A Função Da Automação Industrial
A Função Da Automação Industrial
A Função Da Automação Industrial
RESUMO
1.INTRODUÇÃO
É importante saber que conta muito menos automatizar totalmente uma operação simples
que automatizar apenas parcialmente (uns 30 ou 50%) um processo complexo, que resultaria em
redução de tempo significativa frente á produtividade obtida ao longo de um dia de trabalho, bem
como consequente garantia de qualidade.
Não faz sentido investir em equipamentos ou mecanismos caros que, dentro do processo
geral, não contribuam efetivamente com a produtividade, qualidade e salvaguarda do elemento
humano, mesmo quando analisando a médios e longos prazos. Executam-se, máquinas hoje
existentes comandadas pela mais alta tecnologia, e por isso o custo exorbitante, mas que
garantem á empresa o padrão de qualidade e competitividade em níveis internacionais.
Para que o processo ocorra da maneira mais adequada é essencial que a empresa tenha
uma política baseada em estratégias que visam a melhoria contínua no processo e no produto,
reduzindo assim os custos e aumentando a qualidade e que estas sejam seguidas por seus
colaboradores internos e terceirizados. Mesmo com todo o planejamento e análises realizadas, os
resultados podem não ser os desejados e a empresa deve estar preparada para conseguir reavaliar
determinadas decisões e adequar as modificações ao processo até que obtenham os resultados
desejados.
Este plano é usado para definir as escolhas dos equipamentos necessários, facilidades de
layout, número de pessoas para realização da produção entre outras decisões necessárias para a
execução do projeto.
Para Davis, Aquilano e Chase (2001) é fundamental que as empresas possam medir seu
desempenho, verificando se as metas e padrões esperados foram alcançados. Devem-se criar
indicadores de desempenho apropriados para que se possa avaliar o desempenho da empresa e
até mesmo compará-la com a concorrência, buscando a melhorar o rendimento. O
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“Para competir com sucesso, uma empresa deve, necessariamente, ser um produtor de
baixo custo” (DAVIS; AQUILANO; CHASE, 2001, p. 43). Para manter-se no mercado, a
empresa deve reduzir ao máximo seus custos produtivos, pois é nessa diferença que ela se torna
competitiva e lucrativa. “Para as empresas que concorrem diretamente em preço, o custo será seu
principal objetivo de produção” (SLACK et al., 1997, p. 81). Quanto menor o custo produtivo,
maior poderá ser o lucro para a empresa e menor o preço para o cliente. Slack et al. (1997), diz
que as operações com alta qualidade não desperdiçam tempo nem retrabalho, reduzindo assim os
custos. As operações rápidas e confiáveis (sem erro), também influenciam diretamente nos
custos da empresa, pois há melhor aproveitamento do tempo e menos erros nas operações. A
qualidade é um item fundamental para manter a fidelidade do cliente com os seus produtos.
Deve-se produzir de acordo com o que o cliente deseja. “Assim, a meta da qualidade de processo
é produzir produtos livres de erros” (DAVIS; AQUILANO; CHASE, 2001, p. 44).
A entrega dos produtos também é de extrema importância, podendo ser determinante para
a decisão de compra. Tanto o lucro quanto a participação no mercado estão relacionados com a
velocidade de entrega dos produtos à concorrência. Outro fator importante para a empresa é o
grau de flexibilidade da produção. “A empresa com flexibilidade de produção é capaz de
responder rapidamente às necessidades dos clientes” (GAITHER; FRAZIER, 2002, p.105).
Segundo Gaither e Frazier (2002) existem duas formas de flexibilização: A de produto e a de
volume. A capacidade de flexibilidade de produto indica a capacidade do sistema de mudar
rapidamente a produção de um produto para outro. Mesmo quando a empresa possui uma baixa
variedade de produtos, eles podem ser produzidos em baixa escala sendo necessária a mudança
de seu layout toda vez que se inicia um produto diferente. A flexibilidade de volume indica a
capacidade de aumentar ou diminuir o volume de produção mais rapidamente. Ela é necessária
quando a demanda esta sujeita a picos e vales e quando não é viável estocar produtos.
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Outra questão significativa é o grau de automação que pode ser integrado na produção. A
automação pode reduzir custos com mão-de-obra e os custos de produção, além de aumentar a
produtividade. Antes de decidir por automatizar os processos deve-se levar em contar o valor do
investimento e do retorno que ele pode trazer. Gaither e Frazier (2002) apontam que as empresas
estão cada vez mais investindo nas estratégias operacionais, visando à automação como
alternativa de redução de custos e melhoria na qualidade. Já Slack et al. (1997) aborda a
confiabilidade como um fator determinante para o sucesso das empresas. Uma empresa
comprometida com o cliente produz o que o ele deseja e quando ele deseja. O mesmo acontece
com os clientes internos. Quando se produz algo com qualidade e no tempo certo todos saem
ganhando. Há economia de dinheiro, pois não se gasta com retrabalho e também não há tempo
obsoleto.
A perturbação causada nas operações pela falta de confiabilidade vai além do tempo e
custo. Afeta a “qualidade” do tempo da operação. Se tudo em uma operação for perfeitamente
confiável, e assim permanecer por algum tempo, haverá um nível de confiança entre as diferentes
partes da operação. Não haverá “surpresas” e tudo será previsível. Sob tais circunstâncias, cada
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operação pode concentrar-se em melhorar sua atividade, sem ter sua atenção desviada pela falta
de serviços confiáveis de outras partes da operação (SLACK et al., 1997, p. 76). A automação é
um item que transmite confiança ao processo. Máquinas bem reguladas e com a manutenção em
dia dificilmente causaram grandes problemas.
No passado a automação era vista como a substituição do trabalho humano pela máquina.
Hoje este conceito está superado já que “o uso do termo automação significa atualmente integrar
uma ampla variedade de avançadas descobertas de informação e engenharia nos processos para
fins estratégicos” (GAITHER; FRAZIER, 2002, p. 143).
Para Slack et al. (1997) a tecnologia de processo é uma maneira de automatizar, uma vez
que os equipamentos e dispositivos ajudam a produção a transformar materiais e informações em
produtos e bens, e até mesmo adicionam valor aos produtos já existentes. As tecnologias de
processo são todas as informações e produtos usados para produzir algum outro produto. O autor
ainda salienta que a tecnologia no processamento de materiais esta ligada ao controle, transporte
e sua organização no contexto produtivo.
A tecnologia tem trazido muitas vantagens para o setor de produção, tanto no sentido de
automação, quanto na produtividade e na consistência da confiabilidade e flexibilidade da
produção. “A tecnologia tem afetado os processos produtivos tanto no aspecto máquina e
equipamentos (hardware) como no aspecto sistema de gestão (software)” (CORRÊA; CORRÊA,
2006, p. 337).
Através da tecnologia hardware, podemos ter máquinas que podem operar sozinhas,
através de programas instalados em suas CPUs ou em chip. As máquinas são programadas para
executar a tarefa e assim que estiver concluído, param para serem abastecidas ou reprogramadas
para outro processo/modelo.
calçadista para desenvolver e projetar modelos, o que não seria um alto investimento para as
empresas do ramo, se implementasse o processo, podendo proporcionar resultdos muito positivos
para todas.
“A rapidez da evolução tecnológica também faz a questão mais complicada, pois tornar
um equipamento extremamente caro obsoleto rapidamente” (CORRÊA; CORRÊA, 2006, p.
338). Com a rapidez nas inovações, um processo que parecia ser o mais adequado, pode acabar
não sendo aplicado, pois já podem ter surgidos outros que, com uma análise mais detalhada
podem apresentar melhores resultados.
A produtividade está diretamente ligada ao lucro que a empresa deseja obter. A empresa
que possuir alto índice de produtividade terá custos de produção mais baixos, podendo oferecer
produtos mais baratos ao mercado que a concorrência e ter uma lucratividade maior.
A produtividade pode ser medida em quatro níveis: operação, fábrica, empresa e nação. A
produtividade da operação é a relação entre a quantidade produzida e os recursos a ela
disponibilizados, onde cada operação é o nome dado ao trabalho operário ou da máquina.
Portanto ao aperfeiçoarmos o método de trabalho e aumentarmos os recursos produtivos,
podemos aumentar a produtividade.
Então, produtividade é a medida para cada recurso isoladamente, para ser possível avaliar
o comportamento e desempenho de cada um. É importante que a empresa possua controles onde
a produtividade possa ser avaliada de forma individual, visando identificar problemas e
melhorias no processo aumentando e melhorando os resultados para a empresa.
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Já para Campos (2004) é importante que as empresas produzam produtos que atendam as
necessidades dos clientes, e que essa necessidade agrega valor ao produto. Se uma empresa
puder agregar muito valor ao produto por um custo mais baixo que a concorrência, ela poderá
dominar o mercado. “Não basta aumentar a quantidade produzida, é necessário que o produto
tenha valor, que atenda às necessidades dos clientes” (CAMPOS, 2004, p. 3). Melhorando o
índice de valor agregado, através da redução dos custos e do aumento do faturamento, é possível
ter o rendimento da empresa aumentado além de satisfazer e adquirir novos clientes.
Aumentar a produtividade significa que uma empresa pode produzir mais com menos
recursos ou produzir a mesma coisa com menor valor de recursos, reduzindo assim os custos e
melhorando a qualidade, podendo obter muitas vantagens e se tornar altamente competitiva e
lucrativa.
3. CONCLUSÃO
Finalmente, podemos observar que cada vez mais as empresas optam pela atomatização
industrial, tendo em vista o menor custo de produção, maior aumento da produtividade e
otimização do tempo de produção, podendo assim ter preços competitivos no mercado e
conquistar os clientes pela qualidade e o preço final dos produtos.
Como podemos observar no texto, antigamente tínhamos uma visão de que com a
automatização, o trabalho humano seria substituído pelas máquinas, e hoje este conceito caiu por
terra. Temos a noção de que máquina e homem trabalham juntos, para resultados melhores e
mais rentáveis.
Varia de cada empresa optar pela automação ou não, observando os lucros e prejuízos
que irão obter com a implantação de máquinas e com os custos analizados a longo e médio
prazo. Quanto maior o nível de produção da empresa, mais rentável será a implantação da
automação industrial.
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da qualidade total no estilo japonês. 8.ed. Belo
SLACK, Nigel et. al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1997.