Evangelismo e Ministério No Ensino de Jesus - (Mateus-9.35a10

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Evangelismo e Ministério no Ensino de Jesus-

(Mateus-9.35a10)

Esta aula no contexto geral do nosso curso


(veja INFORMAÇÃO GERAL DO CURSO).

Introdução: Aula 1
Parte 1. EVANGELISMO E O MINISTÉRIO PASTORAL

1. O objetivo do ministério pastoral


1. No ensino e ministério de Cristo
(1) Aula 2: Mateus 4:17-22
(2) Aula 3: Mateus 9:35-10:5

2. Explicações Preliminares

Na aula anterior estudamos juntos sobre o início do ministério


de Jesus. Analisamos o texto de Mateus 4:17-22 à luz da
soberania de Cristo, chamada dos Seus discípulos, e a
expansão do Seu Reino. Em outras palavras, vimos que o
objetivo do ministério é glorificar a Deus (1 Coríntios 10:31)
pela pregação (exposição, ensino) e vivência fiel das
Escrituras Sagradas através das quais o povo de Deus será
edificado (Efésios 4) e os perdidos alcançados (Lucas 15; 1
Timóteo 2:15).

Nesta terceira aula continuaremos focalizando nossa atenção


no ministério de Cristo e Seu ensino. Estudaremos sobre
evangelização e ministério no contexto dos dois grupos
distintamente mencionados no texto da nossa lição de hoje:
as multidões e os discípulos.

A semelhança entre Mateus 4 e Mateus 9 jaz no resumo


apresentado pelo evangelista com respeito ao ministério
público de Jesus. Compare agora Mateus 4:23-25 com
Mateus 9:35-36.

Mateus 4:23-25 “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando


nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando
toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua
fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os
doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos;
endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou. E
da Galiléia, Decápolis, Jerusalém e dalém do Jordão
numerosas multidões o seguiam.”
Mateus 9:35-36 “E percorria Jesus todas as cidades e
povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho
do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque
estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm
pastor.”

Ambas as passagens descrevem os lugares onde Jesus


ministrava (cidades, povoados, centros urbanos, semi-
urbanos, e rurais), aqueles a quem Ele ministrava (povo, as
multidões), e aqueles que ministravam juntamente com Ele
(os discípulos)–a pessoa do Senhor, as ovelhas do Senhor, e
os perdidos.

3. Exposição do Texto Sagrado

“Percorria Jesus toda a Galiléia” (Mateus 9:35).

Jesus percorria “todas as cidades e povoados,” tanto centros


urbanos como semi-urbanos e rurais. O primeiro princípio:
Jesus sempre esteve ativamente comprometido e envolvido
com o trabalho do Pai. Como já vimos na aula passada a
vontade do Pai era a comida diária do Filho. O ponto saliente
aqui é o fato de que o Senhor estava ativamente, não
passivamente, engajado no trabalho do Pai. “É necessário
que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é
dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto
estou no mundo, sou a luz do mundo” (João 9: 4-5).
“Percorria Jesus toda a Galiléia” é uma outra maneira de
mostrar para nós que o Senhor “estava constantemente
engajado na realização do Seu trabalho, isto é, na
proclamação da doutrina da salvação” (Calvino).

Onde quer que vamos, onde quer que estejamos, somos


chamados, equipados, e enviados como servos através dos
quais outros vão vir a crer, “e isto conforme o Senhor
concedeu a cada um” (1 Coríntios 3:5). Não há
“aposentados” na seara do Senhor. Não há “férias” para os
peregrinos do Senhor. Não existem espectadores; somente
trabalhadores na seara do Mestre. Aliás, crente preguiçoso,
crente inativo é uma contradição de termos.

“E percorria Jesus todas as cidades e povoados,


ensinando..., pregando..., e curando” (Mateus 9:35).

O segundo princípio que percebemos pelo uso dos verbos


ensinar, pregar, e curar no particípio presente é que Jesus
usou e aproveitou todas as oportunidades e situações para
proclamar o evangelho do reino de Deus (do Seu domínio,
poder, e senhorio).

Jesus participou de festas sociais (casamento e banquetes) e


das festas religiosas judaicas (Páscoa, Tabernáculo, e
Dedicação do Templo). Êle usou barcos, casas, montes,
praias, lugares religiosos, e até cemitérios. Em outras
palavras, esteve presente e aproveitou ocasiões festivas e de
júbilo, bem como ocasiões fúnebres onde tristeza e dor se
faziam presentes. Mas Ele usou todos estes lugares
diferentes e situações antagônicas para anunciar a boa de
salvação aos perdidos e para edificar os Seus discípulos.

Leia agora alguns dos textos bíblicos onde algumas destas


ocasiões são mencionadas e observe como Jesus usou estas
oportunidades, como se comportou, o que falou, e o
resultado.
Casamento–João 2:1-11
Festa da Páscoa–João 2:13-3:2; 4:43-45; 5:1
Festa do Tabernáculo–João 7:2-44
Festa da Dedicação do Templo–João 10:22-42
Ocasiões fúnebres–João 11:1-46

“Ensinando nas sinagogas.” O que Jesus ensinava? O


evangelho do Reino. Jesus aproveitou lugares formais para
pregar o evangelho e a sinagoga foi um dos lugares favoritos
de Jesus. “Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou
para a Galiléia, e a sua fama correu por toda a
circunvizinhança. E ensinava nas sinagogas, sendo
glorificado por todos. Indo para Nazaré, onde fora criado,
entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e
levantou-se para ler” (Lucas 4:14-16). Quando interrogado
pelo sumo sacerdote Anás, Jesus declarou: “Eu tenho falado
francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas
sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem,
e nada disse em oculto” (João 18:20). Meu amado irmão,
quais oportunidades formais você tem encontrado ou
ativamente procurado para compartilhar a verdade do Senhor
Jesus?

“Pregando o evangelho do Reino.” O que Jesus pregava? O


evangelho do Reino (estudaremos o assunto do reino noutra
lição). Onde Jesus pregava o evangelho do reino? Em todos
os lugares onde ia, em todas oportunidades que tinha.
Para quem Jesus pregava o evangelho do reino? Tanto para
os Seus discípulos como para os perdidos. Para as
multidões, para grupos menores, bem como para indivíduos.
Para os discípulos Jesus ensinava sobre os mistérios do
Reino. “Então, se aproximaram os discípulos e lhe
perguntaram: Por que lhes [às multidões] falas por
parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós [igreja] outros é
dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles
não lhes é isso concedido” (Mateus 13:10-11). Para os
perdidos Jesus pregava: “Arrependei-vos, porque está
próximo o reino dos céus” (Mateus 4:17). “É necessário que
eu anuncie o evangelho do reino de Deus também às outras
cidades, pois para isso é que fui enviado. E pregava nas
sinagogas da Judéia” (Lucas 4:43-44).

Quantos ouvintes Jesus precisa ter afim de pregar o


evangelho do reino? [1] Pelo menos uma pessoa. Jesus
pregou para indivíduos sim: Nicodemus (João 3), a mulher
samaritana (João 4), a mulher adúltera (João 8), o cego de
nascença (João 9:35-38).

Você já estudou sobre a história da plantação da igreja em


Antioquia? Tudo começou no contexto da primeira
perseguição à igreja em Jerusalém. Em Atos 8:1 lemos:
“Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja
em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos
pelas regiões da Judéia e Samaria.” O que os crentes
dispersos faziam? “Os que foram dispersos iam por toda
parte pregando a palavra” (Atos 8:4). O que isto tem a ver
com a plantação da igreja em Antioquia? Continuemos a
leitura em Atos 11:19-21: “Então, os que foram dispersos por
causa da tribulação que sobreveio a Estevão se espalharam
até a Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando [lalou=ntej
laluntés de lale/w falar] a ninguém a palavra, senão somente
aos judeus. Alguns deles, porém, que era de Chipre e de
Cirene e que foram até Antioquia, falavam [e)la/loun elalun de
lale/w] também aos gregos, anunciando-lhes o evangelho
[eu)aggelizo/menoi euangelizómenoi] do Senhor Jesus. A
mão do Senhor estava com eles, e muitos, crendo, se
converteram ao Senhor.”

Quando foi a última vez que você “pregou” o evangelho para


alguém? Um dos pecados por omissão mais comuns e
constantes em nossas vidas é o nosso silêncio covarde
quando se trata de testemunhar sobre o Senhor Jesus Cristo
diante dos outros. “Aprouve a Deus salvar os que crêem pela
loucura da pregação” (1 Coríntios 1:21). Será que o apóstolo
Paulo oraria por você e por sua igreja da mesma maneira
como orou pelos irmãos em Roma? “Primeiramente, dou
graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a
todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa
fé” (Romanos 1:8).
“Curando toda sorte de doenças e enfermidades.” O que as
curas realizadas por Jesus tinham a ver com a pregação do
evangelho do reino? Usaremos um pouco mais de espaço
desta lição na análise deste aspecto do ministério
soteriológico do Senhor Jesus devido à confusão que tem
havido no meio evangélico nestes últimos vinte e cinco anos.
Muitos líderes têm se utilizado desta afirmação “curando toda
sorte de doenças,” e desenvolvido uma teologia de sinais e
maravilhas que não tem nada a ver com a teologia da
salvação, nem com a Cristologia das Escrituras. [2]

As curas realizadas pelo Senhor Jesus Cristo no contexto da


história da redenção tinham o objetivo último de atestarem a
Sua presença, o Seu poder, como sinais visíveis de que Êle
era o Messias. João chama os milagres realizados por Jesus
como “sinais” do reino. E todas as curas do Senhor Jesus
tinham como objetivo último a exaltação da Sua pessoa, do
Seu ministério, e a salvação de todos aqueles que cressem
nÊle. Façamos uma excursão no evangelho de João:

João 2:11 “Com este, deu Jesus princípio a seus sinais


[transformação da água em vinho] em Caná da Galiléia;
manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.”
Preste atenção às expressões princípio, sinais, glória,
discípulos, e creram.

João 2:23-24 “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da


Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu
nome; mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os
conhecia a todos.”

João 3:2 “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de


Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes,
se Deus não estiver com ele.” Nicodemus ainda não havia
entendido o propósito último dos sinais (cf. João 20:30-31).
João 6:1-2, 14, 26 “Depois destas coisas, atravessou Jesus o
mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. Seguia-o numerosa
multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura
dos enfermos... Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus
fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que
devia vir ao mundo...Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais,
mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” A multidão
procurava pão, Jesus era o pão da vida. A multidão não
entendeu o propósito dos milagres de Jesus. Jesus não veio
a este mundo para suprir a nossa necessidade de comida,
nem de saúde, mas para nos dá vida e vida em abundância.
Os sinais eram meios usados por Jesus para crermos nÊle e
termos vida eterna. Leiam, também, João 6:29-69.
João 7:31 “...muitos de entre a multidão creram nele e diziam:
Quando vier o Cristo [o Messias], fará, porventura, maiores
sinais do que este homem tem feito?”

João 9:16 “...alguns dos fariseus diziam: Este homem não é


de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como
pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve
dissensão entre eles.”

João 10:41-42 “E iam muitos ter com ele e diziam:


Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto
disse a respeito deste era verdade. E muitos ali creram nele.”
Quando João Batista estava preso enviou alguns dos seus
discípulos para perguntar a Jesus se Ele era “aquele que
estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Lucas 7:19).
Como Jesus respondeu esta pergunta de João Batista?
“Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de
flagelos, e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.”
(Lucas 7:21). Afim de que João Batista e os seus seguidores
ficassem convencidos Ele era o Messias que haveria de vir,
Aquele que João Batista havia anunciado, Jesus realizou
sinais na presença dos discípulos de João e enviou a
seguinte mensagem: “Ide e anunciai a João o que vistes e
ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são
purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e
aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho. E bem-aventurado
é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Lucas
7:22-23). Em outras palavras, Bem-aventurado aquele que
crê que Eu Sou o Messias; Meus sinais atestam isto.

João 11:47-48 “Então, os principais sacerdotes e os fariseus


convocaram o Sinédrio; e disseram: Que estamos fazendo,
uma vez que este homem opera muitos sinais? Se o
deixarmos assim, todos crerão nele.” Até os inimigos de
Jesus viram a relação existente entre os sinais e a crença em
Jesus.

João 12:37-38 “E, embora tivesse feito tantos sinais na sua


presença, não creram nele, para se cumprir a palavra do
profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?”
João 20:30-31 “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos
muitos outros sinais que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram registrados para que creias que Jesus é
o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em
seu nome.”

“Vendo ele as multidões” (Mateus 9:36).

O terceiro princípio bíblico para ser salientado aqui com


relação ao ministério é o fato de como vemos aqueles que
nos cercam, como vemos as multidões. Ministério tem a ver
com a glória do Pai, a edificação da igreja, e a salvação dos
perdidos. Jesus viu as multidões “como ovelhas que não têm
pastor” (Mateus 9:36).

Jesus viu as multidões não como um atleta, político, homem


de negócios, nem mesmo como alguns adeptos do
movimento do “crescimento da igreja” vêem. Um atleta pode
ver as multidões como grupo de torcedores e fãs. Um político
olha para as multidões como eleitores. Homens de negócio
como consumidores. E muitos do movimento do
“crescimento da igreja” vêem as “massas” como números
estatísticos a serem contados. Não sou contra a igreja
crescer, mas tenho muitas reservas teológicas, exegéticas, e
estratégicas com relação ao “movimento do crescimento da
igreja.” [3] Alias quando Jesus se refere a contagem de
ovelhas em Lucas 15, ele mostrou que o pastor conta não
para saber quantas ovelhas existem no curral, mas para
ressaltar o ministério do pastor de alcançar as ovelhas
perdidas.

Jesus viu pessoas aflitas e exaustas e compadeceu-se delas.


Aflitas, ameaçadas, cansadas, sobrecarregadas pelo pecado.
A figura aqui é de ovelhas no meio de lobos vorazes e sem
um pastor a vista. Jesus é o bom pastor (João 10). Somente
Jesus poderia trazer descanso e alívio. “Vinde a mim, todos
os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para a
vossa alma” (Mateus 11:28-29).
Não somente aflitas, mas exaustas. A palavra grega usada
aqui é e)rrimme/noi erimenoi de ri/ptw riptou. Uma maneira
de descrever a situação é pensarmos num grupo de pessoas
que estão inaptas de fazerem algo por si mesmas. Um
exemplo disto é a referência de Mateus 11:30. A multidão
trouxe coxos, aleijados, cegos, mudos e outros muitos e os
“largaram junto aos pés de Jesus.” Foram trazidos e largados
porque não podiam ajudar-se a si mesmas. Esta é a
descrição para exaustas em Mateus 9:36. Jesus conhece o
interior de cada um de nós. Ó se conhecêssemos a realidade
interior na qual as pessoas sem Cristo vivem!

Aflitas e exaustas, ovelhas sem pastor, é a descrição de cada


pessoa sem o Senhor Jesus Cristo. Jesus não estava vendo
números. O que faz o ministério desafiador não é o número
de pessoas a quem precisamos ministrar, mas o fato de
sabermos que cada uma destas pessoas trazem dentro e ao
redor de si mesmas toneladas de problemas, desespero,
devido a separação delas de Deus e somente Jesus pode
ajudar.

“E, então se dirigiu a seus discípulos” (Mateus 9:37)


O quarto princípio que gostaria de ressaltar aqui é que o
desafio da evangelização, de alcançar os pecadores foi feito
pelo Senhor da Igreja à Sua Igreja. Nenhuma comunidade,
organização, ou partido político recebeu este privilégio, poder,
e responsabilidade, mas a Igreja do Senhor.

Vejamos alguns pontos a serem considerados pelos


discípulos (a Igreja) do Senhor.

Primeiro, “a seara é grande” (Mateus 9:37a). “Erguei os olhos


e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (João
4:35). Em outras palavras, Deus tem trabalho para cada
membro da sua igreja. Há trabalho suficiente para cada um
de nós. A seara é grande, também, no sentido de que cada
pessoa a quem ministramos traz em si mesmo uma carga de
problemas e escravidão tremendas (Lembra-se de O
Peregrino de João Bunyan?).
Segundo, “"Os trabalhadores são poucos" (9:37c)--não
somente em termos de números, mas também e
principalmente em termos da necessidade de contarmos com
cada membro em particular, com os seus diferentes tipos de
ministérios e dons necessários para alcançar os perdidos e
edificar a Sua Igreja. [4] No corpo de Cristo há diversos dons,
diversidade nos serviços, e diversidade nas realizações, mas
“a manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a
um fim proveitoso” (1 Coríntios 12:7). Em outras palavras, há
serviço para cada membro do corpo de Cristo. Cada crente
foi chamado, equipado, e enviado pelo Senhor da seara como
testemunhas Suas (Atos 1:8).

Terceiro, “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande


trabalhadores para sua seara" (9:38). A seara é do Senhor.
Cuidado com o evangelismo deísta rampante em nossos
dias. O tipo de evangelismo que dá a impressão que o
Senhor Jesus deu um trabalho para Sua igreja e até hoje está
esperando que ela termine para que Ele possa voltar. Nunca
esqueçamos que a seara é dEle e que o controle sobre a
seara e sobre os semeadores é, também, dEle. É Ele quem
envia os obreiros para onde Ele quer, no tempo que Ele quer,
do modo como Ele quiser. Somos apenas servos por meio
de quem outros vão crer (1 Coríntios 3:5).

Quarto, “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande


trabalhadores para sua seara” (Mateus 9:38). Comecem
orando por mais trabalhadores além de vocês. Comecemos
clamando por mais obreiros para serem enviados, não
somente ao "estrangeiro" mas ao mundo em geral; não
somente aos centros urbanos, mas, também, às zonas semi-
urbanas e rurais.

Lembremo-nos, entretanto, que ao pedir e orar por mais


obreiros nós não estamos pedindo substitutos para nós. Nós
somos trabalhadores também. Nós não oramos por mais
obreiros afim de escusarmos a nós mesmos da obra.
Observem a relação entre a ordem do Senhor Jesus “Rogai,
pois, ao Senhor da seara” e o chamado e envio dos doze.
“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes
autoridade.... A estes doze enviou Jesus” (Mateus 10:1 e 5).
Lembremo-nos, portanto, que são os trabalhadores, aqueles
que estão ativamente engajados na obra do Senhor, que
rogam ao Senhor da seara por mais obreiros. Mateus 10:1,
5a. Quem não é um missionário é um campo de missão.

4. Oração

Use o espaço a seguir e escreva a sua oração.

Minha oração:
. Tarefas do dia

Releia cuidadosamente Mateus 9:35-10:5.

Como você aplicaria os ensinos desta passagem no contexto do


seu projeto “evangelístico?” Mostre, pelo menos, quatro maneiras
como você aplicará este estudo no contexto do seu projeto
“evangelístico.”

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