Resumo D.C Aula 4

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Aula 04

Da estipulação em favor de terceiro


 Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-
la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o
inovar nos termos do art. 438.

 Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a
execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.

 Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato,
independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última
vontade.

Dá-se a estipulação em favor de terceiro, pois, quando, no contrato celebrado


entre duas pessoas, denominadas estipulante e promitente, convenciona-se
que a vantagem resultante do ajuste reverterá em benefício de terceira
pessoa, alheia à formação do vínculo contratual.
 O estipulante;
 O promitente;
 O beneficiário, este último estranho a convenção; Não precisa haver
capacidade, pois qualquer pessoa pode ser comtemplada. (Exceção: amante
e algumas restriçoes nos contratos com seguro).

O estipulante no momento da estipulação do contrato torna-se credor do


promitente. Não é necessario o consentimento do beneficiario, porém o mesmo
pode se recusar a estipulção em seu favor.
Embora a validade do contrato não dependa da vontade do beneficiário, sem
dúvida a sua eficácia fica nessa dependência.
O CONTRATO DEVE PROPORCIONAR UMA VANTAGEM SUSCETÍVEL DE
APRECIAÇÃO PECUNIÁRIA.

 Natureza jurídica da estipulação em favor de terceiro


Contrato- Sui generis: a prestação não ser realizada em favor do próprio
estipulante, mas em beneficio de outrem, que não participa da avença.
A promessa em favor de terceiro também é consesual e de forma livre. Não precisa
ser determinado de inicio, desde que possa ser determinada no futuro.
Exemplos de estipulações em favor de terceiro:
 Separacão consensual, em que o ex-marido promete a ex-esposa, colocar
imoveis no nome dos filhos.
 Segurado que convenciona com seguradora pagar ao beneficiaro.

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 A regulamentação da estipulação de terceiro no Código Civil
O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Ou
seja, a obrigacação assumida pelo promitente pode ser exigida tanto pelo
estipulante como pelo beneficiario, porém ficando sujeito as condiçoes e
normas do contrato.

NO SILÊNCIO DO CONTRATO, o estipulante pode substituir o beneficiário, não se


exigindo para tanto nenhuma formalidade, a não ser a comunicação ao promitente,
para que este saiba a quem deve efetuar o pagamento.

Da promessa de fato e de terceiro


 Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos,
quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente,
dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a
indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.

 Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de
se ter obrigado, faltar à prestação.

O ÚNICO VINCULADO É O QUE PROMETE.


Configura-se quando uma pessoa se compromete com outra a obter prestação de
fato de um terceiro. Responderá aquela por perdas e danos, quando este nao
executar.
 Assemelha-se ao fiador que assegura a prestação prometida.
 Trata-se de obrigação de fazer, não sendo executada resolve-se em perdas e
danos.

Dos vícios redibitórios


441-446 CPP
Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato
comutativo (CONTRATO COM PRETAÇÕES CERTAS), que a tornam imprópria ao uso
a que se destina, ou lhe diminuam o valor. A coisa defeituosa pode ser enjeitada pelo
adquirente, mediante devolução do preço e, se o alienante conhecia o defeito, com
satisfação de perdas e danos (CC, arts. 441 e 443).
VÍCIO REDIBITÓRIO É AQUELE QUE PODE EXTINGUIR O CONTRATO.
Dispõe, com efeito, o art. 441 do Código Civil:
“A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada,
ou lhe diminuam o valor”.

 O adquirente tem, contudo, a opção de ficar com ela e “reclamar abatimento no

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preço”. (Aplica-se aos contratos bilaterais e comutativos).

Ou seja vicios redibitórios são:


Defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de contrato comutativo,
não comuns às congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que se destina
ou lhe diminuem sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se
realizaria se esses defeitos fossem conhecidos, dando ao adquirente ação para
redibir o contrato ou para obter abatimento no preço.

 Fundamento Jurídico
TEORIA MAIS ACEITA- Inadimplemento Contratual- que aponta o fundamento da
responsabilidade pelos vícios redibitórios no PRINCÍPIO DE GARANTIA, segundo o
qual todo alienante deve assegurar, ao adquirente a título oneroso, o uso da coisa
por ele adquirida e para os fins a que é destinada.

 Requisitos para a caracterização dos vícios redibitórios


 Defeitos de menor importância ou que tornem improprio ao uso, nem diminuam
seu valor economico não cabem a invocação da garantia.
 Que a coisa tenha sido recebida em virtude de contrato comutativo, ou de doação
onerosa, ou remuneratória.
 Que os defeitos sejam ocultos- Se o defeito for aparente, suscetível de ser
percebido por um exame atento, feito por um adquirente cuidadoso no trato dos
seus negócios, não constituirá vício oculto capaz de justificar a propositura
da ação redibitória.
 Que os defeitos existam no momento da celebração do contrato e que perdurem
até o momento da reclamação.
 Que os defeitos sejam desconhecidos do adquirente.
 Que os defeitos sejam graves.

 Efeitos. Ações cabíveis


Se o bem objeto do negócio jurídico contém defeitos ocultos, não descobertos em um
simples e rápido exame exterior, o adquirente, destinatário da garantia, pode enjeitá-lo ou
pedir abatimento no preço (CC, arts. 441 e 442).
A IGNORÂNCIA DOS VÍCIOS PELO ALIENANTE NÃO O EXIME DA RESPONSABILIDADE.

 Conhecimento prévio: restituir oque perdeu + perdas e danos. Art, 443


 Não sabia previamente do vicio: restituir oque perdeu + despesas do contrato.

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 Especies de ações
O art. 442 do Código Civil deixa duas alternativas ao adquirente:
 REJEITAR A COISA, rescindindo o contrato e pleiteando a devolução do
preço pago, mediante a AÇÃO REDIBITÓRIA; ou
 CONSERVÁ-LA, MALGRADO O DEFEITO, reclamando, porém, abatimento
no preço, pela AÇÃO QUANTI MINORIS OU ESTIMATÓRIA.
Coisa Prazo Inicio de contagem
entrega eletiva ou
alienação
Movel 30 dias (15 dias se ja 180 dias
esta na posse).
Imovel 1 ano (6 meses se ja 1 ano
esta na posse)
Mesmo havendo ainda prazo para a garantia, o adquirente é obrigado a
denunciar o defeito nos trinta dias seguintes ao em que o descobriu, sob pena
de decadência do direito.

 Se o vicio só puder ser conhecido mais tarde, será a partir do prazo da


ciência.

 Hipóteses de descabimento das ações edilícias


Coisas vendidas conjuntamente
“Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição
de todas”.
Se o defeito de uma comprometer a universalidade ou conjunto das coisas que formem um
todo inseparável, pela interdependência entre elas, o alienante responderá integralmente
pelo vício.
Inadimplemento contratual
A entrega de coisa diversa da contratada não configura vício redibitório, mas
inadimplemento contratual, respondendo o devedor por perdas e danos (CC, art. 389).

Erro quanto às qualidades essenciais do objeto


Vicio redibitório x Erro
o Erro: O erro é psicológico, subjetivo, está na mente do sujeito, interferindo na sua
vontade.
o Vício redibitório: vício redibitório é objetivo, exterior ao sujeito, não está na sua

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vontade, mas na própria coisa, oportunizando, a propositura das ações edilícias.
ERRO NÃO CABE ACÃO REDIBITORIA.

 Disciplina no Código de Defesa do Consumidor.

 Quando uma pessoa adquire um veículo com defeitos de um particular, a reclamação


rege pelo CC. Se, no entanto, adquire-o de um comerciante desse ramo, pauta-se
pelo CDC, que consedira vícios redibitórios tanto os defeitos ocultos como também
os aparentes.

 Os prazos para reclamar em juízo são decadenciais:


Vicios aparentes Vicios ocultos
Produto não duravel: 30 dias Os prazos são os mesmos, mas somente se
iniciam no momento em que ficarem
evidenciados.
Produto durável: 90 dias da entrega

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