Ação Civil Pública (Lei 7347)

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LEI DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA – Lei 7.

347/85

MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E


JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES

Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.

Última atualização legislativa: nenhuma.

Última atualização jurisprudencial: 12/10/2021 - Info 1012 (art. 16); Info 694 (art. 5º); Info 738 (art. 5º,
§4º).

Última atualização questões de concurso: 31/08/2023.

Observações quanto à compreensão do material:


1) Cores utilizadas:
⮚ EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
⮚ EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
⮚ EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação,
especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe
Lei da Ação Civil Pública - LACP).
⮚ EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)

2) Siglas utilizadas:
⮚ MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc).

LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985.

Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao


meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.

(MPT-2015): Analise a seguinte proposição a respeito das ações constitucionais: A ação civil pública
foi introduzida no sistema jurídico nacional por lei ordinária do direito pré-constitucional, sendo
posteriormente elevada à categoria de ação constitucional pela Constituição da República de 1988, a
qual ampliou os interesses que podem ser objeto de sua tutela.

#Atenção: A ação civil pública é o instrumento processual, previsto na Constituição Federal


brasileira e em leis infraconstitucionais, de que podem se valer o Ministério Público e outras
entidades legitimadas para a defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. Em
outras palavras, a ação civil pública não pode ser utilizada para a defesa de direitos e interesses
puramente privados e disponíveis. O instituto, embora não possa ser chamado de ação
constitucional, tem, segundo a doutrina, um "status constitucional", já que a Constituição coloca a
sua propositura como função institucional do Ministério Público (art. 129, II e III da CF), mas sem
dar-lhe exclusividade (art. 129, § 1º, da CF), pois sua legitimidade é concorrente e disjuntiva com a
de outros colegitimados (Lei 7.347/85, art. 5º). Disciplinada pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, a
Ação Civil Pública tem por objetivo reprimir ou mesmo prevenir danos ao meio ambiente, ao
consumidor, ao patrimônio público, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e
turístico, por infração da ordem econômica e da economia popular, ou à ordem urbanística,
podendo ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não
fazer. (Fonte: Wikipedia).

(DPESP-2012-FCC): A querela nullitatis pode ser deduzida em ação civil pública. (proc. civil)

#Atenção: Vejamos o seguinte julgado do STJ: “(...) A pretensão querela nullitatis pode ser exercida e
proclamada em qualquer tipo de processo e procedimento de cunho declaratório. A ação civil
pública, por força do que dispõe o art. 25, IV, “b”, da Lei 8.625/93 (Lei Orgânica do MP), pode ser utilizada
como instrumento para a anulação ou declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio público.
(...) A ação civil pública surge, assim, como instrumento processual adequado à declaração de
nulidade da sentença, por falta de constituição válida e regular da relação processual. A demanda de
que ora se cuida, embora formulada com a roupagem de ação civil pública, veicula pretensão querela nullitatis,
vale dizer, objetiva a declaração de nulidade da relação processual supostamente transitada em julgado por
ausência de citação da União ou, mesmo, por inexistência da própria base fática que justificaria a ação
desapropriatória, já que a terra desapropriada, segundo alega o autor, já pertencia ao Poder Público Federal.
(STJ, REsp 1.015.133/MT, Rel.p/ Acórdão Min. Castro Meira, 2ª Turma, j. 02/03/2010).

#Atenção: #MPAP-2021: #DPERJ-2021: #CESPE: #FGV: O primeiro diploma normativo a conferir


legitimidade para que o Ministério Público pudesse propor ação de natureza cível para reparação de
danos causados ao meio ambiente foi a Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente.

#Atenção: #TRF5-2013: A Lei 7.347/85, que regula a Ação Civil Pública, contém normas
predominantemente de direito processual.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono


a seguinte Lei:

Art. 1º REGEM-SE pelas disposições desta Lei, SEM PREJUÍZO da AÇÃO POPULAR, as
AÇÕES DE RESPONSABILIDADE por danos morais e patrimoniais CAUSADOS: (Redação dada
pela Lei nº 12.529, de 2011). (TJMS-2008) (MPSC-2010) (AGU-2010) (PGEPA-2011/2012) (MPAL-2012) (MPAP-2012)
(MPPI-2012) (MPMG-2013) (MPPR-2013) (MPM-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (DPEPR-2014) (PGEBA-2014)
(PGEPR-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (TJAL-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGERS-2015) (PCDF-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PCPA-2016) (TRF5-2015/2017) (DPEAL-2017) (PGESP-2009/2018) (DPEPE-2015/2018)
(PCBA-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEBA-2016/2021) (DPEAM-2021) (DPERJ-2021) (TJMA-2013/2022)
(MPSP-2013/2022) (TJRS-2022) (MPGO-2022) (DPEMS-2022) (PGEAM-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
(MPPA-2023) (PCAL-2023)

#Atenção: #MPMS-2013: #DPEPR-2014: #DPEPA-2015: #DPEPE-2015: #CESPE: #FMP: A


existência da ação civil pública “não prejudica a da ação popular”, expressão essa que deve ser
entendida da seguinte forma: não existe litispendência entre ação civil pública e ação popular,
mesmo que causa de pedir, pedido e sujeito passivo sejam os mesmos, somente existindo diferença
no que se refere ao polo ativo, em que se verão diferentes representantes da mesma coletividade (ex:
na ação popular, o cidadão Pedro; na ação civil pública, o MP). Portanto, “embora o mesmo fato possa
ensejar o ajuizamento simultâneo de ação civil pública e ação popular, as finalidades de ambas as demandas
não se confundem. Uma ação não se presta a substituir a outra. Tendo em vista a redação do art. 11 da Lei
4.717/65, a ação popular é predominantemente desconstitutiva, e subsidiariamente condenatória (em perdas e
danos). A ação civil pública, por sua vez, como decorre da redação do art. 3º da Lei 7.347/85, é
preponderantemente condenatória, em dinheiro ou em obrigação de fazer ou não fazer” (Hely Lopes
Meirelles).

I - ao meio-ambiente; (DPEES-2009) (AGU-2010) (TRF3-2011) (PGEPA-2011/2012) (MPAP-2012)


(MPMT-2012) (TRF2-2011/2013) (DPESP-2012/2013) (MPPR-2013) (MPMG-2013) (MPSP-2013) (TJCE-2014)
(MPMA-2014) (MPPE-2014) (MPSC-2014) (PGEBA-2014) (PGEPR-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (MPF-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (TRF4-2012/2016) (MPGO-2016) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (TRF5-2015/2017)
(DPEAL-2017) (PGESP-2009/2018) (MPBA-2018) (PGEPE-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (PCBA-2018)
(TJPA-2012/2019) (TJBA-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGEAL-2021) (TJMA-2013/2022) (DPEMS-2022)
(PGEAM-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PCAL-2023)

(TJBA-2019-CESPE): O MP de determinado estado da Federação propôs ação civil pública


consistente em pedido liminar para obstar a construção de empreendimento às margens de um rio
desse estado. No local escolhido, uma área de preservação permanente, a empresa empreendedora
desmatou irregularmente 200 ha para instalar o empreendimento. A liminar incluiu, ainda, pedido
para que a empresa fosse obrigada a iniciar imediatamente replantio na área desmatada. Nessa
situação hipotética, a ação civil pública proposta deverá discutir apenas a responsabilidade civil da
empresa. BL: art. 1º, I, LACP. (ambiental)

#Atenção: #TJPA-2019: #CESPE: A Responsabilidade Criminal depende, obrigatoriamente, de


ação penal pública incondicionada específica para apurar eventual prática de crime ambiental (art.
26 da Lei de Crimes Ambientais). A Responsabilidade Administrativa, nos termos do art. 70, §1º da
Lei de Crimes Ambientais, são autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e
instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema
Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como
os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. Logo, não poderia o MP propor
ACP para discutir a responsabilidade administrativa da empresa. Portanto, a ACP proposta, no caso
em exame, somente poderia discutir a Responsabilidade Civil da empresa.

#Atenção: #STJ: #TRF5-2017: #DPEDF-2019: #CESPE: A pretensão ministerial na ação civil


pública, voltada à tutela ao meio ambiente, direito transindividual de natureza difusa, consiste
em obrigação de fazer e não fazer e, apesar de dirigida a partidos políticos, demanda uma
observância de conduta que extravasa período eleitoral, apesar da maior incidência nesta época,
bem como não constitui aspecto inerente ao processo eleitoral. A ACP ajuizada imputa conduta
tipificada no art. 65 da Lei 9.605/98 em face do dano impingido ao meio ambiente, no caso
especificamente, artificial, formado pelas edificações, equipamentos urbanos públicos e
comunitários e todos os assentamentos de reflexos urbanísticos, conforme escólio do Professor José
Afonso da Silva. Não visa delimitar condutas regradas pelo direito eleitoral; visa tão somente a
tutela a meio ambiente almejando assegurar a função social da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes, nos termos do art. 182 da CF. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo
de Direito da 2ª Vara Cível de Maceió - AL, ora suscitado. STJ. 1ª S., CC 113.433/AL, Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, . 24/08/11. Em resumo, resta claro que o caso em tela não é de competência
da Justiça Eleitoral, até porque o tema debatido não é questão eleitoral, mas sim questão ambiental,
de competência da Justiça Estadual.

#Atenção: #PGESP-2018: #VUNESP: A LACP é um importante instrumento na proteção de direitos


difusos e coletivos, tendo sido originalmente editada para tutelar o meio ambiente (art. 1º, inciso I),
de modo a possibilitar a responsabilização por danos causados ao meio ambiente.

II – ao consumidor; (TJMS-2008) (DPEMA-2009) (MPBA-2010) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (DPERS-2011)


(DPEES-2012) (DPESP-2012/2013) (MPSP-2013) (MPAC-2014) (MPPE-2014) (MPSC-2014) (TRF5-2015) (DPEAL-2017)
(PCBA-2018) (PCSE-2018) (DPEAM-2021) (PGEMS-2021) (MPGO-2022)

(TJMS-2008-FGV): Tomando em consideração a legitimidade ativa e a causa de pedir, bem como a


jurisprudência do STJ, a Ação Civil Pública poderá ser legitimamente ajuizada nos termos da Lei
7347/85 pelo Procurador Geral do Município, tendo por causa de pedir relativa à proteção do
consumidor. (difusos)

#Atenção: Por força constitucional, é dever do Estado a tutela do consumidor, tanto


administrativamente, por meio dos Procons, quanto judicialmente. Extrai-se tal dever da regra
inscrita no art. 5º, XXII da CF. Além disso, um dos princípios gerais da atividade econômica,
prevista no art. 170, V da CF, é a defesa do consumidor. Deixe-se claro que a expressão “Estado”
engloba todas as esferas do federalismo brasileiro, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;


(DPESP-2013) (MPPE-2014) (DPEMG-2014) (DPEPR-2014) (DPEBA-2016) (MPMS-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018)
(PCBA-2018) (MPSP-2013/2022)

(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: Ainda que um bem de valor histórico ou cultural não
tenha sido tombado, poderá ele ser objeto de proteção via ação civil pública. BL: art. 1º, III, LACP.

IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990) (PGESP-2009)
(DPEAM-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (DPESP-2012) (MPSP-2011/2013) (DPESP-2013) (TJCE-2014) (MPPE-2014)
(MPPR-2014) (MPSC-2014) (PGERS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (DPEBA-2016) (MPRO-2017) (MPBA-2018)
(DPEPE-2018) (PGESC-2018) (PCBA-2018) (MPMG-2019)

V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). (MPPR-2013)
(MPSP-2013) (MPM-2013) (TJCE-2014) (MPPE-2014) (TJDFT-2015) (DPEPE-2015) (DPEAL-2017) (MPMG-2019)

(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as hipóteses de tutela frente à lesão do patrimônio público pela


prática de ato ilícito por parte de agente público, assinale a alternativa correta: A ação de
improbidade administrativa, considerada espécie de ação civil pública, pode ser utilizada para
reparação do dano e punição do agente. BL: art. 1º, VIII, LACP.
(MPPR-2014): Sobre a legitimidade do MP para a propositura da ação civil pública na visão do STJ,
assinale a alternativa correta: O MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a
cessação dos jogos de azar. BL: art. 1º, VIII, LACP e Tese 09 da Jurisprudência Teses/STJ.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 19: #MPPR-2014: #MPMG-2019: Tese 09: O Ministério
Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a cessação dos jogos de azar.

#Atenção: #STJ: #MPGO-2012: #MPMG-2019: #TRF1-2013: #CESPE: Vejamos o seguinte julgado


do STJ sobre o assunto: “(...) Cuidam os autos de ACP proposta pelo Ministério Público Estadual com
o objetivo de coibir atividade de exploração de máquinas caça-níqueis. A LC 116/03 não legitima a
prática de jogos de azar, como os denominados caça-níqueis, deixando de prever, expressamente, que se
enquadram no conceito de diversões eletrônicas. Ademais, ela não revogou a norma contida no art. 50 da
Lei de Contravenções Penais. A realização de jogos de azar, sem amparo legal, vulnera a ordem
pública, a economia popular e o direito dos consumidores, além de infringir a legislação penal,
notadamente os arts. 50 e 51 da Lei de Contravenções Penais. A ACP tem por finalidade a repreensão a
ilícito civil, bem como a prevenção e a reparação de eventuais danos dele decorrentes, daí a
irrelevância da caracterização do fato como crime ou contravenção. E se crime ou contravenção existir,
nada impede a concorrência simultânea das duas investigações (inquérito penal e inquérito civil) ou ações
(criminal e civil), inclusive com o empréstimo e aproveitamento, por uma, de provas geradas pela outra,
mesmo interceptações autorizadas, desde que assegurados o contraditório e a ampla defesa. Corolário dessa
compreensão do sistema jurídico brasileiro, ou seja, da diversidade e autonomia das duas jurisdições, é o fato de
que medidas assecuratórias e tutela inibitória, análogas entre si ou de índole similar, podem ser deferidas tanto
na instância civil, como na penal - simultânea, isolada ou consecutivamente.” (REsp 813.222/RS, Rel. Min.
Herman Benjamin, 2ª T., j. 8/9/09, DJe 4/5/11).

VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (DPEMA-2009)


(MPPI-2012) (DPEAC-2012) (MPSP-2013) (MPPE-2014) (DPEAL-2017) (DPEPR-2017) (DPESP-2012/2013/2019)
(MPGO-2019)

#Atenção: #STJ: #DOD: #DPEPR-2017: #MPGO-2019: #DPESP-2019: #FCC: Cabe ACP com o
objetivo de proibir tráfego de veículos pesados no Município: É cabível ação civil pública proposta
por Ministério Público Estadual para pleitear que Município proíba máquinas agrícolas e
veículos pesados de trafegarem em perímetro urbano deste e torne transitável o anel viário da
região. STJ. 2ª T. REsp 1.294.451-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 1/9/16 (Info 591).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: Poder Judiciário pode intervir quando a
Administração deixa de promover políticas públicas: Os Poderes da República são independentes e
harmônicos entre si (art. 2º da CF). O Poder Executivo tem prioridade na implementação de políticas
públicas. No entanto, em termos abstratos, o ordenamento jurídico em vigor permite que o Poder
Judiciário seja chamado a intervir em situações nas quais exista uma ação ou uma omissão ilegítima
do administrador público. Assim, não é vedado ao Poder Judiciário debater o mérito administrativo.
Se a Administração deixar de promover políticas públicas, de proteger hipossuficientes, de garantir o
funcionamento dos serviços públicos, haverá vício ou flagrante ilegalidade a justificar a intervenção
judicial STJ. 2ª T. REsp 1176552/PR, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 22/2/11.
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: ACP é o meio próprio de se buscar a
implementação de políticas públicas com relevante repercussão social: O STJ tem admitido o debate
de políticas públicas no bojo de ações civis públicas propostas pelo MP: “(...) O MP detém legitimidade
ativa para o ajuizamento de ação civil pública que objetiva a implementação de políticas públicas ou de
repercussão social, como o saneamento básico ou a prestação de serviços públicos. (...)” STJ. 1ª T. AgRg no
AREsp 50.151/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 03/10/13.1
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Lei prevê a ACP como meio para discutir ordem
urbanística: O art. 1º, VI e o art. 3º da Lei 7.347/85 preveem que a ação civil pública é meio processual
adequado para discutir temas relacionados com a ordem urbanística e para a obtenção de provimento
jurisdicional condenatório de obrigação de fazer. Existe precedente do STJ afirmando que a ACP é
ação adequada para discutir tema relacionado com a segurança no trânsito: STJ. 1ª T. REsp
725257/MG, Rel. Min. José Delgado, j. 10/04/07.
#Questões de concurso:
(MPGO-2019): O Promotor de Justiça da Comarca de Maurilândia/GO ingressou com uma ação
pública (Lei 7.347/85) para pleitear que o Município proíba máquinas agrícolas e veículos pesados e
trafegarem em perímetro urbano, pois o intenso tráfego desses veículos tem causado inúmeros
acidentes fatais, além de problemas de saúde decorrentes de poeira e poluição sonora. Na ação, o

1
(DPESP-2019-FCC): O acesso à justiça e às formas de tutela coletiva desses direitos assume funções
essenciais e irrenunciáveis. Sobre esse tema, considere a assertiva a seguir: A tutela coletiva é meio hábil e
adequado para se exigir o devido e satisfatório cumprimento de políticas públicas voltadas à realização de
direitos fundamentais, especialmente quando está em questão a dignidade da pessoa humana.
membro do “Parquet” defendeu que o Município tornasse transitável, para esses veículos, o anel viário
da região. De acordo com a legislação correlata ao tema e com a jurisprudência dominante âmbito do
STJ, a pretensão ministerial: É cabível, pois o MP detém legitimidade ativa para o ajuizamento de ação
civil pública que objetiva a implementação de políticas públicas ou de repercussão social, inserindo-se,
nesse contexto, o ordenamento do trânsito de veículos no perímetro da cidade. BL: Info 591, STJ.

VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 12.966, de
2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014) (PCDF-2015) (DPEBA-2021)

VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela Lei nº 13.004, de 2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014)
(DPEPE-2015) (PGEPR-2015) (DPEBA-2016) (DPERO-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (MPMT-2019)
(MPSC-2021) (PGEAL-2021) (TJRS-2022) (MPPA-2023)

(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as hipóteses de tutela frente à lesão do patrimônio público pela


prática de ato ilícito por parte de agente público, assinale a alternativa correta: A ação de
improbidade administrativa, considerada espécie de ação civil pública, pode ser utilizada para
reparação do dano e punição do agente. BL: art. 1º, VIII, LACP. (proc. civil).

Parágrafo único. NÃO SERÁ CABÍVEL AÇÃO CIVIL PÚBLICA para veicular pretensões
que ENVOLVAM tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários PODEM SER
individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (MPRR-2008)
(DPEAL-2009) (TRF1-2009) (TRF4-2009) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (MPCE-2011) (DPEMA-2011) (TRF3-2011)
(MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (MPDFT-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013)
(DPEDF-2013) (TRF5-2013) (PCDF-2013) (MPPR-2013/2014) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPMG-2014)
(TJMS-2008/2015) (MPBA-2010/2015) (DPESP-2013/2015) (TJDFT-2015) (MPAM-2015) (TRT23-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (PCBA-2018) (PF-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(MPGO-2013/2019) (TJAC-2019) (MPCPA-2019) (PGEAL-2021) (PGEMS-2021) (MPPE-2022) (DPETO-2022)
(MPPA-2014/2023) (Anal. Judic./TJES-2023)

#Atenção: #Reperc. Geral/STF – Tema 850: #DOD: #MPGO-2019: #MPPE-2022: #FCC: O MP tem
legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados
ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, j. 9/10/19 (Info 955).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Em provas, tenha cuidado com a redação do art. 1º, §
único, da Lei 7.347/85: Se for cobrada a mera transcrição literal deste dispositivo em uma prova
objetiva, provavelmente, esta será a alternativa correta.

#Atenção: #Reperc. Geral./STF – Tema 645: #MPDFT-2013: #PGDF-2013: #MPAC-2014:


#MPMA-2014: #TRT23-2015: #PGM-Salvador/BA-2015: #PF-2018: #PGM-João Pessoa/PB-2018:
#MPGO-2019: #MPPA-2014/2023: #CESPE: #FCC: O MP não possui legitimidade ativa ad
causam para, em ação civil pública, deduzir em juízo pretensão de natureza tributária em
defesa dos contribuintes, que vise questionar a constitucionalidade/legalidade de tributo. STF.
Plenário. ARE 694294 RG, Rel. Min. Luiz Fux, j. 25/04/13.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: O MP não possui
legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir em juízo pretensão de natureza
tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a constitucionalidade/legalidade de
tributo. BL: Info 595, STF.
(PF-2018-CESPE): Acerca da disciplina constitucional do MP, julgue o seguinte item: Segundo o STF,
o MP não possui legitimidade para propor ação civil pública em matéria tributária em defesa de
contribuintes. BL: Info 595, STF.

#Atenção: #Reperc. Geral./STF: #DOD: #DPEBA-2010: #MPPI-2012: #DPERO-2012:


#MPDFT-2013: #MPPR-2013: #MPM-2013: #MPMA-2014: #MPGO-2013/2019: #DPEDF-2019:
#MPPA-2023: #Anal. Judic./TJES-2023: #CESPE: #VUNESP: #STF: O Termo de Acordo de
Regime Especial – TARE, não diz respeito apenas a interesses individuais, mas alcança
interesses metaindividuais, pois o ajuste pode, em tese, ser lesivo ao patrimônio público. A CF
estabeleceu, no art. 129, III, que é função institucional do MP, dentre outras, “promover o
inquérito e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente
e de outros interesses difusos e coletivos”. O MP tem legitimidade para propor ACP com o
objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial, em face da legitimação ad causam que
o texto constitucional lhe confere para defender o erário. Logo, não se aplica à hipótese o §
único do art. 1º da LACP. Em outras palavras, a ACP ajuizada contra o TARE em questão não se
cinge à proteção de interesse individual, mas abarca interesses metaindividuais, visto que tal
acordo, ao beneficiar uma empresa privada assegurando-lhe o regime especial de apuração do
ICMS, pode, em tese, mostrar-se lesivo ao patrimônio público, o que, por si só, legítima a
atuação do MP. STF. Plenário. RE 576155, Min. Rel. Ricardo Lewandowski j. 12/8/10 (repercussão
geral) (Info 595) (...) #Jurisprud. Teses/STJ Ed. 22 - Tese 08: O Ministério Público tem legitimidade
para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial –
TARE.
(MPPA-2023-CESPE): À luz da CF e da jurisprudência do STF, julgue o item a seguir: É possível ao
Ministério Público propor ação civil pública para anular acordo realizado entre o contribuinte e o
poder público visando ao pagamento de dívida tributária, quando verificado prejuízo ao erário
decorrente do comprometimento da arrecadação tributária. BL: Info 595, STF e Tese 08, Ed. 22 da
Jurisp. em teses do STJ.
(Anal. Judic./TJES-2023-CESPE): De acordo com a jurisprudência do STF no que tange a funções
essenciais à justiça e aos Poderes Legislativo e Judiciário, julgue o item a seguir: O Ministério Público
tem legitimidade ativa para propor ação civil pública por meio da qual pretenda anular acordo de
natureza tributária pactuado entre empresa privada e Estado-membro. BL: Info 595, STF e Tese 08,
Ed. 22 da Jurisp. em teses do STJ.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: O MP tem
legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime
Especial firmado entre o Poder Público e contribuinte. BL: Info 595, STF.
(DPEDF-2019-CESPE): O MP detém legitimidade ativa ad causam para propor ação civil pública que
vise anular termo de acordo de regime especial (TARE) firmado entre ente federativo e determinados
contribuintes. BL: Info 595, STF e Tese 08, Ed. 22 da Jurisp. em teses do STJ.
(MPPR-2013): Em decisão de 12/08/10, o STF, em sua composição plenária, julgou o recurso
extraordinário n. 576155/DF, em que se discutia a legitimidade do MP para propor ação civil pública
em matéria tributária, em hipótese em que o MP do Distrito Federal questionava judicialmente
Termo de Acordo de Regime Especial (TARE), firmado pelo Governo do Distrito Federal e
determinada empresa, estabelecendo regime especial de apuração do ICMS. Qual das alternativas
abaixo corresponde à decisão majoritária do Pleno do STF no aludido caso? Concluiu pela
legitimidade do MP para propor referida ação civil pública, apoiando-se, basicamente, nas funções
institucionais do MP genericamente estabelecidas na CF. BL: Info 595, STF e Tese 08, Ed. 22 da
Jurisp. em teses do STJ.
(MPPI-2012-CESPE): O estado do Piauí celebrou TARE com empresa privada, visando conferir
regime especial de apuração do ICMS, para incentivar a instalação de empresas no estado. O
MPE/PI, em sede de inquérito civil público aberto para investigar a celebração do contrato,
constatou que o ajuste causara prejuízo aos cofres públicos, razão por que ajuizou ACP com o
objetivo de anular acordos firmados com base nesse termo. A partir dessa situação hipotética,
assinale a opção correta à luz da jurisprudência do STF: A defesa da integridade do erário público e
da higidez do processo de arrecadação tributária consiste em direito metaindividual do contribuinte,
o que legitima a atuação do MPE/PI nesse caso. BL: Info 595, STF.

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJDFT-2014: #MPMS-2018: #CESPE: O MP tem legitimidade para


ajuizar ACP cujo pedido seja a condenação por improbidade administrativa de agente público
que tenha cobrado taxa por valor superior ao custo do serviço prestado, ainda que a causa de
pedir envolva questões tributárias. STJ. 1ª T. REsp 1.387.960-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j.
22/5/14 (Info 543).
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: De acordo com o STJ, o MP tem legitimidade para
ajuizar ação civil pública cujo pedido seja a condenação por improbidade administrativa de agente
público que tenha cobrado taxa por valor superior ao custo do serviço prestado, ainda que a causa de
pedir envolva questões tributárias. BL: Info 543, STJ.

#Atenção: #STF: #MPDFT-2013: #MPCPA-2019: #CESPE: Esta Corte fixou orientação no sentido
de que o MP é parte legítima para questionar, em sede de ação civil pública, a validade de
benefício fiscal concedido pelo Estado a determinada empresa. STF. 2ª T., RE 586.705-AgR, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, j. 23/8/11.
(MPCPA-2019-CESPE): A respeito das competências e da legitimidade do MP no âmbito de ação
civil pública, é correto afirmar, à luz do entendimento do STF, que o MP tem legitimidade para
questionar, em sede de ação civil pública, a concessão de benefício fiscal a determinada empresa. BL:
Entend. Jurisprud.

#Atenção: #STJ: #DPEMA-2011: #MPPI-2012: #MPDFT-2013: #DPEDF-2013: #MPMA-2014:


#MPRO-2017: #MPBA-2018: #MPGO-2019: #PGEAL-2021: #CESPE: #FMP: Para fins de tutela
jurisdicional coletiva, os interesses individuais homogêneos classificam-se como subespécies dos
interesses coletivos, previstos no art. 129, inciso III, da CF. Por sua vez, a LC n.º 75/93 (art. 6.º, VII,
a) e a Lei 8.625/93 (art. 25, IV, a) legitimam o MP à propositura de ACP para a defesa de interesses
individuais homogêneos, sociais e coletivos. Não subsiste, portanto, a alegação de falta de
legitimidade do Parquet para a ACP pertinente à tutela de direitos individuais homogêneos, ao
argumento de que nem a Lei Maior, no aludido preceito, nem a LC 75/93, teriam cogitado dessa
categoria de direitos. A ACP presta-se à tutela não apenas de direitos individuais homogêneos
concernentes às relações consumeristas, podendo o seu objeto abranger quaisquer outras espécies
de interesses transindividuais (REsp 706.791/PE, 6.ª T, Rel.ª Min. Maria Thereza de Assis Moura,
DJe 02/03/09). Restando caracterizado o relevante interesse social, os direitos individuais
homogêneos podem ser objeto de tutela pelo MP mediante a ACP. Precedentes. No âmbito do
direito previdenciário (um dos seguimentos da seguridade social), elevado pela CF à categoria de
direito fundamental do homem, é indiscutível a presença do relevante interesse social,
viabilizando a legitimidade do Órgão Ministerial para figurar no polo ativo da ACP, ainda que
se trate de direito disponível (STF, AgRg no RE AgRg/RE 472.489/RS, 2.ª T., Rel. Min. Celso de
Mello, DJe 29/08/08). Trata-se, como se vê, de entendimento firmado no âmbito do STF, a quem a
CF confiou a última palavra em termos de interpretação de seus dispositivos, entendimento esse
aplicado no âmbito daquela Excelsa Corte também às relações jurídicas estabelecidas entre os
segurados da previdência e o INSS, resultando na declaração de legitimidade do Parquet para
ajuizar ACP em matéria previdenciária (STF, AgRg no AI 516.419/PR, 2.ª T., Rel. Min. Gilmar
Mendes, DJe 30/11/10). O reconhecimento da legitimidade do MP para a ACP em matéria
previdenciária mostra-se patente tanto em face do inquestionável interesse social envolvido no
assunto, como, também, em razão da inegável economia processual, evitando-se a proliferação de
demandas individuais idênticas com resultados divergentes, com o consequente acúmulo de feitos
nas instâncias do Judiciário, o que, certamente, não contribui para uma prestação jurisdicional
eficiente, célere e uniforme. Após nova reflexão sobre o tema em debate, deve ser restabelecida a
jurisprudência desta Corte, no sentido de se reconhecer a legitimidade do MP para figurar no
polo ativo de ação civil pública destinada à defesa de direitos de natureza previdenciária. STJ. 5ª
T., REsp 1142630/PR, Rel. Mini. Laurita Vaz, j. 07/12/10 (Info 459)
(MPGO-2019): Acerca da legitimidade ativa do MP para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos
e individuais homogêneos, bem como do posicionamento dominante no âmbito do STJ acerca do
tema, assinale a alternativa correta: O MP possui legitimidade para figurar no polo ativo de ação civil
pública destinada à defesa de direitos individuais homogêneos de natureza previdenciária. BL: Info
459, STJ.

#Atenção: #TRF5-2013: As tarifas públicas não entram na vedação prevista no § único do art. 1º da
LACP.

(DPERS-2018-FCC): Com relação à defesa do consumidor em juízo, é correto afirmar: É incabível


ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos. BL: art. 1º, § único, LACP.

(MPSC-2016): A Ação Civil Pública constitui-se em ação de responsabilidade por danos morais e
patrimoniais, a qual não poderá veicular matéria que envolva tributos ou outros fundos de
natureza institucional cujos beneficiários sejam individualmente determinados, conforme
excepciona a Lei 7.347/85. BL: art. 1º, caput e § único, LACP.

(TJRR-2008-FCC): O MP do Estado de Roraima, através de Promotor de Justiça, propõe ação civil


pública em face do Município de Boa Vista, que instituiu taxa de coleta de lixo, cuja alíquota é
0,25% do valor venal do imóvel e contribuinte é o proprietário de imóvel urbano. É correto afirmar
que não é cabível ação civil pública em matéria tributária por expressa vedação legal, apesar de ser
o direito do contribuinte um direito individual homogêneo. BL: art. 1º, § único, LACP. (trib.)

Art. 2º As ações previstas nesta Lei SERÃO PROPOSTAS NO FORO DO LOCAL ONDE
OCORRER O DANO, cujo juízo TERÁ COMPETÊNCIA FUNCIONAL [= Competência Absoluta]
para processar e julgar a causa. (TJSE-2008) (MPRO-2008) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (TJMS-2008/2010)
(DPESP-2010) (PGEAM-2010) (TJPE-2011) (MPCE-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(DPEMS-2012) (DPESE-2012) (MPSC-2010/2013) (MPGO-2010/2012/2013) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (MPMT-2008/2014)
(MPMS-2015) (DPEPE-2015) (MPPR-2008/2011/2012/2016) (TJRJ-2014/2016) (PGEMA-2016) (MPSP-2012/2017)
(TRF5-2013/2017) (MPRR-2017) (MPMG-2017/2018) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (PGEPE-2018) (MPPI-2012/2019)
(TJPA-2019) (DPEDF-2019) (MPDFT-2013/2015/2021) (MPPE-2014/2022) (TJMA-2022) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

Súmula 489-STJ: Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis
públicas propostas nesta e na Justiça estadual.

#Atenção: #STJ: #DOD: A competência para processar e julgar ACP é absoluta e se dá em


função do local onde ocorreu o dano. STJ. 1ª Seção. AgRg nos EDcl no CC 113.788-DF, Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, julgado em 14/11/2012.
#Atenção: #STJ: #TRF2-2013: #CESPE: O STJ orienta-se no sentido de que a competência da
Justiça Federal, prevista no art. 109, I, da CF, é fixada, em regra, em razão da pessoa (competência
ratione personae), levando-se em conta não a natureza da lide, mas, sim, a identidade das partes na
relação processual. Na hipótese, cuida-se de ACP em que figura como um dos autores o Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, autarquia federal criada pelas Leis
8.029/90 e 8.113/90, na qual se busca a proteção do imóvel conhecido como "Casa do Barão de
Vassouras", localizado no município de Vassouras-RJ, tombado pelo Poder Público federal.
Figurando como parte uma autarquia federal, a competência para processar e julgar a ação é da
Justiça Federal, consoante disposto no art. 109, I, da CF. 4. A interpretação do art. 2º da Lei
7.347/85 - que disciplina a ACP de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico -, deve
ser realizada à luz do disposto no art. 109, I, § 3º, da CF, consoante precedentes do STF e desta
Corte. Conflito conhecido para declarar competente a Justiça Federal, anulando-se a decisão
proferida pelo Juízo estadual. (CC 105.196/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Seção, j. 9/12/09)”

(MPPE-2022-FCC): As ações previstas na Lei 7.347/85 serão propostas no foro do local do dano,
cujo juízo terá competência absoluta para processar e julgar a causa. BL: art. 2º, LACP.

(DPEDF-2019-CESPE): Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir: Conforme previsão legal,
é competente para a propositura de ação civil pública o foro do local do dano, cujo juízo terá
competência funcional para processar e julgar a causa. BL: art. 2º, LACP.

(MPRR-2017-CESPE): Julgue os itens a seguir, referentes à tutela coletiva: I Se ACP for ajuizada
em comarca diversa daquela em que tiver ocorrido o dano, o juízo deverá declinar, de ofício, de
sua competência. BL: art. 2º, LACP.

(MPMG-2017): Parte integrante da Cadeia do Espinhaço, a Serra do Carretão, situada na região do


Campo das Vertentes, estende-se pelo território de municípios, distritos e povoados pertencentes a
duas comarcas distintas, a saber: Desterro de Entre Rios e Resende Costa. Em virtude do acesso
dificultado pela inexistência de vias pavimentadas, ainda é refúgio para diversas espécies raras da
fauna silvestre, algumas delas ameaçadas de extinção, tais como lobo-guará, bugio,
veado-campeiro, etc., além de vegetação típica do bioma de mata atlântica. Dono de uma
propriedade rural voltada para a criação de bovinos situada ao pé da referida serra, no município
de Entre Rios de Minas, o Sr. Juquinha promoveu uma queimada com a intenção de limpar e
propiciar a rebrota de pastos, técnica agrícola rudimentar altamente nociva, mas, infelizmente,
ainda muito em uso em Minas Gerais. Como resultado de sua desídia em não providenciar um
aceiro, as chamas se alastraram de forma descontrolada, devastando uma ampla área da referida
serra, sendo contida pelos bombeiros, todavia, atingindo o território das duas comarcas
mencionadas. Como resultado, verificou-se elevada mortandade de animais silvestres e queima de
espécies vegetais nativas típicas de mata atlântica. Nesse contexto, é correto afirmar que a
competência para processar e julgar a ACP para reparação dos danos ambientais e morais: É
absoluta, em atenção à concomitância dos critérios territorial e funcional, e definida pelo local do
dano, fixando-se pela prevenção. BL: art. 2º, LACP.

#Atenção: A mencionada competência tem natureza absoluta. Isso porque, nos termos deste
dispositivo, trata-se de COMPETÊNCIA FUNCIONAL, não estabelecida no interesse das partes,
mas sim no interesse público na eficiência da função jurisdicional. A ratio deste modelo é atribuir
a jurisdição ao órgão que possa mais eficazmente exercer sua função, em virtude de sua
proximidade com as vítimas, com o bem afetado e com a prova. O STF e o STJ têm denominado a
competência estabelecida no art. 2º da LACP como competência territorial e funcional, nos
moldes da clássica classificação chiovendiana. Como na hipótese o dano se alastrou pelo
território de duas comarcas, a competência deve ser fixada pelo critério da prevenção, nos
termos do art. 2º, § único, da LACP.

#Atenção: Curiosidade - Classificação de Chiovenda:


⮚ Competência funcional em relação à competência material: diz respeito à repartição de
funções entre diversos órgãos jurisdicionais em um mesmo processo (v.g. competência por fase
do processo, como no se dá no Tribunal do Júri; competência recursal);
⮚ Competência funcional em relação à competência territorial: diz respeito à fixação da
competência ao órgão jurisdicional localizado onde o exercício da jurisdição se dá de forma
mais fácil (caso do art. 2º da LACP). (FONTE: Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo
Andrade. Interesses Difusos e Coletivos. Editora Método, 2017).
Parágrafo único A PROPOSITURA DA AÇÃO PREVENIRÁ a jurisdição do juízo para
todas as ações posteriormente intentadas que POSSUAM a mesma causa de pedir ou o mesmo
objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (TJAL-2008) (TJMS-2008) (TJSE-2008) (MPRO-2008)
(DPESP-2010) (PGEAM-2010) (TJPE-2011) (MPCE-2011) (MPPR-2011/2012) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPSP-2012)
(DPEMS-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2009/2013) (MPMT-2014) (DPEPR-2014) (MPDFT-2015) (DPEPE-2015)
(TJRJ-2016) (TRF3-2016) (PGEMA-2016) (TRF5-2013/2017) (MPPB-2018) (TJAC-2019) (MPPI-2019) (DPEDF-2019)
(MPGO-2010/2015/2022) (TJMA-2022) (DPEPA-2022)

#Atenção: #STJ: #DPEPA-2022: #CESPE: AÇÕES CIVIS PÚBLICAS PROPOSTAS EM JUÍZOS


DIFERENTES, COM A PRETENSÃO DE ANULAR ATOS RELATIVOS AO PROCEDIMENTO
DE PRIVATIZAÇÃO DAS EMPRESAS PÚBLICAS FEDERAIS LIGADAS AO SISTEMA
TELEBRÁS. COMPETÊNCIA. 1. Em se tratando de ações civis públicas intentadas em juízos
diferentes, contendo, porém, fundamentos idênticos ou assemelhados, com causa de pedir e
pedido iguais, deve ser fixado como foro competente para processar e julgar todas as ações, pelo
fenômeno da prevenção, o juízo a quem foi distribuído a primeira ação. 2. A interpretação das
regras sublimadas pelo ordenamento jurídico deve homenagear a forma sistêmica de se
compreender as mensagens postas pelo legislador nos dispositivos legais elaborados e impor
efetiva segurança quando da aplicação das referidas regras positivadas. 3. As regras de
competência para o processamento e julgamento das ações civis públicas devem fixar princípios
que evitem, ao serem decididos, situações conflitantes quando elas expressarem pretensão
sobre determinado objeto, com base em fundamentos, causas de pedir e pedidos idênticos. STJ.
1ª S. CC 22.693/DF, Rel. Min. José Delgado, j. 9/12/98. (...) 12. Pela leitura do art. 2º, parágrafo
único, da Lei 7347/85 deve ser fixado como foro competente para processar e julgar todas as
ações o juízo a quem foi distribuída a primeira ação (CC 22693/DF, Rel. Min. José Delgado, 1ª S,
j. 09/12/98). Assim, como a primeira ação coletiva foi proposta pela Associação de Defesa de
Interesses Coletivos - ADIC, em 20.10.09, perante a 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas
Gerais, esta é a competente para o julgamento das demais causas. STJ. 1ª S. CC 126.601/MG, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, j. 27/11/13.
(DPEPA-2022-CESPE): Conforme regra presente na Lei da Ação Civil Pública, uma vez constatada a
conexão entre diversas ações civis públicas que tramitem em diferentes órgãos jurisdicionais da
mesma comarca, estará prevento para julgamento conjunto das ações conexas o juízo em que ocorreu
a propositura da primeira ação. BL: Entend. Jurisprud. e art. 2º, § único, LACP.

#Atenção: #STJ: #DOD: #DPEPA-2022: #CESPE: No caso em que duas ações coletivas tenham
sido propostas perante juízos de competência territorial distinta contra o mesmo réu e com a
mesma causa de pedir e, além disso, o objeto de uma, por ser mais amplo, abranja o da outra,
competirá ao juízo da ação de objeto mais amplo o processamento e julgamento das duas
demandas, ainda que ambas tenham sido propostas por entidades associativas distintas. STJ. 4ª
T. REsp 1.318.917-BA, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, j. 12/3/13 (Info 520).

(TJAC-2019-VUNESP): Assinale a alternativa correta, em relação à ação civil pública, que


representa um dos instrumentos processuais da tutela ambiental: A propositura da ação prevenirá
a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa
de pedir ou o mesmo objeto. BL: art. 2º, § único, LACP. (proc. civil)

(TJRJ-2016-VUNESP): Foram propostas várias ações civis públicas em que a Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL também figurou no polo passivo, perante diversas Varas da Seção
Judiciária dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal,
Pernambuco e Piauí. As ações foram propostas pelo MPF e várias Associações de Defesa de
Consumidores de Energia, sendo que todas as ações discutem a mesma matéria, qual seja, a
metodologia do reajuste tarifário aplicado pela ANEEL, desde 2002 às concessionárias de
distribuição de energia elétrica. Visando evitar decisões divergentes acerca da mesma matéria, a
ANEEL suscitou conflito de competência positivo perante o Superior Tribunal de Justiça para
reconhecer competente em razão de conexão o juízo da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio
Grande do Sul, em caráter provisório, para análise das medidas urgentes em todos os processos,
por ter sido nesta vara proposta a primeira ação coletiva, para evitar decisões conflitantes em
âmbito nacional. Diante disso, assinale a alternativa correta, de acordo com a jurisprudência do
STJ: Há conexão e em aplicação do disposto na Lei da Ação Civil Pública, tendo sido o juízo da 1ª
Vara Federal do Rio Grande do Sul a primeira vara em que foi proposta a ação coletiva, esta está
preventa para julgamento de todas as ações coletivas posteriormente intentadas que possuam a
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. BL: art. 2º, § único, LACP.

Art. 3º A ação civil PODERÁ TER POR OBJETO a condenação em dinheiro ou o


cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. (MPRO-2008) (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (DPEMA-2009)
(TRF1-2009) (MPMG-2010) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (AGU-2010) (PGEPA-2011/2012) (TJBA-2012) (MPAP-2012)
(MPAL-2012) (DPEAC-2012) (DPEES-2012) (DPESP-2009/2013) (MPDFT-2013) (MPPE-2008/2014) (MPMT-2008/2014)
(TJCE-2014) (TJRJ-2014) (MPMT-2014) (MPSP-2005/2008/2015) (PGEPR-2011/2015) (TJMS-2015) (TJAL-2015)
(DPEPA-2015) (MPF-2015) (TRF4-2012/2016) (MPGO-2016) (TRF3-2016) (PCPA-2016) (TRF2-2013/2017)
(TRF5-2013/2015/2017) (TJPR-2017) (MPPB-2018) (PGEPE-2018) (PCBA-2018) (PCMA-2018) (TJRO-2011/2019)
(MPPR-2012/2019) (TJPA-2019) (MPSC-2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (PGEAL-2021) (TJMA-2022)
(MPAC-2022) (DPEMS-2022) (DPETO-2022) (PGERO-2022) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJMA-2022: #CESPE: O ajuizamento de execução da obrigação de fazer


não interrompe o prazo para a execução da obrigação de pagar SIM. Exemplo hipotético: o
sindicato dos servidores públicos federais ajuizou ação coletiva contra a FUNASA pedindo que:
a) fosse incluída determinada gratificação nos proventos de todos os servidores da FUNASA
que se aposentaram antes da EC 41/03; b) que fossem pagas as parcelas dessa gratificação desde
a data em que ela foi criada. O juiz julgou procedentes os pedidos. Houve o trânsito em julgado
em 01/06/12. Repare que a FUNASA foi condenada a duas obrigações: i) uma obrigação de fazer
(incluir a gratificação nos vencimentos pagos mensalmente ao servidor); ii) uma obrigação de
pagar (pagar as parcelas pretéritas). Em 01/06/13, Pedro, servidor aposentado da FUNSA e um
dos beneficiários com a decisão, ingressou com pedido de execução individual de sentença
coletiva. Ocorre que, nessa execução, Pedro somente pediu a inclusão da GACEN em seu
contracheque. Desse modo, a execução limitou-se à obrigação de fazer. A gratificação foi
incluída nos vencimentos. Em 29/07/17, Pedro, alertado pelos colegas, ingressou com nova
execução individual pedindo agora o pagamento das parcelas atrasadas. Assim, nessa segunda
execução Pedro requereu o cumprimento da obrigação de pagar. Essa pretensão de pagar está
prescrita. Isso porque o prazo prescricional é de 5 anos contados do trânsito em julgado. Como a
sentença transitou em julgado em 01/06/12, Pedro teria até 01/06/17 para executá-la. O fato de ele
ter ingressado com a execução da obrigação de fazer não acarretou a interrupção da prescrição.
Em suma, o ajuizamento de execução da obrigação de fazer não interrompe o prazo para a
execução da obrigação de pagar. STJ. 1ª T. AgInt no AREsp 1804754-RN, Rel. Min. Sérgio Kukina,
j. 15/03/22 (Info 729).

#Atenção: #STJ: #DOD: #AGU-2010: #PGEPA-2012: #DPEPA-2015: #PGEPR-2015: #TRF4-2016:


#PCPA-2016: #TRF5-2015/2017: #PGM-Campo Grande/MS-2019: #PGEAL-2021: #CESPE: #FMP:
É possível que a empresa seja condenada, cumulativamente, a recompor o meio ambiente e a
pagar indenização por dano moral coletivo? SIM. Isso porque vigora em nosso sistema jurídico o
princípio da reparação integral do dano ambiental, de modo que o infrator deverá ser
responsabilizado por todos os efeitos decorrentes da conduta lesiva, permitindo-se que haja a
cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar. O art. 3º da Lei 7.347/85 afirma que
a ACP “poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer
ou não fazer”. Para o STJ, essa conjunção “ou” – contida no citado artigo, tem um sentido de
adição (soma), não representando uma alternativa excludente. Em outras palavras, será possível
a condenação em dinheiro e também ao cumprimento de obrigação de fazer/não fazer. Veja
precedente nesse sentido: “(...) Segundo a jurisprudência do STJ, a logicidade hermenêutica do art. 3º da
Lei 7.347/85 permite a cumulação das condenações em obrigações de fazer ou não fazer e
indenização pecuniária em sede de ACP, a fim de possibilitar a concreta e cabal reparação do dano
ambiental pretérito, já consumado. Microssistema de tutela coletiva. (...) 4. O dano moral coletivo
ambiental atinge direitos de personalidade do grupo massificado, sendo desnecessária a
demonstração de que a coletividade sinta a dor, a repulsa, a indignação, tal qual fosse um
indivíduo isolado.” (...) (REsp 1269494/MG, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T, j. 24/9/13)
(TRF4-2016): Segundo a jurisprudência dominante do STJ, assinale a alternativa correta: O dano
moral coletivo prescinde da comprovação de dor e abalo psíquico, em se tratando de lesão a direitos
difusos e coletivos. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #DOD: Cumpre esclarecer que não há “bis in idem” neste caso, considerando que as
condenações possuem finalidades e naturezas diferentes. Vale ressaltar, por fim, que, apesar
dessa possibilidade existir em tese, a condenação, no caso concreto, e o seu eventual valor
dependerão da situação: “O STJ tem entendimento consolidado segundo o qual é possível a cumulação
de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar nos casos de lesão ao meio ambiente, contudo, a
necessidade do cumprimento de obrigação de pagar quantia deve ser aferida em cada situação
analisada.” STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1538727/SC, Rel. Min. Regina Helena Costa, j.
07/08/18.

#Atenção: #Dir. Ambiental: #STJ: #MPMT-2014: #DPEPA-2015: #PGEPR-2015: #TRF3-2016:


#TRF4-2016: #PCPA-2016: #TRF5-2015/2017: #TJPR-2017: #TRF2-2017: #PGM-Campo
Grande/MS-2019: #PGEAL-2021: #CESPE: #FMP: A cumulação de obrigação de fazer, não fazer
e pagar não configura bis in idem, porquanto a indenização, em vez de considerar lesão específica
já ecologicamente restaurada ou a ser restaurada, põe o foco em parcela do dano que, embora
causada pelo mesmo comportamento pretérito do agente, apresenta efeitos deletérios de cunho
futuro, irreparável ou intangível. (STJ. 2ª T., REsp 1454281/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j.
16/08/16).

#Atenção: #Súmula Nova do STJ:


Súmula 629-STJ: Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação
de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar.

(DPEMG-2014-FUNDEP): Sobre ação civil pública, assinale a alternativa correta: Com base na
interpretação sistemática do ordenamento jurídico, admite-se a cumulação das condenações em
obrigações de fazer ou não fazer e indenização pecuniária em sede de ação civil pública. BL: art.
3º, LACP e jurisprudência (vide quadro acima). (proc. civil)

Art. 4o PODERÁ SER AJUIZADA AÇÃO CAUTELAR para os fins desta Lei,
OBJETIVANDO, inclusive, EVITAR DANO ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao
consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou
aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Redação dada pela
Lei nº 13.004, de 2014) (TJSP-2008) (MPMT-2008) (MPSP-2008) (DPEMA-2009) (MPBA-2010) (TRF3-2011)
(MPPR-2011/2012) (MPAL-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2013) (MPPE-2014) (DPEMS-2014) (DPEPA-2015) (TRF5-2017)
(MPMG-2011/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPAC-2022) (MPGO-2022)

(MPAC-2022-CESPE): Assinale a opção correta, considerados os dispositivos legais e o


entendimento jurisprudencial acerca da ação civil pública: Poderá ser ajuizada ação cautelar
objetivando evitar dano, por exemplo, ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao
consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. BL: art. 4º, LACP.

(DPEMS-2014-VUNESP): Em relação à ação civil pública, é correto afirmar que poderá ser
ajuizada ação cautelar objetivando, inclusive, evitar o dano à honra e à dignidade de grupos
raciais, étnicos ou religiosos, dentre outros. BL: art. 4º, LACP.

Art. 5o TÊM LEGITIMIDADE para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada
pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPSE-2010) (MPRO-2010) (TJPE-2011) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (MPAL-2012)
(MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMG-2014) (MPPE-2014)
(DPEPR-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (MPBA-2010/2015) (DPEPE-2015) (TCERN-2015) (MPSC-2013/2016)
(PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2008/2012/2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (DPERO-2017) (MPBA-2010/2015/2018)
(MPGO-2010/2012/2019) (DPESP-2012/2015/2019) (TJAC-2019) (MPMT-2019) (DPEDF-2019) (DPEBA-2016/2021)
(MPAP-2021) (DPERR-2021) (TJRS-2012/2022) (TJMA-2013/2022) (MPAC-2022) (MPSP-2022) (DPEAP-2022)
(PCAL-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023) (TCEES-2023) (Anal. Judic./TJES-2023)

(MPPB-2018-FCC): Promovido o arquivamento do inquérito civil por membro do MP, por


entender não ter havido dano a interesse difuso e homologado pelo Conselho Superior, Ação Civil
Pública a respeito dos mesmos fatos poderá ser ajuizada, porque como a legitimação no Direito
Coletivo Brasileiro é concorrente e disjuntiva, o colegitimado não fica impedido de aforar a ação.
BL: art. 5º, LACP.

#Atenção: #MPGO-2012: #MPRR-2012: #MPMG-2014: #MPPE-2014: #DPEPR-2014:


#PGEPI-2014: #DPEPE-2015: #DPERO-2017: #DPESP-2015/2019: #DPEDF-2019: #MPAP-2021:
#TJRS-2022: #MPSP-2022: #PCAL-2023: #CESPE: #Faurgs: #FCC: #VUNESP: Nesse sentido é o
entendimento de Hugo Nigro Mazzilli: “É concorrente e disjuntiva a legitimação para a
propositura de ações civis públicas ou coletivas em defesa de interesses difusos, coletivos e
individuais homogêneos, pois cada um dos co-legitimados pode ajuizar essas ações, quer
litisconsorciando-se com outros, quer fazendo-o isoladamente. É concorrente, porque todos os co-legitimados
do art. 5º da LACP ou do art. 82 do CDC podem agir em defesa de interesses transindividuais; é disjuntiva
porque não precisam comparecer em litisconsórcio”. (A defesa dos interesses difusos em juízo: meio
ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 17ª ed.,
Saraiva, 2004, pág. 289). Portanto, na legitimidade concorrente (art. 82, CDC), preenchidos os
requisitos legais, qualquer um dos legitimados pode ajuizar a ACP). 2 Por outro lado, na
legitimidade disjuntiva (art. 5º, §2º e 5º, da LACP), cada um dos legitimados pode atuar de forma
independente, sem prejuízo de eventual formação de litisconsórcio facultativo.

#Atenção: #DPEPR-2014: #DPEDF-2019: #DPEBA-2021: #CESPE: #FCC: Para os autores que


adotaram a categoria da legitimação autônoma para condução do processo, trata-se de uma
terceira espécie (tertium genus) de legitimação ad causam, aplicável às tutelas coletivas, que não
se confunde com a dicotomia legitimação ordinária-legitimação extraordinária. A proposta
justifica-se da seguinte maneira: o legitimado não vai a juízo na defesa do próprio interesse,
portanto, não é legitimado ordinário, nem vai a juízo na defesa de interesse alheio, pois não é
possível identificar o titular do direito discutido. (FONTE: CESPE).

(TCERN-2015-CESPE): A ação popular e a ação civil pública diferem no que se refere à


legitimidade ativa; quanto ao objeto, ambas tutelam interesses similares. BL: art. 1º, LAP e art. 5º,
LXXIII, CF e art. 5º, LACP.

#Atenção: #MPGO-2010: #TCERN-2015: #DPERR-2021: #MPAC-2022: #DPEAP-2022: #CESPE:


#FCC: De forma bem simples, a ação popular tem como legitimado ativo o CIDADÃO em pleno
gozo dos direitos políticos. Já a ação civil pública tem um rol mais amplo de legitimados ativos
como, por exemplo, o MP e a Defensoria Pública. Ambos tutelam direitos coletivos.

#Atenção: #PGEAC-2014: #MPSC-2016: #MPBA-2018: #MPGO-2019: #DPEAP-2022:


#TCEES-2023: #FCC: #FGV: #FMP: Os cidadãos não possuem legitimidade para propor ACP (art.
5º, LACP).

(TJMA-2013-CESPE): O ajuizamento da ação coletiva pelas entidades legalmente autorizadas


configura legitimação concorrente e disjuntiva, ou seja, qualquer legitimado pode ajuizar a ação,
independentemente dos outros, sem prevalência alguma entre eles. BL: art. 5º, LACP e art. 82,
CDC.

#Atenção: #TJMA-2013: #DPEPR-2014: #DPEPE-2015: #DPERO-2017: #DPESP-2015/2019:


#MPAP-2021: #DPEBA-2021: #TJRS-2022: #MPSP-2022: #PCAL-2023: #CESPE: #Faurgs: #FCC:
#VUNESP: Isto significa que há mais de um legitimado (legitimidade concorrente). Além disso,
podem agir de forma autônoma, isto é, um não depende da iniciativa do outro (legitimidade
disjuntiva). (Fonte: Caderno aulas curso G7 Jurídico).

I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPRO-2008/2010) (MPSE-2010)
(TJPE-2011) (TRF3-2011) (PGERO-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (MPAL-2012) (MPTO-2012)
(DPEMS-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (MPMS-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMG-2014) (DPEPR-2014)
(PGEBA-2014) (TRF5-2011/2015) (DPEPE-2015) (DPERN-2015) (TRT23-2015) (MPT-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)
(DPEES-2012/2016) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (MPBA-2010/2015/2018) (PGEAP-2018)
(DPESP-2015/2019) (MPMT-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPCPA-2019) (MPPR-2012/2019/2021)
(MPDFT-2021) (DPERJ-2021) (DPERR-2021) (PGEAL-2021) (PGEMS-2021) (PGERS-2021) (MPPE-2008/2022)
(TJMA-2013/2022) (MPGO-2012/2019/2022) (TJMG-2022) (TJPE-2022) (TJRS-2022) (MPAC-2022) (MPSP-2022)
(PGEAM-2022) (MPSC-2014/2019/2021/2023) (TJMS-2023) (MPPA-2023) (PCAL-2023)

#Atenção: #STJ: #MPDFT-2021: #MPGO-2022: #FGV: 1. Cuida-se, na origem, de ACP proposta


pelo MPF contra o Conselho Federal da OAB e a Fundação Getúlio Vargas, objetivando, em
síntese, que seja determinada nova correção e divulgação dos espelhos de todas as provas
prático-profissionais dos candidatos que optaram pela Subseção da OAB no Rio de Janeiro,
reprovados no Exame da OAB 2010.2. (...) 8. É evidente que a CF não poderia aludir, no art. 129, II,
à categoria dos interesses individuais homogêneos, que foi criada pela lei consumerista. A
propósito, o STF já enfrentou o tema e, adotando o comando constitucional em sentido mais
amplo, posicionou-se a favor da legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública
para proteção dos mencionados direitos. Precedentes. 9. No presente caso, de acordo com a

2
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I - o Ministério
Público; II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da
Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente
destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV - as associações legalmente
constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e
direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. § 1° O requisito da
pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja
manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem
jurídico a ser protegido.
jurisprudência do STJ, é patente a legitimidade do MPF para propor ACP em defesa de direitos
individuais disponíveis de candidatos específicos em exame da OAB, dado o relevante interesse
social, na medida em que busca a proteção das garantias constitucionais da publicidade e acesso à
informação (CF, art. 5º, XIV e XXXIII), da ampla defesa (CF, art. 5º, LV), da isonomia (CF, art. 5º,
caput) e do direito fundamental ao trabalho (CF, art. 6º). 10. Assim, atua o MP na defesa de típico
direito individual homogêneo, por meio da ação civil pública, em contraposição à técnica
tradicional de solução atomizada, a qual se justifica para I) evitar as inumeráveis demandas
judiciais (economia processual), que sobrecarregam o Judiciário, e decisões incongruentes sobre
idênticas questões jurídicas, mas sobretudo para II) buscar a proteção do acesso à informação,
interesse social relevante, cuja disciplina mereceu atenção inclusive em diplomas normativos
próprios - Lei 12.527/11 e Decreto 7.724/12 (este, aliás, prevê a gratuidade para a busca e o
fornecimento da informação no âmbito de todo o Poder Executivo Federal). 11. Nesse sentido, é
patente a legitimidade do MP seja em razão da proteção contra eventual lesão ao interesse
social relevante, seja para prevenir a massificação do conflito. STJ. 2ª T., AgInt no REsp
1701853/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 15/03/21.
(MPDFT-2021): Considere a hipótese descrita a seguir e assinale a alternativa correta: “As provas
específicas à obtenção do registro como Advogado nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil compõem
uma prova objetiva e uma prova subjetiva. Algumas das provas são formuladas pela Fundação Getúlio Vargas.
Na hipótese de a correção da prova subjetiva, de natureza discursiva – provas prático-profissionais – atingir as
provas de uma Subseção da OAB e tornar aprovados alguns candidatos e eliminar outros, decorrente de erro da
análise do espelho de gabarito, o Ministério Público”: O MPF possui legitimidade e interesse para pleitear
uma nova correção e divulgação de todas as provas prático profissionais, pois a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça está sedimentando-se em favor da legitimidade do MP para promover
Ação Civil Pública visando à defesa de direitos individuais homogêneos, ainda que disponíveis e
divisíveis, quando há relevância social objetiva do bem jurídico tutelado. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #Reperc. Geral/STF – Tese 561: #DOD: #TJSC-2019: #MPCPA-2019: #MPGO-2019/2022:


#CESPE: #FGV: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP que vise anular ato administrativo de
aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público (art. 129, III, CF). STF. Plenário. RE
409356/RO, Rel. Min. Luiz Fux, j. 25/10/18 (Info 921).
(MPGO-2022-FGV): O MP recebeu representação dando conta de que o policial militar João, apesar
de não contar com o tempo de serviço necessário, foi transferido para a reserva remunerada pelo
Estado Alfa. A Promotoria de Justiça com atribuição em tutela coletiva instaurou inquérito civil para
apurar os fatos e, finda a investigação, concluiu que o policial militar, de fato, não preencheu os
requisitos legais para a transferência para a reserva remunerada. Com base na jurisprudência do STF,
o promotor de justiça deve: ajuizar ação civil pública contra o Estado Alfa e o policial militar João,
postulando a anulação do ato administrativo que o transferiu para a reserva e importou em lesão ao
patrimônio público, pois o combate em juízo à dilapidação ilegal do Erário configura atividade de
defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e do patrimônio público que cabe ao MP. BL: Info
921, STF.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: O MP é parte
legítima para o ajuizamento de ação coletiva que visa anular ato administrativo de aposentadoria
que importe em lesão ao patrimônio público. BL: Info 921, STF.

#Atenção: #STJ: #DOD: #MPPR-2019/2021: #MPSC-2021: #PGEMS-2021: #TJPE-2022: #CESPE:


#FGV: Vejamos o seguinte do julgado do STJ: "(...) Já o acórdão paradigma, da Corte Especial, entendeu
ter o MP legitimidade para reclamar a defesa de direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos em ACP, ainda que se estivesse diante de interesses disponíveis. Tal orientação,
ademais, é a que veio a prevalecer neste Tribunal Superior, que aprovou a Súmula 601, de seguinte teor: "o
Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público." Além disso, tanto a
Lei da Ação Civil Pública (arts. 1º e 5º) como o CDC (arts. 81 e 82) são expressos em definir o MP como um
dos legitimados a postular em juízo em defesa de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos do
consumidor. Incumbe verificar, então, se tal legitimidade ampla definida expressamente em lei (Lei 7.347/85
e Lei 8.078/90) é compatível com a finalidade do MP, como exige o inc. IX do art. 129 da CF. Nos termos da
jurisprudência desta Corte, a finalidade do MP é lida à luz do preceito constante do caput do art.
127 da CF, segundo o qual incumbe ao MP "a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis". Daí porque se firmou a compreensão de que, para haver
legitimidade ativa do MP para a defesa de direitos transindividuais não é preciso que se trate de
direitos indisponíveis, havendo de se verificar, isso sim, se há "interesse social" (expressão contida
no art. 127 da CF) capaz de autorizar a legitimidade do MP". (STJ. REsp 1126316 / ES. Rel. Min.
Reynaldo Soares da Fonseca. DJe 21/3/18)
(MPPR-2019): A jurisprudência do STJ tem reconhecido a legitimidade ativa do MP para as ações
civis públicas que tenham por objeto direitos individuais homogêneos, ainda que disponíveis, mas
que assumem caráter de indivisibilidade e indisponibilidade por dizerem respeito a relevantes
interesses sociais, cuja violação repercute negativamente na ordem social.

#Atenção: #STJ e STF: #DOD: #MPBA-2018: TJSC-2019: #MPGO-2019: #MPPI-2019:


#MPCE-2020: #MPPR-2019/2021: #MPDFT-2021: #PGERS-2021: #TJMG-2022: #TJPE-2022:
#MPSC-2019/2021/2023: #CESPE: #FGV: #Fundatec: #STJ: O MP é parte legítima para pleitear
tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os
entes federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados,
porque se refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei 8.625/93 (Lei
Orgânica Nacional do Ministério Público).3 STJ. 1ª S. REsp 1682836-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j.
25/4/18 (recurso repetitivo) (Info 624). #STF: O MP é parte legítima para ajuizamento de ação
civil pública que vise o fornecimento de remédios a portadores de certa doença. STF. Plenário.
RE 605533/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 15/8/18 (repercussão geral) (Info 911)
(MPPR-2021): Segundo os entendimentos explicitados em Teses com Repercussão Geral pelo STF e
pelo STJ assinale a alternativa correta: O Ministério Público é parte legítima para pleitear tratamento
médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos,
mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se refere a direitos
individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério
Público). BL: Info 624, STJ e Info 911, STF.
(MPPR-2021): Assinale a alternativa correta: O Ministério Público tem legitimidade para propor ação
civil pública com o fim de fornecimento de medicamento para a população. BL: Info 624, STJ e Info
911, STF.
(PGERS-2021-Fundatec): De acordo com a jurisprudência do STF sobre a concretização dos direitos
fundamentais, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta: O Ministério Público é
parte legítima para ajuizamento de ação civil pública que vise ao fornecimento de remédios a
portadores de certa doença. BL: Info 624, STJ e Info 911, STF.
(MPCE-2020-CESPE): Em demanda na qual beneficiários individualizados pretendem o
fornecimento público de medicamento necessário ao próprio tratamento de saúde, o MP é parte
legítima para pleitear a entrega do medicamento, porque se trata de direitos individuais homogêneos
indisponíveis. BL: Info 624, STJ e Info 911, STF.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: O direito à saúde, consequência do direito à vida,
constitui direito fundamental, direito individual indisponível, que legitima o Ministério Público para
a propositura de ação em defesa desse direito por meio da ação civil pública, que lhe permite invocar
a tutela jurisdicional do Estado com o objetivo de fazer com que os Poderes Públicos respeitem, em
favor da coletividade, os serviços de relevância pública. BL: Info 624, STJ e Info 911, STF.
(MPSC-2019): O MP é parte legítima para propor demandas de saúde com beneficiários
individualizados, contra entes federativos, ainda que não se tratem de direitos difusos, coletivos ou
individuais homogêneos. BL: Info 624, STJ.
(MPSC-2019): Segundo entendimento do STJ, tratando-se de direito individual indisponível ou de
relevância social, o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar demanda individual, mesmo
sem repercussão para interesses difusos ou coletivos. BL: Info 624, STJ.

#Atenção: #STJ: #DOD: #DPESP-2019: #FCC: MPF não possui legitimidade para ajuizar ACP
contra Município pedindo que sejam realizadas audiências públicas antes do envio do projeto de
Lei do Plano Diretor: O MPF é parte ilegítima para ajuizar ação civil pública que visa à anulação
da tramitação de Projeto de Lei do Plano Diretor de município, ao argumento da falta de
participação popular nos respectivos trabalhos legislativos. No caso concreto, o MPF ajuizou
ACP contra o Município de Florianópolis e a União argumentando que o Poder Executivo
Municipal teria encaminhado à Câmara de Vereadores o projeto de Lei do Plano Diretor da
cidade sem a realização das necessárias audiências públicas, o que violaria o Estatuto da
Cidade. O STJ entendeu que a legitimidade para essa demanda seria do Ministério Público
estadual (e não do MPF). STJ. 1ª T. REsp 1.687.821-SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 07/11/17 (Info
616).

#Atenção: #STJ: #DOD: O MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo
de garantir o acesso a critérios de correção de provas de concurso público. STJ. 2ª T. REsp
1362269-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 16/5/2013 (Info 528).

#Atenção: #STF: #DOD: O MP tem legitimidade para promover ACP sobre direitos individuais
homogêneos quando presente o interesse social. STF. 2ª T. RE 216443/MG, rel. orig. Min.
Menezes Direito, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, j. 28/8/12 (Info 677).

3
Art. 1º O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
#Atenção: #STJ: #DOD: O MP tem legitimidade para propor ACP objetivando a liberação do
saldo de contas PIS/PASEP, na hipótese em que o titular da conta — independentemente da
obtenção de aposentadoria por invalidez ou de benefício assistencial — seja incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, bem
como na hipótese em que o próprio titular da conta ou quaisquer de seus dependentes for
acometido das doenças ou afecções listadas na Portaria Interministerial MPAS/MS 2.998/01.
Esse pedido veiculado diz respeito a direitos individuais homogêneos que gozam de relevante
interesse social. Logo, o interesse tutelado referente à liberação do saldo do PIS/PASEP, mesmo se
configurando como individual homogêneo, mostra-se de relevante interesse à coletividade,
tornando legítima a propositura de ACP pelo MP, visto que se subsume aos seus fins
institucionais. STJ. 2ª Turma. REsp 1.480.250-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/8/2015 (Info
568).

#Atenção: #STJ: #DPERN-2015: #CESPE: Hipótese em que o MP ajuizou ACP em defesa de


mutuários de baixa renda cujos imóveis foram construídos em sistema de mutirão, com
compromisso de compra e venda firmado com o Município de Andradas, pelo prazo de 15 anos.
Após o pagamento por 13 anos na forma contratual, o Município editou lei que majorou as
prestações para até 20% da renda dos mutuários. O Tribunal de origem declarou a ilegitimidade
ad causam do MP. O art. 127 da CF e a legislação federal autorizam o MP a agir em defesa de
interesse individual indisponível, categoria na qual se insere o direito à moradia, bem como na
tutela de interesses individuais homogêneos, mesmo que disponíveis, como, p. ex., na proteção
do consumidor. O direito à moradia contém extraordinário conteúdo social, tanto pela ótica do
bem jurídico tutelado - a necessidade humana de um teto capaz de abrigar, com dignidade, a
família -, quanto pela situação dos sujeitos tutelados, normalmente os mais miseráveis entre os
pobres. STJ. 2ª T., REsp 950.473/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 25/08/09.

#Atenção: #STJ: #DOD: #MPPA-2014: #TRT23-2015: #TRF2-2009/2018: #MPGO-2022: #CESPE:


#FCC: #FGV: O MP tem legitimidade ad causam para propor ACP com a finalidade de defender
interesses coletivos e individuais homogêneos dos mutuários do Sistema Financeiro da
Habitação. O STJ entende que os temas relacionados com SFH possuem expressão para a
coletividade e que o interesse em discussão é socialmente relevante. STJ. 3ª T. REsp 1.114.035-PR,
Rel. orig. Min. Sidnei Beneti, Rel. p./ Ac. Min. João Otávio de Noronha, j. 7/10/14 (Info 552). O
MP tem legitimidade para propor ACP na defesa de interesses individuais homogêneos
referentes aos contratos de mútuo vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação, porquanto é
interesse que alcança toda a coletividade a ostentar por si só relevância social. O CDC incide
nos contratos vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação. STJ. 3ª T., REsp 635.807/CE, Rel.
Min. Nancy Andrighi, j. 05/05/05.
(TRF2-2009-CESPE): Acerca dos bens públicos e do SFH, assinale a opção correta: O STJ entende que
o MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa de mutuários do SFH. BL: Info 552,
STJ.

#Atenção: #STJ: #DOD: #MPAM-2015: #FMP: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP contra a
concessionária de energia elétrica com a finalidade de evitar a interrupção do fornecimento do
serviço à pessoa carente de recursos financeiros diagnosticada com enfermidade grave e que
dependa, para sobreviver, da utilização doméstica de equipamento médico com alto consumo
de energia. Conforme entendimento do STJ, o MP detém legitimidade para propor ACP que
objetive a proteção do direito à saúde de pessoa hipossuficiente, porquanto se trata de direito
fundamental e indisponível, cuja relevância interessa à sociedade. STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp
1.162.946-MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina, j. 4/6/2013 (Info 523).

#Atenção: #STJ: Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 19: #MPSC-2021: #CESPE: Tese 08: O Ministério Público
Estadual não tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando defesa de bem da União,
por se tratar de atribuição do Ministério Público Federal.

(MPDFT-2015): O MPDFT propôs ação civil pública de responsabilidade, em favor de pessoas que
utilizaram a rede mundial de computadores, sítio de uma empresa aérea, para a compra de
passagens aéreas, mas que acabaram comprando, sem perceberem, um seguro de viagem cuja
opção de compra já estava pré-selecionada. Assinale a alternativa correta: O MPDFT tem
legitimação ativa extraordinária, do tipo substituição processual, para propor a ação civil pública
em defesa dos consumidores, porque estamos diante de direitos individuais homogêneos. BL: art.
5º, I, LACP c/c art. 82, I, CDC.

#Atenção: #DPEES-2012: #DPEPR-2014: #MPDFT-2015: #CESPE: É evidente que estamos diante


de direitos individuais homogêneos, a saber: a) Há divisibilidade do objeto, isto é, a lesão sofrida
a cada titular pode ser reparada na proporção da respectiva ofensa, o que possibilita ao lesado
optar pelo ressarcimento de seu prejuízo através de ação individual. Nesse sentido, cada
consumidor que se sentir prejudicado poderá ajuizar ação individual para obter o ressarcimento
do seguro contratado sem seu consentimento; b) A origem é comum. No caso em tela, o fato de
todos terem comprado passagens aéreas da mesma companhia e contratado, de forma irregular,
o seguro-viagem; c) Os titulares são determinados. É possível facilmente determinar as pessoas
que compraram a passagem aérea. Dito isto, é possível concluir que, em relação ao que foi exigido
na assertiva, há consenso doutrinário quanto à natureza da legitimidade para defesa coletiva de
direitos individuais homogêneos: trata-se de legitimação extraordinária. Isso porque os direitos
individuais homogêneos, ainda que defendidos em ação coletiva, continuam sendo direitos
individuais, divisíveis, e, portanto, com titulares individualmente determináveis. Desse modo, o
ente que busca defendê-los em uma ACP, apesar de fazê-lo em nome próprio, defende interesses
alheios. Portanto, amparado pelo art. 82, I do CDC c/c art. 5º, I da LACP, tudo isto no âmbito do
microssistema processual coletivo, é possível que o MPDFT tenha legitimação extraordinária para
pleitear em juízo a reparação dos consumidores na situação exposta.

(MPSC-2014): O MP, ao atuar judicialmente na defesa de direitos e interesses difusos ou coletivos,


o faz como substituto processual. BL: art. 5º, I, LACP.

#Atenção: #TRF3-2011: #DPEES-2012: #DPEPR-2014: #CESPE: Ocorre substituição processual


quando alguém, autorizado pelo ordenamento jurídico, em nome próprio, pleiteia em juízo a
tutela de direito alheio (art. 18, CPC/15). Substituto processual é, portanto, aquele que em juízo
pleiteia, em nome próprio, a tutela de direito alheio; e substituído é o titular do direito cuja tutela é
pleiteada por outrem. É exatamente o que ocorre nas hipóteses de legitimação extraordinária do
MP. De modo geral, na jurisprudência, entende-se que, sejam os direitos difusos, coletivos ou
individuais homogêneos, a legitimação para sua defesa na ACP é extraordinária, havendo
substituição processual. Entretanto, a doutrina moderna diverge quanto à natureza da
legitimação nas ações civis públicas, entendendo que, se o direito for individual homogêneo, a
legitimação será extraordinária; no caso dos direitos difusos e coletivos em sentido estrito, a
legitimidade ativa, inspirada no direito alemão, será autônoma para a condução do processo
(legitimação anômala).

(TJSP-2011-VUNESP): O som produzido por templo religioso durante os ofícios causa


desconforto a moradores da vizinhança. O MP propõe ação civil pública e a defesa argui sua
ilegitimidade, além de invocar a liberdade de culto – inciso VI do art. 5º da CF. A decisão
adequada à espécie deverá julgar procedente a ação civil pública, pois o MP é parte legítima e o
som excessivo configura poluição sonora. BL: art. 5º, LACP e art. 129, I e III da CF e art. 54, caput
da Lei 9605/98. (amb.)

#Atenção: Consoante o art. 129, I, CF, é função institucional do MP, privativamente, promover
ação penal pública, na forma da lei. De acordo com o art. 129, III, CF, é função institucional do MP
“promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”. Além disso, o art. 54 da Lei 9605/98 prevê a
configuração do crime de poluição para o ato causar poluição de qualquer natureza em níveis tais
que resultem ou possam resultar à saúde humana.

II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (PCRJ-2009) (MPSE-2010) (TJES-2011)
(PGERO-2011) (DPEES-2009/2012) (TJPA-2012) (TJBA-2012) (MPPR-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(DPEES-2012) (PGEAC-2012) (MPRO-2010/2013) (MPES-2013) (TRF2-2013) (TJCE-2014) (MPSC-2014) (DPECE-2014)
(DPEGO-2014) (DPEPB-2014) (TRT18-2014) (MPT-2015) (DPEMT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF5-2011/2015/2017)
(DPU-2015/2017) (TJSC-2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (DPERS-2011/2018) (MPBA-2010/2015/2018)
(DPEPE-2015/2018) (PGEAP-2018) (PCBA-2018) (MPPI-2012/2019) (DPEDF-2013/2019) (DPEMG-2009/2014/2019)
(DPESP-2009/2010/2012/2013/2015/2019) (MPGO-2019) (MPCE-2020) (DPEBA-2010/2016/2021) (DPESC-2017/2021)
(DPEAM-2011/2013/2018/2021) (MPAP-2021) (DPERJ-2021) (DPERR-2021) (DPESE-2012/2022) (DPEPR-2012/2014/2022)
(DPEPA-2015/2022) (TJMA-2022) (MPSP-2022) (DPEMS-2022) (DPEPI-2022) (DPETO-2022) (DPERO-2017/2023) (Anal.
Judic./TJES-2023)

#Atenção: #STJ: #DPEDF-2019: #CESPE: Tem-se Ação Civil Pública ajuizada pelo Núcleo de
Defesa do Consumidor da Defensoria Pública Estadual em favor de servidores públicos
estaduais e municipais da capital do Estado do Rio de Janeiro, ativos, inativos e pensionistas,
da administração pública direta e indireta, que mantêm contratos de abertura de conta-corrente
nos bancos réus para receberem sua remuneração mensal e contraem variadas modalidades de
empréstimos com amortização mediante retenção das verbas de natureza alimentar depositadas
na conta-corrente, o que constituiria cláusula contratual abusiva a ser vedada pelo Judiciário.
Mostra-se, assim, correto o v. acórdão estadual ao decretar a carência de ação, por entender que,
apesar de se vislumbrar, na hipótese, um grupo determinável de indivíduos, ligados por
circunstâncias de fato comuns, já que todos são servidores públicos, ativos, inativos ou
pensionistas, e são obrigados a abrir conta-corrente nas instituições bancárias rés indicadas
pelo órgão pagador, para recebimento dos vencimentos, proventos ou pensões e outros
benefícios, o direito dessas pessoas não pode ser conceituado como coletivo ou individual
homogêneo, pois diz respeito a variadas modalidades de empréstimos e seus interesses, e
supostos prejuízos são heterogêneos e disponíveis. (...) Agravo interno provido para conhecer
do agravo e negar provimento ao recurso especial, mantendo-se a extinção da ação civil pública,
sem resolução do mérito. STJ. 4ª T., AgInt no AREsp 197.916/RJ, Rel. Min. Raul Araújo, j.
06/11/18.
(DPEDF-2019-CESPE): Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do
consumidor em juízo, segundo a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores:
Defensoria Pública estadual ou a distrital não têm legitimidade para ajuizar demanda que tutele
direitos coletivos quando, apesar da existência de circunstâncias de fato comuns, os interesses e
supostos prejuízos forem heterogêneos e disponíveis para os possíveis beneficiários da demanda
coletiva. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #STJ: #DPEPR-2022: #AOCP: A Defensoria Pública possui legitimidade ativa ad


causam para propor ação civil pública em nome próprio com o objetivo de defender interesses
difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos de consumidores lesados em
razão de relações firmadas com as instituições financeiras. Precedentes. STJ e STF. STJ. 4ª T.,
AgRg no REsp 1572699/MT, Rel. Min. Marco Buzzi, j. 17/05/16.
(DPEPR-2022-AOCP): Em relação à legitimidade da Defensoria Pública nas ações coletivas, assinale
a alternativa correta: Conforme decidiu o STJ, a Defensoria Pública possui legitimidade ativa ad
causam para propor ação civil pública em nome próprio com o objetivo de defender interesses
difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos de consumidores lesados em razão de
relações firmadas com as instituições financeiras. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #STJ: #DPEAL-2017: #DPESC-2017: #DPEPE-2018: #PGEAP-2018: #DPESP-2019:


#DPEPR-2022: #AOCP: #CESPE: #FCC: O direito à educação legitima a propositura da Ação
Civil Pública, inclusive pela Defensoria Pública, cuja intervenção, na esfera dos interesses e
direitos individuais homogêneos, não se limita às relações de consumo ou à salvaguarda da
criança e do idoso. Ao certo, cabe à Defensoria Pública a tutela de qualquer interesse individual
homogêneo, coletivo stricto sensu ou difuso, pois sua legitimidade ad causam, no essencial, não
se guia pelas características ou perfil do objeto de tutela (= critério objetivo), mas pela natureza
ou status dos sujeitos protegidos, concreta ou abstratamente defendidos, os necessitados (=
critério subjetivo). STJ, 2ª T., AgInt no REsp 1573481/PE, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 26/04/16.

#Atenção: #Reperc. Geral/STF - Tema 607: #DOD: #TJES-2011: #DPEDF-2013:


#DPESP-2012/2015: #DPEMT-2016: #DPEAL-2017: #DPU-2017: #DPEPE-2018: #PGEAP-2018:
#TJSC-2019: #DPEAM-2018/2021: #DPERJ-2021: #PGERS-2021: #DPEPR-2014/2022:
#DPEPA-2015/2022: #DPEPI-2022: #DPESE-2022: #DPETO-2022: #DPERO-2023: #Anal.
Judic./TJES-2023: #AOCP: #CESPE: #FCC: #FMP: #FGV: #Fundatec: Legitimidade da Defensoria
Pública para propor ACP na tutela de direitos difusos e coletivos de pessoas necessitadas: A
Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ACP em ordem a promover a tutela
judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, as pessoas necessitadas.
STF. Plenário. RE 733433/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 4/11/15 (Info 806).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD:
-A legitimidade da Defensoria para a ACP é irrestrita, ou seja, a instituição pode propor ACP em
todo e qualquer caso? Apesar de não ser um tema ainda pacífico, a resposta que prevalece é que
NÃO. Assim, a Defensoria Pública, ao ajuizar uma ACP, deverá provar que os interesses discutidos
na ação têm pertinência com as suas finalidades institucionais.
-Por que se diz que a legitimidade da Defensoria não é irrestrita? Porque a legitimidade de nenhum
dos legitimados do art. 5º é irrestrita, nem mesmo do MP. O STJ já decidiu, por exemplo, que “o
Ministério Público não tem legitimidade ativa para propor ação civil pública na qual busca a suposta defesa de
um pequeno grupo de pessoas - no caso, dos associados de um clube, numa óptica predominantemente
individual.” (REsp 1109335/SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 21/06/11). A Defensoria só tem
adequada representação se estiver defendendo interesses relacionados com seus objetivos
institucionais e que se encontram previstos no art. 134 da CF. Em outras palavras, a Defensoria
somente poderia propor uma ACP se os direitos nela veiculados, de algum modo, estiverem
relacionados à proteção dos interesses dos hipossuficientes (“necessitados”, ou seja, indivíduos com
“insuficiência de recursos”). Esse é o entendimento tanto do STF (RE 733433/MG, Rel. Min. Dias
Toffoli, j. 4/11/15). Segundo a jurisprudência, a Defensoria Pública só tem legitimidade ativa para
ações coletivas se elas estiverem relacionadas com as funções institucionais conferidas pela CF, ou
seja, se tiverem por objetivo beneficiar os necessitados que não tiverem suficiência de recursos (CF,
art. 5º, LXXIV). A própria Lei Orgânica da Defensoria Pública (Lei Complementar 80/94) nos faz
concluir dessa forma: “Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre outras: (...) VII –
promover ação civil pública e todas as espécies de ações capazes de propiciar a adequada tutela dos direitos
difusos, coletivos ou individuais homogêneos quando o resultado da demanda puder beneficiar grupo de
pessoas hipossuficientes; (Redação dada pela LC 132/2009). VIII – exercer a defesa dos direitos e interesses
individuais, difusos, coletivos e individuais homogêneos e dos direitos do consumidor, na forma do inciso
LXXIV do art. 5º da Constituição Federal; (Redação dada pela LC 132/2009). X – promover a mais ampla
defesa dos direitos fundamentais dos necessitados, abrangendo seus direitos individuais, coletivos, sociais,
econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua
adequada e efetiva tutela; (Redação dada pela LC 132/2009). XI – exercer a defesa dos interesses individuais e
coletivos da criança e do adolescente, do idoso, da pessoa portadora de necessidades especiais, da mulher vítima
de violência doméstica e familiar e de outros grupos sociais vulneráveis que mereçam proteção especial do
Estado; (Redação dada pela LC 132/2009)”. No julgamento da ADI 3943 (Info 784, citado mais adiante),
diversos Ministros manifestaram esse mesmo entendimento. A Min. Cármen Lúcia, em determinado
trecho de seu voto, afirmou: “Não se está a afirmar a desnecessidade de a Defensoria Pública observar o
preceito do art. 5º, LXXIV, da CF, reiterado no art. 134 — antes e depois da EC 80/14. No exercício de sua
atribuição constitucional, é necessário averiguar a compatibilidade dos interesses e direitos que a instituição
protege com os possíveis beneficiários de quaisquer das ações ajuizadas, mesmo em ação civil pública.” O Min.
Roberto Barroso corroborou essa conclusão e afirmou que o fato de se estabelecer que a Defensoria
Pública tem legitimidade, em tese, para ações civis públicas não exclui a possibilidade de, em um
eventual caso concreto, não se reconhecer a legitimidade da Instituição. Em tom descontraído, o
Ministro afirmou que a Defensoria não teria legitimidade, por exemplo, no caso concreto, para uma
ação civil pública na defesa dos sócios do “Yatch Club”. E dando outro exemplo extremo, afirmou
que a Defensoria não teria legitimidade, no caso concreto, para ajuizar uma ação civil pública em
favor dos clientes “Personnalité” do Banco Itaú. O Min. Teori Zavascki segue na mesma linha e
afirma que existe uma condição implícita na legitimidade da Defensoria Pública para ações civis
públicas que é o fato de ela ter que defender interesses de pessoas hipossuficientes, sendo esta uma
condição imposta pelo art. 134 da CF. A Min. Rosa Weber também deixou claro que a Defensoria
Pública tem legitimidade para propor ações civis públicas, mas que o juízo poderá aferir, no caso
concreto, sua adequada representação.
-Atenção. Não confunda: não se está dizendo que a Defensoria Pública só pode propor ACP se os
direitos discutidos envolverem apenas pessoas “pobres”. Essa era a tese da CONAMP, que foi
rechaçada pelo STF. O que estou afirmando é que, para a Defensoria Pública ajuizar a ACP aquele
interesse discutido na lide tem que, de algum modo, favorecer seu público-alvo (hipossuficientes),
ainda que beneficie outras pessoas também. Vale ressaltar ainda que o conceito de "necessitado" pode
abranger "necessitados jurídicos": “O STJ, ao interpretar os requisitos legais para a atuação coletiva da
Defensoria Pública, encampa exegese ampliativa da condição jurídica de "necessitado", de modo a possibilitar
sua atuação em relação aos necessitados jurídicos em geral, não apenas dos hipossuficientes sob o aspecto
econômico. Caso concreto que se inclui no conceito apresentado. STJ. 1ª T. AgInt no REsp 1510999/RS, Rel.
Min. Regina Helena Costa, julgado em 08/06/2017.”
-Se o interesse defendido beneficiar pessoas economicamente abastadas e também hipossuficientes, a
Defensoria terá legitimidade para a ACP? SIM, considerando que, no processo coletivo, vigoram os
princípios do máximo benefício, da máxima efetividade e da máxima amplitude. Dessa feita,
podendo haver hipossuficientes beneficiados pelo resultado da demanda deve-se admitir a
legitimidade da Defensoria Pública. É o caso, por exemplo, de consumidores de energia elétrica, que
tanto podem abranger pessoas com alto poder aquisitivo como hipossuficientes: “LEGITIMIDADE.
DEFENSORIA PÚBLICA. AÇÃO COLETIVA. A Turma, ao prosseguir o julgamento, entendeu que a
Defensoria Pública tem legitimidade para ajuizar ação civil coletiva em benefício dos consumidores de energia
elétrica, conforme dispõe o art. 5º, II, da Lei 7.347/85, com redação dada pela Lei 11.448/07. (...) REsp
912.849-RS, Rel. Min. José Delgado, j. 26/2/08 (Info 346).” Sobre o tema: “Ainda que a competência da
Defensoria Pública para a defesa de interesses e direitos transindividuais esteja vinculada à interpretação das
expressões "necessitados" e "insuficiência de recursos", constantes, respectivamente, no texto dos arts. 134 e
5º, LXXXIV, da CF, essa interpretação deve se dar de forma ampla e abstrata, bastando que possa haver a
existência de um grupo de hipossuficientes, independentemente de alcançar de forma indireta e eventual outros
grupos mais favorecidos economicamente. STJ. 3ª T. AgInt no REsp 1418091/SP, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, j. 09/09/19.”
#Questões de concurso:
(DPESE-2022-CESPE): De acordo com a jurisprudência do STF, é correto afirmar que a Defensoria
Pública tem legitimidade para a propositura da ação civil pública, ainda que esta vise promover a
tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas. BL:
Info 806, STF.
(DPEPA-2022-CESPE): Considerando a jurisprudência majoritária e atual do STF a respeito da
legitimidade da DP para o ajuizamento de ação civil pública, assinale a opção correta: A DP tem
legitimidade para a propositura de ação civil pública que vise promover a tutela judicial de direitos
difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas. BL: Info 806, STF.
(DPEPR-2022-AOCP): Assinale a alternativa correta: O STF já declarou que a Defensoria Pública tem
legitimidade para a propositura de ação civil pública que vise promover a tutela judicial de direitos
difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas. BL: Info 806, STF.
(PGERS-2021-Fundatec): De acordo com a jurisprudência do STF sobre a concretização dos direitos
fundamentais, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta: A Defensoria Pública tem
legitimidade para a propositura de ação civil pública que vise a promover a tutela judicial de direitos
difusos ou coletivos de que sejam titulares, em tese, pessoas necessitadas. BL: Info 806, STF.

#Atenção: #STJ: #DOD: #DPERN-2015: #DPEMT-2016: #DPU-2015/2017: #PGESE-2017:


#DPEAM-2018: #DPEPE-2018: #DPESP-2015/2019: #TJSC-2019: #DPEDF-2019: #DPEMG-2019:
#DPEBA-2016/2021: #DPESC-2017/2021: #MPAP-2021: #DPEPA-2022: #DPEPI-2022:
#DPEPR-2022: #DPERO-2023: #AOCP: #CESPE: #FCC: A Defensoria Pública tem legitimidade
para propor ação civil pública em defesa de interesses individuais homogêneos de
consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado em razão da mudança de faixa
etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A atuação primordial
da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos necessitados
econômicos. Entretanto, também exerce suas atividades em auxílio a necessitados jurídicos, não
necessariamente carentes de recursos econômicos. A expressão "necessitados" prevista no art.
134, caput, da CF, que qualifica e orienta a atuação da Defensoria Pública, deve ser entendida,
no campo da Ação Civil Pública, em sentido amplo. Assim, a Defensoria pode atuar tanto em
favor dos carentes de recursos financeiros como também em prol do necessitado organizacional
(que são os "hipervulneráveis"). STJ. Corte Especial. EREsp 1.192.577-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, j.
21/10/15 (Info 573)
(TJSC-2019-CESPE): A respeito da defesa do consumidor em juízo, assinale a opção correta: A
Defensoria Pública tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos individuais
homogêneos de consumidores idosos, independentemente da comprovação de hipossuficiência
econômica dos beneficiários. BL: Info 573, STJ.
(DPEPE-2018-CESPE): A respeito do ajuizamento de ação civil pública pela Defensoria Pública para
tutela de defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores, assinale a opção correta de
acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ: A legitimidade da Defensoria Pública abrange
diversas formas de vulnerabilidades sociais, não se limitando à atuação em nome de carente de
recursos econômicos. BL: Info 573, STJ.

#Atenção: #STJ: #DPEAL-2017: #DPESC-2017: #DPU-2017: #DPEPE-2018: #DPERS-2018:


#PGEAP-2018: #DPEDF-2019: #DPEMG-2019: #DPESC-2017/2021: #DPEAM-2018/2021:
#DPEPA-2022: #DPEPI-2022: #DPEPR-2022: #DPETO-2022: #DPERO-2017/2023: #AOCP:
#CESPE: #FCC: #VUNESP: O STF, ao julgar a ADI 3.943/DF, declarou a constitucionalidade do
art. 5º, II, da Lei 7.347/85, com redação dada pela Lei 11.448/07, consignando ter a Defensoria
Pública legitimidade para propor ação civil pública em defesa de direitos difusos, coletivos, e
individuais homogêneos. O STJ, ao interpretar os requisitos legais para a atuação coletiva da
Defensoria Pública, encampa exegese ampliativa da condição jurídica de "necessitado", de
modo a possibilitar sua atuação em relação aos necessitados jurídicos em geral, não apenas dos
hipossuficientes sob o aspecto econômico. Caso concreto que se inclui no conceito apresentado.
STJ. 1ª T., AgInt no REsp 1510999/RS, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 08/06/17.

#Atenção: #STJ: #DPEDF-2013: #CESPE: O STJ entende que a Defensoria Pública possui
legitimidade para ajuizar ACP na defesa de interesses transindividuais de hipossuficientes. O
recolhimento das contribuições previdenciárias devidas em razão do trabalho doméstico é da
responsabilidade do empregador. STJ. 6ª T., AgRg no REsp 1243163/RS, Rel. Min. Og Fernandes,
j. 19/02/13.
(DPEDF-2013-CESPE): No que se refere à ACP, julgue o item seguinte à luz do entendimento do STJ:
A DP tem legitimidade para ajuizar ACP para discutir a responsabilidade pelo recolhimento de
contribuições previdenciárias devidas em razão do desempenho de trabalho doméstico, por se tratar
de defesa de interesses transindividuais de categoria presumidamente hipossuficiente. BL: Entend.
Jurisprud.

#Atenção: #STF: #DOD: #DPESP-2015: #DPEMT-2016: #DPEAL-2017: #DPU-2017:


#DPEPE-2015/2018: #DPERS-2018: #PGEAP-2018: #TJSC-2019: #DPEDF-2019: #DPEMG-2019:
#MPCE-2020: #DPEBA-2016/2021: #DPESC-2017/2021: #DPEAM-2018/2021: #DPERJ-2021:
#DPEPA-2015/2022: #DPEPR-2022: #DPETO-2022: #AOCP: #CESPE: #FCC: #FGV: #FMP: A
Defensoria Pública pode propor ACP na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos. É constitucional a Lei 11.448/07, que alterou a Lei 7.347/85, prevendo a Defensoria
como um dos legitimados para propor ACP. STF. Plenário. ADI 3943/DF, Rel. Min. Cármen
Lúcia, j. 6 e 7/5/15 (Info 784).
(DPESC-2021-FCC): Na ADI 3943 (relatora Min. Cármen Lúcia), o STF reconheceu a
constitucionalidade do art. 5º , II, da Lei 7.347/85, alterado pelo art. 2º da Lei 11.448/07. Nessa
decisão, cristalizou-se o entendimento de que a legitimidade ativa da Defensoria Pública na
propositura de ação civil pública não está condicionada à comprovação prévia da hipossuficiência
dos possíveis beneficiados pela prestação jurisdicional. BL: Info 784, STF.
#Atenção: O enunciado pode ser extraído do seguinte trecho que restou inserido no Info 784 do STF,
que abordou a decisão aqui referida: “Condicionar a atuação da Defensoria Pública à comprovação
prévia da pobreza do público-alvo diante de situação justificadora do ajuizamento de ação civil pública —
conforme determina a Lei 7.347/85 — não seria condizente com princípios e regras norteadores dessa
instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, menos ainda com a norma do art. 3º da
CF.”

#Atenção: #STJ: #DOD: #DPEES-2009: #MPMT-2014: #DPEAL-2017: #TRF5-2017: #TJMT-2018:


#TJMA-2022: #CESPE: #VUNESP: A jurisprudência do STJ está firmada no sentido da
viabilidade, no âmbito da Lei 7.347/85 e da Lei 6.938/81, de cumulação de obrigações de fazer, de
não fazer e de indenizar na reparação integral do meio ambiente (REsp 1.145.083/MG, Rel.
Ministro Herman Benjamin, 2ª T., DJe 4.9.12). Além disso, para o STJ, na hipótese de ação civil
pública proposta em razão de dano ambiental, é possível que a sentença condenatória imponha
ao responsável, cumulativamente, as obrigações de recompor o meio ambiente degradado e de
pagar quantia em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo. STJ. 2ª T. REsp
1328753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 28/5/13 (Info 526).

#Atenção: #STJ: #DPESP-2013: #DPEPR-2012/2014: #DPEGO-2014: #DPERJ-2021:


#DPEPA-2022: #DPETO-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: É imperioso reiterar, conforme precedentes
do STJ, que a legitimatio ad causam da Defensoria Pública para intentar ação civil pública na
defesa de interesses transindividuais de hipossuficientes é reconhecida antes mesmo do
advento da Lei 11.448⁄07, dada a relevância social (e jurídica) do direito que se pretende tutelar e
do próprio fim do ordenamento jurídico brasileiro: assegurar a dignidade da pessoa humana,
entendida como núcleo central dos direitos fundamentais. STJ. 1ª T., REsp 1.106.515⁄MG, Rel.
Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 2⁄2⁄11. Portanto, antes da alteração dos legitimados da ACP, a
Defensoria Pública já era legitimada para atuar na tutela coletiva. Acerca do tema, Hugo
Mazzilli (2010, p. 312), explica que a Defensoria Pública já era parte legítima para propor ações
civis públicas ou coletivas, mesmo antes da Lei 11.448/07, diante da permissão concedida pelo art.
82, III, do CDC, principalmente por ser órgão público destinado a exercer defesa dos necessitados
(CR, arts. 134 e 5º, LXXIV).

(DPESC-2017-FCC): No plano legislativo, o primeiro diploma a atribuir expressamente


legitimidade à Defensoria Pública para a propositura de ação civil pública foi a Lei 11.448/07. BL:
art. 5º, II, LACP.

#Atenção: A cronologia relativa à legitimidade da Defensoria Pública é a seguinte: 1º) Lei


11.448/07 altera a lei que disciplina a Ação Civil Pública (Lei 7.347/85), incluindo, de forma
expressa, a instituição no rol de legitimados para o exercício da ACP; 2º) LC 132/2009 altera
LONDP (LC 80/94) prevendo a legitimidade da DP para ajuizar ACP; e 3º) Emenda
Constitucional nº 80/14 prevê a atuação da DP na tutela coletiva.

(TJMT-2009-VUNESP): Tem legitimidade para propositura de Ação Civil Pública de


responsabilidade por danos causados ao meio ambiente: a Defensoria Pública. BL: art. 5º, II,
LACP.

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).
(TJSP-2008) (PGESP-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (MPTO-2012) (DPESE-2012)
(PGEPA-2012) (MPDFT-2013) (MPES-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (PGDF-2013) (TJCE-2014) (TJRJ-2014)
(MPSC-2014) (MPT-2015) (PGEPR-2015) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (PGEAC-2017)
(MPBA-2015/2018) (PGETO-2018) (MPGO-2019) (MPPI-2019) (DPEDF-2019) (DPESP-2019) (TJMA-2022) (MPAC-2022)
(MPSP-2022) (TJMS-2008/2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)

#Atenção: #STJ: #DOD: O Município tem legitimidade ad causam para ajuizar ACP em defesa
de direitos consumeristas questionando a cobrança de tarifas bancárias. Em relação ao MP e aos
entes políticos, que têm como finalidades institucionais a proteção de valores fundamentais, como
a defesa coletiva dos consumidores, não se exige pertinência temática e representatividade
adequada. STJ. 3ª T. REsp 1.509.586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 15/5/18 (Info 626).
(PGM-São Paulo/SP-2023-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da ação civil pública,
conforme o estabelecido na Lei Federal n.° 7.347/1985: Os municípios têm legitimidade para
propor tanto a ação civil pública principal quanto a ação cautelar. BL: art. 5º, III, LACP.

(TJSP-2008-VUNESP): Sendo sabido que a Constituição Federal e a Constituição Estadual


estabelecem normas sobre direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assinale a
alternativa correta. O próprio Município, a União e os Estados podem propor ação civil pública de
responsabilidade de particular ou de ente público por danos causados ao meio ambiente, embora
sabido que o MP é a instituição que mais toma a iniciativa sobre o caso. BL: art. 5º, III, LACP
(CPC).

(TJMS-2008-FGV): Tomando em consideração a legitimidade ativa e a causa de pedir, bem como a


jurisprudência do STJ, a Ação Civil Pública poderá ser legitimamente ajuizada nos termos da Lei
7347/85 pelo Procurador Geral do Município, tendo por causa de pedir relativa à proteção do
consumidor. BL: art. 5º, III, LACP.

#Atenção: Por força constitucional, é dever do Estado a tutela do consumidor, tanto


administrativamente, por meio dos Procons, quanto judicialmente. Extrai-se tal dever da regra
inscrita no art. 5º, XXII da CF. Além disso, um dos princípios gerais da atividade econômica,
prevista no art. 170, V da CF, é a defesa do consumidor. Deixe-se claro que a expressão “Estado”
engloba todas as esferas do federalismo brasileiro, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. Dentre os legitimados a propor ACP, estão os Municípios que, por óbvio, são
representados por seus Procuradores Municipais.

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei
nº 11.448, de 2007). (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF5-2011) (PGEPR-2011) (PGERO-2011)
(TJPA-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012) (TJRN-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013)
(DPEAM-2013) (TRF2-2013) (TJRJ-2014) (MPSC-2014) (DPEMS-2014) (TJPB-2015) (TJSE-2015) (MPT-2015)
(PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2012/2017) (TJSC-2017) (MPBA-2015/2018)
(MPMG-2018) (PGETO-2018) (MPGO-2019) (DPEDF-2019) (DPESP-2019) (DPERJ-2021) (MPSP-2013/2022)
(TJMA-2022) (TJMS-2023)

(DPERJ-2021-FGV): Sobre a legitimidade ativa para ações coletivas no direito brasileiro, é correto
afirmar que: as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm legitimidade ativa para
a ação civil pública. BL: art. 5º, IV, LACP.

(TJSC-2017-FCC): Lavrado Auto de Infração Ambiental por supressão ilegal de vegetação nativa
em área de preservação permanente, aplicou-se pena de multa, que foi adimplida pelo autuado. A
Administração Pública, neste caso, deverá noticiar o fato aos órgãos competentes (MP e Polícia
Civil) para verificar eventual prática de crime ambiental e buscar, administrativamente ou por
meio do Poder Judiciário, a reparação do dano ambiental. BL: art. 129, I4 c/c art. 225, §3º CF e art.
5º, III e IV5, LACP. (amb.)

(TJSE-2015-FCC): Determinada empresa pública do Estado de Sergipe, na qual a defesa do meio


ambiente não está no rol de suas atividades, inconformada com grave e extenso dano ambiental
causado por uma indústria localizada no Município de Teresina, ajuizou ação civil pública em face
da indústria e do Município, este em razão de sua omissão, visando à recuperação do dano
ambiental. A ação civil pública deverá ser julgada procedente. BL: art. 5º, IV, LACP. (amb.)

#Atenção: Dentro do rol taxativo das entidades que têm legitimidade para propor a ACP, como
dispõe o art. 5º da Lei 7.347/85, estão as entidades e órgãos da administração pública, direta ou
indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados ao ajuizamento da
ação coletiva (art. 82, III, do CDC, aplicável de maneira integrada ao sistema da ACP cf. art. 21 da
Lei 7.347/85).

V - a associação que, CONCOMITANTEMENTE: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). (TRF1-2009)


(MPSE-2010) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (MPAL-2012) (MPTO-2012) (MPRO-2010/2013) (TJSP-2013) (MPES-2013)
(MPMS-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (DPEMG-2014) (PGEPI-2014) (DPERN-2015) (PFN-2015)

4
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal
pública, na forma da lei; (...)
5
Art. 225. (...). § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
(PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2016) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017) (TJSC-2017)
(MPRR-2017) (MPBA-2010/2015/2018) (TJMT-2018) (PGETO-2018) (PCSE-2018) (DPESP-2015/2019) (TJPA-2019)
(MPPI-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPPR-2013/2021) (MPAP-2021) (DPEGO-2021)
(MPAC-2014/2022) (MPSP-2012/2014/2019/2022) (MPGO-2012/2014/2019/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022)
(DPEMS-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (TJMS-2008/2023) (MPMG-2017/2018/2021/2023) (MPPA-2023)

a) ESTEJA CONSTITUÍDA HÁ pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela
Lei nº 11.448, de 2007). (TRF1-2009) (MPSE-2010) (MPMG-2011) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (MPTO-2012)
(MPRO-2010/2013) (TJPR-2013) (TJSP-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013)
(MPSC-2010/2014) (DPEMG-2014) (PGEPI-2014) (TJDFT-2015) (DPERN-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017) (TJSC-2017) (MPRR-2017) (TJMT-2018)
(MPBA-2010/2015/2018) (PGETO-2018) (PCSE-2018) (DPESP-2015/2019) (TJPA-2019) (TJAC-2019) (MPPI-2019)
(DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPPR-2013/2021) (MPAP-2021) (DPEGO-2021) (MPAC-2014/2022)
(MPSP-2011/2013/2019/2022) (MPGO-2012/2014/2019/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022) (DPEMS-2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022) (TJMS-2008/2023) (MPMG-2017/2018/2021/2023) (MPPA-2023)

(MPPA-2023-CESPE): A Lei 7.347/85 estabelece que terá legitimidade para a propositura da ação
civil pública a associação que estiver constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei civil.
BL: art. 5º, V, “a”, LACP.

b) INCLUA, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social,


ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos
raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico. (Redação dada pela Lei nº 13.004, de 2014) (MPSC-2014) (DPEMG-2014) (PGEPI-2014) (DPERN-2015)
(PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2016) (Cartórios/TJSP-2016) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017)
(TJSC-2017) (MPRR-2017) (MPBA-2015/2018) (TJMT-2018) (PGETO-2018) (PCSE-2018) (DPESP-2015/2019)
(TJPA-2019) (MPPI-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPAP-2021) (MPPR-2021) (DPEGO-2021)
(MPAC-2014/2022) (MPGO-2014/2019/2022) (MPSP-2019/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022) (DPEMS-2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022) (MPMG-2017/2018/2021/2023) (TJMS-2023)

#Atenção: #DOD: #STJ: #MPGO-2022: #DPEMS-2022: #FGV: É desnecessária a apresentação


nominal do rol de filiados para o ajuizamento de Ação Civil Pública por associação: Quando a
associação ajuíza ação coletiva, ela precisa juntar aos autos autorização expressa dos associados
para a propositura dessa ação e uma lista com os nomes de todas as pessoas que estão
associadas naquele momento?
1) em caso de ação coletiva de rito ordinário proposta pela associação na defesa dos
interesses de seus associados: SIM. A associação, quando ajuíza ação na defesa dos
interesses de seus associados, atua como REPRESENTANTE PROCESSUAL e, por isso, é
obrigatória a autorização individual ou assemblear dos associados.
2) em caso de ação civil pública (ação coletiva proposta na defesa de direitos difusos,
coletivos ou individuais homogêneos): NÃO. A associação, quando ajuíza ação na defesa de
direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos, atua como SUBSTITUTA
PROCESSUAL e não precisa dessa autorização.
O precedente do STF firmado no RE 573232/SC (Tema 82) direcionou-se exclusivamente às
demandas coletivas em que as Associações autoras atuam por representação processual, não
tendo aplicação aos casos em que agem em substituição. STJ. 2ª S. REsp 1325857-RS, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, j. 30/11/21 (Info 720).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD:
-Forma de atuação de uma associação em um processo coletivo: A atuação das associações em
processos coletivos pode se verificar de duas maneiras: a) por meio da ação coletiva ordinária,
hipótese de representação processual, com base no permissivo contido no art. 5º, inciso XXI, da CF:
“Art. 5º (...) XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;” b) na ação civil pública, agindo a associação nos
moldes da substituição processual prevista no CDC e na Lei da Ação Civil Pública.
-As associações precisam de autorização específica dos associados para ajuizar ação coletiva?
Depende: 1) Ação coletiva de rito ordinário proposta pela associação na defesa dos interesses de seus
associados: SIM.; 2) Ação civil pública (ação coletiva proposta na defesa de direitos difusos, coletivos
ou individuais homogêneos): NÃO.
As associações precisam de autorização específica dos associados para ajuizar ação coletiva?
Quando uma associação ajuíza ação coletiva, ela atua como representante processual
ou como substituta processual?
1) Ação coletiva de rito ordinário proposta 2) Ação civil pública (ação coletiva proposta
pela associação na defesa dos interesses de na defesa de direitos difusos, coletivos ou
seus associados: SIM individuais homogêneos): NÃO
A associação, quando ajuíza ação na defesa dos A associação, quando ajuíza ação na defesa de
interesses de seus associados, atua como direitos difusos, coletivos ou individuais
REPRESENTANTE PROCESSUAL e, por isso, é
obrigatória a autorização individual ou homogêneos, atua como SUBSTITUTA
assemblear dos associados. PROCESSUAL e não precisa dessa autorização.
Aplica-se o entendimento firmado pelo STF no O entendimento firmado no RE 573232/SC não
RE 573232/SC (veja abaixo). foi pensado para esses casos.
O disposto no art. 5º, inciso XXI, da CF encerra (...) 1. Ação civil pública, ajuizada pelo
representação específica, não alcançando Movimento das Donas de Casa e
previsão genérica do estatuto da associação a Consumidores de Minas Gerais, na qual
revelar a defesa dos interesses dos associados. sustenta a nulidade de cláusulas de contratos
As balizas subjetivas do título judicial, de arrendamento mercantil. (...)
formalizado em ação proposta por associação, é 3. Por se tratar do regime de substituição
definida pela representação no processo de processual, a autorização para a defesa do
conhecimento, presente a autorização expressa interesse coletivo em sentido amplo é
dos associados e a lista destes juntada à inicial.estabelecida na definição dos objetivos
STF. Plenário. RE 573232/SC, rel. orig. Min. institucionais, no próprio ato de criação da
Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Marco associação, sendo desnecessária nova
Aurélio, j. 14/5/14 (repercussão geral) (Info autorização ou deliberação assemblear. (...)
746). 9. As teses de repercussão geral resultadas do
julgamento do RE 612.043/PR e do RE
573.232/SC tem seu alcance expressamente
restringido às ações coletivas de rito ordinário,
as quais tratam de interesses meramente
individuais, sem índole coletiva, pois, nessas
situações, o autor se limita a representar os
titulares do direito controvertido, atuando na
defesa de interesses alheios e em nome alheio.
(...) STJ. 3ª T. AgInt no REsp 1799930/MG, Rel.
Min. Nancy Andrighi, j. 26/08/2019.
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Imagine a seguinte situação adaptada: O Instituto de
Defesa dos Consumidores de Crédito – IDCC ajuizou ação civil pública em face do Banco
Panamericano S/A, que tem por objetivo a nulidade de tarifa exigida do consumidor na liquidação
antecipada de dívida, com a devolução ou redução proporcional dos juros e acréscimos. O juiz julgou
o pedido procedente e o Tribunal de origem manteve a sentença. O réu interpôs recurso especial
alegando o seguinte: O STF, no RE 573232/SC, afirmou que, no momento em que a associação ajuizar
uma ação coletiva, ela deverá juntar aos autos autorização expressa dos associados para a
propositura dessa ação e uma lista com os nomes de todas as pessoas que estão associadas naquele
momento. Ocorre que, no caso concreto, o IDCC não juntou essa lista. A tese recursal do banco foi
acolhida pelo STJ? O IDCC precisava ter apresentado o rol nominal dos filiados? NÃO. Isso porque,
o IDCC ajuizou uma ação civil pública (e não uma ação coletiva ordinária). Logo, é desnecessária a
apresentação nominal do rol de filiados por associação na figura de substituta processual para
ajuizamento de ações civis públicas. O precedente do STF se direcionou exclusivamente às demandas
coletivas em que as Associações autoras atuam por representação processual, não tendo aplicação
aos casos em que agem em substituição. Dessarte, na pretensão deduzida na presente demanda,
diversamente do julgamento do STF, a atuação da entidade autora deu-se, de forma inequívoca, no
campo da substituição processual, sendo desnecessária a apresentação nominal do rol de seus
filiados para ajuizamento da ação.

#Atenção: #STF: #DOD: #PGEPI-2014: #DPERN-2015: #DPESP-2015: #TRF4-2016:


#MPMG-2017: #MPRR-2017: #TJMT-2018: #Cartórios/TJDFT-2019: #MPAP-2021: #MPPR-2021:
#DPEGO-2021: #MPGO-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: #VUNESP: Em caso de ação coletiva
ordinária movida por associação somente serão beneficiados com a decisão os associados que
autorizaram a propositura de forma expressa: A autorização estatutária genérica conferida à
associação não é suficiente para legitimar a sua atuação em juízo na defesa de direitos de seus
filiados. Para cada ação, é indispensável que os filiados autorizem de forma expressa e
específica a demanda. Teses firmadas pelo STF neste julgado: i) “O disposto no art. 5º, inciso
XXI, da CF encerra representação específica, não alcançando previsão genérica do estatuto da
associação a revelar a defesa dos interesses dos associados.”; ii) “As balizas subjetivas do título
judicial, formalizado em ação proposta por associação, é definida pela representação no processo
de conhecimento, presente a autorização expressa dos associados e a lista destes juntada à
inicial.” Exceção: no caso de impetração de mandado de segurança coletivo, a associação não
precisa de autorização específica dos filiados. STF. Plenário. RE 573232/SC, rel. orig. Min.
Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, j. 14/5/14 (repercussão geral) (Info 746).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: No caso, ante a leitura do art. 5, XXI da CF, que fixa a
necessidade de autorização expressa dos filiados para que as entidades possam representá-los em
juízo, entendeu o Plenário que as associações não atuam como substitutas processuais e sim como
representantes. Porém, neste mesmo julgado, fez uma ressalva em relação ao MS coletivo. Isso
porque, a CF no art. 5, LXX, “b” não exige autorização dos filiados para a impetração de MS coletivo,
levando o Plenário a concluir que nos casos de MS coletivo a associação atua, excepcionalmente,
como substituta e não representante dos filiados. Contudo, observa-se que em relação aos demais
legitimados à ACP, continuam atuando como substitutos processuais, sendo as regras acima
mencionadas aplicáveis apenas às associações.
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Segundo decidiu o STF, a autorização estatutária
genérica conferida à associação não é suficiente para legitimar a sua atuação em juízo na defesa de
direitos de seus filiados. Assim, para cada ação a ser proposta, é indispensável que os filiados
autorizem de forma expressa e específica a demanda. Para a maioria dos Ministros, essa é a
interpretação que deve ser dada ao inciso XXI do art. 5º da CF: “Art. 5º (...) XXI — as entidades
associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou
extrajudicialmente;”
-Como deverá ser feita essa autorização? A autorização poderá ser manifestada: i) por declaração
individual do associado; ou ii) por aprovação na assembleia geral da entidade. Logo, se no caso
concreto, por exemplo, não foi aprovada na assembleia geral da entidade, somente os associados que
apresentaram, na data da propositura da ação de conhecimento, autorizações individuais expressas,
poderão executar o título judicial proferido na ação coletiva. Conforme deixou claro o STF, essa
autorização é um traço que distingue a legitimidade das entidades associativas (art. 5º, XXI) em
relação à legitimidade das entidades sindicais (art. 8º, III).
-A regra acima exposta apresenta alguma exceção? A associação precisará da autorização expressa
para toda e qualquer ação a ser proposta? Existem duas exceções:
-Exceção 1: mandado de segurança coletivo: No caso de impetração de mandado de segurança
coletivo, a associação não precisa de autorização específica dos filiados. Veja o que diz a CF: “Art.
5º (...) LXX — o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: (...) b) organização sindical,
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou associados;” Existe, inclusive, uma súmula tratando a
respeito: “Súmula 629-STF: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em
favor dos associados independe da autorização destes.”
-Exceção 2: mandado de injunção coletivo: No caso de impetração de mandado de injunção
coletivo, a associação também não precisa de autorização específica dos filiados. Veja o que diz a
Lei 13.300/16: “Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: (...) III - por organização
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um)
ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de
seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial;”
#Questões de concurso:
(MPMG-2017): Em relação à atuação das associações no polo ativo do processo coletivo, na defesa
dos interesses individuais homogêneos de seus filiados, é correto afirmar que: Dá-se por
representação, e não por substituição processual, salvo nos casos de mandado de segurança coletivo.
BL: art. 21, LMS c/c art. 5º, incisos XXI e LXX, “b” da CF6 e Entend. Jurisprud.

#Atenção: #DOD: #STJ: #MPAP-2021: #MPMG-2021: #DPEGO-2021: #CESPE: #FCC: Se uma


associação ajuizou ACP, na condição de substituta processual, e obteve sentença coletiva
favorecendo os substituídos, todos os beneficiados possuem legitimidade para a execução
individual, mesmo que não sejam filiados à associação autora: Em ação civil pública proposta
por associação, na condição de substituta processual, possuem legitimidade para a liquidação e
execução da sentença todos os beneficiados pela procedência do pedido, independentemente de
serem filiados à associação promovente. STJ. 2ª S. REsp 1438263/SP, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, j. 24/03/21 (Recurso Repetitivo – Tema 948) (Info 694).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Se uma associação ajuizou ação civil pública, na
condição de substituta processual, e obteve uma sentença coletiva favorecendo os substituídos, todos
os beneficiados pela procedência do pedido possuem legitimidade para pedir a liquidação e
execução da sentença, mesmo que não sejam filiados à associação que propôs a ACP. Todos os
substituídos numa ação civil pública que tem por objeto a tutela de um direito individual
homogêneo possuem legitimidade para liquidação e execução da sentença, e que esses substituídos
são todos aqueles interessados determináveis que se unem por uma mesma situação de fato. Os
direitos individuais homogêneos (art. 81, § único, III do CDC) são direitos subjetivos individuais
tutelados coletivamente em razão de decorrerem de uma mesma origem, resultam “não de uma
contingência imposta pela natureza do direito tutelado, e sim de uma opção política legislativa, na busca de
mecanismos que potencializem a eficácia da prestação jurisdicional”. A coisa julgada formada nas ações
coletivas fundadas em direitos individuais homogêneos é estabelecida segundo o art. 103, III, do
CDC: “Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: (...) III - erga

6
Art. 5º. (...). XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode
ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical,
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou associados;
omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese
do inciso III do parágrafo único do art. 81.” Assim, proposta uma ação coletiva fundada em direitos
individuais homogêneos, já se sabe que a sentença irá formar coisa julgada pro et contra em relação
aos legitimados coletivos, enquanto terá efeitos erga omnes no caso de procedência do pedido
(secundum eventum litis). Importante também ressaltar que a sentença de uma ação coletiva fundada
em direitos individuais homogêneos será sempre genérica, fixando apenas a responsabilidade do réu
pelos danos causados (art. 95, do CDC).
#Questão de concurso:
(MPMG-2021): Sobre a liquidação e a execução da sentença proferida em ação coletiva, assinale a
alternativa correta: Em ação civil pública proposta por associação, na condição de substituta
processual de consumidores, possuem legitimidade para a liquidação e execução da sentença todos
os beneficiados pela procedência do pedido, independentemente de serem filiados à associação
promovente. BL: Info 694, STJ.

#Atenção: #STJ: #Atualização Legislativa: #Contribuição da @mafaldaleitora:


Lei 5.764/71 (Lei das Cooperativas): Art. 21: O estatuto da cooperativa, além de atender ao
disposto no artigo 4º, deverá indicar: (...)XI – se a cooperativa tem poder para agir como
substituta processual de seus associados, na forma do art. 88-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº
13.806, de 2019);

Lei 5.764/71 (Lei das Cooperativas): Art. 88-A. A cooperativa poderá ser dotada de
legitimidade extraordinária autônoma concorrente para agir como substituta processual em
defesa dos direitos coletivos de seus associados quando a causa de pedir versar sobre atos de
interesse direto dos associados que tenham relação com as operações de mercado da
cooperativa, desde que isso seja previsto em seu estatuto e haja, de forma expressa,
autorização manifestada individualmente pelo associado ou por meio de assembleia geral
que delibere sobre a propositura da medida judicial. (Incluído pela Lei nº 13.806, de 2019)

#Atenção: #STJ: #Atualização Legislativa: #Contribuição da @mafaldaleitora: A Lei equiparou


os cooperados aos associados, o que não corresponde à realidade, pois cooperativa realiza
atividade econômica e seus membros almejam a distribuição de resultados, enquanto a associação
e seus membros, não (união de pessoas para fins não econômicos). Após a Lei 13.806/19,
cooperativa pode propor ação coletiva, desde que tenha pertinência temática. Todavia, a Lei
13.806/19 misturou legitimidade extraordinária (substituição processual) com legitimação
autônoma e, ainda, com representação processual (autorização individual expressa ou deliberação
em assembleia).

#Atenção: #STJ: #TJBA-2019: #TJSC-2019: #MPSP-2019: #DPEDF-2019: #DPESP-2019: #CESPE:


#FCC: Uma associação que tenha fins específicos de proteção ao consumidor não possui
legitimidade para o ajuizamento de ACP com a finalidade de tutelar interesses coletivos de
beneficiários do seguro DPVAT. Isso porque o seguro DPVAT não tem natureza consumerista,
faltando, portanto, pertinência temática. Assim, ausente, sequer tangencialmente, relação de
consumo, não se afigura correto atribuir a uma associação, com fins específicos de proteção ao
consumidor, legitimidade para tutelar interesses diversos, como é o caso dos que se referem ao
seguro DPVAT, sob pena de desvirtuar a exigência da representatividade adequada, própria das
ações coletivas. A ausência de pertinência temática é manifesta. Em se tratando do próprio objeto
da lide, afinal, como visto, a causa de pedir encontra-se fundamentalmente lastreada na proteção
do consumidor, cuja legislação não disciplina a relação jurídica subjacente, afigura-se
absolutamente infrutífera qualquer discussão quanto à possibilidade de prosseguimento da
presente ação por outros entes legitimados. Recurso especial provido para extinguir o processo
sem julgamento de mérito, ante a ausência de legitimidade ativa ad causam da associação
demandante, restando prejudicadas as questões remanescentes. STJ. 2ª S. REsp 1.091.756-MG, Rel.
Min. Marco Buzzi, Rel. Acd. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 13/12/17 (Info 618).
(MPSP-2019): A Associação “X”, constituída em 1999 com a única finalidade de tutela coletiva dos
direitos dos consumidores, ingressou com ação civil pública ambiental em face do Município “Y”,
pretendendo impedir a continuidade de obras de alargamento de um logradouro, sob alegação de
que a ampliação poderia causar dano ao meio ambiente. O magistrado, embora reconhecendo o
atendimento do requisito da pré-constituição, considerou ausente a pertinência temática para a
propositura da demanda. Nesse caso, o processo deve ser extinto, sem resolução do mérito, por
ausência de legitimidade ativa. BL: Info 618, STJ.

#Atenção: #STJ: #TJMA-2013: #MPAP-2021: #CESPE: Para o STJ, as associações civis, para
ajuizar ações civis públicas ou coletivas, precisam deter representatividade adequada do
grupo que pretendam defender em juízo, aferida à vista do preenchimento de dois requisitos:
a) pré-constituição há pelo menos um ano nos termos da lei civil - dispensável, quando evidente
interesse social; e b) pertinência temática - indispensável e correspondente à finalidade
institucional compatível com a defesa judicial do interesse. STJ, 4ª T., REsp 1357618/DF, Rel. Min.
Luís Felipe Salomão, j. 26/9/17.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 22: #DPEPB-2014: #DPEPR-2014: #DPEDF-2019:


#MPAP-2021: #DPEGO-2021: #CESPE: #FCC: Tese 06: A apuração da legitimidade ativa das
associações e dos sindicatos como substitutos processuais em ações coletivas, passa pelo exame
da pertinência temática entre os fins sociais da entidade e o mérito da ação proposta. STJ. 4ª T.,
AgRg no REsp 997.577/DF, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, j. 18/09/14.
(DPEDF-2019-CESPE): Acerca de legitimidade em demandas coletivas, julgue o item subsequente: A
apuração da legitimidade ativa das associações e dos sindicatos como substitutos processuais em
ações coletivas passa pelo exame da pertinência temática entre os fins sociais da entidade e o mérito
da ação proposta. BL: Entend. Jurisprud.

#Atenção: #STJ: #TRF5-2013: #CESPE: As associações civis tem legitimidade para propor ação
civil pública na defesa de interesses individuais homogêneos relativos aos contratos de mútuo
vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação (art. 81, III, do CDC). Não se aplicam as Leis
8.004/90 e 8.100/90 aos contratos firmados em data anterior à sua vigência. STJ. 2ª T., REsp
971.025/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 05/05/09.

(TJMA-2022-CESPE): Acerca da responsabilidade ambiental nas esferas administrativa, civil e


penal, assinale a opção correta: Além do Ministério Público e da Defensoria Pública, possuem
legitimidade para promover a responsabilidade ambiental por danos ambientais pela via da ação
civil pública as pessoas jurídicas da administração pública direta e indireta e as associações que
tenham sido constituídas há pelo menos um ano e cujas finalidades institucionais incluam a
proteção ambiental. BL: art. 1º, I c/c art. 5º, I, II, III, IV e V, LACP. (amb.)

(MPPR-2019): A jurisprudência do STJ firmou entendimento de que as associações, para


ajuizarem validamente ACP, devem demonstrar o requisito da representatividade adequada,
consubstanciado na pertinência temática entre suas finalidades institucionais e o objeto da
demanda. BL: art. 5º, V da LACP e jurisprud. STJ (vide quadro acima) (proc. civil).

(TJRR-2015-FCC): O rol completo dos legitimados para propor ação civil pública previsto na Lei
7.347/85 é composto por MP, Defensoria Pública, União, Estados, Distrito Federal, Municípios,
Autarquias, Empresas Públicas, Fundações, Sociedades de Economia Mista e Associações, estas
últimas desde que cumpridos certos requisitos previstos em lei. BL: art. 5º, LACP (ambiental)

(MPMS-2013): Em matéria de legitimidade e competência em sede de ação civil pública, é correto


afirmar que: Possuindo o partido político natureza associativa e preenchendo os requisitos da lei
da ação civil pública, ele possui legitimidade ativa para ajuizamento desse tipo de ação coletiva.
BL: art. 5º, V, LACP.

#Atenção: #MPPB-2010: #MPMS-2013: Acerca do tema, temos duas correntes:


⮚ 1ª Corrente (Hugo Mazzilli): Entende que os partidos políticos são espécie do gênero
associação, ainda que a sua constituição legal não se dê com a inscrição dos estatutos no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, mas no TSE. Desse modo, estariam legitimados para
proporem ações civis públicas. Além disso, ao contrário do que ocorre com as associações
comuns, não estariam submetidos ao vínculo da pertinência temática, embora devam
guardar vinculação entre a ação e seus fins institucionais.
⮚ 2ª corrente (José dos Santos Carvalho Filho): Defende que os partidos políticos não
correspondem às associações de direito privado e, ao contrário delas, que são voltadas a uma
representação específica e social, estão destinados a exercer uma representação política e
genérica. Por tal motivo, eles não estariam legitimados. (Fonte: Landolfo Andrade, Interesses
Difusos e Coletivos, 2014, pp. 89-90).
(MPPB-2010-FCC): Os partidos políticos têm legitimidade ativa para a ação civil pública. BL:
art. 5º, V, LACP.

(MPPI-2012-CESPE): No que concerne à ACP, assinale a opção correta: Qualquer pessoa que
causar dano ou impedir o exercício de direitos difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou
homogêneos poderá figurar no polo passivo da ACP. BL: art. 5º, LACP.

#Atenção: Não há restrição a quem pode figurar no polo passivo da ação, basta que tenha causado
dano ou impedido o exercício de direitos difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou
homogêneos.
(TJPE-2011-FCC): Uma associação (ONG) com sede em Petrópolis, RJ, tendo como finalidade a
proteção do patrimônio histórico e cultural, criada há mais de 1 ano, inconformada com o
tratamento dado pelo órgão de proteção do patrimônio histórico e cultural a determinado imóvel
localizado no Recife, neste Estado, pode ingressar com ação civil pública na comarca do Recife,
mesmo tendo sua sede em outro estado, porque tem legítimo interesse para propor a ação e
legitimidade processual. BL: arts. 2º e 5º, V, “a” e “b”, LACP. (ambiental)

#Atenção: Evidencia-se que a ACP poderá ser proposta no foro do local onde ocorreu o dano. Há
legitimidade da associação tendo em vista ter sido constituída há pelo menos 1 ano e que
apresenta, como finalidade institucional, a proteção ao patrimônio artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico.

(TJSP-2008-VUNESP): Sendo sabido que a Constituição Federal e a Constituição Estadual


estabelecem normas sobre direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assinale a
alternativa correta. O próprio Município, a União e os Estados podem propor ação civil pública de
responsabilidade de particular ou de ente público por danos causados ao meio ambiente, embora
sabido que o MP é a instituição que mais toma a iniciativa sobre o caso.

§ 1º O MINISTÉRIO PÚBLICO, SE NÃO INTERVIER no processo como PARTE, ATUARÁ


obrigatoriamente como FISCAL DA LEI. (TJAL-2008) (MPCE-2009) (MPBA-2010) (TRF5-2011) (MPTO-2012)
(MPAP-2012) (MPPI-2012) (DPEES-2012) (MPMS-2013) (DPEAM-2013) (MPMG-2010/2014) (MPPE-2014)
(DPEMS-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (MPT-2013/2015) (TJMS-2015) (PGEPE-2018) (PCMA-2018) (PCSE-2018)
(MPMT-2019) (DPERR-2021) (MPAC-2022) (PGERO-2022)

§ 2º FICA FACULTADO ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos


deste artigo HABILITAR-SE como LITISCONSORTES de qualquer das partes. [obs.: ou seja,
litisconsorte ativo e passivo] (TJAL-2008) (MPRR-2008) (MPRN-2009) (AGU-2009) (MPSC-2010) (MPSE-2010)
(TJPE-2011) (MPGO-2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012) (MPMS-2013) (MPMT-2014)
(MPPE-2014) (DPEPR-2014) (PGEPI-2014) (MPDFT-2013/2015) (TJPB-2015) (MPSP-2015) (DPEPA-2015) (DPEPE-2015)
(MPT-2015) (TCERN-2015) (DPERO-2017) (PGEPE-2018) (MPMG-2019) (DPEBA-2016/2021) (MPAP-2021)
(DPEBA-2021)

(MPDFT-2013): O ingresso simultâneo de colegitimados no polo ativo da ação civil pública pode
se dar: inicialmente, quando qualquer dos colegitimados natos se juntam em litisconsórcio para
propositura da ação; quando o colegitimado, perdido este momento inicial, habilita-se como
assistente litisconsorcial do autor, sem modificar-lhe o pedido/causa de pedir; e quando
ultrapassado o momento inicial, o colegitimado adita a inicial, ampliando o pedido ou causa de
pedir, em litisconsórcio ulterior. BL: art. 5º, §2º, LACP (proc. civil).

(MPAP-2012-FCC): Sobre a ação civil pública por danos causados ao meio ambiente, é correto
afirmar: O Poder Público poderá habilitar-se como litisconsorte em ação civil pública ajuizada pelo
MP. BL: art. 5º, §2º, LACP.

(TJPA-2012-CESPE): Acerca da ação civil pública, assinale a opção correta: O fato de determinada
situação legitimar o MP e a Defensoria Pública para a propositura de ação justifica o entendimento
favorável à possibilidade de haver entre os dois entes apenas um litisconsórcio facultativo.

#Atenção: #TJPA-2012: #MPGO-2012: #DPEPR-2014: #PGEPI-2014: #DPEPE-2015:


#DPERO-2017: #MPAP-2021: #DPEBA-2021: #CESPE: #FCC: #VUNESP: O art. 5º da LACP
contém um rol de legitimados concorrentes para a propositura da ACP. Assim é que, caso MP e
Defensoria Pública venham a propor, em conjunto, uma ACP, a hipótese será de eventual
litisconsórcio ativo facultativo. A própria CF dispõe em seu art. 129, § 1º: “A legitimação do
Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses,
segundo o disposto nesta Constituição e na lei”. Sendo assim, é desarrazoado afirmar que a Defensoria
Pública estaria invadindo as atribuições do MP, pois como bem afirma MAZZILLI são instituições
que possuem atribuições inconfundíveis, em que pese seja normal em dado momento existirem
áreas de superposição entre ambas, assim como acontece entre o MP e a Procuradoria do Estado,
por exemplo, sem que com isso cada qual perca a sua identidade.7

#Atenção: #STJ: #TCERN-2015: #PGM-Fortaleza/CE-2017: #CESPE: Ressalta-se que, em sede de


ACP, a pessoa jurídica de direito público pode migrar para o polo ativo processual ainda

7
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13415&revista_caderno=21
quando haja pretensão direcionada contra ela, porém, essa migração somente será possível
quando nela houver interesse público, e não quando atendido, simplesmente, o interesse privado
do ente público em não figurar como réu. É nesse sentido, a jurisprudência do STJ: “(...) o
deslocamento de pessoa jurídica de Direito Público do polo passivo para o ativo na ACP é
possível quando presente o interesse público, a juízo do representante legal ou do dirigente, nos
moldes do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65, c/c o art. 17, § 3º, da Lei de Improbidade Administrativa. (...) Se a
ação é movida simultaneamente contra o particular e o Estado, admite-se que este migre para o
polo ativo da demanda. A alteração subjetiva, por óbvio, implica reconhecimento implícito dos
pedidos, sobretudo os de caráter unitário (p. ex., anulação dos atos administrativos impugnados), e só
deve ser admitida pelo juiz, em apreciação ad hoc, quando o ente público demonstrar, de maneira
concreta e indubitável, que de boa-fé e eficazmente tomou as necessárias providências saneadoras
da ilicitude, bem como medidas disciplinares contra os servidores ímprobos, omissos ou relapsos.”
(STJ, REsp 1391263/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 6/5/14).

§ 3º Em caso de DESISTÊNCIA INFUNDADA ou ABANDONO DA AÇÃO por associação


legitimada, o Ministério Público OU outro legitimado ASSUMIRÁ a TITULARIDADE ATIVA.
(Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) (TJAL-2008) (TJSE-2008) (MPRR-2008) (MPCE-2009) (DPEAL-2009)
(TJDFT-2011) (TRF5-2011) (PGEPR-2011) (TJBA-2012) (TJPR-2012) (MPTO-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012)
(PGEAC-2012) (MPDFT-2013) (TRF1-2013) (MPMT-2014) (MPPE-2014) (DPEMS-2014) (DPEPR-2014)
(TJMS-2012/2015) (MPAM-2015) (MPPR-2012/2013/2016) (MPSP-2015/2017) (MPRO-2017) (MPMS-2013/2015/2018)
(MPBA-2015/2018) (MPPB-2018) (PGEPE-2018) (PCBA-2018) (MPPI-2012/2019) (DPESP-2013/2019)
(MPMG-2011/2014/2019) (TJAC-2019) (TJPA-2019) (MPSC-2019) (DPEDF-2019) (MPAP-2012/2021) (DPEBA-2016/2021)
(MPGO-2012/2019/2022) (PGM-São Paulo/SP-2023)

#Atenção: #STJ: #DOD: #MPBA-2018: #DPEDF-2019: #MPGO-2022: #CESPE: #FGV: Na ACP,


reconhecido o vício na representação processual da associação autora, deve-se, antes de
proceder à extinção do processo, conferir oportunidade ao MP para que assuma a titularidade
ativa da demanda. STJ. 2ª T. REsp 1372593-SP, Rel. Min. Humberto Martins, j. 7/5/13 (Info 524).
#Atenção: #STJ e Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 22: #DPEDF-2019: #MPGO-2022: #CESPE: #FGV: #STJ:
Em diversos julgados, entendeu o STJ que a ilegitimidade ativa ou a irregularidade da representação
processual não implica a extinção do processo coletivo, competindo ao magistrado abrir
oportunidade para o ingresso de outro colegitimado no polo ativo da demanda. Sobre o tema: REsp
1388792/SE, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 06/05/14; REsp 1372593/SP, Rel. Min. Humberto
Martins, 2ª T., j. 07/05/13; REsp 1177453/RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., j. 24/08/10;
REsp 855181/SC, Rel. Min. Castro Meira, 2ª T., j. 01/09/09. #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 22 - Tese 7: A
ilegitimidade ativa ou a irregularidade da representação processual não implica a extinção do
processo coletivo, competindo ao magistrado abrir oportunidade para o ingresso de outro
colegitimado no polo ativo da demanda.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 22: #MPMS-2013: #DPEPR-2014: #TJPA-2019:


#MPAP-2021: #CESPE: Tese 6: A apuração da legitimidade ativa das associações e dos sindicatos
como substitutos processuais, em ações coletivas, passa pelo exame da pertinência temática entre
os fins sociais da entidade e o mérito da ação proposta.

#Atenção: #DPEES-2012: #MPDFT-2013: #MPPB-2018: #DPESP-2013/2019: #DPEDF-2019:


#MPGO-2012/2022: #CESPE: #FCC: #FGV: Princípio da Disponibilidade Motivada da Ação
Coletiva ou Princípio da Indisponibilidade Mitigada da Ação Coletiva (art. 5º, §3º da LACP e
art. 9º da LAP): Segundo tal princípio, a desistência infundada da ação coletiva ou o seu abandono
são submetidos ao controle por parte dos outros legitimados ativos e especialmente o MP,
conforme determinação legal do art. 5º, § 3º da LACP, que deverá, quando infundada a
desistência, assumir a titularidade da ação. Quando a desistência for levada a efeito pelo próprio
órgão do MP, o juiz, dela discordando, poderá aplicar analogicamente o disposto no art. 28 do
CPP, submetendo a desistência ou o abandono ao conhecimento e apreciação do chefe da
respectiva Instituição do Ministério Púbico. (Fonte: DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual
Civil. Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. IV, 4ª ed., 2009).
(MPPB-2018-FCC): Em ação coletiva, determinada associação legitimada passou a não mais
promover os atos e diligências que lhe competiam no decorrer do arco procedimental. Nesse caso, o
órgão do MP fazer juízo de conveniência e oportunidade para concluir se deve assumir a autoria da
demanda ou mesmo dela desistir, pois é possível que a mesma se mostre improcedente. BL: art. 5º,
§3º, LACP e art. 9º, LAP.
(MPDFT-2013): Os colegitimados ativos à ação civil pública concorrem entre si no ajuizamento da
ação coletiva para defender em juízo situação jurídica da qual não são titulares. E, assim como nas
ações individuais, é previsível que o autor desista ou abandone a ACP. Sobre o tema, assinale a
alternativa correta: O princípio da disponibilidade motivada da ação coletiva, concretizador do
devido processo legal coletivo ou social, permite que o órgão ministerial não assuma a titularidade
de ação civil pública que o autor originário desistiu e que qualquer outro colegitimado não a
titularizou. BL: art. 5º, §3º, LACP e art. 9º, LAP.

(MPPI-2019-CESPE): Determinada associação de proteção ao meio ambiente, legalmente


constituída havia seis meses, ajuizou ação civil pública a fim de cessar obra que estava
acontecendo em área destinada à preservação ambiental em determinado município. O juiz
competente, considerando a relevância do bem jurídico tutelado, dispensou requisito de
pré-constituição e deu prosseguimento ao processo. A associação autora, entretanto, abandonou a
ação sem prestar esclarecimentos ao juízo. Considerando o disposto na lei que rege a ação civil
pública, assinale a opção correta, a respeito da referida ação: A titularidade ativa da ação poderá
ser assumida por qualquer outro legitimado. BL: art. 5º, §§3º e 4º, LACP.

(MPGO-2019): Acerca da legitimidade e do litisconsórcio no âmbito da ação civil pública, assinale


a alternativa correta: Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação
legitimada, o MP ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. BL: art. 5º, §3º, LACP.

(MPSP-2017): Com relação à ação civil pública, assinale a alternativa correta: Se a associação
legitimada desistir, infundadamente, da ação civil pública por ela proposta, o MP ou outro
legitimado assumirá o polo ativo da relação processual. BL: art. 5º, §3º, LACP.

(DPEBA-2016-FCC): Na ação civil pública, o poder público possui legitimidade para propor a
ação, habilitar-se como litisconsorte de qualquer das partes ou assumir a titularidade ativa em
caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada. BL: art. 5º, caput,
III c/c §§2º e 3º, LACP.

§ 4.° O requisito da PRÉ-CONSTITUIÇÃO PODERÁ SER DISPENSADO pelo juiz, quando


HAJA MANIFESTO interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela
relevância do bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (MPBA-2010) (TJRO-2011)
(TJPA-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (PGEAC-2012) (MPSP-2011/2013) (TJSP-2013) (MPRO-2013) (DPEAM-2013)
(MPGO-2012/2014) (DPEMG-2014) (PGM-Curitiba/PR-2015) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017)
(MPMS-2013/2018) (MPPR-2014/2016/2019) (TJAC-2019) (TJSC-2019) (MPPI-2019) (DPERJ-2021) (MPMG-2011/2023)
(TJMS-2008/2015/2023)

#Atenção: #STJ: #DOD: O juiz, ao analisar se uma associação tem pertinência temática para
propor ACP, deve adotar interpretação flexível e ampla: O juízo de verificação da pertinência
temática para a proposição de ações civis públicas há de ser responsavelmente flexível e amplo,
em contemplação ao princípio constitucional do acesso à justiça, mormente a considerar-se a
máxima efetividade dos direitos fundamentais. STJ. 4ª T. AgInt nos EDcl no REsp 1788290-MS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 24/05/22 (Info 738).

#Atenção: #STJ: #DOD: #MPMS-2018: #TJSC-2019: #CESPE: Como regra, para que uma
associação possa propor ACP, ela deverá estar constituída há pelo menos 1 ano. Entretanto, este
requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando haja manifesto interesse
social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico
a ser protegido (§ 4º do art. 5º da Lei 7.347/85). Neste caso, a ACP, mesmo tendo sido proposta
por uma associação com menos de 1 ano, poderá ser conhecida e julgada. Como exemplo da
situação descrita no § 4º do art. 5º, o STJ decidiu que é dispensável o requisito temporal
(pré-constituição há mais de um ano) para associação ajuizar ACP quando o bem jurídico
tutelado for a prestação de informações ao consumidor sobre a existência de glúten em
alimentos. STJ. 2ª T. REsp 1.600.172-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 15/9/16 (Info 591).

(TJAC-2019-VUNESP): A “Associação ABC”, constituída há seis meses, cuja finalidade


institucional é a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor e à
ordem econômica, ajuizou ação civil pública com o objetivo de restituir tributos pagos
indevidamente pelos seus associados. Considerando essa situação hipotética, nos termos da Lei da
Ação Civil Pública (Lei 7.347/85), é correto afirmar que a referida ação está em desacordo com a
Lei, uma vez que, embora o requisito da pré-constituição possa, em tese, ser dispensado pelo juiz
em certos casos, o objeto da demanda não pode ser veiculado por meio de ação civil pública. BL:
art. 1º, § único c/c art. 5º, V, alínea “a” e §4º, LACP.
#Atenção: #STF: O entendimento desta Corte é no sentido de que não é possível o ajuizamento de
ACP com o intuito de impugnar a cobrança de tributos ou pleitear o seu pagamento. STF. 1ª T.,
ARE 794899 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 18/11/2014.

(TJSC-2019-CESPE): Uma associação de proteção ao patrimônio ambiental de Santa Catarina,


constituída havia seis meses, ajuizou ACP requerendo a paralisação das obras de construção de
um resort sobre dois sambaquis do estado — depósitos de conchas dos povos pré-históricos que
habitaram as regiões litorâneas do estado. A entidade, cumprindo sua finalidade institucional de
proteger o meio ambiente, pleiteou na ACP a condenação do proprietário do resort pelos danos
até então causados ao patrimônio arqueológico. De acordo com a legislação que rege os meios
processuais para a defesa ambiental, a referida associação detém legitimidade para propor a ACP,
pois o requisito de tempo de pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, se verificado
manifesto interesse social pela dimensão do dano. BL: art. 5º, V c/c §4º, LACP. (amb.)

(MPPR-2019): Quanto ao requisito temporal, a jurisprudência do STJ é firme quanto à


possibilidade de dispensa da demonstração de um ano de pré-constituição da associação, nos
casos de interesse social evidenciado pela dimensão do dano e pela relevância do bem jurídico a
ser protegido. BL: art. 5º, §4º, LACP. (amb.)

(TJMS-2015-VUNESP): Quanto à ação civil pública, afirma-se que o requisito da pré-constituição


poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela
dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. BL: art. 5º,
§4º, LACP.

§ 5.° ADMITIR-SE-Á o LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO entre os Ministérios Públicos


da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta
lei. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) (MPRR-2008) (PGESP-2009) (MPBA-2010) (MPSC-2010) (MPMG-2011)
(TRF5-2011) (MPPI-2012) (MPMS-2013) (MPPR-2012/2013/2014) (MPMT-2014) (DPEPR-2014)
(PGEPI-2014) (TJMS-2015) (MPAM-2015) (DPEPE-2015) (DPESP-2015) (DPERO-2017) (DPEMA-2018)
(MPDFT-2009/2013/2021) (MPAP-2021) (MPGO-2012/2019/2022) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

#Atenção: #STJ: #MPDFT-2021: A jurisprudência do STJ entende não haver litisconsórcio


passivo necessário com a ANATEL, nos termos do art. 47 do CPC/15, nas hipóteses em que o
objeto da ação civil é a proteção da relação de consumo existente entre os usuários e a empresa
de telefonia e não as normas editadas pela autarquia federal em demanda cujo resultado vai
interferir na sua esfera jurídica. STJ. 3ª T., REsp 1832217/DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
j. 06/04/21. (...) Inexistência de litisconsórcio necessário entre as concessionárias com a
ANATEL, quando a relação jurídica controvertida é alheia àquela mantida entre as
concessionárias e o ente regulador. STJ. 3ª T., REsp 1.488.284/PE, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, j. 14/8/18.

#Atenção: #STJ: #DOD: #TRF5-2017: #MPMS-2018: #MPDFT-2021: #MPGO-2022: #CESPE:


#FGV: Em ACP, a formação de litisconsórcio ativo facultativo entre o Ministério Público
Estadual e o Federal depende da demonstração de alguma razão específica que justifique a
presença de ambos na lide. STJ. 3ª T. REsp 1.254.428-MG, Rel. Min. João Otávio de Noronha, j.
2/6/16 (Info 585).

(MPGO-2019): Acerca da legitimidade e do litisconsórcio no âmbito da ação civil pública, assinale


a alternativa correta: Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da
União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida a Lei
7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública). BL: art. 5º, §5º, CDC.

(MPMG-2017): Em relação à intervenção de terceiros no processo coletivo, é correto afirmar: O


processo coletivo para defesa de direitos difusos admite o litisconsórcio ativo, mas somente entre
legitimados concorrentes. BL: art. 5º, §§2º e 5º, LACP. (CPC).

#Atenção: #MPGO-2012: #DPEPR-2014: #PGEPI-2014: #DPEPE-2015: #DPESP-2015:


#MPMG-2017: #DPERO-2017: #MPAP-2021: #CESPE: #FCC: #VUNESP: É certo que dois ou mais
legitimados poderão ingressar com a ação de forma conjunta, formando, portanto, um
litisconsórcio ativo. Certo é, também, que somente os legitimados por lei poderão fazê-lo, não
sendo admitido, por exemplo, que uma pessoa que não detenha legitimidade para ingressar com a
ação coletiva, o faça em conjunto com outra que tenha. Desse modo, cada colegitimado pode
ajuizar a ACP isoladamente (a legitimação é concorrente e disjuntiva), mas nada obsta a que dois
ou mais colegitimados a proponham em litisconsórcio. Esse litisconsórcio, portanto, é facultativo:
não é indispensável à propositura da ação. Além disso, ele é unitário: o provimento de mérito será
o mesmo para todos os litisconsortes, não há como ser de procedência em relação a uns e de
improcedência em relação a outros, mesmo porque o direito material por eles deduzido em juízo,
como substitutos processuais, é idêntico (um mesmo direito difuso, coletivo, ou direitos
individuais homogêneos). A LACP autoriza, em seu art. 5º, § 2.º, que o Poder Público e outras
associações legitimadas que não tenham ajuizado a ação possam posteriormente habilitar-se como
litisconsortes. O mesmo ocorre do §5º do art. 5º da LACP.

(MPDFT-2015): “M" é uma pessoa com deficiência física, que procurou o MPDFT para reclamar
que se viu prejudicada por edital de concurso público que não reservou 5% (cinco pontos
percentuais) das vagas oferecidas para trabalhar na sede e filiais da empresa pública federal,
localizada no Distrito Federal e nos quatro estados da federação. Sobre a situação exposta assinale
a alternativa correta: O MPDFT pode formar litisconsórcio ativo com o MPF, ajuizando ação civil
pública para obrigar a empresa pública federal a modificar o edital e incluir cláusula de reserva de
vaga em benefício de todas as pessoas com deficiência. BL: art. 5º, inciso I e §5º, LACP (CPC).

§ 6° Os órgãos públicos legitimados PODERÃO TOMAR dos interessados


COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE SUA CONDUTA às exigências legais, mediante
cominações, que TERÁ EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. (Incluído pela Lei nª
8.078, de 11.9.1990) (TJSE-2008) (PGESP-2009) (MPBA-2010) (TJPR-2011) (MPPB-2011) (MPCE-2011) (TRF3-2011)
(PGEPR-2011) (MPAL-2012) (DPEMS-2012) (DPEPR-2012) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (TRF2-2011/2013) (TJRN-2013)
(MPF-2013) (PGDF-2013) (MPPR-2008/2011/2013/2014) (MPPE-2014) (DPEMG-2014) (DPEPB-2014) (TRT18-2014)
(MPSP-2005/2006/2011/2015) (MPMS-2013/2015) (TJMS-2015) (DPEPA-2015) (DPEES-2009/2016) (DPEBA-2016)
(DPEMT-2016) (MPRR-2012/2017) (PCAC-2017) (DPEPE-2015/2018) (DPEMA-2018) (PGETO-2018) (PCBA-2018)
(MPPI-2012/2019) (TJAC-2019) (MPAP-2012/2021) (MPSC-2010/2012/2013/2021) (MPDFT-2011/2013/2015/2021)
(DPERJ-2021) (DPERR-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (MPGO-2012/2013/2014/2016/2022) (MPAC-2022)
(MPMG-2011/2013/2014/2018/2023) (MPBA-2023) (DPERO-2023) (TCERJ-2023)

#Atenção: #STF: #DOD: #MPMG-2018: #MPGO-2022: #FGV: A associação privada autora de


uma ACP pode fazer transação com o réu e pedir a extinção do processo, nos termos do art. 487,
III, “b”, do CPC. O art. 5º, § 6º da LAP prevê que os órgãos públicos podem fazer acordos nas
ações civis públicas em curso, não mencionando as associações privadas. Apesar disso, a
ausência de disposição normativa expressa [na LACP] no que concerne a associações
privadas não afasta a viabilidade do acordo. Isso porque a existência de previsão explícita
unicamente quanto aos entes públicos diz respeito ao fato de que somente podem fazer o que a
lei determina, ao passo que aos entes privados é dado fazer tudo que a lei não proíbe. STF.
Plenário. ADPF 165/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 1º/3/18 (Info 892).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Mesmo sem previsão legal as associações privadas
podem transacionar em ações civis públicas: O STF afirmou que, mesmo sem previsão normativa
expressa, as associações privadas também podem fazer acordos nas ações coletivas. Assim, a
ausência de disposição normativa expressa no que concerne a associações privadas não afasta a
viabilidade do acordo. Isso porque a existência de previsão explícita unicamente quanto aos entes
públicos diz respeito ao fato de que somente podem fazer o que a lei determina, ao passo que aos
entes privados é dado fazer tudo que a lei não proíbe. Para o Min. Ricardo Lewandoswki, “não faria
sentido prever um modelo que autoriza a justiciabilidade privada de direitos e, simultaneamente, deixar de
conferir aos entes privados as mais comezinhas faculdades processuais, tais como a de firmar acordos.”

#Atenção: #STJ: #PGETO-2018: #FCC: (...) 2. O Termo de Ajustamento, por força de lei, encerra
transação para cuja validade é imprescindível a presença dos elementos mínimos de existência,
validade e eficácia à caracterização deste negócio jurídico. 3. Sob esse enfoque a abalizada
doutrina sobre o tema assenta: “(…) Como todo negócio jurídico, o ajustamento de conduta pode
ser compreendido nos planos de existência, validade e eficácia. Essa análise pode resultar em uma
fragmentação artificial do fenômeno jurídico, posto que a existência, a validade e a eficácia são
aspectos de uma mesmíssima realidade. Todavia, a utilidade da mesma supera esse inconveniente.
(…) Para existir o ajuste carece da presença dos agentes representando dois “centros de interesses,
ou seja, um ou mais compromitentes e um ou mais compromissários; tem que possuir um objeto
que se consubstancie em cumprimento de obrigações e deveres; deve existir o acordo de vontades
e ser veiculado através de uma forma perceptível (…) (RODRIGUES, Geisa de Assis, Ação Civil
Pública e Termo de Ajustamento de Conduta, Rio de Janeiro, Ed. Forense, 2002, p. 198).
(Grifamos). 4. Consectariamente, é nulo o título subjacente ao termo de ajustamento de conduta
cujas obrigações não foram livremente pactuadas, consoante adverte a doutrina, verbis:”(…) Para
ser celebrado, o TAC exige uma negociação prévia entre as partes interessadas com o intuito de
definir o conteúdo do compromisso, não podendo o Ministério Público ou qualquer outro ente
ou órgão público legitimado impor sua aceitação. Caso a negociação não chegue a termo, a
matéria certamente passará a ser discutida no âmbito judicial. (FARIAS, Talden, Termo de
Ajustamento e Conduta e acesso à Justiça, in Revista Dialética de Direito Processual, São Paulo,
v.LII, p. 121). 5. O Tribunal a quo à luz do contexto fático-probatório encartado nos autos,
insindicável pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça, consignou que: (a) o Termo de Ajustamento
de Conduta in foco não transpõe a linde da existência no mundo jurídico, em razão de o mesmo
não refletir o pleno acordo de vontade das partes, mas, ao revés, imposição do membro do
Parquet Estadual, o qual oficiara no inquérito; (b) a prova constante dos autos revela de forma
inequívoca que a notificação da parte, ora Recorrida, para comparecer à Promotoria de Defesa
Comunitária de Estrela-RS, para “negociar” o Termo de Ajustamento de Conduta, se deu à guisa
de incursão em crime de desobediência; (c) a Requerida, naquela ocasião desprovida de
representação por advogado, firmou o Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério
Público Estadual no sentido de apresentar projeto de reflorestamento e doar um microcomputador
à Agência Florestal de Lajeado, órgão subordinado ao Executivo Estadual do Rio Grande do Sul;
(e) posteriormente, a parte, ora Recorrida, sob patrocínio de advogado, manifestou sua
inconformidade quanto aos termos da avença celebrada com o Parquet Estadual, requerendo a
revogação da mesma, consoante se infere do excerto do voto condutor dos Embargos Infringentes
à fl. 466. 6. A exegese do art. 3º da Lei 7.347/85 (“A ação civil poderá ter por objeto a condenação
em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”), a conjunção “ou” deve ser
considerada com o sentido de adição (permitindo, com a cumulação dos pedidos, a tutela integral
do meio ambiente) e não o de alternativa excludente (o que tornaria a ação civil pública
instrumento inadequado a seus fins). Precedente do STJ:REsp 625.249/PR, Rel. Min. LUIZ FUX, 1ª
Turma, DJ 31/08/06). 7. A reparação de danos, mediante indenização de caráter compensatório,
deve se realizar com a entrega de dinheiro, o qual reverterá para o fundo a que alude o art. 13 da
Lei 7345/85. 8.Destarte, não é permitido em Ação Civil Pública a condenação, a título de
indenização, à entrega de bem móvel para uso de órgão da Administração Pública. 9. Sob esse
ângulo, sobressai nulo o Termo de Ajustamento de Conduta in foco, por força da inclusão de
obrigação de dar equipamento de informática à Agência de Florestal de Lajeado. 10. Nesse sentido
direciona a notável doutrina:“(…)como o compromisso de ajustamento às “exigências legais”
substitui a fase de conhecimento da ação civil pública, contemplando o que nela poderia ser
deduzido, são três as espécies de obrigações que, pela ordem, nele podem figurar: (i) de não fazer,
que se traduz na cessação imediata de toda e qualquer ação ou atividade, atual ou iminente, capaz
de comprometer a qualidade ambiental; (ii) de fazer, que diz com a recuperação do ambiente
lesado; e (iii) de dar, que consiste na fixação de indenização correspondente ao valor econômico
dos danos ambientais irreparáveis (Edis Milaré, Direito Ambiental, p. 823, 2004). 11.
Consectariamente, é nula a homologação de pedido de arquivamento de inquérito civil público
instaurado para a apuração de dano ambiental, pelo Conselho Superior do Ministério Público, à
míngua de análise da inconformidade manifestada pelo compromitente quanto ao teor do ajuste.
12. A legislação faculta às associações legitimadas o oferecimento de razões escritas ou
documentos, antes da homologação ou da rejeição do arquivamento (art. 5º, V, “a” e “b”, da Lei
7347/85), sendo certo, ainda, que na via administrativa vigora o princípio da verdade real, o qual
autoriza à Administração utilizar-se de qualquer prova ou dado novo, objetivando, em última
ratio, a aferição da existência de lesão a interesses sob sua tutela. 13. Mutatis mutandis, os demais
interessados, desde que o arquivamento não tenha sido reexaminado pelo Conselho Superior,
poderão oferecer razões escritas ou documentos, máxime porque a reapreciação de ato inerente à
função institucional do Ministério Público Federal, como no caso em exame, não pode se dar ao
largo da análise de eventual ilegalidade perpetrada pelo órgão originário, mercê da inarredável
função fiscalizadora do Parquet. 14. Sob esse enfoque não dissente a doutrina ao assentar: “A
homologação a que se refere o dispositivo, contudo, não tem mero caráter administrativo, nela
havendo também certo grau de institucionalidade. Note-se a diferença. Não trata a lei de mera
operação na qual um ato administrativo é subordinado à apreciação de outra autoridade. Trata-se,
isso sim, de reapreciação de ato inerente à função institucional do Ministério Público, qual seja, a
de defender os interesses difusos e coletivos, postulado que, como já anotamos, tem fundamento
constitucional. Por isso mesmo, não bastará dizer-se que o Conselho Superior examina a
legalidade da promoção de arquivamento. Vai muito além na revisão. Ao exame de inquérito ou
das peças informativas, o Conselho reaprecia todos os elementos que lhe foram remetidos,
inclusive – e este ponto é importante – procede à própria reavaliação desses elementos. Vale dizer:
o que para o órgão responsável pela promoção de arquivamento conduzia à impossibilidade de
ser proposta a ação civil, para o Conselho Superior os elementos coligidos levariam à viabilidade
da propositura. O poder de revisão, em conseqüência, implica na possibilidade de o Conselho
Superior substituir o juízo de valoração do órgão originário pelo seu próprio(…) José dos Santos
Carvalho Filho, in Ação Civil Pública, Comentários por Artigo, 7ª ed; Lumen Juris; Rio de Janeiro,
2009, p. 313-316) grifos no original 15. A apelação que decide pela inexigibilidade do Termo de
Ajustamento de Conduta – TAC, por maioria, malgrado aluda à carência, encerra decisão de
mérito, e, a fortiori, desafia Embargos Infringentes. 16. In casu, as razões de decidir do voto
condutor dos Embargos Infringentes revelam que análise recursal se deu nos limites do voto
parcialmente divergente de fls. 399/402, fato que afasta a nulidade do referido acórdão suscitada
pelo MPF à fl. 458. STJ. 1ª T., REsp 802.060/RS, Rel. Min. Luiz Fux, j. 17/12/09.

(TCERJ-2023-CESPE): Julgue o próximo itm, referentes aos procedimentos especiais previstos no


CPC, ao mandado de segurança, à ação civil pública e à ação de improbidade administrativa: A
pessoa jurídica de direito público legitimada a ajuizar ação civil pública está legalmente
autorizada a firmar compromisso de ajustamento de conduta com os responsáveis pela lesão a
direito coletivo. BL: art. 5º, §6º, LACP.

(MPSC-2021-CESPE): Acerca do controle na administração pública, julgue o item subsequente: A


possibilidade de o Ministério Público realizar termo de ajustamento de conduta (TAC) como tutela
dos interesses transindividuais é uma das normas introduzidas no ordenamento jurídico brasileiro
que inaugura uma nova faceta do direito administrativo, de modo a permitir a utilização de
instrumento extrajudicial para pacificação de conflitos coletivos. BL: art. 5º, §6º, LACP.

#Atenção: #MPSC-2021: #MPBA-2023: #CESPE: Sobre o tema, Talden Farias explica que “o Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC) é um acordo celebrado entre as partes interessadas com o objetivo de
proteger direitos de caráter transindividual. Trata-se de um título executivo extrajudicial que contém pelo
menos uma obrigação de fazer ou de não fazer e a correspondente cominação para o caso de seu
descumprimento. Foi esse o foco do § 6º ao art. 5º da Lei 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública – LACP). (...)”
(Fonte:
https://www.conjur.com.br/2020-abr-04/ambiente-juridico-termo-ajustamento-conduta-celeridade-pro
cessual).

(TJSP-2018-VUNESP): Um termo de ajustamento de conduta celebrado em relação a uma questão


de natureza ambiental tem a natureza de título executivo. BL: art. 79-A, Lei de Crimes
Ambientais8 e art. 5º, §6º, LACP.

#Atenção: #MPMG-2014: A assinatura do termo de ajustamento de conduta, previsto no art. 5°,


§6° da LACP e no art. 211 do ECA, NÃO é um direito subjetivo do particular.

#Atenção: #DPEMT-2016: #UFMT: Natureza Jurídica do compromisso de ajustamento de


conduta: Há bastante controvérsia acerca da natureza jurídica do compromisso. A doutrina se
divide em: i) transação; (b) negócio jurídico bilateral sui generis. No art. 1º da Resolução 179/17 do
CNMP o definiu como negócio jurídico.9

(MPSC-2014): Embora os colegitimados à propositura da ação civil pública não sejam os titulares
dos direitos e interesses que defendem em juízo (pois são direitos difusos, coletivos ou individuais
homogêneos), admite-se a possibilidade de celebração de acordos. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc.
civil)

#Atenção: #MPSC-2013: Vejamos a seguinte diferença entre o TAC Judicial e o TAC


Extrajudicial (Fonte: Col. Leis Comentadas para concursos. Direitos Difusos e Coletivos,
Juspodivm, 2016, p. 216).
⮚ TAC Judicial: TODOS os colegitimados poderão formular o TAC.
⮚ TAC Extrajudicial: APENAS os órgãos públicos legitimados poderão formular o TAC
(inclusive a Defensoria Pública).

(MPMT-2012): Sobre o microssistema processual coletivo, assinale a afirmativa correta: O


compromisso de ajustamento de conduta, segundo a doutrina, possui, no mínimo, duas grandes
vantagens sobre a via judicial; a primeira consiste em equacionar de forma mais rápida e efetiva a

8
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA,
responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e
das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força
de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis
pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de
recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores.
9
Art. 1º O compromisso de ajustamento de conduta é instrumento de garantia dos direitos e interesses
difusos e coletivos, individuais homogêneos e outros direitos de cuja defesa está incumbido o Ministério
Público, com natureza de NEGÓCIO JURÍDICO que tem por finalidade a adequação da conduta às
exigências legais e constitucionais, com eficácia de TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL a partir da
celebração.
irregularidade e a segunda consiste na previsão de mecanismos de sanções exigíveis desde logo
para o caso de descumprimento das obrigações. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)

(MPMT-2012): Sobre o microssistema processual coletivo, assinale a afirmativa correta: O


compromisso de ajustamento de conduta é uma negociação que se estabelece entre os órgãos
públicos legitimados a propor a Ação Civil Pública e os descumpridores da legislação de regência
da matéria. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)

(MPSE-2010-CESPE): Assinale a opção correta acerca do compromisso de ajustamento de conduta:


O termo de ajustamento de conduta, sem embargo de possuir força executiva, pode conter
cláusula cominatória não consubstanciada necessariamente em multa diária, abrangendo qualquer
outro tipo de obrigação. BL: art. 5º, 6º, LACP.

(DPEAL-2009-CESPE): Em ação civil pública, a DP pode tomar compromisso de ajustamento de


conduta do causador do dano a interesses transindividuais. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)

(MPAM-2007-CESPE): Acerca do termo de ajustamento de conduta, assinale a opção correta: A


legitimidade ativa para a celebração do termo de ajustamento de conduta é concorrente e
disjuntiva. BL: art. 5º, 6º, LACP.

Art. 6º Qualquer pessoa PODERÁ e o servidor público DEVERÁ PROVOCAR a iniciativa


do Ministério Público, MINISTRANDO-LHE informações sobre fatos que CONSTITUAM
OBJETO DA AÇÃO CIVIL e INDICANDO-LHE os elementos de convicção. (TRF5-2011) (MPAP-2012)
(MPPI-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2013) (MPPR-2014) (PGM-POA/RS-2016) (Anal. Judic./TRF1-2017) (MPBA-2018)
(PCBA-2018) (Cartórios/TJGO-2021)

Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais TIVEREM conhecimento de


fatos que POSSAM ENSEJAR a PROPOSITURA DA AÇÃO CIVIL, REMETERÃO peças ao
Ministério Público para as providências cabíveis. (TJAL-2008) (MPPE-2008) (TRF3-2011) (MPGO-2012)
(MPSP-2013) (MPPR-2014) (TJRS-2016) (MPPI-2019) (Cartórios/TJGO-2021)

(MPPI-2019-CESPE): No exercício de suas funções, o juiz de direito que tomar conhecimento de


fatos que possam ensejar a propositura de ação civil pública deverá, para que sejam tomadas as
providências cabíveis, remeter peças ao MP. BL: art. 7º, LACP.

#Atenção: A ACP não poderá ser instaurada pelo juiz de direito de ofício.

Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado PODERÁ REQUERER às autoridades


competentes as certidões e informações que julgar necessárias, A SEREM FORNECIDAS no prazo
de 15 (quinze) dias. (TJPI-2007) (MPDFT-2009) (DPEMA-2009) (TRF1-2009) (TJMS-2010) (MPSC-2010/2012)
(DPEMS-2012) (MPGO-2013) (MPMS-2013) (MPPE-2008/2014) (MPSP-2013/2017) (MPPR-2012/2013/2014/2017)
(MPRR-2017) (DPEPE-2018) (MPBA-2010/2018) (PGM-Rio Branco/AC-2023)

(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: A Lei da Ação Civil Pública prevê a possibilidade de
o interessado requerer às autoridades competentes informações necessárias para instruir a petição
inicial, que devem ser fornecidas no prazo estabelecido no referido instrumento normativo. BL:
art. 8º, LACP.

§ 1º O Ministério Público PODERÁ INSTAURAR, sob sua presidência, INQUÉRITO


CIVIL, ou REQUISITAR, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual NÃO PODERÁ SER INFERIOR a 10 (dez) dias
ÚTEIS. (TJPI-2007) (DPEPI-2009) (TRF1-2009) (TJMS-2010) (MPRO-2010) (TJPE-2011) (TJPR-2011) (TJSP-2011)
(MPCE-2011) (PGERO-2011) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (DPEAC-2012) (DPEMS-2012) (PGEAC-2012) (MPMS-2013)
(DPEAM-2013) (MPPE-2008/2014) (MPAM-2015) (TRT16-2015) (MPPR-2012/2013/2014/2016) (TJRJ-2016)
(MPSP-2012/2013/2015/2017) (MPRR-2017) (TRF2-2017) (MPBA-2010/2015/2018) (DPEPE-2015/2018) (PCBA-2018)
(MPGO-2012/2013/2019) (MPPI-2019) (DPEDF-2019) (DPESP-2019) (MPDFT-2009/2013/2015/2021) (MPAP-2021)
(DPERR-2021) (DPEPR-2022) (DPERO-2017/2023) (MPMG-2010/2014/2019/2023)
(MPSC-2010/2012/2013/2014/2019/2021/2023)

#Atenção: #STF: #MPRO-2010: #MPMG-2014: #CESPE: O habeas corpus não é meio hábil para
questionar-se aspectos ligados quer ao inquérito civil público, quer à ação civil pública,
porquanto, nesses procedimentos, não se faz em jogo, sequer na via indireta, a liberdade de ir e
vir. STF. 1ª T., HC 90378, Rel. Marco Aurélio, j. 13/10/09.
#Atenção: #MPDFT-2009/2013: #MPBA-2010: #MPGO-2012: #MPSC-2014: #DPEDF-2019:
#DPEPR-2022: #MPMG-2010/2019/2023: #AOCP: #CESPE: Quem preside o inquérito civil, com
exclusividade, é o MP. Por isso, os demais colegitimados não podem instaurar IC, devendo
angariar as provas através de outros meios, como, por exemplo, requerendo às autoridades
competentes certidões e informações que julgar necessárias a serem fornecidas no prazo de 15 dias
(art. 8º caput).

#Atenção: #DOD: #MPRO-2010: #PGERO-2011: #TJBA-2012: #DPEAC-2012: #MPGO-2012/2013:


#MPMS-2013: #TRT16-2015: #CESPE: O que é um inquérito civil? É um procedimento
administrativo, investigativo, de natureza inquisitorial, instaurado pelo membro do MP com a
finalidade de apurar fatos que podem ser objeto de uma ACP, que não está sujeito
necessariamente aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

#Atenção: #DOD: #MPPE-2008: #MPRO-2010: #PGERO-2011: #TJBA-2012: #MPAL-2012:


#DPEAC-2012: #MPDFT-2009/2013: #MPGO-2012/2013: #MPMS-2013: #TJSE-2015:
#TRT16-2015: #MPPR-2016: #TRF2-2017: #MPBA-2010/2018: #MPPI-2019: #DPESP-2019:
#MPMG-2010/2019/2023: #MPSC-2021/2023: #CESPE: #FCC: Quais são as suas principais
características? a) procedimento administrativo; b) investigativo; c) inquisitorial (para a maioria,
não existe contraditório e ampla defesa) (art. 3º, Res. 23/07-CNMP); d) unilateral; e) não
obrigatório (facultativo - dispensável) (art. 1º, §único Res. 23/07-CNMP); f) público (art. 7º, Res.
23/07-CNMP); g) exclusivo do MP (só ele pode instaurar) (art. 8º, LACP).
(MPPI-2019-CESPE): No âmbito da ação civil pública, o inquérito civil é facultativo, de titularidade
exclusiva do MP, e tem como objetivo angariar provas e elementos de convicção para o exercício da
ação. BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 1º da Res. 23/07, CNMP.10
(MPPR-2016): Assinale a alternativa correta: São características do inquérito civil: a publicidade, a
inquisitoriedade, a dispensabilidade e a titularidade exclusiva do MP. BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 1º
da Res. 23/07, CNMP.
(TJSE-2015-FCC): O inquérito civil público, é instrumento investigatório exclusivo do MP. BL: art. 8º,
§1º, LACP e art. 1º da Res. 23/07, CNMP.
#Atenção: O inquérito civil é instrumento de investigação exclusivo do MP (art. 8º, § 1º, LACP), não
obstante a legitimidade concorrente e disjuntiva para ajuizamento de ACP (art. 5º da LACP).
(MPAL-2012-FCC): A ação civil pública independe da prévia instauração de inquérito civil. BL: art.
8º, §1º, LACP e art. 1º da Res. 23/07, CNMP.
(MPRO-2010-CESPE): Com referência ao instituto do inquérito civil público, assinale a opção
correta: O inquérito civil, em que não há, em regra, a necessidade de se atender aos princípios do
contraditório e da ampla defesa, constitui procedimento meramente informativo, que visa à
investigação e à apuração de fatos. BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 1º da Res. 23/07, CNMP.

#Atenção: O MP não depende de ordem judicial para requisitar de órgãos públicos e de


particulares documentos e informações necessárias a formar sua opinião acerca da existência de
ameaça ou de violação a direitos coletivos.

#Atenção: Em que pese o inquérito civil não seja peça essencial à propositura da ACP, pode servir
para embasá-la, seja ela ajuizada contra agente político ou contra qualquer outra pessoa
legitimada a figurar no polo passivo da ação.

#Atenção: #TRT9-2009: #MPGO-2019: Origem do Inquérito Civil: Foi criado em 1985, pelos arts.
8º e 9º da Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/85), e se encontra hoje consagrado no art. 129, III, da
CF/88.

(MPBA-2018): Marque a opção correta: O MP poderá instaurar, sob a sua presidência, inquérito
civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames
ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias úteis. BL: art. 8º, §1º,
LACP.

(MPPR-2016): Sobre o inquérito civil, assinale a alternativa correta: O MP poderá instaurar


inquérito civil, prevendo a Lei 7.347/85 que nas requisições, dirigidas a qualquer organismo
público ou particular, o prazo mínimo a ser assinalado é de 10 dias úteis. BL: art. 8º, §1º, LACP.

10
Art. 1º O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será instaurado para apurar fato que possa
autorizar a tutela dos interesses ou direitos a cargo do Ministério Público nos termos da legislação
aplicável, servindo como preparação para o exercício das atribuições inerentes às suas funções
institucionais. Parágrafo único. O inquérito civil não é condição de procedibilidade para o ajuizamento
das ações a cargo do Ministério Público, nem para a realização das demais medidas de sua atribuição
própria.
(MPSC-2014): O MP pode investigar fatos que em tese configurem as infrações previstas na Lei
8.429/92, fazendo uso, para tanto, do inquérito civil, com fundamento na Lei 7.347/85.

#Atenção: #DPEAC-2012: #MPSC-2014: #DPEPE-2015: #CESPE: Tanto a doutrina quanto a


jurisprudência têm aceitado o uso da ACP, naquilo que não for contrário a Lei 8429/92, para a
ação de improbidade administrativa.

(MPMG-2014): É correto concluir, quanto ao inquérito civil: Eventual irregularidade praticada em


seu bojo não é capaz de inquinar de nulidade ação civil pública se observadas as garantias do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 188, NCPC.

#Atenção: A questão está de acordo com o que dispõe o princípio da instrumentalidade das
formas, positivado no art. 188, do CPC/15: "Os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro
modo, lhe preencham a finalidade essencial". Não havendo prejuízo a algum direito fundamental do
processo, tal qual o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório, não deve o juiz
declarar nula uma ACP em razão de eventual irregularidade que não provoque um prejuízo que
não possa ser sanado.

(MPMG-2014): É correto concluir, quanto ao inquérito civil: O habeas corpus não se presta para
impedir o seu prosseguimento pelo fato de apurar eventual ato de improbidade administrativa.
BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 5º, LXVIII, CF.

#Atenção: A CF dispõe que "conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder" (art. 5º
LXVIII, CF). Como se observa, esta ação tem cabimento restrito e não se presta a impedir
prosseguimento de inquérito civil que apura eventual ato de improbidade, a não ser que o
investigado esteja sofrendo, ou esteja na iminência de sofrer, lesão ao seu direito de livre
locomoção.

(DPEAM-2013-FCC): Com relação à legitimidade ativa para propor ação civil pública, é correto
afirmar: Nos termos da Lei da Ação Civil Pública, dentre os legitimados ativos para a sua
propositura, somente o MP pode instaurar inquérito civil. BL: art. 5º, caput e art. 8º, §1º, LACP.

(DPEPI-2009-CESPE): A respeito do inquérito civil, assinale a opção correta: O inquérito civil


pode ser instaurado para investigar um estado de coisas, como a poluição de um rio, ou uma
situação permanente. BL: art. 8º, §1º, LACP.

#Atenção: Hugo Nigro Mazzilli explica que, “além disso, muitas vezes os ilícitos civis podem constituir
uma situação permanente, ou um estado de coisas e não propriamente um fato isolado”. (MAZZILLI, 1999,
p. 127).

§ 2º SOMENTE nos casos em que a lei IMPUSER SIGILO, PODERÁ SER NEGADA
certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles
documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. (MPPE-2008) (MPBA-2010) (MPCE-2011) (MPMS-2013)
(MPPR-2014) (MPSP-2017)

Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, ESGOTADAS todas as diligências, SE


CONVENCER da inexistência de fundamento para a propositura da AÇÃO CIVIL, PROMOVERÁ
o ARQUIVAMENTO dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, FAZENDO-O
fundamentadamente. (PGESP-2009) (TRF1-2009) (MPBA-2010) (MPCE-2011) (PGERO-2011) (TJPR-2011/2012)
(TJMS-2012) (MPSC-2012) (DPEES-2012) (MPPE-2008/2014) (MPGO-2012/2013/2014) (MPMG-2012/2014) (TRT18-2014)
(MPMS-2015) (TJRJ-2016) (MPPR-2011/2012/2013/2014/2017) (MPSP-2011/2012/2013/2017) (MPRR-2017) (TRF2-2017)
(MPMT-2019) (DPESP-2019)

(TRF1-2009-CESPE): Com relação à ação civil pública, à luz da Lei 7.347/85, assinale a opção
correta: O órgão do MP promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças
informativas, fundamentadamente, se, esgotadas as diligências, se convencer da inexistência de
fundamento para a propositura da ação civil. BL: art. 9º, LACP.

#Atenção: Determinar ou não o arquivamento do Inquérito Civil não é uma atividade


discricionária do MP, mas sim vinculada. Caso se verifique que há indícios suficientes de que
direito coletivo por ele tutelável esteja sendo ameaçado ou violado, é dever do MP ajuizar a ação
coletiva pertinente.

#Atenção: #DPESP-2019: #FCC: Princípio da Disponibilidade Controlada ou Motivada.

§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação ARQUIVADAS SERÃO


REMETIDOS, sob pena de SE INCORRER EM FALTA GRAVE, no prazo de 3 (três) dias, ao
Conselho Superior do Ministério Público. (TJPI-2007) (DPEPI-2009) (PGESP-2009) (MPBA-2010)
(TJMS-2010/2012) (MPSC-2010/2012) (TJPR-2012) (MPMG-2012) (DPEES-2012) (MPSP-2012/2013) (MPPE-2008/2014)
(MPGO-2010/2013/2014) (TRT18-2014) (MPAM-2015) (MPMS-2015) (MPPR-2008/2011/2012/2013/2014/2016/2017)
(TRF2-2017) (MPPB-2018) (MPMT-2019) (DPESP-2019)

(MPPB-2018-FCC): Promovido o arquivamento do inquérito civil ou das peças de informação


sobre interesses coletivos lato sensu, caberá ao órgão do MP encaminhá-los ao Conselho Superior
do MP em até três dias para a necessária revisão, sob pena de falta grave. BL: art. 9º, §1º, LACP.

(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: A Lei da Ação Civil Pública possui disposições
atinentes ao arquivamento do Inquérito Civil pelo MP, inclusive quanto à necessidade de sua
remessa ao Conselho Superior. BL: art. 9º, caput e §1º, LACP.

(MPPR-2016): Sobre o inquérito civil, assinale a alternativa correta: Caso os autos do inquérito
civil arquivado pelo Promotor de Justiça não seja remetido no prazo de 3 dias ao Conselho
Superior do MP, a Lei 7.347/85 prevê, expressamente, a ocorrência de falta grave. BL: art. 9º, §1º,
LACP.

(MPSC-2010): Quando o acordo entre o autor e réu é celebrado no bojo da ação civil pública, com
a homologação judicial, não há necessidade de envio ao Conselho Superior do MP para, conforme
estipula o art. 9o. Parágrafo 1o, da Lei 7347/85. BL: art. 9º, §1º, LACP.

§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, SEJA


HOMOLOGADA ou REJEITADA a PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO, PODERÃO as
associações legitimadas APRESENTAR razões escritas ou documentos, que serão juntados aos
autos do inquérito ou anexados às peças de informação. (MPDFT-2009) (PGESP-2009) (MPMG-2012)
(MPGO-2013) (MPPR-2013) (MPAM-2015) (MPMS-2015) (MPMT-2019)

#Atenção: Não há previsão no parágrafo 2º de prazo determinado.

§ 3º A PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO SERÁ SUBMETIDA a exame e deliberação do


Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. (MPDFT-2009)
(PGESP-2009) (MPBA-2010) (PGERO-2011) (TJMS-2010/2012) (MPMG-2012) (MPPR-2011/2013) (MPGO-2013)
(MPMS-2015) (MPSP-2012/2013/2017) (MPMT-2019)

(MPMG-2012): No princípio da década de 80, a Ação Civil Pública ingressou no ordenamento


jurídico pátrio através da LC nº 40/81 que instituiu a Lei Orgânica do MP. Dentre as funções dos
representantes ministeriais, foi inserida a promoção da ação civil pública disposta no art. 3º inciso
III. Naquele mesmo ano, a Política Nacional do meio ambiente foi regulamentada pela Lei 6.938 e
previa como atributo do MP, da União e dos Estados a propositura de ação de responsabilidade
civil para reparação dos danos causados ao meio ambiente. Porém, somente em 1985, foi
publicada a Lei 7.347 que disciplinou a ação civil pública de responsabilidade por danos, inserindo
no ordenamento jurídico o Inquérito Civil Público. Tratando-se do procedimento do Inquérito
Civil, é correto afirmar que a promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do
Conselho Superior do MP. BL: art. 9º, §3º, LACP. (CPC)

(MPDFT-2009): É o Conselho Superior do MP que homologa ou rejeita a promoção de


arquivamento do inquérito civil. BL: art. 9º, §§2º e 3º, LACP. (CPC)

§ 4º DEIXANDO o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento,


DESIGNARÁ, desde logo, outro órgão do Ministério Público PARA O AJUIZAMENTO DA
AÇÃO. (PGESP-2009) (TJMS-2010/2012) (TJPR-2012) (MPMG-2012) (MPGO-2010/2012/2013) (MPSP-2011/2012/2013)
(MPPR-2012/2013) (MPPE-2014) (MPAM-2015) (MPMS-2015) (MPMT-2019)
(MPAM-2015-FMP): Considere as seguintes assertivas sobre a atuação extrajudicial do MP, nos
termos da Lei 7.347/85, com as modificações posteriores: Se o Conselho Superior do MP deixar de
homologar a promoção de arquivamento, o Conselho Superior designará, desde logo, outro órgão
do MP para o ajuizamento da ação civil pública. BL: art. 9º, §4º, LACP. (CPC)

(TJPR-2012): Em relação ao arquivamento de inquérito civil público, afirma-se: Deixando o


Conselho Superior do MP de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo,
outro órgão do MP para o ajuizamento da ação. BL: art. 9º, §4º da LACP. (difusos)

Art. 10. CONSTITUI CRIME, punido com PENA DE RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos,
mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a
RECUSA, o RETARDAMENTO ou a OMISSÃO de dados técnicos indispensáveis à propositura
da ação civil, quando REQUISITADOS pelo Ministério Público. (TJPI-2007) (MPES-2010) (PGEAM-2010)
(DPERO-2012) (PGEAC-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2014) (MPPR-2008/2014/2017)

#Atenção: #STJ: #DOD: Para que se configure o delito, é indispensável que as informações
requisitadas sejam indispensáveis à propositura de ACP: A Lei de ACP (Lei 7.347/85) prevê
como crime a seguinte conduta: “Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3
(três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a
recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando
requisitados pelo Ministério Público”. O crime consiste na conduta da pessoa que recebeu uma
requisição do MP que exigia determinado documento e/ou informação e o destinatário, em vez de
cumpri-la, recusa, retarda ou se omite. O STJ entende que se as informações requisitadas pelo MP
não forem INDISPENSÁVEIS à propositura da ACP, não haverá crime. Ex: o MP instaurou IC e
requisitou determinadas informações do Secretário de Saúde. Este prestou as informações fora do
prazo assinalado, de forma que houve retardamento. Em tese, o agente público teria praticado o
crime do art. 10. Ocorre que, após receber as informações, o MP decidiu arquivar o IC por
entender que não houve qualquer violação a direitos transindividuais. Por via de consequência,
não existiu o crime do art. 10, já que as informações retardadas não eram indispensáveis à
propositura de ACP. STJ. 5ª Turma. HC 303.856-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 7/4/2015
(Info 560).

(MPSC-2014): Para instruir o inquérito civil, o MP poderá requisitar de qualquer organismo


público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, desde
que não inferior a 10 dias úteis, caracterizando crime a recusa, o retardamento ou a omissão de
dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil. BL: art. 8º, §1ºe art. 10 da LACP. (proc.
civil)

#Atenção: Não devemos confundir com o crime de desobediência do art. 330 do CP ("Desobedecer a
ordem legal de funcionário público"), que é norma geral. O crime tipificado na Lei de ACP é crime
previsto em lei especial e lei especial derroga lei geral. Vejamos seguinte trecho de julgado do STJ:
“(...) O crime descrito no art. 10 (Lei 7.347/85) é norma especial em relação ao crime de
desobediência (CP, art. 330). Norma specialis derogat generalem." (STJ, REsp 66.854-9/DF, Rel.
Min. Luiz Vicente Cernicchiaro. j. 17/9/96).

(MPPR-2008): A omissão de dados técnicos requisitados pelo MP para a propositura de ação civil
caracteriza crime previsto na Lei de Ação Civil Púbica, salvo quando tais dados forem
dispensáveis à propositura da mencionada demanda. BL: art. 10, LACP.

Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação DE FAZER ou NÃO
FAZER, o juiz DETERMINARÁ o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da
atividade nociva, SOB PENA de EXECUÇÃO ESPECÍFICA, ou de COMINAÇÃO DE MULTA
DIÁRIA, SE ESTA FOR suficiente ou compatível, INDEPENDENTEMENTE de requerimento do
autor. (MPMT-2008) (MPBA-2010) (MPMG-2010) (MPSC-2010) (AGU-2010) (TRF3-2011) (TJBA-2012) (MPPI-2012)
(DPESE-2012) (MPPR-2008/2011/2012/2013) (TJRN-2013) (MPGO-2013) (DPEAM-2013) (TJCE-2014) (DPEMS-2014)
(PGERN-2014) (MPT-2009/2015) (MPDFT-2013/2015) (MPSP-2008/2017) (TRF5-2017) (MPPB-2018)

(MPPB-2018-FCC): No que se refere à ação civil pública, na ação que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará o cumprimento da prestação
da atividade devida ou a cessação da atividade nociva, sob pena de execução específica, ou de
cominação de multa diária, se esta for suficiente ou compatível, independentemente de
requerimento do autor. BL: art. 11, LACP.
(MPSP-2017): Com relação à ação civil pública, assinale a alternativa correta: Na ação que tenha
por objeto o cumprimento da obrigação de fazer, o juiz determinará a cumprimento da prestação
da atividade devida, sob pena de execução específica, ou de cominação de multa diária,
independentemente de requerimento do autor, se esta for suficiente e compatível. BL: art. 11,
LACP.

(TJBA-2012-CESPE): No que se refere à tutela processual do meio ambiente e à responsabilidade


pelo dano ambiental, independentemente de requerimento do autor, pode o juiz, em decisão
relativa a ação civil pública, impor multa diária ao réu em substituição à execução específica da
obrigação de fazer ou não fazer, se a multa for suficiente ou compatível. BL: art. 11, LACP. (amb.)

Art. 12. PODERÁ o juiz CONCEDER MANDADO LIMINAR, com ou sem justificação
prévia, em decisão sujeita a agravo. (TJDFT-2007) (MPGO-2010) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010)
(TJRO-2011) (MPMG-2011) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPSC-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012)
(PGEMG-2012) (MPDFT-2009/2011/2013) (DPEAM-2013) (DPESP-2013) (TJCE-2014) (PGERN-2014) (DPEBA-2016)
(PGESP-2009/2018) (MPPB-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPESC-2021) (TJSC-2022) (PGM-Rio
Branco/AC-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)

§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave


lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, PODERÁ o Presidente do Tribunal a
que competir o conhecimento do respectivo recurso SUSPENDER a EXECUÇÃO DA LIMINAR,
em decisão fundamentada, da qual CABERÁ AGRAVO para uma das turmas julgadoras, no prazo
de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato. (MPSE-2010) (PGEGO-2010) (TJRO-2011) (MPDFT-2011)
(PGEMG-2012) (AGU-2012) (Cartórios/TJES-2013) (TJRJ-2014) (PGERN-2014) (PGM-Suzano/SP-2015) (DPEBA-2016)
(MPSP-2008/2017) (PGESP-2009/2018) (DPESC-2021) (TJSC-2022)

(TJSC-2022-FGV): Ajuizada pelo Ministério Público determinada ação civil pública, o juiz da
causa procedeu ao juízo positivo de admissibilidade da demanda e, também, deferiu a tutela
provisória de urgência requerida na petição inicial. Depois de sua regular citação, o Município
demandado, sem prejuízo do oferecimento de contestação e da interposição de agravo de
instrumento para impugnar o provimento concessivo da medida liminar, requereu ao presidente
do tribunal a suspensão de sua eficácia, aferrando-se ao argumento de que as suas consequências
seriam lesivas à ordem e à economia públicas. Não obstante, o presidente do tribunal, apreciando
os argumentos da pessoa jurídica de direito público, indeferiu o seu pleito de suspensão de
execução da tutela provisória. Inconformado com essa decisão, o Município, através do órgão da
Advocacia Pública, poderá interpor recurso de: agravo, no prazo de quinze dias. BL: art. 12, §1º,
LACP e art. 1.070, NCPC11 e Entend. Jurisprud.

#Atenção: #TJSC-2022: #FGV: Após a vigência do CPC/15, é de 15 dias o prazo para a


interposição de qualquer agravo, previsto em lei ou em regimento interno de tribunal, contra
decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, nos exatos termos do art.
1.070 do CPC/15. É nesse sentido os julgados citados abaixo.

#Atenção: #DOD: #STJ e STF: #TJSC-2022: #FGV: O prazo para a Fazenda Pública interpor
agravo interno em Suspensão de Liminar é de 15 dias e deve ser contado em dobro: #STJ: O prazo
para a Fazenda Pública interpor agravo interno em Suspensão de Liminar é de 15 dias (e não de
5 dias) e deve ser contado em dobro. STJ. Corte Especial. SLS nº 2572/DF, j. 15/12/21. STJ. Corte
Especial. AgRg no AgRg na SLS 1.955/DF, Rel. Min. Francisco Falcão, j. 18/03/15; (...) #STF: Por
outro lado, o pensamento do STF é que não se aplica o prazo em dobro: STF; SL-AgR-AgR 586;
Tribunal Pleno; Rel. Min. Presidente; DJE 25/08/17; STF; SS-AgR 4.390; Tribunal Pleno; Rel. Min.
Presidente; DJE 27/02/18.

(PGM-Suzano/SP-2015-VUNESP): Nas ações movidas contra o Poder Público, o pedido de


suspensão da execução da liminar ao presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do
respectivo recurso, com o objetivo de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à
economia pública, é cabível: no mandado de segurança, na ação civil pública, na ação popular e na
ação cautelar inominada. BL: art. 4º, §1º, Lei 8437/92; art. 15 da Lei do MS e art. 12, LACP.

#Atenção: Art. 4º e §1º da Lei 8.437/92: “Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o
conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações

11
Art. 1.070. É de 15 (quinze) dias o prazo para a interposição DE QUALQUER AGRAVO, previsto em lei
ou em regimento interno de tribunal, CONTRA decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida
em tribunal.
movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa
jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante
ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. (...) § 1°
Aplica-se o disposto neste artigo à sentença proferida em processo de ação cautelar inominada, no
processo de ação popular e na ação civil pública, enquanto não transitada em julgado.”. Agora,
vejamos o art. 15 da Lei do MS: “Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada
ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o
presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão
fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no
prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição.”

(TJRJ-2014-VUNESP): Assinale a alternativa correta, de acordo com a lei que disciplina a ação
civil pública: A liminar concedida poderá ter sua execução suspensa pelo presidente do tribunal
competente, mediante requerimento de pessoa jurídica de direito público, para evitar grave lesão à
ordem, à saúde, à segurança e à economia pública. BL: art. 12, §1º, LACP (proc. civil).

(Cartórios/TJES-2013-CESPE): A respeito de aspectos processuais da ACP, assinale a opção


correta: O pedido de suspensão da execução da liminar em ação civil pública independe da prévia
interposição de agravo e só pode ser formulado pelo MP ou pela pessoa jurídica de direito público
interessada. BL: art. 12, §1º, LACP e art. 4º, 1º, Lei 8437/92 (citado acima) (proc. civil).

(AGU-2012-CESPE): Com relação à suspensão de segurança, julgue o item subsequente: Se


determinado juiz, em ação civil pública, conceder liminar desfavorável à fazenda pública, esta
poderá interpor pedido de suspensão de segurança, ainda que esteja pendente de julgamento
agravo de instrumento interposto contra a mesma decisão. BL: art. 4º, §6º, Lei 8437/92 e art. 12,
§1º da LACP.

#Atenção: Além disso, dispõe art. 4º, §6º, Lei 8437/92, o seguinte: “§ 6o A interposição do agravo de
instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o Poder Público e seus agentes não
prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo.” Portanto,
juntamente com o agravo, é possível, sendo a liminar concedida contra a Fazenda Pública, ou
havendo interesse desta última que tenha sido atingido pelo provimento de urgência, haver
pedido de suspensão dirigido ao presidente do respectivo tribunal. (DIDIER JR., Fredie; DA
CUNHA, José Carneiro. Curso de direito processual civil, v.3. 6 ed. Salvador: Jus Podivm, 2008, p.
474). Em suma, podemos extrair as seguintes conclusões:
⮚ Contra uma decisão interlocutória proferida por um juiz, em 1ª instância, poderão ser
interpostos o agravo de instrumento e, CONCOMITANTEMENTE, o pedido de
suspensão, já que este último não é considerado recurso, mas sim um incidente processual.
Diante disso, não há incidência, no caso, do princípio da unirrecorribilidade ou da unicidade
recursal, pois o pedido de suspensão não tem natureza de recurso, mas de incidente
processual.
⮚ Além disso, os objetivos do agravo e do pedido de suspensão são diferentes. O agravo, por
exemplo, objetiva a reforma ou a anulação da decisão interlocutória através da
demonstração de "error in judicando" ou "error in procedendo", enquanto que o pedido de
suspensão se limita a sustar a eficácia da decisão, a impedir a produção de efeitos.

§ 2º A MULTA COMINADA LIMINARMENTE SÓ SERÁ EXIGÍVEL do réu após o trânsito


em julgado da decisão favorável ao autor, mas SERÁ DEVIDA desde o dia em que se HOUVER
CONFIGURADO o DESCUMPRIMENTO. (MPDFT-2011) (MPMT-2012) (MPPI-2012) (MPSC-2012)
(DPESE-2012) (TJSP-2013) (DPESP-2013) (MPPR-2014) (DPEPR-2014) (PGERN-2014) (TJGO-2015) (MPBA-2015)
(MPGO-2010/2016) (DPEBA-2016) (MPSP-2008/2015/2017) (TJPA-2019) (MPMG-2019)

(TJPA-2019-CESPE): Em ação civil pública que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de
fazer, caso o juiz determine o cumprimento de prestação da atividade devida em trinta dias,
cominando multa diária para o caso de descumprimento, a multa será exigível após o trânsito em
julgado da decisão favorável ao autor. BL: art. 11 c/c art. 12, §2º, LACP.

(MPGO-2016): Cominada liminarmente pelo juiz no bojo de ação civil pública, a multa somente
será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida
desde o dia quem se houver configurado o descumprimento. BL: art. 12, §2º, LACP.
(TJGO-2015-FCC): O MP ajuizou ação civil pública contra empresa que, sem autorização do órgão
competente, lançava efluentes líquidos ao meio ambiente. Requereu, em sede de liminar, sem
oitiva da ré, a cessação da prática lesiva. Não requereu a imposição de multa para o caso de
descumprimento. De acordo com a Lei 7.347/85, convencido da existência dos requisitos para
concessão de liminar, o juiz deverá deferir a liminar, sem oitiva da ré, se o caso impondo, de ofício,
multa para o caso de descumprimento, a qual somente será exigível após o trânsito em julgado da
decisão favorável ao MP, porém devida desde o dia em que tiver havido o descumprimento. BL:
art. 12, §2º, LACP.

(MPPI-2012-CESPE): Na ACP, o princípio da máxima efetividade confere ao juiz amplos poderes


instrutórios, independentemente de iniciativa das partes, além de concessão de liminares, sem
justificação prévia, antecipação de tutela e utilização de medidas de apoio, destinadas a assegurar
resultado prático equivalente à tutela pretendida. BL: art. 12, LACP.

Art. 13. HAVENDO condenação em dinheiro, a INDENIZAÇÃO pelo dano causado


REVERTERÁ A UM FUNDO GERIDO por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de
que PARTICIPARÃO necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade,
SENDO seus recursos DESTINADOS à RECONSTITUIÇÃO DOS BENS LESADOS. (MPSP-2008)
(TJPA-2009) (DPEMA-2009) (MPPB-2010) (TJMS-2008/2012) (TJPR-2012) (MPTO-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012)
(TRF2-2011/2013) (TJRN-2013) (AGU-2013) (MPGO-2012/2014) (DPESP-2009/2013/2015) (DPEPE-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (MPSC-2013/2016) (TJRJ-2016) (DPEBA-2016) (MPPR-2013/2014/2016/2017) (MPRO-2017)
(TRF5-2017) (DPEMA-2018) (MPPI-2012/2019) (MPDFT-2021) (DPERR-2021) (MPMG-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)

(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: Segundo a Lei da Ação Civil Pública, havendo
condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um
Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o MP e
representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados.
BL: art. 13, LACP.

(MPTO-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca da ACP: Os valores pagos pelo réu de ACP,
como forma de indenização por danos, serão revertidos a um fundo gerido por um conselho
federal ou por conselhos estaduais de que participarão necessariamente o MP e representantes da
comunidade, e os recursos se destinarão à reconstituição dos bens lesados. BL: art. 13, LACP.

#Atenção: Conforme o art. 13 da Lei 7.347/85, a indenização pelo dano causado se destinará
primeiramente ao fundo de reparação dos interesses lesados e, posteriormente os recursos deste
fundo serão destinados à reconstituição dos bens lesados.

#Atenção: O fundo de que trata é conhecido como FDDD (Fundo de Defesa dos Direitos Difusos).

(MPPB-2010-FCC): Produto de indenização do fundo previsto na Lei de Ação Civil Pública jamais
se presta à reparação de lesões individuais diferenciadas. BL: art. 1º, §3º da Lei 9008/95 e art. 13 da
LACP.

#Atenção: Perceba que não há referência de destinação do produto das indenizações agregadas ao
Fundo se prestarem à indenizações individuais. Ademais, Nelson Nery Jr (CPC Comentado),
ensina, ao dispor sobre o art. 13 da LACP, que quando houver "indenização fluida", ou seja, os
lesados serem pessoas indeterminadas, as condenações reverterão ao Fundo, agora, a indenização
advinda de reparação a pessoa determinada (direito individual homogêneo), a quantia não irá
para o Fundo, mas para a pessoa lesada. Assim, resumindo, dinheiro que entra para o Fundo não
serve para reparar lesões individuais.

#Atenção: Normas de Regência: O art. 13 da LACP trouxe somente a disciplina inicial dos fundos,
sendo que tal dispositivo criou um fundo nacional, a ser gerido por um Conselho Federal, e
autorizou a criação de fundos estaduais, a serem administrados por Conselho Estaduais, com a
mesma finalidade. Portanto, temos: a) Fundo Federal (regulamentado atualmente pela Lei
9.008/95, denominado Fundo de Defesa dos Direitos Difusos - FDD): Em algumas disposições
legais, encontra-se em contradição com o art. 13 da LACP, acabando, em tais pontos, por
derrogá-lo. b) Fundos Estaduais: Na esfera estadual, do mesmo modo, foram criados fundos para
receberem os valores em dinheiro provenientes das condenações ou dos pagamentos de multas,
sendo que a destinação dos recursos arrecadados é regulada na legislação específica de cada
Estado. (Fonte: Landolfo Andrade. Interesses Difusos e Coletivos, 2014, p. 265).
§ 1o. Enquanto o FUNDO NÃO FOR REGULAMENTADO, o dinheiro FICARÁ
DEPOSITADO em estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção monetária.
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.288, de 2010) (DPEMA-2018)

(DPEMA-2018-FCC): Em relação a tutela coletiva em juízo, é correto afirmar: A condenação em


dinheiro será revertida a Fundo Especial, e, na ausência de sua criação pelo ente político
competente, permanecerá o dinheiro aplicado em entidade oficial de crédito, para preservação e
correção monetária do objeto da condenação pecuniária. BL: art. 13, caput e §1º, LACP.

§ 2o HAVENDO ACORDO ou CONDENAÇÃO com fundamento em dano causado por ato


de discriminação étnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a PRESTAÇÃO EM
DINHEIRO REVERTERÁ diretamente ao fundo de que trata o caput e SERÁ UTILIZADA para
ações de promoção da igualdade étnica, conforme DEFINIÇÃO do Conselho Nacional de
Promoção da Igualdade Racial, na hipótese de extensão nacional, ou dos Conselhos de Promoção
de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses de danos com extensão regional ou local,
respectivamente. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (MPCE-2011) (MPPB-2011) (TJMS-2012) (TJPR-2012)
(TJRJ-2016)

(TJPR-2012): Em relação à ação civil pública na tutela de difusos, coletivos e individuais,


afirma-se: Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de
discriminação étnica nos termos do disposto no art. 1º da Lei 7347/85, a prestação em dinheiro
reverterá diretamente ao fundo de reconstrução de bens lesados e será utilizada para ações de
promoção da igualdade étnica, conforme definição do Conselho Nacional de Promoção da
Igualdade Racial, na hipótese de extensão nacional, ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade
Racial estaduais ou locais, nas hipóteses de danos com extensão regional ou local,
respectivamente. BL: art. 13, §2º, LACP. (CPC)

#Atenção: O fundo de que trata é conhecido como FDDD (Fundo de Defesa dos Direitos Difusos).

(MPPB-2011): As verbas revertidas em favor do Fundo de Direitos Difusos, em decorrência de atos


de discriminação étnica, terão sua destinação vinculada. BL: art. 13, §2º da LACP.

(MPCE-2011-FCC): O MP, atuando nas ações civis públicas, deverá pleitear, em casos de acordo ou
condenação com fundamento em dano causado por ato de discriminação étnica, que a prestação
em dinheiro seja revertida em fundo legalmente previsto, sendo utilizada para ações de promoção
da igualdade étnica. BL: art. 13, §2º da LACP. (proc. civil)

Art. 14. O juiz PODERÁ CONFERIR EFEITO SUSPENSIVO aos recursos, para EVITAR
dano irreparável à parte. (MPSP-2006) (TJDFT-2007) (PGEGO-2010) (MPAP-2012) (DPESE-2012) (TJSP-2013)
(DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMT-2012/2014) (TJMS-2015) (MPDFT-2015) (MPAM-2015) (DPEPA-2015)
(MPPR-2013/2014/2015/2016) (PGESP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019)

(MPPR-2016): Conforme Lei 7.347/85, em regra, os recursos na ação civil pública não têm efeito
suspensivo. BL: art. 14, LACP.

#Atenção: Na ACP, a regra é que o recurso será recebido somente no efeito devolutivo.
Excepcionalmente, será recebido no duplo efeito quando o juiz verificar que há perigo de dano
irreparável, conforme dispõe o art. 14 da Lei 7.347/85.

(TJDFT-2007): Da decisão do juiz, concedendo liminar na ação civil pública: cabe recurso de
agravo, a que se poderá dar efeito suspensivo. BL: arts. 12 e 14 da LACP.

Art. 15. DECORRIDOS sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, SEM
QUE a associação autora LHE PROMOVA a EXECUÇÃO, DEVERÁ FAZÊ-LO o Ministério
Público, FACULTADA igual iniciativa aos demais legitimados. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
(MPRR-2008) (MPT-2009) (MPBA-2010) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (TJPR-2012) (TJMS-2012) (TJCE-2012)
(MPAP-2012) (MPDFT-2011/2013) (TJRN-2013) (MPPR-2013) (TRF3-2013) (TJDFT-2014) (DPEPB-2014) (MPAM-2015)
(MPGO-2016) (MPSP-2008/2017) (MPPI-2012/2019) (MPSC-2012/2016/2019/2021) (DPERR-2021)

#Atenção: #STJ: #DOD: Na ação civil pública, reconhecido o vício na representação processual
da associação autora, deve-se, antes de proceder à extinção do processo, conferir oportunidade
ao MP para que assuma a titularidade ativa da demanda. STJ. 2ª T. REsp 1372593-SP, Rel. Min.
Humberto Martins, j. 7/5/2013 (Info 524).

#Atenção: Princípio da Obrigatoriedade de Execução: Previsto nos artigos 15 da lei de ação civil
pública e 16 da lei de ação popular, o princípio da obrigatoriedade da execução coletiva determina
que tendo sido ajuizada ação coletiva e julgada procedente, é dever do Estado efetivar este direito
coletivo, cabendo ao MP a efetivação, sob pena de sanções previstas na legislação. (Fonte: DIDIER,
Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. IV, 4ª ed., 2009).

(MPSC-2019): Há previsão expressa no microssistema da tutela coletiva para a assunção da


condução do processo, tanto na fase do conhecimento, quanto na fase de cumprimento de
sentença. BL: art. 5º, §3º e art. 15, LACP.

(MPSP-2017): Com relação à ação civil pública, assinale a alternativa correta: Decorridos 60 dias
do trânsito em julgado da sentença condenatória sem que a associação autora promova a
execução, deverá fazê-lo o MP, facultada a mesma iniciativa aos demais legitimados. BL: art. 15,
LACP. (CPC)

(MPPB-2010-FCC): O sistema processual das ações coletivas possibilita também a tutela


individual, entre outras hipóteses, pela habilitação dos interessados em fase de execução. BL: art.
100, CDC e art. 15, LACP.

Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial
do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de
nova prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997) [Obs.: dispositivo legal declarado INCONSTITUCIONAL
pelo STF] (TJMS-2008) (TJSP-2008) (TRF4-2009) (PGESP-2009) (MPT-2009) (MPSP-2011) (DPEAM-2011) (MPF-2011)
(PGEPR-2011) (MPPR-2011/2012) (MPMT-2012) (DPEAC-2012) (DPEES-2012) (TRF1-2011/2013) (TJRN-2013)
(TJDFT-2014) (TRT1-2014) (DPESP-2009/2015) (DPEPE-2015) (TRT16-2015) (MPSC-2010/2012/2013/2016)
(TJRJ-2014/2016) (DPEPR-2012/2017) (MPBA-2010/2018) (DPEMA-2009/2011/2018) (MPMS-2018) (DPEMA-2018)
(TRF2-2018) (PGETO-2018) (MPPI-2012/2019) (DPEDF-2013/2019) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (DPEMG-2019)
(MPDFT-2011/2021) (TJSP-2021) (MPPR-2021) (DPEBA-2021) (DPEGO-2021) (MPGO-2014/2022) (DPEPA-2015/2022)
(TJMA-2022) (TJMG-2022) (TJRS-2022) (MPMG-2011/2014/2021/2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)

#Atenção: #DOD: Art. 16 da Lei 7.347/85 e a eficácia subjetiva da ACP: Falar em “eficácia
subjetiva” significa estudarmos “para quem” a sentença proferida na ACP produz efeitos, isto é,
as pessoas que são atingidas juridicamente pelo que foi decidido. O art. 16 da Lei de Ação Civil
Pública (Lei 7.347/85), com redação dada pela Lei nº 9.494/97, estabelece o seguinte:
LEI Nº 7.347/85 (LEI DA ACP)
Redação original Redação dada pela Lei nº 9.494/97
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga
omnes, exceto se a ação for julgada omnes, nos limites da competência territorial do
improcedente por deficiência de provas, hipótese órgão prolator, exceto se o pedido for julgado
em que qualquer legitimado poderá intentar improcedente por insuficiência de provas,
outra ação com idêntico fundamento, valendo-se hipótese em que qualquer legitimado poderá
de nova prova. intentar outra ação com idêntico fundamento,
valendo-se de nova prova.

#Atenção: #DOD: Esse artigo foi alterado pela Lei 9.494/97 com o objetivo de restringir a
eficácia subjetiva da coisa julgada, ou seja, ele determinou que a coisa julgada na ACP deveria
produzir efeitos apenas dentro dos limites territoriais do juízo que prolatou a sentença. Em
outras palavras, o que o art. 16 quis dizer foi o seguinte: a decisão do juiz na ação civil pública não
produz efeitos no Brasil todo. Ela irá produzir efeitos apenas na comarca (se for Justiça Estadual)
ou na seção ou subseção judiciária (se for Justiça Federal) do juiz prolator.

#Atenção: #DOD: Críticas da doutrina: A doutrina criticou bastante essa alteração promovida no
art. 16 e afirmou que a regra ali prevista não deveria ser aplicada por ser inconstitucional,
impertinente e ineficaz. Resumo das principais críticas ao dispositivo (DIDIER, Fredie; ZANETI,
Hermes): i) Gera prejuízo à economia processual e pode ocasionar decisões contraditórias entre
julgados proferidos em Municípios ou Estados diferentes; ii) Viola o princípio da igualdade por
tratar de forma diversa os brasileiros (para uns irá "valer" a decisão, para outros não); iii) Os
direitos coletivos “lato sensu” são indivisíveis, de forma que não há sentido que a decisão que os
define seja separada por território; iv) A redação do dispositivo mistura “competência” com
“eficácia da decisão”, que são conceitos diferentes. O legislador confundiu, ainda, “coisa julgada”
e “eficácia da sentença”. Sobre esse ponto, vale a pena citar Hugo Nigro Mazzilli: “Com efeito, a Lei
9.494/97 confundiu competência com coisa julgada. A imutabilidade erga omnes de uma sentença não tem
nada a ver com a competência do juiz que a profere. A competência importa para saber qual órgão da
jurisdição vai decidir a ação; mas a imutabilidade do que ele decidiu estende-se a todo o grupo, classe ou
categoria de lesados, de acordo com a natureza do interesse defendido, o que muitas vezes significa,
necessariamente, ultrapassar os limites territoriais do juízo que proferiu a sentença”. (A defesa dos interesses
difusos em Juízo. 30ª ed., São Paulo: Saraiva, 2017, p. 698); v) O art. 93 do CDC, que se aplica
também à Lei da ACP, traz regra diversa, já que prevê que, em caso de danos nacional ou regional,
a competência para a ação será do foro da Capital do Estado ou do Distrito Federal, o que indica
que essa decisão valeria, no mínimo, para todo o Estado/DF.

#Atenção: #DOD: #STJ: #MPBA-2018: #MPMS-2018: #TRF2-2018: #DPEMG-2019: #MPPR-2021:


#DPEGO-2021: #FCC: Para o STJ, o art. 16 da LACP, com redação dada pela Lei 9.494/97, é
válido? A decisão do juiz na ação civil pública fica restrita apenas à comarca ou à seção (ou
subseção) judiciária do juiz prolator? NÃO. O STJ decidiu que: A eficácia das decisões
proferidas em ações civis públicas coletivas NÃO deve ficar limitada ao território da
competência do órgão jurisdicional que prolatou a decisão. STJ. Corte Especial. EREsp
1134957/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 24/10/16.

#Atenção: #Rec. Repetitivo/STJ – Tema 480 e Jurisprud. Teses/STJ: #DPEPR-2012: #DPEPB-2014:


#DPESP-2015: #TRF2-2018: #PGETO-2018: #MPMG-2018/2019: #MPGO-2014/2019:
#MPSC-2019: #MPPI-2019: #DPEDF-2019: #MPGO-2022: #CESPE: #FCC: #FGV: No julgamento
do REsp 1.243.887/PR, sob o rito dos recursos representativos de controvérsia, a Corte Especial, ao
analisar a regra prevista no art. 16 da Lei 7.347/85, consignou ser indevido limitar a eficácia de
decisões proferidas em ações civis públicas coletivas, de maneira aprioristica, ao território da
competência do órgão judicante. STJ. Corte Especial. AgInt nos EREsp 1447043/SP, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, j. 5/9/18.

#Atenção: #DOD: #STJ: #TRF2-2018: Interessante também transcrever trecho do voto do brilhante
Min. Luis Felipe Salomão, no REsp 1.243.887/PR (STJ. Corte Especial, j. 19/10/11): “A bem da
verdade, o art. 16 da LACP baralha conceitos heterogêneos - como coisa julgada e competência
territorial - e induz a interpretação, para os mais apressados, no sentido de que os "efeitos" ou a
"eficácia" da sentença podem ser limitados territorialmente, quando se sabe, a mais não poder, que
coisa julgada - a despeito da atecnia do art. 467 do CPC - não é “efeito” ou “eficácia” da
sentença, mas qualidade que a ela se agrega de modo a torná-la “imutável e indiscutível”. É certo
também que a competência territorial limita o exercício da jurisdição e não os efeitos ou a eficácia
da sentença, os quais, como é de conhecimento comum, correlacionam-se com os “limites da lide e das
questões decididas” (art. 468, CPC) e com as que o poderiam ter sido (art. 474, CPC) - tantum judicatum,
quantum disputatum vel disputari debebat. A apontada limitação territorial dos efeitos da sentença
não ocorre nem no processo singular, e também, como mais razão, não pode ocorrer no processo
coletivo, sob pena de desnaturação desse salutar mecanismo de solução plural das lides. A
prosperar tese contrária, um contrato declarado nulo pela justiça estadual de São Paulo, por exemplo,
poderia ser considerado válido no Paraná; a sentença que determina a reintegração de posse de um imóvel
que se estende a território de mais de uma unidade federativa (art. 107, CPC) não teria eficácia em relação a
parte dele; ou uma sentença de divórcio proferida em Brasília poderia não valer para o judiciário mineiro, de
modo que ali as partes pudessem ser consideradas ainda casadas, soluções, todas elas, teratológicas. A
questão principal, portanto, é de alcance objetivo (“o que” se decidiu) e subjetivo (em relação “a quem” se
decidiu), mas não de competência territorial.”

#Atenção: #DOD: #Reperc. Geral/STF – Tema 1075: #TJSP-2021: #MPAP-2021: #MPDFT-2021:


#MPMG-2021: #MPPR-2021: #DPEBA-2021: #DPEGO-2021: #TJMA-2022: #TJMG-2022:
#CESPE: #FCC: #FGV: #VUNESP: E para o STF? Para o STF, o art. 16 da LACP, com redação
dada pela Lei 9.494/97, é válido? Também NÃO. É inconstitucional o art. 16 da Lei 7.347/85, na
redação dada pela Lei 9.494/97. É inconstitucional a delimitação dos efeitos da sentença
proferida em sede de ação civil pública aos limites da competência territorial de seu órgão
prolator. STF. Plenário. RE 1101937/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 7/4/21 (Info 1012).

#Atenção: #DOD: #DPEPE-2015: #DPEPR-2017: #TJMA-2022: #CESPE: #FCC: Proteção


constitucional dos interesses difusos e coletivos: A CF ampliou a proteção aos interesses difusos
e coletivos, não somente constitucionalizando-os, mas também prevendo importantes
instrumentos para garantir sua efetividade. Como exemplos disso, podemos citar a previsão do
mandado de segurança coletivo (art. 5º, LXX), da ação popular (art. 5º, LXXII) e a
constitucionalização da ação civil pública (art. 129, III). No âmbito infraconstitucional, o sistema
protetivo dos interesses difusos e coletivos nasceu com a edição da Lei da Ação Popular (Lei
4.717/65) e foi ampliado com a Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/85). O CDC (Lei 8.078/90) foi
mais uma evolução legislativa trazendo maior efetividade à proteção dos interesses difusos e
coletivos. O art. 90 do CDC, somado ao art. 21 da LACP, estabeleceu um verdadeiro
microssistema processual coletivo, com destaque para a eficácia erga omnes da sentença proferida
na ação civil pública: “Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas do Código de Processo
Civil e da Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo que não
contrariar suas disposições. Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e
individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do
Consumidor. (Incluído Lei 8.078/90)” Esse microssistema significa que as normas desses diplomas
deverão ser aplicadas mutuamente a fim de se garantir uma proteção mais efetiva dos interesses
difusos e coletivos.

#Atenção: #DOD: Lei 9.494/97 representa retrocesso na proteção dos interesses difusos e coletivos:
A alteração do art. 16 da Lei 7.347/85 promovida pela Lei 9.494/97, fruto da conversão da MP
1.570/97, veio na contramão do avanço institucional de proteção aos direitos metaindividuais.
Vale ressaltar, inclusive, que essa modificação viola os preceitos norteadores da tutela coletiva e
atenta contra os comandos pertinentes ao amplo acesso à Justiça e à isonomia entre os
jurisdicionados. A versão original do art. 16 da LACP previa a coisa julgada erga omnes da
sentença civil proferida em processo na qual decididos direitos difusos e coletivos. O CDC,
editado em 1990, ampliou a efetividade ao estender esses efeitos para os direitos individuais com
dimensão coletiva (art. 103). Nesse contexto, as Leis 7.347/85 e 8.078/90 seguiram o mesmo
padrão de proteção dos direitos metaindividuais. Elas estão de acordo com os princípios da
unidade da Constituição e da máxima efetividade das normas constitucionais. A indevida
restrição criada pelo art. 16 da LACP, por sua vez, foi contra os princípios da igualdade e da
eficiência na prestação jurisdicional, razão pela qual se mostra inconstitucional.

#Atenção: #DOD: Grave prejuízo à isonomia e a efetividade da prestação jurisdicional: A


alteração legislativa promovida pela Lei 9.494/97 passou a exigir dos legitimados, nos casos em
que a lesão ou ameaça a direito fosse de âmbito regional ou nacional, a propositura de tantas
demandas quanto fossem os territórios em que residem as pessoas lesadas. Ex: em um dano
nacional, teria que ser proposta uma ação em cada comarca. Percebe-se, sem muito esforço, que
isso acarreta grave prejuízo ao necessário tratamento isonômico de todos perante a Justiça, além
de afrontar claramente eficiência na prestação da atividade jurisdicional. Na ACP, os beneficiados
podem ser indetermináveis – direitos difusos – , ou indeterminados, em um primeiro momento –
direitos coletivos e individuais homogêneos –, sendo possível que os titulares do direito estejam
dispersos em diferentes Municípios ou Estados; ou ainda em todos os Estados e Municípios
brasileiros; mas sempre devendo ser observados, na efetividade da prestação jurisdicional, os
princípios da igualdade e da eficiência. Mais uma vez se mostra salutar recorrer às palavras do
Min. Luis Felipe Salomão: “A apontada limitação territorial dos efeitos da sentença não ocorre
nem no processo singular, e também, como mais razão, não pode ocorrer no processo coletivo, sob
pena de desnaturação desse salutar mecanismo de solução plural das lides. A prosperar tese
contrária, um contrato declarado nulo pela justiça estadual de São Paulo, por exemplo, poderia ser
considerado válido no Paraná; a sentença que determina a reintegração de posse de um imóvel que se estende
a território de mais de uma unidade federativa (art. 107, CPC) não teria eficácia em relação a parte dele; ou
uma sentença de divórcio proferida em Brasília poderia não valer para o judiciário mineiro, de modo que ali
as partes pudessem ser consideradas ainda casadas, soluções, todas elas, teratológicas.” (REsp
1.243.887/PR) Patente, portanto, o desrespeito aos princípios da igualdade, da eficiência, da
segurança jurídica e da efetiva tutela jurisdicional.

#Atenção: #DOD: Com a declaração de inconstitucionalidade da redação modificada do art. 16


da LACP, surge uma relevante indagação a ser feita: de quem é a competência para julgar uma
ação civil pública? Quanto às ações civis públicas cujo objeto seja de âmbito apenas local, deve-se
aplicar o art. 2º da Lei 7.347/85: “Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local
onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.”

#Atenção: #DOD: #MPDFT-2021: E se a ACP tiver projeção regional ou nacional? Neste caso,
como não há norma expressa na LACP tratando sobre o tema, deve-se recorrer ao art. 93, II, do
CDC, com base na noção de microssistema processual (art. 21 da LACP). Assim, a definição do
juízo competente para o processamento de ações civis públicas cuja sentença tenha projeção
regional ou nacional deve observar o disposto no art. 93, II, do CDC: “Art. 93. Ressalvada a
competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: (...) II - no foro da Capital do
Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as
regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.” Portanto, em se
tratando de ACP com abrangência nacional ou regional, sua propositura deve ocorrer no foro,
ou na circunscrição judiciária, de capital de Estado ou no Distrito Federal. Em se tratando de
alcance geograficamente superior a um Estado, a opção por capital de Estado evidentemente
deve contemplar uma que esteja situada na região atingida. Com isso, impede-se a escolha de
juízos aleatórios para o processo e julgamento de ações que versem sobre esses direitos difusos e
coletivos.
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: Nas causas em que o dano causado aos consumidores atingir
mais de um Estado, a Ação Civil Pública poderá ser ajuizada em qualquer uma capital, desde que
seja em alguma em que esteja situada na região atingida. BL: Info 1012, STF.

#Atenção: #DOD: Como evitar decisões conflitantes proferidas por juízos diversos em ações civis
públicas que estejam tramitando em comarcas diferentes? O ordenamento jurídico oferece um
critério que impede esse problema, com base nos art. 55, § 3º e art. 286 do CPC, além do art. 2º,
parágrafo único, da Lei 7.347/85: “Art. 55 (...) § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os
processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles. (...) Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas
de qualquer natureza: I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; II -
quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; III - quando
houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º, ao juízo prevento. Parágrafo único. Havendo
intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício,
mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. Art. 2º (...) Parágrafo único. A propositura da
ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma
causa de pedir ou o mesmo objeto.” Dessa maneira, o juiz competente – nos termos do art. 2º da
LACP e 93 do CDC – , que primeiro conhecer da matéria ficará prevento para processar e julgar
todas as demandas que proponham o mesmo objeto. A aplicação dessas normas torna possível
definir qual o juiz competente, inclusive para ações cuja decisão tenha efeitos regionais ou
nacionais. E, uma vez fixada essa competência, o primeiro que conhecer da matéria, entre os
competentes, ficará prevento.

#Atenção: #DOD: #Reperc. Geral/STF – Tema 1075: #TJSP-2021: #MPAP-2021: #MPDFT-2021:


#MPMG-2021: #MPPR-2021: #DPEBA-2021: #DPEGO-2021: #TJMA-2022: #TJMG-2022:
#DPEPA-2022: #PGM-São Paulo/SP-2023: #CESPE: #FCC: #FGV: #VUNESP: Em suma:
I - É inconstitucional o art. 16 da Lei 7.347/85, alterada pela Lei 9.494/97.
II - Em se tratando de ação civil pública de efeitos nacionais ou regionais, a competência
deve observar o art. 93, II, da Lei 8.078/90 (CDC).12 Portanto, sua propositura deve ocorrer
no foro, ou na circunscrição judiciária, de capital de Estado ou no Distrito Federal.
III - Ajuizadas múltiplas ações civis públicas de âmbito nacional ou regional, firma-se a
prevenção do juízo que primeiro conheceu de uma delas, para o julgamento de todas as
demandas conexas.
STF. Plenário. RE 1101937/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 7/4/2021 (Info 1012).
(TJMA-2022-CESPE): Assinale a opção correta em relação à ação civil pública: Segundo
entendimento do STF, diante de multiplicidade de ações civis públicas de âmbito nacional ou
regional, após fixada a competência, firma-se a prevenção do juízo que primeiro conheceu de uma
delas, para o julgamento de todas as demandas conexas. BL: Info 1012, STF.
(TJSP-2021-VUNESP): O Ministério Público do Estado de São Paulo interpôs ação civil pública com
o objetivo de obrigar a empresa ré a prestar serviços a consumidores na área de saúde. A demanda
foi proposta na Comarca de Matão e julgada procedente, tendo a decisão sido mantida pelo Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo. O recurso especial não foi conhecido pelo STJ. No tocante aos
limites geográficos, por se tratar de ação coletiva na defesa de direito individuais homogêneos,
pode-se afirmar que a coisa julgada material produzirá efeitos erga omnes: em todo o território
nacional, independente do órgão julgador. BL: Info 1012, STF.
(MPAP-2021-CESPE): Diversas ações civis públicas foram ajuizadas em diferentes unidades da
Federação, incluindo-se o Distrito Federal, buscando-se a reparação de determinado dano coletivo de
abrangência nacional causado aos consumidores por instituição financeira de direito privado. Com
relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta, de acordo com a jurisprudência atual do
STF: A competência para processar e julgar as ações será do foro da capital de cada estado ou do
Distrito Federal e, para o julgamento das demandas conexas, estará prevento o juízo que primeiro
conheceu de uma das ações conexas. BL: Info 1012, STF.

12
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: (...) II - no
foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional,
aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.
#Atenção: #STJ: #DOD: Os efeitos da sentença proferida em ACP versando direitos individuais
homogêneos em relação consumerista operam-se erga omnes para além dos limites da
competência territorial do órgão julgador, isto é, abrangem todo o território nacional,
beneficiando todas as vítimas e seus sucessores, já que o art. 16 da Lei 7.347/85 deve ser
interpretado de forma harmônica com as demais normas que regem a tutela coletiva de direitos.
STJ. 3ª T. REsp 1594024/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 27/11/18.

#Atenção: Nas ações coletivas, as sentenças de improcedência por falta de provas não fazem coisa
julgada. Por essa razão, a doutrina afirma que, neste caso, há formação de "coisa julgada in utilibus".
Essa exceção está prevista, dentre outros dispositivos legais que compõem o ordenamento jurídico,
no art. 16, da Lei 7.347/85, que regulamenta a ação civil pública.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 25: #MPGO-2019: #DPEMG-2019: #MPMG-2021: Tese


09: A abrangência nacional expressamente declarada na sentença coletiva não pode ser alterada
na fase de execução, sob pena de ofensa à coisa julgada. STJ. 2ª S., REsp 1391198/RS, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, j. 13/08/14.
(MPMG-2021): Considerando a jurisprudência do STJ, assinale a alternativa correta: A abrangência
nacional expressamente declarada na sentença coletiva não pode ser alterada na fase de execução,
sob pena de ofensa à coisa julgada. BL: Jurisprud. Teses/STJ.
(DPEMG-2019): Acerca do posicionamento do STJ inerente à ação civil pública e às ações coletivas,
analise a afirmativa a seguir: A abrangência nacional expressamente declarada na sentença não pode
ser alterada na fase de execução, sob pena de ofensa à coisa julgada, sendo, portanto, aplicável a
todos os beneficiários. BL: Jurisprud. Teses/STJ.

(MPCE-2020-CESPE): A associação X, de proteção ao meio ambiente, ajuizou uma ação civil


pública contra a indústria Y, fabricante de agrotóxicos, para impedi-la de realizar determinado
processo químico que gerava fumaça tóxica causadora da mortandade de pássaros típicos da
região. Na ação, a associação alegou que, em apenas seis meses, a atuação da indústria Y havia
dizimado 30% desses pássaros na região. Como a associação X não pôde custear a perícia, a ação
foi julgada improcedente por falta de provas e transitou em julgado. Considerando essa situação
hipotética, assinale a opção correta: Todos os legitimados para a propositura de ação civil pública
poderão ajuizar nova ação civil pública, até mesmo a associação X, desde que apresentem novas
provas. BL: art. 16, LACP.

(MPPB-2018-FCC): A coisa julgada secundum eventum probationis tem como característica permitir
a repropositura da demanda coletiva baseada em novas provas. BL: art. 16, LACP.

#Atenção: #TRT16-2015: #MPPB-2018: #MPMG-2023: #FCC: “Sencundum eventum probationis.


De forma objetiva, é a teoria desenvolvida pelos processualistas Didier e Hermes Zaneti Jr, que
sustentam a formação da coisa julgada a partir do esgotamento da produção de todas as provas
possíveis. Em que pese haja controvérsia, a maioria observa a teoria, outrossim, na estampa do
art. 16 da LACP. (...) (DIDIER JR., Freddie Souza. ZANETI JR., Hermes. Curso de Direito
Processual Civil. 9ª ed. Salvador: JusPodivm, 2014. v. 4, p. 334 e 335). Acerca da noção de “nova
prova”, o professor Arruda Alvim explica: “'a ideia de 'nova prova' pode ser contemporânea ao
fato probando e não provado, como, também, pode ser posterior. Mas parece que é necessário que
essa 'nova prova' possa aparentar o êxito da ação coletiva. Ou, é preciso que o juiz disso se
convença, in limine litis, ainda que, por certo, possa vir a julgar improcedente a segunda ação
também”. (ALVIM, José Manoel de Arruda. Tratado de Direito Processual Civil. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1996. vol. 2, p. 153).

#Atenção: Segundo Marcus Vinicius Gonçalves (2016, pg. 553), "não cabe ação rescisória contra as
sentenças que julgarem as ações civis públicas improcedentes por insuficiência das provas, ou
improcedentes as ações populares, porque nesses casos não há coisa julgada material (são
hipóteses de coisa julgada secundum eventum litis)".

(MPSC-2014): Sentença de procedência em ação civil pública gera, automaticamente, o efeito de


tornar certa a obrigação do réu de indenizar os danos individuais decorrentes do ilícito objeto da
demanda, permitindo às vítimas e seus sucessores a imediata liquidação e execução,
independentemente de nova sentença condenatória. BL: arts. 95, 97 e 103, §3º, CDC e art. 16,
LACP.
(MPSC-2014): A coisa julgada, em ações civis públicas que tenham como objeto a defesa de
direitos difusos, possui eficácia erga omnes, salvo em caso de improcedência por insuficiência de
provas. BL: art. 1º, III e art. 16, LACP.

#Atenção: Coisa julgada secundum eventun probationis significa dizer que não existirá coisa
julgada quando o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, o que dará
ensejo à possibilidade de qualquer legitimado à nova propositura de outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se, é claro, de prova(s) nova(s).

Art. 17. Em caso de LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ, a associação autora e os diretores responsáveis


pela propositura da ação SERÃO SOLIDARIAMENTE CONDENADOS em honorários
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.
(Renumerado do Parágrafo Único com nova redação pela Lei nº 8.078, de 1990) (TRF5-2009) (MPT-2009) (MPSE-2010)
(TJPR-2011) (MPDFT-2011) (MPAC-2014) (MPPR-2014) (DPEMG-2014) (MPMG-2011/2017) (MPBA-2010/2018)
(PCSE-2018) (MPGO-2019)

Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, NÃO HAVERÁ adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, NEM condenação da associação
autora, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ, em honorários de advogado, custas e despesas
processuais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) (TJSE-2008) (DPEAL-2009) (MPSE-2010) (TRF4-2010)
(TJPR-2011) (PGEPA-2011) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPMT-2012) (DPEPR-2012) (MPMS-2013)
(MPRO-2013) (MPAC-2014) (DPEPA-2015) (DPU-2017) (MPBA-2010/2018) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (PCSE-2018)
(MPPI-2012/2019) (MPGO-2014/2019) (TJRJ-2016/2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPCE-2020) (MPDFT-2011/2021)
(MPSC-2012/2016/2021) (MPMG-2011/2017/2021) (DPEGO-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (PGEMS-2021)

#Atenção: #STJ: #MPMG-2021: #DPEGO-2021: #FCC: Consoante a jurisprudência pacífica deste


STJ, é devida a verba honorária nas execuções individuais de sentença proferida em ação
coletiva, ainda que proveniente de ação mandamental. Inteligência da Súmula 345/STJ. Nesse
sentido: STJ, REsp 1.740.156/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., DJe de 11/10/19; AgInt no
AREsp 933.746/SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª T., DJe de 31/10/18; AgInt no AREsp
1.105.381/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJe de 27/11/17. III. Agravo interno
improvido. STJ. 2ª T., AgInt no AREsp 1350736/SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, j. 05/12/19.

#Contribuição da @mafaldaleitora #Atenção: #STJ e Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 25: #TJRJ-2019:


#MPGO-2019: #Cartórios/TJDFT-2019: #MPDFT-2021: #MPMG-2021: #DPEGO-2021: #CESPE:
#FCC: #VUNESP: #STJ: A Corte Especial do STJ estendeu a aplicação do art. 18 da LACP
também às partes requeridas (vencidas}: “(...) deve-se privilegiar, no âmbito desta Corte Especial,
o entendimento dos órgãos fracionários deste STJ, no sentido de que, em razão da simetria,
descabe a condenação em honorários advocatícios da parte requerida em ação civil pública,
quando inexistente má-fé, de igual sorte como ocorre com a parte autora, por força da aplicação
do art. 18 da Lei 7.347/85.” (...) (STJ, Corte Especial. EAREsp 962.250/SP, Rel. Min. Og Fernandes, j.
15/8/18). Portanto, a parte que foi vencida em ACP não tem o dever de pagar honorários
advocatícios em favor do autor da ação. A justificativa para isso está no princípio da simetria.
Isso porque se o autor da ACP perder a demanda, ele não irá pagar honorários advocatícios,
salvo se estiver de má-fé (art. 18 da Lei 7.347/85). Logo, pelo princípio da simetria, se o autor
vencer a ação, também não deve ter direito de receber a verba. (...) A jurisprudência do STJ
consolidou a tese de que, nos termos do art. 18 da Lei 7.347/85, não há condenação em
honorários advocatícios na Ação Civil Pública, salvo se comprovada má-fé. Tal intelecção, em
obediência ao princípio da simetria, deve ser aplicada tanto ao réu quanto ao autor, pouco
importando se Ministério Público, ente público, sindicato ou demais legitimados. STJ. 2ª T.,
REsp 1873776/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/08/20. #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 25 – Tese
01: Por critério de simetria, não é cabível a condenação da parte vencida ao pagamento de
honorários advocatícios em favor do Ministério Público nos autos de ação civil pública, salvo
comprovada má-fé.
(MPDFT-2021): Marque alternativa correta: Quando o MP for o vencedor em Ação Civil Pública, a
parte vencida não será condenada em honorários advocatícios. BL: Entend. STJ e art. 18, LACP.
(MPMG-2021): Considerando a jurisprudência do STJ, assinale a alternativa correta: Por via de regra,
em ação civil pública não é cabível a condenação da parte vencida ao pagamento de honorários
advocatícios em favor do Ministério Público. BL: Entend. STJ e art. 18, LACP.
(TJRJ-2019-VUNESP): No âmbito das ações coletivas, o STJ tem se posicionado que descabe a
condenação em honorários advocatícios da parte requerida em ação civil pública, quando inexistente
má-fé, e igual sorte como ocorre com a parte autora, por força da aplicação do art. 18 da Lei 7.347/85.
Essa decisão tem por fundamento o princípio da simetria entre os autores e os réus. BL: Entend. STJ
e art. 18, LACP.
#Atenção: #STJ: #DOD: #MPPR-2017: #PGEPE-2018: #CESPE: O art. 18 da Lei 7.347/85 prevê
que o autor da ACP, antes de ajuizar a ação, não terá que adiantar custas, emolumentos,
honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem será condenado em honorários
advocatícios, custas e despesas processuais, salvo comprovada má-fé. O STJ decidiu que esse art.
18 da Lei 7.347/85 é aplicável também para a ACP movida por SINDICATO na defesa de
direitos individuais homogêneos da categoria que representa. STJ. Corte Especial. EREsp
1.322.166-PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 4/3/15 (Info 558).
(MPRR-2017-CESPE): Julgue o item a seguir, referente à tutela coletiva: Ressalvada a hipótese de
má-fé, o sindicato que propuser ACP não precisará adiantar custas, emolumentos ou honorários
periciais nem será condenado em honorários advocatícios ou despesas processuais. BL: art. 18 da
LACP e Info 558, STJ.

#Atenção: #Rec. Repetitivo – Tema 685/STJ: #DOD: #PGM-Salvador/BA-2015: #TRF5-2017:


#CESPE: #MPMG-2019: Os juros de mora incidem a partir da citação do devedor no processo de
conhecimento da ACP quando esta se fundar em responsabilidade contratual, cujo
inadimplemento já produza a mora, salvo se a mora já se configurou em momento anterior à
citação. STJ. Corte Especial. REsp 1.370.899-SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, j. 21/5/14 (Info 549).
(MPMG-2019): Assinale a alternativa correta, de acordo com a jurisprudência do STJ: O termo inicial
para a contagem dos juros de mora, decorrentes de sentença proferida em ação coletiva sujeita à
liquidação, tem início a partir da citação do devedor na fase de conhecimento, quando a ação se
fundar em responsabilidade contratual, cujo inadimplemento já produza a mora, salvo a
configuração da mora em momento anterior. BL: Info 549, STJ.

#Atenção: #STJ: #DOD: O art. 18 da LACP e o art. 87 do CDC preveem que, nas ações de que
tratam estas leis, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em
honorários de advogado, custas e despesas processuais. O STJ decidiu que essas regras de
isenção só se aplicam para as custas judiciais em: a) ações civis públicas (qualquer que seja a
matéria); b) ações coletivas que tenham por objeto relação de consumo; e c) na ação cautelar
prevista no art. 4º da LACP (qualquer que seja a matéria). Não é possível estender, por analogia
ou interpretação extensiva, essa isenção para outros tipos de ação (como a rescisória) ou para
incidentes processuais (como a impugnação ao valor da causa), mesmo que tratem sobre direito
do consumidor. STJ. 2ª S. PET 9.892-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 11/2/15 (Info 556).

#Atenção: #STJ: #MPRO-2010: #CESPE: O art. 18 da Lei 7.347/85 cuida apenas de dispensar o
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, não
isentando a parte vencida do pagamento ao final da causa. Isenta-se, contudo, a associação
autora do pagamento de honorários de advogado, custas e despesas processuais na hipótese de
não litigar de má-fé. Proferida decisão favorável ao autor da ACP, sua execução, levada a efeito
por seu beneficiário individualmente identificado, precisamente porque, já então, está-se a
tutelar direito eminentemente privado, exige o adiantamento das despesas processuais, na
forma estatuída pelo CPC, não se lhe aplicando o benefício conferido pelo art. 18 da Lei
7.347/85. STJ. 6ª T., REsp 358.828/RS, Rel. Mini. Hamilton Carvalhido, j. 26/02/02.
(MPRO-2010-CESPE): Ainda em relação ao direito do consumidor, assinale a opção correta: A
isenção de custas processuais prevista no artigo do CDC, referente à defesa coletiva do consumidor
em juízo, não abrange as execuções individuais decorrentes de pedidos julgados procedentes em
ações coletivas. BL: art. 87 do CDC c/c art. 18 da LACP e Entend. Jurisprud.
#Atenção: Acerca do tema analisado pelo STJ, Landolfo Andrade explica que “a regra de isenção do
adiantamento das custas processuais aplica-se apenas aos colegitimados, na ação civil pública. A vítima que,
posteriormente, execute individualmente o julgado estará obrigada a antecipar as despesas da execução, mesmo
porque já estará a tutelar direito eminentemente privado.” (Fonte: ANDRADE, Adriano; MASSON,
Cléber; ANDRADE, Landolfo. Interesses difusos e coletivos. 10ª Ed.; Editora Método, 2020, pp.
335-336).

#Atenção: #STJ: #DOD: #TJPA-2014: #TJMS-2015: #VUNESP: #MPMG-2014/2017:


#TCERN-2015: #MPPI-2019: #CESPE: O autor da ACP, ao propor a ação, não precisa adiantar o
pagamento das custas judiciais. STJ. 4ª T. REsp 978.706-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j.
20/9/12. Além disso, o STJ já assentou, em sede de recurso especial, julgado sob o rito repetitivo,
que “descabe o adiantamento dos honorários periciais pelo autor da ACP, conforme disciplina o
art. 18 da Lei 7.347/85, sendo que o encargo financeiro para a realização da prova pericial deve
recair sobre a Fazenda Pública a que o MP estiver vinculado, por meio da aplicação analógica da
Súmula 232/STJ'" (REsp 1.253.844-SC, 1ª Seção, DJe 17/10/2013).
(MPPI-2019-CESPE): Julgue o seguinte item, acerca de ação civil pública: O STJ firmou entendimento
de que, em ação civil pública promovida pelo MP, o adiantamento dos honorários periciais ficará a
cargo da Fazenda Pública a qual está vinculado o parquet. BL: art. 18, LACP e jurisprud. e S. 232 do
STJ.
(MPMG-2017): A responsabilidade pelas despesas na ação civil pública é disciplinada pelo art. 18 da
Lei 7.347/85, que estabelece, verbis: “Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo
comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais”. Assinale a alternativa
correta: Atuando no polo ativo da ação civil pública, o MP não é responsável pelo pagamento de
honorários periciais, os quais devem ser suportados pela Fazenda Pública. BL: art. 18, LACP e
jurisprud. e S. 232 do STJ.
(TJMS-2015-VUNESP): Em relação ao pagamento do adiantamento dos honorários periciais devidos
na ação civil pública, quando a prova tiver sido requerida pelo MP Estadual, é correto afirmar que
será arcado pela Fazenda Pública Estadual. BL: art. 18, LACP e jurisprud. e S. 232 do STJ.
(TCERN-2015-CESPE): Consoante entendimento do STJ, caso o MP requeira a realização de perícia
em ação civil pública, a despesa com os honorários do perito será arcada pela fazenda pública à qual
se acha vinculado o parquet. BL: art. 18, LACP e jurisprud. e S. 232 do STJ.
(TJPA-2014-VUNESP): Na Ação Civil Pública, o adiantamento de honorários periciais relativos à
prova requerida pelo MP autor será imposto à Fazenda Pública à qual se achar vinculado o MP
autor. BL: art. 18 e jurisprud. e S. 232 do STJ.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 25: #TRF4-2014: #MPMG-2014/2017: #MPGO-2019:


#MPPI-2019: #CESPE: Tese 06: “Não é possível se exigir do Ministério Público o adiantamento
de honorários periciais em Ações Civis Públicas, ficando o encargo para a Fazenda Pública a qual
se acha vinculado o Parquet.” (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC). Vejamos também o
seguinte julgado do STJ: “(...) O art. 18 da Lei 7.347/85, ao contrário do que afirma o art. 19 do CPC,
explica que na ACP não haverá qualquer adiantamento de despesas, tratando como regra geral o que o CPC
cuida como exceção. Constitui regramento próprio, que impede que o autor da ação civil pública arque com
os ônus periciais e sucumbenciais, ficando afastada, portanto, as regras específicas do CPC. 3. Não é possível
se exigir do MP o adiantamento de honorários periciais em ações civis públicas. Ocorre que a referida
isenção conferida ao MP em relação ao adiantamento dos honorários periciais não pode obrigar
que o perito exerça seu ofício gratuitamente, tampouco transferir ao réu o encargo de financiar
ações contra ele movidas. Dessa forma, considera-se aplicável, por analogia, a Súmula n. 232 do
STJ ("A Fazenda Pública, quando parte no processo, fica sujeita à exigência do depósito prévio dos
honorários do perito" ), a determinar que a Fazenda Pública ao qual se acha vinculado o Parquet
arque com tais despesas.”.

#Atenção: #Jurispud. Teses/STJ – Ed. 25: #MPGO-2019: Tese 05: O art. 18 da Lei 7.347/85, que
dispensa o adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras
despesas, dirige-se apenas ao autor da ação civil pública.

(MPMG-2017): A responsabilidade pelas despesas na ação civil pública é disciplinada pelo art. 18
da Lei 7.347/85, que estabelece, verbis: “Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de
custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação
autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais”. Assinale a
alternativa correta: O MP será condenado ao pagamento de honorários advocatícios somente na
hipótese de comprovada má-fé. BL: art. 18, LACP.

Art. 19. APLICA-SE à ação civil pública, prevista nesta Lei, o CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL, aprovado pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não contrarie suas
disposições. [obs.: aplicação SUBSIDIÁRIA do CPC] (MPSP-2006) (MPSE-2010) (TRF3-2011) (MPGO-2012)
(MPPI-2012) (DPEMS-2012) (DPESE-2012) (MPSC-2013) (MPMG-2011/2014) (MPBA-2010/2015) (DPEAC-2017)
(PCMA-2018)

(MPBA-2015): Em uma Ação Civil Pública cujo fundamento é a prática de ato de improbidade
figuram no polo passivo cinco réus, sendo que apenas quatro foram citados e apresentaram
defesa, e um foi revel. Neste caso: O revel poderá intervir no feito a qualquer tempo,
submetendo-se à regra geral da lei processual civil. BL: art. 19, LACP e art. 346, § único, CPC/15.

#Atenção: Não há disposição específica acerca do instituto da revelia na LACP. Logo, a teor do art.
19 da LACP, aplica-se, subsidiariamente, os dispositivos do CPC, naquilo que não contrariar as
suas disposições. Nesse sentido, vejamos o teor do art. 346, § único do CPC/15: “O revel poderá
intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.”

Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será regulamentado pelo Poder Executivo no
prazo de 90 (noventa) dias. (Regulamento)
Art. 21. APLICAM-SE à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no
que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. (Incluído Lei nº 8.078, de 1990) (MPSP-2006) (MPMT-2008) (MPPR-2008) (MPBA-2010)
(PGERS-2010) (PGERO-2011) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (MPSC-2013) (TJDFT-2014) (MPMG-2014)
(MPMS-2011/2013/2015) (DPEPA-2015) (DPEPE-2015) (TRF3-2016) (DPEPR-2012/2014/2017) (MPRO-2017)
(DPEAL-2017) (TRF5-2017) (MPPB-2018) (DPESP-2009/2010/2013/2019) (MPGO-2019) (TJSP-2021) (DPERJ-2021)
(TJMA-2013/2022)

#Atenção: #STJ: #MPGO-2010: #MPRR-2012: #MPMS-2013: #DPEPE-2015: #TJDFT-2016:


#TRF3-2016: #CESPE: A Ação Civil Pública e a Ação Popular compõem um microssistema de
tutela dos direitos difusos onde se encartam a moralidade administrativa sob seus vários ângulos
e facetas. Assim, na ausência de previsão do prazo prescricional para a propositura da Ação
Civil Pública, inafastável a incidência da analogia legis, recomendando o prazo quinquenal
para a prescrição das Ações Civis Públicas, tal como ocorre com a prescritibilidade da Ação
Popular, porquanto ubi eadem ratio ibi eadem legis dispositio. Dito de outro modo, a Lei da Ação
Civil Pública (Lei 7.347/85) é silente quanto à prescrição para a propositura da ação civil pública
e, em razão dessa lacuna, aplica-se por analogia a prescrição quinquenal prevista na Lei da Ação
Popular. Precedentes do STJ: Resp. 1084916, 1ª T., Relator Min. Luiz Fux, voto-vista vencedor, j.
21/05/09; Resp. 911961, 1ª T., Relator Min. Luiz Fux, j. 04/12/08. (..) A MP 2.180-35 editada em
24/08/01, introduziu o art. 1º-C na Lei 9.494/97 (que alterou a Lei 7.347/85), estabelecendo o
prazo prescricional de cinco anos para ações que visam a obter indenização por danos causados
por agentes de pessoas jurídicas de direito público e privado prestadores de serviço público, senão
vejamos: “Art. 4o A Lei 9.494, de 10 de setembro de 1997, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:
"Art. 1.º-C. Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de
pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços
públicos.” (NR). (...) In casu, praticado o ato que prorrogou a concessão de exploração em 04.01.94
(fl. 44), e ajuizada a Ação Civil Pública em 18.01.06 (fl. 18), ressoa inequívoca a ocorrência da
prescrição.(...) Recurso Especial provido para acolher a prescrição qüinqüenal da Ação Civil
Pública, restando prejudicada a apreciação das demais questões suscitadas. (STJ. 1ª T., REsp
1089206/RS, Rel. Min. Luiz Fux, j. 23/06/2009).
(TJDFT-2016-CESPE): No que se refere à ação popular, assinale a opção correta: A ação popular
sujeita-se a prazo prescricional quinquenal previsto expressamente em lei, que a jurisprudência
consolidada do STJ aplica por analogia à ação civil pública. BL: Entend. STJ e art. 21 da LAP.
#Atenção: O STJ aplica o prazo prescricional do art. 21 da LAP para a LACP tendo em vista que
ambas integram o microssistema de direitos coletivos e que houve omissão do legislador quanto ao
referido prazo na lei de ação civil pública. Landolfo Andrade explica que, “se a pretensão deduzida na
ação civil pública for passível de ser formulada em uma ação popular, pode-se aplicar o art. 21 da LAP, por
analogia, que também prevê prazo prescricional de cinco anos”. (Fonte: Landolfo Andrade, Interesses
Difusos e Coletivos, 2020, 10 Ed. p. 340).

#Atenção: #DOD: #STJ e Jurispud. Teses/STJ – Ed. 25: #MPMG-2014: #DPEPE-2015: #TRF5-2017:
#DPEDF-2013/2019: #MPGO-2019: #CESPE: Tese 03: Prazo prescricional para ajuizamento da
execução individual de sentença proferida em ACP: No âmbito do Direito Privado, é de cinco
anos o prazo prescricional para ajuizamento da execução individual em pedido de
cumprimento de sentença proferida em Ação Civil Pública. STJ. 2ª S. REsp 1273643/PR, Rel.
Min. Sidnei Beneti, j. 27/02/13 (Info 515).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: A LACP não previu um prazo prescricional para
o ajuizamento da ação civil pública. Diante disso, qual prazo deverá ser aplicado segundo o STJ?
- Regra geral: O prazo para o ajuizamento da ação civil pública é de 5 anos, aplicando-se, por
analogia, o prazo da ação popular (art.21 da Lei 4.717/65), considerando que as duas ações
fazem parte do mesmo microssistema de tutela dos direitos difusos (REsp1070896/SC).

- Exceções: a) a ACP para exigir o ressarcimento ao erário fundada na prática de ato doloso
tipificado na Lei de Improbidade Administrativa é imprescritível (art. 37, § 5º, CF). b) a ACP
em caso de danos ambientais também é imprescritível (Resp 1120117/AC).

#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: Execução individual de sentença proferida em
ação coletiva: O prazo também é de 5 anos, contados do trânsito em julgado da sentença coletiva.
Isso porque a execução prescreve no mesmo prazo de prescrição da ação (Súmula 150-STF). Neste
julgado do STJ, reiterou-se o entendimento acima explicado. No caso concreto, contudo, havia uma
peculiaridade: na fase de conhecimento, o juiz, com base no CC-1916, reconheceu que o prazo para
ajuizamento da ação era vintenário (20 anos). Em razão desta decisão, qual será o prazo da execução
individual desta sentença coletiva? Continua sendo de 5 anos. O prazo prescricional para o
ajuizamento da execução individual em cumprimento de sentença proferida em ACP é de 5 anos,
mesmo na hipótese em que, na ação de conhecimento, já transitada em julgado, tenha sido
reconhecida a prescrição vintenária. Em outras palavras, não importa que o juiz tenha adotado um
outro prazo prescricional para a ação de conhecimento. Isso não irá obrigar que o prazo da ação de
execução seja alterado, devendo ser adotado o prazo consagrado pela jurisprudência.
#Questões de concurso:
(DPEDF-2019-CESPE): Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir: Entende o STJ que, no
âmbito do direito privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento de execução
individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública, contado esse
prazo a partir do trânsito em julgado da sentença exequenda. BL: Info 515, STJ.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa que está de acordo com posicionamento jurisprudencial
dominante no âmbito do STJ: No âmbito do Direito Privado, é de cinco anos o prazo prescricional
para ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação
civil pública. BL: Info 515, STJ.
(DPEPE-2015-CESPE): Acerca da tutela em juízo dos interesses individuais homogêneos, difusos e
coletivos, julgue o item a seguir: No âmbito do direito privado, cinco anos é o prazo prescricional
para o ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em
ação civil pública. BL: Info 515, STJ.
(MPMG-2014): Quanto ao instituto da prescrição nas ações coletivas, segundo a atual jurisprudência
dos tribunais superiores, é correto afirmar: É de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento da
execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública. BL:
Info 515, STJ.

#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ: #Edição nº 19, Tese 07: #MPDFT-2021: “O Ministério Público tem
legitimidade para ajuizar ação civil pública com o fim de impedir a cobrança abusiva de mensalidades
escolares.”. Nesse sentido, AgRg no REsp 1311156/SE, Rel. Min. Sidnei Beneti, 3ª T., j. 23/10/12;
REsp 437277/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 7/10/04.

#Atenção: #STJ: #MPPR-2019: É pacífico no STJ entendimento segundo o qual o prazo


prescricional de ACP em que se busca anulação de prorrogação ilegal de contrato administrativo
tem como termo inicial o término do contrato, porque, nestas situações, existe continuidade de
efeitos no tempo. STJ. 2ª T., REsp 1150639/RS Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 21/09/10.
(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: O prazo prescricional de ação civil pública em que se
busca anulação de prorrogação ilegal de contrato administrativo tem como termo inicial o término
do contrato. BL: Entend. Jurisprud.

(MPAP-2021-CESPE): No que concerne aos princípios que regem o processo coletivo, julgue o
seguinte item, considerando o entendimento do STJ acerca do tema: A necessária adaptação do
devido processo legal ao processo coletivo admite a aplicação subsidiária das regras constantes do
CPC ao microssistema de tutela coletiva, desde que não enseje violação aos princípios do processo
coletivo. BL: art. 21, LACP.

#Atenção: Aplica-se aqui o princípio da integratividade, por meio do qual o sistema processual
coletivo adota a teoria do sistema do DIÁLOGO DAS FONTES normativas ou “diálogo sistemático
de coerência”. Por isso, é perfeitamente possível que o CPC seja aplicado de forma subsidiária ao
conjunto de normas que compõem o microssistema de tutela coletiva.

#Atenção: “Princípio da Integratividade do Microssistema Processual Coletivo: O princípio da


integratividade indica que o sistema processual coletivo adota a teoria do sistema do diálogo das fontes
normativas, segundo a qual, visando harmonia e integração, na aplicação simultânea de duas leis, uma pode
servir de base conceitual para outra. Como cediço, não existe uma lei central que trate do processo coletivo.
Por isso, o sistema processual coletivo brasileiro é uma verdadeira bagunça, havendo contradições, previsões
repetidas etc. As principais normas de direito coletivo partem do núcleo básico formado pela LACP + CDC.
O CDC e a LACP são normas de reenvio, pois o CDC, art. 90, manda aplicar, para tudo que ele trata, a
LACP; e a LACP, em seu art. 21, manda aplicar o CDC em tudo que ela trata. (...) Sobre este núcleo (CDC +
LACP), há a comunicação de todas as normas paralelas (LIA, LAP, ECA, MSC, Estatuto da Cidade,
Estatuto do Idoso, Estatuto do Deficiente etc.) que formam o microssistema processual coletivo, que se
interpenetram e se subsidiam. ATENÇÃO: O CPC não faz parte do sistema integrativo que compõe o
diálogo das fontes, sendo sua aplicação residual. Ex.: prazo de apelação (que não é tratada pelas leis do
microssistema).” (Fonte:
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15445/material/Aulas%203%
20e%204.pdf)

(MPSC-2019): O microssistema da tutela coletiva é o conjunto formado pelas normas processuais,


materiais e heterotópicas sobre processo coletivo nas diversas normas jurídicas positivadas em
nosso ordenamento jurídico. BL: art. 90, CDC e art. 21, da LACP.
#Atenção: #DPEPR-2017: #MPSC-2019: #FCC: Fabrício Rocha Bastos leciona que “o
microssistema da tutela coletiva é o conjunto formado pelas normas processuais, materiais e
heterotópicas sobre o processo coletivo nas diversas normas jurídicas positivadas em nosso
ordenamento. Estas normas jurídicas disseminadas formam um conjunto (ainda que de maneira informal,
sem a sistematização em um único diploma legislativo) de regras jurídicas que regulamentam a tutela
coletiva. Insta consignar que heterotópicas são normas de direito material previstas em diplomas
processuais e normas de direito processual em diplomas materiais. É perfeitamente normal o direito
processual sofrer influências do direito material, com a estruturação de procedimentos adequados ao tipo do
direito material, adaptando a correlata tutela jurisdicional. (Fonte: BASTOS, Fabrício Bastos, “Do
Microssistema da Tutela Coletiva e a Sua Interação com o CPC/2015”, In: Revista do Ministério Público
/ Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. - Vol. 68, nº 1 (jun. 2018)- . - Rio de Janeiro:
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, 2018, p. 58).

#Atenção: #MPMT-2008: #MPMG-2014: #DPEPR-2012/2014/2017: #FCC: A Lei da ACP (Lei


7.347/85) e o Título III do CDC (Lei 8.038/90) constituem, no seu conjunto, verdadeiro sistema
processual de tutela coletiva de direitos e tutela de direitos coletivos. Logo, as disposições do
Título III do CDC “Da Defesa do Consumidor em Juízo” são aplicadas aos direitos difusos, coletivos e
individuais.

(MPGO-2016): O MP detém legitimidade ampla no processo coletivo. Assim, no mesmo cenário


fático e jurídico conflituoso, com violações simultâneas de direitos de mais de uma espécie, poderá
o órgão buscar uma tutela híbrida, por meio de uma mesma ação civil pública. BL: art. 21, LACP e
art. 81, § único, CDC e jurisprudência do STJ. (proc. civil).

#Atenção: #STJ: #DPEPA-2015: #MPGO-2016: #DPESP-2019: #TJSP-2021: #FCC: #FMP:


#VUNESP: As tutelas pleiteadas em ações civis públicas não são necessariamente puras e
estanques. Não é preciso que se peça, de cada vez, uma tutela referente a direito individual
homogêneo, em outra ação uma de direitos coletivos em sentido estrito e, em outra, uma de
direitos difusos, notadamente em se tratando de ação manejada pelo MP, que detém
legitimidade ampla no processo coletivo. Isso porque embora determinado direito não possa
pertencer, a um só tempo, a mais de uma categoria, isso não implica dizer que, no mesmo cenário
fático ou jurídico conflituoso, violações simultâneas de direitos de mais de uma espécie não
possam ocorrer. No caso concreto, trata-se de ação civil pública de tutela híbrida. Percebe-se que:
(a) há direitos individuais homogêneos referentes aos eventuais danos experimentados por
aqueles compradores de título de capitalização em razão da publicidade tida por enganosa; (b) há
direitos coletivos resultantes da ilegalidade em abstrato da propaganda em foco, a qual atinge
igualmente e de forma indivisível o grupo de contratantes atuais do título de capitalização; (c) há
direitos difusos, relacionados ao número de pessoas indeterminadas e indetermináveis atingidas
pela publicidade, inclusive no que tange aos consumidores futuros.” (REsp 1209633/RS, Rel. Min.
Luís Felipe Salomão, 4ª T. j. 14/04/15). Em outras palavras, no mesmo cenário fático e jurídico
conflituoso, com violações simultâneas de direitos de mais de uma espécie, poderá se buscar uma
tutela híbrida, por meio de uma mesma ação civil pública. A isso se denomina AÇÃO COLETIVA
HÍBRIDA, na qual há, em uma única ação, a tutela de diversas tipologias de interesses coletivos
(difusos, coletivos estrito senso e individuais homogêneos). Na prática, isso significa dizer que o
mesmo fato pode dar ensejo a ações coletivas para a tutela de diferentes interesses, de modo
que o que define se se trata de direito difuso, coletivo ou individual homogêneo é o caso concreto,
o direito afirmado na inicial, o tipo de pretensão material e tutela jurisdicional pretendida. À guisa
de exemplo, numa ACP é possível combater os aumentos ilegais de mensalidades escolares já
aplicados nos contratos dos alunos atuais (direito coletivo), buscar a repetição do indébito
(direito individual homogêneo) e, ainda, pedir a proibição de aumentos futuros (direito difuso,
envolvendo futuros alunos).

(TJSP-2015-VUNESP): Quanto à coisa julgada e seus efeitos, conforme previstos no CDC, é correto
afirmar que se aplicam as regras da coisa julgada não só aos direitos do consumidor, mas também
à tutela de interesses difusos ou coletivos de outras espécies que não consumeristas. BL: art. 90,
CDC e art. 21, da LACP.

(TRF3-2011-CESPE): Considerando a efetivação da proteção normativa ao ambiente e o papel do


MP na jurisdição civil coletiva, assinale a opção correta: Aplicam-se às ações coletivas ambientais,
no que for cabível, o sistema processual do CDC. BL: art. 21, LACP. (amb.)
(TJSP-2011-VUNESP): A extensão das regras de proteção ao consumidor à defesa dos direitos
coletivos nas ações civis por danos ambientais decorre da relação interdisciplinar entre tais
normas. BL: art. 21, LACP. (amb.)

Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado do art. 21, pela Lei nº 8.078,
de 1990)

Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. (Renumerado do art. 22, pela Lei nº 8.078, de 1990)

Brasília, em 24 de julho de 1985; 164º da Independência e 97º da República.

JOSÉ SARNEY
Fernando Lyra

Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.7.1985.

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