Aula 12

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Aula: 12

Temática: Teoria dos Orbitais Moleculares (parte I)

Nas aulas anteriores descreveu-se a Teoria de Repulsão dos Pares


Eletrônicos de Valência (TRPEV) e a Teoria da Ligação de Valência/Hibridação
de Orbitais. Agora abordarei a Teoria dos Orbitais Moleculares, onde os
elétrons de valência são tratados como se estivessem ligados a todos os
núcleos da molécula. Logo, os orbitais atômicos de átomos distintos devem ser
combinados para formar orbitais moleculares. Veja!

Teoria dos Orbitais Moleculares (TOM)


A teoria dos orbitais moleculares (OM) representa uma alternativa para se ter
uma visão da ligação. Considerando-se este enfoque, todos os elétrons de
valência têm uma influência na estabilidade da molécula. (elétrons dos níveis
inferiores também podem contribuir para a ligação, mas para muitas moléculas
simples, o efeito é demasiado pequeno.) Além disso, a teoria OM considera
que os orbitais atômicos, AOs, do nível de valência, não ocorrem quando a
molécula se forma, sendo substituídos por um novo conjunto de níveis
energéticos que correspondem a novas distribuições da nuvem eletrônica
(densidade de probabilidade). Esses novos níveis energéticos constituem uma
propriedade da molécula como um todo e são chamados, conseqüentemente
de orbitais moleculares.

Combinação de orbitais s e p
Um orbital s pode se combinar com um orbital p, desde que seus lóbulos
estejam orientados ao longo do eixo que une os dois núcleos. Se os lóbulos
que interagem tiverem o mesmo sinal, ocorre a formação de um orbital
molecular (OM) que apresenta um aumento da densidade eletrônica entre os
núcleos. Se os lóbulos tiverem sinais opostos, haverá a formação de um OM
antiligante, com uma menor densidade eletrônica entre os núcleos.
Observemos no caso do exemplo da molécula de BeH2:

QUÍMICA INORGÂNICA II
Combinação de orbitais p
Combinando-se dois orbitais p podemos obter resultados distintos dependendo
de quais orbitais p são utilizados. Se o eixo x é o eixo de ligação, então dois
orbitais 2px podem se sobrepor, apropriadamente, se eles se aproximarem
segundo um único eixo, como é mostrado na figura abaixo. Os OMs resultantes
constituem um orbital ligante (σx) com carga eletrônica acumulada entre os
núcleos e um OM antiligante ( σ*x ) com decréscimo de carga entre os núcleos.
Esses orbitais são também classificados como σ, porque são simétricos ao
redor do eixo de ligação. Eles são designados σx e σ*x para indicar que
derivaram de orbitais atômicos px.

No caso dos orbitais 2py e 2pz se sobreporem para formar OMs, eles o fazem
lado a lado, como é mostrado na figura abaixo. Em cada situação, o resultado é
um orbital antiligante com quatro lóbulos e um orbital ligante com dois lóbulos.

QUÍMICA INORGÂNICA II
Esses orbitais são assimétricos em relação ao eixo de ligação; há duas
regiões, em lados opostos ao eixo da ligação, cuja densidade da nuvem de
carga é alta, que é uma característica de um orbital π. Verifica-se como
anteriormente que o orbital ligante concede uma alta concentração da carga
eletrônica na região entre os núcleos, enquanto o orbital antiligante mostra uma
diminuição da densidade de carga nessa região. (Na realidade, cada orbital
antiligante tem um plano nodal entre os dois núcleos).

Caso dois orbitais estejam a uma distância infinita um do outro, a sua


superposição é nula. Casos se aproximam, eles se superpõem e formam um
orbital molecular Ligante (superposição positiva) e um antiligante (superposição
negativa).

Orbitais atômicos combinando-se passam a compartilhar uma região do


espaço. Se a superposição entre os orbitais é positiva, os lóbulos envolvidos se
fundem e formam um lóbulo único no orbital molecular resultante.

Caso a superposição entre os orbitais seja negativa, não acontece a


fusão dos lóbulos, surgindo um plano nodal entre eles e a densidade eletrônica
na região internuclear diminui.

QUÍMICA INORGÂNICA II

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