = 2.5 mm2

BITOLA UTILIZADA = 6 mm2

Critério Critério da
Critério da
Circuito Capacidade de Queda de Bitola Utilizada
Bitola Mínima
corrente Tensão
1 0,5mm² 1,5mm² 1,5mm² 1,5mm²
2 0,5mm² 1,5mm² 1,5mm² 1,5mm²
3 1mm² 1,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
4 1,5mm² 2,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
5 1,5mm² 1,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
6 1mm² 1,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
7 1,5mm² 2,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
8 2,5mm² 2,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
9 2,5mm² 2,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
10 1,5mm² 2,5mm² 2,5mm² 2,5mm²
11 4mm² 1,5mm² 2,5mm² 4mm²
12 6mm² 2,5mm² 2,5mm² 6mm²
Distribuição 10mm² 2,5mm² 2,5mm² 10mm²

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3.8 TIPO DE FORNECIMENTO

Para determinar o tipo de fornecimento de cada residência devemos verificar as


normas da concessionária local.
A tabela abaixo é utilizada nas regiões alimentadas pela RGE. Esta tabela pode ser
encontrada no GED13 (Regulamento de instalações consumidoras em baixa tensão).

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No exemplo visto a potencia ativa total foi de:

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15000W e
25000W 220V e 380V

NOTA: Não sendo área de concessão da RGE, o limite de fornecimento, o tipo de


fornecimento e os valores de tensão podem ser diferentes do exemplo. Estas informações
são obtidas na companhia de eletricidade de sua cidade.

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3.9 LISTA DE MATERIAL

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4- - DICAS PARA
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

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RESIDENCIAIS
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4.1 DICAS

 Nunca aumente o valor do disjuntor ou do fusível sem trocar a fiação. Conforme


visto, deve haver uma correspondência entre eles.

 A menor bitola permitida por norma para circuitos de lâmpadas é de 1 ,5mm2 e


para tomadas é de 2,5mm2.

 Devem ser previstos circuitos separados para iluminação e tomadas.

 Nunca inutilize o fio terra dos aparelhos. Ao


contrário, instale um bom sistema de aterramento
na sua residência.

 Nunca utilize o fio neutro (cor azul) como fio terra.

 Mantenha o quadro de luz sempre limpo,


ventilado e desempedido, longe de botijões de
gás.

 Evite a utilização dos chamados “benjamins” ou


“Is”, pois o uso indevido dos mesmos pode
causar sobrecargas nas instalações. Para
resolver o problema, instalem mais tomadas,
respeitando o limite dos fios.

 Desde dezembro de 1997, é obrigatório no Brasil, em todas as instalações


elétricas, o uso do chamado dispositivo DR (diferencial residual) nos circuitos
elétricos que atendam aos seguintes locais: banheiros, cozinhas, copas-cozinhas,
lavanderias, áreas de serviço e áreas externas.
4.2 COMO CALCULAR O CONSUMO EM R$ DE UM CHUVEIRO
A tensão é medida em volts, a corrente em ampères, a potência em watts e a
energia em quilowatt—hora.
Assim, um chuveiro de 4400 W, ligado em 220 volts, é percorrido por uma corrente
elétrica de 4400 / 220 = 20 ampères.
Esse chuveiro, ligado durante 1/2 hora por dia, 30 dias, consome uma energia de:
4,4 quilowatts x 0,5 hora x 30 dias = 66 quilowatt—hora. Se, por exemplo, o quilowatt-hora
custar R$ 0,20, então o chuveiro exemplificado representará um custo mensal de R$
13,20.
Como escolher o cabo certo para algumas aplicações:

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4.3 VANTAGENS NA INSTALAÇÃO DE CABOS FLEXÍVEIS
• Reduz tempo de instalação quando comparado aos rígidos;
• Facilidade de manuseio, instalação e manutenção;
• Facilidade de retirar cabos das caixas e bobinas;
• Reduz possibilidade de defeitos superficiais nas passagens por eletrodutos;
• Facilidade de manuseio nas mudanças de layout;
• Segurança para instalação em determinadas alturas (profissional trabalha em escadas
ou andaimes).
4.4 TABELA DE CONVERSÃO DE AWG PARA mm²

Só para lembrar, você já sabe que os condutores elétricos no Brasil seguem série
milimétrica conforme a NBR NM 280, sendo que no passado utilizava—se o padrão AWG.
Para sua orientação segue abaixo uma tabela prática como referência.

Os comprimentos máximos indicados foram calculados considerando, quedas de


tensão máximas de 2% para as seções de 1,5 a 6mm , inclusive, e de 4% para as demais
seções.

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Sistemas Prediais II

REFERENCIAS BIBLIOGÁFICAS

[1] Associação Brasileira de normas técnicas. Instalações elétricas de baixa tensão:


procedimentos. Rio de Janeiro: ABNT, 1990. 164 p.
Número de chamada: 621.316.17 A849i Ac27058

[2] CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações Elétricas Prediais - 21ª


Edição, São Paulo, Editora Érica LTDA, 2006;
Número de chamada: 621.316.31 C376i 21ed. 2011

[3] COTRIM Ademaro A. M. B. Instalações Elétricas 4 ª Edição, São Paulo, Editora


Pearson, 2008;
Número de chamada: 621.316.17 C845ins 4.ed.-2003

[4] CREDER, Helio. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 479 p.
Número de chamada: 621.311.4 C912i 14 ed.

[5] GUSSOW. Milton. Eletricidade Básica. 2 edição Porto Alegre Editora Artmed Editora
SA, 2009 571p.
Número de chamada: 621.3 G982eb 2ed. - 1997

[6] MARTIGNONI, Alfonso. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Globo, 1983.
212p.
Numero de chamada: 621.316.31 M378i Ac. 17464

[7] NEGRISOLI, Manuel Eduardo Miranda. Instalações Elétricas: Projeto predial em


baixa tensão. São Paulo: Edgar Blucher, 1998 177p.
Número de chamada: 621.316.17 N392i Ac. 17464

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SISTEMAS PREDIAIS II

PASSO FUNDO, MARÇO 2018

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