10.3-Fichamento Antunes
10.3-Fichamento Antunes
10.3-Fichamento Antunes
“Por ser um sistema que não tem limites para a sua expansão (ao contrário dos
modos de organização societal anteriores, que buscavam em alguma medida o
atendimento das necessidades sociais), o sistema de metabolismo social do
capital configurou-se como um sistema, em última instância, ontologicamente
incontrolável” (p.25)
“Dos serviços públicos cada vez mais privatizados, até o turismo, onde o
“tempo livre” é instigado a ser gasto no consumo dos shoppings, são enormes
as evidências do domínio do capital na vida fora do trabalho. Um exemplo
ainda mais forte é dado pela necessidade crescente de qualificar-se melhor e
preparar-se mais para conseguir trabalho. Parte importante do “tempo livre” dos
trabalhadores está crescentemente voltada para adquirir “empregabilidade”,
palavra que o capital usa para transferir aos trabalhadores as necessidades
de sua qualificação, que anteriormente eram em grande parte realizadas pelo
capital (ver Bernardo, 1996).” (p.126)
“só poderei falar razoavelmente em ser social quando entendermos que sua
gênese, seu elevar-se em relação à sua própria base e a aquisição de
autonomia, se baseia no trabalho, na realização contínua de posições
teleológicas” (idem: 9). (p.137)
“O que possibilita a Lukács afirmar que o desenvolvimento do trabalho, a busca
das alternativas presentes na práxis humana, encontra-se fortemente apoiado
sobre decisões entre alternativas.” (p.138)
“Dizer que uma vida cheia de sentido encontra na esfera do trabalho seu
primeiro momento de realização é totalmente diferente de dizer que uma vida
cheia de sentido se resume exclusivamente ao trabalho, o que seria um
completo absurdo.” (p.143)