Aula 2 - Introdução À Astronáutica

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Introdução à astronáutica

Aula 2- O Espaço
Prof. Dra. Bruna Niccoli Ramirez - CECS
[email protected]
c a r a ,
ac i a l é
is a e s p e g a r
p es q u e m p r
“A v e m o s
qu e d e l a ? ”
por u r s o s n e
rec
1- Somos dependentes da tecnologia espacial
Todos os dias:

1 - Assistimos à previsão do tempo;

2- Utilizamos o GPS;

3 - Empregamos diversos materiais e objetos


desenvolvidos pelo setor espacial.

, o se to r e s p a c ia l s e preocupa
Primariamente
m o lh a r pa ra a p ró pria Terra.
e
Sensoriamento Remoto
Inicialmente realizado através de fotografias
obtidas em balões e outras aeronaves;

1º GM - Desenvolvimento de filmes
infravermelhos - identificam a camuflagem

1960 → Primeiras imagens orbitais terrestres


(Programas Mercury, Gemini e Apollo).

1972 - Série Tiros - Landsat 1


Imagem criada por IA*
Sensoriamento remoto
Baseia-se na captação e registro da energia refletida ou emitida pela
superfície terrestre. A energia proveniente do Sol incide sobre a Terra e é
refletida para um sensor onde é captada ou o sensor capta a energia de luzes
artificiais, incêndios, entre outras fontes diretas da Terra. As informações
recebidas pelo sensor são transmitidas à Terra para análise.

Obtenção de imagens por


sensoriamento remoto (Florenzano,
2007)
Espectro eletromagnético
[https://www.infoescola.com/fisica/espectro-elet
romagnetico/]

Quanto maior o comprimento de onda menor a frequência; quanto maior a frequência,


menor o comprimento de onda.
Logo, comprimento de onda e frequência são inversamente proporcionais!
Exemplo:

Curva espectral de objetos


terrestres [Florenzano, 2002]

Curva espectral da vegetação, água e solo. Observe que na região da luz visível a vegetação (verde e sã)
reflete mais energia na faixa correspondente ao verde e, por isto, enxergamos o verde intenso das folhas.
Na faixa do infravermelho, a vegetação reflete mais do que os outros objetos, sendo mais fácil
diferenciá-la nesta faixa. Já a água limpa reflete pouco no visível (você a vê como transparente) e quase
nada no infravermelho, sendo representada por grandes áreas pretas nas imagens.
América do Sul observada no espectro
visível pelo GOES em 22/11/2023 às 16h.
América do Sul observada no espectro infravermelho
termal pelo GOES
Um olhar para o Espaço - O cintilar das estrelas

Para saber mais:

https://www.nationalgeographic.
pt/ciencia/por-que-cintilam-as-es
trelas_3693
A observação do céu - especialmente
o céu noturno - trouxe diversos
avanços às sociedades antigas.
A marcação do tempo (calendários) e a
noção de previsibilidade para as
colheitas foram ferramentas
fundamentais para a subsistência
humana.

Os astrônomos antigos haviam observado uma variação da posição do Sol ao longo do ano correspondente a 1° para leste por dia.
O ano é o tempo que o Sol demora para dar uma volta em relação às estrelas. Esse caminho aparente do Sol no céu durante um
ano é chamado de Eclíptica (porque os eclípses só ocorrem quando a Lua está próxima da eclíptica). A figura representa o
plano da eclíptica circunscrito na Esfera Celeste. A eclíptica é a projeção da trajetória aparente do Sol - observada a
partir da Terra - na Esfera Celeste.
Esta Esfera Celeste é um conceito advindo da Grécia Antiga e consiste em uma esfera rotativa de material cristalino,
incrustada de estrelas, tendo a Terra como centro. Claramente este não é o mesmo conceito que hoje temos de Esfera Celeste,
uma vez que hoje a entendemos como um globo fictício de raio indefinido, em que o centro radial é o olho de quem observa o
céu.
VOCÊ acredita que o céu
está tentando lhe dizer
algo?

Imagem criada por IA


Nossa estrela: o Sol
→ Com o advento dos satélites, livres da atmosfera
terrestre, pudemos compreender a radiação
ultravioleta e os raios X do Sol.
→ Em terra temos a atmosfera absorvendo essas
radiações, o que impossibilita sua detecção em solo.
→ O Sol é um aglomerado de gases ionizados (em sua
maioria H e He), que emite radiação ao longo de todo
espectro eletromagnético.
→ As linhas de emissão servem como a impressão
digital de cada átomo, o que nos permite determinar a
composição das estrelas, por exemplo.
Imagens do Sol em diferentes faixas do espectro eletromagnético.
Física Solar
A observação do espectro eletromagnético do Sol
objetiva compreender a estrutura desta estrela e
também as emissões que chegam à Terra. Além das
ondas eletromagnéticas, o Sol também emite um
“vento solar”, que consiste em partículas
carregadas. Este plasma coronal escapa para o meio
interplanetário e atinge a Terra a uma velocidade
de 450 km/s (1,6 milhões de km/h), a uma
temperatura de 10^5 K em uma densidade tênue (10^7
partículas/m^3).
A sonda Ulysses observou variações na velocidade
do vento solar de acordo com a latitude do Sol,
sendo este mais rápido nas regiões polares (700 a
800 km/s).

Representação bidimensional das velocidades do vento solar em


relação às latitudes da estrela (Silva, 2006).
Fenômenos solares observados da Terra

Auroras Boreal e Austral


É medido pelas manchas
Campo magnético solar solares, uso de magnetógrafos
e análise da coroa solar.

Ilustração obtida através de dados do programa


SOHO
Outras razões para olhar para o espaço:
→ Ambiente em queda livre;
→ Elaboração de materiais e medicamentos mais homogêneos;
→ Compreender como o peso afeta a fisiologia humana e o crescimento de
plantas;
→ Busca de novos recursos;

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