4 Arte Expressão Das Ideias e Emoções
4 Arte Expressão Das Ideias e Emoções
4 Arte Expressão Das Ideias e Emoções
e suas Tecnologias
COMPETÊNCIA
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H12 - Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 - Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 - Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações
Organizador:
de vários grupos sociais e étnicos.
Mateus Prado
Expediente Edição L4-B
Nota:
Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, por se tratarem de questões já utilizadas nas
provas do ENEM, podem ocorrer casos de erros gramaticais ou discussões quanto à exatidão das respostas e conceitos
empregados nas questões. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao
Cliente ([email protected]), para que possamos esclarecer ou encaminhar cada caso.
Arte: Expressão das Ideias e Emoções
COMPETÊNCIA
4
Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mpetência s:
dessa co o
Incidência Linguagens, Códig
9%
ro v a d e
na p
Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da
própria identidade.
Nessa competência o ENEM espera que o aluno compreenda que a produção artística está relacionada com a organi-
zação da sociedade. O momento histórico, a experiência de relação entre os grupos étnicos, o contexto social e econômico
influenciam a forma que o artista expressa suas ideias e emoções. A produção cultural não é um fenômeno que anda separado
da vida em sociedade, pelo contrário, ela reforça os laços de identidade dos grupos e integra-os ao mundo gerando significados
para tais grupos e para os demais que entram em contato com a produção artística.
É fundamental que o aluno tenha sensibilidade para valorizar a diversidade cultural e compreender que a arte é capaz de
facilitar as inter-relações entre grupos étnicos e sociais. Essa sensibilidade só pode ser adquirida com a leitura e contato com as
diversas linguagens artísticas: as artes visuais, a dança, a música e o teatro. Nesse sentido, o aluno que sempre teve contato com
essas linguagens terá mais facilidade para resolver as questões dessa competência.
É importante valorizar a questão da pluralidade expressada nas produções estéticas e artísticas das minorias sociais e
dos portadores de necessidades especiais educacionais. As questões da inclusão, diversidade e multiculturalidade costumam
aparecer bastante no ENEM e espera-se que o aluno se posicione de forma ética.
• Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
• Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
• Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de
vários grupos sociais e étnicos.
1.“Guernica” é um quadro do pintor cubista Pablo Picasso que apresenta uma situação ocorrida durante a Guerra Civil Espa-
nhola. Procure entender o que foi o Cubismo e qual a posição de Picasso em relação àquela guerra.
2.Em 1922, o Brasil teve um dos seus mais importantes movimentos culturais. Pesquise qual foi esse movimento, quais foram
suas motivações, seus principais representantes e suas principais obras.
3.Entre o século XVII e o início do século XIX desenvolveu-se no Brasil o estilo artístico conhecido como Barroco. A igreja
católica utilizou o estilo para propagar suas imagens e ideias. Tente compreender quais foram as estratégias da igreja para
tal questão.
4.Liste os principais representantes e obras da pintura, da escultura, da arquitetura, da música, da literatura e do teatro no
Brasil. Indique quais as influências sociais e históricas que cada um deles teve.
Separe alguns dos trechos mais representativos do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e fotos, textos e músicas mais
representativas do livro e áudio “Terra”, de Sebastião Salgado, José Saramago e Chico Buarque. Também selecione trechos
que se relacionem com os temas dos materiais propostos no livro Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto.
Divida a sala em grupos e proponha um debate sobre quais eventos/situações sociais, políticas e econômicas motivaram tais
produções artísticas.
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ATIVIDADES
1
Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na Gougon. Disponível em:
http://www.ocaixote.com.br. Acesso
sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil em: 5 set. 2009.
de diversas culturas. Arthur Ramos distingue as culturas não
europeias (indígenas, negras) das europeias (portuguesa,
italiana, alemã etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos Brasis:
crioulo, caboclo, sertanejo, caipira e de Brasis sulinos, a cada 2
A música pode ser definida como a combinação de
um deles correspondendo uma cultura específica. sons ao longo do tempo. Cada produto final oriundo da infini-
dade de combinações possíveis será diferente, dependendo da
MORAIS, F. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. escolha das notas, de suas durações, dos instrumentos utiliza-
São Paulo: Sudameris, 2003. dos, do estilo de música, da nacionalidade do compositor e do
período em que as obras foram compostas.
Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários
Brasis, a opção em que a obra mostrada representa a arte bra-
sileira de origem negro-africana é:
a)
Figura 1 Figura 2
b)
Figura 1 - http://images.quebarato.com.br/photps/big/2/D/15A12D_2.jpg.
c) Figura 2 - http://ourinhos.prefeituramunicipal.net/dados/fotos/2009/07/07/normal.
Figura 3 - http://www.edmontonculturalcapital.com/gallery/edjazzfestival/JazzQuartet.jpg.
Figura 4 - http://filmica.com/jacintaescudos/archivos/Led-Zeppelin.jpg.
3 bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhu-
No programa do balé Parade, apresentado em 18 de
maio de 1917, foi empregada publicamente, pela primeira vez, a ma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mos-
palavra sur-realisme. Pablo Picasso desenhou o cenário e a in- trar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência
dumentária, cujo efeito foi tão surpreendente que se sobrepôs como têm em mostrar o rosto.
à coreografia. A música de Erik Satie era uma mistura de jazz,
música popular e sons reais tais como tiros de pistola, combi- CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
nados com as imagens do balé de Charlie Chaplin, caubóis e Acesso em: 12 ago. 2009.
vilões, mágica chinesa e Ragtime. Os tempos não eram propí-
cios para receber a nova mensagem cênica demasiado provo- Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o
cativa devido ao repicar da máquina de escrever, aos zumbi- trecho do texto de Caminha, conclui-se que
dos de sirene e dínamo e aos rumores de aeroplano previstos
por Cocteau para a partitura de Satie. Já a ação coreográfica a) ambos se identificam pelas características estéticas mar-
confirmava a tendência marcadamente teatral da gestualidade cantes, como tristeza e melancolia, do movimento romântico
cênica, dada pela justaposição, colagem de ações isoladas se- das artes plásticas.
guindo um estímulo musical. b) o artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto, representando-o
de maneira realista, ao passo que o texto é apenas fanta-
SILVA, S. M. O surrealismo e a dança. GUINSBURG, J.; LEIRNER (Org.). O surrealismo. sioso.
São Paulo: Perspectiva, 2008 (adaptado). c) a pintura e o texto têm uma característica em comum, que é
representar o habitante das terras que sofreriam processo
As manifestações corporais na história das artes da cena muitas colonizador.
vezes demonstram as condições cotidianas de um determina- d) o texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura
do grupo social, como se pode observar na descrição acima do europeia e a cultura indígena.
balé Parade, o qual reflete e) há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma
vez que o índio representado é objeto da catequização je-
a) a falta de diversidade cultural na sua proposta estética. suítica.
b) a alienação dos artistas em relação às tensões da Segunda
Guerra Mundial.
c) uma disputa cênica entre as linguagens das artes visuais, do 5
A dança é importante para o índio preparar o corpo e a
figurino e da música.
garganta e significa energia para o corpo, que fica robusto. Na al-
d) as inovações tecnológicas nas partes cênicas, musicais, co-
deia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã
reográficas e de figurino.
até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os
e) uma narrativa com encadeamentos claramente lógicos e li-
padrinhos planejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como
neares.
um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo,
o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos
entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes:
4 Wamaridzadadzeiwawe, Butséwawe, Tseretomodzatsewawe,
que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultu-
ra Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando
o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite,
tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles
vão chamando um ao outro com um grito especial.
7
Em uma escola, com o intuito de valorizar a diversidade do
patrimônio etnocultural brasileiro, os estudantes foram distribuídos
em grupos para realizar uma tarefa referente às características atu-
ais das diferentes regiões brasileiras, a partir do seguinte quadro:
Centro-
Região Norte Nordeste Sul Sudeste
Oeste
Prato com
Carne de
Alimentação Peixe milho e Churrasco
sol
mandioca
Música
Música Ciranda Baião Vaneirão
sertaneja
Zona franca Praias do Serra de
Ponto turístico Pantanal
de Manaus litoral gramado
Tipo
Seringueiro Baiana Vaqueiro Prenda
característico
a) mate amargo, embolada, elevador Lacerda, peão de estância. e) a visão da representação das figuras geométricas é rígida,
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Texto A
Disponível em: http://www.mac.usp.br. Acesso em: 02 maio 2009 (adaptado). Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Alguns artistas remobilizam as linguagens geométricas no sen- Na bruta ardência orgânica da sede,
tido de permitir que o apreciador participe da obra de forma Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
mais efetiva. Levando-se em consideração o texto e a obra
Metaesquema I, reproduzidos acima, verifica-se que “Vou mandar levantar outra parede...”
Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
a) a obra confirma a visão do texto quanto à ideia de estruturas E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
que parecem se movimentar, no campo limitado do papel, Circularmente sobre a minha rede!
procurando envolver de maneira mais efetiva o olhar do ob-
servador. Pego de um pau. Esforços faço. Chego
b) a falta de exatidão no espaçamento entre as figuras (retân- A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
gulos) mostra a falta de rigor da técnica empregada, dando Que ventre produziu tão feio parto?!
à obra um estilo apenas decorativo.
c) Metaesquema I é uma obra criada pelo artista para alegrar A Consciência Humana é este morcego!
o dia-a-dia, ou seja, de caráter utilitário. Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
d) a obra representa a realidade visível, ou seja, espelha o Imperceptivelmente em nosso quarto!
mundo de forma concreta.
ANJOS, A. Obra Completa. Rio de Janeiro; Aguilar, 1994.
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Anotações
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Observe a obra “Objeto Cinético”, de Abraham Palat-
nik, 1966.
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Brazil, capital Buenos Aires
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Anotações
Originária das tangas
Com que as índias fingiam
Cobrir a graça sagrada da vida.
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Gravuras e pinturas são duas modalidades da prática
gráfica rupestre, feitas com recursos técnicos diferentes. Exis-
tem vastas áreas nas quais há dominância de uma ou outra
técnica no Brasil, o que não impede que ambas coexistam no
mesmo espaço. Mas em todas as regiões há mãos, pés, antro-
pomorfos e zoomorfos. Os grafismos realizados em blocos ou
paredes foram gravados por meio de diversos recursos: picote- Utilizadas desde a Antiguidade, as colunas, elementos verticais
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Fernand Léger, artista francês envolvido com o movi-
mento cubista, tinha como princípio transformar imagens em
Brasília 50 anos. Veja. Nº 2 138, nov. 2009. figuras geométricas, especialmente cones, esferas e cilindros.
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Anotações
ção Industrial e ao pós I Guerra Mundial e explora
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Texto I
Texto II
Arte Urbana. Foto: Diego Singh. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br. Acesso em:
27 jul. 2010.
JAFFÉ, A. O simbolismo nas artes plásticas. In: JUNG, C.G. (org.). O homem e os seus 24
símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
Aqui é o país do futebol
A relação observada entre a imagem e o texto apresentados Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
permite o entendimento da intenção de um artista contemporâ- Olha o sambão, aqui é o país do futebol
neo. Neste caso, a obra apresenta características
[...]
a) funcionais e de sofisticação decorativa.
b) futuristas e do abstrato geométrico. No fundo desse país
c) construtivistas e de estruturas modulares. Ao longo das avenidas
d) abstracionistas e de releitura do objeto. Nos campos de terra e grama
e) figurativas e de representação do cotidiano. Brasil só é de futebol
Nesses noventa minutos
De emoção e alegria
23 Esqueço a casa e o trabalho
A vida fica lá fora
Dinheiro fica lá fora
A cama fica lá fora
A mesa fica lá fora
Salário fica lá fora
A fome fica lá fora
A comida fica lá fora
A vida fica lá fora
E tudo fica lá fora
PICASSO, P. Guernica. Óleo sobre tela. 349 x 777 cm. Museu Reina Sofia, Espanha, 1937. Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento).
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Anotações
b) ser apresentado como uma atividade de lazer.
c) ser identificado com a alegria da população brasileira.
d) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo futebol.
e) ser associado ao desenvolvimento do país.
25
Cabeludinho
26
E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele
mesmo, títere voluntário e consciente, como entregava o braço, as
pernas, a cabeça, o tronco, como se desfazia de suas articulações
e de seus reflexos quando achava nisso conveniência. Também ele
soubera apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda feita de suti-
lezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de insolência e
submissão, de silêncio e rompantes, de anulação e prepotência. Co-
nhecia a palavra exata para o momento preciso, a frase picante ou
obscena no ambiente adequado, o tom humilde diante do superior
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Anotações
salvação.
b) credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres de Mi-
nas Gerais.
c) simplicidade, demonstrando compromisso com a contem-
plação do divino.
d) personalidade, modelando uma imagem sacra com feições
populares.
e) singularidade, esculpindo personalidades do reinado nas
obras divinas.
30
31
O futebol na Pop Arte brasileira
LEIRNER, N. Futebol.
FONSECA, M. O. Nelson Leirner: 2011-1961 = 50 anos.
34
Na busca constante pela sua evolução, o ser humano
vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar.
Nas últimas décadas do século XVIII e no início do século
XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilí-
brio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo ca-
racterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade,
STUCKERT, R. Palácio da Alvorada. do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passa-
Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 28 abr. 2010. do ao presente, retratando os personagens da nobreza e da
burguesia, além de cenas míticas e histórias cheias de vigor.
Rompendo com as paredes retas e com a geometrização
clássica acadêmica, os arquitetos modernistas desenvolve- RAZOUK, J. J. (Org.). Histórias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003.
ram seus projetos graças também a um momento de indus-
trialização e modernização do Brasil. Observando a imagem Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges,
apresentada, analisa-se que grafismo e até de ilustrações de livros para compor obras em
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Anotações
seguinte imagem:
a)
b)
c)
d)
e)
Figura 2
Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/site/wpcontent/uploads/2008/02/cadeira-
-real.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2009.
39
KUCZYNKIEGO, P. Ilustração, 2008. Disponível em: http://capu.pl. Acesso em: 3 ago. 2012
e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações. Nessa obra, Contaram-me que meus avós
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ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço
a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais. plantaram cana pro senhor do engenho novo
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade. e fundaram o primeiro Maracatu
c) provocar a reflexão sobre essa realidade.
d) propor alternativas para solucionar esse problema. Depois meu avô brigou como um danado
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países nas terras de Zumbi
do mundo. Era valente como o quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
40 o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso
Mesmo vovó
não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou
NASSAR, Emmanuel. Arraial, 1984. Tinta Industrial sobre Chapa de Flandres, 100 cm x 200 cm.
Acervo Particular do Artista - Belém-Pará
Na minh’alma ficou
o samba
Os temas frequentes nas pinturas de Emmanuel Nassar são objetos
o batuque
banais, detalhes de artesanatos encontrados nas feiras da cida-
o bamboleio
de de Belém do Pará. O artista desloca elementos do campo da
e o desejo de libertação...
visualidade popular e suburbana para o campo da visualidade de
suas pinturas. Ao traduzir esses elementos para as suas pinturas, TRINDADE, Solano. Sou negro. In: Alda Beraldo.
o artista produz metáforas, onde essas imagens não se exaurem Trabalhando com poesia. São Paulo: Ática, 1990, v. 2
em si mesmas ou em conotações socioculturais. Nassar valoriza a
O poema resgata a memória de fatos históricos que fazem parte
diversidade artística, seja ela popular ou erudita, por meio da inter-
do patrimônio cultural do povo brasileiro e faz referência a diver-
-relação de elementos que se apresentam nas manifestações de
sos elementos, entre os quais, incluem-se
vários grupos sociais.
MATTAR, Denise. Catálogo da Exposição: Emmanuel Nassar — A Poesia da Gambiar- a) a s batalhas vividas pelos africanos e o Carnaval.
ra. Rio de Janeiro: CCBB, 2003 (adaptado). b) a coragem e a valentia dos africanos e as suas brincadeiras.
c) o legado dos africanos no Brasil e a cerimônia do batismo ca-
Considerando-se as informações do texto e a pintura Arraial, do ar-
tólico.
tista Emmanuel Nassar, percebe-se que
d) o espírito guerreiro, os sons e os ritmos africanos.
e) o trabalho dos escravos no engenho e a libertação assinada
a) o artista retrata em sua pintura o detalhe da fachada de um prédio
pela coroa.
histórico de Belém do Pará.
b) os elementos da visualidade popular são esquecidos pelo artista.
c) a figura contradiz a visão do texto quanto à utilização de elemen-
tos populares na pintura do artista. 42
d) tanto a pintura quanto o texto evidenciam que é irrelevante reco-
nhecer o valor das manifestações populares.
e) o artista retrata de maneira alegre os elementos presentes em um
arraial, ressaltando o ar festivo de parque de diversões.
41
Sou negro
Solano Trindade
Sou negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh’alma recebeu o batismo dos tambores SCLIAR, Carlos. Soldados no Front. Xilografia s/ papel, 32,7 x 21,9 cm. Disponível em:
atabaques, gonguês e agogôs http://www.mac.usp.br/mac/menuLateral.asp?op=8#. Acesso em: 01 maio. 2009.
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Anotações
da guerra na Itália em 1944, relaciona-se com
43
Figura 1
Figura 2
Disponível em <lproweb.procempa.com.br>.
44
Disponível em <www.estadao.com.br/fotos/jamelao10.JPG>.
Figura 4
Pintura Rupestre.
Figura 5
Disponível em: http://www.fashionbubbles2.com/wp-content/uploads/2008/12/ cena-de-
-caca-pre-historica.jpg. Acesso em 2/maio/2009.
Disponível em: www.amigosdavilamariana.com.br/?q=node/9. FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara, p. 45. (adaptado).
Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Anotações
seus primórdios, tinha a função de
45
Cândido Portinari, nascido em 1903, em uma fazenda de
café em Brodósqui, no interior do estado de São Paulo, é um dos
ícones das artes plásticas no Brasil e no mundo. Sua vasta e va-
riada obra é um dos valiosos patrimônios da cultura brasileira. A
seguir, são apresentadas pinturas desse grande artista.
Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TRONOS Anotações
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mentos de diferentes classificações. Nessa formação, o instru- A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um
mento que representa a família trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confecção
de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a impressora,
a) das madeiras é a flauta transversal. também manual, para imprimir. A manutenção desse sistema anti-
b) das cordas friccionadas é o bandolim. go de impressão faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é
c) dos metais é o pandeiro. a confecção da xilogravura para a capa do cordel.
d) das percussões com membrana é o afoxé.
e) das cordas percurtidas é o cavaquinho. As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras
talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordestina até hoje
é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham
ensinado sua técnica aos índios, como uma atividade extra-cate-
49 quese, partindo do princípio religioso que defende a necessidade
Era um dos meus primeiros dias na sala de música. A
fim de descobrirmos o que deveríamos estar fazendo ali, pro- de ocupar as mãos para que a mente não fique livre, sujeita aos
pus à classe um problema. Inocentemente perguntei: — O que maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clichê,
é música? placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usual-
mente zinco, que era utilizada nos jornais impressos em rotoplanas.
Passamos dois dias inteiros tateando em busca de uma de-
finição. Descobrimos que tínhamos de rejeitar todas as de- VICELMO, A. Disponível em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado).
finições costumeiras porque elas não eram suficientemente
abrangentes. A estratégia gráfica constituída pela união entre as técnicas da
impressão manual e da confecção da xilogravura na produção de
O simples fato é que, à medida que a crescente margem a que folhetos de cordel
chamamos de vanguarda continua suas explorações pelas fron-
teiras do som, qualquer definição se torna difícil. Quando John a) realça a importância da xilogravura sobre o clichê.
Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ruídos da b) oportuniza a renovação dessa arte na modernidade.
rua a atravessar suas composições, ele ventila a arte da música c) demonstra a utilidade desses textos para a catequese.
com conceitos novos e aparentemente sem forma. d) revela a necessidade da busca das origens dessa literatura.
e) auxilia na manutenção da essência identitária dessa tradição
SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991 (adaptado). popular.
50
Cordel resiste à tecnologia gráfica
O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. CLARK, L. Bicho de bolso. Placas de metal, 1966
É a literatura de cordel, que atravessa os séculos sem ser destru-
ída pela avalanche de modernidade que invade o sertão lírico e O objeto escultórico produzido por Lygia Clark, representan-
telúrico. Na contramão do progresso, que informatizou a indústria te do Neoconcretismo, exemplifica o início de uma vertente
gráfica, a Lira Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos importante na arte contemporânea, que amplia as funções
Cordelistas do Crato conservam, em suas oficinas, velhas máqui- da arte. Tendo como referência a obra Bicho de bolso, iden-
nas para impressão dos seus cordéis. tifica-se essa vertente pelo(a)
Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Anotações
proximidade entre arte e vida.
b) percepção do uso de objetos cotidianos para a confecção da
obra de arte, aproximando arte e realidade.
c) reconhecimento do uso de técnicas artesanais na arte, o que
determina a consolidação de valores culturais.
d) reflexão sobre a captação artística de imagens com meios óti-
cos, revelando o desenvolvimento de uma linguagem própria.
e) entendimento sobre o uso de métodos de produção em série
para a confecção da obra de arte, o que atualiza as linguagens
artísticas.
52
Por onde houve colonização portuguesa, a música po-
pular se desenvolveu basicamente com o mesmo instrumental.
Podemos ver cavaquinho e violão atuarem juntos aqui, em Cabo
Verde, em Jacarta, na Indonésia, ou em Goa. O caráter nostálgico,
sentimental, é outro ponto comum da música das colônias portu-
guesas em todo o mundo. O kronjong, a música típica de Jacarta, é
uma espécie de lundu mais lento, tocado comumente com flauta,
cavaquinho e violão. Em Goa não é muito diferente.
a) Maracatu e ciranda.
b) Carimbó e baião.
c) Choro e samba.
d) Chula e siriri.
e) Xote e frevo.
53
FABIANA, arrepelando-se de raiva — Hum! Ora, eis aí
está para que se casou com meu filho, e trouxe a mulher para
minha casa. É isto constantemente. Não sabe o senhor meu
filho que quem casa quer casa... Já não posso, não posso,
não posso! (Batendo com o pé). Um dia arrebento, e então
veremos!
PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012.
DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. a) afirmação de que a Gioconda genuína estava na fase da
Belo Horizonte: UFMG, 2005. meia-idade.
b) revelação da identidade da mulher pintada por Da Vinci, a
A presença da cultura hip-hop no Brasil caracteriza-se como florentina Lisa Gherardini.
uma forma de c) consideração de que as produções artísticas de Da Vinci
datam do período renascentista.
a) lazer gerada pela diversidade de práticas artísticas nas d) descrição do fato de que a tela original mostra um manto
periferias urbanas. sobre o ombro esquerdo da personagem.
b) entretenimento inventada pela indústria fonográfica nacional. e) confirmação da hipótese de que Da Vinci teve assistentes
c) subversão de sua proposta original já nos primeiros bailes. que o auxiliaram em algumas de suas obras.
d) afirmação de identidades dos jovens que a praticam.
e) reprodução da cultura musical norte-americana.
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O termo Foco equivale ao ponto de concentração do
ator. O nível de concentração é determinado pelo envolvimento
55 com o problema a ser solucionado. Tomemos o exemplo do jogo
teatral Cabo de Guerra: o Foco desse jogo reside em dar reali-
dade ao objeto, que nesse caso é a corda imaginária. A dupla
de jogadores no palco mobiliza toda sua atenção e energia para
dar realidade à corda. Quando a concentração é plena, a dupla
sai do jogo com toda evidência de ter realmente jogado o Cabo
de Guerra — sem fôlego, com dor nos músculos do braço etc. A
plateia observa em função do Foco.
TEXTO II
Só Deus pode me julgar
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Se observarmos o maxixe brasileiro, a beguine da Marti-
nica, o danzón de Santiago de Cuba e o ragtime norte-americano,
vemos que todos são adaptações da polca. A diferença de resul-
tado se deve ao sotaque inerente à musica de cada colonizador
(português, espanhol, francês e inglês) e, em alguns casos, a uma
maior influência da música religiosa.
CAZES, H. Choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998 (adaptado).
Além do sotaque inerente à música de cada colonizador e da influ- que a cultura indígena é dinâmica e sempre incorpora novidades.
Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ência religiosa, que outro elemento auxiliou a constituir os gêne- — “Mas índio cantando rap?”, tem gente que questiona. O rap é
ros de música popular citados no texto? de quem canta, é de quem gosta, não é só dos americanos — ava-
lia Dani [o vocal feminino].
a) A região da África de origem dos escravos, trazendo tradições
musicais e religiosas de tribos distintas. BONFIM, E. Revista Língua Portuguesa, n. 81, jul. 2012 (adaptado).
b) O relevo dos países, favorecendo o isolamento de comunida-
des, aumentando o número de gêneros musicais surgidos. Considerando-se as opiniões apresentadas no texto, a indagação
c) O conjunto de portos, que favorecem o trânsito de diferentes “Mas índio cantando rap?” traduz um ponto de vista que evidencia
influências musicais e credos religiosos.
d) A agricultura das regiões, pois o que é plantado exerce influên- a) desqualificação dos indígenas como músicos, desmerecendo
cia nas canções de trabalho durante o plantio. sua capacidade musical devido a sua cultura.
e) O clima dos países em questão, pois as temperaturas influen- b) desvalorização da cultura rap em contrapartida às tradições
ciam na composição e vivacidade dos ritmos. musicais indígenas, motivo pelo qual os índios não devem can-
tar rap.
c) preconceito por parte de quem não concebe que os índios
possam conhecer o rap e, menos ainda, cantar esse gênero
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Se observarmos o maxixe brasileiro, a beguine da Marti- musical.
nica, o danzón de Santiago de Cuba e o ragtime norte-americano, d) equívoco por desconsiderar as origens culturais do gênero mu-
vemos que todos são adaptações da polca. A diferença de resul- sical, ligadas ao contexto urbano.
tado se deve ao sotaque inerente à musica de cada colonizador e) entendimento do rap como um gênero ultrapassado em relação
(português, espanhol, francês e inglês) e, em alguns casos, a uma à linguagem musical dos indígenas.
maior influência da música religiosa.
CAZES, H. Choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998 (adaptado).
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Além do sotaque inerente à música de cada colonizador e da influ-
ência religiosa, que outro elemento auxiliou a constituir os gêne-
ros de música popular citados no texto?
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Sem flecha, na rima
ERNEST, M. O gigante acéfalo. Disponível em: www.historiadaarte.com.br. Acesso em:
O grupo de rap Brô MCs, criado no final de 2009, é formado
26 jan. 2012.
pelos pares de irmãos (daí o “bro”, de brother) Bruno/Clemerson e
Kelvin/Charles, jovens que cresceram ouvindo hip hop nas rádios
A perplexidade causada pela catástrofe da Primeira Guerra Mun-
da aldeia Jaguapiru Bororo, em Dourados, Mato Grosso do Sul.
dial fez surgir um movimento de vanguarda denominado Dadaís-
mo, que rejeitava os valores tradicionais e rompia com a estética
— Desde o começo a gente não queria impor uma cultura estra-
clássica. A imagem da obra O gigante acéfalo
nha que invadisse a cultura indígena — afirma o produtor, cha-
mando a atenção para o grande destaque do Brô MCs: as letras
a) explora elementos sensoriais para explicar a racionalidade do
em língua indígena. Expressar-se em língua originária e fazer com
pós-guerra.
que os jovens indígenas percebam a vitalidade do idioma nativo é
b) recria a realidade para combater os padrões estéticos da época.
uma das motivações do grupo.
c) organiza as formas geométricas para inovar as artes visuais.
d) representa as experiências individuais de exaltação.
A dificuldade maior vem dos críticos, que não aceitam o fato de
e) utiliza a sensibilidade para retratar o drama humano.
62
As origens da capoeira remontam ao Brasil escra-
vocrata e ao tráfico negreiro africano. O confronto dessas
ações e contextos tornou possível o florescimento dessa prá-
tica corporal. O negro na condição de escravo nunca se sub-
meteu totalmente à violência do branco, quer seja física ou
simbólica, criando suas próprias estratégias de resistência.
Evidentemente, a capoeira enfrentou uma série de precon-
ceitos e rejeições até o seu recente reconhecimento como
patrimônio histórico nacional pelo Instituto do Patrimônio His-
tórico e Artístico Nacional.
a) pelo massivo apoio e incentivo do Estado e de suas institui- tudo é selvagem e livre/ não se sinta sozinho porque aqui é a
Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ções oficiais, através de diversas políticas públicas direcio- nossa casa”, Brown, Mendes e Garrett vendem o eterno clichê
nadas para a diminuição das desigualdades sociais. de samba-suor-futebol desta terra tropical.
b) pela predominância do espontaneísmo e do improviso sobre
os elementos de ataque e defesa, reduzindo o seu impacto CHARLSON, F.; LOBÃO, G. Um sonho bem brasileiro. Jornal de Brasília,
como luta de resistência da população negra. 26 fev. 2012 (adaptado).
c) pela presença de instituições e organizações oficiais en-
carregadas de ensinar sua prática e que foram importantes A música Real in Rio, de Brown, Mendes e Garrett, que integra
para o reconhecimento social da população negra no Brasil. a animação Rio, foi composta para
d) pela compreensão de sua prática associada à vadiagem e à
desordem, que contribuíram para sua marginalização, espe- a) sintetizar os gêneros e estilos da música carioca em uma
cialmente, até a terceira década do século XX. única obra.
e) pela existência de uma estrutura normativa que possibilitou b) demonstrar a possibilidade de compor um samba redigido
o estabelecimento de regras e códigos próprios, ampliando em língua inglesa.
seus significados libertários contestatórios. c) compor o tema central da trilha sonora da produção de Car-
los Saldanha.
d) promover o gênero samba-enredo, que é característico do
carnaval carioca.
63 e) constituir acompanhamento musical para a coreografia das
Os mesmos objetivos que a teatróloga Spolin propõe
para o espetáculo são válidos em cada momento durante o aves na animação.
processo de aprendizagem, onde o teatro, enquanto mani-
festação viva e espontânea, deve estar presente em todos os
momentos. Da mesma forma como a plateia de espectadores
é normalmente pouco estimulada por emoções que pertencem
ao passado, o jogador no palco não explora a si mesmo (suas
emoções) através de um processo de identificação subjetivo,
mas atua em função do momento presente.
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Floresta tropical, Rio de Janeiro, Brasil. Em meio às
árvores, os pássaros gorjeiam, oh!, alegremente. De repente,
uma batucada daquelas bem brasileira. Aí, tucanos, garças,
canários e araras e outras aves enlouqueceram numa core-
ografia tipo “a cara do Brasil”. A imagem é cortesia de Rio,
animação de Carlos Saldanha. Ao fundo, Real in Rio — na ver-
são brazuca, Favo de Mel —, música de Sérgio Mendes e Car-
linhos Brown, letra da americana Siedah Garrett, e esperança
brasileira na cerimônia de entrega do Oscar 2012. Com trechos
como “Nós somos os melhores no ritmo/ é por isso que ama-
mos o Carnaval/ a mágica pode acontecer de verdade no Rio/
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