CREMOS, professamos e ensinamos que o Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade,

Deus igual ao Pai e ao Filho: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai,
e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). O Espírito Santo é da mesma substância, da mesma
espécie, de mesmo poder e glória do Pai e do Filho, pois é chamado de outro Consolador: “E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).
O Espírito Santo não é uma parte da Divindade, mas, sim, Deus em toda a sua plenitude e, por isso
mesmo, é incriado, autoexistente e absolutamente autônomo: “o Espírito que provém de Deus” (1 Co
2.12), como havia declarado o Credo de Atanásio: “Tal como é o Pai, tal é o Filho e tal é o Espírito
Santo. O Pai é incriado, o Filho incriado, e o Espírito Santo incriado... não há três incriados... mas
um só incriado”. Ele é o Espírito eterno e existe por si mesmo.1 Ele pertence à mesma essência e
substância indivisível e eterna do Pai e do Filho. Os homens e os anjos foram criados e dependem
do Criador, mas Ele, o Espírito Santo, não depende de nada, pois Ele é o Senhor: “o Senhor é o
Espírito” (2 Co 3.17 – ARA).

Paracletologia
INTRODUÇÃO: A paracletologia é a matéria que estuda sobre a pessoa do ESPÍRITO
SANTO. Ela possui a importante missão de nos esclarecer a respeito da obra, da
importância, das características e particularidades do Deus Espírito Santo.

1. Conceito: Para o estudo de determinado tema, deve-se iniciar pela análise de

sua denominação, que poderá ajudar a compreender aquilo que se pretende
aprender.
a. Paracletologia é uma palavra formada de dois vocábulos gregos:
“parakletos” que significa: “Advogado”, “alguém chamado para o lado
de outro para o ajudar”, “alguém que aparece em defesa de outra
pessoa”, “intercessor”, “consolador”, “fortalecedor”, “aliado e
amigo”. Todas essas traduções se referem a pessoa do Espírito Santo (Jo
14.26). E a segunda palavra é “Logia” que significa: “estudo”,
“doutrina”. E é o que iremos começar a Estudar agora!

(1) . Companheiro (amigo) - João 14.16; Ajudador - João 14.26;

Intercessor, Advogado e fortalecedor – Romanos 8.26-27;

2. O Espírito Santo no AT e no NT: Não queremos aqui destacar todas as obras do

Espírito Santo no AT e nem no NT, mas focaremos na atuação dele nos seres
humanos que o receberam. Por exemplo poderíamos citar sua participação na
criação do planeta terra (Gn 1.2; Jó 26.13) na criação do homem ( Gn 1.26), mas
como disse, esse não é o nosso foco aqui.

a. O Espírito no AT: Da criação até Cristo, o Espírito Santo atuava de forma

esporádica (Que só acontece em alguns casos), específicas e em tempos
 distintos, sobre alguns homens com o fim de libertar, ou liderar o seu povo
Israel.

Exemplo: (1) Números 11.24 - 29 – Moises estava cansado pelo peso do

trabalho com o povo, Deus lhe deu o direito de escolher 70 homens para o
ajudar, mas antes de eles exercerem sua função, Deus lhes deu de seu Espírito.

(2) Juízes 3.10 - Otniel livra o povo do castigo de Deus, para isso o Espírito Santo
estava sobre ele.

(3) 1 Samuel 10.6-7 – Saul é escolhido como rei, mas antes de assumir o trono o
Espírito do Senhor deveria se apossar dele.

b. O Espírito Santo no NT:(1) No novo testamento do nascimento de Cristo até

o dia de Pentecostes em atos 2, o Espírito atual por meio do ministério
glorioso de Jesus. Tudo o que Jesus fez em seu ministério terreno, o fez por
intermédio do Espírito Santo.

Prova: Mateus 3.16-17 – O ministério só começou quando o Espírito desceu

sobre ele.

Lucas 4.14 - Jesus estava no poder do Espírito Santo.

Lucas 4.18-19 – O Espírito Santo o capacitava como homem para a obra.

(2) A partir de Pentecostes o Espírito Santo habita na igreja, a qual é o corpo de

Cristo. Neste período, o Espírito Santo habita individualmente em cada crente,
fazendo do nosso corpo o santuário onde Deus habita.

Provas: 1 Coríntios 3.16-17; 6.19-20 - Nós somos a casa do Espírito Santo.

Ninguém tem direito de mandar naquilo que não o pertence, por isso devemos
tomar cuidado com o nosso corpo) (ILUSTRAÇÃO DO CAVALO E A MENSAGEM).

João 14.17 - Jesus já havia avisado que o Espírito Santo quando ele viesse, iria
habitar nos salvos.

3. O Espírito Santo é Deus: Assim como o Pai e o Filho o Espírito Santo também
é Deus. Possui as mesmas característica que o Pai e o Filho.

Os atributos de Deus são aquelas características essenciais, permanentes e

distintivas que podem se afirmadas a respeito do seu Ser. Como a terceira
pessoa da santíssima Trindade, o Espírito Santo faz parte da divindade, sendo
coigual, coeterno e da mesma substância do Pai e do Filho.

• A autoridade no batismo é feita em nome dos 3 (Mateus 28.19)

• A benção apostólica é dada sobre a autoridade dos 3 (2 Cor. 13.13)
 • É onipotente ( Zaracarias 4.6; Romanos 15.19; Lc 1.35)

Obs. Acreditasse que as expressões “o Espírito Santo e o Poder do

altíssimo” são construções sinônimas.

• É onipresente (Salmos 139.7)

• É onisciente (Isaias 40.13-18; 1 Cor. 2.10-11)
• É eterno (Hb 9.14)
• É a Verdade (1Jo 5.7)
• Concede vida eterna (Gl 6.8)

4. O Espírito Santo é uma Pessoa: O Espírito Santo não é uma força ativa, não é
uma influência exercida por Deus, não é uma influência iluminadora
como ensina algumas seitas por aí;

exemplo: Testemunhas de Jeová - Para elas, o Espírito Santo é entendido

como uma força ativa” ou uma influência poderosa que emana de Deus para
realizar Seus propósitos no mundo. (Ele não possui vontade própria, Ele
desce dá um recado, gera um impacto no homem e depois volta à Deus)

O Espírito Santo é um ser pessoal, que realiza atos que só podem ser
atribuídos a uma pessoa.

“Logo o Espírito Santo é um ser pessoal, inteligente, com vontades e

determinações próprias.”

Identifica-se como pessoa alguém que manifeste qualidades, como, por

exemplo: conhecimento, sentimento e vontade que indicam personalidade. Que
o Espírito Santo é uma pessoa fica claro pelas atribuições que a palavra faz a
Ele. Mas antes vejamos um ponto interessante de partida para o nosso
raciocínio:

Uma abordagem mais frutífera é primeiro fazer uma pergunta que quase ninguém faz: como
nós sabemos que o Pai é uma pessoa? E quanto ao Filho?

A resposta é que a Bíblia apresenta uma pessoa como uma substância que pode realizar
coisas pessoais e relacionais (como falar, pensar, sentir, agir). Algo que realiza essas coisas
pessoais em relacionamentos — como Deus, anjos e seres humanos — é uma pessoa.

Como o Espírito Santo se sai seguindo esse critério?

• O Espírito Santo Ensina e faz Lembrar: João 14.26; 1 Coríntios 2.13; Lucas 12.12.
• O Espírito Fala: Atos 8.29; 2 Samuel 23.2; Mateus 10.19-20; Atos 10.19-20;
• O Espírito Santo Toma Decisões: Atos 15.28; Atos 13.2;
 • O Espírito Santo Pode se Entristecer: Efésios 4.30;
• O Espírito pode proibir ou evitar discurso e planos humanos: Atos 16.6-7;

Poderíamos sitar outras características que comprovam que o Espírito Santo é uma pessoa,
mas creio que com essas nosso objetivo já foi alcançado.

Permita-me tirarmos algumas lições aqui:

(1) Será que estamos entristecendo o Espírito Santo?

Se olharmos o texto de Efésios 4.30 perceberemos dentro do seu contexto, que
o Apóstolo Paulo fez uma narrativa desde o versículo 25 até o 32 da expectativa de uma
nova vida em Jesus (v.24). Logo Concordo com MacArthur:

“Deus se entristece quando seus filhos se recusam a mudar dos velhos caminhos do
pecado para os caminhos justos da nova vida.”

A) Quando Damos lugar a mentira entristecemos o Espírito Santo, podemos acreditar que
estamos enganando homens, mas na verdade mentimos ao Espírito Santo (At.5.3-4).
B) Quando fazemos fofocas, disse e me disse, podemos pensar que estamos atingindo a
homens, mas na verdade estamos ferindo o Espírito Santo (Números 12.1-2,8).
C) Quando falamos palavras torpes, ou seja, palavra podre, não apropriada para uso, sem
valor etc. Ferimos ao Espírito Santo (Provérbios 15.2-4) - Colossenses 3.8 conselhos;
Tiago 3.6 - Condenação.

5. Os símbolos do Espírito Santo

6 símbolos são empregados nas Escrituras para revelar as características do Espírito Santo,
são eles: Água; Fogo; Vento; Óleo; Pomba; Selo.

Seus símbolos refletem suas múltiplas operações e, de maneira alguma, comprometem sua
personalidade e divindade. Agora que já vimos quem Ele é, uma pessoa e ao mesmo tempo
Deus, podemos estudar as características das metáforas empregadas para descrevê-lo.

a. Água: João 7.37-39 – Jesus referiu-se ao Espírito Santo como Água;

A água, assim como o fôlego, é indispensável à preservação da vida. Um ser humano é

composto de 60% de água.

“ASSIM COMO O SER HUMANO DEPENDE DA ÁGUA PARA VIVER, O CRISTÃO

DEPENDE DO ESPÍRITO SANTO”

A água: refresca, limpa, dessedenta (saciar), fertiliza etc. Assim também o Espírito
Santo opera em nós.
 • Limpa: No AT vemos que a água era usada para realizar a purificação dos
sacerdotes - Êxodo 29.4; no NT vemos que é o Espírito quem nos lava para a
purificação - Tito 3.5
• Refresca/Refrigerar: Salmos 23.2-3 mostra-nos que Deus nos conduz a águas
tranquilas para nos refrescarmos. Quando traduzimos refrigerar vemos o papel
do Espírito Santo de forma clara: Refrigerar= tornar mais suave; causar alívio em.
Não foi isto que Jesus nomeou o Espírito Santo em João 14.16? Consolar= Aliviar;
amenizar a aflição.
• Dessedentar(saciar): saciar= Ter uma sensação de satisfação plena, quando temos
o Espírito Santo vivemos completos, estamos plenamente satisfeitos. Foi o que
Jesus declarou a mulher Samaritana João 4.13-14.
• Fertiliza: Fertilizar = tornar fértil; que tem muita capacidade produtiva. Nós éramos
incapazes de produzir a vontade de Deus, mas agora, através do Espírito Santo
temos a capacidade de fazer a vontade de Deus – Romanos 8.8-10.

b. Fogo: Atos 2.3 -Lucas relata a manifestação do Espírito Santo associado ao fogo.

Várias são as finalidades do fogo: queimar, consumir, limpar, amolecer, endurecer,

esquentar e iluminar.

Além de suas finalidades o fogo é reconhecido como um símbolo de “poder” e “purificação”.

Levando em consideração as palavras de Jesus, esse símbolo representa perfeitamente a
pessoa do Espírito Santo: Atos 1.8

“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”

É o divino Espírito Santo quem dá autoridade/poder ao cristão para fazer a obra de Deus e
anunciar seu santo evangelho.

Vamos analisar algumas finalidades do fogo que são manifestadas pelo Espírito Santo:

• Limpar: vamos usar como exemplo o ouro, esse metal valioso, quando encontrado,
não é tão valioso assim. Por quê? Porque quando encontrado ele está impuro,
contaminado pela prata e o cobre, ele precisa ser exposto a uma temperatura de
1200° C, onde toda impureza é destruída, deixando-o em 75%/95% de pureza.

Assim é a pessoa do Espírito Santo agindo na vida do salvo em Cristo. Quando Cristo nos
encontrou estávamos impuros, mortos em nossos pecados e delitos (Ef. 2.1), mas olha o
que o Senhor disse a respeito do Espírito Santo em João 16.8:

“Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:”

Convencerá= trazer à luz, expor, achar falta em, corrigir.

Perceba que assim como o fogo corrigi o ouro, eliminando de suas impurezas, assim o
Espírito Santo faz no mundo, trazendo luz as pessoas, expondo essas impurezas, corrigindo
a rota delas etc. É só por meio do Espírito Santo que vivemos essa correção em nossa rota.

O apostolo Paulo nos ajuda a enxergar a purificação do Espírito Santo em nossas vidas: 1
coríntios 6.11.“E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido
santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do
nosso Deus.”

Fomos santificados/separados pelo Espírito Santo.

Também em: 2 Tessalonicenses 2.13: “Mas devemos sempre dar graças a Deus, por vós,
irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito e fé da verdade”.

Assim como fogo é usado para limpar, o Espírito Santo é quem nos santifica.

c. Selo: Efésios 1.13 - Paulo mostra que o Espírito Santo é o selo que recebemos em
nossa conversão.
- Nos dias bíblicos, usava-se um selo como sinal de garantia de propriedade,
de possessão, e como garantia de que voltaria para terminar a transição.
Exemplos:
i. Sinal de possessão: Quando um empresário comprava uma carga
para que ficasse registrado para todos que a carga possuía dono ele
colocava o seu selo que significava posse, todos ao olharem para o
selo saberiam quem era o dono daquela carga. Assim é na vida do
Crente, quando os demônios olham para nós eles veem o selo
(Espírito Santo) e sabem que nós somos propriedade exclusiva de
Deus, ninguém pode tocar, pois já tem dono! Assim também diante
dos homens, quando olham as nossas obrar veem o fruto do Espírito
Santo e sabem a quem pertencemos.
ii. Garantia de voltar para terminar a transição: Quando alguém
comprava alguma coisa, ele deixava algo de muito valor com o dono
da venda como garantia de que voltaria para terminar a transição que
começou, temos como exemplo o texto de Gênesis 38.17-18, esse
texto mostra que a garantia protegia de haver uma falsa promessa, ou
um calote. Jesus em João 14 fez uma promessa que iria para o pai e
voltaria para nos buscar, e qual foi a garantia que Ele nos deixou que
voltaria? O consolador Espírito Santo!
- Ao conceder o Espírito Santo, Deus nos “sela” como seus (2Co 1.22).
Portanto, todo cristão tem a convicção de que é Filho de Deus, pois o Espírito
Santo habita em sua vida (Gl 4.6).
d. Azeite: Zacarias 4.1-6 deixa claro a representação do azeite em relação a pessoa do
Espírito Santo.
O Azeite, biblicamente, possui algumas finalidades interessantes que podem ser
aplicadas a pessoa do Espírito Santo:
- Ungir: O azeite era utilizado para ungir sacerdotes, profetas e reis (Lv 8.12; 1Sm
10.1), era o azeite quem carimbava, oficializava o ofício de alguém chamado por
Deus. Quando olhamos para o novo testamento, principalmente o livro dos atos
percebemos que o Espírito Santo oficializa o ministério de Paulo e Barnabé -
(Atos 13.2-3). Por isso não se deve correr atrás de “unção” humana, mas
devemos buscar o Espírito Santo e ele irá oficializar o ministério que nos
entregou.
- Combustível: Êxodo 27.20 Deus ordena a Moisés que peça ao povo que leve
azeite para não deixar o candeeiro apagar, pois sem o azeite o tabernáculo
ficaria escuro. O tabernáculo dependia do candeeiro e o candeeiro dependia do
azeite.
Fazendo conexão desse texto com as palavras de Paulo em 1
Tessalonicenses 5.19 percebemos que se deixarmos o Espírito Santo de fora, o
tabernáculo ficará em escuridão. Ele, o Espírito Santo, é quem mantém a luz acessa
em nós e nas nossas igrejas.
Quando o colocamos para fora, deixamos a igreja sem combustível, logo as
trevas se apropriam do ambiente, o culto se torna antropocêntrico, egocêntrico,
pastores se tornam empresários, crentes se tornam profanos, tudo porque paramos
de colocar azeite na lamparina.
- Medicinal: De acordo com a equipe do Rede Dor o azeite possui algumas funções
que ajudam na prevenção de doenças:
o Ajuda a prevenir o câncer: O azeite de oliva extravirgem pode ajudar a
prevenir o câncer, pois devido suas propriedades antioxidantes, evita que os
radicais livres danificam o DNA das células, o que poderia resultar em
câncer.
▪ O que é o câncer? Uma célula morta. E quantos irmãos na fé não
estão mortos dentro da igreja? Não se mexem, não evoluem apenas
matam outras células.
▪ Se buscassem o Espírito Santo, talvez a morte não os teria atingido.
e. Vento - Gênesis 1.2 - “... e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.”
→ A palavra Espírito aqui é “RUWACH”(Hb) que significa “VENTO”.
→ Em João 3.8, Jesus mostra a Nicodemos que o Espírito Santo é como o
vento: 1° Ele é soberano (sopra onde quer); 2° É incontrolável e não pode ser
explicado (Não sabe de onde vens e nem para onde vai).
i. Concordo com o comentário de Mac Arthur: “O que Jesus quis dizer é
que, assim como o vento não pode ser controlado ou compreendido
pelos seres humanos, mas os seus efeitos podem testemunhados,
assim também acontece com o Espírito Santo. Ele não pode ser
 controlado ou compreendido, mas a prova de sua obra é aparente.
Onde o Espírito atua, ali há evidência inegável e certa.”
▪ Cabe a nós uma pergunta: existe evidência em nós que o
Espírito Santo verdadeiramente “soprou” em nossas vidas?
→ Vamos tentar ilustrar esse ponto sobre o Espírito Santo:
i. Como soberano o Espírito Santo pode tomar suas decisões sem
precisar da opinião do ser humano; e como misterioso ele pode agir
de uma forma que não faz sentido para nós no momento.
▪ Testemunho Rev. Hernandes Dias Lopes: “Era uma segunda-
feira, e eu estava no gabinete pastoral em Vitória. Um homem
entrou, cumprimentou-me e disse: “Eu estive ontem à noite no
culto desta igreja”; continuou: “mas eu não vim participar do
culto”. Logo lhe perguntei: Então o que o senhor veio fazer na
igreja?” Ele respondeu: “eu vim roubar um carro.” Então lhe
pergunte: o que aconteceu ontem à noite? Então me declarou:
“Enquanto eu estava observando os carros, fui atraído
irresistivelmente por uma música que saía do templo. Como
eu estava com o revólver na cintura, entrei e me deparei com
uma força maior do que a minha. A palavra de Deus entrou em
meu coração como uma flecha. Saí correndo para casa
chorando, e minha esposa me perguntou: “o que aconteceu
com você? Alguém o feriu?” Respondi: Não mulher, aquele
homem que você conhecia morreu. Sou uma nova criatura.
Deus salvou a minha vida.”
→ A comparação feita ao Espírito Santo é perfeita porque: 1°Muitas vezes não
compreendemos sua obra, mas seus efeitos são inegáveis; 2°O Espírito
sopra em lugares e pessoas que nós jamais sopraríamos, Ele sopra na rua,
em boates, em favelas, botequim, no lar, na igreja, na escola, empresa.
→ Assim fica claro para nós o porquê a comparação do Espírito Santo ao Vento
é tão válido, pois mostra a sua soberania e seu misterioso jeito de agir. Que o
Vento Santo de Deus sopre sobre nossa casa, nosso bairro e em nossas
igrejas amém.
f. Pomba – Lucas 3.22 - “...o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre ele em
forma corpórea, como uma pomba;”
→ Antes de qualquer argumento precisamos deixar claro o que a bíblia não diz:
A bíblia não está dizendo que o Espírito Santo é uma pomba, mas diz que ele
desceu em aparência de pomba. Concordo com o que diz Esequias Soares:
“A expressão “em forma”, usada nesse texto, “revela que o Espírito Santo
desceu sobre Jesus numa aparência ou figura de uma pomba, e não que Ele
seja uma pomba. A palavra grega aqui é “eidei” e não “morfe”, como aparece
em Filipenses 2.6-7, que revela a essência e a natureza da divindade de
Cristo. (a primeira palavra significa mera aparência e a segunda, a sua
própria natureza e essência)”. Agora sim podemos prosseguir:
 → Os estudiosos afirmam que a pomba é um símbolo de: mansidão, pureza,
amor, inocência e beleza. Esses símbolos são facilmente associados ao
Espirito Santo nas sagradas escrituras.
i. Não falaremos sobre todos eles, mas quando abrimos a nossa bíblia
em Gálatas 5.22-23 vemos que o fruto do Espírito revela essas
características que comprovam ou autenticam o símbolo da pomba.
falaremos de forma mais detalhada dessas características do
Espirito Santo quando chegarmos no ponto do Fruto do Espirito.
6. Dons do Espírito Santo – 1 Coríntios 12.1-11; Romanos 12.3-8.
- A partir de agora falaremos dos dons concedidos pelo divino Espírito Santo,
tentaremos responder perguntas como: O que eles são? Para quem são?
Qual é a sua finalidade? Etc. Que o Espirito Santo continue nos guiando e
ajudando.
A. Para darmos um ponto de partida precisamos entender o que essa palavra
significa, para isso devemos abrir em 1 Coríntios 12.4: “Há diversidade de
dons, mas o Espírito é o mesmo.”
i. Dons – Charisma (Gr) = favor que alguém recebe sem qualquer mérito
próprio;
a) Não é um pagamento para quem é bom, para quem acerta,
não! É um presente, Deus dá. Exemplo: 1 coríntios 12.7-8 a
palavra usada sempre é “dada”, nunca conquistada, nunca
comprada, mas sempre “DADA”. Isso anula de nós toda
vaidade, eu tenho porque sou melhor, eu tenho porque sou
mais especial, não! Eu tenho porque é graça e a mesma graça
que dá a um também pode dar a outros.
ii. Entendendo que os dons são presentes recebidos pela graça,
precisamos ter em mente que os dons são diferentes e as
quantidades também são.
a) Levando em conta o texto de Mateus 25.14 -15 percebemos
que cada um recebe uma quantidade, e o critério da
distribuição é a “capacidade” de cada pessoa.
• Não é que Deus tenha filhos prediletos, mas sim que
ele conhece a capacidade, estrutura de cada um de
seus servos e baseado neste conhecimento ele
distribui os seus dons.
b) Logo não podemos cair no erro de comparação, pois o que
importa não é o quanto o outro tem, e sim o que eu faço com
os meus dons/talentos.
B. Qual a sua finalidade?
i. Como já vimos em sua tradução o dom é uma dadiva de Deus, uma
manifestação da graça de Deus. Mas não é só isso, os dons
espirituais possuem a finalidade de capacitar o homem para o serviço
de edificação da igreja.
a) Em 1 coríntios 12.7 (alm 21): “Mas a manifestação do Espírito
é dada a cada um para benefício comum.”
 b) Em 1 coríntios 14.12 (ARC): “Assim, também vós, como
desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a
edificação da igreja.”
c) Em 1 Pedro 4.10 (NTLH): “Sejam bons administradores dos
diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o
seu próprio dom para o bem dos outros!”
• Concordo com as palavras de Mac Arthur: “Os dons
espirituais eram usados não para exaltação de quem os
tinha, mas no interesse amoroso para o benefício de
outros na igreja.”
d) Precisamos ter essa clareza em nossa mente o dom não é
para o meu próprio benefício, nem para minha alta promoção,
nem para ficar famoso. A finalidade dos dons é o benefício
comum, o bem dos outros, a edificação da igreja de Cristo.
• Exemplo de servos que usaram o que receberam de
forma errada: Mateus 24:45-51.
C. Os dons são para o nosso tempo?
i. Existem duas linhas de discussão sobre esse assunto, são elas: o
Cessacionismo e o Continuísmo.
a) Cessacionismo é a visão cristã na qual se formula que parte
dos chamados dons do Espírito Santo, apesar de terem sido
de fundamental utilidade e importância nos primórdios da
igreja cristã, cessaram de existir ainda no período da Igreja
Primitiva.
b) Continuísmo é a crença entre cristãos bíblicos de que os dons
espirituais permanecem disponíveis por toda a era da igreja.
• Nós como pentecostais cremos que os dons espirituais
são para todas as épocas da igreja na terra.
ii. Em Atos 2 vemos o derramar do Espirito Santo em Jerusalém, nesta
ocasião o povo se converte e nos versos 38-39 Pedro nos dá uma
informação fundamental para nossa fé:
a) v.37b -38 fica claro que a promessa do Espirito Santo é para os
daquele tempo e para todos quanto o Senhor chamar, incluindo
a todos nós de hoje.
b) Isso inclui os sinais que acompanham o derramar do Espirito
descrito no v.16-18.
• Dons são descritos no derramar do Espirito, e se essa
promessa é para todos que ainda se converteriam, logos
os dons também são.
iii. Em 1 Coríntios 13.8-10 vemos uma descrição de Paulo para o
sinalizador do fim dos dons.
a) No v.8 ele diz que sim, o falar em línguas findará, a profecia
findará, o conhecimento passará...
• Esses dons possuem uma data de validade, possuem
um prazo para uso.
 b) No v.10 nos revela quando então cessará.
• “Quando vier o que é perfeito.” existe muita tentativa de
interpretação para o que é perfeito: alguns creem que é a
segunda vinda de Cristo; outros dizendo que é quando
todo o mal for extirpado. Seja qual for a interpretação
correta, aquilo que é perfeito ainda não se manifestou.
iv. Em 1 coríntios 14.1 Paulo dá um conselho aos irmãos que deve ser
seguido por nós:
a) “procurai com zelo os dons espirituais” - agora que
entendemos que os dons não cessaram, tomemos esta
atitude: procurar, buscar os dons.
b) Mas não é só buscar, é buscar com zelo”
• Zelo= esforçar-se muito por; desejar sinceramente.
• Devemos buscar os dons com esforço, sinceridade.
Não é apenas em campanhas de busca pelo Espirito
Santo, não é só quando alguém chama a frente,
precisa ser uma meta.
c) Falamos sobre o dom ser uma dadiva, e não um mérito,
como fica então a questão da busca pelo dom?
• Eu costumo usar a seguinte ilustração: O jejum não
pode santificar o homem, mas o jejum o coloca
perto da fonte santificadora que é o Espirito Santo.
• Lembra o que Jesus disse em João 15.4, o fruto da
no ramo, mas o ramo em si não pode produzir nada,
mas o fato de ele está na videira o faz gerar coisas
que ele não tem capacidade de fazer!
D. Classificação dos dons do Espírito Santo.
i. Nesse momento faremos uma divisão dos dons espirituais por
classes. Os dons espirituais podem ser classificados em 3 grupos:
1- os dons de revelação; 2- os dons de poder e 3- os dons vocais.
a) Os dons de revelação servem para a orientação espiritual
da igreja e do ministério na sua tomada de decisões.
b) Os dons de poder servem para a manifestação do poder de
Deus na igreja através de sinais, prodígios e maravilhas.
c) Os dons vocais servem para comunicar os designíos de
Deus para a igreja no sentido de exortar, edificar e consolar
o povo através da elocução, que é a ação de anunciar o
pensamento por meio de palavras.
ii. Dons de revelações: Os dons de revelações nomeados pela
bíblia de estudo pentecostal é: A PALAVRA DE SABEDORIA; A
PALAVRA DO CONHECIMENTO E O DISCERNIMENTO DE
ESPÍRITOS. Vamos entender como esses dons contribuem para
dar orientação a igreja nos dias de hoje:
a) A palavra de sabedoria.
• Definição: No NT, sabedoria é usada na maioria das
vezes para designar a habilidade de entender a
palavra de Deus e sua vontade, e a hábil aplicação
desse entendimento à vida.
• Vale ressaltar que essa sabedoria não é a que
adquirimos por meio da experiencia da vida, mas
sim, a que vem de Deus, a fonte desta sabedoria
sempre será Deus. São soluções que surgem diante
de intervenção do Espirito Santo.
• Contraste entre conhecimento e sabedoria:
podemos usar aqui o exemplo do tomate, pelo
conhecimento descobrimos que tomate é uma
fruta. Pela sabedoria entendendo que mesmo sendo
fruta não se deve colocá-lo em uma salada de
frutas.
• Concordo com o Pr. Luciano Subirá quando ele diz:
“a palavra de sabedoria também é a revelação
seguida de conselho”. Mostrando assim a relação
entre receber um conhecimento (revelação) e
também como usar isso em nossa vida (como usar
o conhecimento).
i. Podemos citar alguns casos como exemplo:
1. Gênesis 37.25-37 percebemos aqui a
atuação do conhecimento e da
sabedoria de forma mutua. José tem o
conhecimento/ entendimento do
sonho que humanamente não teria
como saber; e mais do que isso, José
também recebe de Deus como
deveria agir diante do conhecimento
recebido (sabedoria).
2. 2 Reis 6.8-9 percebemos que Deus
manifesta na vida do profeta esses
dois dons, o conhecimento de algo
que humanamente não se tinha como
saber e também como se comportar
diante do conhecimento adquirido.
 3. Salomão experimento essa
manifestação de forma extraordinária.
No caso desse homem, Deus não o
fez conhecer algo, mas lhe deu
sabedoria para agir diante de um
problema que nenhum ser humano
pensaria nessa solução, vejamos: 1
Reis 3.16-28. Deus não revelou a
Salomão quem era a mãe verdadeira,
mas lhe deu sabedoria para com uma
decisão solucionar um problema. Isso
não se aprende em faculdade, nem
em cursos é Deus quem dá de forma
extraordinária ao homem.
• Em quais áreas o dom se manifesta com total
utilidade?
i. Na área de aconselhamento.
1. Uma pessoa que possui de Deus este
dom conseguiria com uma palavra
bem colocada acabar com um baita
problema que diante da sabedoria
humana não se possuía solução.
(exemplo: gabinete pastora).
ii. No direcionamento da igreja.
1. Assim como usamos o exemplo de
Eliseu, alguém que possui esse dom
pode impedir a igreja, ou alguma
pessoa de tomar caminhos errados,
dizendo: “acho que esse caminho não
é tão bom; se formos por aqui vai ser
melhor”.
iii. Governo da igreja.
1. Alguém que possua esse dom pode
dar soluções que invés de atrasar a
obra a colocará para frente. Exemplo
atos 6.1-5, a palavra acalmou a
multidão e fez a obra avançar.
• Conselho: Tiago escreveu em sua carta que se
tivermos falta de sabedoria, devemos pedir a Deus.
b) Palavra do conhecimento.
• Fonte: Vale iniciar destacando que a fonte deste
Dom é a Onisciência de Deus; ou seja: a capacidade
de Deus saber de tudo. Esse atributo pertence
somente a Deus.
• Definição: A palavra do conhecimento é uma
revelação vinda de Deus transmitindo
conhecimento e esclarecimento de fatos de modo
sobrenatural.
i. Exemplo: 1 Coríntios 14.25: “Os segredos do
seu coração ficarão manifestos”. Isso é uma
ação divina que ocorre enquanto Deus
manifesta os dons na igreja; ninguém pode
conhecer o coração do homem, mas Deus
traz o conhecimento através do Espírito
Santo.
• Pontos de vistas: acreditasse que esse dom traz a
revelação de problemas e pecados ocultos. Traz
também a luz de doenças internas e
desconhecidas. (Não é à toa que esse dom é
nomeado por alguns como Revelação).
i. Esse tipo de manifestação sem dúvida é uma
informação sobrenaturalmente
compartilhada por Deus. A onde não teria
como o homem possuir esta informação,
mas Deus traz até ele o conhecimento.
• Correlação de dons: sem dúvida o dom da palavra
da sabedoria e da palavra da ciência estão
interligados.
i. Palavra da ciência – traz luz ao problema,
revela o problema.
ii. Palavra de sabedoria – gera como devemos o
solucionar.
• Exemplos que geram esclarecimento: Já citamos
aqui o exemplo de Eliseu ser informado de uma
forma sobrenatural dos planos do rei da Síria.
Também podemos citar outros como:
i. Ágabo 11.27-28 – nesse texto fica clara a
manifestação deste dom, onde Deus revela
um problema que ele não teria como saber.
 ii. Agabo 21.10-11 – mais uma vez Deus revela
ao profeta uma situação que humanamente
falando não tinha como prever.
1. Percebe como este dom é muito
relacionado ao ministério profético?
iii. Natã 2 Samuel 12.12 - o próprio profeta diz
que Davi fez isso em oculto, então como o
profeta sabia? Deus deu a ele o
conhecimento.
• Nota de roda pé: há também os defensores do
ponto de vista que este dom está associado a
revelação das verdades bíblicas, onde a pontos que
são de difíceis compreensões para a mente humana
e Deus por meio deste dom traz o conhecimento a
alguns por meio deste dom.
i. Romanos 16.25-26 – Paulo fala sobre
verdades que estavam escondidas nos
tempos passados. Coisas que os antigos,
principalmente os judeus não tinham todo o
conhecimento, mas agora pela revelação de
Jesus Cristo e por meio do Espirito Santo na
vida dos apóstolos esse mistério foi revelado.
1. Exemplo de conhecimento 1 Coríntios
9.9-10. quem diria que esse texto fala
dos trabalhadores se não fosse uma
revelação divina?
ii. Efésios 3.3-7 – Paulo está mais uma vez
falando sobre a revelação divina de coisas
que não se tinha como saber, mas que agora
poderia ser esclarecida porquê Deus trouxe o
conhecimento.
c) Discernimento de espíritos.
• Definição: o dom de discernir espíritos é o meio pelo
qual o Espírito revela a fonte de qualquer
demonstração de poder e sabedoria. Ele deixa claro
se a manifestação provém de: Deus, do Homem ou
do diabo.
i. Discernir= saber a diferença; perceber com
clareza.
ii. Logo fica claro que quem recebe do Espirito
Santo este dom consegue, por meio dele,
 diferenciar os espíritos, perceber com
clareza qual espirito está atuando.
• Necessidade: o diabo é o grande enganador(Jo 8.44)
e seus demônios falsificam a mensagem e a obra de
Deus. Assim, nesse mundo cheio de imitações e
falsidades, este dom visa aclarar o que está por trás
das coisas, sejam heresias, más intenções ou
motivações ruins. Esse dom é necessário para a
igreja não ser enganada.
• O crente que possui este dom tem a capacidade
dada por Deus de reconhecer os espíritos
mentirosos e de identificar a doutrina enganosa e
incorreta.
• Exemplos que geram esclarecimento: muitos são os
textos que nos mostrar como receber de Deus essa
luz é importante, vamos a eles:
i. Paulo diante da adivinha. Atos 16.16-18.
Paulo disse ao espirito, não há mulher! Ele
sabia que aquela manifestação provia de um
espirito imundo.
ii. Pedro e Ananias – Atos 5.1-5: pelo Espírito
Santo Pedro discerniu quem estava por traz
da mentira de Ananias, o diabo tinha inflado
o coração deste homem.
iii. Dons de Poder: Os dons de poder nomeados pela bíblia de
estudo pentecostal são: O DOM DA FÉ; OS DONS DE CURAR E O
DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS. Vamos entender como esses
dons contribuem para dar orientação a igreja nos dias de hoje:
a) O DOM DA FÉ: Em primeiro lugar vale ressaltar que este
dom não se trata da fé salvífica, mas de uma fé
sobrenatural, especial, comunicada pelo Espírito Santo,
que capacita o crente à realização de coisas
extraordinárias e milagrosas. Esta fé é conhecida por
alguns teólogos como: “a fé de milagres”.
• Definição: fé - pistis (GR) = convicção da verdade de
algo. É ter a certeza que algo é verdadeiro.
i. Definição do autor aos Hebreus: “Ora, a fé é
a certeza de coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se não veem.”
• Tipos de fé: são 4 os tipos de fé apresentados pela
teologia, vamos a elas:
i. Fé comum ou natural: essa fé é a que todos
os seres humanos possuem, seja ele
religioso ou não. Esse tipo de fé precisa de
uma lógica, para se ter convicção sobre algo
precisa seguir uma linha lógica de raciocínio.
1. Exemplo: plantio – quem planta arroz
acredita, possui convicção, que vai
colher arroz, pois a lógica é que
semente de arroz gera arroz. A mesma
lógica se dá para goiaba e demais
frutas.
ii. Fé salvífica: essa fé é a crença em Jesus
Cristo como único salvador, é por meio dela
que acessamos a graça de Deus (Ef. 2.8).
Vale ressaltar que por não precisar de uma
lógica nem todos os homens acessam essa
fé, vejamos o que disse Paulo em 1 Cor.1.18-
23; Paulo deixa claro que a fé salvífica é
loucura perto da lógica humana, nessa fé
não cabe explicação apenas a convicção de
que Jesus é o filho de Deus.
1. Nota de roda pé: essa fé, essa
convicção em Jesus são geradas pelo
Espirito Santo quando temos contato
com a palavra de Deus ( Rm 10.17; 1
Cor. 12.3; At 16.14). Não podemos
forçar as pessoas crerem no Cristo
que pregamos, nosso dever é apenas
pregar.
iii. Fé como fruto: Essa falaremos um pouco
mais adiante, na aula do fruto do Espirito.
iv. Fé como Dom: como já falamos essa fé é
conhecida como a fé de milagres. É uma
convicção sobrenatural de algo; é uma
certeza inexplicável que leva o crente a
realizar coisas que vai além da lógica, além
da explicação. Para um esclarecimento
dessa fé sobrenatural, podemos tomar como
 exemplo todo o capitulo 11 de Hebreus.
Vejamos alguns exemplos:
1. Hananias, Misael e Azarias – Daniel
3.16-18. uma convicção sobrenatural
de que Deus é poderoso para fazer
homens mortais não serem
queimados pelo fogo. (não tem
lógica).
2. Moisés - Êxodo 13.15-16;21. Uma
convicção de que as águas do mar
iriam se abrir e eles atravessariam o
mar em seco. (não possui lógica, é
algo sobrenatural).
b) Os dons de Curar: a primeira coisa que notamos nesse
dom é a sua pluralidade, ou seja, não existe apenas um
dom de curar, mas uma variedade dele. A quem acredite
que essa variedade está relacionada a forma como ele se
manifesta, não existindo assim um padrão para ocorrer.
• Definição: Curar = restabelecimento da saúde;
solução para problema ou defeito; regeneração.
Vale ressaltar aqui que esta cura é realizada de
forma sobrenatural, sem auxilio humano ou de
tratamento.
• Nota de rodapé: vale ressaltar que Cristo possui o
poder sobre todas as doenças (Mt 8.16-17) e após a
sua ressureição ele disponibilizou aos seus
discípulos a autoridade, em seu nome, para curar
os enfermos. Logo fica evidente que a cura não irá
se manifestar apenas na vida de quem tem o dom,
mas todos os crentes em Jesus podem orar para
Deus curar em nome de Jesus.
• Exemplos: para esclarecer essa questão da
pluralidade dos dons de curar, vejamos as várias
maneiras que ele se manifesta na bíblia:
i. Um fluxo de unção - Pedro At.5.15-16 – Pedro
não colocou a mão sobre esses enfermos,
apenas a sua sobram gerou cura. O dom se
manifestou por sua sombra. (da mesma
maneira que a cura se manifestou pelo toque
na roupa de Jesus Mc.5.27-29)
 ii. O toque e ordem – Pedro – At.3.6-8. Os pés e
tornozelos desse homem foram regenerados,
o defeito dele foi resolvido por um milagre
através de um toque e uma ordem.
iii. Utensílios de quem tinha o dom: Paulo –
At.19.11-12. As pessoas levavam utensílios
de Paulo e a cura era manifestada quando os
enfermos tinham contato com eles.
c) Operações de Milagres: esse dom trata-se de atos
sobrenaturais que intervêm nas leis da natureza,
suspendendo, temporariamente, a ordem habitual das
coisas observadas pelos homens.
• Definição: Milagre= facto extraordinário ou
inexplicável pelas leis da natureza; coisa
extraordinária de que se não está à espera ou que
parece incompreensível.
• Exemplos: afim de clarear nossa mente vejamos
algumas manifestações inexplicáveis diante da
logica humana.
i. Elias – 1 Rs 17.1; Tg 5.17. nós somos regidos
por 4 estações, e uma delas, a primavera é
conhecida como a estação das chuvas, é
completamente natural pancadas fortes
nessa época do ano. Mas na história de Elias
as estações ficam bagunçadas, ouve uma
intervenção na ordem natural e 3 anos sem
chover pela palavra de um homem.
ii. Isaias – 2 Rs 20.11. O natural é o tempo andar
para frente, as horas não voltam, o dia não
retrocede, mas pela oração de um homem
Deus interviu na ordem natural e fez a
sombra retroceder.
iii. Josué - Js 10.12-14 - Josué orou e o dia ficou
parado. Todo o sistema foi parado por causa
de um homem. A rotação da terra foi
impedida.