FQE1 EXP3 Cinetica
FQE1 EXP3 Cinetica
FQE1 EXP3 Cinetica
Bacharelado em Qumica
Engenharia Qumica
Uma comparao entre trs diferentes solues a mesma temperatura mas com concentraes
diferentes de reagentes pode ser vista na Fig. 2. Como a temperatura permaneceu a mesma a foram da
distribuio de partculas em funo da energia (distribuio Maxwelliana de velocidades) no foi
alterada contudo a rea da curva aumentou em funo da concentrao uma vez que mais partculas
esto presentes nas concentraes maiores. Nessa figura podemos perceber claramente que o nmero
de partculas com energia acima da barreira de ativao Ea (rea hachurada) aumenta com a
concentrao.
Fig. 2 a) Curvas de distribuio do nmero de partculas em funo
da energia cintica para diferentes concentraes e a uma mesma
temperatura.
b)
a)
Fig. 3 a) Curvas de distribuio do numero de partculas em funo da energia cintica para diferentes temperaturas. Ea
indica o valor de uma dada energia de ativao. b) Efeito da diminuio da energia de ativao na presena de um
catalisador. Ea indica a energia de ativao sem o catalisador e Eb indica a energia de ativao com o catalisador. A figura
em destaque mostra o efeito do catalisador diminudo a energia de ativao (anlogo Fig. 1).
V=d[A]/dt.
A Fig. 4a mostra a variao da concentrao de produtos e reagentes (em mol/L) no decorrer
de uma reao certa qumica. Na maioria das reaes, a velocidade mxima no incio da reao e se
torna progressivamente menor com o tempo. A variao da velocidade de uma reao em funo do
tempo adquire um aspecto semelhante ao grfico da Fig 4b.
a)
b)
leis segundo as quais a velocidade da reao varia. De maneira geral a velocidade uma funo da
concentrao, i.e. V=f([A]).
No caso particular do sistema que estudaremos,
V= d[A]/dt=-k[A]n
(1)
V=d[A]/dt=-k[A] d[A]/[A]=-kdt
(2)
[A]=[A0]exp(-k t)
(3)
Ln [A] = Ln [Ao] - k t
(4)
que tem uma forma anloga a de uma equao do tipo y = mx + b, ou seja, a equao de uma reta cuja
inclinao (coeficiente angular) igual a m. No nosso caso, fazendo um grfico de ln[A] como eixo y
contra o tempo, no eixo x, teremos uma reta cuja inclinao ser o valor de k, em mol/L s (caso a
medida de tempo seja em segundos, claro). Portanto, se os dados experimentais de vrias medidas de
[A] feitas em vrios intervalos de tempo forem plotados dessa maneira, e o grfico resultar numa reta,
ento a reao de primeira ordem. Nenhuma outra ordem de reao forneceria uma reta nessas
condies.
Uma reao de Segunda ordem tambm fcil de ser determinada, e seu k calculado. Nesse
caso a velocidade da reao uma funo do tipo V= k[A]2, e pode ser demonstrado que existe uma
relao entre [A] e o tempo segundo:
1/[A] = 1/[Ao] + kt
pelo mesmo raciocnio, o grfico de 1/[A] versus t ser uma reta de coeficiente angular igual a k, mas
s se a reao for verdadeiramente de Segunda ordem para a espcie A; por exemplo, a decomposio
trmica do NO2 em NO e O2 de Segunda ordem: dobrando-se a concentrao do NO2 inicial, a
reao acontece quatro vezes mais rpido, ou numa proporo de 22
A Fig. 5 mostra dois exemplos da variao da concentrao com o tempo para os casos
discutidos anteriormente. Um retratando uma reao de primeira ordem (n=1) e outro retratando uma
reao de segunda ordem (n=2).
a)
b)
3) Procedimento experimental
EXPERIMENTO 1 - Estudo fenomenolgico sobre a velocidade de reaes qumicas
Para essa etapa experimental sero utilizados os seguintes reagentes e materiais.
Proveta;
Bquers de 50 e 100 mL;
Estante com tubos de ensaio;
Termmetro de 0 100 C;
A) Efeito da temperatura
Em trs tubos de ensaio grandes coloque cerca de 10,0 mL de soluo 0,01 Mol/L de KMnO4 e
1,0 mL de H2SO4 1,0 Mol/L. Deixe o 1 tubo temperatura ambiente, aquea o segundo em banhoMaria entre 40-50 C e aquea o 3 tubo diretamente na chama. Obs. Evite colocar o tubo na parte
mais interna da chama, pois o liquido poder ser expelido bruscamente causando acidente.
Adicione um pedao de fio de ferro ( 10 cm) em cada um dos tubos no mesmo instante,
submergindo a mesma quantidade de fio em cada tudo. Mantenha os fios dentro das solues por
aproximadamente 15 minutos e observe o que acontece com as solues. Documente suas
observaes.
Fs.-Qui. Exp. 1 Prtica 3: Cintica Qumica
B) Efeito da concentrao
Em dois tubos de ensaio coloque 5,0 mL de soluo 0,l Mol/L de Na2S2O3. No primeiro tubo
adicione 1,0 mL de HCl 6,0 Mol/L e ao segundo tubo adicione 1,0 mL de HCl 0,6 Mol/L no mesmo
tempo. Observe em qual deles aparece primeiro uma turvao amarelada devido ao enxofre formado e
quanto tempo demorou cada uma das reaes.
C) Efeito do catalisador
Em dois tubos de ensaio coloque um grnulo de zinco e l,0 mL de H2SO4 1,0 Mol/l. Logo que
se iniciar desprendimento de H2 (bolhas), junte 2 gotas de KMnO4 0,0l Mol/L a cada um deles. A um
dos tubos adicione um pequeno cristal de KNO3. Observe e documente os fatos que se sucedem nos
dois tubos de ensaio.
Nessa experincia a reduo do KMnO4, diretamente pelo H2 liberado da reao do zinco como
o H2SO4, uma reao muito lenta. Contudo quando adicionamos KNO3 na soluo, os ons de NO3formados reagem (reduzem) rapidamente com o H2 formando NO2- e gua. Posteriormente, tambem
de forma rpida, o NO2- reduz os ons de MNO4- da soluo aquosa em ons de MN2+. Com este
procedimento substitumos uma reao lenta por duas reaes rpidas como mostrado de forma mais
detalhada abaixo
Obs. No desperdice reagentes. S retire do fraco original a quantidade que voc vai utilizar.
Como a concentrao dos ons iodato (IO3-) maior que a concentrao dos ons bissulfito
os ons iodeto formados nesta reao, reagem com os ons iodato restantes, quando os ons
bissulfito forem completamente consumidos produzindo iodo:
(HSO3-),
O iodo molecular forma com o amido existente na soluo um composto azul, mostrando que a
reao se processou at esse ponto (ver figura 6).
Tubos A
V(mL) Sol.A
V(mL) H2O
2,50
2,00
1,50
1,25
1,00
0,75
0,50
0,00
0,50
1,00
1,25
1,50
1,75
2,00
Numerao
dos tubos
#1B
#2B
#3B
#4B
#5B
#6B
#7B
Tubos B
V(mL) Sol. B
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
5,00
Derrame a soluo do tubo #1A de iodato de potssio (2,5 mL) sobre a soluo de nmero
#1B de bissulfito de sdio (5 mL) e dispare o cronmetro, imediatamente, agitando o tubo de ensaio
da mistura em movimentos circulares ou despejando a soluo de um tubo no outro repetidamente.
Obs. S disparar o cronmetro no instante em que as duas solues entrarem em contato. Fique
atento pois algumas reaes podem ser bem rpidas.
Observe cuidadosamente, o trmino da reao com o aparecimento de uma colorao azul.
Neste instante em que aparecer a colorao azul pare o cronmetro e determine o tempo, em segundos,
da reao do tubo de ensaio;
Repetir este procedimento experimental para as solues restantes (tubos numerados de #2 a
#5) e anotar o tempo de durao das reaes.
OBS. Antes de terminar essa etapa experimental, prepare mais 4 conjuntos de tubos
iguais ao nmero #3A e #3B da tabela acima e deixe guardado. Estes 8 tubos extras sero
utilizados no experimento a seguir. Numere esses novos tubos A como #3A1, #3A2, #3A3, #3A4,
#3B1, #3B2, #3B3, #3B4.
[KIO3]
mol L-1
1/[KIO3]
mol-1 L
Ln ([KIO3])
tempo (s)
Velocidade da reao
[KIO3]/t (mol L-1 s-1)
1
2
3
4
5
6
7
Construa os grfico Ln[KIO3] versus t e o grfico 1/[KIO3] versus t. Discuta o que se observa
nesses grficos. Pela analise desses grficos qual seria a ordem da reao estudada?
Construa um grfico mostrando a dependncia da velocidade da reao em funo da
concentrao do reagente (v versus [KIO3]) e discuta o observado. A partir do grfico estime a
velocidade da reao para uma concentrao 3 vezes menor que a concentrao do tubo #5A.
Calcule o valor de k para a reao estudada supondo que a reao e de 1 ordem (grfico
Ln [KIO3] versus t). Calcule pelo o coeficiente linear da reta o valor de [KIO3] nominal e compare
com a concentrao do KIO3 do tubo de ensaio #1A.
Discuta o que acontece com a velocidade da reao a medida que aumenta a concentrao do
reagente. Comente as dificuldades experimentais e os erros envolvidos.
a) 50C
b) 15C
Sol. A Sol.B
Sol. A Sol.B
c) ~5C
Sol. A Sol.B
d) ~0C
Sol. A Sol.B
Temperatura
( C)
[KIO3] mol L1
1/[KIO3]
mol-1 L
Ln ([KIO3])
3A1
3A
3A2
50
Ambiente
15
J calculado
J calculado
J calculado
3A3
J calculado
J calculado
J calculado
3A4
~0
J calculado
J calculado
J calculado
tempo (s)
Velocidade da
reao [KIO3]/t
(mol L-1 s-1)
Obs. Repare que o experimento envolvendo o tubo #3A (a temperatura ambiente) j foi feito no item
A.
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