12 Substantivos
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Substantivos
Os substantivos são uma classe de palavras responsáveis por nomear seres, objetos, ações, senti-
mentos, lugares, ideias, etc. São flexionados em gênero, número e grau e classificados por tipos, por
exemplo: substantivo comum, coletivo e próprio.
Sendo assim, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma variável que existe para dar
nome:
Os substantivos podem ser precedidos por numerais (uma menina), pronomes (a menina), ou adjetivos
(linda menina).
Tipos de substantivos:
De acordo com a norma culta, os substantivos são classificados em nove tipos diferentes: comum,
próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e primitivo.
1. Substantivo comum
O substantivo comum refere-se a qualquer ser ou objeto de uma determinada espécie sem particula-
rizá-lo.
Exemplos:
mulher;
gato;
cachorro;
caneta;
jornal;
cidade.
2. Substantivo próprio
O substantivo próprio particulariza e destaca algum ser em particular dentro de determinada espécie.
Geralmente, é escrito com letra maiúscula.
Exemplos:
Maria;
Japão;
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Ceará;
Atlético.
3. Substantivo coletivo
O substantivo coletivo existe para designar um conjunto ou pluralidade de seres da mesma espécie.
Exemplos:
flora;
multidão;
cardume;
floresta;
manada.
4. Substantivo abstrato
O substantivo abstrato nomeia ações, qualidades, sentimentos e estados que dependem de outro ser
concreto para existir.
Exemplos:
beleza;
ensino;
bravura;
pobreza;
alegria.
5. Substantivo concreto
O substantivo concreto serve para nomear seres que possuem existência própria e independente.
Exemplos:
lápis;
mulher;
cachorro;
gato.
6. Substantivo composto
O substantivo composto é formado por mais de um elemento, por meio da “composição de palavras”.
Exemplos:
couve-flor;
louva-a-deus;
guarda-roupa.
7. Substantivo simples
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SUBSTANTIVOS
Exemplos:
terra;
sapato;
água;
amor;
cheiro.
8. Substantivo derivado
Exemplos:
livraria;
noitada;
aguaceiro;
pedregulho.
9. Substantivo primitivo
Ao contrário do derivado, o substantivo primitivo é único e não deriva de outras palavras, mas pode
originar diferentes termos.
Exemplos:
livro;
noite;
água;
pedra.
Como você pode perceber, é possível que um mesmo substantivo possua várias classificações dife-
rentes.
Flexão do substantivo
O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau
(diminutivo e aumentativo).
Muitas dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na nossa rotina. A pala-
vra “gato”, por exemplo (que é singular e masculina), tem várias versões para indicar:
Plural: gatos.
Feminino: gata.
Aumentativo: gatarrão.
Diminutivo: gatinho.
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SUBSTANTIVOS
Por se tratar de palavras com muitas variações, é indicado que você aprenda algumas dicas que o
ajudarão a flexionar substantivos. Afinal, é quase impossível esperar que alguém decore todos eles e
as suas múltiplas possibilidades de flexão, mas há uma série de regras e truques que podem ser apli-
cados para descobrir exatamente como deve ser feita a aplicação de um substantivo.
Flexão de gênero
Uma confusão muito comum para quem está aprendendo sobre substantivos ocorre geralmente com
os conceitos de “sexo” e “gênero”. Nunca pense que os dois são a mesma coisa!
Os gêneros dizem respeito a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles dotados de sexo
ou não. Por exemplo: o gato, a gata, a mesa, a mulher, o telefone e o caderno.
“o”;
“os”;
“um”;
“uns”.
“a”;
“as”;
“uma”;
“umas”.
Até mesmo alguns substantivos referentes a animais ou pessoas apresentam uma discrepância entre
gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma palavra masculina, ainda que o termo esteja
se referindo a uma pessoa do sexo feminino.
O principal instrumento que temos para classificar um substantivo quanto ao gênero é o artigo. É ele
que diferencia quando um substantivo como “estudante” é feminino ou masculino, visto que a palavra
em si não deixa isso explícito.
Temos, na língua portuguesa, dois gêneros e substantivos uniformes e biformes. Chamamos de uni-
formes aqueles que têm uma forma única para ambos os gêneros, como é o caso dos comuns-de-dois,
como “estudante”. Neles, o gênero precisa ser diferenciado pelo artigo, caso contrário, será desconhe-
cido.
a capitalista, o capitalista;
o cliente, a cliente;
o agente, a agente;
o colega, a colega;
a dentista, o dentista;
a doente, o doente;
o fã, a fã;
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o gerente, a gerente;
a imigrante, o imigrante; e
a jornalista, o jornalista.
Não é complicado entender ou flexionar estes quanto ao gênero, bastando aplicar o artigo adequado.
Entretanto, é nos substantivos biformes que temos o máximo de variação. E, por isso, é para eles que
devemos estar mais atentos.
São substantivos biformes a maioria daqueles que terminam em “o” e “a”, “ão” ou “ã”, “or”, “ês”, “l” e
“z”. Ainda temos aqueles cuja última sílaba é “esa”, “essa” e “isa” e formações que não se encaixam
em absolutamente nenhum desses grupos.
É que dentro dos substantivos biformes temos palavras de formação irregular, como “ateu”, “ator”,
“avô”, “embaixador”, “europeu”, “guri”, “judeu”, “mandarim”, “rei”, “galo”, “sultão” e “pigmeu”, por exem-
plo. Cada um desses tem uma forma particular de se transformar em substantivo feminino, respectiva-
mente “atéia”, “atriz”, “avó”, “embaixatriz”, “europeia”, “guria”, “judia”, “mandarina”, “rainha”, “galinha”,
“sultana” e “pigmeia”.
Em casos como esses, apenas conhecendo ambas as palavras você conseguirão flexionar seu gênero.
Uma boa forma de sanar dúvidas ao aplicar termos como estes nas suas redações é consultando um
dicionário. Ali sempre estarão contidas tanto feminino quanto masculino de uma palavra.
Consultar um dicionário pode ser especialmente útil no caso dos substantivos biformes que têm pala-
vras diferentes para masculino e feminino. Essa categoria de palavras é um grande desafio para quem
está aprendendo português pela primeira vez. E a única forma que temos de familiarizar-nos com elas
é conhecendo-as.
Ler bastante vai ajudar. Entretanto, preparamos uma lista dos principais substantivos biformes que são
exclusivos para cada gênero abaixo:
genro, nora;
pai, mãe;
homem, mulher;
zangão, abelha;
bode, cabra;
boi, vaca;
cavalo, égua;
cavalheiro, dama;
cavaleiro, amazona; e
carneiro, ovelha.
Por último, dentro dos substantivos biformes temos aqueles que significam coisas diferentes quando
aplicados em um gênero diferente. Isso é algo importante de se saber por que pode mudar drastica-
mente o sentido das suas frases. Veja, por exemplo:
São Paulo não é a capital do país, mas sim sua maior cidade (localização);
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Flexão de número
Provavelmente a mais fácil de se fazer, a flexão substantiva de número diz respeito a colocá-los no
singular ou no plural. De maneira geral, na língua portuguesa, o plural é demonstrado com a inclusão
da letra “s” no fim das palavras, mas, como é típico do nosso idioma há exceções para essa regra.
Se o plural de “colega” é “colegas” e o plural de “menina” é “meninas”, a mesma regra não pode ser
dita para aquelas palavras que terminam com as letras “al”, “el”, “ol” e “ul”. Nessas devemos trocar a
letra “l” por “is”. Na prática:
papel – papéis;
jornal – jornais;
barril – barris;
anzol – anzóis;
anel – anéis; e
azul – azuis;
Todavia, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com qualquer letra do idi-
oma temos exceções também naquelas cujas últimas letras são “r” e “z”. Para flexioná-los devemos
adicionar o sufixo “es”:
amor – amores;
dor – dores;
luz – luzes; e
cruz – cruzes;
Se temos paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por isso palavras como “ônibus”
são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x” também não variam, portanto, “o xérox” e “os
xérox” são a maneira certa de se escrever.
Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo “es” para se torna-
rem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que se flexiona como “países”.
Todos os substantivos terminados em “n” formam plural em “es” ou “s”. É o caso de “pólen” e “pólens”.
Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do “ens”, como “armazém” que vira “armazéns”.
Por último, tudo que termina em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende da palavra que estamos
flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira “pães” e “cidadão” transforma-se em “cidadãos”.
Se o plural dos substantivos simples parece complicado, o dos compostos pode fazê-lo se sentir um
pouco mais perdido. Por isso reforce os conhecimentos acima antes de começar a estudá-los.
Flexão de grau
A flexão de grau é aquela que identifica a grandeza de um determinado substantivo. Ou seja, o seu
aumentativo. Ela existe para que não precisemos fazer construções como “ele era um gato grande” o
tempo todo. E para que possamos, em seu lugar, optar pelo simples “ele era um gatão”.
Embora comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, como em nosso exemplo anterior, também
podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando queremos indicar pequeneza.
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SUBSTANTIVOS
Os dois graus do substantivo são, portanto, aumentativo e diminutivo. Mas ainda que, na flexão, a
nossa tendência seja estudá-los enquanto componentes das palavras eles também podem aparecer
associados a elas. Um “menininho” é a forma sintética de dizer “menino pequeno”, que, por sua vez, é
a forma analítica de expressar a mesma grandeza.
Os substantivos fazem parte da morfologia, que é uma área responsável pelo estudo da formação,
estruturação, flexão e classificação de todas as palavras da língua portuguesa.
Um diferencial dessa área é que ela realiza um estudo detalhado de palavras e termos isolados, e não
agrupados em frases, orações ou períodos. É justamente a análise morfológica que cataloga todas as
palavras que conhecemos naquelas dez classes gramaticais que você viu na introdução.
Você já sabe que a nossa língua possui uma quantidade muito grande de substantivos que podem
assumir funções diferentes, dependendo do contexto em que se encontram.
A função sintática de cada substantivo representa o papel que aquela palavra desempenha dentro de
uma oração, levando em consideração todas as outras palavras que o acompanham naquele contexto
(diferente da morfologia, que estuda o substantivo sozinho).
Sendo assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções sintáticas:
Substantivos podem ter sentidos amplos e complicados à primeira vista, mas todo bom leitor e escritor
precisa dominá-los e conhecer a morfologia das palavras para saber explorar as possibilidades que
tem em um texto.
Com o tempo, você verá que não se trata de memorizar tantas especificações, mas compreendê-las e
saber como aplicá-las.
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