TCC Pós Artmed

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Aluno: Lucas Curi Santos

1. Diagnóstico
Joaquim procurou a psicoterapia tendo como demanda inicial ansiedade e
falta de interesse nas coisas cotidianas. Com base nos dados colhidos na
anamnese, observa-se o prejuízo em âmbito social (trabalho, família e
relacionamentos) e individual. Logo, evidencia-se sinais de dificuldade de controle,
dificuldade de atenção, problemas de sono. Contudo, tais sintomas também
constituem outros transtornos e diagnósticos, sendo fundamental aplicar uma
avaliação visando uma intervenção mais efetiva (MANUAL [...], 2014).
Referente ao “uso exagerado de uso de telas, jogos e aplicativos”, preenche
parte dos critérios para o Transtorno Obsessivo Compulsivo, tendo como critério tal
comportamento consumir mais de 1 hora por dia, causando sofrimento e prejuízos
na esfera social. Desta forma, sua compulsão, manifestada de forma repetitiva e
voluntária, tem como finalidade, através de uma estratégia disfuncional, aliviar a
ansiedade que alega ter (MANUAL [...], 2014).
Para tal, sugere-se a avaliação e aplicação de diferentes instrumentos, tais
como: Y-Bocs; OCI-R; OBQ; Escala de acomodação familiar. Quanto às técnicas de
intervenção, estratégias de automonitoramento, tais como o checklist da semana,
acompanhados de uma psicoeducação acerca dos pensamentos catastróficos,
permitem abordar a parada de pensamento, respiração diafragmática e o
estabelecimento de limites (MANUAL [...], 2014).
Tendo ciência do curso do transtorno, considerando recaídas, a intervenção
deve ser gradual, de forma a manter o Joaquim engajado, sendo fundamental
estabelecer objetivos e metas concretas, a curto, médio e longo prazo, facilitando a
perspectiva de resultados obtidos. Por exemplo: Retomada dos estudos;
Reeducação alimentar e de higiene; Ampliação do círculo social e aperfeiçoamento
do atual (empatia, respeito e alteridade); e afins (ConScientiae Saúde, 2007).
2. Conduta
Logo de início, o psicólogo deve psicoeducar Joaquim a respeito da
importância do processo terapêutico, explicando como será o primeiro da terapia,
que envolve tanto a escuta, acolhimento, levantamento de demandas, rede de
apoio, e demais informações que se mostrar úteis para a realização do Diagrama de
Conceitualização Cognitiva. Após a finalização de tal análise inicial, elabora-se o
Plano de Intervenção, contendo objetivos a curto, médio e longo prazo. Desta forma,
o paciente terá uma noção sobre quais os próximos passos a serem dados (Cordioli,
2008).
Nas primeiras sessões, busca-se manter Joaquim motivado e ciente da
importância do processo terapêutico. Assim, reforçar que a terapia é construída de
forma conjunta (papel ativo do paciente), é fundamental. Outro ponto é a
psicoeducação de como a TCC funciona, e qual a estrutura das sessões, como:
“Quebra-Gelo”; Feedback e monitoramento do intervalo entre as sessões;
Intervenção com base em um tema pré-estruturado (mas que pode ser moldável
com base nas demandas que foram trazidas por parte dele); Feedback da sessão;
Tarefa ou atividade para a próxima sessão; e Resumo ( Cordioli, 2008).
O foco no vínculo terapêutico é fundamental, considerando que Joaquim
passa grande parte do tempo utilizando telas, a ponto de não ter uma boa
alimentação, higiene pessoal e sono. Tal postura é fundamental, visando evitar
recaídas e faltas, assim como aconteceu durante seu período na faculdade. Vale
ressaltar que, o papel dos responsáveis é de suma importância, pois atuam como
rede de apoio, de forma que o paciente alcance um repertório comportamental mais
adaptativo, sendo importante localizá-los e auxiliá-los no meio de todo o processo.
O psicólogo também deve ter a ciência de que os avanços serão graduais,
pois a mudança de tais comportamentos disfuncionais dependerá do engajamento
de Joaquim, da escolha das estratégias e recursos que se mostrarem de maior
eficácia no momento. Para isso, além de se mostrar disposto a adaptar suas
intervenções, manter em constante atualização o Diagrama de Conceitualização
Cognitiva é essencial (Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol. 2010).
Para o uso de medicamentos, deve-se passar inicialmente pela avaliação,
conforme já citado, para em seguida, mediante a análise de um psiquiatra, averiguar
qual o melhor medicamento para o caso, devido possíveis reações colaterais
fisiológicas e cognitivas. O psicofármaco VENVANSE é indicado para casos de
TDAH, Tratamento de episódios depressivos, e TOC. Contudo, sem a participação
de uma equipe multiprofissional, não se recomenda nenhum medicamento, sendo
importante Joaquim ser psicoeducação sobre (ConScientiae Saúde, 2007).
REFERÊNCIAS

CORDIOLI, Aristides Volpato. A TCC no TOC. Revista Brasileira de Psiquiatria, [s.


l.], ed. 30, p. 65-72, Outubro 2008. DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462008000600003. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbp/a/nQZtCJhJcFqfCQSfmdDNFgN/. Acesso em: 8 jun.
2024.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS. 5. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2014. 992 p. ISBN 978-85-8271-089-0.
ConScientiae Saúde, São Paulo, v.6, n.2, p. 351 - 359, 2007. Disponível em:
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340133701cnsv6n2_3q32.pdf. Acesso
em: 8 jun. 2024.
Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol. 2010; 15 (4):491-6. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsbf/a/7zHmZBsWqyV6dB8hD4Q4KwP/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 8 jun. 2024.
Estudos de Psicologia, n 26(4), p. 545-552. Campinas. Outubro - dezembro 2009.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/estpsi/a/CR5HdD7cKjNJ65RmgR33Y3F/?lang=pt# Acesso
em: 8 jun. 2024.

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