Ação Civil Pública (Lei 7347)
Ação Civil Pública (Lei 7347)
Ação Civil Pública (Lei 7347)
347/85
Última atualização jurisprudencial: 12/10/2021 - Info 1012 (art. 16); Info 694 (art. 5º); Info 738 (art. 5º,
§4º).
2) Siglas utilizadas:
⮚ MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc).
(MPT-2015): Analise a seguinte proposição a respeito das ações constitucionais: A ação civil pública
foi introduzida no sistema jurídico nacional por lei ordinária do direito pré-constitucional, sendo
posteriormente elevada à categoria de ação constitucional pela Constituição da República de 1988, a
qual ampliou os interesses que podem ser objeto de sua tutela.
(DPESP-2012-FCC): A querela nullitatis pode ser deduzida em ação civil pública. (proc. civil)
#Atenção: Vejamos o seguinte julgado do STJ: “(...) A pretensão querela nullitatis pode ser exercida e
proclamada em qualquer tipo de processo e procedimento de cunho declaratório. A ação civil
pública, por força do que dispõe o art. 25, IV, “b”, da Lei 8.625/93 (Lei Orgânica do MP), pode ser utilizada
como instrumento para a anulação ou declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio público.
(...) A ação civil pública surge, assim, como instrumento processual adequado à declaração de
nulidade da sentença, por falta de constituição válida e regular da relação processual. A demanda de
que ora se cuida, embora formulada com a roupagem de ação civil pública, veicula pretensão querela nullitatis,
vale dizer, objetiva a declaração de nulidade da relação processual supostamente transitada em julgado por
ausência de citação da União ou, mesmo, por inexistência da própria base fática que justificaria a ação
desapropriatória, já que a terra desapropriada, segundo alega o autor, já pertencia ao Poder Público Federal.
(STJ, REsp 1.015.133/MT, Rel.p/ Acórdão Min. Castro Meira, 2ª Turma, j. 02/03/2010).
#Atenção: #TRF5-2013: A Lei 7.347/85, que regula a Ação Civil Pública, contém normas
predominantemente de direito processual.
Art. 1º REGEM-SE pelas disposições desta Lei, SEM PREJUÍZO da AÇÃO POPULAR, as
AÇÕES DE RESPONSABILIDADE por danos morais e patrimoniais CAUSADOS: (Redação dada
pela Lei nº 12.529, de 2011). (TJMS-2008) (MPSC-2010) (AGU-2010) (PGEPA-2011/2012) (MPAL-2012) (MPAP-2012)
(MPPI-2012) (MPMG-2013) (MPPR-2013) (MPM-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (DPEPR-2014) (PGEBA-2014)
(PGEPR-2011/2015) (MPMS-2013/2015) (TJAL-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGERS-2015) (PCDF-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PCPA-2016) (TRF5-2015/2017) (DPEAL-2017) (PGESP-2009/2018) (DPEPE-2015/2018)
(PCBA-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPEBA-2016/2021) (DPEAM-2021) (DPERJ-2021) (TJMA-2013/2022)
(MPSP-2013/2022) (TJRS-2022) (MPGO-2022) (DPEMS-2022) (PGEAM-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)
(MPPA-2023) (PCAL-2023)
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: Ainda que um bem de valor histórico ou cultural não
tenha sido tombado, poderá ele ser objeto de proteção via ação civil pública. BL: art. 1º, III, LACP.
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990) (PGESP-2009)
(DPEAM-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (DPESP-2012) (MPSP-2011/2013) (DPESP-2013) (TJCE-2014) (MPPE-2014)
(MPPR-2014) (MPSC-2014) (PGERS-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (DPEBA-2016) (MPRO-2017) (MPBA-2018)
(DPEPE-2018) (PGESC-2018) (PCBA-2018) (MPMG-2019)
V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). (MPPR-2013)
(MPSP-2013) (MPM-2013) (TJCE-2014) (MPPE-2014) (TJDFT-2015) (DPEPE-2015) (DPEAL-2017) (MPMG-2019)
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 19: #MPPR-2014: #MPMG-2019: Tese 09: O Ministério
Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a cessação dos jogos de azar.
#Atenção: #STJ: #DOD: #DPEPR-2017: #MPGO-2019: #DPESP-2019: #FCC: Cabe ACP com o
objetivo de proibir tráfego de veículos pesados no Município: É cabível ação civil pública proposta
por Ministério Público Estadual para pleitear que Município proíba máquinas agrícolas e
veículos pesados de trafegarem em perímetro urbano deste e torne transitável o anel viário da
região. STJ. 2ª T. REsp 1.294.451-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 1/9/16 (Info 591).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: Poder Judiciário pode intervir quando a
Administração deixa de promover políticas públicas: Os Poderes da República são independentes e
harmônicos entre si (art. 2º da CF). O Poder Executivo tem prioridade na implementação de políticas
públicas. No entanto, em termos abstratos, o ordenamento jurídico em vigor permite que o Poder
Judiciário seja chamado a intervir em situações nas quais exista uma ação ou uma omissão ilegítima
do administrador público. Assim, não é vedado ao Poder Judiciário debater o mérito administrativo.
Se a Administração deixar de promover políticas públicas, de proteger hipossuficientes, de garantir o
funcionamento dos serviços públicos, haverá vício ou flagrante ilegalidade a justificar a intervenção
judicial STJ. 2ª T. REsp 1176552/PR, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 22/2/11.
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: ACP é o meio próprio de se buscar a
implementação de políticas públicas com relevante repercussão social: O STJ tem admitido o debate
de políticas públicas no bojo de ações civis públicas propostas pelo MP: “(...) O MP detém legitimidade
ativa para o ajuizamento de ação civil pública que objetiva a implementação de políticas públicas ou de
repercussão social, como o saneamento básico ou a prestação de serviços públicos. (...)” STJ. 1ª T. AgRg no
AREsp 50.151/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 03/10/13.1
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Lei prevê a ACP como meio para discutir ordem
urbanística: O art. 1º, VI e o art. 3º da Lei 7.347/85 preveem que a ação civil pública é meio processual
adequado para discutir temas relacionados com a ordem urbanística e para a obtenção de provimento
jurisdicional condenatório de obrigação de fazer. Existe precedente do STJ afirmando que a ACP é
ação adequada para discutir tema relacionado com a segurança no trânsito: STJ. 1ª T. REsp
725257/MG, Rel. Min. José Delgado, j. 10/04/07.
#Questões de concurso:
(MPGO-2019): O Promotor de Justiça da Comarca de Maurilândia/GO ingressou com uma ação
pública (Lei 7.347/85) para pleitear que o Município proíba máquinas agrícolas e veículos pesados e
trafegarem em perímetro urbano, pois o intenso tráfego desses veículos tem causado inúmeros
acidentes fatais, além de problemas de saúde decorrentes de poeira e poluição sonora. Na ação, o
1
(DPESP-2019-FCC): O acesso à justiça e às formas de tutela coletiva desses direitos assume funções
essenciais e irrenunciáveis. Sobre esse tema, considere a assertiva a seguir: A tutela coletiva é meio hábil e
adequado para se exigir o devido e satisfatório cumprimento de políticas públicas voltadas à realização de
direitos fundamentais, especialmente quando está em questão a dignidade da pessoa humana.
membro do “Parquet” defendeu que o Município tornasse transitável, para esses veículos, o anel viário
da região. De acordo com a legislação correlata ao tema e com a jurisprudência dominante âmbito do
STJ, a pretensão ministerial: É cabível, pois o MP detém legitimidade ativa para o ajuizamento de ação
civil pública que objetiva a implementação de políticas públicas ou de repercussão social, inserindo-se,
nesse contexto, o ordenamento do trânsito de veículos no perímetro da cidade. BL: Info 591, STJ.
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 12.966, de
2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014) (PCDF-2015) (DPEBA-2021)
VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela Lei nº 13.004, de 2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014)
(DPEPE-2015) (PGEPR-2015) (DPEBA-2016) (DPERO-2017) (MPBA-2018) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (MPMT-2019)
(MPSC-2021) (PGEAL-2021) (TJRS-2022) (MPPA-2023)
Parágrafo único. NÃO SERÁ CABÍVEL AÇÃO CIVIL PÚBLICA para veicular pretensões
que ENVOLVAM tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários PODEM SER
individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (MPRR-2008)
(DPEAL-2009) (TRF1-2009) (TRF4-2009) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (MPCE-2011) (DPEMA-2011) (TRF3-2011)
(MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (MPDFT-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013)
(DPEDF-2013) (TRF5-2013) (PCDF-2013) (MPPR-2013/2014) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPMG-2014)
(TJMS-2008/2015) (MPBA-2010/2015) (DPESP-2013/2015) (TJDFT-2015) (MPAM-2015) (TRT23-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (PCBA-2018) (PF-2018) (PGM-João Pessoa/PB-2018)
(MPGO-2013/2019) (TJAC-2019) (MPCPA-2019) (PGEAL-2021) (PGEMS-2021) (MPPE-2022) (DPETO-2022)
(MPPA-2014/2023) (Anal. Judic./TJES-2023)
#Atenção: #Reperc. Geral/STF – Tema 850: #DOD: #MPGO-2019: #MPPE-2022: #FCC: O MP tem
legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados
ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, j. 9/10/19 (Info 955).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: Em provas, tenha cuidado com a redação do art. 1º, §
único, da Lei 7.347/85: Se for cobrada a mera transcrição literal deste dispositivo em uma prova
objetiva, provavelmente, esta será a alternativa correta.
#Atenção: #STF: #MPDFT-2013: #MPCPA-2019: #CESPE: Esta Corte fixou orientação no sentido
de que o MP é parte legítima para questionar, em sede de ação civil pública, a validade de
benefício fiscal concedido pelo Estado a determinada empresa. STF. 2ª T., RE 586.705-AgR, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, j. 23/8/11.
(MPCPA-2019-CESPE): A respeito das competências e da legitimidade do MP no âmbito de ação
civil pública, é correto afirmar, à luz do entendimento do STF, que o MP tem legitimidade para
questionar, em sede de ação civil pública, a concessão de benefício fiscal a determinada empresa. BL:
Entend. Jurisprud.
#Atenção: #TRF5-2013: As tarifas públicas não entram na vedação prevista no § único do art. 1º da
LACP.
(MPSC-2016): A Ação Civil Pública constitui-se em ação de responsabilidade por danos morais e
patrimoniais, a qual não poderá veicular matéria que envolva tributos ou outros fundos de
natureza institucional cujos beneficiários sejam individualmente determinados, conforme
excepciona a Lei 7.347/85. BL: art. 1º, caput e § único, LACP.
Art. 2º As ações previstas nesta Lei SERÃO PROPOSTAS NO FORO DO LOCAL ONDE
OCORRER O DANO, cujo juízo TERÁ COMPETÊNCIA FUNCIONAL [= Competência Absoluta]
para processar e julgar a causa. (TJSE-2008) (MPRO-2008) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (TJMS-2008/2010)
(DPESP-2010) (PGEAM-2010) (TJPE-2011) (MPCE-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(DPEMS-2012) (DPESE-2012) (MPSC-2010/2013) (MPGO-2010/2012/2013) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (MPMT-2008/2014)
(MPMS-2015) (DPEPE-2015) (MPPR-2008/2011/2012/2016) (TJRJ-2014/2016) (PGEMA-2016) (MPSP-2012/2017)
(TRF5-2013/2017) (MPRR-2017) (MPMG-2017/2018) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (PGEPE-2018) (MPPI-2012/2019)
(TJPA-2019) (DPEDF-2019) (MPDFT-2013/2015/2021) (MPPE-2014/2022) (TJMA-2022) (PGM-Rio Branco/AC-2023)
Súmula 489-STJ: Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis
públicas propostas nesta e na Justiça estadual.
(MPPE-2022-FCC): As ações previstas na Lei 7.347/85 serão propostas no foro do local do dano,
cujo juízo terá competência absoluta para processar e julgar a causa. BL: art. 2º, LACP.
(DPEDF-2019-CESPE): Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir: Conforme previsão legal,
é competente para a propositura de ação civil pública o foro do local do dano, cujo juízo terá
competência funcional para processar e julgar a causa. BL: art. 2º, LACP.
(MPRR-2017-CESPE): Julgue os itens a seguir, referentes à tutela coletiva: I Se ACP for ajuizada
em comarca diversa daquela em que tiver ocorrido o dano, o juízo deverá declinar, de ofício, de
sua competência. BL: art. 2º, LACP.
#Atenção: A mencionada competência tem natureza absoluta. Isso porque, nos termos deste
dispositivo, trata-se de COMPETÊNCIA FUNCIONAL, não estabelecida no interesse das partes,
mas sim no interesse público na eficiência da função jurisdicional. A ratio deste modelo é atribuir
a jurisdição ao órgão que possa mais eficazmente exercer sua função, em virtude de sua
proximidade com as vítimas, com o bem afetado e com a prova. O STF e o STJ têm denominado a
competência estabelecida no art. 2º da LACP como competência territorial e funcional, nos
moldes da clássica classificação chiovendiana. Como na hipótese o dano se alastrou pelo
território de duas comarcas, a competência deve ser fixada pelo critério da prevenção, nos
termos do art. 2º, § único, da LACP.
#Atenção: #STJ: #DOD: #DPEPA-2022: #CESPE: No caso em que duas ações coletivas tenham
sido propostas perante juízos de competência territorial distinta contra o mesmo réu e com a
mesma causa de pedir e, além disso, o objeto de uma, por ser mais amplo, abranja o da outra,
competirá ao juízo da ação de objeto mais amplo o processamento e julgamento das duas
demandas, ainda que ambas tenham sido propostas por entidades associativas distintas. STJ. 4ª
T. REsp 1.318.917-BA, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, j. 12/3/13 (Info 520).
(TJRJ-2016-VUNESP): Foram propostas várias ações civis públicas em que a Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL também figurou no polo passivo, perante diversas Varas da Seção
Judiciária dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal,
Pernambuco e Piauí. As ações foram propostas pelo MPF e várias Associações de Defesa de
Consumidores de Energia, sendo que todas as ações discutem a mesma matéria, qual seja, a
metodologia do reajuste tarifário aplicado pela ANEEL, desde 2002 às concessionárias de
distribuição de energia elétrica. Visando evitar decisões divergentes acerca da mesma matéria, a
ANEEL suscitou conflito de competência positivo perante o Superior Tribunal de Justiça para
reconhecer competente em razão de conexão o juízo da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio
Grande do Sul, em caráter provisório, para análise das medidas urgentes em todos os processos,
por ter sido nesta vara proposta a primeira ação coletiva, para evitar decisões conflitantes em
âmbito nacional. Diante disso, assinale a alternativa correta, de acordo com a jurisprudência do
STJ: Há conexão e em aplicação do disposto na Lei da Ação Civil Pública, tendo sido o juízo da 1ª
Vara Federal do Rio Grande do Sul a primeira vara em que foi proposta a ação coletiva, esta está
preventa para julgamento de todas as ações coletivas posteriormente intentadas que possuam a
mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. BL: art. 2º, § único, LACP.
#Atenção: #DOD: Cumpre esclarecer que não há “bis in idem” neste caso, considerando que as
condenações possuem finalidades e naturezas diferentes. Vale ressaltar, por fim, que, apesar
dessa possibilidade existir em tese, a condenação, no caso concreto, e o seu eventual valor
dependerão da situação: “O STJ tem entendimento consolidado segundo o qual é possível a cumulação
de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar nos casos de lesão ao meio ambiente, contudo, a
necessidade do cumprimento de obrigação de pagar quantia deve ser aferida em cada situação
analisada.” STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1538727/SC, Rel. Min. Regina Helena Costa, j.
07/08/18.
(DPEMG-2014-FUNDEP): Sobre ação civil pública, assinale a alternativa correta: Com base na
interpretação sistemática do ordenamento jurídico, admite-se a cumulação das condenações em
obrigações de fazer ou não fazer e indenização pecuniária em sede de ação civil pública. BL: art.
3º, LACP e jurisprudência (vide quadro acima). (proc. civil)
Art. 4o PODERÁ SER AJUIZADA AÇÃO CAUTELAR para os fins desta Lei,
OBJETIVANDO, inclusive, EVITAR DANO ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao
consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou
aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Redação dada pela
Lei nº 13.004, de 2014) (TJSP-2008) (MPMT-2008) (MPSP-2008) (DPEMA-2009) (MPBA-2010) (TRF3-2011)
(MPPR-2011/2012) (MPAL-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2013) (MPPE-2014) (DPEMS-2014) (DPEPA-2015) (TRF5-2017)
(MPMG-2011/2019) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (MPAC-2022) (MPGO-2022)
(DPEMS-2014-VUNESP): Em relação à ação civil pública, é correto afirmar que poderá ser
ajuizada ação cautelar objetivando, inclusive, evitar o dano à honra e à dignidade de grupos
raciais, étnicos ou religiosos, dentre outros. BL: art. 4º, LACP.
Art. 5o TÊM LEGITIMIDADE para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada
pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPSE-2010) (MPRO-2010) (TJPE-2011) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (MPAL-2012)
(MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMG-2014) (MPPE-2014)
(DPEPR-2014) (PGEAC-2014) (PGEPI-2014) (MPBA-2010/2015) (DPEPE-2015) (TCERN-2015) (MPSC-2013/2016)
(PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2008/2012/2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (DPERO-2017) (MPBA-2010/2015/2018)
(MPGO-2010/2012/2019) (DPESP-2012/2015/2019) (TJAC-2019) (MPMT-2019) (DPEDF-2019) (DPEBA-2016/2021)
(MPAP-2021) (DPERR-2021) (TJRS-2012/2022) (TJMA-2013/2022) (MPAC-2022) (MPSP-2022) (DPEAP-2022)
(PCAL-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023) (TCEES-2023) (Anal. Judic./TJES-2023)
I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPRO-2008/2010) (MPSE-2010)
(TJPE-2011) (TRF3-2011) (PGERO-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (MPAL-2012) (MPTO-2012)
(DPEMS-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (MPMS-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMG-2014) (DPEPR-2014)
(PGEBA-2014) (TRF5-2011/2015) (DPEPE-2015) (DPERN-2015) (TRT23-2015) (MPT-2015) (PGM-Salvador/BA-2015)
(DPEES-2012/2016) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (MPBA-2010/2015/2018) (PGEAP-2018)
(DPESP-2015/2019) (MPMT-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPCPA-2019) (MPPR-2012/2019/2021)
(MPDFT-2021) (DPERJ-2021) (DPERR-2021) (PGEAL-2021) (PGEMS-2021) (PGERS-2021) (MPPE-2008/2022)
(TJMA-2013/2022) (MPGO-2012/2019/2022) (TJMG-2022) (TJPE-2022) (TJRS-2022) (MPAC-2022) (MPSP-2022)
(PGEAM-2022) (MPSC-2014/2019/2021/2023) (TJMS-2023) (MPPA-2023) (PCAL-2023)
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Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I - o Ministério
Público; II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da
Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente
destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV - as associações legalmente
constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e
direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. § 1° O requisito da
pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja
manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem
jurídico a ser protegido.
jurisprudência do STJ, é patente a legitimidade do MPF para propor ACP em defesa de direitos
individuais disponíveis de candidatos específicos em exame da OAB, dado o relevante interesse
social, na medida em que busca a proteção das garantias constitucionais da publicidade e acesso à
informação (CF, art. 5º, XIV e XXXIII), da ampla defesa (CF, art. 5º, LV), da isonomia (CF, art. 5º,
caput) e do direito fundamental ao trabalho (CF, art. 6º). 10. Assim, atua o MP na defesa de típico
direito individual homogêneo, por meio da ação civil pública, em contraposição à técnica
tradicional de solução atomizada, a qual se justifica para I) evitar as inumeráveis demandas
judiciais (economia processual), que sobrecarregam o Judiciário, e decisões incongruentes sobre
idênticas questões jurídicas, mas sobretudo para II) buscar a proteção do acesso à informação,
interesse social relevante, cuja disciplina mereceu atenção inclusive em diplomas normativos
próprios - Lei 12.527/11 e Decreto 7.724/12 (este, aliás, prevê a gratuidade para a busca e o
fornecimento da informação no âmbito de todo o Poder Executivo Federal). 11. Nesse sentido, é
patente a legitimidade do MP seja em razão da proteção contra eventual lesão ao interesse
social relevante, seja para prevenir a massificação do conflito. STJ. 2ª T., AgInt no REsp
1701853/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 15/03/21.
(MPDFT-2021): Considere a hipótese descrita a seguir e assinale a alternativa correta: “As provas
específicas à obtenção do registro como Advogado nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil compõem
uma prova objetiva e uma prova subjetiva. Algumas das provas são formuladas pela Fundação Getúlio Vargas.
Na hipótese de a correção da prova subjetiva, de natureza discursiva – provas prático-profissionais – atingir as
provas de uma Subseção da OAB e tornar aprovados alguns candidatos e eliminar outros, decorrente de erro da
análise do espelho de gabarito, o Ministério Público”: O MPF possui legitimidade e interesse para pleitear
uma nova correção e divulgação de todas as provas prático profissionais, pois a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça está sedimentando-se em favor da legitimidade do MP para promover
Ação Civil Pública visando à defesa de direitos individuais homogêneos, ainda que disponíveis e
divisíveis, quando há relevância social objetiva do bem jurídico tutelado. BL: Entend. Jurisprud.
#Atenção: #STJ: #DOD: #DPESP-2019: #FCC: MPF não possui legitimidade para ajuizar ACP
contra Município pedindo que sejam realizadas audiências públicas antes do envio do projeto de
Lei do Plano Diretor: O MPF é parte ilegítima para ajuizar ação civil pública que visa à anulação
da tramitação de Projeto de Lei do Plano Diretor de município, ao argumento da falta de
participação popular nos respectivos trabalhos legislativos. No caso concreto, o MPF ajuizou
ACP contra o Município de Florianópolis e a União argumentando que o Poder Executivo
Municipal teria encaminhado à Câmara de Vereadores o projeto de Lei do Plano Diretor da
cidade sem a realização das necessárias audiências públicas, o que violaria o Estatuto da
Cidade. O STJ entendeu que a legitimidade para essa demanda seria do Ministério Público
estadual (e não do MPF). STJ. 1ª T. REsp 1.687.821-SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 07/11/17 (Info
616).
#Atenção: #STJ: #DOD: O MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo
de garantir o acesso a critérios de correção de provas de concurso público. STJ. 2ª T. REsp
1362269-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 16/5/2013 (Info 528).
#Atenção: #STF: #DOD: O MP tem legitimidade para promover ACP sobre direitos individuais
homogêneos quando presente o interesse social. STF. 2ª T. RE 216443/MG, rel. orig. Min.
Menezes Direito, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, j. 28/8/12 (Info 677).
3
Art. 1º O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
#Atenção: #STJ: #DOD: O MP tem legitimidade para propor ACP objetivando a liberação do
saldo de contas PIS/PASEP, na hipótese em que o titular da conta — independentemente da
obtenção de aposentadoria por invalidez ou de benefício assistencial — seja incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, bem
como na hipótese em que o próprio titular da conta ou quaisquer de seus dependentes for
acometido das doenças ou afecções listadas na Portaria Interministerial MPAS/MS 2.998/01.
Esse pedido veiculado diz respeito a direitos individuais homogêneos que gozam de relevante
interesse social. Logo, o interesse tutelado referente à liberação do saldo do PIS/PASEP, mesmo se
configurando como individual homogêneo, mostra-se de relevante interesse à coletividade,
tornando legítima a propositura de ACP pelo MP, visto que se subsume aos seus fins
institucionais. STJ. 2ª Turma. REsp 1.480.250-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/8/2015 (Info
568).
#Atenção: #STJ: #DOD: #MPAM-2015: #FMP: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP contra a
concessionária de energia elétrica com a finalidade de evitar a interrupção do fornecimento do
serviço à pessoa carente de recursos financeiros diagnosticada com enfermidade grave e que
dependa, para sobreviver, da utilização doméstica de equipamento médico com alto consumo
de energia. Conforme entendimento do STJ, o MP detém legitimidade para propor ACP que
objetive a proteção do direito à saúde de pessoa hipossuficiente, porquanto se trata de direito
fundamental e indisponível, cuja relevância interessa à sociedade. STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp
1.162.946-MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina, j. 4/6/2013 (Info 523).
#Atenção: #STJ: Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 19: #MPSC-2021: #CESPE: Tese 08: O Ministério Público
Estadual não tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando defesa de bem da União,
por se tratar de atribuição do Ministério Público Federal.
(MPDFT-2015): O MPDFT propôs ação civil pública de responsabilidade, em favor de pessoas que
utilizaram a rede mundial de computadores, sítio de uma empresa aérea, para a compra de
passagens aéreas, mas que acabaram comprando, sem perceberem, um seguro de viagem cuja
opção de compra já estava pré-selecionada. Assinale a alternativa correta: O MPDFT tem
legitimação ativa extraordinária, do tipo substituição processual, para propor a ação civil pública
em defesa dos consumidores, porque estamos diante de direitos individuais homogêneos. BL: art.
5º, I, LACP c/c art. 82, I, CDC.
#Atenção: Consoante o art. 129, I, CF, é função institucional do MP, privativamente, promover
ação penal pública, na forma da lei. De acordo com o art. 129, III, CF, é função institucional do MP
“promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”. Além disso, o art. 54 da Lei 9605/98 prevê a
configuração do crime de poluição para o ato causar poluição de qualquer natureza em níveis tais
que resultem ou possam resultar à saúde humana.
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (PCRJ-2009) (MPSE-2010) (TJES-2011)
(PGERO-2011) (DPEES-2009/2012) (TJPA-2012) (TJBA-2012) (MPPR-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012)
(DPEES-2012) (PGEAC-2012) (MPRO-2010/2013) (MPES-2013) (TRF2-2013) (TJCE-2014) (MPSC-2014) (DPECE-2014)
(DPEGO-2014) (DPEPB-2014) (TRT18-2014) (MPT-2015) (DPEMT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TRF5-2011/2015/2017)
(DPU-2015/2017) (TJSC-2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (DPERS-2011/2018) (MPBA-2010/2015/2018)
(DPEPE-2015/2018) (PGEAP-2018) (PCBA-2018) (MPPI-2012/2019) (DPEDF-2013/2019) (DPEMG-2009/2014/2019)
(DPESP-2009/2010/2012/2013/2015/2019) (MPGO-2019) (MPCE-2020) (DPEBA-2010/2016/2021) (DPESC-2017/2021)
(DPEAM-2011/2013/2018/2021) (MPAP-2021) (DPERJ-2021) (DPERR-2021) (DPESE-2012/2022) (DPEPR-2012/2014/2022)
(DPEPA-2015/2022) (TJMA-2022) (MPSP-2022) (DPEMS-2022) (DPEPI-2022) (DPETO-2022) (DPERO-2017/2023) (Anal.
Judic./TJES-2023)
#Atenção: #STJ: #DPEDF-2019: #CESPE: Tem-se Ação Civil Pública ajuizada pelo Núcleo de
Defesa do Consumidor da Defensoria Pública Estadual em favor de servidores públicos
estaduais e municipais da capital do Estado do Rio de Janeiro, ativos, inativos e pensionistas,
da administração pública direta e indireta, que mantêm contratos de abertura de conta-corrente
nos bancos réus para receberem sua remuneração mensal e contraem variadas modalidades de
empréstimos com amortização mediante retenção das verbas de natureza alimentar depositadas
na conta-corrente, o que constituiria cláusula contratual abusiva a ser vedada pelo Judiciário.
Mostra-se, assim, correto o v. acórdão estadual ao decretar a carência de ação, por entender que,
apesar de se vislumbrar, na hipótese, um grupo determinável de indivíduos, ligados por
circunstâncias de fato comuns, já que todos são servidores públicos, ativos, inativos ou
pensionistas, e são obrigados a abrir conta-corrente nas instituições bancárias rés indicadas
pelo órgão pagador, para recebimento dos vencimentos, proventos ou pensões e outros
benefícios, o direito dessas pessoas não pode ser conceituado como coletivo ou individual
homogêneo, pois diz respeito a variadas modalidades de empréstimos e seus interesses, e
supostos prejuízos são heterogêneos e disponíveis. (...) Agravo interno provido para conhecer
do agravo e negar provimento ao recurso especial, mantendo-se a extinção da ação civil pública,
sem resolução do mérito. STJ. 4ª T., AgInt no AREsp 197.916/RJ, Rel. Min. Raul Araújo, j.
06/11/18.
(DPEDF-2019-CESPE): Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do
consumidor em juízo, segundo a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores:
Defensoria Pública estadual ou a distrital não têm legitimidade para ajuizar demanda que tutele
direitos coletivos quando, apesar da existência de circunstâncias de fato comuns, os interesses e
supostos prejuízos forem heterogêneos e disponíveis para os possíveis beneficiários da demanda
coletiva. BL: Entend. Jurisprud.
#Atenção: #STJ: #DPEDF-2013: #CESPE: O STJ entende que a Defensoria Pública possui
legitimidade para ajuizar ACP na defesa de interesses transindividuais de hipossuficientes. O
recolhimento das contribuições previdenciárias devidas em razão do trabalho doméstico é da
responsabilidade do empregador. STJ. 6ª T., AgRg no REsp 1243163/RS, Rel. Min. Og Fernandes,
j. 19/02/13.
(DPEDF-2013-CESPE): No que se refere à ACP, julgue o item seguinte à luz do entendimento do STJ:
A DP tem legitimidade para ajuizar ACP para discutir a responsabilidade pelo recolhimento de
contribuições previdenciárias devidas em razão do desempenho de trabalho doméstico, por se tratar
de defesa de interesses transindividuais de categoria presumidamente hipossuficiente. BL: Entend.
Jurisprud.
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).
(TJSP-2008) (PGESP-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (MPTO-2012) (DPESE-2012)
(PGEPA-2012) (MPDFT-2013) (MPES-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (PGDF-2013) (TJCE-2014) (TJRJ-2014)
(MPSC-2014) (MPT-2015) (PGEPR-2015) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (TJSC-2017) (PGEAC-2017)
(MPBA-2015/2018) (PGETO-2018) (MPGO-2019) (MPPI-2019) (DPEDF-2019) (DPESP-2019) (TJMA-2022) (MPAC-2022)
(MPSP-2022) (TJMS-2008/2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)
#Atenção: #STJ: #DOD: O Município tem legitimidade ad causam para ajuizar ACP em defesa
de direitos consumeristas questionando a cobrança de tarifas bancárias. Em relação ao MP e aos
entes políticos, que têm como finalidades institucionais a proteção de valores fundamentais, como
a defesa coletiva dos consumidores, não se exige pertinência temática e representatividade
adequada. STJ. 3ª T. REsp 1.509.586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 15/5/18 (Info 626).
(PGM-São Paulo/SP-2023-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da ação civil pública,
conforme o estabelecido na Lei Federal n.° 7.347/1985: Os municípios têm legitimidade para
propor tanto a ação civil pública principal quanto a ação cautelar. BL: art. 5º, III, LACP.
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei
nº 11.448, de 2007). (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF5-2011) (PGEPR-2011) (PGERO-2011)
(TJPA-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (PGEAC-2012) (PGEPA-2012) (TJRN-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013)
(DPEAM-2013) (TRF2-2013) (TJRJ-2014) (MPSC-2014) (DPEMS-2014) (TJPB-2015) (TJSE-2015) (MPT-2015)
(PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2012/2017) (TJSC-2017) (MPBA-2015/2018)
(MPMG-2018) (PGETO-2018) (MPGO-2019) (DPEDF-2019) (DPESP-2019) (DPERJ-2021) (MPSP-2013/2022)
(TJMA-2022) (TJMS-2023)
(DPERJ-2021-FGV): Sobre a legitimidade ativa para ações coletivas no direito brasileiro, é correto
afirmar que: as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm legitimidade ativa para
a ação civil pública. BL: art. 5º, IV, LACP.
(TJSC-2017-FCC): Lavrado Auto de Infração Ambiental por supressão ilegal de vegetação nativa
em área de preservação permanente, aplicou-se pena de multa, que foi adimplida pelo autuado. A
Administração Pública, neste caso, deverá noticiar o fato aos órgãos competentes (MP e Polícia
Civil) para verificar eventual prática de crime ambiental e buscar, administrativamente ou por
meio do Poder Judiciário, a reparação do dano ambiental. BL: art. 129, I4 c/c art. 225, §3º CF e art.
5º, III e IV5, LACP. (amb.)
#Atenção: Dentro do rol taxativo das entidades que têm legitimidade para propor a ACP, como
dispõe o art. 5º da Lei 7.347/85, estão as entidades e órgãos da administração pública, direta ou
indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados ao ajuizamento da
ação coletiva (art. 82, III, do CDC, aplicável de maneira integrada ao sistema da ACP cf. art. 21 da
Lei 7.347/85).
4
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal
pública, na forma da lei; (...)
5
Art. 225. (...). § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
(PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2016) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017) (TJSC-2017)
(MPRR-2017) (MPBA-2010/2015/2018) (TJMT-2018) (PGETO-2018) (PCSE-2018) (DPESP-2015/2019) (TJPA-2019)
(MPPI-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPPR-2013/2021) (MPAP-2021) (DPEGO-2021)
(MPAC-2014/2022) (MPSP-2012/2014/2019/2022) (MPGO-2012/2014/2019/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022)
(DPEMS-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (TJMS-2008/2023) (MPMG-2017/2018/2021/2023) (MPPA-2023)
a) ESTEJA CONSTITUÍDA HÁ pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela
Lei nº 11.448, de 2007). (TRF1-2009) (MPSE-2010) (MPMG-2011) (TRF5-2011) (PGERO-2011) (MPTO-2012)
(MPRO-2010/2013) (TJPR-2013) (TJSP-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013)
(MPSC-2010/2014) (DPEMG-2014) (PGEPI-2014) (TJDFT-2015) (DPERN-2015) (PGM-Curitiba/PR-2015) (DPEBA-2016)
(Cartórios/TJSP-2016) (TRF4-2016) (PGM-POA/RS-2016) (DPEPR-2014/2017) (TJSC-2017) (MPRR-2017) (TJMT-2018)
(MPBA-2010/2015/2018) (PGETO-2018) (PCSE-2018) (DPESP-2015/2019) (TJPA-2019) (TJAC-2019) (MPPI-2019)
(DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPPR-2013/2021) (MPAP-2021) (DPEGO-2021) (MPAC-2014/2022)
(MPSP-2011/2013/2019/2022) (MPGO-2012/2014/2019/2022) (TJMA-2022) (TJRS-2022) (DPEMS-2022)
(PGM-Florianópolis/SC-2022) (TJMS-2008/2023) (MPMG-2017/2018/2021/2023) (MPPA-2023)
(MPPA-2023-CESPE): A Lei 7.347/85 estabelece que terá legitimidade para a propositura da ação
civil pública a associação que estiver constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei civil.
BL: art. 5º, V, “a”, LACP.
6
Art. 5º. (...). XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode
ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical,
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou associados;
omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese
do inciso III do parágrafo único do art. 81.” Assim, proposta uma ação coletiva fundada em direitos
individuais homogêneos, já se sabe que a sentença irá formar coisa julgada pro et contra em relação
aos legitimados coletivos, enquanto terá efeitos erga omnes no caso de procedência do pedido
(secundum eventum litis). Importante também ressaltar que a sentença de uma ação coletiva fundada
em direitos individuais homogêneos será sempre genérica, fixando apenas a responsabilidade do réu
pelos danos causados (art. 95, do CDC).
#Questão de concurso:
(MPMG-2021): Sobre a liquidação e a execução da sentença proferida em ação coletiva, assinale a
alternativa correta: Em ação civil pública proposta por associação, na condição de substituta
processual de consumidores, possuem legitimidade para a liquidação e execução da sentença todos
os beneficiados pela procedência do pedido, independentemente de serem filiados à associação
promovente. BL: Info 694, STJ.
Lei 5.764/71 (Lei das Cooperativas): Art. 88-A. A cooperativa poderá ser dotada de
legitimidade extraordinária autônoma concorrente para agir como substituta processual em
defesa dos direitos coletivos de seus associados quando a causa de pedir versar sobre atos de
interesse direto dos associados que tenham relação com as operações de mercado da
cooperativa, desde que isso seja previsto em seu estatuto e haja, de forma expressa,
autorização manifestada individualmente pelo associado ou por meio de assembleia geral
que delibere sobre a propositura da medida judicial. (Incluído pela Lei nº 13.806, de 2019)
#Atenção: #STJ: #TJMA-2013: #MPAP-2021: #CESPE: Para o STJ, as associações civis, para
ajuizar ações civis públicas ou coletivas, precisam deter representatividade adequada do
grupo que pretendam defender em juízo, aferida à vista do preenchimento de dois requisitos:
a) pré-constituição há pelo menos um ano nos termos da lei civil - dispensável, quando evidente
interesse social; e b) pertinência temática - indispensável e correspondente à finalidade
institucional compatível com a defesa judicial do interesse. STJ, 4ª T., REsp 1357618/DF, Rel. Min.
Luís Felipe Salomão, j. 26/9/17.
#Atenção: #STJ: #TRF5-2013: #CESPE: As associações civis tem legitimidade para propor ação
civil pública na defesa de interesses individuais homogêneos relativos aos contratos de mútuo
vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação (art. 81, III, do CDC). Não se aplicam as Leis
8.004/90 e 8.100/90 aos contratos firmados em data anterior à sua vigência. STJ. 2ª T., REsp
971.025/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, j. 05/05/09.
(TJRR-2015-FCC): O rol completo dos legitimados para propor ação civil pública previsto na Lei
7.347/85 é composto por MP, Defensoria Pública, União, Estados, Distrito Federal, Municípios,
Autarquias, Empresas Públicas, Fundações, Sociedades de Economia Mista e Associações, estas
últimas desde que cumpridos certos requisitos previstos em lei. BL: art. 5º, LACP (ambiental)
(MPPI-2012-CESPE): No que concerne à ACP, assinale a opção correta: Qualquer pessoa que
causar dano ou impedir o exercício de direitos difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou
homogêneos poderá figurar no polo passivo da ACP. BL: art. 5º, LACP.
#Atenção: Não há restrição a quem pode figurar no polo passivo da ação, basta que tenha causado
dano ou impedido o exercício de direitos difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou
homogêneos.
(TJPE-2011-FCC): Uma associação (ONG) com sede em Petrópolis, RJ, tendo como finalidade a
proteção do patrimônio histórico e cultural, criada há mais de 1 ano, inconformada com o
tratamento dado pelo órgão de proteção do patrimônio histórico e cultural a determinado imóvel
localizado no Recife, neste Estado, pode ingressar com ação civil pública na comarca do Recife,
mesmo tendo sua sede em outro estado, porque tem legítimo interesse para propor a ação e
legitimidade processual. BL: arts. 2º e 5º, V, “a” e “b”, LACP. (ambiental)
#Atenção: Evidencia-se que a ACP poderá ser proposta no foro do local onde ocorreu o dano. Há
legitimidade da associação tendo em vista ter sido constituída há pelo menos 1 ano e que
apresenta, como finalidade institucional, a proteção ao patrimônio artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico.
(MPDFT-2013): O ingresso simultâneo de colegitimados no polo ativo da ação civil pública pode
se dar: inicialmente, quando qualquer dos colegitimados natos se juntam em litisconsórcio para
propositura da ação; quando o colegitimado, perdido este momento inicial, habilita-se como
assistente litisconsorcial do autor, sem modificar-lhe o pedido/causa de pedir; e quando
ultrapassado o momento inicial, o colegitimado adita a inicial, ampliando o pedido ou causa de
pedir, em litisconsórcio ulterior. BL: art. 5º, §2º, LACP (proc. civil).
(MPAP-2012-FCC): Sobre a ação civil pública por danos causados ao meio ambiente, é correto
afirmar: O Poder Público poderá habilitar-se como litisconsorte em ação civil pública ajuizada pelo
MP. BL: art. 5º, §2º, LACP.
(TJPA-2012-CESPE): Acerca da ação civil pública, assinale a opção correta: O fato de determinada
situação legitimar o MP e a Defensoria Pública para a propositura de ação justifica o entendimento
favorável à possibilidade de haver entre os dois entes apenas um litisconsórcio facultativo.
7
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13415&revista_caderno=21
quando haja pretensão direcionada contra ela, porém, essa migração somente será possível
quando nela houver interesse público, e não quando atendido, simplesmente, o interesse privado
do ente público em não figurar como réu. É nesse sentido, a jurisprudência do STJ: “(...) o
deslocamento de pessoa jurídica de Direito Público do polo passivo para o ativo na ACP é
possível quando presente o interesse público, a juízo do representante legal ou do dirigente, nos
moldes do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65, c/c o art. 17, § 3º, da Lei de Improbidade Administrativa. (...) Se a
ação é movida simultaneamente contra o particular e o Estado, admite-se que este migre para o
polo ativo da demanda. A alteração subjetiva, por óbvio, implica reconhecimento implícito dos
pedidos, sobretudo os de caráter unitário (p. ex., anulação dos atos administrativos impugnados), e só
deve ser admitida pelo juiz, em apreciação ad hoc, quando o ente público demonstrar, de maneira
concreta e indubitável, que de boa-fé e eficazmente tomou as necessárias providências saneadoras
da ilicitude, bem como medidas disciplinares contra os servidores ímprobos, omissos ou relapsos.”
(STJ, REsp 1391263/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 6/5/14).
(MPSP-2017): Com relação à ação civil pública, assinale a alternativa correta: Se a associação
legitimada desistir, infundadamente, da ação civil pública por ela proposta, o MP ou outro
legitimado assumirá o polo ativo da relação processual. BL: art. 5º, §3º, LACP.
(DPEBA-2016-FCC): Na ação civil pública, o poder público possui legitimidade para propor a
ação, habilitar-se como litisconsorte de qualquer das partes ou assumir a titularidade ativa em
caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada. BL: art. 5º, caput,
III c/c §§2º e 3º, LACP.
#Atenção: #STJ: #DOD: O juiz, ao analisar se uma associação tem pertinência temática para
propor ACP, deve adotar interpretação flexível e ampla: O juízo de verificação da pertinência
temática para a proposição de ações civis públicas há de ser responsavelmente flexível e amplo,
em contemplação ao princípio constitucional do acesso à justiça, mormente a considerar-se a
máxima efetividade dos direitos fundamentais. STJ. 4ª T. AgInt nos EDcl no REsp 1788290-MS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 24/05/22 (Info 738).
#Atenção: #STJ: #DOD: #MPMS-2018: #TJSC-2019: #CESPE: Como regra, para que uma
associação possa propor ACP, ela deverá estar constituída há pelo menos 1 ano. Entretanto, este
requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando haja manifesto interesse
social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico
a ser protegido (§ 4º do art. 5º da Lei 7.347/85). Neste caso, a ACP, mesmo tendo sido proposta
por uma associação com menos de 1 ano, poderá ser conhecida e julgada. Como exemplo da
situação descrita no § 4º do art. 5º, o STJ decidiu que é dispensável o requisito temporal
(pré-constituição há mais de um ano) para associação ajuizar ACP quando o bem jurídico
tutelado for a prestação de informações ao consumidor sobre a existência de glúten em
alimentos. STJ. 2ª T. REsp 1.600.172-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 15/9/16 (Info 591).
(MPDFT-2015): “M" é uma pessoa com deficiência física, que procurou o MPDFT para reclamar
que se viu prejudicada por edital de concurso público que não reservou 5% (cinco pontos
percentuais) das vagas oferecidas para trabalhar na sede e filiais da empresa pública federal,
localizada no Distrito Federal e nos quatro estados da federação. Sobre a situação exposta assinale
a alternativa correta: O MPDFT pode formar litisconsórcio ativo com o MPF, ajuizando ação civil
pública para obrigar a empresa pública federal a modificar o edital e incluir cláusula de reserva de
vaga em benefício de todas as pessoas com deficiência. BL: art. 5º, inciso I e §5º, LACP (CPC).
#Atenção: #STJ: #PGETO-2018: #FCC: (...) 2. O Termo de Ajustamento, por força de lei, encerra
transação para cuja validade é imprescindível a presença dos elementos mínimos de existência,
validade e eficácia à caracterização deste negócio jurídico. 3. Sob esse enfoque a abalizada
doutrina sobre o tema assenta: “(…) Como todo negócio jurídico, o ajustamento de conduta pode
ser compreendido nos planos de existência, validade e eficácia. Essa análise pode resultar em uma
fragmentação artificial do fenômeno jurídico, posto que a existência, a validade e a eficácia são
aspectos de uma mesmíssima realidade. Todavia, a utilidade da mesma supera esse inconveniente.
(…) Para existir o ajuste carece da presença dos agentes representando dois “centros de interesses,
ou seja, um ou mais compromitentes e um ou mais compromissários; tem que possuir um objeto
que se consubstancie em cumprimento de obrigações e deveres; deve existir o acordo de vontades
e ser veiculado através de uma forma perceptível (…) (RODRIGUES, Geisa de Assis, Ação Civil
Pública e Termo de Ajustamento de Conduta, Rio de Janeiro, Ed. Forense, 2002, p. 198).
(Grifamos). 4. Consectariamente, é nulo o título subjacente ao termo de ajustamento de conduta
cujas obrigações não foram livremente pactuadas, consoante adverte a doutrina, verbis:”(…) Para
ser celebrado, o TAC exige uma negociação prévia entre as partes interessadas com o intuito de
definir o conteúdo do compromisso, não podendo o Ministério Público ou qualquer outro ente
ou órgão público legitimado impor sua aceitação. Caso a negociação não chegue a termo, a
matéria certamente passará a ser discutida no âmbito judicial. (FARIAS, Talden, Termo de
Ajustamento e Conduta e acesso à Justiça, in Revista Dialética de Direito Processual, São Paulo,
v.LII, p. 121). 5. O Tribunal a quo à luz do contexto fático-probatório encartado nos autos,
insindicável pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça, consignou que: (a) o Termo de Ajustamento
de Conduta in foco não transpõe a linde da existência no mundo jurídico, em razão de o mesmo
não refletir o pleno acordo de vontade das partes, mas, ao revés, imposição do membro do
Parquet Estadual, o qual oficiara no inquérito; (b) a prova constante dos autos revela de forma
inequívoca que a notificação da parte, ora Recorrida, para comparecer à Promotoria de Defesa
Comunitária de Estrela-RS, para “negociar” o Termo de Ajustamento de Conduta, se deu à guisa
de incursão em crime de desobediência; (c) a Requerida, naquela ocasião desprovida de
representação por advogado, firmou o Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério
Público Estadual no sentido de apresentar projeto de reflorestamento e doar um microcomputador
à Agência Florestal de Lajeado, órgão subordinado ao Executivo Estadual do Rio Grande do Sul;
(e) posteriormente, a parte, ora Recorrida, sob patrocínio de advogado, manifestou sua
inconformidade quanto aos termos da avença celebrada com o Parquet Estadual, requerendo a
revogação da mesma, consoante se infere do excerto do voto condutor dos Embargos Infringentes
à fl. 466. 6. A exegese do art. 3º da Lei 7.347/85 (“A ação civil poderá ter por objeto a condenação
em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”), a conjunção “ou” deve ser
considerada com o sentido de adição (permitindo, com a cumulação dos pedidos, a tutela integral
do meio ambiente) e não o de alternativa excludente (o que tornaria a ação civil pública
instrumento inadequado a seus fins). Precedente do STJ:REsp 625.249/PR, Rel. Min. LUIZ FUX, 1ª
Turma, DJ 31/08/06). 7. A reparação de danos, mediante indenização de caráter compensatório,
deve se realizar com a entrega de dinheiro, o qual reverterá para o fundo a que alude o art. 13 da
Lei 7345/85. 8.Destarte, não é permitido em Ação Civil Pública a condenação, a título de
indenização, à entrega de bem móvel para uso de órgão da Administração Pública. 9. Sob esse
ângulo, sobressai nulo o Termo de Ajustamento de Conduta in foco, por força da inclusão de
obrigação de dar equipamento de informática à Agência de Florestal de Lajeado. 10. Nesse sentido
direciona a notável doutrina:“(…)como o compromisso de ajustamento às “exigências legais”
substitui a fase de conhecimento da ação civil pública, contemplando o que nela poderia ser
deduzido, são três as espécies de obrigações que, pela ordem, nele podem figurar: (i) de não fazer,
que se traduz na cessação imediata de toda e qualquer ação ou atividade, atual ou iminente, capaz
de comprometer a qualidade ambiental; (ii) de fazer, que diz com a recuperação do ambiente
lesado; e (iii) de dar, que consiste na fixação de indenização correspondente ao valor econômico
dos danos ambientais irreparáveis (Edis Milaré, Direito Ambiental, p. 823, 2004). 11.
Consectariamente, é nula a homologação de pedido de arquivamento de inquérito civil público
instaurado para a apuração de dano ambiental, pelo Conselho Superior do Ministério Público, à
míngua de análise da inconformidade manifestada pelo compromitente quanto ao teor do ajuste.
12. A legislação faculta às associações legitimadas o oferecimento de razões escritas ou
documentos, antes da homologação ou da rejeição do arquivamento (art. 5º, V, “a” e “b”, da Lei
7347/85), sendo certo, ainda, que na via administrativa vigora o princípio da verdade real, o qual
autoriza à Administração utilizar-se de qualquer prova ou dado novo, objetivando, em última
ratio, a aferição da existência de lesão a interesses sob sua tutela. 13. Mutatis mutandis, os demais
interessados, desde que o arquivamento não tenha sido reexaminado pelo Conselho Superior,
poderão oferecer razões escritas ou documentos, máxime porque a reapreciação de ato inerente à
função institucional do Ministério Público Federal, como no caso em exame, não pode se dar ao
largo da análise de eventual ilegalidade perpetrada pelo órgão originário, mercê da inarredável
função fiscalizadora do Parquet. 14. Sob esse enfoque não dissente a doutrina ao assentar: “A
homologação a que se refere o dispositivo, contudo, não tem mero caráter administrativo, nela
havendo também certo grau de institucionalidade. Note-se a diferença. Não trata a lei de mera
operação na qual um ato administrativo é subordinado à apreciação de outra autoridade. Trata-se,
isso sim, de reapreciação de ato inerente à função institucional do Ministério Público, qual seja, a
de defender os interesses difusos e coletivos, postulado que, como já anotamos, tem fundamento
constitucional. Por isso mesmo, não bastará dizer-se que o Conselho Superior examina a
legalidade da promoção de arquivamento. Vai muito além na revisão. Ao exame de inquérito ou
das peças informativas, o Conselho reaprecia todos os elementos que lhe foram remetidos,
inclusive – e este ponto é importante – procede à própria reavaliação desses elementos. Vale dizer:
o que para o órgão responsável pela promoção de arquivamento conduzia à impossibilidade de
ser proposta a ação civil, para o Conselho Superior os elementos coligidos levariam à viabilidade
da propositura. O poder de revisão, em conseqüência, implica na possibilidade de o Conselho
Superior substituir o juízo de valoração do órgão originário pelo seu próprio(…) José dos Santos
Carvalho Filho, in Ação Civil Pública, Comentários por Artigo, 7ª ed; Lumen Juris; Rio de Janeiro,
2009, p. 313-316) grifos no original 15. A apelação que decide pela inexigibilidade do Termo de
Ajustamento de Conduta – TAC, por maioria, malgrado aluda à carência, encerra decisão de
mérito, e, a fortiori, desafia Embargos Infringentes. 16. In casu, as razões de decidir do voto
condutor dos Embargos Infringentes revelam que análise recursal se deu nos limites do voto
parcialmente divergente de fls. 399/402, fato que afasta a nulidade do referido acórdão suscitada
pelo MPF à fl. 458. STJ. 1ª T., REsp 802.060/RS, Rel. Min. Luiz Fux, j. 17/12/09.
#Atenção: #MPSC-2021: #MPBA-2023: #CESPE: Sobre o tema, Talden Farias explica que “o Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC) é um acordo celebrado entre as partes interessadas com o objetivo de
proteger direitos de caráter transindividual. Trata-se de um título executivo extrajudicial que contém pelo
menos uma obrigação de fazer ou de não fazer e a correspondente cominação para o caso de seu
descumprimento. Foi esse o foco do § 6º ao art. 5º da Lei 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública – LACP). (...)”
(Fonte:
https://www.conjur.com.br/2020-abr-04/ambiente-juridico-termo-ajustamento-conduta-celeridade-pro
cessual).
(MPSC-2014): Embora os colegitimados à propositura da ação civil pública não sejam os titulares
dos direitos e interesses que defendem em juízo (pois são direitos difusos, coletivos ou individuais
homogêneos), admite-se a possibilidade de celebração de acordos. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc.
civil)
8
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA,
responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e
das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força
de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis
pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de
recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores.
9
Art. 1º O compromisso de ajustamento de conduta é instrumento de garantia dos direitos e interesses
difusos e coletivos, individuais homogêneos e outros direitos de cuja defesa está incumbido o Ministério
Público, com natureza de NEGÓCIO JURÍDICO que tem por finalidade a adequação da conduta às
exigências legais e constitucionais, com eficácia de TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL a partir da
celebração.
irregularidade e a segunda consiste na previsão de mecanismos de sanções exigíveis desde logo
para o caso de descumprimento das obrigações. BL: art. 5º, 6º, LACP. (proc. civil)
#Atenção: A ACP não poderá ser instaurada pelo juiz de direito de ofício.
(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: A Lei da Ação Civil Pública prevê a possibilidade de
o interessado requerer às autoridades competentes informações necessárias para instruir a petição
inicial, que devem ser fornecidas no prazo estabelecido no referido instrumento normativo. BL:
art. 8º, LACP.
#Atenção: #STF: #MPRO-2010: #MPMG-2014: #CESPE: O habeas corpus não é meio hábil para
questionar-se aspectos ligados quer ao inquérito civil público, quer à ação civil pública,
porquanto, nesses procedimentos, não se faz em jogo, sequer na via indireta, a liberdade de ir e
vir. STF. 1ª T., HC 90378, Rel. Marco Aurélio, j. 13/10/09.
#Atenção: #MPDFT-2009/2013: #MPBA-2010: #MPGO-2012: #MPSC-2014: #DPEDF-2019:
#DPEPR-2022: #MPMG-2010/2019/2023: #AOCP: #CESPE: Quem preside o inquérito civil, com
exclusividade, é o MP. Por isso, os demais colegitimados não podem instaurar IC, devendo
angariar as provas através de outros meios, como, por exemplo, requerendo às autoridades
competentes certidões e informações que julgar necessárias a serem fornecidas no prazo de 15 dias
(art. 8º caput).
#Atenção: Em que pese o inquérito civil não seja peça essencial à propositura da ACP, pode servir
para embasá-la, seja ela ajuizada contra agente político ou contra qualquer outra pessoa
legitimada a figurar no polo passivo da ação.
#Atenção: #TRT9-2009: #MPGO-2019: Origem do Inquérito Civil: Foi criado em 1985, pelos arts.
8º e 9º da Lei da Ação Civil Pública (Lei 7.347/85), e se encontra hoje consagrado no art. 129, III, da
CF/88.
(MPBA-2018): Marque a opção correta: O MP poderá instaurar, sob a sua presidência, inquérito
civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames
ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 dias úteis. BL: art. 8º, §1º,
LACP.
10
Art. 1º O inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, será instaurado para apurar fato que possa
autorizar a tutela dos interesses ou direitos a cargo do Ministério Público nos termos da legislação
aplicável, servindo como preparação para o exercício das atribuições inerentes às suas funções
institucionais. Parágrafo único. O inquérito civil não é condição de procedibilidade para o ajuizamento
das ações a cargo do Ministério Público, nem para a realização das demais medidas de sua atribuição
própria.
(MPSC-2014): O MP pode investigar fatos que em tese configurem as infrações previstas na Lei
8.429/92, fazendo uso, para tanto, do inquérito civil, com fundamento na Lei 7.347/85.
#Atenção: A questão está de acordo com o que dispõe o princípio da instrumentalidade das
formas, positivado no art. 188, do CPC/15: "Os atos e os termos processuais independem de forma
determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro
modo, lhe preencham a finalidade essencial". Não havendo prejuízo a algum direito fundamental do
processo, tal qual o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório, não deve o juiz
declarar nula uma ACP em razão de eventual irregularidade que não provoque um prejuízo que
não possa ser sanado.
(MPMG-2014): É correto concluir, quanto ao inquérito civil: O habeas corpus não se presta para
impedir o seu prosseguimento pelo fato de apurar eventual ato de improbidade administrativa.
BL: art. 8º, §1º, LACP e art. 5º, LXVIII, CF.
#Atenção: A CF dispõe que "conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder" (art. 5º
LXVIII, CF). Como se observa, esta ação tem cabimento restrito e não se presta a impedir
prosseguimento de inquérito civil que apura eventual ato de improbidade, a não ser que o
investigado esteja sofrendo, ou esteja na iminência de sofrer, lesão ao seu direito de livre
locomoção.
(DPEAM-2013-FCC): Com relação à legitimidade ativa para propor ação civil pública, é correto
afirmar: Nos termos da Lei da Ação Civil Pública, dentre os legitimados ativos para a sua
propositura, somente o MP pode instaurar inquérito civil. BL: art. 5º, caput e art. 8º, §1º, LACP.
#Atenção: Hugo Nigro Mazzilli explica que, “além disso, muitas vezes os ilícitos civis podem constituir
uma situação permanente, ou um estado de coisas e não propriamente um fato isolado”. (MAZZILLI, 1999,
p. 127).
§ 2º SOMENTE nos casos em que a lei IMPUSER SIGILO, PODERÁ SER NEGADA
certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles
documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. (MPPE-2008) (MPBA-2010) (MPCE-2011) (MPMS-2013)
(MPPR-2014) (MPSP-2017)
(TRF1-2009-CESPE): Com relação à ação civil pública, à luz da Lei 7.347/85, assinale a opção
correta: O órgão do MP promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças
informativas, fundamentadamente, se, esgotadas as diligências, se convencer da inexistência de
fundamento para a propositura da ação civil. BL: art. 9º, LACP.
(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: A Lei da Ação Civil Pública possui disposições
atinentes ao arquivamento do Inquérito Civil pelo MP, inclusive quanto à necessidade de sua
remessa ao Conselho Superior. BL: art. 9º, caput e §1º, LACP.
(MPPR-2016): Sobre o inquérito civil, assinale a alternativa correta: Caso os autos do inquérito
civil arquivado pelo Promotor de Justiça não seja remetido no prazo de 3 dias ao Conselho
Superior do MP, a Lei 7.347/85 prevê, expressamente, a ocorrência de falta grave. BL: art. 9º, §1º,
LACP.
(MPSC-2010): Quando o acordo entre o autor e réu é celebrado no bojo da ação civil pública, com
a homologação judicial, não há necessidade de envio ao Conselho Superior do MP para, conforme
estipula o art. 9o. Parágrafo 1o, da Lei 7347/85. BL: art. 9º, §1º, LACP.
Art. 10. CONSTITUI CRIME, punido com PENA DE RECLUSÃO de 1 (um) a 3 (três) anos,
mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a
RECUSA, o RETARDAMENTO ou a OMISSÃO de dados técnicos indispensáveis à propositura
da ação civil, quando REQUISITADOS pelo Ministério Público. (TJPI-2007) (MPES-2010) (PGEAM-2010)
(DPERO-2012) (PGEAC-2012) (MPMS-2013) (MPSC-2014) (MPPR-2008/2014/2017)
#Atenção: #STJ: #DOD: Para que se configure o delito, é indispensável que as informações
requisitadas sejam indispensáveis à propositura de ACP: A Lei de ACP (Lei 7.347/85) prevê
como crime a seguinte conduta: “Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3
(três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a
recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando
requisitados pelo Ministério Público”. O crime consiste na conduta da pessoa que recebeu uma
requisição do MP que exigia determinado documento e/ou informação e o destinatário, em vez de
cumpri-la, recusa, retarda ou se omite. O STJ entende que se as informações requisitadas pelo MP
não forem INDISPENSÁVEIS à propositura da ACP, não haverá crime. Ex: o MP instaurou IC e
requisitou determinadas informações do Secretário de Saúde. Este prestou as informações fora do
prazo assinalado, de forma que houve retardamento. Em tese, o agente público teria praticado o
crime do art. 10. Ocorre que, após receber as informações, o MP decidiu arquivar o IC por
entender que não houve qualquer violação a direitos transindividuais. Por via de consequência,
não existiu o crime do art. 10, já que as informações retardadas não eram indispensáveis à
propositura de ACP. STJ. 5ª Turma. HC 303.856-RJ, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 7/4/2015
(Info 560).
#Atenção: Não devemos confundir com o crime de desobediência do art. 330 do CP ("Desobedecer a
ordem legal de funcionário público"), que é norma geral. O crime tipificado na Lei de ACP é crime
previsto em lei especial e lei especial derroga lei geral. Vejamos seguinte trecho de julgado do STJ:
“(...) O crime descrito no art. 10 (Lei 7.347/85) é norma especial em relação ao crime de
desobediência (CP, art. 330). Norma specialis derogat generalem." (STJ, REsp 66.854-9/DF, Rel.
Min. Luiz Vicente Cernicchiaro. j. 17/9/96).
(MPPR-2008): A omissão de dados técnicos requisitados pelo MP para a propositura de ação civil
caracteriza crime previsto na Lei de Ação Civil Púbica, salvo quando tais dados forem
dispensáveis à propositura da mencionada demanda. BL: art. 10, LACP.
Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação DE FAZER ou NÃO
FAZER, o juiz DETERMINARÁ o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da
atividade nociva, SOB PENA de EXECUÇÃO ESPECÍFICA, ou de COMINAÇÃO DE MULTA
DIÁRIA, SE ESTA FOR suficiente ou compatível, INDEPENDENTEMENTE de requerimento do
autor. (MPMT-2008) (MPBA-2010) (MPMG-2010) (MPSC-2010) (AGU-2010) (TRF3-2011) (TJBA-2012) (MPPI-2012)
(DPESE-2012) (MPPR-2008/2011/2012/2013) (TJRN-2013) (MPGO-2013) (DPEAM-2013) (TJCE-2014) (DPEMS-2014)
(PGERN-2014) (MPT-2009/2015) (MPDFT-2013/2015) (MPSP-2008/2017) (TRF5-2017) (MPPB-2018)
(MPPB-2018-FCC): No que se refere à ação civil pública, na ação que tenha por objeto o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará o cumprimento da prestação
da atividade devida ou a cessação da atividade nociva, sob pena de execução específica, ou de
cominação de multa diária, se esta for suficiente ou compatível, independentemente de
requerimento do autor. BL: art. 11, LACP.
(MPSP-2017): Com relação à ação civil pública, assinale a alternativa correta: Na ação que tenha
por objeto o cumprimento da obrigação de fazer, o juiz determinará a cumprimento da prestação
da atividade devida, sob pena de execução específica, ou de cominação de multa diária,
independentemente de requerimento do autor, se esta for suficiente e compatível. BL: art. 11,
LACP.
Art. 12. PODERÁ o juiz CONCEDER MANDADO LIMINAR, com ou sem justificação
prévia, em decisão sujeita a agravo. (TJDFT-2007) (MPGO-2010) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (PGEGO-2010)
(TJRO-2011) (MPMG-2011) (TJBA-2012) (MPAL-2012) (MPPI-2012) (MPSC-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012)
(PGEMG-2012) (MPDFT-2009/2011/2013) (DPEAM-2013) (DPESP-2013) (TJCE-2014) (PGERN-2014) (DPEBA-2016)
(PGESP-2009/2018) (MPPB-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019) (DPESC-2021) (TJSC-2022) (PGM-Rio
Branco/AC-2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)
(TJSC-2022-FGV): Ajuizada pelo Ministério Público determinada ação civil pública, o juiz da
causa procedeu ao juízo positivo de admissibilidade da demanda e, também, deferiu a tutela
provisória de urgência requerida na petição inicial. Depois de sua regular citação, o Município
demandado, sem prejuízo do oferecimento de contestação e da interposição de agravo de
instrumento para impugnar o provimento concessivo da medida liminar, requereu ao presidente
do tribunal a suspensão de sua eficácia, aferrando-se ao argumento de que as suas consequências
seriam lesivas à ordem e à economia públicas. Não obstante, o presidente do tribunal, apreciando
os argumentos da pessoa jurídica de direito público, indeferiu o seu pleito de suspensão de
execução da tutela provisória. Inconformado com essa decisão, o Município, através do órgão da
Advocacia Pública, poderá interpor recurso de: agravo, no prazo de quinze dias. BL: art. 12, §1º,
LACP e art. 1.070, NCPC11 e Entend. Jurisprud.
#Atenção: #DOD: #STJ e STF: #TJSC-2022: #FGV: O prazo para a Fazenda Pública interpor
agravo interno em Suspensão de Liminar é de 15 dias e deve ser contado em dobro: #STJ: O prazo
para a Fazenda Pública interpor agravo interno em Suspensão de Liminar é de 15 dias (e não de
5 dias) e deve ser contado em dobro. STJ. Corte Especial. SLS nº 2572/DF, j. 15/12/21. STJ. Corte
Especial. AgRg no AgRg na SLS 1.955/DF, Rel. Min. Francisco Falcão, j. 18/03/15; (...) #STF: Por
outro lado, o pensamento do STF é que não se aplica o prazo em dobro: STF; SL-AgR-AgR 586;
Tribunal Pleno; Rel. Min. Presidente; DJE 25/08/17; STF; SS-AgR 4.390; Tribunal Pleno; Rel. Min.
Presidente; DJE 27/02/18.
#Atenção: Art. 4º e §1º da Lei 8.437/92: “Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o
conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações
11
Art. 1.070. É de 15 (quinze) dias o prazo para a interposição DE QUALQUER AGRAVO, previsto em lei
ou em regimento interno de tribunal, CONTRA decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida
em tribunal.
movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa
jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante
ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. (...) § 1°
Aplica-se o disposto neste artigo à sentença proferida em processo de ação cautelar inominada, no
processo de ação popular e na ação civil pública, enquanto não transitada em julgado.”. Agora,
vejamos o art. 15 da Lei do MS: “Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada
ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o
presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão
fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no
prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição.”
(TJRJ-2014-VUNESP): Assinale a alternativa correta, de acordo com a lei que disciplina a ação
civil pública: A liminar concedida poderá ter sua execução suspensa pelo presidente do tribunal
competente, mediante requerimento de pessoa jurídica de direito público, para evitar grave lesão à
ordem, à saúde, à segurança e à economia pública. BL: art. 12, §1º, LACP (proc. civil).
#Atenção: Além disso, dispõe art. 4º, §6º, Lei 8437/92, o seguinte: “§ 6o A interposição do agravo de
instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o Poder Público e seus agentes não
prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo.” Portanto,
juntamente com o agravo, é possível, sendo a liminar concedida contra a Fazenda Pública, ou
havendo interesse desta última que tenha sido atingido pelo provimento de urgência, haver
pedido de suspensão dirigido ao presidente do respectivo tribunal. (DIDIER JR., Fredie; DA
CUNHA, José Carneiro. Curso de direito processual civil, v.3. 6 ed. Salvador: Jus Podivm, 2008, p.
474). Em suma, podemos extrair as seguintes conclusões:
⮚ Contra uma decisão interlocutória proferida por um juiz, em 1ª instância, poderão ser
interpostos o agravo de instrumento e, CONCOMITANTEMENTE, o pedido de
suspensão, já que este último não é considerado recurso, mas sim um incidente processual.
Diante disso, não há incidência, no caso, do princípio da unirrecorribilidade ou da unicidade
recursal, pois o pedido de suspensão não tem natureza de recurso, mas de incidente
processual.
⮚ Além disso, os objetivos do agravo e do pedido de suspensão são diferentes. O agravo, por
exemplo, objetiva a reforma ou a anulação da decisão interlocutória através da
demonstração de "error in judicando" ou "error in procedendo", enquanto que o pedido de
suspensão se limita a sustar a eficácia da decisão, a impedir a produção de efeitos.
(TJPA-2019-CESPE): Em ação civil pública que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de
fazer, caso o juiz determine o cumprimento de prestação da atividade devida em trinta dias,
cominando multa diária para o caso de descumprimento, a multa será exigível após o trânsito em
julgado da decisão favorável ao autor. BL: art. 11 c/c art. 12, §2º, LACP.
(MPGO-2016): Cominada liminarmente pelo juiz no bojo de ação civil pública, a multa somente
será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida
desde o dia quem se houver configurado o descumprimento. BL: art. 12, §2º, LACP.
(TJGO-2015-FCC): O MP ajuizou ação civil pública contra empresa que, sem autorização do órgão
competente, lançava efluentes líquidos ao meio ambiente. Requereu, em sede de liminar, sem
oitiva da ré, a cessação da prática lesiva. Não requereu a imposição de multa para o caso de
descumprimento. De acordo com a Lei 7.347/85, convencido da existência dos requisitos para
concessão de liminar, o juiz deverá deferir a liminar, sem oitiva da ré, se o caso impondo, de ofício,
multa para o caso de descumprimento, a qual somente será exigível após o trânsito em julgado da
decisão favorável ao MP, porém devida desde o dia em que tiver havido o descumprimento. BL:
art. 12, §2º, LACP.
(MPPR-2017): Assinale a alternativa correta: Segundo a Lei da Ação Civil Pública, havendo
condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um
Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o MP e
representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados.
BL: art. 13, LACP.
(MPTO-2012-CESPE): Assinale a opção correta acerca da ACP: Os valores pagos pelo réu de ACP,
como forma de indenização por danos, serão revertidos a um fundo gerido por um conselho
federal ou por conselhos estaduais de que participarão necessariamente o MP e representantes da
comunidade, e os recursos se destinarão à reconstituição dos bens lesados. BL: art. 13, LACP.
#Atenção: Conforme o art. 13 da Lei 7.347/85, a indenização pelo dano causado se destinará
primeiramente ao fundo de reparação dos interesses lesados e, posteriormente os recursos deste
fundo serão destinados à reconstituição dos bens lesados.
#Atenção: O fundo de que trata é conhecido como FDDD (Fundo de Defesa dos Direitos Difusos).
(MPPB-2010-FCC): Produto de indenização do fundo previsto na Lei de Ação Civil Pública jamais
se presta à reparação de lesões individuais diferenciadas. BL: art. 1º, §3º da Lei 9008/95 e art. 13 da
LACP.
#Atenção: Perceba que não há referência de destinação do produto das indenizações agregadas ao
Fundo se prestarem à indenizações individuais. Ademais, Nelson Nery Jr (CPC Comentado),
ensina, ao dispor sobre o art. 13 da LACP, que quando houver "indenização fluida", ou seja, os
lesados serem pessoas indeterminadas, as condenações reverterão ao Fundo, agora, a indenização
advinda de reparação a pessoa determinada (direito individual homogêneo), a quantia não irá
para o Fundo, mas para a pessoa lesada. Assim, resumindo, dinheiro que entra para o Fundo não
serve para reparar lesões individuais.
#Atenção: Normas de Regência: O art. 13 da LACP trouxe somente a disciplina inicial dos fundos,
sendo que tal dispositivo criou um fundo nacional, a ser gerido por um Conselho Federal, e
autorizou a criação de fundos estaduais, a serem administrados por Conselho Estaduais, com a
mesma finalidade. Portanto, temos: a) Fundo Federal (regulamentado atualmente pela Lei
9.008/95, denominado Fundo de Defesa dos Direitos Difusos - FDD): Em algumas disposições
legais, encontra-se em contradição com o art. 13 da LACP, acabando, em tais pontos, por
derrogá-lo. b) Fundos Estaduais: Na esfera estadual, do mesmo modo, foram criados fundos para
receberem os valores em dinheiro provenientes das condenações ou dos pagamentos de multas,
sendo que a destinação dos recursos arrecadados é regulada na legislação específica de cada
Estado. (Fonte: Landolfo Andrade. Interesses Difusos e Coletivos, 2014, p. 265).
§ 1o. Enquanto o FUNDO NÃO FOR REGULAMENTADO, o dinheiro FICARÁ
DEPOSITADO em estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção monetária.
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.288, de 2010) (DPEMA-2018)
#Atenção: O fundo de que trata é conhecido como FDDD (Fundo de Defesa dos Direitos Difusos).
(MPCE-2011-FCC): O MP, atuando nas ações civis públicas, deverá pleitear, em casos de acordo ou
condenação com fundamento em dano causado por ato de discriminação étnica, que a prestação
em dinheiro seja revertida em fundo legalmente previsto, sendo utilizada para ações de promoção
da igualdade étnica. BL: art. 13, §2º da LACP. (proc. civil)
Art. 14. O juiz PODERÁ CONFERIR EFEITO SUSPENSIVO aos recursos, para EVITAR
dano irreparável à parte. (MPSP-2006) (TJDFT-2007) (PGEGO-2010) (MPAP-2012) (DPESE-2012) (TJSP-2013)
(DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMT-2012/2014) (TJMS-2015) (MPDFT-2015) (MPAM-2015) (DPEPA-2015)
(MPPR-2013/2014/2015/2016) (PGESP-2018) (PGM-Campo Grande/MS-2019)
(MPPR-2016): Conforme Lei 7.347/85, em regra, os recursos na ação civil pública não têm efeito
suspensivo. BL: art. 14, LACP.
#Atenção: Na ACP, a regra é que o recurso será recebido somente no efeito devolutivo.
Excepcionalmente, será recebido no duplo efeito quando o juiz verificar que há perigo de dano
irreparável, conforme dispõe o art. 14 da Lei 7.347/85.
(TJDFT-2007): Da decisão do juiz, concedendo liminar na ação civil pública: cabe recurso de
agravo, a que se poderá dar efeito suspensivo. BL: arts. 12 e 14 da LACP.
Art. 15. DECORRIDOS sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, SEM
QUE a associação autora LHE PROMOVA a EXECUÇÃO, DEVERÁ FAZÊ-LO o Ministério
Público, FACULTADA igual iniciativa aos demais legitimados. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
(MPRR-2008) (MPT-2009) (MPBA-2010) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (TJPR-2012) (TJMS-2012) (TJCE-2012)
(MPAP-2012) (MPDFT-2011/2013) (TJRN-2013) (MPPR-2013) (TRF3-2013) (TJDFT-2014) (DPEPB-2014) (MPAM-2015)
(MPGO-2016) (MPSP-2008/2017) (MPPI-2012/2019) (MPSC-2012/2016/2019/2021) (DPERR-2021)
#Atenção: #STJ: #DOD: Na ação civil pública, reconhecido o vício na representação processual
da associação autora, deve-se, antes de proceder à extinção do processo, conferir oportunidade
ao MP para que assuma a titularidade ativa da demanda. STJ. 2ª T. REsp 1372593-SP, Rel. Min.
Humberto Martins, j. 7/5/2013 (Info 524).
#Atenção: Princípio da Obrigatoriedade de Execução: Previsto nos artigos 15 da lei de ação civil
pública e 16 da lei de ação popular, o princípio da obrigatoriedade da execução coletiva determina
que tendo sido ajuizada ação coletiva e julgada procedente, é dever do Estado efetivar este direito
coletivo, cabendo ao MP a efetivação, sob pena de sanções previstas na legislação. (Fonte: DIDIER,
Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. IV, 4ª ed., 2009).
(MPSP-2017): Com relação à ação civil pública, assinale a alternativa correta: Decorridos 60 dias
do trânsito em julgado da sentença condenatória sem que a associação autora promova a
execução, deverá fazê-lo o MP, facultada a mesma iniciativa aos demais legitimados. BL: art. 15,
LACP. (CPC)
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial
do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese
em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de
nova prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997) [Obs.: dispositivo legal declarado INCONSTITUCIONAL
pelo STF] (TJMS-2008) (TJSP-2008) (TRF4-2009) (PGESP-2009) (MPT-2009) (MPSP-2011) (DPEAM-2011) (MPF-2011)
(PGEPR-2011) (MPPR-2011/2012) (MPMT-2012) (DPEAC-2012) (DPEES-2012) (TRF1-2011/2013) (TJRN-2013)
(TJDFT-2014) (TRT1-2014) (DPESP-2009/2015) (DPEPE-2015) (TRT16-2015) (MPSC-2010/2012/2013/2016)
(TJRJ-2014/2016) (DPEPR-2012/2017) (MPBA-2010/2018) (DPEMA-2009/2011/2018) (MPMS-2018) (DPEMA-2018)
(TRF2-2018) (PGETO-2018) (MPPI-2012/2019) (DPEDF-2013/2019) (Cartórios/TJDFT-2014/2019) (DPEMG-2019)
(MPDFT-2011/2021) (TJSP-2021) (MPPR-2021) (DPEBA-2021) (DPEGO-2021) (MPGO-2014/2022) (DPEPA-2015/2022)
(TJMA-2022) (TJMG-2022) (TJRS-2022) (MPMG-2011/2014/2021/2023) (PGM-São Paulo/SP-2023)
#Atenção: #DOD: Art. 16 da Lei 7.347/85 e a eficácia subjetiva da ACP: Falar em “eficácia
subjetiva” significa estudarmos “para quem” a sentença proferida na ACP produz efeitos, isto é,
as pessoas que são atingidas juridicamente pelo que foi decidido. O art. 16 da Lei de Ação Civil
Pública (Lei 7.347/85), com redação dada pela Lei nº 9.494/97, estabelece o seguinte:
LEI Nº 7.347/85 (LEI DA ACP)
Redação original Redação dada pela Lei nº 9.494/97
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga
omnes, exceto se a ação for julgada omnes, nos limites da competência territorial do
improcedente por deficiência de provas, hipótese órgão prolator, exceto se o pedido for julgado
em que qualquer legitimado poderá intentar improcedente por insuficiência de provas,
outra ação com idêntico fundamento, valendo-se hipótese em que qualquer legitimado poderá
de nova prova. intentar outra ação com idêntico fundamento,
valendo-se de nova prova.
#Atenção: #DOD: Esse artigo foi alterado pela Lei 9.494/97 com o objetivo de restringir a
eficácia subjetiva da coisa julgada, ou seja, ele determinou que a coisa julgada na ACP deveria
produzir efeitos apenas dentro dos limites territoriais do juízo que prolatou a sentença. Em
outras palavras, o que o art. 16 quis dizer foi o seguinte: a decisão do juiz na ação civil pública não
produz efeitos no Brasil todo. Ela irá produzir efeitos apenas na comarca (se for Justiça Estadual)
ou na seção ou subseção judiciária (se for Justiça Federal) do juiz prolator.
#Atenção: #DOD: Críticas da doutrina: A doutrina criticou bastante essa alteração promovida no
art. 16 e afirmou que a regra ali prevista não deveria ser aplicada por ser inconstitucional,
impertinente e ineficaz. Resumo das principais críticas ao dispositivo (DIDIER, Fredie; ZANETI,
Hermes): i) Gera prejuízo à economia processual e pode ocasionar decisões contraditórias entre
julgados proferidos em Municípios ou Estados diferentes; ii) Viola o princípio da igualdade por
tratar de forma diversa os brasileiros (para uns irá "valer" a decisão, para outros não); iii) Os
direitos coletivos “lato sensu” são indivisíveis, de forma que não há sentido que a decisão que os
define seja separada por território; iv) A redação do dispositivo mistura “competência” com
“eficácia da decisão”, que são conceitos diferentes. O legislador confundiu, ainda, “coisa julgada”
e “eficácia da sentença”. Sobre esse ponto, vale a pena citar Hugo Nigro Mazzilli: “Com efeito, a Lei
9.494/97 confundiu competência com coisa julgada. A imutabilidade erga omnes de uma sentença não tem
nada a ver com a competência do juiz que a profere. A competência importa para saber qual órgão da
jurisdição vai decidir a ação; mas a imutabilidade do que ele decidiu estende-se a todo o grupo, classe ou
categoria de lesados, de acordo com a natureza do interesse defendido, o que muitas vezes significa,
necessariamente, ultrapassar os limites territoriais do juízo que proferiu a sentença”. (A defesa dos interesses
difusos em Juízo. 30ª ed., São Paulo: Saraiva, 2017, p. 698); v) O art. 93 do CDC, que se aplica
também à Lei da ACP, traz regra diversa, já que prevê que, em caso de danos nacional ou regional,
a competência para a ação será do foro da Capital do Estado ou do Distrito Federal, o que indica
que essa decisão valeria, no mínimo, para todo o Estado/DF.
#Atenção: #DOD: #STJ: #TRF2-2018: Interessante também transcrever trecho do voto do brilhante
Min. Luis Felipe Salomão, no REsp 1.243.887/PR (STJ. Corte Especial, j. 19/10/11): “A bem da
verdade, o art. 16 da LACP baralha conceitos heterogêneos - como coisa julgada e competência
territorial - e induz a interpretação, para os mais apressados, no sentido de que os "efeitos" ou a
"eficácia" da sentença podem ser limitados territorialmente, quando se sabe, a mais não poder, que
coisa julgada - a despeito da atecnia do art. 467 do CPC - não é “efeito” ou “eficácia” da
sentença, mas qualidade que a ela se agrega de modo a torná-la “imutável e indiscutível”. É certo
também que a competência territorial limita o exercício da jurisdição e não os efeitos ou a eficácia
da sentença, os quais, como é de conhecimento comum, correlacionam-se com os “limites da lide e das
questões decididas” (art. 468, CPC) e com as que o poderiam ter sido (art. 474, CPC) - tantum judicatum,
quantum disputatum vel disputari debebat. A apontada limitação territorial dos efeitos da sentença
não ocorre nem no processo singular, e também, como mais razão, não pode ocorrer no processo
coletivo, sob pena de desnaturação desse salutar mecanismo de solução plural das lides. A
prosperar tese contrária, um contrato declarado nulo pela justiça estadual de São Paulo, por exemplo,
poderia ser considerado válido no Paraná; a sentença que determina a reintegração de posse de um imóvel
que se estende a território de mais de uma unidade federativa (art. 107, CPC) não teria eficácia em relação a
parte dele; ou uma sentença de divórcio proferida em Brasília poderia não valer para o judiciário mineiro, de
modo que ali as partes pudessem ser consideradas ainda casadas, soluções, todas elas, teratológicas. A
questão principal, portanto, é de alcance objetivo (“o que” se decidiu) e subjetivo (em relação “a quem” se
decidiu), mas não de competência territorial.”
#Atenção: #DOD: Lei 9.494/97 representa retrocesso na proteção dos interesses difusos e coletivos:
A alteração do art. 16 da Lei 7.347/85 promovida pela Lei 9.494/97, fruto da conversão da MP
1.570/97, veio na contramão do avanço institucional de proteção aos direitos metaindividuais.
Vale ressaltar, inclusive, que essa modificação viola os preceitos norteadores da tutela coletiva e
atenta contra os comandos pertinentes ao amplo acesso à Justiça e à isonomia entre os
jurisdicionados. A versão original do art. 16 da LACP previa a coisa julgada erga omnes da
sentença civil proferida em processo na qual decididos direitos difusos e coletivos. O CDC,
editado em 1990, ampliou a efetividade ao estender esses efeitos para os direitos individuais com
dimensão coletiva (art. 103). Nesse contexto, as Leis 7.347/85 e 8.078/90 seguiram o mesmo
padrão de proteção dos direitos metaindividuais. Elas estão de acordo com os princípios da
unidade da Constituição e da máxima efetividade das normas constitucionais. A indevida
restrição criada pelo art. 16 da LACP, por sua vez, foi contra os princípios da igualdade e da
eficiência na prestação jurisdicional, razão pela qual se mostra inconstitucional.
#Atenção: #DOD: #MPDFT-2021: E se a ACP tiver projeção regional ou nacional? Neste caso,
como não há norma expressa na LACP tratando sobre o tema, deve-se recorrer ao art. 93, II, do
CDC, com base na noção de microssistema processual (art. 21 da LACP). Assim, a definição do
juízo competente para o processamento de ações civis públicas cuja sentença tenha projeção
regional ou nacional deve observar o disposto no art. 93, II, do CDC: “Art. 93. Ressalvada a
competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: (...) II - no foro da Capital do
Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as
regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.” Portanto, em se
tratando de ACP com abrangência nacional ou regional, sua propositura deve ocorrer no foro,
ou na circunscrição judiciária, de capital de Estado ou no Distrito Federal. Em se tratando de
alcance geograficamente superior a um Estado, a opção por capital de Estado evidentemente
deve contemplar uma que esteja situada na região atingida. Com isso, impede-se a escolha de
juízos aleatórios para o processo e julgamento de ações que versem sobre esses direitos difusos e
coletivos.
(MPDFT-2021): Julgue o item a seguir: Nas causas em que o dano causado aos consumidores atingir
mais de um Estado, a Ação Civil Pública poderá ser ajuizada em qualquer uma capital, desde que
seja em alguma em que esteja situada na região atingida. BL: Info 1012, STF.
#Atenção: #DOD: Como evitar decisões conflitantes proferidas por juízos diversos em ações civis
públicas que estejam tramitando em comarcas diferentes? O ordenamento jurídico oferece um
critério que impede esse problema, com base nos art. 55, § 3º e art. 286 do CPC, além do art. 2º,
parágrafo único, da Lei 7.347/85: “Art. 55 (...) § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os
processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos
separadamente, mesmo sem conexão entre eles. (...) Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas
de qualquer natureza: I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; II -
quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; III - quando
houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º, ao juízo prevento. Parágrafo único. Havendo
intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício,
mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. Art. 2º (...) Parágrafo único. A propositura da
ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma
causa de pedir ou o mesmo objeto.” Dessa maneira, o juiz competente – nos termos do art. 2º da
LACP e 93 do CDC – , que primeiro conhecer da matéria ficará prevento para processar e julgar
todas as demandas que proponham o mesmo objeto. A aplicação dessas normas torna possível
definir qual o juiz competente, inclusive para ações cuja decisão tenha efeitos regionais ou
nacionais. E, uma vez fixada essa competência, o primeiro que conhecer da matéria, entre os
competentes, ficará prevento.
12
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: (...) II - no
foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional,
aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.
#Atenção: #STJ: #DOD: Os efeitos da sentença proferida em ACP versando direitos individuais
homogêneos em relação consumerista operam-se erga omnes para além dos limites da
competência territorial do órgão julgador, isto é, abrangem todo o território nacional,
beneficiando todas as vítimas e seus sucessores, já que o art. 16 da Lei 7.347/85 deve ser
interpretado de forma harmônica com as demais normas que regem a tutela coletiva de direitos.
STJ. 3ª T. REsp 1594024/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 27/11/18.
#Atenção: Nas ações coletivas, as sentenças de improcedência por falta de provas não fazem coisa
julgada. Por essa razão, a doutrina afirma que, neste caso, há formação de "coisa julgada in utilibus".
Essa exceção está prevista, dentre outros dispositivos legais que compõem o ordenamento jurídico,
no art. 16, da Lei 7.347/85, que regulamenta a ação civil pública.
(MPPB-2018-FCC): A coisa julgada secundum eventum probationis tem como característica permitir
a repropositura da demanda coletiva baseada em novas provas. BL: art. 16, LACP.
#Atenção: Segundo Marcus Vinicius Gonçalves (2016, pg. 553), "não cabe ação rescisória contra as
sentenças que julgarem as ações civis públicas improcedentes por insuficiência das provas, ou
improcedentes as ações populares, porque nesses casos não há coisa julgada material (são
hipóteses de coisa julgada secundum eventum litis)".
#Atenção: Coisa julgada secundum eventun probationis significa dizer que não existirá coisa
julgada quando o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, o que dará
ensejo à possibilidade de qualquer legitimado à nova propositura de outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se, é claro, de prova(s) nova(s).
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, NÃO HAVERÁ adiantamento de custas,
emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, NEM condenação da associação
autora, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ, em honorários de advogado, custas e despesas
processuais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990) (TJSE-2008) (DPEAL-2009) (MPSE-2010) (TRF4-2010)
(TJPR-2011) (PGEPA-2011) (TJCE-2012) (MPAL-2012) (MPPR-2012) (MPMT-2012) (DPEPR-2012) (MPMS-2013)
(MPRO-2013) (MPAC-2014) (DPEPA-2015) (DPU-2017) (MPBA-2010/2018) (PGEPE-2018) (PGETO-2018) (PCSE-2018)
(MPPI-2012/2019) (MPGO-2014/2019) (TJRJ-2016/2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPCE-2020) (MPDFT-2011/2021)
(MPSC-2012/2016/2021) (MPMG-2011/2017/2021) (DPEGO-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (PGEMS-2021)
#Atenção: #STJ: #DOD: O art. 18 da LACP e o art. 87 do CDC preveem que, nas ações de que
tratam estas leis, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em
honorários de advogado, custas e despesas processuais. O STJ decidiu que essas regras de
isenção só se aplicam para as custas judiciais em: a) ações civis públicas (qualquer que seja a
matéria); b) ações coletivas que tenham por objeto relação de consumo; e c) na ação cautelar
prevista no art. 4º da LACP (qualquer que seja a matéria). Não é possível estender, por analogia
ou interpretação extensiva, essa isenção para outros tipos de ação (como a rescisória) ou para
incidentes processuais (como a impugnação ao valor da causa), mesmo que tratem sobre direito
do consumidor. STJ. 2ª S. PET 9.892-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 11/2/15 (Info 556).
#Atenção: #STJ: #MPRO-2010: #CESPE: O art. 18 da Lei 7.347/85 cuida apenas de dispensar o
adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, não
isentando a parte vencida do pagamento ao final da causa. Isenta-se, contudo, a associação
autora do pagamento de honorários de advogado, custas e despesas processuais na hipótese de
não litigar de má-fé. Proferida decisão favorável ao autor da ACP, sua execução, levada a efeito
por seu beneficiário individualmente identificado, precisamente porque, já então, está-se a
tutelar direito eminentemente privado, exige o adiantamento das despesas processuais, na
forma estatuída pelo CPC, não se lhe aplicando o benefício conferido pelo art. 18 da Lei
7.347/85. STJ. 6ª T., REsp 358.828/RS, Rel. Mini. Hamilton Carvalhido, j. 26/02/02.
(MPRO-2010-CESPE): Ainda em relação ao direito do consumidor, assinale a opção correta: A
isenção de custas processuais prevista no artigo do CDC, referente à defesa coletiva do consumidor
em juízo, não abrange as execuções individuais decorrentes de pedidos julgados procedentes em
ações coletivas. BL: art. 87 do CDC c/c art. 18 da LACP e Entend. Jurisprud.
#Atenção: Acerca do tema analisado pelo STJ, Landolfo Andrade explica que “a regra de isenção do
adiantamento das custas processuais aplica-se apenas aos colegitimados, na ação civil pública. A vítima que,
posteriormente, execute individualmente o julgado estará obrigada a antecipar as despesas da execução, mesmo
porque já estará a tutelar direito eminentemente privado.” (Fonte: ANDRADE, Adriano; MASSON,
Cléber; ANDRADE, Landolfo. Interesses difusos e coletivos. 10ª Ed.; Editora Método, 2020, pp.
335-336).
#Atenção: #Jurispud. Teses/STJ – Ed. 25: #MPGO-2019: Tese 05: O art. 18 da Lei 7.347/85, que
dispensa o adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras
despesas, dirige-se apenas ao autor da ação civil pública.
(MPMG-2017): A responsabilidade pelas despesas na ação civil pública é disciplinada pelo art. 18
da Lei 7.347/85, que estabelece, verbis: “Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de
custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação
autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais”. Assinale a
alternativa correta: O MP será condenado ao pagamento de honorários advocatícios somente na
hipótese de comprovada má-fé. BL: art. 18, LACP.
Art. 19. APLICA-SE à ação civil pública, prevista nesta Lei, o CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL, aprovado pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não contrarie suas
disposições. [obs.: aplicação SUBSIDIÁRIA do CPC] (MPSP-2006) (MPSE-2010) (TRF3-2011) (MPGO-2012)
(MPPI-2012) (DPEMS-2012) (DPESE-2012) (MPSC-2013) (MPMG-2011/2014) (MPBA-2010/2015) (DPEAC-2017)
(PCMA-2018)
(MPBA-2015): Em uma Ação Civil Pública cujo fundamento é a prática de ato de improbidade
figuram no polo passivo cinco réus, sendo que apenas quatro foram citados e apresentaram
defesa, e um foi revel. Neste caso: O revel poderá intervir no feito a qualquer tempo,
submetendo-se à regra geral da lei processual civil. BL: art. 19, LACP e art. 346, § único, CPC/15.
#Atenção: Não há disposição específica acerca do instituto da revelia na LACP. Logo, a teor do art.
19 da LACP, aplica-se, subsidiariamente, os dispositivos do CPC, naquilo que não contrariar as
suas disposições. Nesse sentido, vejamos o teor do art. 346, § único do CPC/15: “O revel poderá
intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.”
Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será regulamentado pelo Poder Executivo no
prazo de 90 (noventa) dias. (Regulamento)
Art. 21. APLICAM-SE à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no
que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. (Incluído Lei nº 8.078, de 1990) (MPSP-2006) (MPMT-2008) (MPPR-2008) (MPBA-2010)
(PGERS-2010) (PGERO-2011) (MPRR-2012) (TJRN-2013) (MPSC-2013) (TJDFT-2014) (MPMG-2014)
(MPMS-2011/2013/2015) (DPEPA-2015) (DPEPE-2015) (TRF3-2016) (DPEPR-2012/2014/2017) (MPRO-2017)
(DPEAL-2017) (TRF5-2017) (MPPB-2018) (DPESP-2009/2010/2013/2019) (MPGO-2019) (TJSP-2021) (DPERJ-2021)
(TJMA-2013/2022)
#Atenção: #DOD: #STJ e Jurispud. Teses/STJ – Ed. 25: #MPMG-2014: #DPEPE-2015: #TRF5-2017:
#DPEDF-2013/2019: #MPGO-2019: #CESPE: Tese 03: Prazo prescricional para ajuizamento da
execução individual de sentença proferida em ACP: No âmbito do Direito Privado, é de cinco
anos o prazo prescricional para ajuizamento da execução individual em pedido de
cumprimento de sentença proferida em Ação Civil Pública. STJ. 2ª S. REsp 1273643/PR, Rel.
Min. Sidnei Beneti, j. 27/02/13 (Info 515).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: A LACP não previu um prazo prescricional para
o ajuizamento da ação civil pública. Diante disso, qual prazo deverá ser aplicado segundo o STJ?
- Regra geral: O prazo para o ajuizamento da ação civil pública é de 5 anos, aplicando-se, por
analogia, o prazo da ação popular (art.21 da Lei 4.717/65), considerando que as duas ações
fazem parte do mesmo microssistema de tutela dos direitos difusos (REsp1070896/SC).
- Exceções: a) a ACP para exigir o ressarcimento ao erário fundada na prática de ato doloso
tipificado na Lei de Improbidade Administrativa é imprescritível (art. 37, § 5º, CF). b) a ACP
em caso de danos ambientais também é imprescritível (Resp 1120117/AC).
#Comentários sobre o julgado acima: #DOD: #STJ: Execução individual de sentença proferida em
ação coletiva: O prazo também é de 5 anos, contados do trânsito em julgado da sentença coletiva.
Isso porque a execução prescreve no mesmo prazo de prescrição da ação (Súmula 150-STF). Neste
julgado do STJ, reiterou-se o entendimento acima explicado. No caso concreto, contudo, havia uma
peculiaridade: na fase de conhecimento, o juiz, com base no CC-1916, reconheceu que o prazo para
ajuizamento da ação era vintenário (20 anos). Em razão desta decisão, qual será o prazo da execução
individual desta sentença coletiva? Continua sendo de 5 anos. O prazo prescricional para o
ajuizamento da execução individual em cumprimento de sentença proferida em ACP é de 5 anos,
mesmo na hipótese em que, na ação de conhecimento, já transitada em julgado, tenha sido
reconhecida a prescrição vintenária. Em outras palavras, não importa que o juiz tenha adotado um
outro prazo prescricional para a ação de conhecimento. Isso não irá obrigar que o prazo da ação de
execução seja alterado, devendo ser adotado o prazo consagrado pela jurisprudência.
#Questões de concurso:
(DPEDF-2019-CESPE): Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir: Entende o STJ que, no
âmbito do direito privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento de execução
individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública, contado esse
prazo a partir do trânsito em julgado da sentença exequenda. BL: Info 515, STJ.
(MPGO-2019): Assinale a alternativa que está de acordo com posicionamento jurisprudencial
dominante no âmbito do STJ: No âmbito do Direito Privado, é de cinco anos o prazo prescricional
para ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação
civil pública. BL: Info 515, STJ.
(DPEPE-2015-CESPE): Acerca da tutela em juízo dos interesses individuais homogêneos, difusos e
coletivos, julgue o item a seguir: No âmbito do direito privado, cinco anos é o prazo prescricional
para o ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em
ação civil pública. BL: Info 515, STJ.
(MPMG-2014): Quanto ao instituto da prescrição nas ações coletivas, segundo a atual jurisprudência
dos tribunais superiores, é correto afirmar: É de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento da
execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública. BL:
Info 515, STJ.
#Atenção: #Jurisprud. Teses/STJ: #Edição nº 19, Tese 07: #MPDFT-2021: “O Ministério Público tem
legitimidade para ajuizar ação civil pública com o fim de impedir a cobrança abusiva de mensalidades
escolares.”. Nesse sentido, AgRg no REsp 1311156/SE, Rel. Min. Sidnei Beneti, 3ª T., j. 23/10/12;
REsp 437277/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 7/10/04.
(MPAP-2021-CESPE): No que concerne aos princípios que regem o processo coletivo, julgue o
seguinte item, considerando o entendimento do STJ acerca do tema: A necessária adaptação do
devido processo legal ao processo coletivo admite a aplicação subsidiária das regras constantes do
CPC ao microssistema de tutela coletiva, desde que não enseje violação aos princípios do processo
coletivo. BL: art. 21, LACP.
#Atenção: Aplica-se aqui o princípio da integratividade, por meio do qual o sistema processual
coletivo adota a teoria do sistema do DIÁLOGO DAS FONTES normativas ou “diálogo sistemático
de coerência”. Por isso, é perfeitamente possível que o CPC seja aplicado de forma subsidiária ao
conjunto de normas que compõem o microssistema de tutela coletiva.
(TJSP-2015-VUNESP): Quanto à coisa julgada e seus efeitos, conforme previstos no CDC, é correto
afirmar que se aplicam as regras da coisa julgada não só aos direitos do consumidor, mas também
à tutela de interesses difusos ou coletivos de outras espécies que não consumeristas. BL: art. 90,
CDC e art. 21, da LACP.
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado do art. 21, pela Lei nº 8.078,
de 1990)
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. (Renumerado do art. 22, pela Lei nº 8.078, de 1990)
JOSÉ SARNEY
Fernando Lyra