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CONHECIMENTO DE PRIMÍPARAS SOBRE OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO


KNOWLEDGE OF PRIMIPAROUS ABOUT THE BENEFITS OF BREASTFEEDING
NIVEL DE CONOCIMIENTO DE PRIMÍPARAS SOBRE LOS BENEFICIOS DE LA LACTANCIA MATERNA
Diana Soares de Azevedo1
Ana Cândida Serafim dos Reis2
Lydia Vieira Freitas3
Priscila Bomfim Costa4
Patrícia Neyva da Costa Pinheiro5
Ana Kelve de Castro Damasceno6

Estudo descritivo que teve por objetivo identificar o conhecimento das primíparas a respeito dos benefícios do aleitamento materno
para a mãe e o recém-nascido, desenvolvido na Maternidade Escola Assis Chateaubriand — MEAC, entre os meses de novembro de
2006 e janeiro 2007. A população se constituiu de puérperas primíparas que se encontravam no alojamento conjunto da Instituição,
sendo a amostra de 252 mulheres. A saúde e o valor nutricional foram os benefícios para o bebê mais citados (48,0% e 14,7%), e
um percentual elevado das mulheres (69,8%) desconhecia as vantagens que a amamentação poderia proporcioná-la. Sabe-se que
conhecimentos corretos sobre aspectos relevantes do aleitamento materno contribuem para o sucesso desse processo, porém não
determinam que a amamentação seja realizada com eficácia. Logo, aponta-se a necessidade de programas educativos consistentes
e uma assistência integral a mulher que contemple o ciclo gravídico-puerperal, além de um cuidado global à sáude da criança.
DESCRITORES: Aleitamento materno; Período pós-parto; Conhecimento.

This is a descriptive study that aimed to identify the primiparous mother’s knowledge about the benefits of breastfeeding for
the mother and the newborn It was developed in the Maternity School Assis Chateaubriand — MEAC, between the months of
November 2006 and January 2007. The population consisted of primiparous mothers who were in the room of the institution.
The sample was of 252 women. Health and nutritional value are the most cited benefits for the baby (48.0% and 14.7%), and
a high percentage of women (69.8%) didn’t know the benefits that breastfeeding could provide for them. It is known that the
correct knowledge about aspects of breastfeeding contributes to the success of this process; however, it does not determine
that breastfeeding is done effectively. So, it highlights the need for consistent educational programs and full assistance to the
woman who contemplates pregnancy and childbirth, in addition to comprehensive care to child health.
DESCRIPTORS: Breast feeding; Postpartum period; Knowledge.

En el siguiente artículo se realizó un estudio descriptivo que tuvo como objetivo identificar el nivel de conocimiento de las pri-
míparas acerca de los beneficios de la lactancia materna para la madre y el recién nacido, desarrollado en la Maternidad Acadé-
mica Assis Chateaubriand — MEAC, entre los meses de noviembre del 2006 y enero del 2007. La población de madres primíparas
fueron las mujeres que se encontraban en salas compartidas de la Institución, y la muestra constituida por 252 mujeres. La salud
y el valor nutricional para el bebé fueron los beneficios más mencionados (48,0% y 14,7%), y un alto porcentaje de mujeres
(69,8%) no conocía los beneficios que la lactancia materna podría proporcionarle. Se sabe que el conocimiento correcto sobre
aspectos relevantes de la lactancia materna contribuye para el éxito de ese proceso, pero no determinan que la lactancia mater-
na sea realizada de manera eficaz. Por lo tanto, se advierte sobre la necesidad de programas educativos sólidos y una asistencia
integral a la mujer que contemple el ciclo que abarca embarazo y puerperio, además de un cuidado integral a la salud del niño.
DESCRIPTORES: Lactancia materna; Periodo de posparto; Conocimiento.
1 Enfermeira do Hospital Infantil Albert Sabin. Fortaleza-Ceará. Brasil. E-mail: [email protected]
2 Enfermeira do Hospital Distrital Nossa Senhora da Conceição. Fortaleza-Ceará. CEP: 60730-590. Brasil. E-mail: [email protected] .
3 Enfermeira. Discente do Curso de Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará — UFC. Endereço: Av. Porto Velho, 650. Henrique Jorge.
Fortaleza-CE. Brasil. E-mail: [email protected].
4 Enfermeira pela UFC. Endereço: Av. da Universidade, 3396 — apto: 101 / Bloco A, Benfica. Fortaleza — CE. CEP: 60020-180. Brasil. E-mail: priscilinhapbc@
yahoo.com.br.
5 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza-CE. Brasil.
E-mail: [email protected]
6 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza-CE. Brasil.
E-mail: [email protected]

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INTRODUÇÃO mento pós-parto, em virtude da contração uterina;


diminuição da ocorrência de anemias e redução dos
A prática do aleitamento materno (AM) não se índices de câncer de ovário e mama(5).
restringe apenas ao binômio mãe e filho, mas possui Torna-se relevante a constante abordagem não
consequências a nível de sociedade, pois uma vez a somente dos aspectos benéficos que a amamentação
criança adequadamente nutrida tem-se repercussões ao seio traz para os bebês, como também proporcio-
na redução dos índices de morbimortalidade neonatal nar às mulheres informações acerca das vantagens
e infantil. que o aleitamento traz para elas, objetivando-se com
Este fato está confirmado em um estudo rea- isso uma melhor e maior adesão por parte delas a
lizado no sul de Nepal, quando se evidenciou que o esse processo de valor inestimável para todos os en-
início precoce do aleitamento materno entre recém- volvidos.
-nascidos em uma comunidade rural está associado Esta falta de conhecimentos influenciando na
com a redução do risco de mortalidade neonatal(1). adesão das mulheres ao aleitamento materno está
No intuito de incentivar esta prática, criou-se no evidenciada em um estudo no qual a população par-
Brasil a Política Nacional de Aleitamento Materno, que ticipante referiu orientações prévias a respeito do
tem por objetivos promoção, proteção e apoio ao Alei- aleitamento materno ainda no período pré-natal, sem
tamento Materno Exclusivo (AME) até os 6 meses e o contudo se mostrarem conscientes da importância
Aleitamento Materno Misto (AMM) até os dois anos do mesmo, mostrando um precário conhecimento,
de idade(2). mesmo com as orientações fornecidas no serviço
O estímulo a esta prática tem apresentado resul- pré-natal(6).
tados importantes em diversos locais do Brasil, como Destaca-se ainda as vantagens sociais do aleita-
mostra um estudo retrospectivo que aprontou que a mento materno, já que o Brasil é um país caracteriza-
média de duração da amamentação saltou de 3,1 me- do pela má distribuição de renda e isto representa um
ses em 1982 para 6,8 meses em 2004(3). Este dado maior risco para o desenvolvimento infantil, de forma
concorda com um outro estudo que encontrou uma que amamentar um bebê é mais barato que alimentá-
proteção maior contra diarréia em lactentes que pra- -lo com leite artificial(7).
ticavam o aleitamento materno, e que esta proteção é A prática do aleitamento materno é permeada
melhorada quando a lactação materna é mantida du- por fatores a favor e contra o seu sucesso. Como fato-
rante os seis primeiros meses de vida da criança(4). res protetores a esta prática tem-se o conceito materno
Aspectos epidemiológicos apontam os bene- sobre o tempo ideal de amamentação, o recebimento
fícios reflexos ao leite humano, de forma que suas de leite exclusivamente materno na maternidade e a
vantagens vão além da esfera biológica e abrangem permanência em alojamento conjunto na maternida-
também a esfera psicológico-afetiva, benefício este de. Como fatores que contribuem para o desmame
proporcionado pelo fortalecimento do vínculo entre precoce aponta-se o baixo peso da criança ao nascer,
mãe e filho, conferindo também importantes benefí- o fato de a mãe trabalhar fora de casa e as dificuldades
cios para as mães e a sociedade como um todo. encontradas pela mãe para amamentar no puerpério
Além de benefícios para o lactente, o AM traz imediato(8).
aspectos de interesse para a mulher, tais como o au- Apesar da reconhecida e comprovada impor-
mento do espaçamento entre as gestações, desde que tância da amamentação, existem crenças que são
a mulher se mantenha amenorréica e a amamentação transmitidas de geração a geração, que interferem
seja praticada sob livre demanda; redução do sangra- no bom desenvolvimento desse processo, levando

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muitas mulheres ao desmame precoce. Dentre eles, O interesse no estudo deste tema surgiu a partir
destacam-se o mito de que o leite é fraco, associação de experiências, no exercício de atividades relaciona-
entre o tamanho da mama e a capacidade de produ- das à amamentação. Durante as atividades, percebeu-
ção de leite, e o uso de chás para o manejo das cóli- -se as dificuldades que as mães, especialmente pri-
cas(9). Dentre os fatores supracitados, ainda percebe- míparas, tinham em relação ao AM. Logo, surgiram
-se o quanto as mães ainda desconhecem aspectos questionamentos que conduziram ao estudo, dentre
inerentes a prática do AM. Está evidente também a os quais: Será que as primíparas estão recebendo
falta de conhecimento primcipalmente com relação a orientações acerca do AM no pré-natal e na mater-
composição do leite humano, já que puérperas par- nidade? Que tipo de orientações estas mulheres estão
ticipantes de um estudo pouco citaram o valor nutri- recebendo no serviço de saúde?
cional do leite humano bem como sua eficácia em Com isto, acredita-se que este estudo é re-
proteger de doenças(10). levante, pois conhecendo o nível de instrução das
Com o intuito de ampliar o conhecimento a mulheres a respeito do AM, pode-se investir em es-
respeito da saúde, têm-se como ferramenta essencial tratégias de educação em saúde focalizada no défi-
a educação em saúde, ou seja, no que diz respeito a cit de conhecimento destas mulheres, podendo as-
amamentação, podemos observar que através de in- sim alcançar um melhor índice de aproveitamento
tervenções educativas bem estruturadas e elaboradas destas estratégias. Portanto, buscou-se identificar o
pode-se conseguir o prolongamento do AME até os conhecimento que primíparas possuem com relação
seis meses de vida. ao AM, destacando sua intenção em realizar o AME
Dentre os profissionais envolvidos no processo até os 6 meses de idade do RN, bem como identificar
de amamentação destaca-se o enfermeiro, pela sua es- o conhecimento adquirido em pré-natal e puerpério
treita relação com as mães, a qual inicia-se durante o a respeito da temática.
pré-natal e tem-se a oportunidade de abordar temas
indispensáveis para a eficácia do mesmo, como aspec- METODOLOGIA
tos voltados para o incentivo do AM. Além disso, pode
continuar promovendo o aleitamento no período Este estudo é de natureza descritiva com abor-
puerperal e durante o acompanhamento de puericul- dagem quantitativa. A pesquisa foi desenvolvida no
tura. Em estudo realizado em um Hospistal “Amigo da Alojamento Conjunto (AC) da Maternidade Escola As-
Criança” com 165 puerpéras com relação ao aleita- sis Chateaubriand (MEAC), em Fortaleza-CE, nos me-
mento materno, percebeu-se que o enfermeiro, é um ses de novembro e dezembro de 2006, e janeiro 2007.
profissional essencial como modelo na comunicação, A população se constituiu de 1.332 puérperas
devendo deixar clara a sua atuação como profissional internadas no AC da instituição. Utilizou-se a fórmu-
e ainda consolidando o seu papel efetivo nas ações de la para cálculo de amostras com populações finitas,
educação em saúde(11). sendo o intervalo de confiança de 95%, o nível de sig-
Esta relação é fundamental para possibilitar nificância de 0,06 e a prevalência prevista de 50%, de
intervenções eficazes, especialmente quando se trata forma que a amostra deste estudo foi composta de 252
de primíparas, dada a comum ansiedade destas com puérperas. Os critérios de inclusão para a seleção da
relação a falta de informação com respeito ao período amostra foram primíparas que estivessem em condi-
vivenciado, medo do desconhecido, ressaltando-se os ções de amamentação após o nascimento. A aborda-
aspectos relacionados ao parto e aos cuidados com o gem as puerpéras foi feita por meio da entrevista, pro-
recém-nascido(12). curando já observar a presença do seu bebê no AC e

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como estava se dando o processo do aleitamento ma- o total de mães não-adolescentes neste estudo, sendo
terno. Geralmente os estudos de pesquisa quantitativa estas 170 (67,4%). Fato positivo é que a maioria das
coletam seus dados através de uma amostra, que é um puérperas estando fora da adolescência, encontram-
subgrupo da população. Usar amostra é mais prático -se mais preparadas para enfrentar uma gravidez e
do que coletar dados de toda uma população. Toda suas conseqüências para a vida da mulher, em virtude
amostra deve ser investigada pelo critério de repre- das responsabilidades e interferências geradas.
sentatividade para que seja de qualidade e realmente
represente a população em estudo(13). Tabela 1 — Distribuição dos dados sócio-demográficos
O instrumento utilizado para a coleta de dados segundo a pretensão das mães em realizar o AME até a idade
recomendada, MEAC, Fortaleza, CE, Brasil, 2006-2007
foi um formulário contendo perguntas objetivas, abor-
dando dados pessoais, a história reprodutiva e aspec- Intenção em realizar
o AME até os 6 meses
tos relacionados aos benefícios do AM para o binômio Variáveis (N=252)
Não
Não Sim Total p
mãe e filho. Sabe
N % N % N % N %
Os dados coletados foram armazenados no pro-
Idade
grama Excel for Windows, analisados pelo programa
<19 anos 18 22 56 68,3 8 9,8 82 32,5 0,19
estatístico Statistical Package for the Social Sciences 19 a 25 anos 39 31,7 76 61,8 8 6,5 123 48,8
(SPSS) versão 13.0, e dispostos em tabelas e gráficos > 25 anos 18 38,3 28 59,6 1 2,1 47 18,7
para uma melhor compreensão dos dados. O teste es-
tatístico utilizado foi o qui-quadrado. A seleção deste Escolaridade
teste adequa-se aos objetivos, pois o qui-quadrado de 0 a 7 anos 34 33,3 58 56,9 10 9,8 102 40,5 0,12
constitui um dos principais testes empregados na aná- > ou = 8 anos 41 27,3 102 68 7 4,7 150 59,5
lise epidemiológica mais elementar, especialmente
poderoso para tabelas de contingência(14). Estado Civil

Com o intuito de seguir as normas da resolução Solteira 22 36,1 38 62,3 1 1,6 61 24,2 0,12
Casada/ União consensual 53 27,7 122 63,9 16 8,4 191 75,8
nº 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacio-
nal de Saúde referente a ética em pesquisa com seres
Ocupação
humanos, o projeto desta pesquisa foi enviado ao Co-
Dona-de-casa 50 27,2 120 65,2 14 7,6 184 73 0,61
mitê de Ética da MEAC e aprovado segundo protocolo Trabalha fora-20h 2 28,6 5 71,4 - - 7 2,8
22/05. Trabalha Fora-40h 20 40,8 27 55,1 2 4,1 49 19,4
Outros 3 25 8 66,7 1 8,3 12 4,8
RESULTADOS
Levando em consideração o critério da Orga-
Inicialmente, apresentamos os dados que retra- nização Mundial de Saúde (OMS), são adolescentes
tam as condições sócio-demográficas das primíparas, todos os indivíduos com idade de 10 a 19 anos. Com
e relação com a sua pretensão em realizar o AME até isto, 82 (32,5%) puérperas eram adolescentes, o que
os seis meses. representa um percentual elevado, já que a OMS reco-
Com relação a idade, das 252 mulheres en- menda que apenas 25% dos partos ocorridos sejam
trevistadas, 123 (48,8%) delas tinham entre 19 e 25 de adolescentes.
anos, mostrando um grande percentual de puérperas Ressalta-se que, apesar de mulheres em dife-
jovens, porém fora do período da adolescência. Soma- rentes faixas etárias, não se observou diferença signi-
do ao grupo as mulheres maiores de 25 anos, tem-se ficativa quanto a intenção em realizar o AME, já que

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o percentual de mulheres que pretendia realizá-lo foi sendo estas 26 (10,3%), enquanto que 134 (53,2%)
semelhante nas três faixas etárias citadas no estudo. das primigestas tinham o mesmo desejo com relação
Em relação à escolaridade, 150 (59,5%) puér- ao ato de amamentar.
peras tinham aproximadamente 8 anos de estudo ou
mais, o que pode significar que elas sejam capazes de Tabela 2 — Distribuição dos dados obstétricos segundo
assimilar mais facilmente conteúdos que lhes fossem a pretensão das mães em realizar o AME até a idade reco-
mendada, MEAC, Fortaleza, CE, Brasil, 2006-2007
transmitidos.
Observou-se também que entre as que tinham 8 Intenção em realizar o AME até os 6 meses
Não
e/ou mais anos de estudo, 102 (40,5%) relataram in- Variáveis (n=252) Não Sim
Sabe
Total p
tenção de realizar o AME. Comparando com as mulhe- N % N % N % N %
N° de Consultas no pré-
res que possuíam entre 0 a 7 anos de estudo, encon- -natal
tramos um índice menor de intenção em amamentar 1 a 3 Consultas 6 54,5 4 36,4 1 9,1 11 4,4 0,36
exclusivamente, já que 58 (23,0%) mulheres tinham 4 a 6 Consultas 32 27,1 77 65,3 9 7,6 118 46,8

este desejo. 7 e + consultas 37 30,1 79 64,2 7 5,7 123 48,8

Quanto ao estado civil, 61 mulheres (24,2%)


Nº de gestações
eram solteiras, e somando as mulheres casadas com Primigestas 69 31,7 134 61,5 15 6,9 218 86,5 0,22
as que relataram união estável tem-se um total de 191 Não- primigestas 6 17,6 26 76,5 2 5,9 34 13,5
(75,8%) mulheres que viviam com os seus compa-
nheiros. Entretanto não observou-se diferenças sig- Tipo de Parto
Vaginal 56 31,8 110 62,5 10 5,7 176 69,8 0,39
nificativas entre estes grupos quanto a pretensão em
Cesáreo 19 25 50 65,8 7 9,2 76 30,2
realizar o AME.
Com relação à ocupação das puérperas, 184 Segundo o número de consultas pré-natais,
(73,0%) mulheres relataram ser donas-de-casa. 123 (48,8%) puérperas haviam realizado sete ou
Dessas mulheres, 120 (47,6%) confirmaram inten- mais consultas e, portanto, deveriam estar cientes das
ção em realizar o AME até os seis meses de vida dos orientações sobre AM, já que o número de consultas
seus filhos. Contudo, cerca de 49 (19,4%) referiram pré-natal por elas realizadas é superior ao mínimo re-
empregos que exigiam carga horária de 40 horas comendado pelo MS.
semanais, o que significa que, possivelmente, essas Em relação ao tipo de parto, constatou-se que
teriam menos tempo para se dedicar à amamentação 176 (69,8%) puérperas tiveram seus filhos através de
e este seria um fator de risco para o desmame pre- parto vaginal. Observa-se na na prática que as mulhe-
coce. Entre elas, 27 (10,7%) pretendem amamentar res que são submetidas ao parto cesáreo apresentam
exclusivamente, nos mostrando que, apesar de uma maior dificuldade para iniciar o processo de amamen-
elevada jornada de trabalho, a maioria delas preten- tação, provavelmente devido ao seu estado pós-opera-
de realizar o AME. tório. No entanto, no presente trabalho o tipo de parto
Após avaliação dos dados sócio-demográficos não influenciou a pretensão das mães em realizar a
das puérperas, buscou-se a análise dos características amamentação exclusiva, já que não observamos im-
obstétricas, relacionando-as com a intenção de ama- portantes diferenças quando esta variável foi relacio-
mentar exclusivamente. nada ao desejo em realizar o AME.
Quanto à história obstétrica, 218 (86,5%), A seguir, serão apresentados os dados relacio-
eram primigestas. Encontrou-se que as não-primi- nados à ocorrência de orientação prévia em AM rela-
gestas apresentam maior intenção em realizar o AME, tados pelas puérperas:

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Tabela 3 — Distribuição das características da orientação comparando as porcentagens das mães que foram
sobre AM, MEAC, Fortaleza, CE, Brasil, 2006-2007 orientadas somente no pré-natal ou na maternidade,
tem-se 9,1% e 40,1% respectivamente.
Variáveis N %
Observa-se que os enfermeiros foram os profis-
Recebeu orientação (n=252)
Sim 219 86,9
sionais mais citados pelas mulheres como principais
Não 33 13,1 orientadores sobre amamentação, e entre os outros
profissionais citados, 12 (28,5%) faziam parte da
Local da orientação (n=252) equipe de técnicos e auxiliares de enfermagem. Logo,
Pré-Natal 23 9,1
evidencia-se a contribuição da equipe de enfermagem
Maternidade 101 40,1
como um todo no incentivo e promoção ao AM.
Pré-natal e maternidade 93 36,9
Outros 2 0,8 A seguir, tem-se a distribuição das respostas das
Não foi orientada 33 13,1 puérperas quanto ao principal benefício que a ama-
mentação proporciona para os seus filhos e para elas
Quem orientou (n=252) próprias.
Médicos 49 19,4
Enfermeiros 88 34,9 Tabela 4 — Distribuição das respostas das puérperas
Outros 42 16,7 relacionadas ao principal benefício que o leite materno
Não sabe/Não lembra 40 15,9 proporciona para os seus filhos e para elas, MEAC,
Não se aplica 33 13,1 Fortaleza, CE, Brasil, 2006/2007
Variáveis N %
Analisando as informações contidas na tabela Benefícios para o filho (n=252)
3, identificou-se que a 86,9% das puérperas referi- Proteção contra doenças 121 48,0
ram ter recebido orientação acerca do AM, mostran- Fatores o crescimento do bebê 60 23,8
Fatores nutricionais 37 14,7
do a importância dada ao tema nos diversos seviços
Não sabe 22 8,7
de saúde. Outros 12 4,8
Quanto ao local de orientação, somando os
percentuais das mães que referiram orientações no Benefícios para a mulher (n=252)
pré-natal e das que foram orientadas em pré-natal e Reduz o sangramento pós-parto 19 7,5
Aumenta o vínculo mãe-filho 14 5,6
maternidade, tem-se 116 (46%) mulheres que rece-
Útero volta ao tamanho pré-gravídico 13 5,2
beram orientação sobre amamentação no serviço de A mulher volta ao peso pré-gravídico 10 4,0
pré-natal. Praticidade e economia 7 2,8
Seguindo o raciocínio acima, 194 (77%) mães Protege contra o câncer de mama 5 2,0
foram orientadas sobre AM na maternidade. Ressalta- Previne o ingurgitamento mamário 5 2,0
Outras 3 1,2
-se que a orientação pós-parto é essencial para que a
Não sabe 176 69,8
mãe inicie e mantenha uma lactação adequada, além
de ajudá-la a evitar e minimizar problemas que ve- Somando-se os percentuais das mulheres que
nham a ocorrer com a mama, como o ingurgitamento sabiam alguma vantagem que o leite materno propor-
e as fissuras. ciona para os seus filhos, tem-se 230 (91,3%) puér-
Porém, dada a relevância do pré-natal na pro- peras. Este foi um dado bastante positivo, dado o grau
moção do AM, considera-se baixa a prevalência das de conhecimento das mães sobre algumas vantagens
mulheres que foram orientadas nesse serviço, já que que o AM traz para os seus filhos. Neste estudo, o be-
77% delas referiram orientação na maternidade e nefício mais citado foi a proteção contra doenças.

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A saúde e o valor nutricional foram os benefí- de trabalho, muitas vezes de forma precoce assume
cios mais citados por elas, verificando-se também que esta mesma característica. Neste estudo, 27% das mu-
entre essas mães que conheciam os benefícios para os lheres possuem atividades trabalhistas. Supõe-se que
bebês a maioria pretendia realizar o AME até os seis que mulheres que tem como ocupação principal o
meses. cuidado com o lar poderiam dispor de mais tempo
Somando-se os percentuais daquelas que sa- para o AM, aumentando o vínculo entre mãe e filho,
biam algum benefício da amamentação para elas mes- favorecendo o sucesso deste processo.
mas, tem-se 76 (30,2%) e dentre os benefícios mais ci- Embora as leis trabalhistas assegurem o direito
tados destaca-se a redução do sangramento pós-parto de amamentar, nem sempre este direito é respeitado,
e o aumento do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. de forma que a ausência de creches, os longos perío-
dos fora de casa, a falta de orientação para ordenha e
DISCUSSÃO conservação do leite e a preocupação com a preser-
vação do emprego são fatores que estão relacionados
Partindo-se dos resultados descritos, tem-se a não-reinvidicação das mulheres com relação a este
que uma parte considerável das puérperas que parti- direito, contribuindo para o desmame precoce e o
ciparam deste estudo são adolescentes (32,5%). Com abandono da amamentação(6).
relação a isto, a literatura ressalta que mães adoles- Contudo, analisando a situação de mulheres que
centes teriam uma maior dificuldade para amamentar possuem vínculos trabalhistas, supõe-se que o AME
devido à sua imaturidade psicológica e inexperiên- durará menos de seis meses, já que a licença-materni-
cia(15). Este dado serve de alerta para os profissionais dade brasileira é de apenas quatro meses para empre-
de saúde que recebem estas garotas para realização sa privada, ficando facultado à mesma prolonga-la até
do pré-natal, que devem dispor de estratégias e tem- os seis meses, atitude recentemente criada e aprovada
po específicos para que estas gestantes possam ser pelo governo federal como forma de incentivo fiscal
melhor atendidas e com isto alcançar a realização do as empresas privadas que aderirem a essa expansão
AME como forma de cuidado ao seu filho. de tempo para a licença maternidade de suas funcio-
Com relação ao nível de escolaridade destas nárias. Salienta-se que as servidoras públicas federais
mulheres, tem-se que o número de anos de estudo e estaduais foram contempladas com licença de seis
representa um indicador fundamental para a análise meses, e a nível de Ceará, uma grande parte das pre-
do nível de instrução da população em questão(16). feituras estão aprovando leis municipais com relação
Diante disto, observou-se nesse estudo que a escolari- a ampliação da licença, incluindo a prefeitura de For-
dade materna é um fator importante na adesão e ma- taleza, bem como as servidoras estaduais.
nutenção do AME até a idade recomendada pela OMS Neste estudo, 48,8% das mulheres realizaram
e pelo Ministério da Saúde (MS). a partir de 7 consultas pré-natal, demonstrando que
O estado civil destas mulheres (75,0% morando esta assistência está em conformidade com as deci-
com seus maridos ou companheiros) se fez relevan- sões do MS, estabelecido através do Programa de Hu-
te nesta análise do ponto de vista que a presença do manização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN) para o
companheiro, por si só, já oferece um bom suporte adequado acompanhamento pré-natal, a gestante deve
emocional a essa mulher durante este período. realizar no mínimo seis consultas devendo ser discuti-
Porém, o fato de uma mulher vivenciar a mater- dos nesses encontros temas relevantes, tais como: se-
nidade sozinha há algumas décadas era impensável, xualidade, desenvolvimento da gestação, preparação
do mesmo modo a presença desta mãe no mercado para o parto, AM, dentre outros(17).

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No que diz respeito ao comparecimento destas mente 50% delas relataram terem tido sete ou mais
mulheres às consultas pré-natal, tem-se que este é o consultas e, portanto, deveriam ter sido orientadas so-
momento ideal para uma abordagem adequada ao bre amamentação durante esse acompanhamento.
incentivo do aleitamento materno, por proporcionar Em um estudo que analisou o serviço de saúde
um contato maior entre a mulher, os profissionais e a relacionado ao aleitamento materno entre os anos de
instituição(18). 1980 e 2004, encontrou-se que houve um aumento
O período pré-natal é uma excelente oportuni- progressivo da adesão das mulheres ao serviço pré-
dade para que as gestantes recebam informações so- -natal, chegando a 100% em 2004, tendo contudo um
bre o AM, durante esse acompanhamento elas devem índice de orientações neste período correspondendo
ser informadas sobre os principais aspectos da ama- a menos de 70%; acrescenta-se que o percentual de
mentação, como o tempo adequado de AME e AMM, mulheres que foram orientadas para amamentar na
além de dificuldades que ela possa enfrentar durante maternidade passou de 47,5% em 1980 para 88,1%
o processo de lactação. em 2004(20).
Corroborando com o fato de que neste estudo Neste cenário, encontra-se a importante atua-
30,2% das mulheres passaram por parto cesáreo, es- ção do profissional enfermeiro no processo de ama-
tudos mostram que as crianças nascidas através de mentação, que neste estudo correspondeu a 34,9%
parto cesáreo apresentavam maior risco para o des- das orientações fornecidas. Além disso, este é quem,
mame precoce(19). Os autores sugeriram que a maior muitas vezes, realiza integralmente o pré-natal de bai-
permanência hospitalar e o padrão de atendimento xo risco das gestantes tendo a oportunidade de desen-
pós-parto dificultam o alojamento conjunto e a ama- volver um importante trabalho de educação em saúde,
mentação sob livre demanda. Esse fato demonstra, abordando aspectos essenciais do AM. O enfermeiro
a relevância do incentivo à prática do parto vaginal também treina e capacita sua equipe de técnicos e au-
quando mãe e bebê estiverem clinicamente aptos para xiliares para a realização da orientação adequada das
esse tipo de parto, visto a sua comprovação para uma gestantes e puérperas sobre amamentação.
amamentação bem-sucedida. Apesar dessa importante contribuição dos en-
Sabe-se que uma adequada orientação sobre fermeiros, ressaltamos a necessidade de um trabalho
AM nesse período, é um dos fatores responsáveis pelo multiprofissional onde cada profissional de saúde
sucesso do mesmo, de forma que nos tranquilizamos deveria abordar os aspectos do AM que mais se re-
ao constatar que 86,9% das participantes deste estudo lacionam com a sua área de atuação, sejam eles nu-
receberam algumm tipo de orientação relacionada ao tricionistas, médicos, assistentes sociais, entre outros.
aleitamento materno. A educação e o preparo das ges- Com isso, as mulheres seriam beneficiadas por uma
tantes para o AM durante o periodo pré-natal, com- assistência integral e completa tanto para ela como
provadamente contribui para o sucesso dessa prática, para seu filho.
particularmente entre as primíparas(5). Partindo agora para a discussão com relação
Encontrou-se um importante índice de mulheres aos benefícios para o bebê que as puérperas conse-
que foram orientadas com relação ao AM somente na guem reconhecer no AM, as mulheres relataram a im-
maternidade (40,1%) e não se deve negar a contribui- portância nutricional (14,7%) e imunológica (48,0%)
ção da orientação puerperal para uma lactação satis- deste processo. A prática do AM é quase sempre refe-
fatória, porém questiona-se a qualidade da assistência rida pelas mães como vantajosa para os bebês, apesar
pré-natal no que se refere a orientação das mulheres de que 8,7% delas não sabia dizer quais seriam esses
sobre amamentação, considerando que aproximada- benefícios.

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Importante ressaltar que observa-se um per- puérpera. E isto também se deve a orientação que os
centual bastante elevado de mulheres que desconhe- profissionais de saúde oferecem às gestantes e puér-
cia alguma vantagem que o AM pode propiciar para peras, que muitas vezes se limita aos benefícios para
elas (69,8%). Isso pode ser explicado pelo fato de não o lactente.
haver uma grande divulgação para a população sobre Com tudo isso, muitas questões devem ser me-
as vantagens da amamentação para a mãe, pois, gran- lhoradas a fim de que se garanta o AME até o periodo
de ênfase é dada as questões relacionadas à saúde do recomendado e para que o processo de amamentação
bebê e, na maioria das vezes, a saúde da mãe é menos como um todo aconteça com êxito. Entre eles, a qua-
visada. lidade da informação repassada para essas mulheres
tanto no pré-natal como no puerpério; os principais
CONSIDERAÇÕES FINAIS fatores envolvidos na interrupção precoce da ama-
mentação; como profissionais e instituições públicas
Percebeu-se que a amamentação é um fenôme- podem intervir positivamente e se as leis trabalhistas
no complexo, já que nesse processo estão envolvidos que apoíam e protegem as nutrizes estão sendo real-
fatores além da interação entre mãe e bebê. Sabemos mente cumpridas. Essas e outras questões se respon-
que conhecimentos corretos sobre aspectos relevan- didas e resolvidas adequadamente podem garantir o
tes do AM contribuem para o sucesso desse processo, AME até os seis meses de vida do lactente, proporcio-
porém isto não determinará que a prática da amamen- nando uma redução significativa nos índices de mor-
tação seja realizada com plena eficácia. Logo, perce- bidade e mortalidade infantis.
be-se a necessidade de programas educativos mais
consistentes e uma assistência integral a mulher que REFERÊNCIAS
contemple todo o ciclo gravídico-puerperal, além de
um cuidado global à saúde da criança. 1. Mullany LC, Katz J, Li YM, Khatry SK, LeClerq
Voltando a nossa atenção às informações que SC, Darmstadt GL, Tielsch JM. Breast-feeding
as puérperas receberam sobre o AM, ressalta-se a patterns, time to initiation, and mortality risk
importância de se questionar e analisar como essas among newborns in Southern Nepal. J Nutr. 2008;
mulheres estão assimilando as informações e se as 138(3):599–603.
mesmas estão sendo repassadas de uma forma clara, 2. Ministério da Saúde (BR). Política de aleitamento
além das suas influências na decisão da mulher em materno. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.
manter o AME até os seis meses. Apesar disso, sabe-se 3. Victora CG, Matijasevich A, Santos IS, Barros AJD,
que apenas o fato de serem orientadas sobre AM não Horta BL, Barros FC. Breastfeeding and feeding
implica diretamente em uma amamentação adequada, patterns in three birth cohorts in Southern Brazil:
pois estão também envolvidos nesse processo fatores trends and differentials. Cad Saúde Pública. 2008;
sócio-econômicos, culturais, entre outros. 24(supl.3):409-16.
Com relação aos conhecimentos das primí- 4. Araújo MFM, Ferreira AB, Gondim KM, Chaves ES.
paras a respeito dos benefícios do AM, temos que A prevalência de diarréia em crianças com uma
a maioria delas ainda considera esta atitude como amamentação ausente ou inferior a seis meses.
sendo de amor e cuidado ao seu filho, dada a im- Rev Rene. 2007; 8(3):69-76.
portância nutricional e preventiva contra infecções, 5. Ministério da Saúde (BR). Parto, aborto e puer-
não tendo como objetivo o cuidado a elas mesmas, já pério: assistência humanizada à saúde da mulher.
que a maioria desconhece os benefícios do AM para a Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

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RECEBIDO: 14/05/2009
ACEITO: 10/11/2009

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