Interfer Nci A

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Universidade Federal de Rondônia

Departamento de Física – DEFIJI


Campus de Ji-Paraná

Ótica
• Prof.ª Dr.ª Queila da Silva Ferreira
• E-mail: [email protected]
Interferência
Ótica
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Profª. Drª Queila da Silva Ferreira
O QUE SÃO ONDAS?

• Onda Progressiva: forma da onda não muda durante o seu deslocamento.


• Onda Harmônica: forma espacial descrita por uma função seno ou cosseno. Da forma:

y=A sen(kx-ωt)

Interferência é o fenômeno na qual duas ou mais ondas de mesma natureza que se


propagam em uma mesma região do espaço se combinam para formar uma única
onda.

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Interferência
O fenômeno de interferência pode ser classificado em dois tipos:

Interferência construtiva: Ocorre quando duas ondas que estão em fase se superpõem e formam uma onda
resultante maior do que as que lhe deram origem.

Interferência destrutiva: Ocorre quando duas ondas que estão fora de fase se superpõem e formam uma
onda resultante menor do que as que lhe deram origem.

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Princípio da Superposição

A função de onda, da onda resultante é a soma algébrica das funções de ondas de cada
onda que participa do fenômeno de interferência.

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Comprimento de onda e Índice de refração
O comprimento de onda da luz varia quando a velocidade da luz varia, como acontece
quando a luz atravessa a interface que separa dois meios diferentes (refração).

Suponha que uma certa luz monocromática tenha comprimento de onda λ e velocidade
c no vácuo e comprimento de onda λn e velocidade v em um meio cujo índice de refração é
n.

Usando n = c/v

n=c/v → v/c = 1/n , assim temos: λn = λ/n

λn: comprimento de onda da luz em um meio.


λ: comprimento de onda da luz no vácuo.
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Comprimento de onda e Índice de refração
Desta forma, vemos que quanto maior o índice de refração do meio, menor o comprimento
de onda neste meio.

Podemos assim também escrever a frequência da luz para um meio.


Lembrando que: v = λf

Para um meio cujo índice de refração é n, podemos escrever fn=v/ λn

Das equações anteriores: n = c/v e λn = λ/n

Temos:

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Comprimento de onda e Índice de refração

Onde:
fn: frequência da luz em um meio cujo índice de refração é n.
f: frequência da luz no vácuo.

Deste modo, embora a velocidade e o comprimento de onda da luz sejam diferentes no


meio e no vácuo, a frequência da luz é a mesma, ela não se altera.

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Comprimento de onda e Índice de refração

➢ Considere dois raios provenientes de um mesmo meio de índice de refração n, mesmo


comprimento de onda λ e estão em fase. Esses raios incidem em dois meios de índices
de refração n1 e n2 e mesmo comprimento L.

➢ Ao deixarem os dois meios, eles voltam a ter o mesmo comprimento de onda λ do ar. No
entanto, como o comprimento de onda nos dois meios era diferente, as duas podem não
estar mais em fase.

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Comprimento de onda e Índice de refração

➢ Em cada meio, o número de comprimento de onda será:

Onde nos dois casos usou:

Para a diferença de fase, basta determinar o módulo de N2 – N1. Supondo n2 > n1

Por exemplo, uma diferença


de fase de 45,6
comprimentos de onda é
equivalente a uma diferença
de fase efetiva de 0,6
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comprimentos de onda.
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Comprimento de onda e Índice de refração

➢ Diferença de fase de 0,5 comprimentos de onda deixa as


ondas totalmente fora de fases. Se estas ondas forem
combinadas, sofrerão uma interferência destrutiva e o
ponto em que elas se encontram ficará escuro.

➢ Se a diferença de fase for zero ou 1,0 comprimento de


onda, a interferência será construtiva e o ponto ficará
claro.
A diferença de fase de 1 comprimento de onda equivale a 2π
radianos ou 360°.

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Exemplo

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Resposta Letra a

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Resposta

Letra b

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Difração
➢ Chama-se de difração a mudança da forma de uma frente de onda que incide em um
orifício ou obstáculo que possui uma abertura de dimensões comparáveis ao
comprimento de onda.

➢ Quanto mais estreita a fenda, maior a difração.


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O Experimento de Young

Em 1801, Thomas Young provou


experimentalmente que a luz é uma
onda, ao contrário do que pensavam
muitos cientistas da época. Ele mediu o
comprimento de onda da luz solar em
570 nm, hoje o valor aceito é de 555 nm.
Thomas Young
13 de junho de 1773 – 10 de maio de 1829.

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O Experimento de Young

Para representar o experimento de


Young, considere que uma luz
monocromática ilumina a fenda S0 no
anteparo A. A luz difratada pela fenda
se espalha e é usada para iluminar as
fendas S1 e S2 do anteparo B.

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ASSITAM:
O Experimento de Young https://www.youtube.co
m/watch?v=edidweXxbq
U
A luz difrata novamente e se propagam,
interferindo uma com a outra. Podemos
observar esta interferência na tela C, colocada
a frente.

Nos pontos em que as ondas se reforçam


formam listras iluminadas, denominadas
franjas claras. Os pontos em que as ondas se
cancelam formam listras sem iluminação,
denominamos franjas escuras.

Esse conjunto de franjas claras e escuras é


chamado de figura de interferência.
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O Experimento de Young
Localização das franjas

Na figura temos uma onda plana de luz monocromática


que incide em duas fendas S1 e S2 no anteparo B.
y

Ao atravessar as fendas, a luz é difratada, produzindo


uma figura de interferência na tela C.

As ondas estão em fase ao chegarem as duas fendas. ΔL

Depois de passar pelas fendas, as ondas percorrem D


D
distâncias diferentes para chegar ao ponto P.
B C

Essa diferença de caminho percorrida pode mudar a


diferença de fase.
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O Experimento de Young
Localização das franjas

A mudança da diferença de fase ocorre devido a diferença


ΔL entre as distâncias percorridas pelas duas ondas.

Quando ΔL = 0 ou um número inteiro de comprimentos de


onda, as ondas chegam ao ponto P exatamente em fase e a
interferência neste ponto é totalmente construtiva (franja
clara).

Quando ΔL é um múltiplo ímpar de metade de


comprimento de onda, as ondas chegam ao ponto P com
uma diferença de fase de exatamente meio comprimento
de onda e a interferência é totalmente destrutiva (franja
escura). Ótica
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O Experimento de Young
Localização das franjas

A diferença de caminho percorrido pelos raios emitidos pelas fontes S1 e S2 que chegam ao
ponto P é:

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O Experimento de Young
ASSISTAM:

Localização das franjas


https://www.youtube.co
m/watch?v=m5X0d3VBR
xU&t=7s

Para obtenção das franjas

• Franja clara: ΔL deve ser igual a zero ou um número inteiro de comprimentos de onda:

ΔL = d sen θ = (nº inteiro) λ


Máximos – franjas claras
d sen θ = mλ, m = 0, 1, 2...

• Franja escura: ΔL deve ser um múltiplo ímpar de metade do comprimento de onda:

ΔL = d sen θ = (nº ímpar)(1/2) λ


Mínimos – franjas escuras
d sen θ = (m +1/2 ) λ, m = 0, 1, 2...

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O Experimento de Young y

Localização das franjas


Vamos analisar...
ΔL
Para franjas claras: D
• m = 0: franja clara em θ = 0, máximo central em ΔL = 0. D
C
B
• m = 1: franjas claras em valores de acima e abaixo do eixo central.
ΔL = λ
Franjas claras de 1ª ordem ou máximos laterais de 1ª ordem
ΔL = (nº inteiro) λ
• m = 2: franjas claras em valores de acima e abaixo do eixo central
ΔL = 2λ
Franjas claras de 2ª ordem ou máximos laterais de 2ª ordem

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O Experimento de Young
Localização das franjas
Vamos analisar...

Para franjas escuras:


• m = 0: franja escuras em valores de acima e abaixo do eixo central.
ΔL = 0,5 λ
Franjas escuras de 1ª ordem ou mínimos de 1ª ordem.

• m = 1: franjas escuras em valores de acima e abaixo do eixo central.


ΔL = 1,5 λ
Franjas escuras de 2ª ordem ou mínimos de 2ª ordem.

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O Experimento de Young
Localização das franjas

Máximo 3ª ordem (m=3)


Mínimo de 3ª ordem (m=2)
Máximo 2ª ordem (m=2)
Mínimo de 2ª ordem (m=1)
Máximo 1ª ordem (m=1)
Mínimo de 1ª ordem (m=0)
Máximo central (m=0)
Mínimo de 1ª ordem (m=0)
Máximo 1ª ordem (m=1)
Mínimo de 2ª ordem (m=1)
Máximo 2ª ordem (m=2)
Mínimo de 3ª ordem (m=2)
Máximo 3ª ordem (m=3)

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O Experimento de Young
Localização das franjas

D
D D

D
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Localização das franjas

D D

Ótica
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O Experimento de Young
Localização das franjas

Teorema: Se uma onda plana de comprimento de onda λ incide sobre um orifício de


largura a teremos a partir do orifício uma onda esférica, isto é, um pequeno orifício
emite onda como uma fonte pontual.

𝑎a
a𝑎

𝜆 𝜆
λ λ
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Exemplo

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Resposta

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Coerência

Para que uma figura de interferência apareça em uma tela, é


preciso que a diferença de fase entre as ondas que chegam a
um ponto qualquer P da tela não varie com o tempo.

Se a diferença de fase permanecer constante em todos os


pontos do espaço, dizemos que os raios que saem das fendas,
são totalmente coerentes.

Se as fendas em um experimento de dupla fenda forem


iluminadas com luz solar, por exemplo, os raios presentes da
saída das duas fendas serão incoerentes.

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Fasores

Um fasor é um vetor que tem módulo igual à amplitude da onda e que gira em torno da
origem; a velocidade angular = frequência angular ω da onda.

y1(x,t)= ym1sen(kx - ωt)

Amplitude ym1: módulo do fasor

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Fasores
Um movimento harmônico giratório pode ser descrito por uma senóide de um máximo ym1
até um mínimo -ym1
Frequência angular 

Projeção no eixo vertical

y1(x,t)= ym1sen(kx - ωt)

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Fasores
Quando duas ondas viajam na mesma corda no mesmo sentido, podemos representá-las,
assim como a resultante, em um diagrama de fasores.

Seja uma segunda onda defasada da 1ª por : y2(x,t)= ym1sen(kx – ωt+)

 positivo: onda 2 está atrasada em relação a onda 1


 negativo: onda 2 está adiantada em relação a onda 1

Onda resultante: y‘(x,t)= y’m1sen(kx – ωt + β)


Fasores
Combinando fasores

+
y1(x,t)= ym1sen(kx - ωt) y2(x,t)= ym1sen(kx – ωt+)

=
y‘(x,t)= y’msen(kx – ωt + β)
Intensidade das Franjas de Interferência

Vamos obter uma expressão para a intensidade I das


franjas em função do ângulo ϴ.

Para isso vamos supor que as ondas estão em fase ao


deixarem as fendas, mas que não estarão mais em fase
ao chegarem ao ponto P.

As componentes do campo elétrico a duas ondas que


chegam ao ponto P serão:
Se a diferença de fase Φ for constante
no tempo (ondas coerentes), a
interferência dependerá apenas da
diferença de caminho d senϴ.

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Intensidade das Franjas de Interferência

ω: frequência angular das ondas


ɸ: constante de fase da onda 2
E0: amplitude das ondas

Estas duas ondas se combinam no ponto P para produzir uma iluminação de intensidade:

Io é a intensidade da luz emitida por uma das fontes no ponto P e:

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Intensidade das Franjas de Interferência

Demonstração da equação da intensidade

No caso do experimento de Young temos:

Assim, os campos elétricos só diferem na fase.


Lembrando que no ponto P:

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Intensidade das Franjas de Interferência

Demonstração da equação da intensidade


Campo elétrico, representação senoidal e fasores

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Intensidade das Franjas de Interferência

Demonstração da equação da intensidade


Campo elétrico, representação senoidal e fasores
A soma vetorial é a amplitude E
da onda resultante no ponto P
com constante de fase β.

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Intensidade das Franjas de Interferência

Demonstração da equação da intensidade

Ótica
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Intensidade das Franjas de Interferência

Demonstração da equação da intensidade

Observando a equação:

Os máximos ocorrem quando


cos(ɸ/2) = ±1

Os mínimos ocorrem quando


cos(ɸ/2) = 0

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Intensidade das Franjas de Interferência

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Mudanças de fase causadas por reflexão: analogia com o caso das ondas
em cordas.

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Iridescência

A cor muda de acordo com o ângulo de visão e a iluminação.


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Interferência em filmes finos

Por definição, um filme fino é um meio translúcido de índice de refração nf, cuja
espessura L é comparável ao comprimento de onda λ da luz que incide sobre ele.

Considere um filme fino transparente de espessura


uniforme L e índice de refração n2, iluminado por
raios de luz de comprimento de onda λ emitidos por
uma fonte distante.

n2 >
n3
n2 >
n1 Ótica
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Interferência em filmes finos

Os dois raios têm origem no mesmo raio incidente e percorrem caminhos


diferentes.

Se ϴ ≈ 0 diferença de caminho entre r1 e r2 é ≈ 2L.

A diferença de fase entre duas ondas pode mudar se uma


uma das ondas for refletida (ou ambas forem refletidas.)

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Interferência em filmes finos

Sobre um filme fino imerso em um meio de índice de refração n incide luz de


comprimento de onda λ.

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Se L < 0,1λ, a diferença de
caminho entre r1 e r2, é
desprezível e os raios
chegam em oposição de fase.

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Interferômetro de Michelson
Interferômetro é um dispositivo que pode ser usado para medir comprimentos ou
variações de comprimentos com grande precisão, através de franjas de
interferência.

S: fonte
M: divisor de feixe
M1: espelho
M2: espelho móvel

Diferença de trajeto: 2d2 - 2d1

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Interferômetro de Michelson
A modificação na figura de interferência pode ser alterada inserindo um bloco de
espessura L e índice de refração n na frente de M1.
Nº de comp. de onda
percorrido dentro do bloco
(meio).

Antes do bloco ser inserido:

Quando o bloco é introduzido, a luz que volta ao espelho M1 sofre uma de fase
adicional.
Mudança de fase de λ
franja se desloca.

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Exercício 5 e 17 da lista de interferência

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