Anatomia Funcional de Roedores

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Clinica de Animais Silvestres

Pós graduação lato sensu


IBRA

Anatomia Funcional de Roedores

Prof. Ms. Cristina Fotin


2020
© Direitos Autorais
Proibida Reprodução e Veiculação
Ordem Rodentia
• Domésticos: hamsters, ratos, camundongos, chinchila, porquinho da India, gerbil, etc

• Silvestres: preá, cotia, paca, capivara, esquilo, ouriço, porco espinho, etc
44 % dos mamíferos da América do Sul

• Maior ordem dentre os mamíferos (2021 sp)


Roedores Silvestres
Preá (Cavia aperea)
• Preá: Cavia aperea 1 e Galea spixii spixii 2
• Origem: regiões sul e sudeste
• do Brasil, Argentina e Paraguai 1
região Nordeste (caatinga) 2
• Tamanho: 25 a 30 cm
• Peso: 800 gr e 1,5 Kg.
• Hábitos: basicamente noturnos/herbívora
• Reprodução: gestação de 60 a 70 dias
em média 3 filhotes.
• Coloração: castanho e cinza escuro
• Habitat: capinzais à beira de córregos, lagoas e rios
• Cativeiro: animais rústicos e resistentes
Cutia
Dasyprocta aguti
• 7 espécies no Brasil
• Híbridos férteis
• focinho achatado, cabeça estreita
• cauda curta, sem pêlos, 49-64 cm de comprimento
• 3 e 5,9 kg
• pêlos ásperos, duros e compridos.
• coloração variável entre as sete espécies
• alimentação: frutos e sementes, flores,brotos
(herbívoro)
• Habitat: matas, rios, todo Brasil, terrestre
• Comportamento: Hábitos noturnos
• Tempo de vida: 18 anos
• Gestação: 120 dias ninhada 2 filhotes
Ratão do Banhado
Myocastor coypus
• até 60 cm de comprimento
• Cauda longa: 30-40 cm
• Peso: 6 a 9 kg
• Distribuição geográfica:
Zona temperada da América do Sul. No Brasil (estados do Sul)
• Habitat:Peleteria e carne
Alimentação: capim, raízes e plantas aquáticas
Comportamento: pelagem bonita, lava e penteia o pêlo com suas garras,
distribui secreção
Gestação: 130 dias
Filhotes: 5-10
Tempo de vida: 15 anos
Paca
Agouti paca
• 2º roedor brasileiro em tamanho
• Tamanho: 32 a 60cm
• Cauda: 1 a 7 cm
• Peso: 10Kg
• Habitat: vegetação alta, proximidades
de rios
• Alimentação:raízes, folhas, frutos,
cana-de-açúcar e mandioca
• Tempo de vida:16 anos
• 1 cria (gestação 115 dias)
Capivara
Hydrochaeris hydrochaeris
• Maior roedor do mundo
• Todos os estados brasileiros
• Alto valor zootécnico
(conversão alimentar e criação de filhotes
em sistema de creche)
• Peso: 50 kg
• 1-1,5 metros
Ouriço
• Peso: 1-2 KG.
• Alimentação: sementes de frutos, cocos, cascas de árvores e
folhas
• Comportamento: solitário, lento e hábitos noturnos ou
crepusculares.
• Arborícolas
• Podem se tornar bem dóceis
• Machos com odor forte
• Tempo de vida: 10 anos
• Distribuição: todo o país
Esquilo (Sciurus ingrami)

• Serelepe, caxinguelê
• Peso: 200-400 gr
• Tempo de vida: 15 anos
• Gestação: 28-45 dias
• Filhotes:3
• Maturidade sexual: 1 ano
• Distribuição: sul BA-RS
• Frutos e sementes
• Difícil reprodução e manutenção em
cativeiro
• Mais nomades - < estocagem de
alimentos que os europeus
Pequenos Roedores Domésticos
Roedores Dométicos
Pequenos Roedores – Características comuns
Dentição
- ratos, camundongos, hamsters,
gerbils
- Fórmula Dentária
I 1/1, C 0/0, P 0/0, M 3/3 x 2 = 16
- Incisivos alaranjados e em cinzel
- Crescimento contínuo somente
dos incisivos (hipsodônticos)
- Incisivo superior menor que
inferior (1:3)
Pequenos Roedores – Características comuns
Anatomia do Olho

• Certo grau de exoftalmia


• Glândula de Harder: secreção rica em lipídeos e porfirina (lubrificação
ocular e mediador de ferormônio)

Porfirina coloração vermelha



Estresse → aumento de produção lacrimal

Tingimento da face em vermelho
Pequenos Roedores – Características comuns
Sistema Esquelético

• 5 dígitos em MAs e 5 dígitos em MPs


• 1º dedo de MA reduzido
• Gerbils – 4 dígitos em MPs
Pequenos Roedores – Características comuns
Diferenciação Sexual

• Testículos evidentes
filhote e adulto
• Distância anogenital
- curta na fêmea
- maior no macho macho

fêmea
Pequenos Roedores – Características comuns
Reprodução

• Útero bicórnico
• Hamster – cérvix simples -2 canais cervicais saem do útero
• Rato- cérvix dupla
• Camundongo- cérvix simples
Pequenos Roedores – Características comuns
Reprodução

Glândulas Mamárias
• Hamster 6-7 pares
• Ratos 6 pares
• Gerbils 4 pares
• Camundongos 5 pares
• Tecido glandular se estende sobre
regiões dos ombros, cervical
ventral e perianal
Pequenos Roedores – Características comuns
Reprodução

• Filhotes nascem com característica imaturas

• Fornecer material para ninho

• Preservar fêmea durante gestação e amamentação


Pequenos Roedores – Características comuns
Reprodução

• Machos com canal inguinal


aberto por toda a vida

• Testículos retráteis em
direção ao abdomen

• Grande quantidade de
gordura ao redor do
epidídimo
Pequenos Roedores – Características comuns
Sistema Digestório

• Monogástricos
• Onívoros
• Graus variados de coprofagia
• Vômitos dificultados devido à junção firme entre
esôfago e estômago (esfíncter do cardia com camada
muscular bem desenvolvida)
Pequenos Roedores – Características comuns

Ausência de glândulas sudoríparas


Inabilidade para hiperpnéia

Suscepíveis a altas TºC
Pequenos Roedores – Características comuns

• Conformacao corporal
• Torax pequeno
• Abdomem grande
Hamster dourado ou sírio
(Mesocricetus auratus)
• Originário de espécies silvestres do Oriente Médio (Síria)

• Habitam galerias profundas, onde


estocam alimentos

• Bolsas faciais para carregar alimentos

• Hábitos noturnos, com curtos períodos


de atividade diurna

• Variação de coloração e pelagem/ cauda curta


Hamster sírio
Mesocricetus auratus
Peso adulto macho 85-130 gr
Peso adulto fêmea 95- 150 gr
TºC 37 a 38 ºC
Ciclo de vida 18 a 24 meses
Consumo alimento >15gr/100gr/dia
Consumo água >20ml/100gr/dia
FR 35 a 135 MR/minuto
FC 250 a 500 BPM
Volume sanguíneo 8 ml/100gr
Hamster sírio
(Mesocricetus auratus)
• Comportamento: dóceis.
• Agressivos se acordados abruptamente
• Habilidade para escapar por frestas
• Habilidade para saltar quando em fuga
• “hibernação” com dias curtos e frios (5 a 15 ºC)
Hamster sírio
(Mesocricetus auratus)
• Territoriedade entre machos

• Brigas entre fêmeas frequentes somente durante


gestação

• Brigas entre machos e fêmeas podem ocorrer


(fêmeas mais agressivas que machos)

• Afastar machos após cópula


Hamster sírio
Mesocricetus auratus
• Pulmão E e D

• Lobo E único

• Pulmão D dividido em 4 lobos

• Similar em ratos e camundongos


Hamster sírio
Mesocricetus auratus
• Bolsas faciais
• Evaginações da mucosa oral
• paredes finas e distensíveis, ricas
em vascularização
• Comum infecções e neoplasias
• Transporte de alimento, forragem e
filhotes
Hamster sírio
Mesocricetus auratus

• Alimentação: onívoros
• Dieta peletizada/extrusada para roedores
• 16 % de proteína e 4 a 5 % de lipídeos
Hamster sírio
Mesocricetus auratus

• Machos: (glândulas do flanco)


par de glândulas odoríferas em
região lombar dorsal, pigmentadas

• Glândulas sebáceas para


demarcação território e atração
sexual
Hamster sírio
Mesocricetus auratus

• Fecundidade diminui com baixas TºC


ambientais – hibernação parcial
(abaixo de 22 ºC)

• Fêmeas - produção de secreção vaginal


espessa no 2º dia do estro (unicamente
em hamsters)
Hamster sírio
Mesocricetus auratus
Início vida reprodutiva 10 a 14 semanas
macho
Início vida reprodutiva 6 a 10 semanas
fêmea
Duração ciclo estral 4 dias
Duração gestação 15 a 16 dias
Nº filhotes 5a9
desmame 20 a 25 dias
Cio pós parto infértil
Hamster sírio
Mesocricetus auratus

• Cio fértil 2 a 18 dias após desmame


• Fêmea receptiva ao macho → poucas brigas
• Afastar macho em seguida
Hamster sírio
Mesocricetus auratus

• Formação de ninho
• Fornecer material na metade da
gestação
• Filhotes muito imaturos: forragem
para aquecimento
• Refúgio opaco: aumento da
privacidade
• Alimento bem próximo da fêmea
e em grande quantidade
• (evitar trocas na gaiola)
Hamster sírio
Mesocricetus auratus

Canibalismo ou abandono da ninhada:

• Primeira gestação e primeira semana pós-parto –


perturbações do ninho
• Ninhada muito numerosa ou muito pequena
• Deficiência nutricional
Hamster sírio
Mesocricetus auratus

• Adoção de ninhada: dificultada devido à imaturidade dos filhotes


• Filhotes ingerem sólidos e roem a partir de 7-10 dias de idade
• Bebedouros mais baixos
Hamster chinês (Cricetus griseus)
• Tamanho menor que o hamster dourado ou sírio
• Coloração cinza ou marron com faixa escura dorsal
• Hábitos noturnos
• Mais agéis e agressivos
• Peso corporal 30-45 gr Media de 10 cm
Hamster russo (Phodopus sp) ou Anão russo
Campbel dwarf Winter white dwarf ou siberiano
Sibéria e Asia Central Russia, China e Ásia central

Patas recobertas de pelos e corpo compacto


Gerbil (Meriones unguiculatus)
• Merione, gerbil ou esquilo da Mongólia – 12 cm comprimento
• Nativo da Mongólia e nordeste da China
• África, Ásia central, Índia e Oriente Médio
• Coloração predominantemente marron, linhagens pretas ou
brancas menos comuns
• Cauda longa e coberta de pêlos
• Linhagens modernas com menor tendência a convulsões
Gerbil (Meriones unguiculatus)
• Pouca ingestão de água (originários de regiões desérticas), porém
deve ser oferecida!

• Água originária de processos metabólicos e de algum vegetal


disponível

• Urina muito concentrada e em pequeno volume


Gerbil (Meriones unguiculatus)
• Hábitos mais diurnos, com alternância de atividade e
repouso
• Habitam galerias com diversos “aposentos”: ninhos,
câmara de estocagem de alimento
• Pouco odor
• Dóceis, quando manipulados corretamente
• Muito ativos, saltadores e
escaladores
• Agressividade entre machos
(territorial)
Gerbil (Meriones unguiculatus)
Peso adulto macho 65-110 gr
Peso adulto fêmea 55-85 gr
TºC 37-38,5
Consumo alimento 5-8 gr/100gr/dia
Consumo de água 4-7 ml/100gr/dia

Tempo de vida 3 a 4 anos


FR 90/min
FC 360 bpm
Vol sanguíneo 66-78 ml/kg
Gerbil (Meriones unguiculatus)

• Glândula sebácea abdominal médio-ventral (macho e fêmea), mais


proeminente no macho

• Área alopécica alaranjada escura com secreção oleosa quando ativa


(seta)

• Identificação de filhotes e
demarcação de território
Gerbil (Meriones unguiculatus)

• Hipercolesterolemia fisiológica (1590 mg/100 ml) com dietas


padronizadas

• Lipemia

• Dieta rica em lipídeos→ esteatose hepá ca e cálculos bileares


Gerbil (Meriones unguiculatus)

Início vida reprodutiva 12 semanas


macho
Início vida reprodutiva 8-12 semanas
fêmea
Ciclo estral 4 a 6 dias
gestação 24-26 dias
Gestação com lactação 27-48 dias
Cio pós parto fértil
ninhada 3 a 7 filhotes
desmame 20 a 26 dias
Gerbil (Meriones unguiculatus)

• Monogâmicos
• Dóceis quando alojados jovens
juntos
• Manutenção do macho durante
prenhez e lactação
• Separação por 2 semanas para
evitar acasalamento pós-parto
Gerbil (Meriones unguiculatus)

• Fornecer material para ninho


• Caixas de madeira ou papelão
• Recém-nascidos sem pêlos e olhos e ouvidos fechados
• Canibalismo ou abandono raros
(ninhadas pequenas, perturbações
do ninho, falta de material)
• Adoção de órfãos com
idades compatíveis
Rato de laboratório
(Rattus norvegicus)
• Originário dos ratos silvestres da Ásia Central
• domesticação→ rato albino ou malhado de laboratório
• Rato norueguês - somente nome da espécie, sem correlação com o país
• 21-27 cm de comprimento (corpo), cauda longa e com pouca pelagem
Rato de laboratório
(Rattus norvegicus)
• Tranquilos e dóceis
• Hábitos mais noturnos
• Fácil treinamento

• Comportamento comunitário: alojamento conjunto


de machos e fêmeas
• Permanência dos machos durante gestação
Rato de laboratório
(Rattus norvegicus)
Peso adulto macho 450-520 gr
Peso adulto fêmea 250-300 gr
TºC 35,9 a 37,5
Tempo de vida 2,5 a 3,5 anos
Consumo alimento 10 gr/100 gr/dia
Consumo água 10 a 12 ml/100 gr/dia
FR 70-115/min
FC 250 - 450 bpm
Vol sanguíneo 54 a 70 ml/kg
Rato de laboratório
(Rattus norvegicus)
Sistema Digestório

• Onívoros

• Ração peletizada
Rato de laboratório
(Rattus norvegicus)
Início vida reprodutiva 8-12 semanas
macho
Inicío vida reprodutiva 8-12 semanas
fêmea
Ciclo estral 4-5 dias
Cio pós parto fértil
gestação 21-23 dias
ninhada 6-12 filhotes
desmame 21 dias
Rato de laboratório
(Rattus norvegicus)
• Fornecer material para ninho
• Secreção mucosa clara horas antes do parto
• Filhotes com olhos abertos aos 7 dias
• Canibalismo ou abandono: perturbações do ninho,
ruídos, pouca forração
• Isolamento da fêmea-retirada do macho
Camundongo (Mus musculus)
• Originários da Ásia
• Relativa docilidade
• Rápidos e com tendência a fugas
• Bom comportamento social, brigas entre machos adultos
desconhecidos ou com diversos machos no mesmo recinto
• 9 cm de comprimento(corpo)/ cauda longa e sem pêlos
Camundongo (Mus musculus)
Peso adulto macho 20-40 gr
Peso adulto fêmea 25-40 gr
TºC 36,5 a 38
Tempo de vida 1,5 a 3 anos
Consumo alimento 15 gr/100 gr/dia
Consumo água 15 ml/100 gr/dia
FR 60-220 /min
FC 325-780
Vol sanguíneo 7,6-8 ml/100 gr
Camundongo (Mus musculus)
• Preparam pequenos ninhos na
forragem durante gestação

• Próximo ao parto, constroem


ninho maior

• Canibalismo e abandono não são


comuns

• Fêmas amamentam filhotes de


outras, quando alojadas juntas
Camundongo (Mus musculus)
Início vida reprodutiva 50 dias
macho
Inicío vida reprodutiva 50-60 dias
fêmea
Ciclo estral 4-5 dias
Cio pós parto fértil
gestação 18-21 dias
ninhada 10-12
desmame 21-28 dias
Roedores de Médio Porte
• Porquinhos da Índia e Chinchilas

• Herbívoros monogástricos

• Originários da América do Sul

• Filhotes neonatos bem formados após


longo período de gestação

• Animais dóceis e com maior


longevidade
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
• Cobaia, porquinho da Índia (Guiné), preá
• Originária de espécies silvestres de áreas montanhosas Peru,
Argentina, Brasil e Uruguai
• Levados para Europa século XVI: muitos cruzamentos e seleção
• Variedade de estimação ou laboratório: origem inglesa
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
• Muito dóceis
• Raramente saltam ou escalam
• Hábitos diurnos
• Vocalizações secundárias a estímulos emocionais
• Reações ao medo: imobilidade ou fuga muito rápida (voam!!!)
• Intolerância a mudanças de/no recinto
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
• Machos e fêmeas com convivência pacífica
• Mordeduras e arrancamento de pêlos por território, entre machos
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Peso adulto macho 900-1200 gr
Peso adulto fêmea 700-900 gr
TºC 37,2 a 39,5
Tempo de vida 4 a 5 anos
Consumo alimento 6 gr/ 100 gr/dia
Consumo água 10 ml/100 gr/dia
FR 42-104
FC 230-380
Vol sanguíneo 69-75 ml/kg
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
• Crescimento contínuo de todos os dentes
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)

• I 1/1, C 0/0, P 1/1, M 3/3 x 2 = 20


• Incisivos brancos
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema esquelético
• Bulhas timpânicas grandes

• Coluna vertebral

• C7, T13-14, L6, S2-3, Co4-6

• 4 dígitos em MAs e 3 dígitos em


MPs
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Digestório
• Língua longa
• Cavidade oral estreita
• Pálato mole em continuidade
com base da língua
• Ósteo palatal (abertura no
pálato mole para comunicação da
orofaringe com o restante da
faringe)
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Digestório
• Trato intestinal longo 2,3 metros
• Estômago totalmente glandular
• Intestino delgado à direita
• Ceco localizado ao centro e lado E
• Ceco grande com saculações laterais
• Ceco contém cerca de 65 % do
conteúdo gastrointestinal
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Digestório

• Coprofagia constante : vit B e otimização do uso de


outras vitaminas
• Flora GI gram-positiva predominante
• Não possuem L-glucolactona oxidase; formação de vit
C a partir de glicose
• Necessidade de vit C exógena
• 5 mg/kg/dia adulto, lactantes 30 mg/kg/dia
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Diferenciação Sexual
• Testículos bem evidentes em bolsa
escrotal

• Região perineal da fêmea em formato


de Y

• Distância anogenital
maior em machos
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Urogenital
• Glândulas acessórias no
macho:
- seminais, próstata, de
coagulação e bulbouretrais
- Vesiculares:
10 cm comprimento
• Pênis evertido com 2 espículas queratinizadas
• Osso peniano
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Urogenital

• Canal inguinal aberto em machos


• Presença de dois mamilos inguinais em
machos e fêmeas
• Glândulas sebáceas perianais (território)
• Útero bicórnico
• Cérvix simples

• Urina alcalina, espessa, branca ou


amarelada, com cristais
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Reprodutivo

• Ciclo poliéstrico

• Comportamento sexual da fêmea no proestro e


dilatação da vulva

• “plug” copulatório presente


Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Reprodutivo

Início vida reprodutiva 3-4 meses


macho
Inicío vida reprodutiva 2-3 meses
fêmea
Ciclo estral 15-17 dias
Cio pós parto fértil
gestação 59-72 dias
ninhada 2a5
desmame 14 a 21 dias
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Reprodutivo
• dilatação da sínfise púbica em 1,5 a 2,5 cm 2 dias
antes do parto
• Ausência desta dilatação após 7 meses de idade em
fêmeas nulíparas (causa de partos distócicos)
• Não há formação de ninhos
• placentofagismo
Porquinho da Índia
(Cavia porcellus)
Sistema Reprodutivo

• Fêmeas pouco cuidadosas


• Aceitam filhotes estranhos
• Filhotes bem desenvolvidos, olhos abertos, se
locomovem sozinhos
• Iniciam alimentação sólida com 2 dias de idade
• Aleitamento artificial até 5 dias de idade
Estimulação para defecar e urinar 7-10 dias
Chinchila (Chinchilla lanigera)
• Originário da América do Sul
(montanhas andinas do Peru,
Bolívia, Chile e Argentina)
• Peles utilizadas por índios
“Chinchas”
• 1920, 11 animais transportados
para Califórnia
• Raros na natureza
Chinchila (Chinchilla lanigera)
• Calmos e tímidos
• Saltadores e escaladores
• Hábitos crepusculares ou noturnos
• Raramente mordem, porém escapam (voam!!!)
• Pouco odor
Chinchila (Chinchilla lanigera)
• Pelagem macia, densa (60
pêlos do mesmo folículo)
• Banhos a seco
• Coloração natural cinza com
ventre branco
• Cruzamentos → branco,
prata, marron e preto
Chinchila (Chinchilla lanigera)

Peso adulto macho 400-500 gr

Peso adulto fêmea 400-600 gr

TºC 37-38

Tempo de vida 10 anos (até 20)

FC 100-150 bpm
Chinchila (Chinchilla lanigera)
Sistema Esquelético

• Corpo robusto e membros


delicados

• Bulhas timpânicas grandes

• 4 dígitos em MAs e MPs


Chinchila (Chinchilla lanigera)
Dentição
• I 1/1, C 0/0, PM 1/1, M 3/3 x 2 = 20
• Crescimento contínuo de todos os
dentes
• Incisivos amarelados
• Cavidade oral estreita e pequena
• Ósteo palatal

• Alimentação noturna
• Cecotrofia
Chinchila (Chinchilla lanigera)
Sistema Digestório

• Trato GI longo

• Intestinos - 3,5 metros

• Alimentação noturna

• Cecotrofia
Chinchila (Chinchilla lanigera)
Sistema Urogenital
• Útero bicórnico e cérvix dupla

• 3 pares de glândulas mamárias

• Papila urinária evidente na fêmea


(adjacente ao ânus)
Chinchila (Chinchilla lanigera)
Sistema Urogenital

• Testículos no canal inguinal ou


abdomen

• Protrusão do pênis para


confirmação

• Canal inguinal aberto


Chinchila (Chinchilla lanigera)
Sistema Reprodutivo

Início vida reprodutiva 8 meses


macho
Inicío vida reprodutiva 8,5 meses (2-12)
fêmea
Ciclo estral 30-50 dias
Cio pós cobertura infértil 40 dias
gestação 111 dias
ninhada 2 (1-6)
desmame 6-8 semanas
Chinchila (Chinchilla lanigera)
Sistema Reprodutivo

• Não há formação de ninho,


entretanto, aceita ser alojada
• Placentofagismo (ao término
do parto)
• Filhotes bem desenvolvidos,
olhos abertos e se
locomovem
Chinchila (Chinchilla lanigera)
Sistema Reprodutivo

• Órfãos bem aceitos por outra fêmea

• Aleitamento artificial por 5-7 dias

• Ingere sólidos no segundo dia de vida

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