Trabalho de Química - 2° BI
Trabalho de Química - 2° BI
Trabalho de Química - 2° BI
A cinética química é uma subárea da Química que estuda a velocidade das reações
químicas, bem como mecanismos para seu controle. É por meio do estudo da cinética
que se desenvolvem modelos matemáticos para entender a velocidade de consumo de
um reagente ou de geração de um produto em uma reação química.
Dessa forma, é possível estabelecer uma velocidade média única para qualquer
reação. No exemplo anterior, essa velocidade média única é:
→ Lei da Velocidade
Uma das principais formas de estudo da tendência da velocidade de uma reação
química é por meio das velocidades iniciais. Isso porque no início de uma reação
química, a concentração dos produtos é igual a zero. Dessa forma, pode-se excluir a
interferência dos produtos na velocidade da reação, simplificando o entendimento e os
cálculos. Observe, a seguir, uma reação hipotética:
AB → A + B
Experimentalmente, sabe-se que quanto maior a concentração inicial do reagente,
maior a velocidade de consumo deste. Assim, pode-se dizer que:
Porém, para alguns processos químicos, essa relação pode ser qualquer uma — como,
por exemplo, quadrática, cúbica ou simplesmente sem relação. Ou seja, a velocidade
de consumo é constante e só depende do valor de k. Então, de modo geral, uma lei de
velocidade para um processo químico com n reagentes (R) pode ser escrita como:
Os expoentes são conhecidos como “ordem” e podem ser qualquer número inteiro
positivo, além do 0 — ou seja, 0, 1, 2, 3 e assim sucessivamente —, não necessariamente
diferentes um do outro, podendo ser iguais também.
No que diz respeito à concentração, devemos lembrar que a lei da velocidade de uma
reação química é diretamente proporcional ao produto das concentrações dos
reagentes, em mol.L-1. Por exemplo, para uma reação hipotética, que ocorre em uma
única etapa, temos:
x A + y B → AxBy
v = k ∙ [A]x ∙ [B]y
- Temperatura
A temperatura é também um importante fator de regulação cinética. É preciso lembrar
que a temperatura é a medida da energia cinética de um corpo, sendo esta calculada
como:
Logo, quanto maior a temperatura, maior a energia cinética, e quanto maior a energia
cinética, maior a velocidade das partículas (observe que há uma dependência
quadrática). Assim, quanto mais velozes estiverem as partículas, mais frequentes e
vigorosas serão as colisões entre elas, propiciando assim que os choques superem a
energia de ativação da reação química mais facilmente e com maior frequência.
É por isso que os alimentos são estocados em baixa temperatura para aumentar seu
tempo de conservação, por exemplo. Quando colocamos alimentos na geladeira, as
reações químicas responsáveis pela deterioração são desaceleradas pela queda da
temperatura.
- Superfície de Contato
A superfície de contato tem relação com o número de partículas disponíveis para a
reação química. Por exemplo, ao dissolver um comprimido efeverscente inteiro,
percebe-se um maior tempo de dissolução quando se compara o mesmo processo com
o comprimido triturado. Isso se dá porque no comprimido triturado, mais partículas
estão participando do processo, ou seja, há uma maior superfície de contato entre os
participantes do sistema.
Assim, quanto maior a superfície de contato, mais partículas estão presentes para
participar do processo químico, o que aumenta a velocidade do processo.
- Catalisadores
Imagine um paciente que está com uma tremenda crise de enxaqueca. Para ele, deve ser
administrado um medicamento que alivie o mais rápido possível os sintomas da crise, de
forma distinta de um paciente que faz uso de medicamentos diários, cuja liberação
costuma ser lenta.
Foi também o estudo da cinética que permitiu calcular em quanto tempo materiais se
deterioram na natureza, como vidros, metais e plásticos.
Esses são apenas alguns exemplos de como a cinética química está presente em nosso
dia a dia, influenciando a nossa relação com o mundo.