O Poder DOS Chifres

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Ex
EXU

O PODER
DOS
CHIFRES
PALETA COR

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Ex
EXU
O P O DE R DOS CH IFR E S

Abaixo um excelente texto de Wagner Veneziani Cos-


ta, Meu Mestre na Maçonaria.
Este texto poderia muito bem se chamar “Tudo Sobre
Chifres”.
Aproveitem a oportunidade desta leitura e se deliciem
com a quantidade e qualidade das informações.
Depois de ler este texto, é bem provável que muitos
façam questão de manter chifres em EXU. Quem sabe
de onde vem ou para onde vai EXU?
SE EXU TEM OU NÃO TEM CHIFRES AGORA JÁ
NÃO SEI...
Brincadeira a parte, claro que não necessitamos de chi-
fres para Exu, pois na cultura brasileira contemporânea
chifres têm um significado que não orgulha a ninguém.
Logo, não há porque colocar chifre em cabeça alheia.
No entanto, Chifre, Rabo e Tridente foram símbolos de
Poder e de domínio sobre a natureza animal, sobre os
reinos naturais e sobre o instinto.
Será que ao demonizar Exu apenas lhe deram mais
poder?
Como um tiro que sai pela culatra.
CURS O E X U

Hoje pagamos o preço da discriminação, mas ninguém


nega o Poder de EXU.
É capaz que Exu até se divirta com tudo isso, pois está
acima e além de nossas visões limitadas. É certo que,
temido ou não, Exu é MUITO popular.
E como coincidência não existe,
Que tal entender um pouco melhor,
Um chifre que não é seu, nem está em sua cabeça,
UM CHIFRE QUE É OU QUE FOI... PODER...
O P O DE R DOS CH IFR E S

Meus Caros,
Recebam os meus mais sinceros votos de Luz, Amor
e Paz…
Antes de começarmos a escrever a pesquisa sobre
os “Chifres”, é interessante falarmos um pouco sobre
Livre-Arbítrio, que nada mais é que a capacidade que
o ser humano tem de escolher seu próprio caminho;
portanto, é muito importante você respeitar os dife-
rentes, você não deve tentar manipular ou interferir no
livre-arbítrio dos outros.
Além de muitas outras interpretações que conhecere-
mos, logo abaixo não podemos deixar de mencionar
que até hoje, nas Consagrações dos “Templos”, em
várias Religiões e Sociedades, o chifre é usado…Al-
gumas colocam sementes dentro dele, que simbolica-
mente são interpretadas como fonte de Abundância e
Prosperidade…

Na Grécia Antiga, conta-se que Zeus, quando nasceu,


foi alimentado pelas abelhas, que lhe davam mel, e a
cabra Almateia deu-lhe o leite. O carneiro era consa-
CURS O E X U

grado a Zeus e era de seu chifre a famosa “Cornucó-


pia” que derrama os tesouros sobre a Terra, símbolo
da prosperidade e da abundância.
O Sagrado Masculino existe também sob muitos no-
mes, entre eles Pan (Pã), Dionísio, Baco, Quíron, Her-
mes, Moisés, Baphomet, Amom-Rá, Mitra, Odin, Wotan
e Cernunnos. Ele é uma represen-tação masculina da
divindade, e é mais conhecido como o Deus Chifrudo.
Calma! Não é nenhum diabo. Nas civilizações antigas,
os chifres eram uma representação de poder e mas-
culinidade.
Os chifres sempre foram sinal de algo divino. Na Babi-
lônia, por exemplo, o grau de importância dos deuses
era identificado pelo número de chifres atribuído a ele.
Os chifres foram incorporados pelo homem quando
perceberam que se vestir como animal facilitava a sua
aproximação durante a caça.
Inicialmente era um Deus da caça, depois vieram no-
vas atribuições, como a de Deus protetor das florestas,
dos animais, da chuva, do vinho, entre muitos outros.
É representado pelo Sol.
O Deus Cornífero foi transformado no diabo pelos cris-
tãos, ou melhor, pela Igreja Católica, com o objetivo de
acabar com o culto das bruxas na Europa Ocidental.
Não havia outra razão. Mes-mo muito antes disso, os
egípcios já adoravam o Deus do Oculto, do escuro,
Amon, que também possuía chifres.
Antes da aparição do Cristianismo, o Deus de Chifres
era tido como símbolo de vida, sexualidade, êxtase e
liberdade. Muitas deidades pagãs foram adaptadas
pelo Cristianismo.
O Deus representa tudo que é livre, é o caçador que
representa inovação, vitalidade, força e fertilidade.
ASPECTOS DA VIDA RELACIONADOS AO DEUS
CORNÍFERO:
• Atrair coragem, garra e vigor;
• Trazer fertilidade e gravidez;
• Livrar-se do estresse;
• Atrair o vigor sexual;
• Aumentar a percepção e os instintos;
• Resolver problemas difíceis;
• Estabilizar situações;
CURS O E X U

• Atrair prosperidade e riqueza;


• Buscar a razão;
• Invocar os poderes da fartura e da prosperidade.

Hoje em dia, os chifres são vistos como símbolos da


traição, do “babaca”…
Ninguém sabe o motivo. Aliás, a grande variedade
de teorias já levantadas a respeito só vem confirmar
o mistério dessa modificação no significado atribuído
aos chifres, a partir da Idade Média europeia. Antes
disso, os cornos não eram o símbolo da pessoa que
é traída pelo(a) parceiro(a), mas representavam ener-
gia, comando e potência sexual: todos os sátiros da
mitologia tinham chifres, e os guerreiros vikings, bem
como os gauleses da aldeia de Asterix, portavam-nos
orgulhosamente em seus capacetes.

Ovídio, no Canto XV das Me-tamorfoses, descreve,


sem a menor ironia, o episódio em que Cipus, o famo-
so pretor romano, acorda certo dia com um portento-
so par de cornos na cabeça, simbolizando o glorioso
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papel que desempenharia no futuro de Roma – histó-


ria que não poderia ter sido narrada por um escritor
medieval ou renascentis-ta sem um inevitável sentido
burlesco (fico só imaginando o efeito que esta passa-
gem de Ovídio teria no meu tempo de ginásio, em que
desatávamos a rir maldosamente só porque mencio-
navam a Cornualha, na Inglaterra, ou as famosas joias
de Cornélia…). Além de símbolo da força, os chifres
eram – e são, até hoje – considerados uma podero-
sa defesa contra o mau-olhado e a feitiçaria, seja na
sua forma córnea natural, seja no conhecido sinal que
se faz com a mão fecha-da, deixando o indicador e o
mindinho estendidos.
O certo é que, num dado momento, por motivos inex-
plicáveis, estabeleceu-se uma associação entre a trai-
ção e os chifres. Todas as hipóteses conhecidas são
fantasiosas ou vagas demais, ou localizadas demais
para justificar a difusão desse símbolo por todos os
países do Ocidente, pois mesmo na Inglaterra e na
França, em que o marido traído é associado, por ra-
CURS O E X U

zões também obscuras, ao pássaro cuco – cuckold


(ing.) e cocu (fr.) –, os chifres estão lá, ornando a testa
de todos os infelizes que foram minotaurizados. Voltai-
re, por exemplo, sustentava que o costume viria dos
gregos, que chama-vam de “bode” ao marido traído
pela mulher (segundo ele, a cabra, na cultura grega,
era o símbolo da fêmea dissoluta); no entanto, se isso
fos-se verdade, os romanos, que herdaram e absor-
veram a cultura grega, teriam conservado a tradição –
coisa que não ocorreu, como bem demonstra o texto
das Metamorfoses. nismo.
Outros preferem buscar a explicação no brumoso
passado dos celtas; das inúmeras versões, a mais
conhecida envolve Cernunos, um dos principais deu-
ses gauleses, que presidia a vinda da primavera, re-
presentada por um ancião com a cabeça enfeitada
por chifres de veado.
Segundo a lenda, ele vive embaixo da terra, mas sem-
pre que sua mulher o engana – o que ela parece fazer
regularmente, todos os anos – ele sobe à superfície,
trazendo consigo o fim do inverno. Os antropólogos,
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por sua vez, lembram que, em muitas aldeias da Eu-


ropa primitiva, a comunidade costumava humilhar o
marido cuja mulher desse à luz um filho de outro ho-
mem, obrigando-o a desfilar com a cabeça ornada por
chifres de boi ou de cervo – mas não explicam por que
escolhiam o chifre, e não o rabo, ou o casco, ou a pele
do animal, o que teria nos dado rabudos, cascudos e
peludos, em lugar de cornudos. Uma versão literária
atribui a origem deste símbolo ao relato que Geoffrey
de Monmouth faz em sua obra A Vida de Merlin (1148):
“O famoso mago Merlin retirou-se para a solidão da
floresta, insinuando à sua mulher Gwendolina que não
se importaria muito se ela casasse de novo, desde que
ele não fosse obrigado a conhecer o felizardo. Um dia,
no entanto, os astros lhe informam que o casamento
dela está próximo e ele se dirige ao seu antigo palá-
cio, montado num cervo, acompanhado de muitos ou-
tros animais selvagens, para levar-lhe o seu presente
de bodas. Ao chegar lá, sua ex-mulher e o namorado
estão em uma das janelas da torre e riem muito da
estranha comitiva de Merlin, o qual, furioso, arranca
CURS O E X U

os cornos de um cervo e arremessa-os contra o pre-


tendente, matando-o instantaneamente e fazendo-o
descer ao mundo dos mortos com uma bela galhada
na testa”.

Esta, a meu ver, é a menos provável, pois acaba colo-


cando os cor-nos no traidor, não no traído.
Vamos nos aprofundar um pouco mais na pesquisa e
veremos que os chifres eram um símbolo de Poder.
COMEÇAREMOS PELAS SAGRADAS ESCRITURAS:
Não podemos deixar de citar que o “Cordeiro” possui
chifres, e vemos na tabela acima que Jesus Cristo é o
Cordeiro de Deus, e por Ele foi sacrificado.

OS DOIS CHIFRES PEQUENOS


Tanto em Daniel 7 como em Daniel 8, o poder de um
pequeno chifre se torna proeminente. Uma compara-
ção de suas características mostra não apenas que são
o mesmo poder, mas ajuda a fortalecer nossa posição
sobre quem é ele. Foram dadas muitas informações so-
bre esses pequenos chifres, mais detalhes sobre eles
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do que sobre qualquer dos outros reinos. Isso deve sig-


nificar duas coisas: primeiro, obviamente, esses peque-
nos chifres simbolizam um poder importante na história
profética do mundo e, segundo, que Deus quer que sai-
bamos com certeza que poder eles representam.

Seguem abaixo as semelhanças entre os dois chifres


pequenos.
Ao estudar essas características e semelhanças, pen-
se como essas características ajudam a confirmar
nossa interpretação desse poder:
• 1) São representados pelo mesmo símbolo, um chi-
fre (Dan. 7:8 e 20; 8:9).
• 2) São poderes perseguidores (Dan. 7:21 e 25; 8:10
e 24).
• 3) Ambos são arrogantes e blasfemos (Dan. 7:8, 20
e 25; 8:10, 11 e 25).
• 4) Têm como alvo o povo de Deus (Dan. 7:25; 8:24).
• 5) Têm aspectos de sua atividade determinados por
tempo profético (Dan. 7:25; 8:13 e 14).
• 6) Existem até o tempo do fim (Dan. 7:25 e 26; 8:17
CURS O E X U

e 19).
• 7) Serão destruídos por uma força sobrenatural (Dan.
7:11 e 26; 8:25).
Quando você tem dois poderes representados pelo
mesmo símbolo profético e que executam as mesmas
ações básicas no mesmo período no fluxo das visões,
parece mais do que óbvio que se trata do mesmo po-
der. Considerando, também, as descrições desse po-
der, o ônus da prova recai fortemen-te sobre os que
interpretam esse poder como alguma coisa que não
seja Roma.

O DEUS CORNÍFERO NA WICCA


O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Ge-
ralmente, é representado como um homem de barba
com casco e chifres de bode. Ele é o guardião das
entradas e do círculo mágico que é traçado para se
começar o ritual. É o Deus pagão dos bosques, o rei
do carvalho e senhor das matas. É o Deus que morre
e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida repre-
sentam nossa própria existência.
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Ele nasce da Deusa, como seu complemento, e car-


rega os atributos da fertilidade, alegria, coragem e do
otimismo. Ele é a força do Sol e, da mesma forma,
nasce e morre todos os dias, ensinando aos homens
os segredos da morte e do renascimento.
Segundo os mitos pagãos, o Deus nasceu da Deusa,
cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem amor, a
Deusa engravida e, quando chega o inverno, o Deus
Cornífero morre e renasce quando a Deusa dá à luz.
Esse mito contém em si os próprios ciclos da natureza,
em que no verão o Deus é tido como forte e vigoroso,
no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce
novamente na primavera.
Para a maioria, pode aparentar algo meio incestuoso,
quando se afirma que o Cornífero é filho e consorte da
Deusa, mas isto era extremamente comum aos povos
primitivos, onde os indi-víduos se casavam entre os
próprios familiares para conservar a pureza da raça.
Além disso, o simbolismo do mito deve ser observado,
pois todas as coisas vieram do ventre da Grande Mãe, in-
clusive o próprio Deus; por isso, para Ela, Ele deve voltar.
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O culto ao Deus Cornífero surgiu entre os povos que


dependiam da caça, por isso Ele sempre foi considera-
do o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com
chifres, pois os chifres sempre representaram a fertili-
dade, a vitalidade e a ligação com as energias do Cos-
mos. Além disso, a Bruxaria surgiu entre os povos da
Europa, onde os cervos se procriam com ex-tremada
abundância; por isso, eram frequentemente caçados,
pois eram uma das principais fontes de alimentação.
Com o crescimento do Cristianismo e com a intensão
do Clero em derrubar a Bruxaria, a figura atribuída ao
Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e, na
atualidade, resgatar o status desse importante Deus
torna-se bastante difícil.
O Deus Cornífero representa a luz e a escuridão, a
imortalidade e a morte, a interrupção e a continuida-
de. Cernunos, como também é chamado, simboliza a
força da vida e da morte. É o amante e filho da Deusa,
o senhor dos cães selvagens e dos animais. É ele que
nos desperta para a vida depois da morte. Representa
o Sol, eternamente em busca da Lua. Seus chifres na
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realidade representam as meias-luas, a honraria e a


vitalidade e não uma ligação com o Diabo.
Ainda hoje existe muita confusão acerca da Bruxaria, e
isto se deve à Igreja Medieval, que transformou os Bruxos
antigos em Feiticeiros do Demônio, por conveniência.
O culto à Deusa Mãe e ao Deus Conífero é pré-cristão,
surgiu milênios antes do Catolicismo e do conceito de
Demônio, o qual jamais foi adorado, invocado, cultua-
do e reverenciado nas práticas pagãs ou como deida-
de da Bruxaria.
A Arte Wiccaniana remonta aos homens das cavernas,
e, para entendermos por que uma divindade com chi-
fres foi reverenciada pelos Bruxos de antigamente e é
reverenciada até hoje pelos Bruxos modernos, temos
de pensar como nossos antepassados.
Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra
e respeito entre os povos do neolítico. Os chifres expri-
mem a força e a agressividade do touro, do cervo, do
búfalo e de todos os animais portadores dos mesmos.
Entre os povos do período glacial, uma divindade era
representada com chifres para demonstrar claramente
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o poder da divindade que o possuía.


Quando o homem saía em busca de caça, ao retornar
à sua tribo, colocava os chifres do animal capturado
sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a
todos da comunidade que ele vencera os obstáculos.
Graças a ele, todo clã seria nutrido, ele era o “Rei”. O
capacete com chifres acabou por se tornar em uma
coroa real estilizada.
Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron
foram representados com chifres. Até mesmo Moisés
foi homenageado com chifres pelos seus seguidores,
em sinal de respeito aos seus feitos e favores divinos.
Os chifres sempre foram representações da luz, sabe-
doria e conhecimento entre os povos antigos. Portan-
to, como podemos perceber, os chifres desde tempos
imemoráveis foram consi-derados símbolos de reale-
za, divindade, fartura e não símbolo do mal como mui-
tos associaram e ainda os associam.
O Deus Cornífero é então o mais alto símbolo de reale-
za, prosperidade, divindade, luz sabedoria e fartura. É
o poder que fertiliza todas as coisas existentes na Terra.
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A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos


as forças vitais do Universo.
Aprendemos o significado de alguns símbolos impor-
tantes e o apresentamos aqui:
• A besta: representa reinos
• Os chifres: símbolo de reis, poder, autoridade.
• O mar: mar, ou água, representa multidão, pessoas.
• Os ventos: um símbolo de guerra e contenda
• O dia: representa um ano literal
• As asas: representa grande velocidade de conquista

NA ASTROLOGIA
Na Astrologia, o chifre pode ter uma conotação fálica,
de potência viril, de força e de iniciação; no entanto,
está relacionado também a uma das fases da Lua, tan-
to que as Deusas da Lua costumavam ser represen-
tadas por pequenos chifres, e os animais com chifres
eram associados à Lua.
Existem alguns trabalhos meus em que cito o poder
dos chifres em alguns Deuses; pediria aos leitores
deste artigo que visitas-sem o meu blog: www.blog.
CURS O E X U

madras.com.br e lessem os textos referentes (O Deus


Pã; Baphomet; Moisés; A Deusa Ísis).
Daniel Pelizzari diz que Wicca é uma palavra do inglês
arcaico que quer dizer “bruxo” (plural: wicce). Há quem
diga que seu significado é “sábio”, mas isso não cor-
responde à verdade.
E prossegue, afirmando que a palavra tem sua origem
na raiz indo-europeia wikk-, significando “magia”, “fei-
tiçaria”. O nome Wicca é o mais usado para denomi-
nar essa religião. Ela também é conhecida como Bru-
xaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou
simplesmente, a Arte.
Um dos primeiros e, seguramente, o mais importante
Deus primitivo a surgir foi o Deus de Chifres.
Alguns membros do clã iniciaram a prática de ativida-
des de caráter mágico-religioso, compostas por um
elemento religioso (esboços de rituais e mitos dedica-
dos à adoração do Deus de Chifres, forças da nature-
za e espíritos dos antepassados) e por um elemento
mágico (práticas que tentavam atrair a benevolência
dessas divindades e espíritos, a fim de manipulá-los
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para interesses práticos do clã). Nesse momento, es-


tava se delineando algo que se assemelhava muito,
grosso modo, a uma classe sacerdotal. Esses “sacer-
dotes” realizavam ritos do que hoje é denominado ma-
gia simpática, ou seja, práticas baseadas na atração
dos semelhantes. Pintavam-se cenas de membros do
clã vencendo e abatendo animais cobiçados, para ga-
rantir o sucesso da próxima caçada. Miniaturas des-
ses mesmos animais eram confeccionadas, em osso,
chifre ou barro, e então se simulava sua caça e aba-
te. Esses ritos eram frequentemente dirigidos por um
desses “sacerdotes”, geralmente usando a primeira de
todas as túnicas: peles de animais e uma máscara do-
tada de chifres.
Em Trois Frères, na França, existe uma pintura de 12
mil anos, conhecida como Le Sorcière (”O Feiticeiro”).
É a figura de um homem vestido de peles, com cauda
e chifres de cervo. À sua volta, paredes cobertas por
pinturas de animais em caçadas. A seus pés, uma sali-
ência na rocha, constituindo um altar. Mas as caçadas
não eram a única coisa que fazia o clã sobreviver. Havia
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um Mistério: o da fertilidade. O clã precisava continuar.


De tempos em tempos, a barriga das mulheres crescia,
e, ao fim de algumas luas, delas surgia um novo mem-
bro da tribo, pequeno, mas que crescia com o passar
do tempo. Os animais também tinham filhotes, e isso
garantia o alimento das futuras gerações. A chave de
todo esse Mistério era a mulher, aquele enigmático ser
que, se já não bastasse ser a única responsável pela
continuação da tribo (ainda não havia a consciência
da participação do homem na reprodução), também
alimentava as crianças com leite de seu próprio cor-
po. Além disso, aquela criatura mágica vertia sangue
de dentro de seu corpo em algu-mas ocasiões, mas
mesmo assim não morria.
Todas essas constatações deram origem ao surgi-
mento de uma Deusa da Fertilidade, uma Grande Mãe.
Figuras pré-históricas dessa Deusa são incontáveis.
Uma das mais famosas é a Vênus de Willendorf: seu
corpo parece uma grande massa disforme da qual se
destacam um gigantesco par de seios e uma proemi-
nente barriga grávida. Ela não tem pés nem braços,
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e seu rosto está coberto. Essas características são


comuns a várias outras “Vênus” pré-históricas, e se
devem à ênfase que o ser humano primitivo dava ao
aspecto de fertilidade da mulher.
A Deusa era a Grande Mãe Natureza, fonte de toda a
vida. Com o tempo, os homens foram se conscienti-
zando de seu papel na reprodução, e o aspecto de fer-
tilizador passou a ser mais um dos atributos do Deus
de Chifres. Ele se tornou filho da Deusa, pois dela era
nascido, e também seu amante, pois a fertilizava para
que um novo ser surgisse. A partir dessa concepção,
novos ritos foram adicionados às práticas mágico-reli-
giosas, em que se esculpiam ou pintavam-se animais
ou humanos copulando, e todo o clã entregava-se ao
ato sexual, após ter recebido a graça dos Deuses.
No período Neolítico, o ser humano desenvolveu a
agricultura, e começou a formar aldeias e povoados.
Com a descoberta das técnicas de plantio, a Deu-
sa assumiu maior importância, passando a acumular
também o aspecto de guardiã da colheita. O Deus de
Chifres começou a ganhar uma nova face, a de alegre
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Deus das Florestas, protetor dos animais e criaturas


dos bosques. Quando o homem adquiriu a noção das
estações do ano, esboçaram-se as primeiras ideias
sobre a Roda do Ano.
Havia um período quente e fértil, quando se realizavam
as colheitas e a natureza mostrava todo seu esplen-
dor. Nesse período, reinava a Deusa. Depois as folhas
secavam e caíam, e tudo parecia estar morto. O povo
voltava a depender da caça para sobreviver, pois não
podia viver só dos alimentos armazenados. Quem re-
gia esse período era o Deus das Caçadas, que tam-
bém adquiria seu novo aspecto de Sombrio Senhor da
Morte (nessa época nasceram também os primeiros
conceitos sobre a vida após a morte). Surgiram en-
tão os primeiros mitos sobre a descida da Deusa ao
mundo subterrâneo que, séculos mais tarde, tomaria
forma definitiva na Grécia, com o mito de Perséfone, e
na Mesopotâmia, com a lenda de Ishtar.
As culturas desenvolveram-se com o passar dos sécu-
los, e novos aspectos dos Deuses foram descobertos.
Cultos religiosos se estruturaram, centrados nos ciclos
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de nascimento, morte e renascimento da natureza. O


tempo da plantação e o tempo da colheita eram muito
importantes, marcados com festividades, assim como
o período do recolhimento do gado e a época de sua
liberação ao pasto. Nessas datas, juntamente com as
de mudanças de estação, realizavam-se encenações
de mitos nos quais um Deus Velho morria para um
Deus Jovem nascer, representando a morte da antiga
colheita e o nascimento de uma nova.
Esses cultos possibilitaram o refinamento da classe
sacerdotal, que chegou ao requinte de gerar represen-
tantes como os druidas, sacerdotes celtas que encan-
taram os gregos e romanos com sua profunda filosofia
e integração com a natureza. Sua erudição era admi-
rável, e acumulavam funções como a de legisladores,
médicos, poetas, bardos e guardiões da tradição oral.
Na Grécia Antiga, floresceram os Cultos de Mistério,
dos quais se devem destacar os Ritos de Elêusis e os
Mistérios Órficos. Também foram de grande importân-
cia os cultos dionisíacos. Deve-se ter em mente que
essas são linhas gerais do início da Bruxaria, que se
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confunde com o surgimento das primeiras manifesta-


ções religiosas humanas.
O que foi relatado acima aconteceu em épocas dife-
rentes, nos mais variados lugares. É verdade que nem
tudo ocorreu exa-tamente da mesma maneira em to-
dos os lugares: enquanto no Crescente Fértil da Me-
sopotâmia nasciam avançadas civilizações, na Europa
ainda se vivia de caça e coleta. Mas o que impressiona
e é importante não são as diferenças, e sim as seme-
lhanças dos primeiros esboços de religião.

NO JUDAÍSMO
Faz parte da cultura hebraica a lenda do “Bode Expiató-
rio”. Esse bode, deixado só na natureza selvagem, é tido
como parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o
Dia da Expiação, à época do Templo de Jerusalém.
Dois bodes eram levados juntos com um touro ao lugar
de sa-crifício, como parte das cerimônias. No templo,
os sacerdotes sorteavam ao azar um dos dois bodes.
Um era queimado em holocausto no altar de sacrifício.
O segundo tornava-se o bode expiatório, pois o sa-
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cerdote punha suas mãos sobre a cabeça do animal


e confessava, baixinho, aos seus ouvidos, os pecados
do povo de Israel.
Posteriormente, o bode era deixado ao relento na na-
tureza selvagem, levando consigo os pecados de toda
a gente, para ser reclamado pelo anjo caído Azazel.
Portanto, o “Bode Expiatório” é nada mais nada me-
nos do que a representação daquele que carrega os
pecados do povo e o redime com o sacrifício da pró-
pria vida. Essa lenda pode ser interpretada como uma
prefiguração simbólica do autossacrifício de Jesus,
que chama a si os pecados da humanidade, é expulso
da cidade sob ordem dos sacerdotes, e é sacrificado
no Gólgota.
Sobre a cabeça dos bovídeos encontram-se os chifres.
No topo do crânio dos humanos, encontra-se a fonta-
nela ou moleira, o principal ponto de contato do homem
com a energia cósmica que permeia todo o Universo.
O shofar é considerado um dos instrumentos de sopro
mais antigos. Somente a flauta do pastor, chamada
Ugav, na Bíblia se iguala em idade segundo algumas
CURS O E X U

opiniões, mas a flauta não tem função em serviços


religiosos em nossos dias. Embora o shofar seja um
símbolo tipicamente judaico, sua mensagem tem um
caráter universal. Como explicava o grande filósofo
Maimônides, o toque do shofar é um “despertador es-
piritual”, um chamado à introspecção e à ação: “Acor-
dem do seu sono, vocês que estão dormindo! Reexa-
minem seus atos. Lembrem-se de Deus e retornem a
Ele”. O shofar nos desperta do nosso sono espiritual
profundo e nos incita a incorporarmos em nos-so co-
tidiano os verdadeiros e eternos valores morais deixa-
dos por Deus.
Todos nós conhecemos a função do sacerdote, que
era oficiar diante de Deus. Mas poucos de nós co-
nhecemos a função do shofar. Em nossas traduções
da Bíblia, essa palavra vem traduzida como “trombe-
ta” e, às vezes, “buzina”; porém a tradução correta
seria “chifre de carneiro”, pois o shofar é na realidade
um chifre de carneiro usado como um instrumento de
sopro. O shofar é feito de um chifre de animal casher
(considerado limpo). Qualquer chifre pode ser usado
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para o shofar, exceto o da vaca ou o do touro, pois


esses chifres são chamados em hebraico de “keren” e
não de shofar, e também porque seu chifre poderia ser
um lembrete do Bezerro de Ouro que os filhos de Isra-
el fizeram no deserto, ao deixarem o Egito. A palavra
shofar aparece 72 vezes na Tanach (Velho Testamen-
to), o shofar não produz sons delicados como o clarim
moderno, a trombeta ou outro instrumento de sopro,
porém, para os judeus, o shofar não é um instrumento
“musical”; não é usado por prazer ou divertimento; é
considerado sagrado, quase como uma voz celestial.
No Livro dos Números, o shofar é citado como parte
do ritual de Rosh Hashaná (o Ano-Novo judaico): “No
primeiro dia do sétimo mês (…) será tocado o shofar”.
Utiliza-se especificamente um chifre de carneiro, em
lembrança do episódio da Akedá (episódio da amar-
ração de Isaque para o sacrifício de Abraão), quando
Deus determinou que um carneiro fosse sacrificado no
lugar de Isaac. Nesse contexto, o shofar representa a
misericórdia do Criador para com os homens.
O shofar, como já vimos, é um chifre de carneiro que é
CURS O E X U

tocado em ocasiões especiais e com finalidades espe-


ciais. A forma de como ele é tocado também anuncia
algo especial. Mas, o mais interessante é que o shofar
é feito de chifre de carneiro. E o carneiro na verda-
de é um cordeiro que já amadureceu (atingiu a idade
adulta)! Então, esse instrumento é feito de um animal
já pronto, maduro, mostrando-nos que os anúncios,
proclamações e decretos do Eterno são feitos a partir
de algo (ou al-guém) maduro, pronto para tal ato; tam-
bém são feitos na plenitude dos tempos, ou seja, só
no tempo certo! Nada acontece antes ou depois da
hora determinada pelo Senhor!
Algo que devemos levar em consideração é que, para
se obter um shofar, deveria haver o sacrifício de um
cordeiro ou carneiro. Na simbologia profética do sho-
far, temos uma incrível transparência no plano de sal-
vação do Eterno para a humanidade, pois Cristo foi
enviado como cordeiro para estabelecer um reino uni-
versal no planeta; segundo as escrituras, chifres re-
presentam reinos ou reis. “Aquele carneiro que viste
com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia.
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Mas o bode peludo é o rei da Grécia, e o chifre grande


que tinha entre os seus olhos é o primeiro rei” (Dan.
8: 20-21). A morte do cordeiro de Deus trouxe aos
homens a promessa de um verdadeiro reino de paz
na Terra, Ele (Yeshua), como rei universal, se tornou o
shofar de Israel em seus dias; bradando e convocando
o povo corrompido a se voltarem em unidade e san-
tidade para o seu Deus, aqui Ele vem na simbologia
do shofar representado como o “Melech Ysrael”, rei
de Israel. O shofar é um instrumento de so-pro, por-
tanto alguém deve soprá-lo para que ele produza seu
som; os primeiros toques do shofar profético Yeshua
soprado pelo Eterno convocaram uma comitiva de 12
homens em Israel e, subitamente, várias outras pes-
soas que após receberem o sopro de Deus no Pente-
costes (At. 2: 1-2), que veio como um vento impetuoso
e encheu a casa onde estavam, também se tornaram
shofares de Deus e bradaram em Israel e nas nações
gentílicas anunciando o reino de Deus e convocando
os seres humanos a despertarem do sono espiritual
e se voltarem para o Deus soberano. Que incrível, a
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morte do cordeiro de Deus não somente trouxe um


reino universal à Terra, mas também criou um exército
de shofares (chifres) chamado de “Reis e Sacerdotes”
(Ap. 5: 10-1; 6: 20-6), e mesmo nos nossos dias, os
shofares de Deus conti-nuam sendo tocados pelo so-
pro do Espírito Santo convocando os homens para se
reunirem perante o Eterno.
No Velho Testamento há citações de chifres como sím-
bolo de poder divino. Em Deuteronômio está escrito:
33: “Esta é a bênção que deu Moisés homem de Deus
aos filhos de Israel antes de sua morte.” (…) 13: “Disse
também a José (…) 17: A sua formosura é como a do
primogênito do touro; os seus cornos são como os
cornos do rinoceronte: com eles levantarás ao ar to-
das as gentes…” A própria figura do profeta Moisés é
re-tratada com chifres após receber as Tábuas da Lei.
Da mesma forma Jesus, enquanto o Cristo, a Virgem
Maria e os santos do Catolicismo também são mostra-
dos ostentando uma aura.
Do mesmo modo, é grande o número de lendas e mi-
tos em quase todas as religiões antigas em que apa-
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recem efígies de Deuses adornados por chifres, como


Ísis, a Deusa do Egito, e Odin ou Wotan, o maior dos
Deuses vikings, que era o Deus da Sabedoria e gover-
nante de Asgard.

EM OUTRAS CULTURAS MILENARES


No Egito, acreditava-se na união do homem com o
animal. Os animais, domesticados ou selvagens, eram
dotados de poderes divinos. Tanto que seus gran-
des Deuses fundiam sua imagem com a dos animais.
Amon-Rá é representado com a cabeça de carneiro e
corpo de homem; assim, o carneiro era considerado
sagrado para os egípcios. O animal mais celebrado do
Egito era o touro Ápis, a reencarnação do Deus Ptah,
e depois foi associado a Osíris. Hórus, Deus do céu e
da beleza, é visto nos relevos como corpo de homem
e cabeça de falcão. Anúbis, o Deus da morte, era re-
presentado por um homem com cabeça de chacal.
Ísis, a Deusa lunar, era representada com cabeça de
íbis; também é simbolizada pelo rosto coberto com um
véu. Osíris, Deus dos mortos e da fertilidade, ressus-
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citou como um lobo, para ajudar Ísis e Hórus a com-


baterem Seth. Seth, corpo de homem com um animal
semelhante a um cachorro (ou bode), no início era um
Deus benéfico, mas com o tempo foi considerado a
personificação do mal, comandava os trovões e as
tempestades.
Hathor, Deusa do amor e “senhora do céu”, “alma das
árvores”, ama-de-leite de Hórus, a vaca Hátor aparece
com frequência nos mitos. É uma deusa benevolen-
te, adorada em várias regiões, principalmente em seu
templo de Dendera. Vaca tranqui-la que geralmente
personifica o olho de Rá. Usava um disco solar e duas
plumas entre os chifres. Deusa do céu e das mulheres,
nutriz de Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria,
da dança e da música, mas também das necrópoles.
Seu cen tro de culto era a cidade de Dendera, mas ha-
via templos dessa divindade por toda parte. Também
era representada por uma mulher usando na cabeça o
disco solar entre chifres de vaca, ou uma mulher com
cabeça de vaca.
Uma cerimônia religiosa, descrita por Platão, conta que
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os reis, só com cajados e redes, caçavam um touro sa-


grado e ofereciam a Poseidon. No sacrifício, o sangue
do animal podia conjurar o deus e exorcizar os mortos.
O sangue era coletado num vaso que tinha a forma de
um touro. Os chifres de vaca são símbolos da Lua, e o
touro, com sua força procriadora, simboliza a fertilida-
de. Era um animal sagrado não só na Grécia, mas na
Mesopotâmia, no Egito, na Índia e em Roma.
O mito do Minotauro conta que Poseidon, deus do mar,
enviou a minos, rei de Creta, um touro branco para ser
sacrificado em sua honra, mas o rei, encantado com a
beleza do animal, guardou-o para si. Poseidon, indig-
nado, despertou na rainha Pasífae uma paixão doentia
pelo touro e, dessa união, nasceu Minotauro, um ser
com corpo de homem e cabeça de touro.
Em algumas partes da Grécia, Poseidon era Hippios,
Deus dos cavalos, o protetor dos centauros. O mito do
centauro, meio homem, meio cavalo, tem em Quiron o
personagem mais co-nhecido, o professor da Medici-
na e da Astronomia. Zeus o imortaliza na constelação
de Centauro.
CURS O E X U

Outro mito importante era Pégaso, o cavalo alado, re-


presentando o lado natural e instintivo. Os sátiros eram
criaturas representadas por um homem com orelhas,
chifres, cauda e pernas de bode. O mais famoso era
Pã. Pã, nome que significa “tudo”, era o Deus da caça,
dos pastores e do rebanho. Numa das versões da mi-
tologia grega, Pã se transformou em carneiro branco
para seduzir a Deusa lunar Selene.
Na Índia, são adorados o touro, o leão, a serpente e o
elefante. A vaca na Índia é até hoje sagrada. É a mãe
de milhares de hindus. A proteção da vaca é um pre-
sente do Hinduísmo para o mundo. Ligados a um dos
principais Deuses do Hinduísmo, Vishnu, o mais alto
criador do Universo, estão Naga e Garuda, serpente e
pássaro, que conservam e protegem o mundo.
Em sua primeira encarnação, Vishnu era Matsya, o
Grande Peixe que salva a humanidade do dilúvio (se-
melhante a Noé), que conduzia um barco com todos
os animais da Terra, levando-o a terra firme. Kurma foi
a segunda encarnação de Vishnu, a Tartaruga; a ter-
ceira foi Vraha, o javali; e na quarta, Narsingh, metade
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homem, metade leão.


Para os hindus, os elefantes eram criaturas extrater-
renas. Brah ma, o eterno, pegou metades do ovo do
pássaro solar Garuda em suas mãos e cantou sete
canções sagradas, que deram origens aos elefantes.
A Vaca está associada à Terra e à Lua; numerosas
Deusas lunares têm chifres de vaca. Como símbolo da
mãe, corresponde à Deusa primogênita Neith, primeira
substância úmida e dotada de certas características
andróginas, ou melhor, ginandras. No Egito é, assim,
associada à ideia de calor vital.
Na Índia, encontramos a Vach, o aspecto feminino
de Brahma, também chamada de Vaca Melodiosa ou
Vaca da Abundância. O primeiro título deriva da ideia
da criação do mundo por meio do som; o segundo,
obviamente, relaciona-se com sua função de susten-
tar o mundo, já que seu leite é a poeira das galáxias.

Vemos nisso tudo a mesma ideia do céu como touro


fecundador, mas com inversão e sexo; ambos, porém,
são aspectos ativo e passivo das forças geradoras do
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Universo.
Bem antes de terminar quero esclarecer que para mim
em particular o Diabo, Satã nada mais são que a nos-
sa pura ignorância…
Vamos combatê-la!
EU SOU
APENAS
O QUE SOU…

Texto de Wagner Veneziani Costa


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