Apostila - M2 Profissão

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M2

ÍNDICE

1. PROFISSÃO..................................................................................................................................... 4

2. MERCADO........................................................................................................................................ 5

3. MODA SUSTENTÁVEL............................................................................................................7

4. CONSUMO CONSCIENTE................................................................................................... 9

5. DICAS...................................................................................................................................................12
M2
PROFISSÃO

“A ROUPA VESTE UM

CORPO, VESTE ALGUÉM.

ESSE ALGUÉM É O QUE

REALMENTE IMPORTA!”

SHAILA MANZONI
DEDENTROPRAFORA M2

1. PROFISSÃO

O que necessariamente seria “consultoria de imagem e estilo”?

O consultor de imagem é o responsável pela adequação visual dentro


das expectativas de cada pessoa.

A consultoria de imagem é responsável por fazer com que as portas


estejam sempre abertas para a pessoa no que se refere a essa expectativa
visual. Isso acontece porque ela controla a mensagem transmitida a partir
da aparência, analisando a roupa que funciona bem para a pessoa, tanto
no trabalho quanto nas relações pessoais. Assim, adequa-se o guarda-
roupa à imagem, ao comportamento e à postura mais adequados que a
pessoa quer projetar.

O profissional ajuda o cliente a conciliar seu “eu” interior com a imagem


projetada, de modo que ele se sinta confortável e confiante.

A profissão de consultor de imagem surgiu em meio às mudanças


incessantes das condições de vida da contemporaneidade. Nos dias de
hoje, a aparência visual tem importância decisiva.

Isso não se deve a um suposto predomínio da futilidade sobre a seriedade;


deve-se ao fato de que, num mundo apressado e competitivo, a imagem
externa que projetamos exerce um papel de destaque e nós, seres
humanos, somos extremamente visuais.

Nossas roupas são verdadeiras formas de comunicação não verbal, e a


ação de cobrir o corpo comunica quem somos, o que fazemos, do que
gostamos, entre outras coisas.

ÁREAS DE ATUAÇÃO
INDIVÍDUOS:
• Definição de identidade visual;
• Valorização do tipo físico;
• Seleção e coordenação de peças de roupas e acessórios;
• Acompanhamento de compras (personal shopper);
• Orientação com relação a corte de cabelo e maquiagem

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EMPRESAS:
• Orientação sobre guarda-roupa, uniforme e imagem profissional;
• Desenvolvimento de dress code;
• Palestras e workshops sobre diversos temas relacionados a aparência,
comportamento e comunicação;
• Consultoria de imagem e estilo para o varejo (lojas);
• Treinamento de consultoria de imagem e estilo para vendedores.

2. MERCADO

Todos estão sujeitos às tendências da moda, até mesmo aquelas pessoas


que dizem não se importarem com isso. Fato comprovado por diversos
portais eletrônicos e pelo site Moda Brasil, que aponta crescimento do
setor e participação de 13% do PIB brasileiro no ano de 2003.

Ter uma boa imagem é fundamental para o sucesso e autoestima, além


de influenciar na saúde. Nem todas as pessoas sabem quais peças devem
ser usadas em cada ocasião e quais são mais indicadas para seus biotipos,
também levando em conta os fatores externos, como o clima.

Assim, surge a necessidade de um profissional capacitado que possa


atender às necessidades do cliente e vesti-lo de acordo com a situação.
Transmitir uma boa impressão é essencial pois vivemos em uma época
que a aparência é extremamente importante.

“Quando um público se acostuma com algo, isso deixa de ser novidade e


vai perdendo visibilidade. O mesmo ocorre em um mercado saturado, é
difícil competir e apresentar inovações que atraiam mais clientes.

Marcas que já possuem seus produtos consolidados e não têm como


crescer mais no seu mercado buscam ter parte em outros mercados,
é o caso de uma das maiores marcas do mundo, a Coca-Cola, que
além de ter em seu cartel de produtos os refrigerantes, agora também
comercializa suco, água e, uma grande inovação para uma marca do seu
segmento, roupas.

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Os profissionais que atuam com o serviço de consultoria de imagem e


estilo ainda não desenvolveram essa visão inovadora e por isso perdem
muitas oportunidades, visto que a classe C, que é uma classe pouco
abordada por aqueles que oferecem esse tipo de serviço, é aquela que
dedica maior parte da sua renda para artigos ou serviços considerados
de luxo – cerca de 44% da renda mensal. Resultado 9% maior do que a
média geral dos brasileiros (SPC Brasil, 2015).”

“O futuro da sociedade gira em torno do avanço tecnológico e no mundo


da moda isso não é diferente. Os avanços tecnológicos que acontecem
constantemente permitem que cada vez mais pessoas tenham acesso
a informações que antes eram consideradas privilégio de classes mais
favorecidas.”

“A criatividade é essencial para esse objetivo. Realizar processos de


diferentes formas, criar novos usos para um produto, enxergar as coisas
de novas formas pode ser o diferencial que atraia o sucesso para o
indivíduo/empresa. Também pode ser usada em um momento de crise,
o que não é difícil de acontecer no cenário atual pois vive-se um período
de instabilidade.”

HABILIDADES NECESSÁRIAS
AO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO

• Empatia;
• Desapego de estereótipos;
• Presença;
• Escuta ativa;
• Habilidade para lidar com pessoas;
• Responsabilidade;
• Capacidade de organização;
• Criatividade;
• Ser pesquisador;
• Honestidade.

A ROUPA VESTE UM CORPO, VESTE ALGUÉM.


ESSE ALGUÉM É O QUE REALMENTE IMPORTA!

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3. MODA SUSTENTÁVEL

ESGOTAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS


A situação é tão grave que, em março, cientistas liderados por Anthony
Barnorsky, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos,
publicaram um estudo mostrando que estamos caminhando a passos
largos em direção à sexta extinção em massa, uma situação na qual 75%
das espécies do planeta simplesmente deixarão de existir.

“A humanidade está exaurindo a natureza 1,7 vezes mais rápido do que os


ecossistemas conseguem se regenerar. É como se estivéssemos utilizando
o equivalente a 1,7 Terras”, diz o comunicado da Global Footprint Network,
organização internacional de pesquisa pioneira na contabilização da
pegada ecológica, que é a quantidade de recursos naturais renováveis
para manter o estilo de vida das pessoas.

O abastecimento de água doce do planeta está ameaçado e, em


consequência, nossa sobrevivência também. Quem alerta é a Organização
das Nações Unidas (ONU). Mais de 1 bilhão de pessoas (18% da população
mundial) não têm acesso a uma quantidade mínima de água para consumo.
Então, se mantivermos nosso padrão de consumo e de devastação do
meio ambiente, o quadro irá se agravar muito rapidamente. Em 2025,
dois terços da população do planeta (5,5 bilhões de pessoas) poderão
ter dificuldades de acesso à água potável. Em 2050, o número pode
chegar a 75% da humanidade.

A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo atualmente.


Ela é responsável por ocupar 3% das áreas férteis do mundo, e cerca de
16% dos inseticidas e 7% dos herbicidas do mundo são utilizados só nas
plantações de algodão, por exemplo.

Cerca de 30% da viscose produzida para virar roupa vêm de árvores de


florestas nativas e ameaçadas de extinção. Precisamos pensar em uma
moda ética, sustentável e justa.

Basicamente, a moda sustentável defende a redução dos poluentes na


produção de roupas, sapatos e acessórios, impactando o mínimo possível
no meio ambiente.

Essa vertente surgiu da necessidade de repensar a nossa conduta,


enquanto sociedade, do ponto de vista ecológico. Da etapa de produção
de tecidos ao consumo desenfreado e descarte de peças usadas, a

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humanidade tem tirado matéria-prima, poluído e degradado a natureza


há séculos, sem se preocupar com as consequências disso.

PRECISAMOS PENSAR NO PORQUÊ, COMO,


ONDE E QUANDO COMPRAMOS ROUPAS.
Não adianta as empresas estarem melhorando os processos de
produção, se continuarmos a consumir como se não houvesse amanhã.
Antigamente, existiam basicamente 4 coleções de roupa em cada marca.
Hoje, as marcas fazem cerca de 52 coleções.

É por isso que somos bombardeados o tempo todo com novidades e


estímulos para comprar.

EQUILÍBRIO ENTRE MODA E PROTEÇÃO DOS RECURSOS


NATURAIS PODE ACONTECER DE DIVERSAS FORMAS:
PRODUÇÃO DE PEÇAS DURÁVEIS E ATEMPORAIS:

Tecidos e acabamento de qualidade também são uma forma de


contribuir para a proteção do meio ambiente. Diferentemente da fast
fashion, que foca na renovação do guarda-roupa a cada temporada, a
moda sustentável dá espaço a peças atemporais, que não precisam ser
“descartadas” na próxima estação.

Os benefícios contidos em aderir à moda consciente vão ser percebidos


a longo prazo, na qualidade do ar e das águas, na redução da quantidade
de lixo produzido e no aumento da conscientização do consumidor.

USO DE TECIDOS ECO-FRIENDLY:

Por meio da reutilização de materiais recicláveis, como o algodão


orgânico, tecidos desfibrados (resultado da mescla entre retalhos e PET)
e juta da Amazônia, tornou-se viável o reaproveitamento de materiais
que antes seriam descartados em aterros ou iriam parar no oceano.

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4. CONSUMO CONSCIENTE

“O consumo foi vendido como uma porta de acesso para a


felicidade. As pessoas foram estimuladas a comprar mais
que o necessário. Então elas compraram, compraram e
compraram, mas continuaram infelizes. O consumo virou
consumismo e levou as pessoas a um nível de ansiedade
extremo.” (André Carvalhal)

Nunca fomos realmente encorajados a ter um estilo de vida que


preservasse o planeta. A moda — e a gente — tem tudo a ver com isso.
Estima-se a produção de cerca de 80 bilhões de peças de roupas por
ano no mundo (hoje consumimos uma quanitdade 400% maior que há
vinte anos).

Mesmo com todo o alarde sobre o esgotamento de recursos do planeta,


cresce a fabricação de peças com polyester — que tem como base o
petróleo, um material finito, não renovável, que causa danos ao meio
ambiente em seu processo de extração. O algodão, que representa cerca
de 90% de todas as fibras naturais utilizadas na indústria têxtil, conta com
uma massa de terra finita para o cultivo, concorrendo com a produção
de alimentos. Desde seu plantio, passando pelos processos de produção,
faz com que a indústria da moda seja uma das maiores consumidoras de
água do planeta, junto ao de alimentos.

Quanto mais algodão usamos, mais água gastamos. São necessários


mais de 30 mil litros para criar um quilo de algodão. Se considerarmos
a média de consumo recomendada, de três litros por dia, em um ano
consumimos 1095 litros. É fácil perceber que há um desequilíbrio aí. Vale
lembrar que, enquanto isso, 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água
potável no mundo.”1

Falar de CONSUMO CONSCIENTE não é uma modinha, é uma


necessidade. Como profissionais, nossa responsabilidade é grande. Não
somos contra o consumo — o problema é o consumismo. Devemos
lembrar que as roupas mais sustentáveis são aquelas que já existem. Ir na

1 CRAVALHAL, André. Moda com propósito. (p. 198).

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contramão do consumismo e mostrar para as mulheres que elas podem


usar MUITO o que elas já têm é uma importante contribuição para o meio
ambiente e — também suas vidas.

Troque, conserte, cuide! Moda não é sobre o excesso, é sobre


o essencial.

“O desejo de consumo: queremos algo até obtê-lo e,


assim que conseguimos, parte-se para o próximo objetivo.
O desejo é induzido pela indústria. Para encarar isso de
forma saudável é preciso se fortalecer internamente. Com
o crescimento emocional, você ganha mais consciência
e não deixa seduzir tão facilmente. O problema é que
as pessoas não tem controle nenhum sobre o tema e
aceitam sugestões da publicidade.” (entrevista feita com o
psicanalista Flávio Gikovate)

CONSUMO CONSCIENTE NA CONSULTORIA

• É bem provável que, depois de fazer uma limpa em seu guarda-


roupa, deixando só o que você ama, você sinta menos necessidade
de comprar algo novo por um bom tempo;
• Olhe peça por peça e planeje muitos usos para cada uma delas,
gerando várias oportunidades;
• Tire fotos dos looks, assim, você vai ter um arsenal de ideias para os
dias de pressa;
• Uma roupa gasta muito recurso natural para ser fabricada, é muito
desperdício não usá-la;
• Não comprar nada é o melhor jeito de consumir consciente.

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GLOSSÁRIO DA MODA

Setor têxtil ou tecelagem: setor que fabrica os tecidos a partir de


fibras naturais ou sintéticas. As fibras naturais mais comuns são:
algodão, linho, viscose e liocel.

Confecção: diz respeito ao processo de costurar as roupas em si,


cortando os tecidos dentro dos moldes, costurando e finalizando
as peças.

Fair trade: significa comércio justo, ou seja, que a empresa não usou
mão de obra infantil nem escrava, respeitou práticas sustentáveis
e deu condições de trabalho seguras e saudáveis para seus
empregadores.

Fibra natural: tecido feito a partir de plantas como algodão ou


outras plantas que geram celulose.

Fibra sintética: tecido feito a partir de polímeros, reciclados ou não.

Fast fashion: termo usado para designar a indústria da moda que


tem uma produção em grande escala e em massa, constantemente
criando coleções e tratando as roupas como descartáveis. Não
contabiliza os custos sociais e ambientais nas roupas e é uma marca
globalizada, terceirizando sua produção em países com mão de
obra mais barata.

Slow fashion: movimento que nega o fast fashion. Reconhece os


impactos da produção das roupas, preocupa-se com o entorno e
resgata o valor das peças como itens feitos para durar. A produção
é em pequena e média escala.

EU ME IMPORTO, E VOCÊ?

QUAL / QUAIS ATITUDES VOCÊ VAI TOMAR PARA CONSUMIR MODA


DE UMA FORMA MAIS SUSTENTÁVEL E CONSCIENTE?
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5. DICAS

Essencialismo
Greg McKeown

Minimalism
Série Netflix

Trashed
Filme

The True Cost


Série Netflix

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