Livro Engenharia de Dutos
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Livro Engenharia de Dutos
As atividades de operação de um sistema de dutos são de extrema importância para que sejam atingidos os
resultados econômicos esperados para o empreendimento de sua construção, para a manutenção da qualidade dos
produtos movimentados, para a garantia da segurança das instalações e das pessoas, envolvidas ou não com a sua
operação, e para a preservação do meio ambiente da região atravessada pelo duto. O gerenciamento das
atividades de operação de sistema de dutos tem que considerar estes objetivos e também o fator humano,
altamente relevante, pois o resultado final alcançado depende do desempenho das pessoas que as executam.
Neste capítulo, são descritos inicialmente os conceitos gerais de programação e execução das operações, sua
função básica e organização, bem como o perfil das pessoas para atuar em cada atividade. Estas etapas são
detalhadas para sistemas de dutos de transporte de líquidos, com ênfase em sistemas complexos de dutos que
transportam mais de um produto, genericamente designados como polidutos, e para sistemas de dutos de
transporte de gases, com ênfase no gás natural. Nessa descrição, são consideradas operações executadas
fisicamente no campo e acompanhamento manual das operações por operadores especializados. Muitas das
funções básicas, operações e acompanhamentos descritos são hoje executados automaticamente, ou em tempo
real, em dutos operados através de sistema supervisório de controle e aquisição de dados (SCADA).
A seguir, são mencionadas situações que podem retirar o duto de serviço por tempo considerável por bloqueio da
sua operação: passagem de raspadores, ocorrência do efeito “tubo em U”, formação de bolsões de ar ou de
depósitos de água no seu interior. São mostradas, também, as exigências mínimas para o condicionamento e a
desativação de dutos e abordadas as perdas no transporte e armazenamento, além do gerenciamento do fator
humano, com ênfase na redução de erros.
Para a programação das operações de sistemas de dutos, devem ser respondidas as seguintes questões logísticas
básicas:
Em sistemas simples, a programação pode ser executada de forma descentralizada, com uma equipe mínima no
escritório central e com equipes nas áreas operacionais principais para a programação de cada área. Suas
principais vantagens são menor custo de comunicações e contato mais estreito entre as equipes de programação e
operação. Sua principal desvantagem é o maior número de pessoas necessárias para todo o sistema, pois existirá
duplicidade de funções nas equipes das áreas principais.
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Eng. Metalurgista - Consultor em Transporte de Petróleo, Derivados e Gás Natural, [email protected]
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Operação
Entretanto, em sistemas complexos, a programação é normalmente centralizada, com uma equipe responsável
por toda a programação do sistema, que recebe todas as solicitações de produtos e emite todas as ordens de
movimentação. Suas maiores vantagens são a possibilidade de se ter no escritório central todas as informações
do sistema, o menor número de pessoas na programação do sistema e a facilidade de coordenação e cooperação
entre elas devido à proximidade. Sua principal desvantagem á a sua grande dependência de um bom sistema de
comunicações com os vários pontos de operação, com o seu custo associado, para que as ordens de
movimentação sejam cumpridas no momento exato.
Da mesma forma que a programação, a execução das operações pode ser centralizada ou descentralizada. A
operação centralizada, geralmente, é adotada em sistemas com grande automação, enquanto a descentralizada é
empregada em instalações com pouca ou nenhuma automação. São válidos os comentários sobre sistema de
comunicações e pessoal feitos para a organização da programação.
Nos sistemas em que, pela sua complexidade, é necessário um sistema supervisório de controle e aquisição de
dados (SCADA) é importante considerar os seguintes aspectos:
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Operação
Em sistemas com vários subsistemas, um operador só deve operar os subsistemas para os quais foi
treinado e certificado;
Caso o sistema supervisório, normalmente localizado no escritório central, seja usado como elemento
de “marketing”, os visitantes devem observar as operações em sala especial, separada da sala de
controle por painel de vidro, para não perturbar a concentração dos operadores.
Em sistemas complexos, muitas vezes, existem mais de um órgão de uma mesma empresa ou mesmo órgãos de
várias empresas envolvidos na sua operação. Nesses casos, é importante que cada interface operacional entre
esses órgãos seja devidamente formalizada em procedimentos mútuos de operação que definam os
procedimentos integrados para a execução das operações e em protocolos de responsabilidade que definam as
responsabilidades operacionais de cada órgão envolvido.
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Operação
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Operação
Além destas, os operadores dos Centros de Controle em dutos controlados por SCADA devem ter:
11.3.1 Polidutos
Os dutos que transportam mais de um produto são genericamente designados como polidutos. Nesses, para que
sejam preservadas as especificações de cada produto, as movimentações são realizadas de forma seqüencial, em
bateladas (“batches”) segregadas, isto é, somente um produto está sendo entregue, mesmo que existam vários
produtos transitando no interior do duto. As bateladas máximas são decorrentes da capacidade de
armazenamento do produto nas instalações de produção e recebimento.
Dessa maneira, entre a entrada do produto no duto até sua chegada no ponto de destino, existe um lapso de
tempo que é função das dimensões físicas do duto e da vazão de transferência. Após iniciada, uma operação de
transferência de um produto deve ser executada integralmente para que se possa iniciar a transferência de outro
produto.
Na região de contato físico entre duas bateladas de produtos diferentes existe uma zona de contaminação,
denominada interface, onde as características do fluido são intermediárias entre as características dos produtos
adjacentes. Esta contaminação, que é o resultado do excesso de um produto no outro, ocorre durante todo o
tempo em que os produtos estejam em contato e pode provocar uma degradação de qualidade ou valor. Observa-
se que o comprimento da interface é crescente com a distância percorrida no duto, porém a taxa de crescimento é
maior no início da transferência e diminui gradualmente com a distância percorrida.
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Operação
a) Os produtos adjacentes devem ter densidades as mais próximas possíveis, pois diferenças acentuadas de
densidade provocam o aparecimento de forças gravitacionais desbalanceadas que tendem a aumentar a
contaminação, principalmente em dutos de perfil muito acidentado, que apresentem trechos com
grandes inclinações em relação à horizontal, pelo efeito de laminação. Quando o trecho for em subida e
o produto mais denso for o deslocado ou quando o trecho for em descida e o produto mais denso for o
deslocador ocorre sua penetração no produto menos denso;
b) Os produtos adjacentes devem ter viscosidades as mais próximas possíveis, pois diferenças acentuadas
de viscosidade provocam um grande incremento no mecanismo de transferência de momento,
acarretando perda de simetria da distribuição de concentrações ao longo da interface e seu aumento;
c) Os produtos adjacentes devem ser os mais compatíveis entre si, isto é, aqueles que permitam as maiores
contaminações mútuas.
Visando reduzir ao máximo a degradação de produtos procura-se transferi-los em bateladas que tenham um
volume suficiente para absorver parte ou toda a interface, ficando ainda os produtos dentro das suas
especificações. A vazão de transferência deve ser a maior possível, pois a taxa de crescimento da interface é
menor no regime de fluxo turbulento. Não se deve nunca operar no regime de fluxo laminar ou de transição
(Número de Reynolds<4000).
Quando estes princípios não puderem ser atendidos, ou o volume da batelada for pequeno, usa-se um selo de um
produto de características intermediárias entre eles. O volume do selo deve ser tal que permita a sua detecção e
sua adição, total ou parcial, aos produtos transferidos sem comprometer suas especificações. Em casos extremos,
usa-se a separação física entre os produtos transportados usando-se esferas ou raspadores de separação especiais
entre eles, com o conseqüente custo adicional e complexidade operacional e logística envolvida.
Produtos movimentados:
o Número de produtos e volumes a movimentar;
o Contaminações admissíveis entre produtos adjacentes, que determinam as bateladas mínimas a
transportar;
o Necessidade de “lavagem” do duto, ou seja, aumento da batelada do produto deslocador para
diminuir os vestígios de um produto anterior, antes da transferência de determinados produtos
de especificação muito rigorosa;
o Densidades e viscosidades dos produtos que definem a seqüência de movimentação e o
eventual uso de selos;
o Alterações nas especificações de produtos ou redução de eventuais folgas de especificação nos
produtos transportados;
o Introdução de novos produtos;
Capacidades de armazenamento:
o Instalações de produção;
o Instalações de recebimento;
o Eventuais reduções de capacidade por acidentes com tanques ou paradas programadas para
limpeza interna e manutenção;
Características do duto:
o Volume do duto;
o Inversão do sentido de fluxo;
o Vazão e tempo de transferência nos dois sentidos de fluxo;
o Paralisações de transferência para manutenção corretiva ou preventiva ou atendimento da
demanda horo-sazonal contratada;
o Deficiências de projeto que aumentam a interface:
Existência de “loops” de diâmetros diferentes em trechos do duto;
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Operação
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Operação
Normalmente, a inversão do sentido de fluxo é realizada conjugada à transferência do produto que tem a maior
movimentação, pois geralmente este tem a maior capacidade de armazenamento disponível. Nas paradas
programadas de transferência deve-se evitar mais de um produto no interior do duto.
11.3.2 Programação
Esta etapa pode ser executada de forma descentralizada em sistemas simples, como por exemplo, um duto
singelo movimentando apenas um produto, ligando apenas duas instalações, uma de produção e uma de
recebimento. Cada ponta executa a programação e planeja suas operações, com mínima coordenação entre elas.
Entretanto, em sistemas complexos, com diversas instalações de produção e de recebimento, interligadas por
diversos dutos que movimentam um ou mais insumo, um ou mais produtos intermediários, para processamento
em outra instalação de produção, ou um ou mais produtos finais e com conexões com outros modais de
transporte (aquaviário, ferroviário, rodoviário), normalmente, esta programação é feita de forma centralizada, por
pessoal experiente e especializado, reunido em equipes multidisciplinares. Há necessidade de intensa
coordenação e de um fluxo de informações bem definido. Este deve ser o menos burocratizado possível visando
agilizar as decisões, porém o suficiente para permitir que os fatos e informações importantes sejam registrados
por escrito, para permitir o acompanhamento das operações e a avaliação do seu desempenho.
Geralmente são utilizados modelos de otimização, usando programação linear, cuja função objetivo é o melhor
resultado econômico global do sistema e não o melhor resultado para uma instalação em particular. O ciclo de
programação inicia-se com a validação das premissas do modelo de simulação para a próxima programação e
termina com a análise dos erros e acertos das previsões para a última programação efetuada.
Essa validação e análise são realizadas, normalmente, em reuniões com a participação de representantes de todos
os órgãos envolvidos.
Previsões de mercado a ser atendido para cada produto final em cada ponto de saída do sistema, com
base em informações dos clientes ou em estatísticas;
Previsões de recebimento de insumos em cada ponto de entrada do sistema com base nas informações
dos fornecedores;
Previsões de valor econômico dos insumos e produtos finais;
Capacidade máxima de produção de cada instalação de produção;
Rendimentos em produtos finais de cada instalação de produção para cada insumo disponível;
Limitações operacionais temporárias, decorrentes de manutenção corretiva, de instalações de produção,
dos dutos e seus equipamentos;
Plano de parada para manutenção preventiva de instalações de produção, de dutos e de tanques;
Estoques de insumos e produtos intermediários e finais;
Espaço em tanques de insumos e produtos intermediários e finais;
Eventuais restrições nas conexões com outros modais de transporte;
Penalidades econômicas contratuais por não atendimento do mercado contratado.
As saídas do modelo de otimização dependem do grau de detalhamento do sistema simulado e devem ser
analisadas para verificação de sua coerência. Geralmente, informam, no mínimo, a alocação dos insumos
disponíveis para cada instalação de produção, a produção de cada produto final em cada instalação de produção e
as movimentações entre cada ponto de produção ou recebimento.
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Operação
Estas informações são transformadas na programação geral do sistema pelas equipes multidisciplinares
especializadas e cada instalação de produção e recebimento executa a programação e o planejamento de suas
atividades locais.
Normalmente a programação, tem visão de prazo mais longo (anual, semestral ou trimestral), sendo o primeiro
mês mais firme e com maior incerteza para os outros meses, visão de prazo médio (mensal), sendo a primeira
semana mais firme e visão de curto prazo (semanal), sendo o primeiro dia mais firme.
A visão de longo prazo objetiva detectar, com certa antecipação, os pontos de estrangulamento do sistema que
impossibilitariam o atendimento ao mercado, permitindo a tomada de decisão por ação preventiva antes da
ocorrência do problema. Nessa programação, são de suma importância a experiência e a vivência das pessoas
envolvidas, para que os possíveis problemas sejam detectados. Normalmente, é feita somente em quantidades de
produtos a movimentar e pontos de origem e destino.
A visão de médio prazo já detalha os ciclos de movimentação, como acima descrito, no caso de dutos que
movimentam mais de um produto. É a base para o pessoal de operação de cada instalação de produção e
recebimento executar a programação de suas atividades locais.
Nessas situações o fluxo de informações deve ser ampliado e estas devem ser as mais completas e fidedignas
possíveis para permitir a perfeita avaliação da situação pelos responsáveis pela programação.
Manter rigoroso controle e registro sobre o rastreamento das bateladas de produtos sendo transferidos.
Esse controle deve ser feito em base horária por medição confiável dos volumes de produtos expedidos
e recebidos. Deve-se também atualizar, sempre, o cálculo do momento de chegada nos pontos de corte
da interface entre as bateladas;
Manter rigoroso controle e registro do nível de pressões no duto. Este nível deve ser adequado aos
produtos que estão sendo transferidos de modo a se garantir que não sejam ultrapassadas as pressões
máximas de trabalho dos diversos trechos do duto. O produto deve ser mantido em pressões acima da
sua pressão de vapor, de modo a não permitir a formação de bolsões de vapor no duto, com a
conseqüente quebra da coluna de líquido e escoamento em “meia cana”. Nesse caso, com produtos de
baixa pressão de vapor, pode até haver a penetração de ar, em gaxetas de hastes de válvulas, no interior
do duto, pois este fica com uma pressão manométrica negativa. Normalmente, esse controle é feito pela
colocação ou retirada de operação de bombas, modificação da rotação das bombas, quando o sistema
permitir, e/ou por atuação em válvulas controladoras. Neste último caso, deve-se cuidar para não
aumentar a contrapressão além do necessário, pois pode implicar diminuição excessiva da vazão e
elevação do nível de pressões para valores indesejados com gastos de energia mais elevados;
Manter a máxima vazão possível dentro dos limites operacionais do sistema para os produtos sendo
movimentados, principalmente se houver interfaces no duto;
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Operação
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Operação
Como cada sistema tem as suas particularidades, além dessas recomendações gerais devem ser seguidas as
recomendações específicas dos manuais de operação preparados pela firma projetista do mesmo.
As pessoas responsáveis pela execução dos cortes têm que ser permanentemente informadas da hora prevista
para a chegada da interface. Nunca um corte deve ser executado por um único operador, pois em caso de
acidente ou mal súbito, o operador pode não executar a operação o que acarretará grandes prejuízos. Os
operadores envolvidos na operação de corte devem estar plenamente capacitados para realizá-la sozinhos em
caso de acidente ou mal súbito do outro. Os operadores responsáveis pela operação de corte devem estar no
ponto de controle uma hora antes da chegada prevista da interface. Qualquer anormalidade que impossibilite a
execução da operação de corte, e que for detectada antes da chegada da interface, deve ser prontamente
comunicada à sala de controle.
Ajustar o instrumento de detecção de interface para os produtos a cortar, se este existir. Deve ser executado o
alinhamento entre o tanque que irá receber o produto deslocador e o ponto de corte, pela abertura das válvulas
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Operação
nesse percurso, com exceção das válvulas do duplo bloqueio junto ao ponto de corte. Normalmente, uma dessas
válvulas é de operação manual e a outra motorizada. Fechar o dreno entre estas válvulas, se existir. Com a
válvula manual fechada testar o funcionamento da válvula motorizada abrindo-a e fechando-a pelo menos uma
vez. Distribuir convenientemente os materiais e equipamentos levados para o ponto de corte, bem como os
formulários para registro dos valores da propriedade base para o corte em função do tempo.
No mínimo meia hora antes da hora prevista para a chegada da interface, iniciar a leitura dos instrumentos de
detecção da interface, ou a amostragem da linha, espaçadas de 5 em 5 minutos, anotando os valores. Ao serem
iniciadas as leituras, mantendo fechada a válvula motorizada, abrir a de operação manual. Neste momento, se as
condições permitirem, reduzir a vazão de transferência por atuação em válvulas de controle de modo a se ter
maior tempo para a operação de corte. A válvula motorizada da linha que está recebendo o produto deslocado
pode ser fechada parcialmente com o objetivo de diminuir o seu tempo de fechamento. Dez minutos antes da
hora estimada de chegada da interface, o intervalo das leituras ou da retirada de amostras deve ser reduzido para
um minuto, anotando os valores. Estando o valor da propriedade base para o corte no valor estipulado, abrir a
válvula motorizada da linha de recebimento do produto deslocador. Após, iniciar sua abertura, fechar a válvula
motorizada da linha de recebimento do produto deslocado.
Completadas essas operações, fechar a válvula de operação manual da linha de recebimento do produto
deslocado. Abrir o dreno entre o duplo bloqueio dessa linha, se existir, recolhendo o produto drenado. Continuar
anotando os valores da propriedade base para o corte, a intervalos de um minuto, até que esta se estabilize.
No caso do corte ser efetuado por retirada de amostras da linha, os operadores têm que ter muita prática, pois a
decisão é baseada, muitas vezes, em grandezas subjetivas tais como cor, cheiro, aparência, facilidade de
evaporação, diferenças ao tato e até mesmo a tonalidade do ruído, cuja avaliação depende essencialmente da
sensibilidade do operador.
O tanque recebedor da parcela correspondente à zona de contaminação da interface deve ser o maior possível
para evitar a contaminação de seu conteúdo. Sendo os tanques recebedores de pequena capacidade, pode-se
tentar enviar a zona de contaminação para todos os tanques simultaneamente ou coletar a zona de contaminação
em um tanque de mistura separado e, após, misturá-la aos produtos dos tanques recebedores em condições
controladas. Dá-se preferência ao segundo método, pois é muito difícil saber-se quais as quantidades da zona de
contaminação que cada tanque recebeu na primeira hipótese. Neste caso, terão que ser realizadas duas operações
de corte para a mesma interface, ou seja, corte da linha de recebimento do produto deslocado para a linha de
recebimento do tanque de mistura e desta para a linha de recebimento do produto deslocador, valendo as
recomendações anteriores. Quando do uso de selos de pequeno volume entre duas bateladas irão ocorrer duas
(sem tanque de mistura) ou quatro (com tanque de mistura) operações de corte em um pequeno intervalo de
tempo.
Em condições normais de operação, o suprimento de gás para os gasodutos sofre pequenas variações no tempo.
Por outro lado, a demanda pode apresentar grandes variações no tempo, dependendo do mercado atendido. Essas
variações podem ser horárias, diárias (principalmente em fins de semana) e sazonais (variações climáticas ou
maior consumo quando do beneficiamento de produtos agrícolas em época de safra). Variações na situação geral
da economia podem, também, influenciar o nível de atividade industrial, provocando alteração do perfil de
demanda (criação ou eliminação de terceiro turno à noite, por exemplo).
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um dia útil, desligamento de equipamentos durante a noite). Notar que não se pode aplicar o conceito de
diversidade (não simultaneidade dos picos individuais) quando se conta com um pequeno número de
consumidores.
Variações importantes na demanda podem ser provocadas por grandes consumidores em paradas programadas de
plantas petroquímicas ou de fertilizantes, nas quais o gás é insumo no processo produtivo e também consumido
como energético, ou por operação intermitente de usinas termoelétricas de reserva no sistema elétrico onde o gás
é usado como fonte de energia.
Quando o mercado é predominantemente industrial, o sistema de transporte tem que ter capacidade de atender as
variações de demanda sem que a pressão nos pontos de entrega caia a níveis abaixo dos garantidos nos contratos
de transporte de gás natural.
11.4.1 Programação
O gás natural é considerado um só produto com apenas uma especificação de poder calorífico mínimo, mesmo
que tenha várias origens com composição diferente. Normalmente, os sistemas de gasodutos não dispõem de
sistemas de armazenamento de gás, a não ser o empacotamento do gás nos dutos pelo aumento do nível de
pressão.
Desse modo, a programação de sistemas de gasodutos é mais simples e normalmente feita em base semanal, de
forma centralizada, envolvendo a previsão de consumo dos principais consumidores e companhias de
distribuição de gás canalizado, a oferta de gás dos pólos produtores e a verificação da capacidade de
empacotamento no sistema e seu uso.
Operar na maior pressão possível nos pontos de recebimento e na descarga de estações de compressão
intermediárias;
Acompanhamento da pressão nos pontos de recebimento e entrega;
Acompanhar o nível de empacotamento do gasoduto em base horária;
Utilizar os períodos de menor consumo (noites, fins de semana e feriados) para aumento do
empacotamento do gasoduto para atendimento dos períodos de maior demanda (dias úteis);
Estimar o tempo de sobrevivência do sistema em casos de demanda excessiva ou falha de suprimento,
acionando o plano de cortes de consumidores, normalmente preparado pelo departamento comercial,
para preservar o atendimento do consumo prioritário, quando necessário;
Controlar a composição do gás recebido e entregue:
o Análise periódica em linha ou
o Retirada de amostra diária (no mínimo) e sua análise por cromatografia gasosa:
Em cada corrente gasosa;
A jusante de pontos de mistura de correntes gasosas;
A partir da composição, calcular o poder calorífico superior do gás recebido e entregue em cada ponto
de entrada e saída do sistema;
Medição dos volumes recebidos e entregues em cada ponto de entrada e saída do sistema;
o Leitura diária dos medidores de volume com computador de vazão;
o Troca diária das cartas de registro de medidores de vazão sem computador de vazão, leitura
dessas cartas e cálculo do volume diário entregue;
Calcular a energia (base do faturamento) recebida e entregue em cada ponto de entrada e saída do
sistema;
Acompanhar a eficiência do gasoduto para detectar o nível de condensação de líquidos em dutos que
transportam gás rico (alto teor de hidrocarbonetos mais pesados que o etano) e decidir pela passagem de
esferas para sua retirada;
Controlar o nível de líquido nos coletores de condensado (“slug-catchers”) em dutos que operem em
fluxo bifásico, principalmente quando do recebimento dos bolsões de líquidos deslocados por esferas,
para evitar inundar acima do permitido o vaso de entrada de unidades de processamento de condensado;
Acompanhamento da calibração de medidores em linha e dos medidores de volume;
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Operação
Como cada sistema tem as suas particularidades, além dessas recomendações gerais devem ser seguidas as
recomendações específicas dos manuais de operação preparados pela firma projetista do mesmo.
Demanda Média (DM): valor médio anual do consumo diário do mercado atendido pelo gasoduto;
Demanda Máxima Horária (DMH): maior valor observado ou previsto para o consumo do mercado
atendido pelo gasoduto, no período de uma hora;
Capacidade Máxima de Transporte (CMT): vazão diária do gasoduto, em regime permanente,
considerando-se na origem a pressão máxima de operação e no destino a pressão mínima de entrega do
gás. É diretamente proporcional ao diâmetro D e inversamente proporcional ao comprimento L
conforme a equação (11.1).
E D2L (11.2)
Fator de Utilização (FU): relação entre a demanda média do mercado e a capacidade máxima de
transporte do gasoduto. Mede a utilização da capacidade instalada;
FU DM / CMT (11.3)
Fator de Carga (FC): relação entre a demanda média e a demanda máxima horária. Mede a flutuação
de demanda do mercado atendido pelo gasoduto. É uma característica individual de cada mercado;
FC DM / DMH (11.4)
Tempo de Sobrevivência (TS): tempo para que se atinja a pressão mínima em qualquer ponto de
entrega de gás, contado a partir do momento da ocorrência de uma perturbação transiente no fluxo, seja
por diminuição do suprimento ou por aumento de demanda. É função das condições no momento da
ocorrência, sendo máximo quando a pressão na origem for igual à pressão máxima de operação do
gasoduto;
Será analisado agora, um sistema constituído por um pólo de suprimento, um gasoduto e um único centro de
consumo, localizado no final do gasoduto. O sistema não dispõe de armazenagem de gás, contando apenas com a
capacidade do gasoduto em ceder o gás armazenado pela redução do perfil de pressões. Admite-se que o
gasoduto está operando em regime permanente, com vazão igual à demanda média do mercado.
No tempo zero, quando o empacotamento é EI, o sistema passa a atender continuamente um consumo igual à
demanda máxima horária, sem que o suprimento de gás seja alterado. Como a retirada é maior que a entrada de
gás no gasoduto, o nível de pressões sofre um abaixamento ao longo do tempo até atingir, no tempo de
sobrevivência, a pressão mínima de entrega de gás no destino, quando o empacotamento é EF.
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Operação
A pressão no ponto de entrega sofre, inicialmente, queda abrupta pela variação brusca da demanda. A
despressurização do gás acumulado começa então a aumentar paulatinamente a vazão, do final para o início do
gasoduto, e a variação da pressão de entrega com o tempo vai diminuindo gradativamente. A figura 11.1 permite
visualizar o acima descrito:
Demanda
DM
t=0
Condição Inicial (EI)
Pressão de
entrega
t=TS
Comprimento Tempo
t=0 t=TS
a) Para fator de carga igual a 1, ou seja, demanda máxima horária igual à demanda média, o tempo de
sobrevivência é infinito, o que é lógico, pois o gasoduto continua a operar no regime permanente;
b) Para um gasoduto operando na capacidade máxima de transporte, o tempo de sobrevivência é nulo por
já se estar operando na pressão mínima de entrega e, portanto, com empacotamento inicial igual ao
final;
c) Para um mesmo fator de carga, quanto maior o fator de utilização menor o tempo de sobrevivência;
d) Para um mesmo fator de utilização, quanto menor o fator de carga menor o tempo de sobrevivência;
e) Quanto maior o empacotamento na condição inicial, ou seja, quanto maior a pressão na origem do
gasoduto, maior o tempo de sobrevivência;
f) Um aumento da pressão mínima de entrega, após a entrada em operação do gasoduto, resultará num
maior empacotamento na condição final e, portanto em um menor tempo de sobrevivência do que o do
projeto original;
g) É possível atender, por determinados períodos de tempo, demandas maiores que a capacidade máxima
de transporte, quando o fator de carga for menor que o fator de utilização. Esses períodos decrescem
com o aumento do fator de utilização.
A determinação do tempo de sobrevivência não é tão simples como aparenta a equação (11.5), pela dificuldade
de se definir o empacotamento final, pois não se conhecem os perfis de pressões e vazões ao longo do gasoduto
na condição final. Estes dependem das características individuais de cada gasoduto (diâmetro, comprimento,
perfil geométrico e rugosidade interna) e do gás que está sendo transportado (densidade e viscosidade), sendo
necessário o uso de um simulador de gasodutos operando em regime transiente.
Evidentemente, um sistema de transmissão estará operando de modo ótimo se apresentar altos fatores de carga e
de utilização. Na maioria dos casos, tem-se que atender mercados com demandas que podem sofrer grandes
variações, o que implica baixos fatores de carga e, consequentemente limitações na utilização máxima do
gasoduto, dependendo do tempo de duração dos picos de demanda. O perfil de demanda é uma característica do
mercado a ser atendido e, normalmente, não se pode alterá-lo.
Para atender essas variações de demanda, a grande maioria dos sistemas de transmissão de gás conta apenas com
a capacidade de empacotamento de gás nos dutos pela variação do perfil de pressões. Essa capacidade só existirá
na fase de operação se for prevista na fase de planejamento e projeto, pela limitação do fator de utilização no seu
dimensionamento. Recomenda-se o valor de 0,9 para o fator máximo de utilização.
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Operação
Para se ter, então, tempos de sobrevivência adequados, sob o ponto de vista operacional, pode-se concluir que:
Agora, serão comparados os tempos de sobrevivência (TS1 e TS2) de dois gasodutos, que tenham diâmetros (D1 e
D2) e comprimentos (L1 e L2) diferentes, mas que operem com o mesmo gás natural e os mesmos fatores de
carga e de utilização, nas mesmas pressões e temperaturas médias na condição inicial e nas mesmas pressões e
temperaturas médias na condição final. Nessas condições, com o uso das equações (11.1), (11.2) e (11.5) pode-se
provar que:
0,5 1, 5
TS 2 D1 L2
TS1 D2
(11.6)
L1
a) Para linhas de mesmo diâmetro com comprimentos diferentes, que operem à mesma pressão média e
com os mesmos fatores de carga e de utilização máximo, quanto maior o comprimento maior o tempo
de sobrevivência;
b) Para linhas de mesmo comprimento com diâmetros diferentes, que operem à mesma pressão média e
com os mesmos fatores de carga e de utilização máximo, quanto maior o diâmetro menor o tempo de
sobrevivência.
Estas conclusões, aparentemente, não são intuitivas, pois ocorrem maiores perdas de pressão em gasodutos mais
longos ou de menor diâmetro e, consequentemente, a pressão mínima de entrega deveria ser atingida mais
rapidamente. Entretanto, a intuição é válida somente quando se trabalha com variações absolutas de vazão, o que
não é o caso dessa equação que foi desenvolvida com base em variações de vazão relativas à capacidade máxima
de transporte, que são diferentes para cada gasoduto.
A passagem de raspadores (“pig’s”) no interior do duto para sua limpeza interna, para a retirada de bolsões de ar
ou água ou para a sua inspeção interna, frequentemente, é necessária.
Estas operações têm que ser bem planejadas e executadas, pois se o raspador ficar retido por qualquer motivo
pode ser necessário retirar o duto de operação para sua remoção. Deve haver um procedimento escrito que:
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Operação
Nunca se deve tentar adicionar ao raspador artefatos (como por exemplo, um pedaço de corrente) visando causar
barulhos que facilitem a detecção da passagem do raspador pelos pontos de controle, pois estes podem se soltar
ficando perdidos no interior do duto ou impedir o fechamento de válvulas na manobra de recebimento do
raspador.
É recomendável que uma amostra dos resíduos coletados na câmara de recebimento seja enviada para análise
química, pois é fonte de indicação dos processos corrosivos que possam estar acontecendo no duto.
Anteriormente, foi mencionado o efeito de laminação quando se desloca um produto por outro com densidade
diferente. Quando um deles for água, o que ocorre geralmente no condicionamento do duto (após a construção,
antes ou após reparos), é grande a possibilidade de ocorrência da laminação, pois normalmente as transferências
de água obrigam a uma redução da vazão por limitações de potência dos acionadores das bombas.
Mesmo que a laminação não tenha acontecido durante o deslocamento inicial, pode vir a ocorrer quando de uma
parada prolongada da transferência, muito comum nas primeiras operações de um duto, pois o produto mais
denso tende a migrar para os pontos baixos do duto e o mais leve tende a migrar para os mais altos até que a
pressão das colunas, de cada lado do ponto baixo, se equilibrem, conforme mostra a figura 11.2, na situação de
duto parado.
1 2 1 2
- -
h h - +
3 4
+ 3
Ao se reiniciar a transferência, as colunas se deslocam provocando um diferencial de pressão nos pontos altos
pela diferença de densidades, como mostra a figura 11.2 na situação de duto deslocado, que deve ser vencido
pela pressão fornecida pela bomba. Em trechos de perfil muito acidentado, podem-se formar muitos “tubos em
U”, cada um exigindo uma pressão diferencial, cuja soma a bomba não consegue vencer, passando a operar em
“shut-off”, ou seja, com vazão igual a zero, ocorrendo o bloqueio do duto. Pode até ocorrer abertura dos
equipamentos de proteção contra sobrepressão nos casos em que sua pressão de ajuste for menor que a pressão
de “shutt-off” da bomba.
Nessa situação, é necessária a drenagem do fluido mais denso nos pontos baixos, com drenos que devem ser
instalados, pois normalmente não existem por questões de segurança, e o duto pode ficar sem condições de
operar por prolongado período de tempo, trazendo sérias dificuldades para o atendimento do mercado. Nos casos
de água sendo deslocada por gás ou ar, ou vice-versa, este efeito é muito mais pronunciado e os cuidados
precisam ser redobrados.
A presença de ar em um duto pode causar problemas operacionais, principalmente no início de sua operação, tais
como danos a bombas, válvulas e tubos, como também causar irregularidades em instrumentos de medição.
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Operação
O ar migra rapidamente para a geratriz superior do duto (região de locação preferencial dos “vent’s”) e ao longo
do perfil nos trechos inclinados, com velocidade que depende da inclinação do trecho, se acumulando nos pontos
altos do perfil. Nesses pontos, causa uma restrição na área de escoamento, aumentando a perda de carga e o
consumo de energia, podendo causar corrosão interna do duto ou acessórios de tubulação.
Com o tempo, com mais ar entrando no duto, estes bolsões de ar tendem a crescer, podendo acontecer:
Parada total do fluxo pelo “efeito tubo em U” com o aumento da dimensão do bolsão, se a dinâmica do
sistema for tal que o ar não possa ser continuamente removido pelo aumento da velocidade devido à
restrição da área de escoamento e carreado pelo fluxo de produto;
Deslocamento súbito do bolsão pelo aumento da velocidade devido à restrição da área de escoamento,
situação com maior probabilidade de acontecer. A mudança rápida de velocidade quando o bolsão é
deslocado e depois parado em outro ponto alto, pode e frequentemente causa pulso de pressão alta que
pode danificar seriamente válvulas e acessórios de tubulação e até mesmo o rompimento do duto.
Em dutos que transportem produtos tóxicos ou inflamáveis, a única solução é passar raspadores, com alta
capacidade de vedação, com a freqüência necessária, indicada por corrosão de corpos de prova localizados em
pontos altos do duto ou por acompanhamento da perda de pressão associada à vazão de operação.
Em dutos que não transportem produtos tóxicos ou inflamáveis, como uma adutora, por exemplo, são instaladas
nos pontos altos do perfil válvulas automáticas para a liberação do ar ou até mesmo permitir a sua entrada
quando ocorrer vácuo no duto.
Os produtos transportados podem apresentar teor de água livre ou emulsionada por contaminação em navios, por
falhas no controle de qualidade dos centros produção ou por contaminação nos centros de expedição. Durante os
períodos de parada, em operação intermitente, ou mesmo durante as transferências em baixas vazões esta água
tende a decantar, acumulando-se ao longo da geratriz inferior da tubulação e migrar para os pontos baixos do
duto, provocando corrosão interna e maior perda de carga, pela redução da área de escoamento.
No caso de produtos líquidos, o tempo necessário para que haja a separação é função da agitação prévia a que o
produto esteve submetido. Para agitação moderada, a separação se dá em poucas horas.
Dependendo da velocidade de escoamento, os depósitos de água no interior da linha podem ser permanentes ou
não. Altas velocidades de escoamento podem arrastar a água acumulada. Existe uma velocidade crítica, acima da
qual se dá o arraste de água. Abaixo desta velocidade, os depósitos de água são permanentes. Esta velocidade
crítica para arraste de água não está relacionada com o número de Reynolds e sim com o diâmetro interno da
tubulação. Quanto maior o diâmetro interno, maior a velocidade crítica.
O simples fato de que um escoamento se dê no regime turbulento não significa que os depósitos de água serão
arrastados. É necessário que a velocidade crítica seja superada.
Uma visão, em termos qualitativos, do mecanismo de arraste de um depósito de água em um duto pelo produto
sendo transferido é a seguinte:
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Operação
Para dutos transferindo líquidos, existe modelo matemático [1] que permite estimar esta velocidade crítica e o
tamanho máximo da gota de água para que haja o carreamento em função do diâmetro do duto, das massas
específicas do produto e da água, da viscosidade dinâmica do produto e da tensão interfacial produto/água. O
modelo matemático não fornece o tempo necessário para que a água acumulada em um ponto do duto seja
totalmente carreada pelo fluxo do produto, entretanto acredita-se que quanto maior for a relação entre a vazão de
transferência e a vazão crítica, maior será a vazão de carreamento de água e, portanto, menor o tempo.
Nos sistemas que somente possam operar em vazões abaixo da crítica, a única solução é passar raspadores com a
freqüência necessária, indicada por corrosão de corpos de prova localizados em pontos baixos do duto ou por
acompanhamento da perda de pressão associada à vazão de operação.
Quando da passagem de raspadores, deve-se cuidar para que os tanques que recebam o fluido transportado
tenham condições de repousar o tempo suficiente para que o volume de água recebido decante e possa ser
drenado dos tanques, principalmente quando o fluido for insumo para uma unidade de processo.
No entanto, o órgão de operação deve coordenar estas atividades, pois sofrerá diretamente as conseqüências de
um condicionamento mal feito nas instalações e tem a responsabilidade da garantia do perfeito isolamento do
duto e sua desgaseificação no caso de desativação.
11.9.1 Condicionamento
Em um conceito amplo, condicionamento é o conjunto de atividades prévias necessárias para deixar o duto em
condições apropriadas para iniciar uma das seguintes atividades: pré-operação, operação, teste hidrostático,
manutenção, inspeção por “pig” ou hibernação.
Normalmente, o duto é entregue pelo construtor limpo internamente, totalmente cheio de água e purgado de ar.
A primeira atividade do condicionamento é a pressurização do duto para a realização de um teste de
estanqueidade e todos os vazamentos e defeitos encontrados devem ser reparados.
Após esse teste, inicia-se a retirada da água deslocando-a pelo produto a ser transportado que tenha a densidade
mais próxima da água. Não é uma operação a ser tentada sem o devido preparo. Tem que ser bem planejada. É
recomendável que se use um raspador com boa capacidade de selagem entre o produto e a água. Essa operação
deve ser feita na maior vazão possível, principalmente em dutos de perfil acidentado com trechos de pronunciada
inclinação com a horizontal, para evitar a laminação do produto deslocador na água, principalmente se não for
usado o raspador. Ocorrendo a laminação, o produto deslocador pode chegar ao ponto de descarte de água antes
do previsto e causar poluições ou acidentes, com ou sem incêndios. Nunca se deve ter o ponto de descarte
desguarnecido.
Também devem ser tomadas as precauções necessárias para se evitar interrupções no fluxo, pois pode ocorrer o
“efeito tubo em U” anteriormente mencionado quando se tentar reiniciar o deslocamento. É recomendável que se
faça uma inspeção visual nos trechos com produto para detecção de vazamentos em hastes ou flanges de
válvulas, no decorrer da operação de retirada de água. Cuidados especiais devem ser tomados quando o produto
deslocador for gás, pois a possibilidade de ocorrer estes problemas é muito maior. No caso de se usar gás inerte
(nitrogênio) com boa característica secante, fornecido em carretas refrigeradas e com aquecedores para sua
vaporização, deve-se cuidar para que o aço do duto não seja submetido a temperaturas muito baixas, em caso de
descontrole na vaporização, o que pode fragilizá-lo.
Os pontos de descarte de água devem ser aprovados pelas autoridades de meio-ambiente, que podem exigir
algum tipo de tratamento da água antes do descarte. Devem ter facilidades para registro de pressão e vazão e
devem dispor de meios de controle da vazão de descarte. Devem ter facilidades provisórias para queima do gás,
previamente acordada com os órgãos de meio-ambiente, quando este for o produto deslocador. Nesse caso, a
linha de descarte de água deve ser bem suportada e ter a extremidade voltada para cima, nunca para baixo, para
que as forças geradas pelo jato de gás, quando de sua chegada, sejam contrabalanceadas pela reação do suporte.
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Operação
Um ponto interessante a notar é que quando o produto deslocador for gás, o registro de pressão mostra
exatamente o perfil invertido do duto, o que permite acompanhar a locação da interface água/produto ao longo
de seu deslocamento.
Quando a pressão disponível de gás for menor que a pressão da coluna de água, aproveitando-se da pequena
diferença de pressão da coluna de gás, é possível realizar a operação deslocando a água por trechos entre
válvulas de bloqueio do duto, desde que locadas de tal modo que a coluna de água entre elas seja menor que a
pressão disponível de gás, com uma folga adequada. Esta solução foi usada no condicionamento do gasoduto
entre o Rio de Janeiro e Volta Redonda, onde uma diferença de cota da ordem de 700 metros (cerca de 70 bar de
coluna de água) foi vencida com uma pressão disponível de apenas 28 bar na refinaria, com 3 válvulas de
bloqueio convenientemente locadas e previstas na fase de projeto do duto, com os pontos de descarte de água
ligados ao “by-pass” destas válvulas.
Nos gasodutos mais modernos, para evitar-se a presença de água que provoca corrosão do aço do tubo em
contato com o dióxido de carbono, quase sempre presente no gás, cujo produto de corrosão é o famoso “pó
preto” que se acumula no duto e filtros, gerando a necessidade limpeza freqüente, tem-se colocado algumas
vezes como obrigação do construtor a entrega do duto limpo, seco e cheio de ar. Este é deslocado pelo gás a ser
transportado com um bolsão de gás inerte (normalmente nitrogênio) entre eles e um ou mais raspadores entre o
bolsão e o gás. Neste caso, são necessários cuidados especiais para limitar a velocidade do raspador, que tende a
disparar, dentro da faixa indicada pelos fabricantes pela aplicação de contrapressão controlada.
No caso da inspeção por raspador especial, com equipamentos de inspeção e registro de dados, normalmente
constituído de dois ou três módulos ligados entre si, o condicionamento passa pela verificação da possibilidade
física do equipamento ser lançado e recebido pelas instalações existentes e transitar livremente ao longo de todo
o trecho a ser inspecionado.
Em dutos mais antigos, muitas vezes é necessário investir-se na adaptação das instalações para permitir este tipo
de inspeção. Os dutos mais modernos já são projetados e construídos para esta possibilidade.
No caso do condicionamento para manutenção que envolva corte a quente ou soldagem é também necessária a
inertização do duto e a emissão da Permissão de Trabalho como anteriormente mencionado.
a) Todas as instalações que operavam no transporte de produto, líquido ou gasoso, inflamável ou tóxico a
serem abandonadas devam ser totalmente desconectadas de todas as fontes de produto, tais como outros
dutos, estações de medição, linhas internas, linhas de tomadas de pressão e demais acessórios;
b) Todas as instalações que operavam no transporte de produto inflamável ou tóxico a serem abandonadas
devam ser totalmente purgadas do produto líquido e seu vapor, ou do produto gasoso, com um gás
inerte (nitrogênio é muito usado) e ter todos os antigos pontos de conexão hermeticamente selados. O
gás inerte deve ser mantido com pequena pressão manométrica positiva. Deve-se garantir que a
atmosfera no interior da instalação não é explosiva caso seja utilizado um processo de soldagem para a
selagem dos antigos pontos de conexão;
c) A purga com ar das instalações, quando o produto transportado era gasoso, seja utilizada apenas caso
todas as precauções sejam tomadas para se garantir que não existam líquidos em seu interior, e que, se
utilizada, sejam tomadas as devidas precauções para garantir que uma mistura explosiva não esteja
presente após a purga, antes da selagem dos antigos pontos de conexão;
d) As instalações devam ser desligadas do sistema de proteção catódica e que devam ser feitas as devidas
verificações para se garantir que não estejam influenciando negativamente o sistema de proteção
catódica de outros dutos próximos que continuem em operação.
Notar que os órgãos reguladores da atividade e de meio-ambiente, no âmbito federal, estadual ou municipal
podem exigir outras providências além das acima citadas.
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Operação
a) Todas as instalações que operavam no transporte de produto, líquido ou gasoso, inflamável ou tóxico a
serem hibernadas sejam totalmente isoladas de todas as fontes de produto, tais como outros dutos,
estações de medição, linhas internas, linhas de tomadas de pressão e demais acessórios;
b) Todas as instalações que operavam no transporte de produto inflamável ou tóxico a serem hibernadas
devam ser totalmente purgadas do produto líquido e seu vapor, ou do produto gasoso, com um gás
inerte (nitrogênio é muito usado) e ter todos os antigos pontos de conexão hermeticamente selados. O
gás inerte deve ser mantido com pequena pressão manométrica positiva. As instalações que devam
permanecer gaseificadas para permitir o seu retorno ao serviço podem ficar com uma pequena
quantidade de gás no seu interior, desde que esta quantidade não represente nenhum perigo potencial e
não contenha contaminantes corrosivos tais como água, dióxido de carbono ou gás sulfídrico. Nestes
casos, devem ser mantidos em serviço os detectores de gás ou incêndio da instalação e também o
sistema de parada de emergência, que pode ter que sofrer algum ajuste pela baixa pressão do gás
remanescente;
c) As instalações devam ser mantidas ligadas ao sistema de proteção catódica e que devam ser feitas as
devidas inspeções e manutenções periódicas, com os relatórios e registros devidos, como se o duto
estivesse em serviço efetivo.
Notar que os órgãos reguladores da atividade e de meio-ambiente, no âmbito federal, estadual ou municipal
podem exigir outras providências além das acima citadas.
Notar que os órgãos reguladores da atividade e de meio-ambiente, no âmbito federal, estadual ou municipal
podem exigir outras providências além das acima citadas.
Causas Físicas:
o Derrame de produtos no enchimento de tanques;
o Vazamentos:
Dutos (corrosão interna e externa, ação de terceiros);
Linhas internas;
Hastes de válvulas de bloqueio;
Perdas em vent’s e drenos;
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Operação
A maioria destas causas é dependente da atitude das pessoas frente ao problema. É necessária ampla
conscientização de todos para que estas perdas sejam realmente reduzidas aos valores mínimos possíveis.
Ressalte-se a importância da apuração imediata quando ocorrer qualquer perda ou sobra anormal, pois é mais
fácil verificar sua origem quando o acontecimento ainda está na memória de todos. Persistindo a ocorrência, é
necessária verificação profunda dos procedimentos utilizados, com a realização de acompanhamento constante,
às vezes até diário, até que seja descoberta e eliminada sua causa.
Normalmente, o controle de perdas e sobras é realizado por um órgão central, independente dos órgãos que
executam as operações, pois estes são os diretamente responsáveis pela geração destas diferenças. As principais
funções deste órgão central são:
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Operação
Estabelecimento de limites mensais e semestrais de diferença relativa para cada tipo de insumo ou
produto movimentado, a serem utilizados como indicadores para a detecção de eventuais
anormalidades, nos diversos tipos de operação de expedição e recebimento do sistema;
Investigação das causas de diferenças anormais de insumos ou produtos;
Assistência técnica aos órgãos operacionais sobre medição e métodos de controle quantitativo;
Acompanhamento na confecção, supervisão e controle das tabelas volumétricas dos tanques de
armazenamento;
Validação de programas de computador utilizados na apuração de quantidades;
Auditoria dos sistemas de medição e controle de quantidade dos órgãos operacionais;
Elaboração e normalização dos métodos de medição e cálculo de quantidades;
Padronização de equipamentos de medição;
Avaliação de reclamações de clientes sobre medição e apuração de quantidades;
Elaboração de relatórios periódicos sobre as diferenças observadas no sistema e em cada órgão
operacional.
No caso específico da indústria do petróleo, as perdas reais de petróleo e seus derivados assumem valores
apreciáveis, pois, em média, perde-se em torno de 3% entre a boca do poço e o consumidor, com a distribuição
percentual mostrada na tabela 11.1.
.
Tabela 11.1: Distribuição das Perdas - Indústria do Petróleo
Dos campos de produção às refinarias 26,7%
Durante o processamento 43,3%
Das refinarias aos terminais 13,3%
Nos terminais 10,0%
Na distribuição 6,7%
A ocorrência de um erro humano na operação de um sistema de dutos pode provocar eventos indesejáveis que
venham a gerar erros de medição, contaminação de produtos, poluições ou danos físicos às instalações, ao
pessoal de operação das instalações ou a pessoas da comunidade. Estes eventos têm alto custo para a companhia,
que além do lucro cessante, da necessidade de repor as instalações, das reclamações de clientes ou perda de
faturamento, do custo das perdas de produto e do custo de restauração do meio ambiente, tem que arcar com
custos legais, indenizações, multas, perdas de imagem e perdas de participação no mercado.
Os gerentes, muito freqüentemente, acreditam que trabalhadores podem ser selecionados, treinados e motivados
para operar adequadamente qualquer sistema. Portanto, eles acreditam que os erros humanos são os resultados de
descuido ou estupidez e que a única maneira de reduzi-los é punir as partes culpadas quando os erros acontecem.
Já os gerentes mais esclarecidos, se dão conta de que, em suas instalações, apenas uma pequena fração de erros
humanos é produto de trabalhadores descuidados ou ineptos e que muitos erros são cometidos por empregados
produtivos, cuidadosos, habilitados e com bons propósitos. Estes gerentes, em vez de simplesmente acusar o
trabalhador envolvido, tentam identificar as causas básicas do erro na real situação de trabalho e implementar as
ações corretivas apropriadas.
Qualquer tarefa que deva ser executada por um ser humano é uma oportunidade para a ocorrência de um erro.
Uma tarefa não é executada exatamente da mesma maneira por pessoas diferentes e mesmo por uma só pessoa,
mas pequenas variações nesta execução são, usualmente, sem conseqüência. Somente quando algum limite de
aceitabilidade for ultrapassado é que a variação é considerada um erro humano. Qualquer discussão de erro
humano deve considerar as ações específicas e os limites envolvidos em uma tarefa em particular. Assim, uma
definição prática de erro humano é qualquer ação (ou falta de ação) que coloque o sistema com que o ser
humano interage em uma situação que exceda os limites de tolerância estabelecidos para aquele sistema.
Somente 15 a 20% dos erros humanos são atribuíveis às características internas do ser humano, não relacionadas
com uma situação de trabalho. Portanto, a grande maioria (80 a 85%) dos erros humanos está relacionada com as
condições de trabalho, sob controle direto dos gerentes, pois envolvem as tarefas, os equipamentos, os
procedimentos e o ambiente de trabalho.
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Operação
Qualquer coisa que afete o desempenho de um trabalhador ao executar uma tarefa é considerada um Fator
Configurador de Desempenho (FCD). Os FCD’s podem ser divididos em três classes:
Treinamento/Habilidade;
Prática/Experiência;
Conhecimento dos padrões requeridos de
desempenho;
Estresse (Tensão mental ou corporal);
Inteligência;
Motivação/Atitude no trabalho;
Personalidade;
Estado emocional;
Saúde/Condição física;
Cultura;
Identificação com o grupo;
Influências da família, outras pessoas ou
agentes externos;
c) Tensionadores: a interação entre os FCD’s internos e externos cria tensões no trabalhador que executa
a tarefa. Embora a tensão tenha usualmente uma conotação negativa, alguma tensão é realmente
necessária para que o ser humano funcione em seu desempenho máximo. Quando existe um bom
balanceamento entre os FCD’s internos e externos experimenta-se uma tensão facilitadora que promove
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o bom desempenho. Por outro lado, o desbalanceamento dos FCD’s internos e externos pode criar uma
tensão tal que deteriora o desempenho. Os tensionadores podem ser:
Fisiológicos: Psicológicos:
A estratégia básica é reduzir a freqüência de erros humanos, aumentando o rendimento do fator humano pela
identificação e eliminação de situações causadoras de erro, pela aplicação dos princípios da ergonomia ao
equipamento que deve ser operado ou mantido, aos procedimentos que regulam as tarefas de trabalho que devem
ser executadas e ao próprio ambiente de trabalho.
Pela identificação e eliminação das causas, os gerentes podem melhorar os FCD’s e reduzir dramaticamente a
freqüência de erros humanos. Como alguns erros humanos irão, inevitavelmente, ocorrer é necessário
desenvolver maneiras para detectá-los e minimizar seus efeitos.
A implementação da estratégia básica para a redução de erros humanos envolve os seguintes elementos:
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ser freqüente, periódico, porém sem ser previsível. Deve ser aplicado pelo supervisor direto dos trabalhadores e
abranger a revisão das práticas para a realização das tarefas, casos do tipo E SE ACONTECER... O QUE
FAZER e simulações de situações anormais.
Os procedimentos de investigação de acidentes e das ocorrências do tipo “POR UM TRIZ” (aquelas que não se
transformaram em um evento indesejável apenas por sorte ou por uma conjunção favorável de fatores) devem
visar determinar a causa real do incidente, para que se possa evitar sua recorrência, e não a simples busca de um
culpado ou bode expiatório. Destaca-se que a importância da disseminação dessa informação para todos os
grupos de operação no local do incidente e para os outros locais da instalação e da companhia onde podem
acontecer incidentes similares.
Estima-se que as melhorias introduzidas pela aplicação dos princípios da ergonomia no projeto de equipamentos
e procedimentos reduzirão a probabilidade de ocorrência dos erros humanos de acordo com a tabela 11.2, sendo
que os potenciais de redução mostrados não são diretamente aditivos nem multiplicativos.
Para o sucesso dessa estratégia, é essencial que os trabalhadores sejam envolvidos em todas as oportunidades
possíveis, pois seria um contra-senso gerencial ignorar o seu conhecimento, que é uma fonte valiosa que já existe
em qualquer companhia. Os trabalhadores são os que melhor podem identificar as causas que prejudicam seu
desempenho. Irão suportar com entusiasmo tal estratégia se não forem penalizados por falar a verdade e apontar
problemas reais que, muitas vezes, passariam despercebidos pelos gerentes até o momento da ocorrência de um
erro humano que provoque um evento indesejável.
Ao final, os gerentes devem reconhecer e aceitar sua responsabilidade para identificar e eliminar as situações
causadoras de erro e, também, reconhecer que muitos erros humanos são conseqüências da situação de trabalho e
não descaso dos trabalhadores.
O termo “erro humano” deve apenas transmitir o mesmo senso de culpa ou resposta emocional que o termo
“falha de equipamento”, principalmente quando se pretende implantar uma filosofia de segurança operacional do
tipo: “NA DÚVIDA, PARE A OPERAÇÃO”.
REFERÊNCIAS
[1] M. Wicks, J.F. Fraser, Internal Corrosion of Crude Oil Pipelines, American Institute of Chemical Engineers –
67th Annual Meeting, Washington, D.C., December, 1974.
LEITURAS ADICIONAIS
[2] D.K. Lorenzo, A Manager’s Guide to Reducing Human Errors – Improving Human Performance in the
Chemical Industry, Chemical Manufacturers Association, 1990.
[3] John L. Kennedy, Oil and Gas Pipeline Fundamentals, PennWell Publishing, 1993.
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