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Instituto Politécnico Privado de Gestão, Hotelaria e Turismo-Francisco dos Santos

Área: Administração e Serviços

Curso: Contabilidade e Gestão

Trabalho de Projecto Tecnólogico

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA O ADMINISTRADOR

Luanda, 2024
Instituto Politécnico Privado de Gestão, Hotelaria e Turismo-Francisco dos Santos

Área: Administração e Serviços

Curso: Contabilidade e Gestão

Trabalho de Projecto Tecnólogico

A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA O ADMINISTRADOR

Docente
___________________________

Joaquim José

Luanda, 2024
Lista de banca examinadora

i
Lista dos integrantes

ii
Dedicatória

Dedicamos este trabalho ao nosso querido professor Joaquim Bento José,


que esteve connosco durante toda a trajectória, e com quem nós partilhamos todas
as nossas dúvidas a respeito do tema, pois seus conhecimentos fizeram grande
diferença no resultado final deste trabalho.

iii
Agradecimentos

Agradecemos primeiramente a Deus, que nós deu a energia e benefícios para


concluir todo o trabalho, pois sem ele nada seria possível, a todos que participaram
directa e indirectamente no desenvolvimento deste trabalho e ao nosso querido
professor pelo suporte, pelas suas correções e incentivos.

iv
v
vi
vii
viii
ix
x
xi
xii
xiii
Introdução

1
Problematização
A contabilidade é um factor crucial dentro das empresas, servindo assim
como uma ferramenta- chave para os administradores nas tomadas de decisões, na
análise do planeamento financeiro, e na gestão eficaz. Ela permite uma
compreensão profunda da situação financeira da empresa, contribuindo assim para
a eficiência operacional, conformidade legal e negociações estratégicas.

A compreensão e gestão inadequada dos relatórios contabilísticos por parte


dos administradores é um problema que tem interferido negativamente na saúde
financeira da empresa, resultando assim em tomadas de decisões não assertivas,
riscos de não conformidade, má gestão dos recursos e perda de credibilidade. Com
base a está afirmação levanta-se a seguinte pergunta de partida: Qual é a
importância da contabilidade para o administrador?

Hipóteses

 A Contabilidade utilizada de forma eficaz melhora as tomadas de decisões


assegurando assim um melhorar desempenho da situação futura da empresa;

 A Formação adequada em contabilidade melhora a eficácia dos


administradores na gestão dentro das empresas.

Objectivo geral
Demonstrar a importância da contabilidade para o administrador nas tomadas de
decisões.

Objectivos específicos

 Definir teoricamente a contabilidade




*Justificativa

2
Capítulo I: Fundamentação Teórica

1.1. Conceitos fundamentais


1.1.1.Contabilidade

A Contabilidade como ciência surgiu na época da revolução industrial no


século XVIII devido a expansão do mercantilismo, nesta fase os autores das ciências
contabilísticas, construíam as ferramentas sobre os conceitos, objecto, e métodos
básicos da contabilidade. E por meio deste processo denominou-se a contabilidade
geral ou financeira, tendo como principal autor Frei Luca Paciolli.

Segundo Sílvio Crepaldi (2004, pág.20), “a contabilidade trata da colecta,


apresentação e interpretação dos factos económicos.”

Já para Sá (2008, pág. 42), “a contabilidade é a ciência que estuda os


fenómenos patrimoniais, preocupando-se com a realidade, evidências e
comportamento dos mesmos em relação á eficácia funcional das células sociais”.

Portanto, é possível compreender dos conceitos apresentados que a


contabilidade apresenta um papel indispensável dentro das empresas, permitindo
assim um gerenciamento eficaz e sucesso a longo prazo de uma empresa, de modo
a fornecer uma visão clara e objectiva da sua situação.

Ela alcança a sua finalidade através do registro e análise de todos os factos


relacionados com a formação, a movimentação e as variações do patrimônio
administrativo, vinculado à empresa, com o fim de assegurar o seu controle e
fornecer a seus administradores as informações necessárias à acção administrativa,
bem como a seus proprietários e demais pessoas relacionadas, as informações
sobre o estado patrimonial e o resultado das actividades desenvolvidas pela
empresa para alcançar os seus fins.

1.1.2. Funções da contabilidade

Segundo Franco (1997, pág.19), a contabilidade apresenta as seguintes


funções:

3
 Função de registro: refere- se ao processo de documentar todas as
transações financeiras da empresa de forma sistemática e organizada. Isso
envolve o registro detalhado de tudo aquilo que entra e saí dentro da
empresa;
 Função de classificar: refere-se ao processo de categorizar e atribuir as
transações financeiras a contas específicas de acordo com os princípios e
normas contabilísticas;
 Função de demonstrar: refere-se ao processo de preparar apresentar as
informações financeiras de uma empresa de forma clara e compreensível por
meio das demonstrações financeiras, como o balanço patrimonial, a
demonstração de resultados e o fluxo de caixa;
 Função de analisar: envolve o monitoramento e a avaliação contínua das
operações financeiras da empresa, de modo a garantir que os recursos sejam
utilizados de maneira eficiente, que os riscos sejam minimizados e que os
objectivos sejam alcançados.

Portanto, a função da contabilidade é a de fornecer informações e avaliações,


de natureza financeira e econômica, para os mais diversos tipos de usuários. É uma
ferramenta de fundamental importância para o controle de uma empresa.

Por meio dela é possível extrair uma série de informações importantes para
as tomadas de decisões, para controlar e acompanhar as operações, além de
facilitar o planeamento como um todo.

1.1.3. Tipos de contabilidade


Existem vários tipos de contabilidade entre as quais temos:

 Contabilidade Financeira: também chamada de contabilidade geral ou


externa, é aquela que controla, planifica e avalia o património de uma
empresa, fornecendo assim informações precisas e relevantes sobre a
posição financeira da mesma;
 Contabilidade Analítica: também chamada de contabilidade de custo ou
interna, é aquela que dedica-se a fornecer informações detalhadas para a
gestão, previsão e apuração de cada unidade produzida dentro da empresa;

4
 Contabilidade Administrativa: também chamada de contabilidade gerencial,
é aquela que fornece informações para ajudar os administradores, gestores e
outros agentes no processo de tomada de decisões;
 Contabilidade Pública: também chamada de contabilidade governamental, é
aquela que dedica-se ao estudo do património dos bens públicos entendidos
como aqueles que são regidos pelo direito público.

1.1.4. Demonstrações contabilísticas

As demonstrações contabilísticas são relatórios financeiros que resumem a


posição financeira, o desempenho e as actividades de uma empresa durante um
determinado período, de modo com que a mesma consiga atingir os seus objectivos,
bem como a tomar decisões mais concretas.

É por meio das demonstrações contabilísticas que a contabilidade apresenta


de forma sintética e analítica as variações das entidades, pois estas demonstrações
podem conter aspectos da dinâmica patrimonial ou da estática patrimonial, onde na
qual a dinâmica apresenta a evolução do património em determinado período,
evidenciando o resultado proveniente da gestão da empresa e já a estática reflecte o
património em determinado momento, (Franco, 1980).

As principais demonstrações contabilísticas incluem: o balanço patrimonial


(BP), a demostração do resultado do exercício (DRE), a demostração do fluxo de
caixa (DFC) e entre outras. As demonstrações contabilísticas devem apresentar a
informação de maneira que corresponda as necessidades e a base de conhecimento
dos usuários, bem como a natureza da informação apresentada. A compreensão é
aprimorada quando a informação é classificada e apresentada de maneira clara e
objectiva.

1.1.4.1. Balanço patrimonial (BP)


Segundo Marion (2009, pág.44), o balanço patrimonial é a principal
demonstração contabilística, onde na qual se pode verificar todos os bens e valores
a receber e a pagar em determinado momento.

Já de acordo o PGC (Decreto nº. 82/2001, de 16 de novembro), o balanço


patrimonial é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar,

5
quantitativamente e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial
e financeira de uma empresa.

Com base as pesquisas, o balanço patrimonial está dividido em:

 Activos (bens e direitos);


 Passivos (obrigações e dívidas);
 Capital próprio ou patrimônio líquido (a diferença entre os activos e os
passivos).

Essas três massas patrimoniais devem estar em equilíbrio, daí o termo "balanço",
indica que os activos são iguais aos passivos mais o patrimônio líquido.

O Balanço Patrimonial é representado de acordo com o quadro a seguir:

Quadro 1: Balanço Patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL
em 31/12/n e 31/12/n-1

31/12/n 31/12/n-1 Capital Próprio 31/12/n 31/12/n-1


Activo
e Passivo
Não corrente Capital Próprio
Imoblizações Capital
corpóreas Reservas
Imoblizações Resultados
incorpóreas transitados
inventimentos Resultados do
Total do activo Exercicio
não corrente Total do capital
Corrente próprio
Existências Passivo
Contas a Não corrente
receber Empréstimo de
Disponibilidades médio e longo
prazo
Continuação
6
Total do activo Total do passivo
corrente não corrente
Corrente
Fornecedores
Outras contas a
pagar
Total do Capital
Total do Activo Próprio e Passivo
Fonte: Elaborado pelas autoras

1.1.4.2. Demonstração do resultado do exercício (DRE)


A demonstração do resultado do exercício é uma demonstração contabilística
que fornece de maneira ordenada o resultado auferido pela empresa em um
determinado período ou exercício. Este resultado pode ser positivo (Lucro) ou
negativo (prejuízo).

Segundo Franco (1991, pág.276) , a DRE mostra o resultado do exercício e


sua composição, evididenciando o total das vendas, custos e lucros.

A demonstração do resultado do exercício é constituída por:

*Proveitos

*Custos

A demonstração do resultado do exercício é representada de acordo com o


quadro a seguir:

Quadro 2: Demonstração resultado do exercício


7
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO
em 31/12/n e 31/12/n-1
Vendas 31/12/n 31/12/n-1
Prestações de serviço
Outros proveitos operacionais
Variações nos produtos acabados e produtos em vias de
fábrico
Trabalhos para a própria empresa
Custo das mercadorias vendidas e das matérias-primas e
subsidiárias consumidas
Custo com o pessoal
Amortizações
Outros custos e perdas operacionais
Resultados operacionais:
Resultados financeiros
Resultados de filiais e associados
Resultados não operacionais
Resultados antes do imposto:
Imposto sobre o rendimento
Resultados líquidos das actividades correntes:
Resultados extraordinários
Imposto sobre rendimento
=Resultado líquido do exercício

Fonte: Plano geral de contabilidade

Demonstração de Fluxos de Caixa (DFC)

Segundo o PGC (Decreto nº. 82/2001, de 16 de novembro),a demonstração


de fluxos de caixa é uma demonstração contabilística destinada a evidenciar como
foi gerado e utilizado o dinheiro no período em análise.

8
Já para Assaf Neto (1997, pág.38), o fluxo de caixa é um processo pelo qual
a empresa gera e aplica seus recursos em determinadas actividades da empresa.

De acordo aos conceitos apresentados, vimos que a DFC é um demonstrativo


muito importante pois dá-nos uma visão clara e ampla das fontes de receitas e
gastos que a empresa incorre, bem como fornece informações para a tomada de
decisões tais como: prognosticar as necessidades de captação de recursos, prever
os períodos em que haverá sobras ou necessidades de recursos e aplicar os
excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem
comprometer a liquidez.

Segundo Iudícibus (1999, pág.23), para a elaboração do fluxo de caixa, a


empresa precisa dispor internamente de informações organizadas que permitem a
visualização de todas as contas, e a forma de obtenção e organização dessas
informações auxiliares passam pela utilização de ferramentas de gestão, cuja forma
dependerá do tipo da empresa, do seu porte e disponibilidade financeira.

Na opinião do mesmo autor, os fluxos de caixa estão divididos em:

 Fluxos operacionais: são os fluxos resultantes das principais actividades


geradores de proveitos da entidade e de outras actividades que não sejam de
investimento ou de financiamento;
 Fluxos de investimento: são os fluxos resultantes da aquisição e venda de
activos não correntes, que representam a destinação que empresa dá aos
seus recursos na compra de novos equipamentos ou na ampliação de suas
instalações;
 Fluxos de financiamento: são os fluxos resultantes de operações de
empréstimos.

A demonstração do resultado do exercício é representada de acordo com o quadro a


seguir:

Quadro 3: Demonstração do fluxo de caixa

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA


em 31/12/n e 31/12/n

31/12/ 31/12/n
9
n

1.1.5.Administração

Segundo Maximiano (2006, pág.12), “a administração é o processo de tomar


decisões sobre os objectivos e a utilização de recursos.”

Já de acordo Henry Fayol (2005, pág.58) a administração, é o acto de


administrar destacando assim cinco funções:

 Prever (planear, prespectivar o futuro);


 Organizar (estruturar os recursos necessários em relação ás actividades);
 Comandar (dirigir e orientar o pessoal);
 Coordenar (integrar as actividades para o mesmo objectivo );
 Controlar (verificar a conformidade com o planeado).

Para Fayol esses são os elementos da administração que constituem o


chamado processo administrativo, sendo eles localizáveis no trabalho do
administrador em qualquer nível ou área de actividade da empresa.

Dentro da linha proposta por Fayol, outros autores adotam o processo


administrativo como núcleo de sua teoria, apresentando funções administrativas
ligeiramente diferentes.

Segundo Dale (2006, pág.166), a administração apresenta quatro funções


destacando assim a seguinte sequência:

10
Fonte: Idalberto Chiavenato

De acordo as pesquisas, actualmente aceita-se o planeamento, a


organização, a direcção e o controle como as funções básicas do administrador. pois
abrangem as principais activiadades necessárias para o gerenciamento eficaz
dentro de uma organização.

1.1.5.1. Princípios da administração


Segundo Fayol (2005, pág.58), a administração deve basear-se em leis ou em
princípios, por isso também definiu os princípios gerais de administração, adotando
a denominação princípio, afastando dela qualquer ideia de rigidez, pois nada existe
de rígido ou absoluto em matéria administrativa. Destacando assim os seguintes
princípios:

Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para


aumentar a eficiência;

Autoridade: é o direito de dar ordens;

Disciplina: Depende de obediência, comportamento e respeito aos acordos


estabelecidos;

Unidade de Comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um


superior;

Unidade de direcção: um chefe e um programa para cada conjunto de actividades


que tenham o mesmo objectivo;

Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os


empregados e para a organização em termos de retribuição;

Subordinação dos interesses particulares aos gerais: os interesses gerais da


empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares dos funcionários;

Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da


empresa;

Hierarquização: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo
em função do princípio do comando;

11
Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar;

Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal;

Estabilidade: velar pela estabilidade do pessoal;

Iniciativa: encorajar o pessoal, propor e aplicar ideias novas;

Espírito de equipe: criar um clima de solidariedade entre os trabalhadores, isto é,


não procurar dividir o pessoal e recorrer tanto quanto possível a comunicação verbal
para ganhar em termos de tempo, clareza e harmonia.

1.1.5.2. Perfil do Administrador


De acordo Chiavenato (2006, pág. 56), destaca que o conhecimento do
administrador é apenas um dos múltiplos aspectos da sua capacidade profissional.
Ele é avaliado pelo seu modo de agir e decidir, suas actitudes, conhecimentos,
habilidades, competências, personalidade e estilo de trabalho.

Segundo Maximiano (2006, pág.64), o sucesso do administrador depende


mais do seu desempenho e da forma como lida com as pessoas e situações do que
de seus traços particulares de personalidade. Depende daquilo que ele consegue
fazer e não daquilo que ele é. Esse desempenho é o resultado de certas habilidades
que o administrador possui e utiliza.

Para Maximiano, uma habilidade é a capacidade de transformar


conhecimento em acção e que resulta em um desempenho desejado. E para ele
existem três tipos de habilidades importantes para um desempenho administrativo
bem-sucedido entre as quais:

 Habilidades Técnicas - envolvem o uso de conhecimento especializado e


facilidade na execução de técnicas relacionadas com o trabalho e com os
procedimentos de realização. É o caso de habilidades em contabilidade, em
programação de computador, engenharia etc. As habilidades técnicas estão
relacionadas com o fazer, isto é, com o trabalho com "coisas", como
processos materiais ou objetos físicos e concrectos;
 Habilidades Humanas- estão relacionadas com as pessoas e referem-se à
facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade

12
de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou
grupais;
 Habilidades Conceituais- refere-se as aptidões necessárias para se obter,
analisar e interpretar as informações provenientes de várias fontes, que irão
lhe permitir tomar decisões complexas.

Fonte: Idalberto Chiavenato

Com base aos argumentos apresentados, o administrador é um profissional


fundamental dentro da empresa responsável pela gestão e supervisão das
actividades contabilísticas de uma empresa, de modo a garantir o seu bom
funcionamento e alcance dos resultados desejados.

13
Ele pode ter uma variedade de títulos, como director financeiro, gerente
financeiro, contador-chefe ou controller, dependendo da estrutura organizacional da
empresa.

1.1.6.Importância da contabilidade para o administrador


Segundo Marion (2009, pág.25), a contabilidade é o grande instrumento que
auxilia a administração a tomar decisões, gerando assim informações de relatórios
que servirão de auxílio para o administrador.

A contabilidade é essencial para o administrador, pois fornece informações


relativas ao patrimônio, para que se possam prever, organizar, coordenar e controlar
todos os acontecimentos que nele se desenvolvam.

Segundo Silvio Crepaldi (2004, pág. 20) o papel da contabilidade torna-se


ainda mais importante nas complexas economias modernas. Uma vez que os
recursos são escassos, temos de escolher entre as melhores alternativas, e para
identificá-las são necessários os dados contabilísticos.

Por isso o administrador deve estar preparado no sentido de interpretar estas


informações, a fim de tirar conclusões úteis e relevantes que facilitarão encontrar as
respostas certas para as questões fundamentais, em toda a empresa, com um
enfoque constante sobre o que deve ser feito de imediato e mais tarde.

É importante lembrar que a informação adquirida na contabilidade precisa ser


processada antes de ser analisada pelos administradores. A qualidade das decisões
dos responsáveis pela empresa afecta o seu ciclo de vida enquanto organização
lucrativa, sendo um factor chave a racionalidade com que os mesmos tomam
decisões.

1.1.7.Análise de indicadores Financeiros


Os índices financeiros são elementos essenciais na análise de balanço de
uma empresa, calculados matematicamente com base no balanço patrimonial e na
demonstração de resultados (Padoveze, 2010). Eles ajudam a entender o
desempenho da empresa.

14
A análise desses indicadores não deve se limitar apenas aos cálculos, mas
também deve incluir a interpretação dos valores determinados pelos índices. Isso
requer uma base significativa para fazer uma comparação correcta e precisa.

A análise por meio de indicadores financeiros depende da informação que a


empresa procura e do nível de qualidade e precisão desejada. Os indicadores
devem estar alinhados com os objectivos da empresa, considerando o
acompanhamento das actividades, a rentabilidade da empresa e a situação
patrimonial (Padoveze, 2010).

Estes indicadores permitem conhecer a situação actual da empresa e


perspectivar melhor o seu desempenho. Eles são fundamentais para a tomada de
decisões de gestão, visando corrigir tendências negativas que a empresa possa
apresentar ao longo do seu exercício.

Sendo que não é a quantidade de índices que determina a qualidade de uma


análise, mas sim a correlação entre os índices que permite conhecer a posição real
da empresa (Matarazzo, 2008).

Na opinião do mesmo autor existem vários índices financeiross, mas no


presente trabalho são apenas destacados quatro entre os quais:

1.1.7.1. Autonomia Financeira


Este índice é um facto relevante na análise e na contratação de operações de
financiamento e é um elemento importante na avaliação do risco financeiro e global
da empresa. Para os mesmos autores este índice relaciona os capitais próprios com
o total de activos aplicados (Nabais e Nabais, 2004).

A análise da autonomia financeira avalia a proporção do activo de uma


empresa que é financiada pelo próprio capital, indicando o grau de dependência da
empresa em relação aos credores. Quanto maior a proporção de capital próprio no
financiamento do activo, maior a autonomia financeira da empresa. É recomendável
que este índice não seja inferior a 33%. Este rácio é crucial para analistas de crédito
na avaliação de risco e é especialmente importante para empresas que buscam
financiamento.

Calcula-se com base na seguinte fórmula:


15
Autonomia financeira = Capitais próprios / Activo total

1.1.7.2. Endividamento
O índice endividamento relaciona a capacidade da empresa em cobrir os seus
passivos com o activo, mede a capacidade de os activos serem financiados pelos
capitais alheios. Calcula-se com base na seguinte fórmula:

Endividamento = Passivo total / Activo total x 100

O índice de endividamento é uma ferramenta usada pelos financiadores para


avaliar o risco de uma empresa não conseguir pagar suas dívidas. Ele mede a
proporção de capital próprio e de terceiros que a empresa tem em suas obrigações.

Esse índice ajuda a avaliar rapidamente se a empresa tem condições de


assumir mais dívidas e se o seu próprio capital pode financiar as dívidas de curto,
médio e longo prazo.

1.1.7.3. Índice de Liquidez


Liquidez é a capacidade de uma empresa de cumprir seus compromissos
financeiros. É importante para determinar o risco para os credores e é avaliada
considerando a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações de curto prazo
e seu nível de solvência.

A análise de índices de liquidez pode ajudar a identificar e resolver problemas


potenciais, permitindo que a empresa antecipe problemas e responda a diferentes
cenários futuros. Contudo, é importante referir que, os elementos que constituem os
índices de liquidez não são extraídos do fluxo de caixa, mas sim do balanço
patrimonial (Matarazzo, 2003). Calcula-se com base na seguinte fórmula:

Liquidez: Activo Corrente/ Passivo Corrente

16
1.1.7.4. Solvabilidade
Este rácio espelha a capacidade da empresa para solver os seus
compromissos. Sendo que, quando superior a 1, significa que a empresa detém
capital próprio suficiente para poder assegurar a cobertura da totalidade do passivo.

Para os casos em que for inferior a 0,5, significa que a empresa detém capital
próprio insuficiente para poder assegurar a cobertura da totalidade do passivo.
Calcula-se com base na seguinte fórmula:

Solvabilidade = Capitais próprios / Passivo Total

Capítulo II: Metodologia

2.1. Tipo de pesquisa

O presente trabalho apresenta uma pesquisa descritiva, que de acordo a


Silva e Menezes (2000, pág,21) “visa descrever as características de uma
determinada população, fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis,
envolvendo assim o uso de técnicas padronizadas de colecta de dados, questionário
e observação sistemática”.

2.2. Método de Investigação


O método de pesquisa adoptado foi o método quantitativo e qualitativo, sendo
que o método qualitativo esteve presente na fase inicial do estudo, focando- se
assim no levantamento de informações por meio de entrevistas que foram relevantes
na compreensão e solução do objectivo apresentado.

E posteriormente o método quantitativo, onde na qual as informações


colectadas na fase inicial serviram de base para o questionário aplicado.

Portanto, o trabalho foi dividido em duas etapas, onde na qual a primeira


etapa foi realizada por meio de livros, relatórios e artigos publicados em revistas a
fim de enfatizar a importância da contabilidade para o administrador. Já a segunda
etapa, foi realizada por meio de um estudo de caso.

17
2.3. População e amostra
A população é o conjunto completo de elementos que apresentam pelo menos
uma característica em comum, já a amostra é uma porção ou parcela conveniente
selecionada (Marconi e Lakatotos, 2003).

A empresa a ser estudada apresenta 50 funcionários, onde na qual 15 são do


sexo feminino e 35 do sexo masculino. E no total de 50 funcionários, participaram da
pesquisa 3 funcionários, sendo que 2 são do sexo feminino e 1 do sexo masculino.

2.3.1. Amostragem
A amostragem aplicada foi a não probabilística por conveniência, baseando-
se numa selecção de elementos, uma vez que o estudo em questão refere-se a
importância da contabilidade para o administrador, portando focamo-nos para os
administradores que lidam diractamente com as questões contabilisticas.

2.4. Unidade de análise


A empresa que tivemos como análise do nosso estudo foi a Consultoria
kinxama, sendo a mesma uma consultoria que actua na área de contabilidade e
gestão de empresas e foi fundada em 2012 na província de Luanda por Augusto
Paulo, e encontra-se localizada na Zona Verde 3 na rua 18, mantendo-se firme até
os dias de hoje.

A Consultoria Kinxama tem como objectivo fornecer orientação especializada


sobre questões financeiras e contabilisticas de modo a ajudar seus clientes a
gerenciar suas finanças de forma eficiente e eficaz.

2.5. Técnicas de colecta de dados


No presente trabalho foi utilizado o questionário do tipo fechado, tendo na sua
construção questões de resposta fechada, permitido assim obter dados suficientes
para responder o problema.

2.6. Tratamento dos dados


Os dados foram organizados e classificados de forma sistemática, passando
pelas etapas de selecção, e tabulação, permitindo assim uma facilidade na análise
e interpretação dos dados, de modo a garantir informações concrectas e ajustadas.
18
Capítulo III- Análise dos resultados

Tabela 01- Identificação dos participantes

Feminino 66,7
Género Masculino 33,3
Idade Menos de 30 anos 0
30 à 50 anos 100
Ensino Médio 0
Qual é o grau de instrução? Superior Completo 100
Superior Incompleto 0
Há quanto o administrador actua nesta Menos de 5 33,3
função? 5 à 10 anos 33,3
Mais de 10 anos 33,4

A tabela 1, apresenta a percentagem de mulheres e homens envolvidos na


pesquisa em questão, sendo que 66,7% são mulheres e 33,3% são homens
possuindo uma idade compreendida entre os 30 à 50 anos de idade, onde na qual
verificou-se que 100% dos administradores possuem o ensino superior completo o
que lhes permite obter uma base sólida de conhecimento teórico e prático, que
contribuem para tomadas de decisões estratégicas.

Apresenta também o tempo de actuação de cada administrador responsável


pelas decisões dentro da empresa, sendo que 33,3% actuam há menos de 5 anos,
33,3% de 5 à 10 anos e por fim 33,4% há mais de 10 anos .

Tabela 02- Conhecimento sobre a contabilidade por parte dos participantes

A Contabilidade é importante para os Sim 100


administradores? Não 0
Nas informações
providas da contabilidade 100

19
Influência dos interesses
Onde baseiam-se as tomadas de decisões? pessoais 0

Nenhuma 0
Os administradores devem possuir uma Sim 100
visão geral sobre a contabilidade? Não 0
Consideram a participação do contabilista Muito 100
essencial na gestão da empresa? Um pouco 0
Não 0

Na Tabela 2 foi apurado que 100% dos administradores afirmam que a


contabilidade possui uma grande importância, uma vez que a mesma permite com
que os administradores consigam monitorar o desempenho da empresa, bem como
controlar os riscos que podem eventualmente afectar a situação da empresa.

A mesma ainda apresenta que 100% dos administradores utilizam as


informações providas da contabilidade, sendo que os mesmos também afirmam que
devem possuir uma visão geral sobre a contabilidade porque isso lhes permite
interpretar os relatórios contabilísticos que impulsionam o crescimento e a
sustentabilidade da empresa.

E por fim pode ser observado que 100% dos administradores consideram a
participação dos contabilistas essências para a gestão da empresa uma vez que os
mesmos possuem habilidades que lhes permitem fornecer informações credíveis.

Tabela 03 – Utilização dos relatórios contabilísticos

Os administradores utilizam as informações geradas Sim 100


dos relatórios contabilísticos frequentemente? Não 0
Desempenho 66,7
O que os administradores procuram com a utilização financeiro
dos relatórios contabilísticos? Gestão dos 33,3
riscos

A tabela 3, apresenta que 100% dos administradores afirmam que utilizam


frequentemente as informações geradas nos relatórios contabilísticos, e ainda na
mesma tabela 66,7% dos administradores afirmam que com a utilização dos
20
relatórios contabilísticos procuram obter informações sobre o desempenho
financeiro, preocupando-se assim com a situação que a empresa se encontra e se
está capacitada para fazer face as suas obrigações e os outros 33,3% afirmam que
procuram obter informações sobre a gestão de riscos porque isso lhes permite
identificar, avaliar e mitigar os diversos tipos de riscos que podem afectar a situação
da empresa, com isso conseguem desenvolver estratégias que irão lhes permitir
reduzir a probabilidade de certos eventos negativos e garantir a continuidade da
empresa dentro do mercado.

Tabela 04- Dificuldades na utilização dos relatórios contabilísticos

Já tiveram alguma dificuldade na análise dos Sim 100


relatórios fornecidos pelo contabilista? Não 0
Quando surgem dificuldades na análise dos relatórios Sim 0
recebem ajuda de alguma acessória? Não 100

Na tabela 5 verificou-se que a maioria dos administradores já teve


dificuldades em entender os relátorios contabilísticos, pois os mesmos afirmam que
está dificuldade parte porque muitos contabilistas não transmitem informações
concrectas e acabam dificultando o processo decisório, mas pelo nível de
conhecimento os mesmos conseguem sempre encontrar maneiras de superar está
mesma dificuldade.

E nesta mesma tabela também verificou -se que 100% dos administradores
não recebem ajuda de nenhuma acessória e quando surgem dificuldades na análise
adaptam estratégias alternativas para garantir uma gestão financeira sólida e
informada.

21
Conclusão

Referencias bibliográficas

Recomendações

Glossário

Apêndice

Questionário
As questões abaixo referem-se a uma pesquisa de campo para a composição do
trabalho sobre a importância da contabilidade para o administrador com o seguinte
questionamento: Qual é a importância da contabilidade para o administrador?

Parte 01- Identificação dos participantes

1) Identificação do sexo:

( ) Femenino ( ) Masculino

2) Idade dos administradores

( ) Menos de 30 anos ( ) 30 à 50 anos

3) Qual é o grau de instrução?

( ) Ensino Médio ( ) Superior Completo ( ) Superior Incompleto

4) Há quanto o administrador actua nesta função?

( ) Menos de 5 ( ) 5 à 10 anos ( ) Mais de 10 anos

Parte 02- Conhecimento sobre a contabilidade por parte dos participantes

5) A Contabilidade é importante para os administradores?

( ) Sim ( ) Não

6) Onde baseiam-se as tomadas de decisões?

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( ) Nas informações providas da contabilidade

( ) Influência dos interesses pessoais

( ) Nenhuma

7) Os administradores devem possuir uma visão geral sobre a contabilidade?

( ) Sim ( ) Não

8) Consideram a participação do contabilista essencial na gestão da empresa?

( ) Muito ( ) Um pouco ( ) Não

Parte 03 – Utilização dos relatórios contabilísticos

9) Os administradores utilizam as informações geradas dos relatórios


contabilísticos frequentemente?

( ) Sim ( ) Não

10) O que os administradores procuram com a utilização dos relatórios


contabilísticos?

( ) Desempenho financeiro ( ) Gestão dos ricos


Parte 04- Dificuldades na utilização dos relatórios contabilísticos

11) Já tiveram alguma dificuldade na análise dos relatórios fornecidos pelo


contabilista?

( ) Sim ( ) Não

12) Quando surgem dificuldades na análise dos relatórios recebem ajuda de


alguma acessória?

( ) Sim ( ) Não

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