Caderno de Revisão L. Portuguesa - COSEAC

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CADERNO DA

MENTORIA

AGENDA DE AULAS

Revisão 1 - Interpretação x Compreensão (Aulas 1 e 2 - teoria)


Revisão 2 - Tipologia e Gênero Textuais (Aulas 3 e 4 – teoria)
Revisão 3 - Morfologia (Aulas de 5 a 12 – teoria)
Revisão 4 - Formação de Palavras (Aulas 14 e 15 – teoria)
Revisão 5 - Ortografia e Acentuação (Aulas de 16 a 19 – teoria)
Revisão 6 - Concordância e Colocação Pronomial (Aulas 21, 22 e 37 – teoria)
Revisão 7 - Regência e Crase (Aulas 23, 24 e 25 – teoria)
Revisão 8 - Pontuação (Aula 20 – teoria)
Revisão 9 - Período Composto (Aulas de 30 a 35 – teoria)

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Renata de Souza Vieira Nunes - [email protected] - CPF: 087.414.837-58


Disciplina: Português
Professora: Nívia Xavier.

REVISÃO 1 – INTERPRETAÇÃO X COMPREENSÃO TEXTUAL

Texto 1

CÔNSUL!
Domício da Gama

No café de Londres, às onze horas da noite. Chove desabridamente. Entre a zoada dos aguaceiros, que lavam a rua,
ouvem-se raros passos apressados de transeuntes invisíveis na sombra. A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de
tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por baixo do jorro de uma goteira que transborda. Corre um
sopro glacial de tédio e desconforto pelo café profusamente iluminado, em que já pouca gente resta. O silêncio só é
quebrado pelo ruído dos talheres e da conversa de três rapazes cavaqueando numa ceia econômica ao fundo. O homem do
contador cochila. Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a
passagem de uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.
GAMA, Domício. Apud SANDANELLO, F. B. Domício da Gama e o impressionismo literário no Brasil. São Luís, MA: EDUFMA, 2017. p. 169.

1) “A espaços um ronco rápido e surdo, como um rufo de tambor molhado, assinala a passagem de um guarda-chuva por
baixo do jorro de uma goteira que transborda.” (linhas 4-7). A expressão sublinhada é classificada como:
A) hipérbole.
B) personificação.
C) metonímia.
D) comparação.
E) metáfora.

2) “Sentado a uma mesinha, em frente ao prato vazio, em que um osso descarnado de galinha comemora a passagem de
uma canja, está um homem que cisma sobre um jornal.” (linhas 12-15). Pode substituir a expressão sublinhada, sem
alteração do sentido:
A) festeja uma canja deliciosa.
B) indica uma canja já terminada.
C) denuncia uma canja rala.
D) revela uma canja apenas desejada.
E) comprova uma canja bem-feita.

3) No trecho “... pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa
brasileira” (linhas 29-31), a forma verbal “suscitou” pode ser substituída, sem alterar o sentido, por:
A) avivou.
B) encerrou.
C) aumentou.
D) reduziu.
E) provocou.

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Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/atracao/nosso-oscarniemeyer/

4) De acordo com o imaginário popular materializado na imagem, a charge que homenageia Niemeyer tem como tema:
A) seu profissionalismo, por causa do diploma enrolado em suas mãos.
B) seu ateísmo, por causa do homem cabeludo e barbudo que representa Deus.
C) sua falsa modéstia, por causa de sua ideia de fazer projetos superiores aos de Deus.
D) seu falecimento, por causa de seu diálogo com São Pedro, o “porteiro do céu”.
E) sua preocupação com a estética das cidades, por causa da imagem da Terra.

Texto 2

NIEMEYER
Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho, mais conhecido como Oscar Niemeyer, nasceu em 15 de
dezembro de 1907 no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, e durante anos morou na casa de seu avô, Ribeiro de
Almeida, em Maricá. Casou-se em 1928 com Annita Baldo. Dessa relação teve Anna Maria, sua única filha.
Aos 23 anos foi estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Estagiou no escritório de Lúcio Costa, onde participou do
projeto do Ministério da Educação. Niemeyer ganhou o mundo com projetos ousados e revolucionários. Itália, França, Argélia
e até a ONU conheceram os traços desse ousado brasileiro. É autor de vários projetos importantes no Brasil como Brasília, o
conjunto da Pampulha e o Sambódromo do Rio.
“Minha família vinha de Maricá. Meu avô Ribeiro de Almeida nasceu lá. Já meu avô Niemeyer não o conheci. Sempre
morei com esse avô Ribeiro de Almeida. Ele foi juiz de direito em Maricá e depois foi para o Rio. Ele chegou a ministro do
Supremo, e a casa era muito frequentada. Ele era um sujeito correto. De modo que, em tempos de esculhambação, a
lembrança dele é muito boa.”

CASA DE MARICÁ

A Casa de Maricá foi um presente de Horácio de Carvalho, jornalista e dono do Diário Popular. Amigos desde a
juventude, frequentavam o café Lamas, o bilhar, os cabarés da cidade e as noites do Rio de Janeiro. (...) Certo dia, Horácio
ligou para Niemeyer e disse: “A casa é sua. Só você pode consertá-la...”. (...)
“É uma bela casa. A varanda larga a completar as salas, convidando-nos a nela ficar com frequência. Dentro, são oito
quartos, separados pelas salas, amplas, sem a disciplina e a lógica funcional que os projetos de hoje apresentam (uma das
características das casas coloniais). E o telhado a descer com seu galeio natural, adaptando-se à capela que surge no conjunto
dominadora, como uma verdadeira igreja.”
Texto editado. Disponível em: https://leisecamarica.com.br/maricaense-oscar-niemeyer-e-suahistoria-com-a-cidade/

5) No texto biográfico sobre Niemeyer, a polifonia, isto é, a presença de várias vozes no texto, está evidente:
A) na alternância de emprego do tempo passado e do presente em “Estagiou no escritório de Lúcio Costa...” (linha 9) e “É
autor de vários projetos importantes...” (linhas 13-14)
B) no emprego da terceira pessoa em “Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho, (...) nasceu em 15 de dezembro
de 1907...” (linhas 1-3)
C) na menção a outros personagens em “Meu avô Ribeiro de Almeida...” (linhas 16-17), “...Horácio de Carvalho, jornalista e
dono do Diário Popular.” (linhas 24-25)
D) na enumeração em “...frequentavam o café Lamas, o bilhar, os cabarés da cidade e as noites do Rio de Janeiro.” (linhas 26-
28)
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E) no discurso direto em “...Horácio ligou para Niemeyer e disse: ‘A casa é sua’”. (linhas 28-29)

6) De que acordo com as informações presentes no texto 2, pode-se afirmar que Niemeyer:
A) nasceu em Laranjeiras e foi, bem cedo, viver na Casa de Maricá.
B) era neto de Ribeiro de Almeida, o qual não conheceu.
C) foi presenteado com a Casa de Maricá por um amigo de juventude.
D) viveu na Casa de Maricá construída na antiga fazenda de seu avô.
E) casou-se com Annita Baldo, com quem viveu em Maricá.

Texto 3

APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de
casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela
janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei
muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando
tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar
alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com
um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do
resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse
pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Aprenda a chamar a polícia.
Disponível em: https://portuguesemdestaque.blogspot.com/p/cronicas.html. Acesso em jan. 2019.

7) No texto de Veríssimo, o humor é consequência, sobretudo, da


A) resposta dada, ao final, pelo protagonista ao tenente da polícia.
B) expressão de assombro do assaltante ao ver um helicóptero sobrevoando a casa.
C) estratégia utilizada pelo protagonista para atrair a polícia para a sua residência.
D) “suposta” morte do assaltante e consequente o interesse da “turma dos direitos humanos”.
E) demonstração de medo do protagonista que, mesmo estando em uma casa segura, faz questão de chamar a polícia.

8) Em relação ao sentido dos termos retirados do Texto 3, a palavra


A) “disponível” do último parágrafo poderia ser substituída por “à espreita”.
B) “cara”, no oitavo parágrafo, poderia ser substituída por “rosto”.
C) “ladrão”, no primeiro parágrafo, poderia ser substituída por “menor infrator”.
D) “sorrateiramente”, no primeiro parágrafo, poderia ser substituída por “calmamente”.
E) “silhueta”, no primeiro parágrafo, poderia ser substituída por “corpo esguio”.

Texto 4

Em um artigo, publicado em 23 de março de 1999 na Folha de S. Paulo, Carlos Heitor Cony transcreve um manual de
“Sobrevivência na Selva”, escrito pelo jornalista Leon Eliachar. Eis alguns mandamentos:
1) Não sair de casa;
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2) Não ficar em casa;
3) Se sair, não sair sozinho, nem acompanhado;
4) Se sair sozinho ou acompanhado, não sair a pé nem de carro;
5) Se sair a pé, não andar devagar, nem depressa, nem parar;
6) Se sair de carro, não parar nas esquinas, nem no meio da rua, nem nas calçadas, nem nos sinais. Melhor deixar o carro na
garagem e pegar uma condução;
7) Se pegar uma condução, não pegar ônibus, nem táxi, nem trem, nem carona;
8) Se decidir ficar em casa, não ficar sozinho nem acompanhado;
9) Se ficar sozinho ou acompanhado, não deixar a porta aberta nem fechada;
10) Como não adianta mudar de cidade ou de país, o único jeito é ficar no ar. Mas não num avião.
Segundo o colunista da Folha de S. Paulo Carlos Heitor Cony, Leon não seguiu os conselhos que deu, pois foi
assassinado no banheiro de seu apartamento. O caso dele teria sido passional, já que se apaixonara por uma mulher casada.
De qualquer forma, segundo o colunista, Leon poderia ter acrescentado um mandamento aos dez que inventou: “11) Não
amar a mulher do próximo nem a própria.”.
CONY, Carlos Heitor. Sobrevivência na selva. Folha de São
Paulo, São Paulo, 23 mar. 1999.

9) O título do Texto 3 e os “mandamentos” do Texto 4 têm em comum


A) a brevidade.
B) a comicidade.
C) o tom injuntivo.
D) o tom contraditório.
E) o pleonasmo.

10) A partir da leitura do Texto 4, é possível inferir que


A) não existem aviões seguros.
B) os ônibus são mais seguros que os carros.
C) só é possível viver bem quando se tem humor.
D) não há como a pessoa se livrar da violência, faça o que fizer.
E) só é possível sobreviver na selva se a pessoa estiver acompanhada.

11) No enunciado: “Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte” (§ 4), é possível, sem alteração
de sentido, substituir o nome “produto” pela seguinte metáfora, já cristalizada na língua:
A) fonte.
B) matriz.
C) fator.
D) fruto.
E) mola.

12) Entre os recursos semânticos utilizados no texto para a obtenção de diferentes efeitos de sentidos, destacam-se algumas
figuras de estilo, como a metáfora, sublinhada em
A) “Logo digitei o inevitável, ops errei.”
B) “É o maior puxa-tapete do espaço virtual.”
C) “Prefiro acreditar que é apenas dislexia digital e acidental.”
D) “Expert em enrolation: quem de nós não se tornou um?”

Texto 5

A DISCIPLINA DO AMOR

Lygia Fagundes Telles

Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia
esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao
seu encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já conhecia o
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cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos
mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?
Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que
pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de
cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro, não morreu a esperança. Quiseram
prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os
dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!), as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado
que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros
amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina.
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando? Uma tarde (era inverno), ele lá ficou, o focinho
voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Disponível em: < http://claricemenezes.com.br/2018/02/05/a-disciplina-doamor/>. Acesso em jan. 2019.

13) A palavra “disciplina” presente no título do texto faz referência


A) ao relógio preso à pata do cachorro.
B) à pontualidade dos animais domésticos.
C) à fidelidade de um cachorro a seu dono.
D) ao amor que existe entre o cão e o jovem.
E) à atitude das pessoas de irem todos os dias ao trabalho.

14) A partir da leitura da passagem “Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata (...)” (linhas 22-23), é
possível inferir que
A) o cachorro, assim que anoitecia, voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte quando
o dono retornava.
B) o cachorro tinha um relógio preso ao corpo para esperar o dono sempre no mesmo horário.
C) os animais, apesar de irracionais, são muito espertos e conseguem saber reconhecer as horas.
D) as pessoas da vila conheciam o cachorro e faziam-lhe festinhas sempre no mesmo horário, para que ele soubesse a hora
de esperar pelo dono.
E) o cachorro sempre esperava seu dono no mesmo horário.

15) A passagem “Uma tarde (era inverno), ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.” (linhas 38-39) revela que o
cachorro
A) morreu esperando o dono.
B) pressentia que o dono estava voltando.
C) continuou a esperar pelo dono todos os dias, no mesmo horário.
D) gostava de receber os afagos das pessoas que passavam por ele.
E) não queria perder cada movimento do retorno de seu dono.

REVISÃO 2 – TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL

Texto 1

A DISCIPLINA DO AMOR
Lygia Fagundes Telles

Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia
esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao
seu encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já conhecia o
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cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos
mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?
Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que
pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de
cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro, não morreu a esperança. Quiseram
prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os
dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!), as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado
que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros
amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina.
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando? Uma tarde (era inverno), ele lá ficou, o focinho
voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Disponível em: < http://claricemenezes.com.br/2018/02/05/a-disciplina-doamor/>. Acesso em jan. 2019.

1) Considerando-se a organização do texto, a autora utiliza


A) os tempos do presente, na maior parte, aproximando-se dos fatos, como se tivesse recorrido a uma câmara de zoom, e
aumentando, portanto, a tensão narrativa.
B) um narrador onisciente, em 3ª pessoa, na maior parte do texto, tendo em vista que revela ao leitor uma visão mais
aproximada da narrativa, com detalhes da relação de um cão com o seu dono.
C) um narrador em 1ª pessoa, a que corresponde o papel de personagem e a não onisciência da narrativa, como fica claro na
passagem “Mas eu avisei que o tempo era de guerra” (linha 14).
D) o tipo textual descritivo, predominantemente, com o objetivo de qualificar, nomear e situar os seres do mundo, sob um
ponto de vista estático, como se verifica na passagem “Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra”. (linhas 1- 2).
E) o discurso direto, predominantemente, como é possível verificar na passagem: “As pessoas estranhavam, mas quem esse
cachorro está esperando?” (linhas 37-38)

Texto 2

O VERDE

Estranha é a cabeça das pessoas. Uma vez, em São Paulo, morei em uma rua que era dominada por uma árvore
incrível. Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um
verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos
característicos da cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte,
sem uma folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que
analisasse a árvore, e o técnico concluiu que ela fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na
árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé
da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando,
agressivos e irritados:
- Matei mesmo essa maldita árvore.
- Por quê?
- Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.
BRANDÃO, I. de L. Manifesto verde. São Paulo, Círculo do Livro, 1985. p. 16-17. (Adaptado)

2) O texto “O verde” é predominantemente uma:


A) narração.
B) descrição.
C) explicação.
D) dissertação.
E) argumentação.

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Operários cruzam os braços por melhores condições de trabalho

Centenas de operários que trabalham na obra de ampliação do aeroporto de Vitória paralisaram as atividades nesta
segunda-feira (29). Eles reivindicaram melhores condições de trabalho. Além da troca do restaurante que serve aos
trabalhadores, eles pediram o fim da dupla função, auxílio periculosidade para eletricistas e o pagamento da rescisão de
contrato por uma empresa que saiu do consórcio. Os operários também pediram reajuste salarial. Todas as reivindicações
foram atendidas e a obra não corre risco de novas paralisações.
O estopim para o movimento foi na última semana, quando dezenas de funcionários teriam passado mal com a
comida do restaurante. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado (Sintracost),
Paulo Peres, a principal exigência foi a substituição do fornecedor da alimentação. “Semana passada teve um dia em que 70
operários passaram mal por causa da alimentação e foram hospitalizados. Mas isso não é de hoje, tem seis meses que os
trabalhadores reclamam da qualidade da alimentação”, disse.
Na manhã desta terça-feira (30), os operários realizaram uma assembleia. O consórcio da obra atendeu as
reivindicações, além de conceder um aumento de 6%, de acordo com o sindicato. Nenhum trabalhador quis comentar o
assunto.
O diretor-presidente do consórcio JL, João Luiz Félix, responsável pelas obras no Aeroporto de Vitória, informou que
todas as questões foram resolvidas com a ideia de não haver discussões e, consequentemente, atrasos na ampliação da
estrutura do terminal aéreo. Ele acrescentou que no total são 1.350 pessoas trabalhando no canteiro de obras, entre
operários, engenheiros e funcionários dos setores administrativos.
DIAS, Kaique. Operários cruzam os braços por melhores condições de trabalho. Disponível em: . Acesso em: 20 jan. 2018. (Adaptado).

3) As características do texto aproximam-no, predominantemente, de


(A) uma notícia.
(B) um artigo de opinião.
(C) uma crônica.
(D) uma propaganda.

Recentemente pesquisei diversas situações de trabalho escravo, principalmente em Minas Gerais. Não vi nenhuma
situação de caracterização de trabalho escravo por ausência de CTPS, ou por atos isolados como mencionados pelo autor,
dormir em rede e comer mandioca. Pelo contrário, vi situações em que as más condições de trabalho eram inúmeras e
diversas. O fato de um trabalhador do norte do país não ter água potável em casa, não justifica o fato de que, trazido para o
Sudeste do país sob a falsa promessa de trabalho de forma a sustentar a família que permanece na cidade de origem, seja
submetido às mesmas ou piores condições que estava sujeito em casa. A fiscalização do trabalho é feita por agentes
capacitados, tem o respaldo do Ministério Público do Trabalho, não sendo realizada por qualquer indivíduo que classifica as
condições de trabalho como análoga à escravidão por bel-prazer. Não concordo com a opinião do autor, que carece de
vivência prática.
FERNANDES, Ana Paula, A dicotomia do trabalho escravo. Disponível em: . Acesso em: 24 jan. 2018. (Adaptado).

4) O objetivo principal do texto é:


(A) trazer novas informações sobre determinado assunto.
(B) apresentar uma opinião pessoal acerca de um tema.
(C) fazer um elogio ao Ministério Público do Trabalho.
(D) noticiar um fato ocorrido em uma região específica.

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5) A principal crítica apresentada no texto é a de que
(A) os jornais só publicam notícias antigas.
(B) os idosos não se lembram de suas histórias.
(C) a escravidão ainda persiste nos dias de hoje.
(D) as histórias da escravidão eram divertidas.

44,8% do país não tem esgoto


IBGE indica crescimento do alcance de serviços básicos; ainda assim, quase metade não possui rede de esgoto.
O Brasil ainda está muito longe de ter uma rede de saneamento abrangente e eficiente, mas apresentou uma
melhora nos últimos anos. O Atlas do Saneamento 2011, feito pelo IBGE com dados de 2000 e 2008, mostra que cerca de
44,8% dos municípios não possuem rede coletora de esgoto.
Mesmo assim, houve um crescimento expressivo do número de municípios atendidos pela rede de saneamento. Em
2000, apenas 41,5% dos municípios possuíam coleta de esgoto, valor que subiu para 55%. O estudo mostra também que 99%
dos municípios possuem rede de distribuição de água em 2008, ante 97% de 2000, assim como o manejo de resíduos sólidos
(lixo), que só não ocorre em duas cidades. Em relação ao manejo de águas pluviais, o Brasil deu um grande salto: em 2000,
79% dos municípios eram atendidos pelo sistema. Em 2008, 94%.
O estudo observou que as melhorias na rede coletora de esgoto foram mais intensas próximas aos grandes centros
urbanos. Em São Paulo, houve um aumento no número de áreas de esgotamento sanitário no eixo que passa pela capital,
Campinas e Rio Preto, assim como no Triângulo Mineiro, nos municípios próximos ao Rio de Janeiro (RJ) e pontualmente nas
capitais de estados, como Goiânia (GO), e os eixos Belém (PA)-Marabá (PA)-Imperatriz (MA) e Manaus (AM)- Santarém (PA)
na região Norte.
Um ponto alarmante da pesquisa é o alto risco de contaminação de águas em todo o país. Áreas em que há ameaça
de poluição aos recursos hídricos se espalham por toda costa do país e alguns pontos no interior. O Nordeste contém a maior
concentração de pontos de risco. Em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais muitos
lugares possuem esgoto não tratado em regiões de rios, lagoas e lagos. O mesmo ocorre no litoral do Nordeste. Além disso, o
mapa mostra que alguns pontos de bacias hidrográficas possuem áreas com resíduos industriais perigosos. Próximo ao Rio
Amazonas, há duas regiões nessa situação. A divisa de Alagoas e Sergipe, na foz do Rio São Francisco, é outro local com risco
de contaminação. Ao todo, são dez pontos sob essa condição.
CARTA CAPITAL. 44,8% do país não tem esgoto. Disponível em: . Acesso em: 19 jan. 2018. (Adaptado).

6) O texto discorre sobre saneamento no Brasil. O argumento principal apresentado é o de que o alcance aos serviços básicos
melhorou
(A) em todas as regiões do país.
(B) em grandes capitais.
(C) em toda costa do país.
(D) em alguns pontos no interior.
7) Para sustentar a tese, os argumentos do texto se apoiam em
(A) observações pessoais.
(B) dados estatísticos.

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(C) opiniões de especialistas.
(D) fatos do cotidiano.

8) Quanto à intencionalidade, depreende-se que o objetivo principal do texto é:


(A) informar.
(B) divertir.
(C) impressionar.
(D) criticar.

Crônica de gente pouco importante: Manaus, século XIX

Sei que vocês nunca ouviram falar de Apolinária. Nem poderiam. Ela faz parte de um conjunto de pessoas que jamais
usufruíram de notoriedade.
Era junho de 1855 quando Apolinária, 24 anos, cabinda, africana livre, afinal desembarcou no porto de Manaus. No
início do século XIX, quando o tráfico de escravos se tornou ilegal como parte de um conjunto de acordos internacionais, os
africanos livres eram os indivíduos que compunham a carga dos navios apreendidos no tráfico ilícito. Pela lei de 1831, se a
apreensão ocorresse em águas brasileiras, eles ficavam sob tutela estatal e deviam prestar serviços ao Estado ou a
particulares por 14 anos até sua emancipação. Com isso, os africanos livres chegaram aos quatro cantos do Império, inclusive
ao Amazonas.
Apolinária foi designada para trabalhar na recém-instalada Olaria Provincial. Suas crianças foram junto. Ali já estavam
outros africanos livres que, além da fabricação de telhas, potes e tijolos, também eram responsáveis pela supervisão do
trabalho dos índios que vinham das aldeias para servir nas obras públicas. Eram cerca de 20 pessoas que viviam no mesmo
lugar em que trabalhavam e assim foi até 1858, quando a olaria foi fechada para se transformar em uma nova escola: os
Educandos Artífices.
A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos. Diferente dos
outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar ali com os filhos, o marido Gualberto, o
cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não era grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo
garantia alimento extra à mesa para todos. A tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal
informado pela boataria maledicente, a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses
depois, Apolinária já estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto.
Sou incapaz de dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu com Apolinária porque ela desapareceu da
documentação, mas os fragmentos de sua vida que pude recuperar são poderosos para iluminar cenas da vida desta cidade
que estavam nas sombras. A presença negra no Amazonas é tratada de modo marginal na historiografia local e só muito
recentemente vemos mudanças neste cenário. Há ainda muitas zonas de silêncio. A história de Apolinária nos ajuda a colocar
problemas novos, entre eles, o fato de que a trajetória dessas pessoas que cruzaram o Atlântico e, depois, o Império permite
acessar um mundo bem pouco visível na história do Brasil: a diversidade de experiências que uniram índios, escravos, libertos
e africanos livres no mundo do trabalho no século XIX.
Falar dessa gente pouco importante é buscar dialogar com personagens reais e concretos. Suas vidas comuns foram,

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de fato, extraordinárias, cada uma a seu modo. Seres humanos verdadeiros, que fazem a História acontecer todos os dias.
(Adaptado de: Patrícia Sampaio. Disponível em: http://amazoniareal.com.br. 06.08.2014)

9) O texto tem caráter


(A) literário, o que se justifica pelo discurso ficcional, e representa de modo estereotipado e cômico alguns personagens à
margem dos registros históricos oficiais.
(B) documental, embora não exclua certa subjetividade, e chama a atenção para a importância de pessoas comuns na
construção da identidade amazonense.
(C) confessional, visto que tem como ponto de partida a experiência de vida da autora, e destaca a trajetória de homens
comuns que ganharam notabilidade com o tempo.
(D) jornalístico, haja vista ater-se a fatos da esfera pública, e objetiva informar os leitores sobre como Manaus se construiu a
partir do trabalho escravo.
(E) didático, por divulgar informações de maneira categórica e impessoal, e assume um tom apelativo ao apresentar figuras
públicas de prestígio como pessoas do povo.

Ressentimento e Covardia

Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma
legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A
maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune
injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação
indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos
usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e
escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e que não podem ser
desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto
qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a
verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de expressão, que é mais
expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade.
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)

10) O próprio autor classifica o seu texto no gênero textual denominado “crônica”; a característica desse gênero presente no
texto é:
a) uma narrativa de fatos curiosos;
b) uma descrição de cenas interessantes;
c) um comentário de fatos do momento;
d) uma discussão sobre temas polêmicos;
e) uma apreciação crítica de um fato passado.

Um estudo realizado pela Nottingham Trent University, do Reino Unido, mostra que jogadores que passam muito
tempo à frente do computador ou videogame podem sofrer alucinações. E, de acordo com os pesquisadores, a experiência
pode ser ainda pior com dispositivos de realidade virtual. Durante o estudo, os cientistas entrevistaram 2 mil jogadores e
perceberam que 97% relataram ter alucinações relacionadas ao excesso de tempo gasto jogando. Mais da metade deles
afirmou experimentar sensações de movimento e 44% relataram reações involuntárias do corpo associadas aos jogos. As
reações recebem o nome de fenômenos de transferência de jogo, GTP em inglês.
(Adaptado de: GAME em realidade virtual pode aumentar alucinações, diz estudo. Gazeta do Povo. Saúde & Bemestar. Curitiba. 30 abr. 1 maio 2016. p.11.)

11) Sobre as características do texto, assinale a alternativa correta.


a) É um texto argumentativo, escrito para convencer o outro.
b) É um texto informal, escrito com linguagem metafórica.
c) É um texto informativo, escrito para manter o público-leitor informado.
d) É um texto literário, escrito com linguagem conotativa.
e) É um texto narrativo, escrito com passagens de discurso direto.

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Terrorismo lógico
Antônio Prata

Said e Chérif Kouachi eram descendentes de imigrantes. Said e Chérif Kouachi são suspeitos do ataque ao jornal
"Charlie Hebdo", na França. Se não houvesse imigrantes na França, não teria havido ataque ao "Charlie Hebdo".
Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos de argelinos. Zinedine Zidane é filho
de argelinos. Zinedine Zidane é terrorista.
Zinedine Zidane é filho de argelinos. Said e Chérif Kouachi, suspeitos do ataque ao jornal "Charlie Hebdo", eram filhos
de argelinos. Said e Chérif Kouachi sabiam jogar futebol.
Muçulmanos são uma minoria na França. Membros de uma minoria são suspeitos do ataque terrorista. Olha aí no
que dá defender minoria...
A esquerda francesa defende minorias. Membros de uma minoria são suspeitos pelo ataque terrorista. A esquerda
francesa é culpada pelo ataque terrorista.
A extrema direita francesa demoniza os imigrantes. O ataque terrorista fortalece a extrema direita francesa. A
extrema direita francesa está por trás do ataque terrorista.
Marine Le Pen é a líder da extrema direita francesa. "Le Pen" é "O Caneta", se tomarmos o artigo em francês e o
substantivo em inglês. Eis aí uma demonstração de apoio da extrema direita francesa à liberdade de expressão – e aos erros
de concordância nominal.
(Este último parágrafo não fez muito sentido. Os filmes do David Lynch não fazem muito sentido. Este último
parágrafo é um filme do David Lynch.)
O "Charlie Hebdo" zoava Maomé. Eu zoo negão, zoo as bichinhas, zoo gorda, zoo geral! "Je suis Charlie!".
Humoristas brasileiros fazem piada racista, e as pessoas os criticam. "Charlie Hebdo" fez piada com religião, e
terroristas o atacam. Criticar piada racista é terrorismo.
Numa democracia, é desejável que as pessoas sejam livres para se expressar. Algumas dessas expressões podem
ofender indivíduos ou grupos. Numa democracia, é desejável que indivíduos ou grupos sejam ofendidos.
O "Charlie Hebdo" foi atacado por terroristas. A editora Abril foi pichada por meia dúzia de jacus. A editora Abril é
Charlie.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. "Black blocs" usam gorros pretos. "Black
blocs" são terroristas.
"Black blocs" não são terroristas. A polícia os trata como terroristas. Os "black blocs" têm o direito de tocar o terror.
Os terroristas que atacaram o jornal "Charlie Hebdo" usavam gorros pretos. Drones não usam gorros pretos. Ataques
com drones não são terrorismo.
Ataques com drones matam inocentes mundo afora. O "Ocidente" usa drones. É justificável o terror contra o
"Ocidente".
O ataque terrorista contra o "Charlie Hebdo" foi no dia 7/1. A derrota brasileira para a
Alemanha foi por 7 x 1. O 7 e o 1 devem ser imediatamente presos e submetidos a "técnicas
reforçadas de interrogatório", tais como simulação de afogamento, privação de sono e alimentação via retal. Por via das
dúvidas, o 6 e o 8 e o 0 e o 2 também.
Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate.

12) Do ponto de vista do gênero, o texto é:


(A) um conto.
(B) um texto de lógica filosófica.
(C) uma crônica.
(D) uma notícia.

REVISÃO 3 – MORFOLOGIA

1) No trecho “... acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa”, a forma verbal destacada
encontra-se no mesmo tempo verbal que a seguinte também sublinhada:
A) “Uma tarde (era inverno), ele lá ficou...”
B) “A vila inteira já conhecia o cachorro...”
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C) “Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?”
D) “Os familiares voltaram-se para outros familiares.”
E) “(...) como se tivesse um relógio preso à pata (...)”

2) A breve biografia de Padre Anchieta apresenta como recurso de impessoalização bastante produtivo:
A) o sujeito oculto: “...pouco tempo depois foi roubada...” (linhas 19-20)
B) a substituição por pronome: “Ele também realizou uma catequização.” (linhas 8-9)
C) o emprego de oração reduzida: “...canonizado pelo Papa Francisco no Vaticano...” (linha 2)
D) a voz passiva: “Uma estátua do padre foi colocada no local em 1997...” (linhas 17-18)
E) o uso de pronome indefinido: “...pouca informação de que aquele lugar é histórico no município.” (linhas 23-24)

3) A locução verbal sublinhada exprime um processo em sua fase inicial em:


A) “Se eu deixar para escrever minhas memórias quando tiver 70 anos, vou esquecer muita coisa e mentir demais”.
B) “Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver”.
C) “O que viveu depois disto não foi propriamente o que constava do livro, embora ele se esforçasse por viver o contado”.
D) “Querendo ser honesto, pensou em retificar as memórias à proporção que a vida as contrariava”.
E) “Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera (ou imaginara) devesse ser a sua vida”.

4) Verbos regulares são aqueles cujos radicais se mantêm inalterados em todas as suas flexões e cujas desinências seguem
estritamente os paradigmas de cada conjugação. Desse modo, afirma-se que são regulares todas as formas verbais da
seguinte opção:
A) justificam – sobe – sinto.
B) foram – estou – compara.
C) estou – justificam – sento
D) sobe – compara – percebo.
E) sento – percebo – compara.

5) No trecho “Ele não tinha fantasiado coisa alguma”, a locução verbal sublinhada está no pretérito mais-que-perfeito do
modo indicativo. O verbo sublinhado encontra-se nesse mesmo tempo e modo no fragmento:
A) “Os espelhos não mentem”
B) “Aos vinte anos, escreveu suas memórias”.
C) “Em paz com a consciência, ignorou a versão do real”.
D) “e todos reconheceram que aquele era o único livro de memórias”.
E) “Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera”.

6) “No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de ‘Gaúcho’”. (1º §)
Reescrevendo-se o período acima na voz ativa, a redação será:
A) O aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho” no primeiro dia de aula.
B) No primeiro dia de aula, já estavam chamando o aluno novo de “Gaúcho”.
C) No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de “Gaúcho” pelos colegas.
D) O aluno novo, no primeiro dia de aula, já estava sendo chamado de “Gaúcho”.
E) Chamar o aluno novo, no primeiro dia de aula, de “Gaúcho” foi a reação dos colegas.

7) Os dois termos sublinhados em cada frase pertencem à mesma classe gramatical em


A) ... mas ele pediu que eu ao menos escutasse o que ele tinha a dizer... (linhas 7-8)
B) Significaria que estamos o tempo todo enviando mensagens que nossa consciência não autoriza...(linhas 56-58)
C) ... mas ele pediu que eu ao menos escutasse o que ele tinha a dizer e acabamos marcando o tal café...(linhas 7-9)
D) ... e por fim a despedida sóbria, como convém a dois estranhos. (linhas 17-18).

8) “A resposta a uma interrogação nuclear deve preencher o vazio do mundo interrogante com um conteúdo esclarecedor”
(§ 2), afirma-se no texto. Dentre as interrogações nucleares a seguir, aquela cujo núcleo interrogativo é um pronome
encontra-se em:
A) Ignoro a quem ela está querendo se referir.

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B) Gostaria de saber como você está se sentindo hoje.
C) É bom que me diga por que brigou com sua mãe.
D) Pergunto-lhe quando me devolverá os livros.
E) Faça o favor de me dizer onde estão seus pais.

9) O pronome relativo destacado no trecho “Sinto as frustrações neuróticas de tantos seres ansiosos, e a tentativa de superá-
las com o exercício de supostas santidades. Com a emoção a QUE nenhum sexo se compara,...” estabelece a coesão textual,
retomando o seguinte antecedente:
A) frustrações.
B) sexo.
C) seres.
D) emoção.
E) santidades.

10) Nos itens abaixo, foram transcritos trechos do texto, e, ao lado, foi feita a substituição dos complementos por pronomes
oblíquos.

I “por estar atrapalhando o tráfego” (§ 2) / por estar atrapalhando-o.


II “A perícia encontrou em seu bolso” (§ 3) / a perícia encontrou-lhe no bolso.
III “As calçadas inspiravam o morto.” (§ 5) / as calçadas inspiravam-lhe.
IV “e avaliar as fotos das strippers” (§ 7) / e avaliá-las.
V “não percebeu o fim das calçadas” (§ 8) / não o percebeu.
VI “anotava os modismos” (§ 9) / anotava-lhes.

As substituições estão sintaticamente corretas:


A) em todos os itens.
B) apenas nos itens I, II, IV e V.
C) apenas nos itens I, III, IV e VI.
D) apenas nos itens II, V e VI.
E) apenas nos itens III, IV e VI.

11) Em ... a paulista Maria Helena de Moura Neves, 91 anos recém-completados, viu que era ali a sua segunda casa (Linhas 2-
4), o termo sublinhado pertence, do ponto de vista da abordagem normativa, à mesma classe gramatical da palavra
destacada em
A) “... como o uso da linguagem neutra, que entende não ser o termo apropriado...” (Linhas 7-8)
B) “Considero um equívoco o uso desse termo ‘linguagem neutra’ para a proposta que ele representa.” (Linhas 10-12)
C) “... o que é extremamente louvável”, diz Maria Helena.” (Linhas 15-16)
D) “Quando alguém usa, nas suas produções linguísticas, as marcas linguísticas que têm sido propostas...” (Linhas 17-19)
E) “Entretanto, não se pode supor que (...) algum falante de uma língua (...) terá sucesso...” (Linhas 22-26)

12) No título, “Aprenda a chamar a polícia”, os termos em destaque são classificados gramaticalmente, respectivamente,
como
A) artigo definido e pronome oblíquo.
B) pronome oblíquo e preposição.
C) artigo definido e artigo definido.
D) preposição e pronome oblíquo.
E) preposição e artigo definido.

13) Altera-se o sentido de: “A frase marota de Humpty-Dumpty é engraçada porque, em que pese sua aparente lógica, ele
não respondeu à pergunta feita” (§ 4), substituindo-se a locução prepositiva “em que pese” por:
A) apesar de.
B) por força de.
C) sem embargo de.

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D) a despeito de.
E) não obstante.

14) Em: “diante dos conceitos e da argumentação COM que ele agressivamente a enfrenta” (§ 1) e em: “Preocupada COM a
situação daquele estranho ser com formato de ovo” (§ 2), a preposição em destaque expressa, respectivamente, os seguintes
valores relacionais:
A) companhia / modo.
B) oposição / causa.
C) oposição / companhia.
D) modo / instrumento.
E) instrumento / causa.

15) O conectivo sublinhado no período “Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas
não chegou a terminar o curso.” (linhas 11-13) pode ser substituído, sem alterar seu sentido, por:
A) enquanto.
B) entretanto.
C) porquanto.
D) portanto.
E) contanto.

16) No enunciado, “Mulheres como a Janaína” (linha 14), o conectivo sublinhado veicula a ideia de:
A) conformidade.
B) causa.
C) condição.
D) comparação.
E) concessão.

17) Na passagem “Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no
quintal de casa.” (linhas 1-3), a relação estabelecida pelo conector “e” é de
A) adição
B) consequência
C) oposição
D) concessão
E) tempo.

REVISÃO 4 – FORMAÇÃO DE PALAVRAS

1) Tomando do Texto 1 o ensinamento da professora Maria Helena de Moura Neves de que ... toda e qualquer língua se rege
por um sistema, dentro do qual seus falantes constroem linguagem naturalmente... (Linhas 28-30), constata-se que o
neologismo caosmologia, extraído do Texto 2, é regido por uma sistemática regra de formação de palavras em que se verifica
a presença de
A) “caosmo”, como pseudoprefixo, cujo sentido remete à origem.
B) “caos”, como primeiro elemento da composição, cujo sentido remete a mundo.
C) “logia”, como segundo elemento da derivação, cujo sentido remete à loucura.
D) “logia”, como segundo elemento da composição, cujo sentido remete à ciência.
E) “caos”, como primeiro elemento da derivação, cujo sentido remete à bagunça.

2) O vocábulo sublinhado em Considero um equívoco o uso desse termo ‘linguagem neutra’ (Linhas 10-11) foi formado por
A) conversão
B) parassíntese
C) abreviação

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D) derivação regressiva
E) composição por aglutinação

3) É formada pelo processo de composição a palavra:


A) ONU.
B) projeto.
C) Maricá.
D) Supremo.
E) Sambódromo.

4) “Criar lugares onde essa troca fosse possível era o sonho de João Aprígio, pesquisador do Instituto Fernandes Figueira,
ligado à Fiocruz, no Rio. Há 35 anos, decidiu criar uma rede de bancos de leite humano pelo SUS.” (linhas 16- 21)
Em “onde essa troca fosse possível”, o vocábulo sublinhado foi formado pelo processo de derivação:
A) regressiva.
B) imprópria.
C) parassintética.
D) prefixal.
E) sufixal.

5) Os vocábulos “ex-doméstica” (título), “desigualdade” (linha 3), “meiguinha” (linha 16), formam-se, respectivamente, pelos
processos de:
A) Locução; conversão; composição
B) Conversão; parassíntese; prefixação
C) Composição; prefixação; conversão
D) Regressão; sufixação; parassíntese
E) Prefixação; prefixação e sufixação; sufixação

6) As palavras “pesquisa”, “capaz” e “social”, ao serem flexionadas em número, passam por processos ligeiramente
diferentes. Outras formas nominais flexionadas da mesma maneira são, respectivamente,
A) “cerebral”, “ser” e “vida”.
B) “vida”, “ser” e “animal”.
C) “cão”, “paciente” e “animal”.
D) “cão”, “cerebral” e “paciente”.
E) “paciente”, “vida” e “cão”.

7) Sob ponto de vista da Morfologia, a palavra formada pelo mesmo processo de formação do termo “tratamento” é
A) ajuda
B) cerebral
C) hipertenso
D) autoestima
E) estresse

8) Indica-se corretamente o processo de formação da palavra destacada em:


A) personagem SURREALISTA (§ 1) / derivação parassintética.
B) reiniciar a CONVERSA (§ 1) / derivação regressiva.
C) nova INVESTIDA verbal (§ 1) / derivação prefixal.
D) mundo INTERROGANTE (§ 2) / derivação imprópria.
E) pretendeu ESCLARECER (§ 4) / derivação sufixal.

9) A palavra “arco-íris” (linha 7) é formada pelo processo de composição por justaposição, assim como:
A) sapateiro.
B) minúscula.
C) simplicidade.

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D) girassol.
E) superfaturar.

10) Os vocábulos “enganos”, “dedinho” e “reajustar”, citados no texto, são formados, respectivamente, pelos processos de
derivação
A) imprópria / prefixal / sufixal.
B) prefixal / imprópria / sufixal.
C) regressiva / sufixal / prefixal.
D) parassintética / sufixal / prefixal.

11) “Pois cada lembraNÇA brasileira corresponde à memória do mundo”. (3º §) “Criaturas que, afinadas com a torpEZA e as
inquietudes do seu tempo”. (5º §) São sinônimos, respectivamente, dos sufixos em destaque nos vocábulos acima os sufixos
empregados na formação das palavras:
A) traição e banalidade.
B) advertência e mortuárias.
C) fumegante e alojamento.
D) sordidez e inquietudes.
E) alegria e brasileira.

12) A palavra em destaque que deriva – como “temporalidade” (§ 3) – de um radical secundário é:


A) TEMPORADA de férias.
B) reino TEMPORAL.
C) fruto TEMPORÃO.
D) emprego TEMPORÁRIO.
E) morar TEMPORARIAMENTE.

13) A respeito da formação da palavra “descompromissadamente” (§ 5), podem ser feitas as análises abaixo, EXCETO:
A) processo de formação: derivação parassintética.
B) prefixo “des”: negação.
C) sufixo “mente”: formador de advérbio.
D) base da derivação: verbo “compromissar”.
E) sufixo “ada”: formador de particípio/adjetivo.

14) O nome composto em destaque no trecho ''estuda as causas da inexistência dessa MATÉRIA-PRIMA na composição das
goiabadas'' (3º §), se expresso no plural, terá a variação dos dois elementos. Dos pares de vocábulos compostos abaixo,
aquele em que os dois vocábulos também fazem o plural com variação dos dois elementos é:
A) beija-flor / segunda-feira.
B) abaixo-assinado / pé-de-moleque.
C) decreto-lei / amor-perfeito.
D) vice-diretor / salário-família.
E) guarda-civil / guarda-chuva.

REVISÃO 5 – ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO

1) Dentre os substantivos em destaque, aquele em que o fato linguístico da homonímia gera uma possibilidade de
ambiguidade expressiva que não pode passar despercebida na leitura do poema é:
A) de ALUNA do paraíso.
B) sem chegar à APRENDIZAGEM.
C) rindo-se dos PROFESSORES.
D) mas na ESCOLA não existe.
E) mais do que PENA e tinteiro.

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2 Na Reforma Ortográfica de 2009, deixou de receber acento gráfico a seguinte palavra:
A) Academia. (linha 7)
B) posto. (linha 37)
C) francesa. (linha 19)
D) cronista. (linha 3)
E) europeia. (linha 27)

3) Marque a opção em que as palavras são acentuadas pela mesma regra.


A) memória – sítios.
B) pé – pêsames.
C) Esaú – ninguém.
D) lá – à
E) atraíra – lágrimas.

4) A opção em que todas as palavras recebem acento gráfico pela mesma regra é:
A) ninguém – próprio – tríplice.
B) pirâmides – Éden – ninguém.
C) história – matemático – Éden.
D) tríplice – pirâmides – matemático.
E) próprio – história – superá-las.

5) No trecho “Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas.”, a palavra grifada segue a mesma regra de
acentuação que:
A) árvores.
B) vovó.
C) também.
D) estará.

6) Não se pode substituir o termo em destaque no trecho “com as patrulhas do SENSO comum” (§ 1), pelo substantivo
CENSO, por inadequação de sentido. Da mesma forma, a frase abaixo em que NÃO se pode preencher a lacuna com o
primeiro termo indicado entre parênteses, também por inadequação de sentido, é:
A) Eram ____ no rosto do ator os traços da velhice que chegava (flagrantes / fragrantes).
B) A velhice ____ o espírito do homem, levando-o à tristeza (degradava / degredava).
C) O idoso ____ os olhos, pensativo, diante da velhice (serrava / cerrava).
D) Os idosos, em harmonioso ____, cantavam músicas joviais (concerto / conserto).
E) O médico ____ ao idoso remédios para controlar a hipertensão (prescreveu / proscreveu).

7) Quanto à ortografia oficial da Língua Portuguesa, indique a opção em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
A) neorrealismo, microcomputador, leem e chapéu.
B) papéis, subreptício, antirrugas e copiloto.
C) co-autor, infraestrutura, feiura e história.
D) joia, vôo, pan-amazônico e contracheque.
E) europeia, freqüente, autoestima e jibóia.

8) “O idioma tornou-se multicultural, multiétnico, pois a maior parte dos falantes da África e da Índia é bilíngue ou
multilíngue”; A ortografia, nesse trecho, respeita as regras determinadas pelo novo acordo ortográfico, assim como em todas
as palavras de qual alternativa? Assinale-a.
A) O sóciogerente participou da reunião com a pré-comissão do evento.
B) A infraestrutura está protegida por um eficiente sistema de para-raios.
C) O médico solicitou exames pre-cirúrgicos, como ultrassom e coleta de sangue para análise.
D) Houve efeitos que indicaram a interrelação dos elementos presentes na estrutura pré-moldada.

9) De acordo com as regras ortográficas em vigor, a única dupla de palavras corretamente hifenizadas é

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A) bicho-do-pé; bicho-do-mato.
B) leão-marinho; lobo-da-tasmânia.
C) cor-de-rosa; cor-de-abóbora.
D) maria-fumaça; maria-vai-com-as-outras.
E) joão-bobo; pseudo-raiva.

10) Tendo em vista a ortografia oficial de Língua Portuguesa, assinale a alternativa em que o emprego do hífen está
INCORRETO:
A) Porta-retrato.
B) Micro-ondas.
C) Conta-corrente.
D) Auto-retrato.
E) Cor-de-rosa.

11) Um retroce__o na luta feminina é o fato de a men__ão aos direitos reprodutivos das mulheres ter sido excluída da
Rio+20; como esse, foram e__purgados os aspectos mais polêmicos.
A frase obedecerá a correta grafia, quanto ao emprego de letras, caso as lacunas das palavras sejam preenchidas,
respectivamente, com:
A) ç – s – x
B) s – ç – s
C) ss – ç – x
D) ss – s – s

12) Assinale a sentença abaixo na qual o emprego do hífen está correto.


A) Célia refez seu ultra-som por segurança.
B) Matias era conhecido no bairro como um unha-de-fome.
C) Os micro-empresários serão punidos com esta decisão governamental.
D) O micro-ônibus escolar estava com quinze minutos de atraso.
E) Ele foi muito grosseiro, um verdadeiro mal-criado.

13) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
A) O autor do texto acredita que as corridas mais competitivas são aquelas cujos participantes jamais se satisfazem com
algum resultado alcançado.
B) Nada satisfazem mais as pessoas obsecadamente competitivas do que haverem cada vez mais e mais metas a se
alcançarem.
C) Para muitos o mérito das corridas mais competitivasresidem no fato de que nunca se chegam aos melhores resultados.
D) São próprias das competições extremadas as pessoas se envolverem tanto com a disputa que perdem o censo mesmo do
limite.
E) Por mais que se empenhe na competição os competidores mais fanatisados parece que de fato não tem o desejo de
chegar à seus objetivos.

14) Dada sequência a seguir, marque a opção que não apresenta desvio na grafia das palavras:
A) Transgressão; distorsão; consessão; expulsão; contorção;
B) Transgreção; distorção; concessão; expulção; contorsão;
C) Transgressão; distorção; conseção; expulsão; contorção;
D) Transgreção; distorsão; consessão; expulção; contorsão;
E) Transgressão; distorção; concessão; expulsão; contorção.

15) Assinale a opção abaixo em que existe erro ortográfico.


A) privilégio – bêbedo – infarto
B) irriquieto – hieróglifo – crânio
C) muçarela – poleiro – receoso
D) majestade – obcecar – jenipapo

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E) jabuticaba – feioso – piscina

REVISÃO 6 – CONCORDÂNCIA E COLOCAÇÃO PRONOMINAL

1) Sob o ponto de vista morfológico, todas as palavras destacadas a seguir podem ser flexionadas em número, EXCETO
A) “Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas (...)”
B) “Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas (...)”
C) “Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas (...)”
D) “Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas (...)”
E) “Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas (...)”

2) A forma verbal sublinhada em “... os leves ruídos que vinham lá de fora...” (linhas 4-5), encontra-se no mesmo tempo da
forma verbal presente no seguinte trecho:
A) “(...) que não perderiam isso por nada neste mundo.”
B) “(...) que não havia ninguém disponível.”
C) “No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim (...)”
D) “Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12 (...)”
E) “Eu tenho o sono muito leve (...)”

3) Das orações transcritas abaixo, aquela em que o constituinte sujeito está posposto ao verbo é:
A) “No apartamento do cronista (...) foi encontrada também a gravura de J. Carlos” (§ 4).
B) “O cronista andarilho, desde já saudoso como o frapê de coco do Bar Simpatia, não percebeu o fim das calçadas” (§ 8).
C) “Ele insistia em fazer como seus antepassados” (§ 1).
D) “que o atropelou próximo ao turbilhão da Galeria” (§ 6).
E) “enquanto a mente elucubrava cenas cruéis de sexo e violência para um próximo conto” (§ 11).

4) “Calçadas não há mais.” (§ 9)


Das alterações feitas abaixo na redação da frase acima, está em DESACORDO com as normas de concordância verbal a
seguinte:
A) Calçadas podem não existir mais.
B) Calçadas não existem mais.
C) Calçadas provavelmente não haverá mais.
D) Calçadas não devem haver mais.
E) Calçadas pode não haver mais.

5) Nos enunciados: “não é óbvio que sempre haja divergências” (§ 1) e “Haverá regras para dizer a discordância” (§ 3), pode-
se substituir o verbo “haver”, sem infringir norma de concordância verbal, por, respectivamente:
A) tenha havido / Hão de existir.
B) tenham existido / Hão de haver.
C) tenha existido / Há de haver.
D) tenham havido / Há de existir.
E) tenha existido / Hão de haver.

6) A alternativa de concordância verbal admitida no português padrão encontra-se em:


A) “dois terços dos usuários ainda atualizam seus perfis” (§ 2) / atualiza.
B) “na Ásia crescem os centros de recuperação de viciados em internet” (§ 2) / cresce.
C) “as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo” (§ 4) / poderia.
D) “Adolescentes deixam de ir a um parque para ficarem trancafiados” (§ 5) / ficar.
E) “e para isso se valem de bizarrices” (§ 6) / vale.

7) “Há bosques de rododendros.." (3º §)


Das alterações feitas na redação da oração acima, está em DESACORDO com as normas de concordância a seguinte:

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A) Existem bosques de rododendros.
B) Deve haver bosques de rododendros.
C) Hão de existir bosques de rododendros.
D) Haviam bosques de rododendros.

8) De acordo com as normas da língua culta, para o correto preenchimento das lacunas do enunciado “A equipe estava ____
preocupada, porque o reforço policial demorava ____ chegar: ____ duas horas ____ convocações, porém ____ mais de trinta
minutos, ninguém respondia aos apelos realizados pelos celulares. ____ de então, alguns curiosos colocavam-se ____
distância de dois metros para observarem melhor os acontecimentos”, têm de ser usadas, respectivamente, as formas:
A) meio / a / há / tinhamhavido / há /A partir / a;
B) meia / à / a / tinha havido / à / À partir / à;
C) meia / à / à / tinha havido / há / A partir / à;
D) meio / a / há / tinha havido / há /A partir / à;
E) meio / a / há / tinham havido / a / À partir / a.

9) A forma verbal em destaque em “o governador José Serra AFIRMARA que o sequestrador sofria durante as cem horas de
terror” (2º parágrafo) denota uma ação passada ____ a outra, também passada, e pode ser substituída, sem alteração de
sentido, pela forma verbal ____.A opção com os termos que completam corretamente as lacunas é:
A) posterior / tem afirmado.
B) anterior / tinha afirmado.
C) concomitante / havia afirmado;
D) anterior / teria afirmado;
E) posterior / terá afirmado.

10) Nos trechos abaixo, estão informados os termos a que os pronomes em destaque se referem. De acordo com o texto, há
erro de informação em:
A) “o que LHES aumenta ainda mais a sensualidade do rebolado.” (§ 3) / mulheres executivas.
B) “Numa dELAS chegou a falar da perda de tempo” (§ 5) / poesia do flanar sem rumo.
C) “que O atropelou próximo ao turbilhão da Galeria” (§ 6) / ele, o cronista andarilho.
D) “A vida era o que LHE ia pelas calçadas do Rio” (§ 8) / o cronista andarilho.
E) "AQUELA em que as pessoas se reconhecem” (§ 9) / a história afetiva da cidade.

11) Dentre as mudanças de colocação do pronome átono propostas a seguir, aquela que se mostra amparada por nossas
gramáticas normativas encontra-se em:
A) “a democracia não se limita a retratar divergências” (§ 1) / limita-se.
B) “ela aprofunda algumas, acentua-as” (§ 1) / as acentua.
C) “que é a menina dos olhos de quem o defende” (§ 2) / defende-o.
D) “o significado deste termo se vê em „votos de felicidade‟” (§ 4) / vê-se.
E) “mas não os deixa transbordar para a forma bélica” (§ 5) / deixa-os.

12) Nossas gramáticas entendem que é facultativa a ênclise do pronome átono, tal como indicada, no seguinte contexto
linguístico:
A) “é o olhar estrangeiro que nos faz estrangeiros a nós mesmos” (§ 2) / faz-nos.
B) “fantasmas saudosos de um corpo que os acolhia” (§ 4) / acolhia-os.
C) “hoje inquilinos de uma pele em que não se reconhecem” (§ 4) / reconhecem-se.
D) “Uma verdadeira mudança de era nos leva de roldão” (§ 6) / leva-nos.
E) “que não ignora a traição que nosso corpo nos reserva” (§ 8) / reserva-nos.

REVISÃO 7 – REGÊNCIA E CRASE

1) A regência verbal observada em “...adaptando-se à capela...” (linha 37) é a mesma de:

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A) “...sem a disciplina e a lógica funcional que os projetos de hoje apresentam...” (linhas 34-35)
B) “ Ele chegou a ministro do Supremo...” (linha 20)
C) “Aos 23 anos foi estudar na Escola Nacional de Belas Artes.” (linhas 8-9)
D) “E o telhado a descer com seu galeio natural...” (linhas 36-37)
E) “A varanda larga a completar as salas...” (linhas 31-32)

2) A justificativa gramaticalmente correta para o uso da preposição “a” no trecho “Com a emoção a que nenhum sexo se
compara...” é:
A) trata-se de um fato de regência verbal.
B) representa um caso de concordância verbal.
C) exemplifica um uso expletivo da preposição.
D) participa de uma construção artificial da sintaxe da língua portuguesa.
E) justifica-se por ser parte integrante do verbo.

Banzo – Raimundo Correia

Visões que n‟alma o céu do exílio incuba,


Mortais visões! Fuzila o azul infando...
Coleia, basilisco de ouro, ondeando
O Níger... Bramem leões de fulva juba...

Uivam chacais... Ressoa a fera tuba


Dos cafres, pelas grotas retumbando,
E a estralada das árvores, que um bando
De paquidermes colossais derruba...

Como o guaraz nas rubras penas dorme,

Dorme em ninhos de sangue o sol oculto...


Fuma o saibro africano incandescente...

Vai co‟a sombra crescendo o vulto enorme


Do baobá... E cresce n‟alma o vulto
De uma tristeza, imensa, imensamente...
(In: RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Panorama da poesia brasileira. Rio, Civilização
Brasileira, 1959, v. III, p. 90-1.)

3) Dentre os verbos seguintes, cujo sentido no poema se acha descrito entre parênteses, aquele que está empregado como
transitivo direto é:
A) incubar (v. 1) - chocar, como se chocam ovos.
B) fuzilar (v. 2) – brilhar, como que soltando faíscas.
C) colear (v. 3) - mover-se sinuosamente; serpentear.
D) ressoar (v. 5) - soar com estrépito; ressonar.
E) fumar (v. 11) - lançar fumo, fumaça; fumegar.

4) Ao se substituir por um nome o verbo da oração adjetiva de: “Tudo isso deve ser comparado a outros poemas que o leitor
conheça.” (§ 2), comete-se, no português padrão, ERRO de regência nominal em:
A) com que o leitor mantenha contato.
B) em que o leitor se veja espelhado.
C) que o leitor tenha conhecimento.
D) pelos quais o leitor guarde admiração.
E) sobre os quais o leitor viva debruçado.

5) “Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera.” (8º §)
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Quanto à regência, os verbos “chegar” e “explicar” empregados acima estariam mais adequados à norma culta da língua, se
fosse dada ao período, sem alteração de sentido, a seguinte redação:
A) Um dia o Gaúcho chegou tarde à aula e explicou à professora o que acontecera.
B) Um dia o Gaúcho chegou tarde para a aula e explicou para a professora o que acontecera.
C) Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou à professora o que acontecera.
D) Um dia o Gaúcho chegou tarde da aula e explicou-se com a professora o que acontecera.
E) Um dia o Gaúcho chegou tarde à aula e explicou sobre a professora o que acontecera.

6) A substituição do complemento verbal em destaque pelo pronome pessoal átono implica ERRO de regência na seguinte
alternativa:
A) “se vê hoje diante da escolha entre cortar SEUS PASSEIOS DE BICICLETA” (§ 1) / cortá-los.
B) “hotéis europeus prometem QUARTOS SEM WI-FI ” (§ 2) / prometem-lhes.
C) “que reavaliar ESSE SEU COGITO, ERGO SUM ” (§ 3) / o reavaliar.
D) “pois as pessoas trocaram O VERBO PENSAR por postar” (§ 3) / trocaram-no.
E) “as pessoas estão perdendo UM TEMPO VALIOSO” (§ 4) / o estão perdendo.

7) “...por fidelidade à obscura semente...” (9º §)


Das alterações feitas no fragmento acima, há erro no emprego do acento indicativo da crase em:
A) por fidelidade àquela obscura semente.
B) por fidelidade à essa obscura semente.
C) por fidelidade à mesma obscura semente.
D) por fidelidade à nova e obscura semente.

8) Das alterações feitas na oração adjetiva do período “Vários elementos vieram à luz cuja importância não pôde ser
captada” (3º parágrafo), aquela que contraria norma de regência culta da língua é:
A) em cuja importância todos estavam descrentes;
B) dos quais a importância era tratada como caso definitivo;
C) a respeito de cuja importância houve unanimidade;
D) de cuja importância não se podia duvidar;
E) à importância dos quais não se pôde aferir.

9) “acomodam-se esplêndidas à sombra da mangueira”. (5º §) Das alterações feitas na redação do fragmento acima, está em
DESACORDO com as normas de emprego do acento indicativo da crase a seguinte:
A) acomodam-se esplêndidas àquela sombra da mangueira.
B) acomodam-se esplêndidas às inúmeras sombras da mangueira.
C) acomodam-se esplêndidas à essa sombra da mangueira.
D) acomodam-se esplêndidas à minha sombra da mangueira.
E) acomodam-se esplêndidas às novas sombras da mangueira.

10) “Com o caderno sempre à mão, anotava os modismos, os pequenos acontecimentos.” (§ 9)

Na frase acima, o acento indicativo da crase foi corretamente empregado. Das frases abaixo, aquela em que está INCORRETO
o emprego do acento indicativo da crase é:

A) O cronista pagava à vista os cenários que adquiria da natureza.


B) O cronista caminhava pelas calçadas à par de seus amigos.
C) Os cronistas ficavam à procura de temas para os textos diários.
D) À uma hora em ponto, todos se reuniam para almoçar.
E) O restaurante ficava à esquerda do prédio colonial.

11) “Como se sentam à sua mesa!" (5º §)

O acento indicativo da crase na frase acima foi empregado em situação de crase facultativa. É facultativo também o emprego

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do acento indicativo da crase em:
A) O mentiroso falava de seus planos às suas amigas.
B) Seu amor às coisas poéticas era imenso.
C) As coisas que os posudos dizem às claras deveriam ser ditas às escondidas.
D) O posudo dizia que ia até à Itália a serviço.
E) O que ele dizia era agradável às nossas fantasias.

12) De acordo com as normas da língua culta, para o correto preenchimento das lacunas do enunciado “Atores de comédias,
no teatro, também aspiram ____ despertar o riso na platéia ____ muito tempo. Podem até obedecer ____ políticas
ideologicamente corretas, mas, passo ____ passo, transmitem ____ que querem ____ que ficam ____ de alguns metros do
palco”, têm de ser usadas, respectivamente, as formas:
A) a / há / as / à / aquilo / àqueles / há cerca de
B) a / a / às / à / àquilo / aqueles / acerca de;
C) a / há / às / a / aquilo / àqueles / a cerca de
D) à / há / as / a / àquilo / àqueles / a cerca de;
E) a / à / às / a / aquilo / aqueles / acerca de.

REVISÃO 8 – PONTUÇÃO

1) Foram usadas vírgulas em Essa relação, meus amigos, é aquilo que faz mover a escrita (Linhas 31-32) para
A) separar as orações.
B) marcar o sujeito.
C) destacar o vocativo.
D) indicar a inversão de termos.
E) delimitar o aposto.

2) Também segue atualizada em debates em torno da língua portuguesa, como no do uso da linguagem neutra, que entende
não ser o termo apropriado, apesar de "louvável". (Linhas 5-9)
O emprego das aspas em apesar de “louvável” funciona para indicar
A) citação
B) paráfrase
C) ironia
D) interrupção
E) relatividade

3) O trecho abaixo motivará a questão:


...ele dá o veredito sobre a expressão “testar positivo” que se incorporou rapidamente ao português em razão da pandemia
de Covid-19... (Linhas 8-10)
As aspas foram usadas em “testar positivo” com a finalidade de, principalmente,
A) marcar o discurso direto.
B) destacar o termo que é alvo de comentário.
C) indicar o sentido conotativo dado ao termo.
D) revelar o não engajamento da articulista quanto ao sentido do termo.
E) prevenir o tom irônico atribuído ao termo.

4) O trecho abaixo motivará a questão:

Na casa das palavras, sonhou Helena Villagra, chegavam os poetas. (Linhas 1-2)

Nesse fragmento, o par de vírgulas é utilizado para


A) separar três orações coordenadas entre si.

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B) indicar o adjunto adverbial deslocado.
C) mostrar uma enumeração de fatos.
D) marcar a oração intercalada.
E) interromper os períodos justapostos.

5) Para a próxima questão, considere o uso das vírgulas em: 1. Administradores e Contadores que sempre se reciclam são
profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. 2. Administradores e Contadores, que sempre se reciclam,
são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. Da construção de sentidos possível que a pontuação
apresentada pode criar, entende-se que
A) No 1, fala-se de alguns profissionais, apenas os que se reciclam.
B) No 2, fala-se de alguns profissionais, apenas os que se reciclam.
C) Não há diferença de sentido nos dois períodos.
D) No 1, fala-se de todos os profissionais, pois todos se reciclam.
E) No 2, fala-se de todos os profissionais, mas nenhum se recicla.

6) O emprego do travessão em “...comum a todos os que um dia ficaram — ou ainda ficam — diante de um desenho animado
da TV e sabem quem é o Guarda Belo...” (linhas 23-26) tem como objetivo
A) destacar o final do enunciado.
B) ndicar a fala o locutor.
C) interpor um comentário.
D) dar realce a uma conclusão.
E) ligar grupos de palavras.

7) O sinal de dois pontos empregado após: “É difícil” (§ 1), “equivalem a uma asserção” (§ 2), “estar sozinho” (§ 4), “parecida
com ele e com seu nome” (§ 4) e “mais especificamente, sintática” (§ 6) sinaliza, na escrita, uma pausa que anuncia uma:
A) citação.
B) consequência.
C) explicação ou justificativa.
D) síntese.
E) discriminação ou especificação.

8) “Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
desaparecimento” (linhas 6-7)

A justificativa do uso de dois pontos no enunciado é


A) explicitar uma afirmação anteriormente anunciada.
B) apresentar o discurso direto de um personagem.
C) enumerar fatos em uma progressão temporal.
D) indicar quebra na sequência de ideias.

9) O uso textual-discursivo do ponto de interrogação na expressão “Ato falho? Sei não.” sinaliza
A) a denotação de uma surpresa.
B) o final de uma pergunta retórica.
C) uma indagação indireta.
D) uma interrupção na argumentação.

10) “O engarrafamento agora é de gente — e foi aí que se deu o passamento do último cronista andarilho” (§ 11).

No trecho acima, foi usado o travessão para separar a primeira oração da segunda. Sem se alterar o sentido geral do
parágrafo, no lugar do travessão poderiam ser usados os sinais de pontuação abaixo relacionados, EXCETO:
A) ponto final.
B) ponto e vírgula.
C) vírgula.

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D) dois pontos.
E) ponto de exclamação.

11) Em: “o regime democrático também cumpre um papel mais reconhecido, mais alardeado, que é a menina dos olhos de
quem o defende: ele aceita um teor de conflito na sociedade” (§ 2), o sinal de dois-pontos anuncia uma:
A) explicação.
B) consequência.
C) síntese
D) citação.
E) conclusão.

12) "...e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida
para a primavera que chega" (1º §)

No fragmento acima, as vírgulas foram empregadas para:


A) marcar termo adverbial intercalado.
B) isolar oração adjetiva explicativa.
C) enfatizar o termo sujeito em relação ao predicado.
D) separar termo em função de aposto.

13) O uso de travessões em “Pode ser que haja muitas causas para nossa síndrome de vapt-vupt – tecnologia, urbanização,
consumismo – , mas talvez a raiz disso tudo esteja no modo como nós, do moderno mundo ocidental, pensamos sobre o
tempo” (linhas 24-25) introduz:
A) simultaneidade.
B) gradação.
C) consequência.
D) enumeração.
E) instantaneidade.

REVISÃO 9 – PERÍODO COMPOSTO

1) O trecho sublinhado, em Os poetas andavam em busca de palavras que não conheciam (Linhas 9-11),
A) é uma oração adjetiva restritiva.
B) começa com uma conjunção integrante.
C) apresenta sujeito representado pelo pronome “que”.
D) retoma “os poetas” por meio do “que”.
E) é uma oração substantiva objetiva direta.

2) No Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino muito feito para o dia a dia. A pessoa não estuda a língua para ser um
escritor exemplar, capaz de transmitir os seus pensamentos de modo claro e elegante. (Linhas 38-43). Considerando a
relação de causalidade entre as duas frases transcritas, para explicitá-la poderia ser empregado o conector sublinhado em:
A) No Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino muito feito para o dia a dia, no entanto a pessoa não estuda a língua
para ser um escritor exemplar, capaz de transmitir os seus pensamentos de modo claro e elegante.
B) No Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino muito feito para o dia a dia, se a pessoa não estuda a língua para ser
um escritor exemplar, capaz de transmitir os seus pensamentos de modo claro e elegante.
C) No Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino muito feito para o dia a dia, aliás a pessoa não estuda a língua para
ser um escritor exemplar, capaz de transmitir os seus pensamentos de modo claro e elegante.
D) No Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino muito feito para o dia a dia, ou a pessoa não estuda a língua para ser
um escritor exemplar, capaz de transmitir os seus pensamentos de modo claro e elegante.
E) No Brasil, o ensino da língua portuguesa é um ensino muito feito para o dia a dia, portanto a pessoa não estuda a língua
para ser um escritor exemplar, capaz de transmitir os seus pensamentos de modo claro e elegante.

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3) “Este Brasil que critico, examino, amo, do qual nasceu Machado de Assis, CUJO determinismo falhou ao não prever a
própria grandeza.” (7º §)

Das alterações feitas na oração adjetiva iniciada pelo pronome relativo em destaque, aquela que está INADEQUADA às
normas de regência, de acordo com o padrão culto da língua, é:
A) sobre cujo determinismo encontrou-se ao não prever a própria grandeza.
B) de cujo determinismo dependia ao não prever a própria grandeza.
C) para cujo determinismo contribuiu ao não prever a própria grandeza.
D) em cujo determinismo confiou ao não prever a própria grandeza.
E) a cujo determinismo esteve subordinado ao não prever a própria grandeza.

4) Dos fragmentos abaixo, aquele em que a conjunção coordenativa E, em destaque, está empregada em sentido distinto das
demais é:
A) “É casa da minha carne E do meu espírito.” (1º §)
B) “É a terra onde nascem as bananas da minha infância E as palavras do meu sempre precário vocabulário.” (2º §)
C) “poetas dos sonhos E do sarcasmo”. (5º §)
D) “as cordas da guitarra E do coração.” (5º §)
E) “soçobrar com ele E revivê-lo ao mesmo tempo?” (7º §)

5) Em cada um dos períodos a seguir há uma oração subordinada adverbial:

“Nada mais entediante do que a leitura desatenta de um poema. Quanto melhor ele for, mais faculdades nossas, e em mais
alto grau, são por ele solicitadas e atualizadas.” (§ 3)

Elas expressam, respectivamente:

A) comparação / proporção.
B) proporção / concessão.
C) concessão / condição.
D) condição / conformidade.
E) conformidade / comparação.

6) “Portanto, ao apresentar-me aqui como brasileira, automaticamente sou romana, sou egípcia, sou hebraica.” (3º §) O
período transcrito acima, em relação ao que lhe antecede no texto, exprime o sentido de:
A) adição.
B) conclusão.
C) explicação.
D) concessão.
E) conformidade.

7) “O cronista peripatético costumava cruzar na vida real com Rubem Fonseca, os dois flanando pelas calçadas do Leblon." (§
11)

O período composto acima continuará exprimindo o mesmo sentido se lhe for dada a seguinte redação:
A) Caso o cronista peripatético cruzasse na vida real com Rubem Fonseca, os dois flanariam pelas calçadas do Leblon.
B) O cronista peripatético costumava cruzar na vida real com Rubem Fonseca, pois os dois flanavam pelas calçadas do Leblon.
C) O cronista peripatético costumava cruzar na vida real com Rubem Fonseca, ocasião em que os dois flanavam pelas
calçadas do Leblon.
D) Embora o cronista peripatético costumasse cruzar na vida real com Rubem Fonseca, os dois só flanavam pelas calçadas do
Leblon.
E) O cronista peripatético costumava cruzar na vida real com Rubem Fonseca, a ponto de os dois flanarem pelas calçadas do
Leblon.

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8) “Morreu constrangido por estar atrapalhando o tráfego de pedestres, categoria à qual sempre se orgulhou de pertencer.”
(§ 2)

Das alterações feitas na oração subordinada adjetiva do período acima, está em DESACORDO com as normas de regência a
seguinte:
A) na qual sempre confiou plenamente.
B) sobre a qual sempre falou com orgulho.
C) para a qual sempre trabalhou com afinco.
D) com a qual sempre manteve uma boa relação.
E) da qual sempre lutou com dedicação.

9) “Em geral os mentirosos são muito agradáveis, desde que não se tome como verdade nada do que dizem” (4º §).
A relação semântica entre a oração principal e a subordinada no enunciado acima é de sentido:
A) comparativo.
B) consecutivo.
C) proporcional.
D) causal.
E) condicional.

10) Dentre as propostas de reescrita da oração adjetiva de: “as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam
estar vivendo” (§ 4), aquela que nossa tradição gramatical entende como inaceitável é:
A) de que poderiam estar usufruindo.
B) onde poderiam estar aproveitando.
C) do qual poderiam estar desfrutando.
D) que poderiam estar empregando em algo melhor.
E) cujos minutos poderiam ser mais bem vividos.
11) "Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão
beijinhos para o ar azul." (§ 8)

Das alterações feitas na oração adjetiva do período acima, está INADEQUADA ao padrão culto da língua a seguinte:
A) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, aos quais são atribuídas funções primaveris.
B) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, sob os quais reflete o nascer do sol.
C) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, para os quais a natureza acena.
D) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, cujos beijinhos tanto agradam ao ar azul.

12) Entre os trechos abaixo extraídos do texto, há um em que o conector discursivo E está introduzindo sentido adversativo.
O trecho emque tal fato ocorre é:
A) “As equipes de resgate deveriam ter um psicanalista que as orientasse e pudesse intervir em situações limites” (2º
parágrafo);
B) “pois o analista sabe escutar e fazer as boas perguntas” (2º parágrafo);
C) “soltar o objeto (Eloá) que sabia já haver perdido e não se conformava” (2º parágrafo);
D) “Tudo isso são hipóteses, dirão os leitores. E têm razão” (3º parágrafo);
E) “Eis o que leva, muitas vezes, policiais, assaltantes e seqüestradores a passarem da palavra ao ato. E passam fogo” (3º
parágrafo).

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Renata de Souza Vieira Nunes - [email protected] - CPF: 087.414.837-58

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