Isis - Sobre Gaia, As Forças e Os Garous

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Dos primeiros filhos de Gaia,

Eu, a Fênix, sou a um só tempo primeira e última.


Testemunhei em Gaia o nascimento de Luna.
Observei-a crescer.
Refestelei-me em seu poder.
E nas fendas da terra vi
surgir Vida.

As Grandes, as Celestinas, eram três:


Wyld, a Metamorfa em constante mudança
Weaver, a Criadora que jamais cessa de fiar
e Wyrm, a Mediadora sempre ocupada.
Então a Weaver enlouqueceu
e caçou a Wyld,
e encurralou Wyrm em seu casulo.
Mas Wyld escapou.
Entregue ao desequilíbrio, Wyrm corrompeu-se.
Tornou-se Corruptora.
Sentiu apetite por criação
e abriu suas mandíbulas
para alimentar-se de todos em Gaia.

A Wyrm levantou-se sobre a Terra


Senti o vento gélido de sua sombra
E, como no Inverno, dormi.
Fui acordado rudemente por Luna
brilhando como seu irmão no céu
Venha, Luna disse, Traga um presente.
Nasceram os novos filhos de Gaia.
Fui até o local que Luna indicava com seu brilho
até as criações de sua irmã
e vi macacos que eram como lobos
e lobos que eram como macacos
e percebi que nada seria como antes novamente

O Avô Lobo conduziu os filhotes de Garou


para a floresta e deixou-os lá
durante três luas, sozinhos
eles discutiram e lutaram entre si
mas quando os lacaios de Wyrm atacaram
eles eram uma só mente, uma Matilha.
A Primeira Matilha,
e mataram as criaturas malignas da Wyrm
E então, Luna, brilhando por entre as árvores,
ordenou que lhes fossem ofertados seus Dons
Rituais:
Os filhotes, a Primeira Matilha,
receberam Dons das Cinco Direções
Do Leste veio a Tradição de Abrir Atalhos
Do Sul a Tradição da Fúria Ardente
Do Oeste a Tradição da Metamorfose
Do Norte a Tradição da Sabedoria
E do Cerne, Gaia concedeu aos Filhotes
pedaços Dela, para que eles os carregassem sempre em
seus íntimos
a Tradição de Gaia.

E Luna disse, Saiba que estes também são meus filhos.


Deu-lhes bela pelugem,
cada uma semelhante a uma das faces de Luna.
A Grande Luna, Luna do coração selvagem,
mãe da sabedoria,
mãe da arte,
mãe da loucura.
Aquela que possui muitas faces
- mas que mostra apenas uma por vez -
levou os Garou para a sua cabana de cinco paredes
e ensinou-lhes seus maiores talentos
os Dons interiores
E assim Cinco da Primeira Matilha,
Ahroun, Galliard, Philodox, Theurge e Ragabash
expuseram-se à luz da irmã de sua Mãe, e aprenderam
que seu poder e magia estava com eles.

Os Galliards são Dançarinos-da-Lua, bardos e cantores, os selvagens cujos uivos


belíssimos cortam o ar noturno.

Muitos anos se passaram


e os primeiros filhotes acasalaram com
lobos e humanos.
Suas linhagens cresceram fortes
e eles formaram muitas tribos.
Essas eram as tribos,
conforme foi dito a mim, Vigia-dos-Lobos.
Cada uma corria pelas florestas densas
e possuía suas próprias Tradições:
Os Presas-de-Prata, muito fortes, governavam a todos nós
com o apoio dos Senhores das Sombras e dos
Roedores-de-Ossos.
Os Fúrias Negras distanciaram-se de seus irmãos;
comandados pela Mãe,
cresceram em Fúria e Sabedoria
e se dividiram.
Então veio a Guerra da Fúria,
e muitos indivíduos do Povo seguiram os Wyrm-ursos
até seus esconderijos distantes no norte,
e assim nasceram a Cria de Fenris,
os Fianna, e os Uivadores Brancos.

Alguns membros do Povo decidiram


empreender uma longa jornada
seguindo os Puros,
seguindo seus corações,
e atravessaram as vastidões geladas,
encontrando muitos povos numa nova terra.
Esses Garou eram os Croatan,
os Wendigo e os Uktena.
Mais tarde, floresceram cidades nas planícies
e alguns membros do Povo deram as costas para a floresta.
E a deixaram para viver entre paredes.
A esses chamamos Andarilhos do Asfalto.
Entre todos os integrantes do Povo houve uns poucos
que escolheram olhar para o céu noturno,
e sempre o faziam sozinhos,
mesmo quando reunidos em matilhas,
e denominaram a si mesmos Portadores da luz
e foram viver bem alto, nas montanhas
Sou um dos Filhos de Gaia,
nascido como lobo para meu povo,
que deram fim ao Impergium,
que fizeram paz com os humanos
Nossa tribo do sul, os Bunyip -
onde está ela?
Espalhamos uivos ao vento,
enviamos espíritos pelas ventanias
e nossos irmãos não responderam.
E, eu, Brancas-Patas-Reluzentes,
caí por terra, chorando,
pois minha matilha estava morta,
e sem ela não sou nada.
Nada faço com minhas patas,
ou olhos, ou braços, ou pernas,
ou pêlo, ou pele.
Sou incompleto, sou nada.
Minha matilha morreu.
Tudo que desejo é juntar-me a ela.
Por onde andávamos
a floresta estava silenciosa,
os espíritos mantinham-se parados.
Estávamos sós, mas
Luna, nossa guia e protetora,
ensinou-nos como falar com os espíritos
nas línguas deles.
E falamos com eles,
falamos com seus Pais e Mães,
com seus Avôs e Avós,
seus líderes e sábios.
Convocou-se uma grande Assembléia de Espíritos.
Houve muitas orações para Gaia
e Pássaro da Noite, o não-lua,
convidou Águia para a reunião,
e os outros totens compareceram
para ouvir e falar na Assembléia.
Fizemos um tratado,
um acordo de paz,
entre os espíritos de Gaia.
Nunca mais iríamos caçá-los
sem penitência.
Em troca, prometeram-nos
que se os honrássemos em cerimônias
e dança,
atenderiam ao nosso chamado,
afiariam as nossas garras
e colocariam seu poder ao nosso dispor.
Nos tempos antigos,
quando a escuridão governava a Terra,
o Povo dividiu-se.
Irados, guerrearam entre si,
e atacaram seus respectivos locais sagrados
Não houve paz.
Garou combateu Garou
e a Wyrm dividiu-nos um a um
e nos abateu.
Porém, a Sabedoria do Povo
era grande,
e os anciões do Povo
eram fortes.
Eles levaram seus filhos e os
filhos de seus filhos
a um novo entendimento.
Uma Grande Assembléia geral dos Garou
foi convocada
SOBRE A LITANIA

a Table Rock.
Vieram de todas as partes do mundo
e durante uma noite
foram apenas uma tribo,
e ali os Galliards cantaram a primeira Litania.
Do nascer ao pôr-do-sol
eles repetiram as palavras
até que todos presentes pudessem lembrar.
Apenas três feras, além de Lobo, foram autorizadas a ouvir.
Foram elas
Lagarto, que lembrou de cada palavra,
Corvo, que compreendeu cada palavra,
e Coiote, que possuía seu próprio parecer.
Dizem que nos últimos dias
Lagarto, Corvo e Coiote retornarão
para lembrar, ensinar e quebrar a Litania,
pois os Garou precisam ser tão duradouros e mutantes
quanto a Lua.
Trouxemos o medo-noite,
vivemos entre eles,
mas sabemos que nós,
sempre isolados,
não podemos amá-los.
Nªo podemos ficar com eles,
sempre, sempre,
vem o medo-noite.
Estes sªo os œltimos dias.
Dias nos quais a Wyrm irÆ levantar-se
e seus tentÆculos recobrirªo o mundo
e Garou lutarÆ contra Garou.
Dias nos quais os humanos irªo caçar-nos
em estranhas criaturas da Weaver.
Dias nos quais a morte irÆ seguir-nos
como um urso faminto.
Conheceremos os œltimos tempos,
quando o Povo nªo serÆ suficiente
para cuidar apropriadamente dos caern,
e os filhotes perdidos morrerªo
ou serªo tomados pela Wyrm.
E muitas visıes
irªo realizar-se.
Guarde bem esses sinais.
Registre os œltimos dias.
Eles estªo chegando.
Estªo chegando.

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