A Função Da Automação Industrial

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A FUNÇÃO DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Adriana Ribeiro Maciel


Caroline Ranlow
Janinha de Castro Borela
Severino João Christovão
Taynara Frare
Profº. Evandro André de Souza
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Engenharia de Produção – Metodologia do Trabalho Acadêmico
30/11/12.

RESUMO

Um sistema de automação industrial é um conjunto de equipamentos e tecnologias capazes de


fazer com que uma máquina ou processo industrial trabalhe automaticamente, ou seja, com a
mínima intervenção humana, cabendo a este o papel de programar, parametrizar ou
supervisionar o sistema para que trabalhe de acordo com os padrões desejados. Para se efetuar
a automação necessitamos realizar medições, comparações e controles sob os diversos
elementos que constituem a máquina ou processo em questão, para que ela seja capaz de
trabalhar sozinha e se auto-regular, além de tomar decisões seguras em caso de falhas e
emergências ela exige cada vez mais a integração de diversas áreas de tecnologia, tais como:
elétrica, eletrônica, informática, mecânica, pneumática, hidráulica, química, física, entre outras.
É utilizada com a finalidade de trazer benefícios como: aumento da produtividade, segurança,
qualidade do produto, confiabilidade, melhor relação custo benefício de investimento,
substituição do homem em atividades de risco.

Palavras Chave: Produtividade, Automação Industrial, Funcionalidade.

1.INTRODUÇÃO

A automação significa dinâmica organizada dos automatismos, ou seja, suas associações


de uma forma otimizada e direcionada à consecução dos objetivos do progresso humano.
Portanto, não é, nunca foi e nunca será a mera substituição do elemento humano dentro do
processo fabril, mas sim um meio de garantir alta produtividade com elevada eficiência e padrão
de qualidade, permitindo redução no custo final do produto, bem como sua disponibilidade em
tempo relativamente menor e em quantidades maiores.
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A automação envolve a implantação de sistemas interligados e assistidos por redes de


comunicação, compreendendo sistemas supervisórios e interfaces homem-máquina que possam
auxiliar os operadores no exercício da supervisão e da análise dos problemas que por ventura
venham a ocorrer.

Os automatismos são os meios, os instrumentos, máquinas, processos de trabalho,


ferramentas ou recursos capazes de potencializar, reduzir ou até mesmo eliminar a ação humana
dentro de um determinado processo produtivo, objetivando com isso, é claro, otimização e
consequentemente melhoria de produtividade (é o resultado efetivamente útil obtido em relação
ao que fora produzido).

Para se automatizar um processo requer um estudo bem elaborado de custo envolvido e


real benefício, onde o usuário deve saber exatamente as ações que deseja ver automatizadas,
definindo o que deve ocorrer em cada circunstância, e o objetivo final com toda a lógica das
ações analisando com clareza a relação custo e real benefício.

É importante saber que conta muito menos automatizar totalmente uma operação simples
que automatizar apenas parcialmente (uns 30 ou 50%) um processo complexo, que resultaria em
redução de tempo significativa frente á produtividade obtida ao longo de um dia de trabalho, bem
como consequente garantia de qualidade.

Não faz sentido investir em equipamentos ou mecanismos caros que, dentro do processo
geral, não contribuam efetivamente com a produtividade, qualidade e salvaguarda do elemento
humano, mesmo quando analisando a médios e longos prazos. Executam-se, máquinas hoje
existentes comandadas pela mais alta tecnologia, e por isso o custo exorbitante, mas que
garantem á empresa o padrão de qualidade e competitividade em níveis internacionais.

2. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA FORMADA PELA AUTOMAÇÃO


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Conforme o conceito de tecnologia, o conjunto de conhecimentos que permite conceber,


produzir e distribuir bens de serviço. Estes fatores são relevantes no que diz respeito na formação
técnicas de profissionais e a educação da sociadade quanto a evolução tecnológica proporcionada
pela automação.

O sitema produtivo baseado na política atual de desenvolvimento exige adaptações e


respostas flexíveis e a utilizações de novas tecnologias nos processos de trabalho. Sendo assim o
trabalhador para permanecer inserido no mercado de trabalho, precisa estar apto as novas
características profissionais: capacidade de apredizagem constante, criatividade, liderança, entre
outras. Com isto, o aprimoramento da mão-de-obra para a atuação neste mercado de trabalho é
necessário.

”Atualmente no Brasil são oferecidos cerca de quinze cursos de graduação na área de


Controle e Automação. A maioria destes cursos foi iniciada nos Departamentos de
Engenharia Elétrica ou Mecânica das universidades, mas houve a necessidade de
integração com outras áreas, como Informática e Processos. Uma tendência que pode
ser observada nos profissionais de automação atualmente é que os engenheiros químicos
estão cada vez conquistando mais espaço no desenvolvimento de projetos, visto que
possuem conhecimento mais profundo de processos. No caso de empresas prestadoras
de serviço, pode-se dizer inclusive que a comunicação com o cliente fica facilitada.”
(ZAMITH, 2012).

Para que o processo ocorra da maneira mais adequada é essencial que a empresa tenha
uma política baseada em estratégias que visam a melhoria contínua no processo e no produto,
reduzindo assim os custos e aumentando a qualidade e que estas sejam seguidas por seus
colaboradores internos e terceirizados. Mesmo com todo o planejamento e análises realizadas, os
resultados podem não ser os desejados e a empresa deve estar preparada para conseguir reavaliar
determinadas decisões e adequar as modificações ao processo até que obtenham os resultados
desejados.

2.1 CONFIABILIDADE E SEGURANÇA

O aumento de confiabilidade deve reduzir a probabilidade de falhas e minimizar os riscos


de acidentes. O estudo de métodos e técnicas está diretamente relacionado com o tipo de
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equipamento processo ou sistema a ser controlado. Para garantir esta confiabilidade de um


sistema de tempo real crítico, que somente pode ser atingido com alto grau de tolerância a falhas
e ainda concluir uma operação com sucesso, usando redundância de software e hadware. Com
plano estratégico de recuperação tolerante a falhas. Pensando nisso foram introduzidos os robos
nas indústrias, inicialmente na automobilistica, garantindo assim a confibialidade e segurança,
pois visam executar tarefas repetitivas ou que exigem esforços extremos. Os robos apresentam
capacidade de executar tarefas com eficiência e precisão. A sua utilização é muita vantajosa,
tornado o processo automatizado aumentando a produtividade com menor custo e maior
qualidade.

2.2 PROCESSO PRODUTIVO – CUSTO, QUALIDADE

Diante desta nova realidade que estamos vivenciando, de constante instabilidade,


mudanças e incertezas, as organizações necessitam buscar alternativas e traçar estratégias novas
para permanecerem no mercado, garantindo a perpetuação e crescimento do negócio. O
conhecimento das estratégias de operação e projetos de produtos é usado para desenvolver um
plano detalhado para a produção do produto. As estratégias são criadas e analisadas, onde é
definido o melhor processo para a produção. Este tipo de análise também nos permitirá
identificar pontos fortes e fracos de cada tipo de processo, os quais estão relacionados aos
segmentos específicos de mercado que cada empresa atende (DAVIS; AQUILANO; CHASE,
2001, p. 120).

Este plano é usado para definir as escolhas dos equipamentos necessários, facilidades de
layout, número de pessoas para realização da produção entre outras decisões necessárias para a
execução do projeto.

Para Davis, Aquilano e Chase (2001) é fundamental que as empresas possam medir seu
desempenho, verificando se as metas e padrões esperados foram alcançados. Devem-se criar
indicadores de desempenho apropriados para que se possa avaliar o desempenho da empresa e
até mesmo compará-la com a concorrência, buscando a melhorar o rendimento. O
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desenvolvimento de estratégias de produção tem se tornado uma ferramenta indispensável para


as empresas, principalmente do ramo calçadista, para criar ou agregar valor aos produtos para os
clientes cada vez mais exigentes. Segundo Davis, Aquilano e Chase (2001) existem quatro
prioridades que devem ser levadas em conta para a formação das estratégias: custos, qualidade,
entrega e flexibilidade.

“Para competir com sucesso, uma empresa deve, necessariamente, ser um produtor de
baixo custo” (DAVIS; AQUILANO; CHASE, 2001, p. 43). Para manter-se no mercado, a
empresa deve reduzir ao máximo seus custos produtivos, pois é nessa diferença que ela se torna
competitiva e lucrativa. “Para as empresas que concorrem diretamente em preço, o custo será seu
principal objetivo de produção” (SLACK et al., 1997, p. 81). Quanto menor o custo produtivo,
maior poderá ser o lucro para a empresa e menor o preço para o cliente. Slack et al. (1997), diz
que as operações com alta qualidade não desperdiçam tempo nem retrabalho, reduzindo assim os
custos. As operações rápidas e confiáveis (sem erro), também influenciam diretamente nos
custos da empresa, pois há melhor aproveitamento do tempo e menos erros nas operações. A
qualidade é um item fundamental para manter a fidelidade do cliente com os seus produtos.
Deve-se produzir de acordo com o que o cliente deseja. “Assim, a meta da qualidade de processo
é produzir produtos livres de erros” (DAVIS; AQUILANO; CHASE, 2001, p. 44).

A entrega dos produtos também é de extrema importância, podendo ser determinante para
a decisão de compra. Tanto o lucro quanto a participação no mercado estão relacionados com a
velocidade de entrega dos produtos à concorrência. Outro fator importante para a empresa é o
grau de flexibilidade da produção. “A empresa com flexibilidade de produção é capaz de
responder rapidamente às necessidades dos clientes” (GAITHER; FRAZIER, 2002, p.105).
Segundo Gaither e Frazier (2002) existem duas formas de flexibilização: A de produto e a de
volume. A capacidade de flexibilidade de produto indica a capacidade do sistema de mudar
rapidamente a produção de um produto para outro. Mesmo quando a empresa possui uma baixa
variedade de produtos, eles podem ser produzidos em baixa escala sendo necessária a mudança
de seu layout toda vez que se inicia um produto diferente. A flexibilidade de volume indica a
capacidade de aumentar ou diminuir o volume de produção mais rapidamente. Ela é necessária
quando a demanda esta sujeita a picos e vales e quando não é viável estocar produtos.
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Projetar produtos para obter facilidade de produção é fundamental para a permanência


das empresas no mercado competitivo, segundo Gaither e Frazier (2002). Esta facilidade pode
ser identificada através de especificações, padronização e simplificação. Na produção de
diversos produtos, a padronização e a simplificação podem ser aplicadas de uma maneira mais
eficaz. Para Gaither e Frazier (2002) a padronização refere-se a quantidade de variedade de
produtos, onde o objetivo é reduzir a variação de modelos, aumentando o volume e reduzindo
assim os custos de produção. Como a variação de modelos da indústria de calçados ocupacionais
e de segurança é baixa, sendo alguns somente com materiais diferentes, a automatização de
algumas atividades do setor de costura pode ser uma alternativa para a redução de custos e
aumento da produtividade. Já a simplificação visa à eliminação de recursos complexos de forma
que a função pretendida seja executada, mas com custos reduzidos e qualidade elevada. Uma das
formas de simplificação é a eliminação de operações desnecessárias ou realizadas de forma
menos produtiva.

Outra questão significativa é o grau de automação que pode ser integrado na produção. A
automação pode reduzir custos com mão-de-obra e os custos de produção, além de aumentar a
produtividade. Antes de decidir por automatizar os processos deve-se levar em contar o valor do
investimento e do retorno que ele pode trazer. Gaither e Frazier (2002) apontam que as empresas
estão cada vez mais investindo nas estratégias operacionais, visando à automação como
alternativa de redução de custos e melhoria na qualidade. Já Slack et al. (1997) aborda a
confiabilidade como um fator determinante para o sucesso das empresas. Uma empresa
comprometida com o cliente produz o que o ele deseja e quando ele deseja. O mesmo acontece
com os clientes internos. Quando se produz algo com qualidade e no tempo certo todos saem
ganhando. Há economia de dinheiro, pois não se gasta com retrabalho e também não há tempo
obsoleto.

A perturbação causada nas operações pela falta de confiabilidade vai além do tempo e
custo. Afeta a “qualidade” do tempo da operação. Se tudo em uma operação for perfeitamente
confiável, e assim permanecer por algum tempo, haverá um nível de confiança entre as diferentes
partes da operação. Não haverá “surpresas” e tudo será previsível. Sob tais circunstâncias, cada
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operação pode concentrar-se em melhorar sua atividade, sem ter sua atenção desviada pela falta
de serviços confiáveis de outras partes da operação (SLACK et al., 1997, p. 76). A automação é
um item que transmite confiança ao processo. Máquinas bem reguladas e com a manutenção em
dia dificilmente causaram grandes problemas.

No passado a automação era vista como a substituição do trabalho humano pela máquina.
Hoje este conceito está superado já que “o uso do termo automação significa atualmente integrar
uma ampla variedade de avançadas descobertas de informação e engenharia nos processos para
fins estratégicos” (GAITHER; FRAZIER, 2002, p. 143).

Para Slack et al. (1997) a tecnologia de processo é uma maneira de automatizar, uma vez
que os equipamentos e dispositivos ajudam a produção a transformar materiais e informações em
produtos e bens, e até mesmo adicionam valor aos produtos já existentes. As tecnologias de
processo são todas as informações e produtos usados para produzir algum outro produto. O autor
ainda salienta que a tecnologia no processamento de materiais esta ligada ao controle, transporte
e sua organização no contexto produtivo.

A tecnologia tem trazido muitas vantagens para o setor de produção, tanto no sentido de
automação, quanto na produtividade e na consistência da confiabilidade e flexibilidade da
produção. “A tecnologia tem afetado os processos produtivos tanto no aspecto máquina e
equipamentos (hardware) como no aspecto sistema de gestão (software)” (CORRÊA; CORRÊA,
2006, p. 337).

Através da tecnologia hardware, podemos ter máquinas que podem operar sozinhas,
através de programas instalados em suas CPUs ou em chip. As máquinas são programadas para
executar a tarefa e assim que estiver concluído, param para serem abastecidas ou reprogramadas
para outro processo/modelo.

A tecnologia software, com uso do CAD (computer-aided design), projeta produtos e


processos que utilizam o computador para várias atividades do projeto, simulando e desenhando
processos produtivos que farão os produtos projetados. O CAD é muito usado na indústria
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calçadista para desenvolver e projetar modelos, o que não seria um alto investimento para as
empresas do ramo, se implementasse o processo, podendo proporcionar resultdos muito positivos
para todas.

Automated manufacturing planning and control systems (AMPGS), ou planejamento e


controle de manufatura automatizada, são sistemas de gestão automatizados que definem o
planejamento, a programação e o sequenciamento das atividades de uma planta fabril,
monitorando continuamente as ordens de produção, das máquinas, ferramentas e outros recursos,
usando estas informações para continuamente programar as atividades quando algo novo ocorrer
(CORRÊA; CORRÊA, 2006, p. 338). Antes de uma empresa fazer o investimento em alguma
tecnologia, ela deve analisar cuidadosamente os benefícios financeiros, operacionais e
estratégicos que ela pode proporcionar. Deve-se levar em consideração o custo de mão-de-obra,
a melhor qualidade, diminuição de lead time (tempo de produção) e até a flexibilidade oferecida
pela tecnologia.

“A rapidez da evolução tecnológica também faz a questão mais complicada, pois tornar
um equipamento extremamente caro obsoleto rapidamente” (CORRÊA; CORRÊA, 2006, p.
338). Com a rapidez nas inovações, um processo que parecia ser o mais adequado, pode acabar
não sendo aplicado, pois já podem ter surgidos outros que, com uma análise mais detalhada
podem apresentar melhores resultados.

Na busca constante do aprimoramento dos processos, as empresas estão buscando o


“achatamento/ horizontalização” da matriz do processo produtivo inovações em processos e
materiais, onde antes, quanto maior a variedade, maior o custo, e hoje, as empresas estão
conseguindo nivelar esta diagonal, buscando aumentar a variedade e reduzir os volumes de
produtos, com eficiência similar ao processo tradicional em linha e fluxo continuo. A empresa
que busca ser competitiva deve ter um diferencial no seu produto e reduzir ao máximo seu custo,
já que o mercado está cada vez mais exigente, tanto na qualidade, quanto no preço dos produtos.
Ela deve se adaptar ao mercado atual, buscando atingir os objetivos, ampliando os resultados e
satisfazendo os clientes.
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2.3 PRODUTIVIDADE COMO CONSEQUÊNCIA DA AUTOMAÇÃO

A produtividade está diretamente ligada ao lucro que a empresa deseja obter. A empresa
que possuir alto índice de produtividade terá custos de produção mais baixos, podendo oferecer
produtos mais baratos ao mercado que a concorrência e ter uma lucratividade maior.

A produtividade é medida pela relação entre os resultados da produção efetivada e os


recursos produtivos aplicados a ela, ou seja, uma determinada máquina pode produzir um
número X de peças por hora. A capacidade da máquina de transformar determinada quantidade
de matéria-prima em um número X produtos é a produtividade da máquina. È importante não
confundir produtividade com eficiência, onde a eficiência é a relação percentual entre a produção
realmente realizada e a produção padrão (aquela que devia ter sido realizada) ou a relação entre o
tempo padrão (que deveria ter sido consumido) e o tempo realmente consumido.

A produtividade pode ser medida em quatro níveis: operação, fábrica, empresa e nação. A
produtividade da operação é a relação entre a quantidade produzida e os recursos a ela
disponibilizados, onde cada operação é o nome dado ao trabalho operário ou da máquina.
Portanto ao aperfeiçoarmos o método de trabalho e aumentarmos os recursos produtivos,
podemos aumentar a produtividade.

Então a medida da produtividade da fábrica, é a relação entre o resultado da produção e o


total de cada recurso produtivo aplicado. Ela agrega variáveis que estão fora das operações, com
o aproveitamento dos materiais (medida de retrabalho, sucata), administração dos estoques e
movimentação de materiais.

Então, produtividade é a medida para cada recurso isoladamente, para ser possível avaliar
o comportamento e desempenho de cada um. É importante que a empresa possua controles onde
a produtividade possa ser avaliada de forma individual, visando identificar problemas e
melhorias no processo aumentando e melhorando os resultados para a empresa.
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Campos (2004) defende que a definição de produtividade como quociente entre o


faturamento e os custos tem grande vantagem, pois leva em conta todos os fatores internos da
empresa e o cliente como fator decisivo de produtividade. Se o cliente não quiser comprar, por
maior que seja a eficiência, a produtividade cairá. “Aumentar a produtividade é produzir cada
vez mais e/ou melhor, com cada vez menos. Pode-se, pois, representar a produtividade como
quociente entre o que a empresa produz (“output”) e o que ela consome (“input”)” (CAMPOS,
2004, p. 3). Moreira (2004) defende que a produtividade refere-se ao maior ou menor
aproveitamento dos recursos e processos de produção. Deste ponto de vista, um crescimento na
produtividade implica em um melhor aproveitamento de funcionários, máquinas, energia,
matéria-prima, entre outros. Assim a produtividade esta diretamente ligada a uma melhoria na
competitividade e no aumento dos lucros.

Já para Campos (2004) é importante que as empresas produzam produtos que atendam as
necessidades dos clientes, e que essa necessidade agrega valor ao produto. Se uma empresa
puder agregar muito valor ao produto por um custo mais baixo que a concorrência, ela poderá
dominar o mercado. “Não basta aumentar a quantidade produzida, é necessário que o produto
tenha valor, que atenda às necessidades dos clientes” (CAMPOS, 2004, p. 3). Melhorando o
índice de valor agregado, através da redução dos custos e do aumento do faturamento, é possível
ter o rendimento da empresa aumentado além de satisfazer e adquirir novos clientes.

Meios de Aumentar a Produtividade: Um dos principais objetivos das empresas na


atualidade é aumentar a produtividade, sem aumentar os custos.

O aumento da produtividade ocorre graças à aquisição de máquinas e equipamentos mais


produtivos. Deve-se levar em consideração a relação custo-benefício, pois nem sempre
adquirindo novas máquinas e equipamentos, é possível obter o resultado desejado. Através do
estudo dos métodos de trabalho é possível identificar atividades desnecessárias e eliminá-las,
aumentando a eficiência do trabalho e eliminando os desperdícios.
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A produtividade estratégica é uma ferramenta que auxilia na tomada de decisão da


empresa, podendo direcionar seus esforços para aumentar rápida e expressivamente a
produtividade de um determinado recurso.

Aumentar a produtividade significa que uma empresa pode produzir mais com menos
recursos ou produzir a mesma coisa com menor valor de recursos, reduzindo assim os custos e
melhorando a qualidade, podendo obter muitas vantagens e se tornar altamente competitiva e
lucrativa.

3. CONCLUSÃO

Finalmente, podemos observar que cada vez mais as empresas optam pela atomatização
industrial, tendo em vista o menor custo de produção, maior aumento da produtividade e
otimização do tempo de produção, podendo assim ter preços competitivos no mercado e
conquistar os clientes pela qualidade e o preço final dos produtos.

Como podemos observar no texto, antigamente tínhamos uma visão de que com a
automatização, o trabalho humano seria substituído pelas máquinas, e hoje este conceito caiu por
terra. Temos a noção de que máquina e homem trabalham juntos, para resultados melhores e
mais rentáveis.

Outro ponto positivo da automatização na produção é a menor vulnerabilidade á erros,


como o processo é automático, os erros são significativamente menores do que se a produção
fosse feita manualmente. E neste caso, os erros podem ser evitados com a manutenção necessária
das devidas máquinas operantes.

Varia de cada empresa optar pela automação ou não, observando os lucros e prejuízos
que irão obter com a implantação de máquinas e com os custos analizados a longo e médio
prazo. Quanto maior o nível de produção da empresa, mais rentável será a implantação da
automação industrial.
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REFERÊNCIAS

ASSIS, Wânderson de Oliveira; COELHO Alessandra Dutra. Segurança em Automação


Industrial Disponível em: <http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/651/>. Acesso
em: 17 nov. 2012.

CABRAL,T.A Tolerância a falhas em sistemas de tempo real crítico.I Wola-workshop


Interno do LASIB. UFBA,1999.

CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da qualidade total no estilo japonês. 8.ed. Belo

CARVALHO, E.G. de Globalização e estratégias competitivas na Indústria Automobilística:


uma abordagem a partir das principais Montadoras Instaladas no Brasil. Dissertação de Mestrado
UNICAMP, 2003

CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração de produção e operações:


manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2006.
DAVIS, Mark M.; AQUILANO, Nicholas J.; CHASE, Richard B. Fundamentos da
administração da produção. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MOREIRA, Daniel Augusto. (Administração de produção e operações. 1 ed. São Paulo:


Pioneira, 2004.

GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração de produção e operações. 8. ed. São


Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

SLACK, Nigel et. al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1997.

ZAMITH, Angélica S. A automação industrial - panorama e tendências no Brasil e no mundo.


Siemens Company Tales Lima, São Paulo, n. 104, maio 2005. Disponível em:
http://www.editoravalete.com.br/site_controleinstrumentacao/arquivo/ed_104/artigos.htmlacesso
em: 16 nov. 2012.

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