Adequação de Tratores NH

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ADEQUAÇÃO DE TRATORES
SUMÁRIO
CONCEITOS DE LASTRO ............................................................................................................................................ 6
PNEUS .................................................................................................................................................................. 18
Índice de Antecipação ........................................................................................................................................... 35
INDICE DE PATINAGEM .......................................................................................................................................... 38
LASTRO ................................................................................................................................................................. 43
BITOLA .................................................................................................................................................................. 50
RENDIMENTOS ...................................................................................................................................................... 57
Adequação de
tratores

INTRODUÇÃO
Prezado leitor,

As instruções aqui contidas neste Manual de Treinamento, foram elaboradas


pelo Centro de Treinamento CNHI. É proibida a reprodução ou qualquer forma de
comercialização do mesmo.

É política da CNHI ter o contínuo melhoramento dos seus produtos, reservando-


se o direito à alteração dos dados fornecidos na presente publicação que estão
sujeitos a variações de produção, sem aviso prévio.

A principal finalidade do curso é orientar, demonstrar e instruir os Técnicos da


Rede de Concessionários NEW HOLLAND, sobre a manutenção e reparação da
respectiva máquina abordada.

Ao realizar qualquer tipo de trabalho descrito neste Manual é recomendado ter


em mãos as ferramentas e equipamentos de segurança necessários para a
execução do mesmo.

Caso necessário, o leitor poderá encontrar informações mais detalhadas no:


 Manual do Operador;
 Manual de Serviço;
 Catálogo Eletrônico de Peças Online;
 Boletins de Serviço (BS).

Todas as informações deste Material em respeito ao seu conteúdo são de


propriedade da CNH Global N.V.
M Ó D U LO

01
C O N C E I TO S D E
L A ST RO
MÓDULO

CONCEITOS DE LASTRO 01
O que é lastro no trator?

Para assegurar a tração e reduzir a patinagem é necessário adicionar peso ao trator com o objetivo
de ter uma boa razão entre peso e potência, o chamado Lastro. Este faz toda diferença no
desempenho do seu trator.

Consequências da lastragem insuficiente

 Operações desconfortáveis;
 Patinagem excessiva;
 Perda da capacidade de tração;
 Desgaste dos pneus;
 Consumo excessivo de combustível;
 Produtividade baixa.

Consequências da lastragem excessiva

 Alto custo de manutenção;


 Desgaste prematuro do conjunto da transmissão;
 Perda da capacidade de tração;
 Maior compactação do solo;
 Consumo excessivo de combustível;
 Baixa produtividade.

Regras gerais para o correto dimensionamento de lastro

A quantidade de lastro necessária é afetada por:


 Peso da máquina;
 Condições do solo e de tração;
 Tipo de implemento;
 Velocidade de trabalho;
 Força de tração requerida pelo implemento;
 Tipo e tamanho dos pneus;
 Pressão dos pneus.

NOTA: A regra que se sobrepõe à todas as demais, é a seguinte: A quantidade total de peso
adicionado ao trator nunca deve exceder a carga máxima especificada para os pneus.

NOTA: Excesso de peso danifica e desgasta os pneus prematuramente, além de forçar a


transmissão do trator e provocar compactação do solo.

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NOTA: Jamais use lastro desnecessário. O lastro em excesso deverá ser removido tão logo não seja
mais necessário.
A regra básica do lastreamento é usar o mínimo de peso adicional (lastro), desde que a patinagem
se mantenha dentro dos limites especificados. Nas operações que exigem maior força de tração, o
peso deve ser maior, visando controlar o índice de patinagem, e, portanto, otimizar o rendimento
da máquina. Quando o esforço de tração do implemento varia, o peso ideal dela. Isto significa que
pode ser necessário alterar o lastro para manter o melhor desempenho. Um lastro adequado, além
de assegurar a eficiência da operação da máquina, também a torna mais segura para a condução.
Após adicionar todo o peso necessário, verifique se a distribuição do peso estático está de acordo
com o recomendado.

Peso máximo de operação GVW (Gross Vehicle Weight)

O peso operacional máximo recomendado do trator (leitura total da balança) INCLUI o trator e
todos os equipamentos opcionais que possam estar instalados, como rodas duplas, tanques de
combustível auxiliares, engate dianteiro etc., além de qualquer lastro líquido ou de ferro fundido e
combustível completo. Ele NÃO INCLUI equipamentos montados, como pás carregadeiras, tanques
de pulverização e implementos montados de engate de três pontos ou o operador.

Sempre verifique no manual de operador das máquinas as tabelas de peso, para calcular a relação
peso potência suportado.

Ex:
Modelos Valores em Kg
T7.240 T7.245 T7.260
Total 10638 11502 12636
Eixo dianteiro - 40% 4255 4601 5054
Eixo traseiro - 60% 6383 6901 7582
Eixo dianteiro - 45% 4787 5176 5686
Eixo traseiro - 55% 5851 6326 6950

Modelos Valores em Kg
T7.175 T7.190 T7.195 T7.205
Total 7668 8532 8910 9828
Eixo dianteiro - 40% 3067 3413 3564 3931
Eixo traseiro - 60% 4601 5119 5346 5897
Eixo dianteiro - 45% 3451 3839 4010 4423
Eixo traseiro - 55% 4217 4693 4901 5405

Operações que necessitam de lastro adicional:


• Subsolagem
• Plantio (plantio direto)
• Aração e gradagem pesada
• Transbordo
• Arraste

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Distribuição de peso entre os eixos.

Levantador Hidráulico
Trator Eixo Barra de Tração 3° ponto
Dianteiro 25 – 30% 30 – 40%
4x2
Traseiro 70 – 75% 60 – 70%
Dianteiro 35 – 40% 40 – 45%
4x2 TDA*
Traseiro 60 – 65% 55 – 60%
Dianteiro 55 – 60% 60 – 65%
4x4 (4 WD**)
Traseiro 40 – 45% 35 – 40%

Os percentuais indicados são relativos ao peso total da máquina com todos os equipamentos
e pesos aplicados, porém, sem considerar o peso do implemento.

 Máquinas com tração dianteira auxiliar (TDA):


O lastreamento deve obedecer a um equilíbrio, de forma que aproximadamente 35 –
45% do peso total incida sobre o eixo dianteiro e 55 – 65% sobre o eixo traseiro.

NOTA: Nas máquinas com TDA, a distribuição correta de peso contribui significativamente
para a eficiência da tração. Já a distribuição muito diferente da recomendada pode provocar
desgaste prematuro e até danos à transmissão.

Os valores percentuais de distribuição de pesos citados, são apenas indicativos, podendo ser
alterados em alguns casos como, por exemplo, em condições de operação em que se
necessita peso extra no eixo dianteiro, em situações como:

 Operação com implementos pesados acoplados ao levantador hidráulico de três


pontos: ao levantar o implemento, pelo menos de 20% do peso total da máquina
 Trabalho em terreno inclinado, onde há risco de levantamento das rodas dianteiras do
solo.
 Ao tracionar carretas ou outro implemento pesado pela barra de tração.

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Trators 4WD

Distribuição de peso estático

Implementos de grande esforço rebocados por barra de tração: dianteira 55%, traseira
45% Implementos montados por engate: dianteira 60%, traseira 40%

Implementos com cargas pesadas verticais sobre barra de tração: dianteira 65%,
traseira 35%

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Pesos, metal fundido 4WD

Lastro dianteiro

Quando acessórios ou implementos de levantador hidráulicos montados completamente ou


semimontados com cargas pesadas verticais sobre a barra de tração são usados, talvez seja
necessário adicionar lastro à parte dianteira para manter a estabilidade e o equilíbrio. Não
adicione lastro ao eixo traseiro ao usar acessórios traseiros montados completamente ou
semimontados.

O peso estático combinado do trator e do lastro dianteiro não deve exceder o peso bruto
operacional máximo.

Lastro traseiro

Ao usar acessórios montados na parte dianteira, pode ser necessário adicionar lastro à parte
traseira apenas para obter estabilidade e equilíbrio. Adicione apenas o peso à parte traseira
necessário para atingir aproximadamente 50% do peso estático total em cada eixo.
O peso estático combinado do acessório dianteiro e do lastro traseiro não deve exceder o
peso bruto máximo garantido.

Lastreamento líquido

Os pneus radiais não têm câmaras. NÃO use líquido em pneus como lastro.
Qualquer dano causado pelo uso de lastro líquido não será coberto pela garantia.
Pesos de ferro fundido são o único método aprovado de lastreamento do trator.

Lastro dianteiro

Há disponíveis para seu trator dois tipos de peças fundidas dianteiras. Uma peça fundida do
lastro dianteiro ou uma peça fundida do peso de valise dianteiro. Os pesos de valise podem
ser montados na peça fundida do peso de valise dianteira. No máximo 18 pesos de valise
vazados em modelos New Holland T9.435, T9.480, T9.530 ou T9.565 ou 22 pesos de valise
em modelos T9.600, T9.645, ou T9.700 em cada 45 kg (100 lb) pode ser instalado,
dependendo da aplicação, relação de peso estático do trator e condições do solo.

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Uso de pesos para lastreamento 4WD

1. Pesos dianteiros
2. Pesos traseiros
3. Pesos de roda

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O lastreamento consiste em adequar o peso do trator para cada aplicação.

Há duas formas de lastro:

 Lastro sólido: pesos metálicos fixados nas rodas traseiras e/ou pesos fixados na
parte frontal do trator.

 Lastro líquido: colocação de água nos pneus.

Nota: Verifique no capítulo de pneus a quantidade de água recomendada

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Índice de patinagem

O índice de patinagem é a porcentagem de patinagem dos pneus traseiros com carga e quando adequado,
garante um melhor desempenho do trator e protege todo o sistema de transmissão.

Quando o índice não estiver adequado, pode causar quebras e desgastes prematuros nos
componentes
• Embreagem;
• Transmissão;
• Diferencial traseiro;
• Redução final do eixo traseiro;
• Desgastes dos pneus traseiros e dianteiros;
• Consumo excessivo de combustível;
Fatores que afetam a patinagem
• Carga de tração imposta ao trator e velocidade de deslocamento;
• Tipo e condição de solo: arenoso, argiloso, compactado, macio, arado, molhado ou seco;
• Rodagem e estado dos pneus de tração;
• Pressão dos pneus: pneus com uma maior pressão tendem a patinar mais;
• Tipo de implemento: montado, semi-montado ou rebocado;
• Tipo de tração: Com e sem tomada de força.

O principal parâmetro para dimensionar o lastro correto é o índice de patinagem pois um


índice de patinagem correto indica que o trator está corretamente lastreado.
A tabela abaixo fornece os valores ideais de patinagem para os diferentes tipos de terreno,
considerando serviços de tração.

Tipo de terreno / superfície Índice de patinagem recomendado


Superfícies asfaltadas ou concretadas* 5,0 – 7,0%
Terrenos de solo duro ou compactado 7,0 – 12,0%
Terrenos secos e macios 10,0 – 15,0%
Terrenos soltos (arados), arenosos ou lamacentos 13,0 – 18,0%

NOTA: *Trafegar por longas distâncias em asfalto ou superfícies abrasivas pode gerar danos
e desgaste prematuro dos pneus. Este tipo de dano ou desgaste prematuro será considerado
mau uso do equipamento.

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Índice de antecipação

O índice de antecipação é quanto os pneus dianteiros estão se deslocando a mais em relação aos
pneus traseiros nos tratores com TDA tração dianteira auxiliar. Quando estiver adequado, o índice vai
garantir um desempenho melhor, aumentando a força de tração do trator. Quando não estiver
adequado, pode causar problemas para o trator como quebras e desgaste antes da hora dos seguintes
componentes:

• Transmissão.
• Caixa de transferência.
• Eixo Cardan.
• Diferencial dianteiro.
• Redução final do eixo dianteiro.
• Desgaste dos pneus dianteiros.
• Maior gasto de combustível.
• Perda de tração.

Pneus - Compatibilidade de pneus dianteiros x traseiros

Em especial nas máquinas com Tração Dianteira Auxiliar (TDA), é indispensável que sejam utilizados pneus
dianteiros compatíveis com os traseiros.
Nestes tratores, existe uma relação definida entre o diâmetro dos pneus. O uso das combinações recomendadas
dos pneus proporcionará o máximo de desempenho ao trator, maior vida útil ao pneu e menos desgaste nos
componentes da transmissão e motor.
Índice de antecipação.

A relação definida entre pneus dianteiros e traseiros inclui o chamado Índice de Antecipação ou Avanço (IA), que
é a maior velocidade com que os pneus dianteiros giram em relação aos pneus traseiros.
Este avanço deve ser de +1 até +5%, sendo que o percentual de +1 até +3% é o ideal.

 Índices acima de 5% causam desgaste prematuro dos pneus dianteiros e forçam a transmissão do
trator.
 Índices abaixo de 1% prejudicam a eficiência da tração dianteira, com perda de desempenho do
trator e desgaste prematuro da transmissão.

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Power hop

Power hop é uma instabilidade dinâmica que ocorre quando trator opera sob alta carga de tração e alta
patinagem no campo. É caracterizado por uma gradual oscilação, combinado com vibração do
implemento, formando um fenômeno conhecido como power hop ou “galope”.
Dificilmente ocorre quando o implemento está acoplado no levantador hidráulico. Sendo a grande
maioria das ocorrências com implementos que penetram o solo utilizados na barra de tração.
O galope geralmente ocorre em solos secos. É muito provável que ocorra em terrenos com terra solta sobre uma
base firme.

Condições do trator que podem causar Power hop:


• O lastro do trator está insuficiente para potência do trator;
• Excesso de patinação;
• Índice de antecipação incorreto;
• Incorreta distribuição de peso entre o eixo dianteiro e eixo traseiro;
• Barra de tração – Cabeçalho do implemento desajustados ou inapropriados;
• Pneus com pouca área de contato perante a carga exercida;
• Pressão incorreta dos pneus.
• Velocidade excessiva na operação agrícola.

Recomendações para minimizar o Power Hop


• Adicione ou retire lastro respeitando o limite de carga máxima nos eixos, para adequar o
lastro a potência do trator.
• Equilibre a distribuição de peso entre o eixo dianteiro e eixo traseiro. O equilíbrio de peso
entre os eixos é importante para o controle do galope.
• Calibre a pressão dos pneus, mantendo a pressão no mesmo eixo.
• Adeque o índice de antecipação, ideal são valores que sejam próximos de 2 a 3%.
• Diminua a velocidade de operação.
• Nivele o cabeçalho do implemento com o solo e o trator. A regulagem do cabeçalho pode
alterar o equilíbrio entre os eixos do trator.
• Inverta a barra de tração para baixo e encurtar a barra em relação ao trator, para diminuir
a altura de acoplamento, assim a transferência de peso entre os eixos é diminuída.
• Aumente a bitola do trator, assim aumenta a estabilidade lateral, sendo mais difícil do
pneu rodar em falso em relação ao outro do mesmo eixo.
• Opere o trator com bloqueio automático (se equipado).

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Balança de Pesagem
As balanças disponibilizadas para compra conforme Boletim Informativo INFO 021-17, são usadas
obrigatoriamente na adequação de lastro para que o trator possa ser pesado de forma rápida e precisa.
A precisão de informação é essencial para que a adequação de lastro seja feita de forma correta de
acordo a necessidade de uso do cliente.
Com as balanças é possível calcular o peso total do trator, somente eixo dianteiro e somente eixo traseiro.
Essas informações são mostradas através do painel digital do conjunto da balança.

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M Ó D U LO

02
PNEUS

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MÓDULO

PNEUS 02
Definição
Os pneus de tratores agrícolas devem desempenhar as seguintes funções, além das usuais de um
veículo qualquer:
• Suportar com segurança o peso do trator em condições estáticas (parado) e condições
dinâmicas (em movimento);
• Servir como um amortecedor, absorvendo as irregularidades do solo reduzindo a trans-
ferência das mesmas ao sistema de transmissão do trator;
• Proporcionar a transmissão das forças motrizes e frenantes do trator ao solo e vice-
versa.

Para atender a essas funções, o pneu deve apresentar determinadas características de resistência e
aderência. Essas características, por um lado dependem do material, da técnica de construção e do
projeto do pneu e, por outro lado, essas características intrínsecas do pneu, poderão ser radicalmente
afetadas pelas condições de utilização, tais como: o peso aplicado sobre o pneu, a pressão do ar em
seu interior, a temperatura, as condições do solo, a velocidade de deslocamento e as solicitações de
tração ou frenagem.
As dimensões do pneu devem ser compatíveis com a potência do trator e este, por sua vez, deve
corresponder às expectativas de tração da operação a ser realizada. Os fabricantes de tratores,
normalmente, fornecem as opções de pneus a serem utilizados de maneira adequada com cada tipo e
modelo de trator e, em função disso e das relações teóricas encontradas na literatura, pode-se
selecionar o tamanho de pneu mais adequado.
Quanto maior o diâmetro do pneu do trator, maior será a sua velocidade de deslocamento, para uma
mesma rotação da roda e, por outro lado, menor será a força aplicada no solo (para um mesmo torque
na roda). Também, deve-se levar em conta que quanto maior o diâmetro do pneu, menor será a sua
resistência ao rolamento (força resistente a ser vencida para o pneu se autopropelir) e mais eficiente
será a transformação energética.

Maiores informações sobre pneus, montagem, tipos de avaria, consulte o Manual de Segurança Agrícola e Off
the Road (ALAPA – Associação Latim americana de pneus e aros).

Tipos de pneus quanto a aplicação

Para aplicação agrícola existem basicamente os seguintes tipos:

Pneus Tipo Banda de rodagem Aplicação


F1 Sem garras, com 1 raia
Rodas dianteiras de tratores
Direcionais F2 Sem garras, com 2 ou 3 raias
sem Tração Dianteira Auxiliar
F3 Sem garras, multi-raiado
R1 Garras normais Tração regular - Solo seco
R1W Tração regular em solo firme,
De tração
Garras normais porém molhado (W - “Wet” =
(dianteiro e
úmido ou molhado)
traseiro)
R2 Solo encharcado, de várzea
Garras altas e espaçadas
(Arrozeiro)

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Rodado Simples
Ideal quando há restrição de bitola.
Quando utilizar:
Cultura de cana de açúcar, superfície irregular, solo argiloso.
Melhor aplicação para transporte e cultivo, evita sobrecargas nos eixos devido a irregularidade da superfície.

Rodado filipado
Possui maior área de contato solo/pneu e maio bitola, permite que a distribuição de peso sobre o solo seja
melhor distribuído.
Quando utilizar:
Superfície regular, áreas consolidadas, solo arenoso.
Este tipo de rodado traz ao trator maior estabilidade, menos compactação do solo e diminui a necessidade de
lastro.

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 PNEU DE CONSTRUÇÃO DIAGONAL

O pneu é chamado diagonal ou convencional quando a carcaça é composta de lonas


sobrepostas e cruzadas umas em relação às outras. Os cordonéis que compõem essas lonas
são de fibras têxteis neste tipo de construção, os flancos são solidários à banda de rodagem.
Quando o pneu roda, cada flexão dos flancos é transmitida à banda de rodagem,
conformando-a ao solo.

 PNEU DE CONSTRUÇÃO RADIAL

No pneu radial, os fios da carcaça estão dispostos em arcos perpendiculares ao plano de


rodagem e orientados em direção ao centro do pneu.
A estabilidade no piso é obtida através de uma cinta composta de lonas sobrepostas. Por ser
uma carcaça única, não existe fricção entre lonas - apenas flexão -, o que e evita a elevação
da temperatura interna do pneu

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Os pneus radiais apresentam algumas vantagens em função da maior área (1) de contato
com o solo, tais como, maior aderência e poder de tração e menor compactação. Além disso,
necessitam pressões de calibragem menores.

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Pneus - características gerais

Medidas de pneus diagonais

A designação padronizada do tamanho dos pneus agrícolas depende do tipo de construção


(Diagonal ou Radial) e é válida tanto para pneus de tração (R1 e R2) quanto pneus direcionais
(F1, F2 e F3).

Exemplo 1: Pneu diagonal de tração 12.4-24 R1


 12.4: largura nominal (L), em polegadas, do pneu inflado, entre as bandas laterais.
 24: diâmetro interno (D) do pneu na região de assentamento dos talões no aro.
 R1: tipo de banda de rodagem, podendo ser R1, R1W ou R2.

Exemplo 2: Pneu diagonal direcional 18.4-34 R1


 18.4: largura nominal (L), em polegadas, do pneu inflado, entre as bandas laterais.
 34: diâmetro interno (D) do pneu, em polegadas, na região de assentamento dos
talões no aro.
 R1: Tipo de banda de rodagem/aplicação.

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Medidas de pneus radiais

Exemplo: Pneu 540/65 R 30

 540: largura nominal (L), em milímetros, do pneu inflado, entre as bandas laterais.
 65: altura da lateral (flanco) em porcentagem da largura nominal. No
caso, 70% (0,7 x 360 = 252 mm).
 R: indicação de “Radial”.
 30: diâmetro interno (D), em polegadas, do pneu na região de assentamento dos
talões no aro.

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Capacidade de carga de pneus de tração

Além da especificação de tamanho, os pneus possuem a indicação de capacidade de carga,


localizada na lateral do pneu. A forma da especificação pode variar conforme o fabricante e o
tipo do pneu.

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Para pneus Diagonais

A capacidade de carga pode ser expressa em quantidade de lonas (sistema antigo) ou por
categorias de A a N. A equivalência entre as duas formas é mostrada na tabela ao lado.

Capacidade de Carga Quantidade de Lonas


A 2
B 4
C 6
D 8
E 10
F 12
G 14
H 16
J 18
L 20
M 22
N 24

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Para pneus Radiais

As indicações que podem ser encontradas nos flancos dos pneus radiais são:

Índice de Carga (IC) (1):


 O índice de carga é dado em categorias, de 0 (zero) a 279, variando de 45 –
136.000 kgf.

NOTA: As cargas especificadas consideram os pneus de forma individual, com um


limite de velocidade especificado.

 O índice de carga varia de acordo com a aplicação e a velocidade de rodagem


especificados pelo fabricante do pneu.

Carga máxima permitida (2) em kg para a pressão de calibragem indicada (bar).


Indicação da velocidade máxima de trabalho (4), correspondente ao índice (3).
Indicação de quantidade de lonas do pneu (5).
Indicação de velocidade máxima de transporte (6)

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Código de velocidade

Indica a velocidade com que o pneu pode rodar, transportando a carga correspondente ao
seu Índice de Carga (IC), nas condições especificadas pelo fabricante do pneu.
Exemplo: pneu com código de velocidade “A8” pode ser utilizado em velocidade de até 40
km/h (25 mph).

Símbolo Velocidade
km/h
A4 20
A5 25
A6 30
A7 35
A8 40
B 50
C 60
D 65

Pneus - Tabela de compatibilidade

A tabela de compatibilidade apresenta as combinações que podem ser utilizadas na ocasião


da escolha de pneus novos para os tratores. As células com “X” indicam combinações
liberadas de pneus dianteiros e traseiros. As células vazias indicam combinações não
testadas ou não liberadas.

NOTA: Nunca utilize pneus de combinações não aprovadas.

AVISO: As tabelas de compatibilidade são constantemente revisadas pela NEW HOLLAND.


Frequentemente são liberadas novas combinações que podem ser mais adequadas à sua
atividade. Consulte o seu concessionário NEW HOLLAND quando for realizar a troca dos
pneus da sua máquina.
Tabela de compatibilidade de pneus dianteiros e traseiros transmissão Semi Powershift
com relação 1.320. Código da tabela: 47600013G

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Pressões e cargas admissíveis para os pneus

Fatores de correção de carga em função da velocidade

Segundo a Associação Latino Americana de Pneus e Aros (ALAPA), as cargas máximas


especificadas para cada pneu, devem ser corrigidas conforme condições citadas a seguir:

1. Para pneus montados em rodas duplas (filipadas) a carga admissível é menor.


Multiplique os valores de carga especificados nas tabelas de calibragem x carga
por 0.88 .
2. Para serviços de transporte e operações que não demandem alto torque de tração:

3. Para pneus de tração Diagonais R1/R2:

Velocidade máxima (km/h) % de correção da carga admissível


40 -10%
32 0%
25 +10%
16 +20%

4.Para pneus de tração Radiais:

Velocidade máxima (km/h) % de correção da carga admissível


50 -9%
40 0%
30 +4%
25 +9%
15 +13%

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Procedimento de consulta às tabelas

As pressões são baseadas na condição de pneus frios, recomendadas pela Tire and Rim
Association Inc..

1. Determine o peso do eixo dianteiro e traseiro do trator lastreado.

NOTA: Se usar implementos totalmente montados ou suportados parcialmente


pela barra de tração, adicione o peso do implemento ao peso do eixo traseiro
(consulte o manual do implemento para ver os pesos).

2. Localize a tabela apropriada conforme o tipo do pneu (dianteiro ou traseiro),


tamanho e capacidade de carga.

NOTA: Caso necessário o uso de pneus duplados, multiplique o valor da tabela


por 0.88 .

3. Siga a linha do tamanho do pneu até o primeiro peso que for superior ao peso do
eixo dianteiro ou traseiro do trator.

4. Siga a coluna para cima para verificar a pressão de calibragem mínima


recomendada para o pneu.

5. Aumente a pressão do pneu indicada nas tabelas de calibragem abaixo em 0.1 –


0.3 bar (2.0 – 4.0 psi) para qualquer uma das seguintes condições:
o se as pressões do pneu não forem verificadas diariamente;
o se houver curvas ou frenagem frequente;
o em operações de aração;
o em operações em meia encosta.

6. Para pneus duplados (filipados) diagonais, observe as seguintes condições:


o a pressão mínima de calibragem deve ser de 1.0 bar (14.0 psi);
o os pneus externos devem ser calibrados com 0.1 bar (2.0 psi) abaixo
da pressão dos pneus internos.

(*) Informações não fornecidas pelo fabricante de pneu.

AVISO: Os valores apresentados na tabela acima servem apenas como referência. Para
obter informações exatas relativas à pressão de calibragem e a capacidade de carga para os
pneus, consulte o seu concessionário NEW HOLLAND ou o fabricante do pneu

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Pressão
Medida do
PSI
Pneu
6 9 12 14 17 20 23 26 29 35 40 46

Limite de enchimento do pneu

Para pneus de tração diagonais encha o pneu até 75% da capacidade. Gire a roda até que válvula
de enchimento fique na posição 12 h.

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Para pneus de tração radiais encha o pneu até 40% da capacidade. Gire a roda até que a válvula
de enchimento fique na posição 4 ou 8 h.

ATENÇÃO: Nunca encha os pneus totalmente! Isto os deixa sem flexibilidade para amortecer os
impactos impostos pelas irregularidades do terreno.

Válvulas para adicionar e drenar água

NOTA: Pode ser utilizada água nas rodas traseiras se não houver o perigo de congelamento.
(1) Válvula para adicionar água
(2) Tubo de drenagem da água
(3) Ligação para o ar comprimido
(4) Tubo de drenagem da água

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Enchimento do pneu com água

1. Levante a roda do solo e posicione a válvula de modo que fique na posição referente a
quantidade de líquido a ser introduzido.
2. Solte a válvula e aguarde o pneu esvaziar.
3. Abaixe a roda até que o pneu esteja cerca de 30% suspenso, para evitar que o peso da
água danifique a câmara de ar.
4. Instale a válvula (1) para adição de água. Abra esta válvula quando o pneu começar a
inchar para permitir a saída do ar.

NOTA: A pressão da água introduzida nunca deve exceder 4.0 bar (58.0 psi).
5. Quando a água vazar pela válvula, significa que o pneu atingiu o percentual de
enchimento requerido.

6. Remova a válvula de enchimento (1), instale a válvula para calibragem com ar e calibre
o pneu até a pressão especificada.

NOTA: Ao verificar ou ajustar a pressão de calibragem, a válvula deve estar no ponto mais baixo.

32/ 58
Pneu Diagonal 50% 25% Pneu Radial 50% 40% 25%
7.50-16 23 23 360/70 R20 40 32 20
9.00-16 30 15 425/70 R20 87 69 43
10.0-16 45 11 440/65 R24 100 80 50
7.50-18 28 14 320/70 R24 57 45 28
9.5-24 43 22 360/70 R24 67 53 33
11.2-24 60 30 380/70 R24 87 69 43
12.4-24 77 38 420/70 R24 111 89 55
13.6-24 80 40 600/65 R28 250 200 125
14.9-24 100 50 480/65 R28 117 93 58
23.1-26 324 162 540/65 R28 169 135 84
18.4-26 200 100 380/70 R28 86 69 43
11.2-28 67 33 420/70 R28 111 89 56
12.4-28 88 44 480/70 R28 149 119 75
13.6-28 107 53 420/70 R30 133 107 67
14.9-28 120 60 480/70 R30 170 136 85
16.9-28 147 73 520/70 R30 213 171 107
14.9-30 137 68 650/75 R32 407 325 203
16.9-30 167 83 800/65 R32 507 405 253
18.4-30 213 107 900/60 R32 681 545 341
23.1-30 360 180 540/65 R34 207 165 103
24.5-32 429 214 600/65 R34 267 213 133
16.9-34 187 93 480/70 R34 233 187 117
18.4-34 240 120 520/70 R34 190 152 95
12.4-36 100 50 600/65 R38 257 205 128
13.6-36 120 60 650/65 R38 317 253 158
12.4-38 110 55 480/70 R38 182 146 91
13.6-38 127 63 520/70 R38 224 179 112
16.9-38 171 86 580/70 R38 291 233 146
18.4-38 211 106 710/70 R38 509 407 254
20.8-38 275 138 800/70 R38 532 426 266
18.4-42 235 118 520/85 R42 353 283 177
14.9-46 164 82 380/85R46 125 100 62
12.4-54 91 45 390/90 R54 91 73 45

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M Ó D U LO

03
IA

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MÓDULO

Índice de Antecipação 03
Índice de antecipação

A relação definida entre pneus dianteiros e traseiros inclui o chamado Índice de Antecipação
ou Avanço (IA), que é a maior velocidade com que os pneus dianteiros giram em relação aos
pneus traseiros.
Este avanço deve ser de +1 – +5%, sendo que o percentual de +1 – +3% é o ideal.

 Índices acima de 5% causam desgaste prematuro dos pneus dianteiros e forçam a


transmissão do trator.
 Índices abaixo de 1% prejudicam a eficiência da tração dianteira, com perda de
desempenho do trator e desgaste prematuro da transmissão.

Como verificar o Índice de Antecipação


É possível estimar o Índice de Antecipação IA de um trator de modo prático, sem desmontar
componentes da transmissão, nem retirar rodados, seguindo os passos a seguir

1) Conduza o trator (sem implemento acoplado) à um local aberto, plano e nivelado, livre de
obstáculos, pessoas ou animais.

2) Verifique se a calibragem dos pneus está correta; ver especificação no manual.

3) Conte e anote a quantidade de garras de um dos pneus dianteiros.

4) Em um dos lados do trator, faça uma marca com giz, bem visível, na base do pneu

traseiro e outra da mesma forma no pneu dianteiro.

5) Escolha uma marcha de 4 a 5 km/h.

6) Desloque o trator com a tração dianteira acionada até que as rodas traseiras completem
exatamente 10 voltas. Simultaneamente, devem ser contadas as voltas e garras adicionais da
roda dianteira (que foi marcada com giz), chamada de “A”:

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7) Repita o procedimento, agora deslocando o trator com a tração dianteira desligada até que as
rodas traseiras completem exatamente 10 voltas. Simultaneamente, conte as voltas e garras
adicionais da roda dianteira (que foi marcada com giz), chamada de “B”:

A = n° de voltas do pneu dianteiro + n° de garras adicionais com a tração ligada.

B = n° de voltas do pneu dianteiro + n° de garras adicionais com a tração desligada.


8) Aplique a fórmula

IA(%) = ( A - B ) x 100
B

Exemplo para o cálculo do IA (aplicando a fórmula):

1° passo: transforme o n° de voltas + garras adicionais em n° total de garras:

n° total garras = (n° de voltas x n° garras dos pneus dianteiros) + n° de garras adicionais:
A = 13 voltas + 3 garras adicionais com tração ligada

= (13 x 18) + 3 = 237 garras

B = 12 voltas + 9 garras adicionais com tração desligada

= (12 x 18) + 9 = 225 garras

Aplique a fórmula:

IA(%) = (237 - 225) X 100 IA (%) = 5,3%


225
Nota: se o IA ficar até 2% abaixo da mínima ou até 2% acima da máxima (5%), tente corrigir via
calibragem dos pneus.

Verifique no MANUAL do OPERADOR da máquina em estudo, na seção Operação de Trabalho –


Pneus para verificar a compatibilidade de Pneus.

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M Ó D U LO

04
IP

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MÓDULO

INDICE DE PATINAGEM 04
Verificação do índice de patinagem através de ensaio de campo e cálculo

• Carga de tração imposta ao trator e Velocidade de deslocamento;

• Tipo e condição de solo: arenoso, argiloso, compactado, macio, arado, molhado ou seco;

• Rodagem e estado dos pneus de tração;

• Calibragem dos pneus: pneus com pressão maior tendem a patinar mais;

• Tipo de implemento: montado, semi-montado ou rebocado;

• Tipo de tração: sem e com TDA .

Visualmente, analisando as marcas no solo:

1) Marcas no solo pouco definidas: patinagem excessiva –


aumente o lastro do trator.

2) Marcas claramente definidas: patinagem insuficiente –


diminua o lastro.

3) O lastreamento e a patinagem estarão corretos quando no


centro do rastro houver sinais de deslizamento e as marcas nas
extremidades laterais estiverem definidas.

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Método de cálculo do índice de patinagem com utilização de implemento

Este método consiste em comparar a quantidade de voltas dadas pelas rodas traseiras, nas
situações sem e com o implemento aplicado ao solo.

A diferença de voltas dos pneus no trecho de 100 metros, revela a patinagem existente.

Índice de Patinagem: 7,0 a 16,0%.

1) Prepare o conjunto trator + implemento da forma correta: regulagem, calibragem, lastreamento,


etc.

2) No local de trabalho, fixe uma estaca no ponto inicial (1).

3) Fixe também uma estaca (2), distante a 100 metros da primeira.

4) Pare o trator de modo que a roda traseira fique ao lado da baliza inicial (1). Faça uma marca
com giz no pneu.

5) Com o implemento levantado (condição B), movimente o trator com marcha e rotação
adequados até que a roda traseira fique ao lado da baliza final (2).

Neste percurso, peça para alguém contar a quantidade exata de voltas* da roda traseira.

Identifique-a como “B” para usar no cálculo.

6) Repita a operação, mas com o implemento aplicado (condição A). Desloque o trator da baliza (1)
até a baliza (2), na mesma marcha e rotação usados no passo anterior.

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7) Peça para alguém contar a quantidade exata de voltas* da roda traseira mais o número de
garras. Este é o valor de “A”.

Portanto:

A = nº de voltas do pneu traseiro + nº de garras adicionais com implemento abaixado

B = nº de voltas do pneu traseiro + nº de garras adicionais com implemento erguido.

Normalmente a quantidade de voltas da roda não é exata. Por isso, é mais preciso usar como
critério a quantidade de garras:

Como transformar nº de voltas em nº de garras:

nº de garras = nº de voltas x nº garras do pneu.

Exemplo:

Para um pneu com 20 garras, em 28 voltas: nº de garras = 20 x 28 = 560 garras.

 Calculando o IP (Índice de Patinagem)

Fórmula:

IP (%) = (A - B) x 100
B

Exemplo:

A = 20 voltas + 6 garras adicionais com implemento abaixado.

Garras relativas as voltas inteiras: 20 x 28

Garras adicionais = 6

Garras totais (A) = 566

B = 18 voltas + 24 garras adicionais com implemento erguido.

Garras relativas as voltas inteiras: 18 x 28

Garras adicionais = 24

Garras totais (B)= 528

IP (%) = 566 - 528 x 100 = 7,19 %


528

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Medição da patinagem das rodas com instrumentação eletrônica

Se o trator for equipado com radar/sensor de velocidade efetiva real e instrumentação de


desempenho, o índice de patinagem é calculado automaticamente.

O percentual do índice de patinagem é indicado no monitor sempre que a UDW for


adicionada.

NOTA: O raio dinâmico correto para os pneus traseiros deve ser programado na
instrumentação do trator para que a leitura do deslocamento do pneu seja precisa.

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M Ó D U LO

05
L A ST RO

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MÓDULO

LASTRO 05
 Coletas de dados

1. Potência nominal descrita no manual do operador

2. Peso total do trator

3. Pesos por eixos

4. Tipo de operação

Exemplos: T7.260 distribuições 35% a 65% , barra de tração.

Valores em Kg
Modelos
T7.240 T7.245 T7.260
Total 10638 11502 12636
Eixo dianteiro - 35% 4255 4601 5054
Grãos
Eixo traseiro - 65% 6383 6901 7582

Qual é o Kg/HP que esse modelo pode atingir?

12636/231HP = 54.7 Kg/HP

Para transformar Hp para cv, multiplicar por 1,014

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Coleta de dados no concessionário

 Potência - 231 HP Manual do operador

 Pneus:
Dianteiro 600/65R28 A8 R1W. Índice de Carga 147/B
Traseiro 520/85 R 42 A8 R1W. Índice de carga 157/B

 - Peso
- Peso total: 11480 kg
- Peso do eixo dianteiro sem lastro: 2335+2390 = 4725kg (41,2 %).
- Peso do eixo traseiro sem lastro: 3280+3475 = 6755 kg (58,8 %).

 Operação – Semeadura pesado

1.Quantos Kg/HP o trator está nessa condição?


11480Kg/231HP= 49.7 Kg/HP

2.Para essa operação o peso está correto?

Adequando o trator para o cliente

O peso máximo de operação é estipulado pelo manual conforme o exemplo anterior.

Peso máximo é 54.7 x 231 HP = 12636 Kg

Distribuição do peso

Operação com barra de tração

Eixo dianteiro - 35%


Grãos
Eixo traseiro - 65%

Distribuição.

Eixo dianteiro = 4422 Kg

Eixo traseiro = 8213 kg

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Distribuindo os pesos no trator

Exemplo-1

Calculo da adequação para o exemplo de semeadura.

Peso existente Peso pretendido Diferenças de Peso

Dianteiro 4725 Kg (41,2%) 4422Kg (35%) 4725 – 4422 = 503 Kg

Traseiro 6755 Kg (56,6%) 8213 Kg (65%) 6755 - 8213 = 1.458 Kg

Estão sobrando 503 kg na dianteira e faltando 1458 kg na traseira para atingir o peso pretendido
e a distribuição estipulada.

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Exemplo-2

Adequação proxima do calculado sem remover pesos frontais.

Peso existente Peso pretendido Diferenças de Peso

Dianteiro 4725 Kg (41,2%) 4422Kg (37.4%) 4725 – 4725 = 0 Kg

Traseiro 6755 Kg (56,6%) 7911 Kg (62.6%) 6755 - 7911 = 1.146 Kg

Se não removermos pesos frontais, atingiremos uma distribuição 37 / 62. Adequada para o
trabalho com barra de tração, sendo necessário apenas adicionar 1146 kg no eixo traseiro.

De acordo com o manual do fabricante dos pneus, cada pneu traseiro suporta 315 litros de água

Em cada um dos quatro pneus, podendo assim chegar a 1400 kg de lastro líquido.

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Exemplo- 3

Adequação para uso com implemento montado nos três pontos.

Peso existente Peso pretendido Diferenças de Peso

Dianteiro 4725 Kg (41,2%) 5686 kg (45%) 4725 – 5686 = -965 Kg

Traseiro 6755 Kg (56,6%) 6950 Kg (55%) 6755 - 6950 = - 195 Kg

Para ajustar este trator para a condição de uso com implemento montado, precisaríamos adicionar
965 kg na dianteira e 195 kg na traseira.

Conforme a informação do fabricante cada pneu dianteiro tem uma capacidade de 218 litros de
água ( 40 % ) da capacidade máxima. Desta maneiro chegaríamos a 436 kg de lastro líquido na
dianteira.

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Pressão correta dos pneus.

 Para o exemplo 1.

 Peso no eixo traseiro = 8213 + transferência de carga dinâmica de


884 kg = 9097,4 kg. Dividido por 4 pneus teremos uma carga de
2274,35 kg sobre cada um.

 Velocidade de operação a ser usada na tabela de pressão = 30


Km/hora
 Índice de carga dos pneus = 147/B

Considerar 88% da capacidade de carga contida no manual

 Pressão a ser usada = 10 Psi nos pneus traseiros.


Dianteira

 Carga total do eixo = 4422 kg, dividido por dois pneus = 2211 kg

Índice de carga = 147/B

 Pressão a ser usada = 15 Psi

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M Ó D U LO

06
B I TO L A

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MÓDULO

BITOLA 06
Definição
Tem por objetivo ajustar a largura total do trator tanto no eixo dianteiro quanto no traseiro para as
exigências das operações que deve realizar.
Quando a operação e a logística do cliente (transporte em prancha, estradas) não limitarem a abertura
da bitola, trabalhar aberto no máximo.

NOTA: A lateral do pneu dianteiro deve estar alinhada com a lateral do pneu traseiro, ou mais fechada. Não
deve exceder a largura no pneu traseiro.

Benefícios:
• Maior estabilidade do trator, refletindo em conforto ao operador, pois reduz as movimentações
laterais.
• Possibilidade de melhorar a manobra. Através da regulagem do batente pode-se diminuir o raio de
giro do trator;
• Maior produtividade no trabalho (reflexo da redução do raio de giro, estabilidade, menor perda da área
de contato, melhor capacidade de tração).

• As variações de bitola são limitadas pelo offset (desenho) das rodas, específicas para cada modelo de trator.
As rodas podem ser com disco e aro fixos ou ajustáveis, e existe a opção do eixo traseiro extensível.

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Ajuste da bitola para rodas duplas traseiras no espaçamento

Exemplos do T8 PLM

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Ajustes de bitola com eixo com flange

Ex: do T6 130

Tabela 01: Medidas aproximados das configurações de bitola para cada tipo de rodado
Rodado Largura da bitola ( mm)
A B C D E F G H
DW 20X26 (*) 1574 - - - - - - 1786
DW 20X30 (*) 1288 1416 1488 1616 1688 1816 1888 2016
DW 16X34 (*) 1291 1416 1491 1616 1691 1816 1891 2016
DW 16X38 (*) 1288 1416 1488 1616 1688 1816 1888 2016

(*) A Roda é identificado pela nomenclatura convencional.

Exemplo: DW 20x26
DW 20: Perfil do aro
26: Diâmetro do aro em polegadas

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Batentes da direção

Dois batentes de direção são incorporados no eixo dianteiro, um de cada lado. Os batentes de
direção e oscilação são usados para dar a folga de direção necessária entre os pneus
dianteiros e a estrutura do trator.
O tamanho do pneu dianteiro e a largura da bitola em uso determinam os ângulos necessários
de direção e oscilação.

AVISO: O ajuste de esterçamento das rodas deve ser realizado, somente após definida as
combinações de pneus e posições da bitola.

Para ajustar o ângulo de direção proceda da seguinte forma:


AVISO: Realize o procedimento sem nenhum batente de oscilação instalado no eixo dianteiro
(quando disponível).

1. Posicione a máquina em uma superfície plana e nivelada.


2. Bloqueie as rodas traseiras com calços.
3. Com auxílio de um macaco hidráulico, levante a frente da máquina e posicione um
suporte adequado sob o suporte dianteiro.
4. Realize a oscilação do eixo dianteiro.

5. Introduza uma cunha num dos lados do eixo para evitar que o mesmo oscile
novamente durante o ajuste.

6. Vire as rodas totalmente à direita ou à esquerda.

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7. Solte a porca (1) e gire o batente (2).

NOTA: Gire o batente no sentido anti-horário para reduzir o ângulo de direção e no


sentido horário para aumentar o ângulo.

8. Ajuste de modo a obter uma folga mínima de 20 mm (0.79 in) entre os pneus e
qualquer parte a máquina, sempre que o volante de direção estiver em final de
curso para a esquerda ou para a direita.

NOTA: A distância entre o final do batente e a face da porca deve ser igual em
ambos os lados do eixo.

NOTA: Faça este ajuste considerando que o final de curso no batente não deve
atingir o final de curso do cilindro hidráulico.

9. Aperte a porca (1) com torque de 150 N·m (110 lb ft).

10. Remova o calço de madeira e abaixe a máquina.

AVISO: Em máquinas com para-lamas dianteiros direcionáveis, o ajuste dos


batentes do para-lama deve ser verificado para garantir que não há força
excessiva aplicada neles quando a direção está totalmente travada.

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Pneus dual.

Pneus single.

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M Ó D U LO

07
R E N D I M E N TO S

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MÓDULO

RENDIMENTOS 07
Definição
O rendimento operacional é o quanto um trator pode produzir em um determinado período
de tempo, em hectares por dia.
O trator para produzir satisfatoriamente, deve ser dimensionado corretamente para o
serviço que pretende realizar e os implementos utilizados não devem estar nem
subdimensionado para o trator e nem superdimensionado pois, em ambos os casos há
desperdício de combustível e de tempo.
Implemento subdimensionado: o trabalho realizado por dia é menor do que deveria ser,
assim, o combustível gasto para trabalhar em um hectare é maior.
Quando isto ocorre, o operador tende a utilizar velocidades acima da recomendada para a
operação, assim a qualidade do serviço fica comprometida.
Por exemplo: se a velocidade recomendada para o plantio de soja é de 8 km/h e o
operador estiver operando a 12 km/h o índice de falhas de plantio, consequentemente, irá
aumentar e a distribuição de sementes com irregularidades acentuadas, assim, a produção
final, em sacas por hectare, diminui.
Implemento superdimensionado: sobrecarga do motor e consequente consumo excessivo
de combustível; excesso de patinação, menor velocidade de operação. Além disso, pode
provocar quebras prematuras no conjunto de força do trator, desgaste prematuro de
embreagem e pneus, comprometendo a execução do serviço em tempo hábil.

A produtividade operacional, com a máxima eficiência, é determinada pelos fatores:


• Potência do trator.
• Largura efetiva de trabalho do implemento.
• Velocidade de operação real.
• Turno diário.
• Tempo em manobras.
É possível calcular o rendimento operacional através da equação:

Ro = L x T x T x e
10000
Onde:
Ro Rendimento operacional (ha/dia)
L Largura efetiva do implemento (m)
V Velocidade de operação (m/h)
T Turno diário (h/dia)
e Eficiência operacional
A eficiência operacional refere-se somente ao tempo utilizado efetivamente, pois, nem todo
tempo do turno é utilizado para o serviço.

Existem intervalos de tempo em que o trator não está realizando trabalho em cobertura como, tempo de
manobra, de abastecer ou executar manutenção do trator e do implemento e o próprio descanso do operador

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