1 - Língua Portuguesa-1
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UNIFICADO
Língua Portuguesa
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Bárbara Guerra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
BRUNO PILASTRE
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Língua Portuguesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Conteúdos de Língua Portuguesa mais Cobrados nas Últimas Provas da Banca
Cebraspe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Provas Analisadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Grau de Relevância da Disciplina no Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Compreensão e Interpretação de Textos e Sentidos do Texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Coesão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Coerência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Semântica; Sinonímia e Antonímia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Tipologias e Gêneros Textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Ortografia e Acentuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Formação de Palavras (Morfologia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Classes de Palavras - Verbos e Conjunções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Análise das Estruturas Linguísticas do Texto/Morfossintaxe do Período Simples. . 21
Crase. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Concordância. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Morfossintaxe do Período Composto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Funções do “que” e do “se” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Equivalência, Substituição, Reorganização e Transformação de Palavras ou
Trechos do Texto/Reescrita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
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APRESENTAÇÃO
Nesta aula, meu objetivo é tornar a sua preparação mais eficiente. A primeira coisa que
farei é analisar o edital que normatiza o processo seletivo para o Concurso Público Nacional
Unificado da Justiça Eleitoral (CPNUJE). Você observará que o conteúdo programático
de Língua Portuguesa abrange muitos tópicos.
De modo a extrair os tópicos mais relevantes, direcionando a sua preparação para o que
é mais importante, analiso as últimas provas da banca CEBRASPE (últimos quatro anos).
A análise será quantitativa e qualitativa, de modo a traçar um quadro fiel sobre a banca.
Essa segunda etapa é fundamental, pois conhecer o examinador (o perfil da banca e da
prova) é indispensável para a sua aprovação. Para isso, trarei muitas questões anteriores,
além de questões elaboradas por mim.
Obs.: Apenas uma observação: esta aula pressupõe uma articulação com os conteúdos
abordados em meu curso de Língua Portuguesa (aulas autossuficientes em PDF,
Gran Cursos Online). Partimos da abordagem mais ampla dos conteúdos (abarcando
todos os tópicos do edital) para, aqui, otimizarmos ao máximo sua preparação,
direcionando as suas forças para os conteúdos mais avaliados pela banca.
A seguir, faço a análise dos conteúdos mais abordados nas provas anteriores da
banca examinadora. Na sequência, apresento didaticamente os conteúdos teóricos mais
importantes. Por fim, trabalho as questões essenciais, ilustrando o modo como cada um
dos conteúdos é abordado pela banca.
Obs.: Segundo o subitem 8.2 do edital, “Cada prova objetiva será constituída de itens para
julgamento, agrupados por comandos que deverão ser respeitados. O julgamento
de cada item será CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se
refere o item. Haverá, na folha de respostas, para cada item, dois campos de
marcação: o campo designado com o código C, que deverá ser preenchido pelo
candidato caso julgue o item CERTO, e o campo designado com o código E, que
deverá ser preenchido pelo candidato caso julgue o item ERRADO.” Tendo em vista
essa informação, considerarei essa modalidade de questão em minha análise das
provas anteriores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
PROVAS ANALISADAS
A minha análise fundamenta-se nos dados extraídos da nossa plataforma Gran Questões
(área Assuntos Frequentes):
https://questoes.grancursosonline.com.br/
Trabalho com os seguintes filtros:
• Banca CEBRASPE;
• Nível superior;
• 4 últimos anos (2024, 2023, 2022 e 2021).
Aplicados os filtros, o resultado da busca mostra que a banca organizadora aplicou
815 questões de Língua Portuguesa! E todas estão disponíveis em nossa plataforma Gran
Cursos Questões!
Agora precisamos saber quais conteúdos de Língua Portuguesa são mais avaliados pela
banca. O gráfico a seguir nos mostra exatamente isso!
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Professor, agora eu conheço um pouco mais o perfil da banca. Talvez seja a hora de
analisar o grau de relevância da disciplina de Língua Portuguesa em meu concurso. O
que você acha?
Perfeito! É exatamente isso o que deve ser feito: como há muitas disciplinas e muitos
tópicos, é natural ficarmos perdido(a)s! Bom, vamos lá!
Em uma análise do número de questões de cada conteúdo programático, a área de Língua
Portuguesa sempre possui destaque. Especificamente para a banca CEBRASPE, a média de
questões para essa disciplina fica entre 10 e 20 na parte de conhecimentos básicos.
Obs.: Vale lembrar que os conteúdos de Língua Portuguesa que você já estudou, está
estudando e vai estudar serão sempre aproveitados em diversos concursos. Eles
são cumulativos e, à medida que você segue os seus estudos (desistir nunca!), a
familiaridade e a facilidade no trato com os assuntos é cada vez maior.
Unindo a análise sobre o perfil da banca e a análise sobre o grau de relevância de Língua
Portuguesa neste concurso, chegamos a esta ordem de prioridade do edital:
Relevância Conteúdo listado no edital
• 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
• 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.
• 3 Domínio da ortografia oficial.
• 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual.
• 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de
conectores e de outros elementos de sequenciação textual.
• 4.2 Emprego de tempos e modos verbais.
• 5 Domínio da estrutura morfossintática do período.
• 5.1 Emprego das classes de palavras.
ALTA • 5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.
MÉDIA • 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
BAIXA • 5.4 Emprego dos sinais de pontuação.
• 5.5 Concordância verbal e nominal.
• 5.6 Regência verbal e nominal.
• 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase.
• 5.8 Colocação dos pronomes átonos.
• 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto.
• 6.1 Significação das palavras.
• 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto.
• 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto.
• 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
É claro que os termos acima não dizem muito sobre como cada conteúdo é abordado.
Bom, é justamente aqui que realizo o mapeamento e o detalhamento de cada conteúdo/
tópico, direcionando a sua aprendizagem para o que é realmente fundamental.
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A resposta é uma só: PRÁTICA, MUITA PRÁTICA. Somente lendo textos e resolvendo
questões será possível realizar essas operações com rapidez e eficiência. À medida que
você for praticando (resolvendo questões lá no Gran Questões), a identificação de marcas
linguísticas vai se tornando mais e mais automática, bem como as operações de inferência
acerca das informações de um texto.
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COESÃO
Dois tipos de coesão são avaliados em questões de concurso: (i) coesão sequencial; (ii)
coesão referencial.
A coesão sequencial é aquela que permite que o texto progrida, que o texto avance
– além, é claro, de estabelecer as relações lógicas entre as partes (conclusão, oposição,
concessão etc.).
A coesão referencial é aquela que permite a referenciação interna (elementos linguísticos)
e externa (enunciativos, biossociais etc.).
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COERÊNCIA
A noção de Coerência textual, por sua vez, está ligada à ideia de Integração:
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As questões sobre tipologia são, então, do tipo classificatórias. Você deve observar o
texto, identificar as propriedades textuais (em termos de tipologia) e realizar o “enquadro”
em determinada classificação.
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Para encerrar este assunto (e nossa síntese dos conteúdos mais relevantes), vejamos
as características dos gêneros discursivos mais recorrentes em provas:
• Editorial: nesse gênero, discute-se uma questão, apresentando o ponto de vista do
jornal, da empresa jornalística ou do redator-chefe. É um gênero pertencente ao tipo
textual dissertativo-argumentativo.
• Artigo de opinião: neste gênero, busca-se convencer o leitor em relação a uma
determinada ideia. O autor do artigo de opinião não representa o ponto de vista do
veículo que publica o texto. Esse também é um gênero pertencente ao tipo textual
dissertativo-argumentativo. Pode ocorrer o uso da primeira pessoa do singular,
marcando o posicionamento individual do articulista (aquele que escreve o artigo
de opinião).
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ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO
Bom, sobre ortografia e acentuação, é válido destacar dois pontos:
Para ortografia, a banca costuma cobrar o reconhecimento de desvios ortográficos.
Nesse sentido, é necessário conhecer a grafia correta de palavras, especialmente as palavras
com as letras “s”, “sc”, “xc” e “ç”.
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O assunto mais recorrente é a distinção entre (i) derivação sufixal e prefixal; e (ii) derivação
parassintética. Em ambas, há junção de um afixo e um prefixo a uma base. No entanto,
apenas na derivação parassintética a junção “prefixo + sufixo” ocorre simultaneamente.
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ANÁLISE DAS ESTRUTURAS LINGUÍSTICAS DO TEXTO/MORFOSSINTAXE DO PERÍODO
SIMPLES
A seguir, você pode relembrar os principais termos do período simples:
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Nas provas, duas noções são fundamentais: a tipologia do sujeito (isto é, os tipos de
sujeito) e a tipologia do predicado verbal (isto é, os tipos de predicado verbal).
Sobre os tipos de sujeito, é necessário conhecer a técnica para identificá-los: pergunte
ao predicado “quem é que [predicado]?”. Essa técnica funciona para sujeitos em posição
canônica (tipo S-V) e para sujeitos em posição pós-verbal. Destaque para o fato de que a
banca exige recorrentemente a identificação de sujeitos pospostos.
Eu também destaco a indeterminação do sujeito, que ocorre de duas maneiras:
• - terceira pessoa do plural (sem referente anterior)
• - terceira pessoa do singular com I. I. DO SUJEITO (SE). Essa estrutura é comum em
verbos transitivos indiretos e intransitivos.
Quando o verbo é transitivo indireto, é preciso atenção se a preposição exigida for “a”,
como em “entregou o medicamento a [alguém]”. Nesse caso, se o objeto indireto (regido
pela preposição “a”) tiver como núcleo um termo determinado por artigo definido feminino,
a crase ocorre:
Nesse caso, “a paciente do leito 38” é termo feminino de natureza definida, e por isso
o artigo “a” o antecede.
Lembre-se: não ocorre crase (SEMPRE se avalia esse tipo de conhecimento) quando o
termo introduzido pela preposição “a” é um verbo, um pronome pessoal ou qualquer forma
que não aceite artigo definido feminino (por exemplo, todo e qualquer termo masculino).
Outro ponto de destaque ligado à transitividade verbal é a transposição voz ativa<>voz
passiva. Nesse caso, APENAS verbos que selecionem objeto direto na ativa podem apassivar.
Além disso, é bom destacar que, na passiva sintética (aquela com a partícula apassivadora
“se”), o verbo flexiona de acordo com o sujeito (que tipicamente está posposto).
Na morfossintaxe do período composto, lembre-se de diferenciar as orações subordinadas
adjetivas restritivas das explicativas: estas sempre ocorrem separadas por vírgula.
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CRASE
Vejamos a síntese sobre o fenômeno de crase: casos facultativos, casos proibitivos e
casos obrigatórios.
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CONCORDÂNCIA
Vejamos o conteúdo sobre concordância. Nos mapas mentais a seguir, você pode
observar os principais casos de concordância verbal e concordância nominal:
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PONTUAÇÃO
Avalia-se de duas maneiras o emprego dos sinais de pontuação:
(i) valor expressivo da pontuação (como uso das aspas); e
(ii) correção gramatical.
A pontuação de um texto é capaz de trazer diversos matizes discursivos, além de ampliar
consideravelmente a expressividade. Por exemplo, a pontuação (juntamente com o deslocamento) é
capaz de dar destaque a certos itens da frase:
Na frase em (b), o adjunto adverbial “com extrema dificuldade” foi deslocado de sua
posição final (canônica) para o início do período. A posição inicial é mais privilegiada em termos
informacionais (o leitor presta mais atenção nesse comecinho), por isso o deslocamento é
um recurso de destaque ( juntamente com a pontuação, que marca o deslocamento).
Trabalharei dois sinais, os quais são muito recorrentes em provas: as aspas e a vírgula.
O uso mais comum das aspas é o de delimitar uma citação textual. Também se utilizam
as aspas para identificar, dentro de um texto, títulos (de obras, textos, capítulos e mídias
em geral), palavras estrangeiras e metalinguagem.
Outro uso muito comum das aspas é do tipo subjetivo, em que o autor, ao adotar as
aspas em determinado texto, indica ironia, descrença, malícia, imprecisão etc. Para
que a interpretação do valor semântico-discursivo das aspas torne-se mais clara, sugiro
realizar a leitura global do texto. Nessa leitura, é possível depreender o “tom” adotado
pelos enunciadores (e, consequentemente, qual valor é veiculado pelo emprego das aspas).
No emprego da vírgula, importa saber o seguinte:
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Professor, então nas questões de reescrita a banca pode avaliar qualquer conteúdo
de Língua Portuguesa?
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Em relação à estrutura gramatical, os principais tópicos avaliados em questões de reescrita são estes:
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Paráfrases:
(i) Foi na Amazon que o João Gabriel comprou aquela guitarra. [clivagem]
(ii) Aquela guitarra foi comprada na Amazon pelo João Gabriel. [apassivação]
(iii) O João Gabriel comprou, na Amazon, aquela guitarra. [deslocamento]
(iv) Ele a comprou lá. [pronominalização]
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QUESTÕES DE CONCURSO
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008. (CEBRASPE/AUDITOR/SEFAZ-DF/2020)
Além disso, apenas 10% das empresas estão conseguindo captar o valor total da
sustentabilidade, enquanto muitas companhias restam presas na “divulgação”.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “restam”
poderia ser substituída por “mantém-se”.
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nenhum governo seria de todo legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa
é a perspectiva defendida por Ronald Dworkin, para quem “A livre expressão é uma das
condições de um governo legítimo. As leis e políticas não são legítimas a menos que tenham
sido adotadas por meio de um processo democrático, e um processo não é democrático se
o governo impediu alguém de exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser essas
leis e políticas”.
Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações
com a argumentação e a retórica. Porém, tal como a retórica e a argumentação podem
ser postas ao serviço da mentira e da manipulação, também em relação à liberdade de
expressão se coloca a questão dos seus limites.
O terceiro parágrafo do texto é essencialmente descritivo, porque caracteriza a liberdade
de expressão.
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Os dois professores destacam que os investidores reconhecem cada vez mais o impacto,
para a sociedade, das empresas nas quais investem. Eles notam que a necessidade de
desenvolver modelos de negócios mais sustentáveis está aumentando tão rapidamente
quanto os níveis de dióxido de carbono na atmosfera. E sugerem um forte senso de foco
que chamam de “vetorização”, que inclui programas de sustentabilidade corporativa mais
acelerados.
Os pesquisadores alertam que companhias que trabalham em boas causas sem relação
com seus negócios centrais tendem a ser menos efetivas.
O texto é um artigo de opinião, em que predomina o tipo argumentativo, haja vista a presença
de diversos argumentos para sustentar a ideia defendida por seu autor.
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GABARITO
1. E
2. C
3. C
4. E
5. C
6. E
7. E
8. E
9. E
10. C
11. C
12. E
13. C
14. C
15. E
16. C
17. E
18. C
19. E
20. E
21. E
22. E
23. C
24. C
25. E
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GABARITO COMENTADO
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade
dos estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para
classificar as 27 unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança
pública, infraestrutura, sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade
ambiental, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco
não mudaram de posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e
Santa Catarina, que lideram, assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
[...]
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem
desde infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si.
Paulistas lideram o ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança
patrimonial, com aumento no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste
são os menos competitivos do país.
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A elipse ocorre quando se pode depreender a existência de um termo suprimido. Isso ocorre
no trecho em análise, pois é possível depreender a forma “estados” está subentendida em
“apenas cinco [estados] não mudaram de posição”.
Certo.
Os vocábulos “robusta” e “arrojada” não são sinônimos. Por isso, não são intercambiáveis
(um não pode substituir o outro no contexto em análise). A diferença de significado é esta:
“robusto” significa algo de constituição física muito forte, vigoroso; “arrojado” denota que
aquilo que apresenta características inovadoras, progressistas; ousado.
Errado.
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Texto CB1A1
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado. De acordo
com o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá
ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento
da população e as novas configurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado
de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia,
têm levado os países a repensar seus sistemas de atenção a populações vulneráveis.
Partindo desse panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da Universidade de São Paulo
(USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de Paris, na França,
identificaram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam
amparar indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas
com deficiência. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, a atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo
das famílias representa o aspecto mais marcante.
Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve
dois tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as
indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional,
se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as
ciências sociais há cerca de trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença
em linhas de investigação em áreas como economia, antropologia, psicologia e filosofia
política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais do
cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência,
mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para
assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se fragilizar
e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual
na sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual
Wayne, nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada
de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser
prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua
participação no mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina
saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
“Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar
mais intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou
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o que tem sido analisado como uma crise no provimento de cuidados que, em países do
hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses serviços, além de uma
maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento,
expansão de políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”,
conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas
famílias, nas quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras
de crianças, idosos e pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado
oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.fapesp.
br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Ao longo do texto, observamos fatos que denotam a distinção entre os serviços de cuidados
fornecidos por outros países (em especial, do hemisfério norte) e por países da América
Latina.
Certo.
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Isso não basta para haver crase. É necessário, também, que o termo introduzido pela
preposição seja antecedido por artigo definido feminino (ou formas pronominais, como
“aquele(a)(s)”). Isso não pode acontecer com formas verbais, como “ser”, que não aceitam
artigos. Dizendo de forma mais clara: NÃO OCORRE CRASE DIANTE DE VERBOS. Pronto,
agora sabemos o porquê de a questão estar errada: o emprego do sinal indicativo de crase
no vocábulo “a” não é facultativo, mas PROIBIDO!
Errado.
Para resolver a questão corretamente, é preciso ler todo o parágrafo. Outro ponto muito
relevante para resolver a questão é identificar o tipo de narrador. Pelas formas verbais e
pronominais, vemos ser um narrador em primeira pessoa do singular (EU “conheço”, “gosto”,
“sei”; “comigo”; “me”). Esse narrador apresenta o dono do lugar (que é simpático com o
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Depois da classe das conjunções, a classe dos verbos é a mais explorada pela banca CEBRASPE.
Nessa questão, exige-se a classificação das formas verbais “acesse”, “conheça” e “consulte”.
Note que o texto é uma peça publicitária, a qual tem por objetivo o convencimento do
interlocutor. Nesse gênero textual, o uso de formas verbais no modo imperativo é muito
adequado (pois o modo imperativo expressa comando, ordem, pedido, súplica). A pessoa
do discurso comum às três formas é a terceira do singular. Como essa classificação é a
proposta na redação da questão (as três formas são semelhantes em pessoa e modo), o
gabarito é certo.
Certo.
Observe que a afirmativa da questão é sobre o texto. Em alguma parte dele, haverá (ou
não) a sugestão de que a liberdade de expressão pode ser usada em favor da mentira e da
manipulação. No primeiro parágrafo, observamos a introdução à temática e a definição
do conceito. Em seguida, o texto mostra o valor da liberdade de expressão e apresenta a
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perspectiva de Ronald Dworkin. Por fim, no último parágrafo observamos uma comparação,
a qual coloca em evidência o fato de uma noção (a argumentação e a retórica) ser utilizada
para um mal (a mentira e a manipulação). Nessa comparação, estabelece-se um paralelo com
a liberdade de expressão, a qual também pode ser usada para o mal (ultrapassando-se, assim,
os seus limites). Como estamos diante de uma comparação, é adequado dizer que o texto
“sugere que a liberdade de expressão pode ser usada em favor da mentira e da manipulação”).
Os “cálculos” de sentido exigidos na resolução de uma questão de interpretação não são simples.
Notamos claramente que é preciso partir do elemento textual para se chegar a uma conclusão
(por inferência). Com a experiência, realizar esses “cálculos” acaba se tornando mais fácil, ok?
Certo.
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A análise realizada pela questão, no entanto, é diferente do que lemos no texto. Não há
indicação de que “a contaminação dos alimentos ocorre de forma mais severa nos países
do continente americano”. O terceiro parágrafo apenas ilustra o caso das Américas, não
estabelecendo qualquer tipo de gradação (a contaminação ocorrer de maneira mais ou
menos severa). De acordo com o texto, a contaminação é um fenômeno mundial (e as regiões
são tratadas de maneira ampla, não especificada): “quase uma em cada dez pessoas no
mundo”; “dificultam o desenvolvimento em muitas economias de baixa e média renda”;
“a segurança dos alimentos é responsabilidade de todos”.
Errado.
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Ainda que o segmento esteja em fase inicial, aos poucos vão surgindo mais legaltechs para
aplicar contratos inteligentes em diferentes setores da economia. Um dos principais desafios
está no ambiente regulatório — em particular, no reconhecimento legal desses contratos.
A expressão “Ainda que” poderia ser substituída por “Embora”, sem alteração dos sentidos
e da correção gramatical do texto.
A classe das conjunções é sem dúvida a mais avaliada pela banca CEBRASPE. O modo de
avaliar essa classe é este: propõe-se uma substituição da conjunção presente no texto por
uma outra conjunção que exerça (ou não) a mesma função coesiva sequencial. Na questão
em análise, “ainda que” possui valor concessivo (isto é, a conjunção inicia uma oração
que exprime uma oposição ao que é dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de
anular ou impedir o fato mencionado. O grupo das conjunções concessivas é formado pelos
seguintes itens: “ainda que”, “mesmo que”, “EMBORA”. Como a questão propõe a substituição
de “Ainda que” por “Embora”, o gabarito é certo ( já que ambas são concessivas).
Certo.
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Qual é o valor semântico expresso por “transmitidas”? A resposta que podemos dar é:
transmitido é algo que já ocorreu; é uma transmissão realizada. Tudo bem quanto a essa
análise? Beleza.
“Transmissível”, por sua vez, possui valor semântico de algo “passível de ser transmitido”.
Em outras palavras, “transmissível” é algo que pode (em hipótese, em possibilidade) ser
transmitido. Não temos a certeza, na leitura semântica desse termo, se a transmissão
ocorreu ou não, se ela se efetivou ou não.
Como vemos, há uma diferença semântica muito clara entre os termos (um denota evento
realizado; o outro, evento que tem possibilidade de ocorrer). Por essa razão, haveria mudança
dos sentidos originais com a substituição proposta. Gabarito errado, portanto.
Errado.
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Mais uma questão de semântica. A afirmativa diz que as formas “postular” e “pressupor”
são sinônimas no contexto de ocorrência (Ao postular a existência [...]). Ambas as formas
expressam a ideia de “admitir como postulado; fazer supor a existência de (no campo das
hipóteses)”.
Questões de semântica são complexas porque exigem nuances nos sentidos de cada
vocábulo. Uma forma adequada de resolvê-las é identificar o valor da palavra no contexto
de ocorrência (é justamente esse contexto que esclarece o valor semântico da palavra).
Outra estratégia é voltar ao texto e substituir a palavra conforme proposto na afirmativa
da questão: “Ao pressupor a existência de uma natureza [...]”. Como vemos, a substituição
não altera os sentidos originais do trecho, mantendo o valor de “lançar como hipótese”.
Questão certa, portanto.
Certo.
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Os professores alertam que o tempo está esgotando. Estudos mostram que a poluição de
carbono precisa ser cortada quase pela metade até 2030 para evitar 1,5 grau de aquecimento
do planeta. Isso requer revisões ainda mais drásticas das indústrias globais e dos governos.
Os dois professores destacam que os investidores reconhecem cada vez mais o impacto,
para a sociedade, das empresas nas quais investem. Eles notam que a necessidade de
desenvolver modelos de negócios mais sustentáveis está aumentando tão rapidamente
quanto os níveis de dióxido de carbono na atmosfera. E sugerem um forte senso de foco
que chamam de “vetorização”, que inclui programas de sustentabilidade corporativa mais
acelerados.
Os pesquisadores alertam que companhias que trabalham em boas causas sem relação
com seus negócios centrais tendem a ser menos efetivas.
O texto é um artigo de opinião, em que predomina o tipo argumentativo, haja vista a presença
de diversos argumentos para sustentar a ideia defendida por seu autor.
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A reescrita propõem que o termo elíptico “o preconceito” passe a ocorrer manifesto, o que
é adequado. A inadequação (que torna a questão errada) é a substituição de “que só passam
a rejeitar aquilo” por “que rejeitam aquilo”. A expressão original denota uma condição para
que os animais passem a rejeitar algo; a reescritura, por sua vez, denota que é da natureza
dos animais rejeitar algo.
Além disso, o “algo” rejeitado também é diferente. No original, temos que o que se rejeita
é “aquilo que os prejudica” (isto é, o que prejudica os próprios animais); na reescrita, o que
se rejeita é “aquilo que é prejudicial” (isto é, prejudicial a qualquer coisa), expressão mais
genérica em relação à original.
Note que a reescrita não traz desvios gramaticais, mas mudança no sentido original.
Errado.
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Primeiramente, é preciso analisar a pontuação (uso das aspas) dentro do parágrafo. Dentro
desse parágrafo, o autor do texto insere a fala de uma autoridade, o geneticista Sérgio
Pena (e essa fala está isolada por aspas). Na fala de Sérgio Pena, o uso das aspas é uma
marcação do modo como o geneticista enxerga o uso do termo raças, para ele inadequado.
Esse ponto de vista sobre o uso do termo pode ser confirmado no próprio conteúdo da
declaração: “não têm nenhuma justificativa biológica e não passam de uma invenção muito
recente na história da humanidade”.
Assim, fica clara a importância de se analisar a pontuação dentro do contexto de ocorrência.
Certo.
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