Aula 12 Relatorio - Controlador - ONOFF

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Curso de Engenharia Elétrica

Disciplina de Eletrônica Analógica

RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA: CONTROLADOR DE TEMPERATURA ON/OFF


JONATAS SIQUEIRA MENEZES
MÁRCIO SCAPUSIO DOMINE
JULIANO HENZ
Objetivo
O trabalho tem o objetivo de se montar um controlador de temperatura ambiente ideal, onde os
limites configurados de temperatura sejam de 25°C mínimo e 30°C máximo. Se o valor máximo
seja ultrapassado, deverá ser acionado uma ventilação por 3 segundos.

Referencial Teórico
SENSOR DE TEMPERATURA LM35
O LM35 é um sensor de temperatura que converte a temperatura em uma tensão proporcional.
É um circuito integrado que parece um transistor comum de encapsulamento TO-92 de 3 pinos
principais:
 Vcc: Alimentação (entre 4V e 20V).
 Vout: Saída de tensão proporcional à temperatura.
 GND: Terra (referência).
O sensor LM35 fornece uma saída de 10 mV por grau Celsius.

AMPLIFICADOR OPERACIONAL (AMPOP)


Amplificador operacional é um componente eletrônico que amplifica a tensão e a corrente de
entrada. E o sinal de saída é resultado do sinal de entrada multiplicado por um certo valor de
ganho.
Principais características:
 Ganho de Tensão em Malha Aberta: Os AmpOps possuem ganho de tensão
extremamente alto em condições de malha aberta, ou seja, sem realimentação.
 Impedância de Entrada Alta: A impedância de entrada dos AmpOps é muito alta, o que
significa que eles não consomem corrente significativa da fonte de sinal, minimizando o
efeito de carga nos circuitos conectados às suas entradas.
 Impedância de Saída Baixa: A impedância de saída dos AmpOps é muito baixa, o que
permite que eles forneçam correntes relativamente altas para cargas externas.
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 Largura de Banda: A largura de banda define a faixa de frequências dentro das quais o
AmpOp pode operar eficientemente sem degradação significativa do sinal. Geralmente,
a largura de banda pode variar de alguns kilohertz a vários megahertz, dependendo do
tipo e do projeto do AmpOp.
 Tensão de Offset: A tensão de offset é a pequena diferença de potencial que pode
existir entre as entradas inversora e não inversora de um AmpOp quando a entrada é
zero. É importante minimizar essa tensão para garantir precisão nas aplicações.
 Slew Rate: É a taxa máxima na qual a saída do AmpOp pode mudar em resposta a uma
variação abrupta na entrada. É especificada em volts por microssegundo (V/µs) e limita
a frequência máxima de operação em algumas aplicações.
 Alimentação: Os AmpOps operam com uma faixa de tensão de alimentação específica,
geralmente simétrica (±) ou única (+) dependendo do modelo. A tensão de alimentação
influencia diretamente a faixa dinâmica e as capacidades de saída do amplificador.
 Estabilidade: AmpOps são projetados para serem estáveis e previsíveis sob diversas
condições de operação, o que é fundamental para garantir o comportamento linear e
confiável em circuitos.

Simbologia e Circuito Equivalente do AMPOP

Impedância de Entrada
A impedância de entrada refere-se à resistência elétrica aparente vista pela fonte de sinal que
está conectada às suas entradas, inversora e não inversora.
Características principais incluem:
 Alta Impedância de Entrada: Os AmpOps são projetados com uma impedância de
entrada muito alta, geralmente na faixa de megaohms (MΩ) a teraohms (TΩ).
 Minimização do Efeito de Carga: A alta impedância de entrada dos AmpOps minimiza
o efeito de carga nos circuitos devido à corrente de entrada extremamente baixa que
passa através das fontes de sinal.
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 Proteção de Fontes de Sinal: A alta impedância de entrada também protege as fontes
de sinal de serem descarregadas ou carregadas indevidamente, o que pode causar
distorção ou deterioração do sinal original.

Impedância de Saída
A impedância de saída de um amplificador operacional refere-se à resistência elétrica que o
amplificador apresenta à carga conectada à sua saída.
Características incluem:
 Baixa Impedância de Saída: Os AmpOps são projetados com uma impedância de
saída muito baixa, geralmente na faixa de ohms (Ω). Isso permite que eles forneçam
correntes relativamente altas para cargas externas sem degradar significativamente o
sinal de saída.
 Capacidade de Dirigir Cargas: A baixa impedância de saída facilita a capacidade de
dirigir cargas externas, garantindo que o sinal amplificado seja transmitido com precisão
e eficiência para o próximo estágio do circuito.
 Mantém a Linearidade do Sinal: A baixa impedância de saída contribui para manter a
linearidade do sinal ao minimizar as distorções causadas pela interação com a carga
conectada.

Ganho se Tensão em Malha Aberta


O ganho de tensão em malha aberta é a relação entre a variação da tensão de saída do
amplificador operacional (Vout) e a variação da tensão de entrada aplicada à entrada do
dispositivo (Vin), quando não há realimentação aplicada. A relação é dada por:

O ganho de tensão em malha aberta é uma característica fundamental dos amplificadores


operacionais que define sua capacidade de amplificar sinais.

Largura de Banda
A largura de banda de um amplificador operacional refere-se à faixa de frequências na qual o
ganho de tensão em malha aberta do dispositivo é mantido dentro de um valor especificado.
Isso significa que o AmpOp pode amplificar sinais com eficácia dentro dessa faixa de
frequências sem degradar significativamente o sinal de saída.
A largura de banda é geralmente especificada pela frequência de corte de -3 dB (ou seja, a
frequência na qual o ganho de tensão é reduzido para 70,7% do valor de ganho máximo em
baixas frequências). Matematicamente, pode ser expressa como:

A largura de banda de um AmpOp é determinada pela resposta de frequência de seu circuito


interno, que pode ser afetada por componentes como capacitâncias parasitas, transitórios e
limitações de velocidade de transição dos transistores utilizados no dispositivo.
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Tensão de OFF-SET
A tensão de offset em um amplificador operacional (AmpOp) é uma pequena diferença de
potencial que pode existir entre as entradas inversora e não inversora quando a tensão de
entrada é zero. Esta característica é importante devido aos seguintes aspectos:
 Origem da Tensão de Offset: A tensão de offset pode ser causada por desequilíbrios
nos estágios do amplificador operacional durante o processo de fabricação ou devido a
variações térmicas e de idade.
 Efeito na Precisão do Amplificador: A tensão de offset pode afetar a precisão de
circuitos sensíveis, como amplificadores de instrumentação e amplificadores de sinais
fracos, introduzindo um erro sistemático na medição.
 Compensação de Tensão de Offset: Para mitigar o efeito da tensão de offset, os
projetistas utilizam técnicas como ajuste de offset (trimming), capacitores de
compensação e técnicas de layout cuidadosas.
 Especificação: A tensão de offset é normalmente especificada pelo fabricante do
AmpOp e pode variar com a temperatura, a alimentação e outros fatores ambientais.
 Impacto em Aplicações: Em aplicações onde a precisão é crítica, como em sistemas
de medição e controle, é essencial considerar e compensar a tensão de offset para
garantir que o desempenho do amplificador operacional atenda aos requisitos de
precisão do sistema.

Alimentação dos AmpOps


A alimentação em um amplificador operacional (AmpOp) refere-se à tensão elétrica fornecida
aos pinos de alimentação do dispositivo para que ele funcione corretamente.
 Tipos de Alimentação: Amplificadores operacionais podem ser alimentados com uma
única fonte de alimentação positiva (+Vcc) ou com uma fonte dupla simétrica (+Vcc e -
Vcc).
 Faixa de Tensão: A faixa de tensão de alimentação varia dependendo do tipo de
amplificador operacional e do fabricante, mas geralmente está na faixa de alguns volts
até várias dezenas de volts. Exemplos comuns são ±15V para amplificadores
operacionais de uso geral.
 Importância da Tensão de Alimentação: A tensão de alimentação determina a faixa
dinâmica do sinal que o amplificador operacional pode amplificar. Tensões mais altas
proporcionam maior amplitude de sinal e potência de saída, enquanto tensões mais
baixas podem limitar o ganho máximo e a resposta em frequência.
 Especificações: Os datasheets dos amplificadores operacionais especificam as tensões
mínimas e máximas de alimentação suportadas pelo dispositivo, além de limitações de
corrente e outras considerações.
 Estabilidade e Desempenho: A estabilidade do amplificador operacional e seu
desempenho geral são influenciados pela qualidade e estabilidade da tensão de
alimentação. Variações excessivas ou ruído na alimentação podem afetar a precisão e a
linearidade do sinal amplificado.
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Aplicações Básicas
As aplicações básicas dos amplificadores operacionais (AmpOps) abrangem uma variedade de
circuitos que exploram suas características de amplificação de sinais de entrada. As mais
comuns são:
Amplificador Não Inversor
O amplificador não inversor utiliza um amplificador operacional para amplificar um sinal de
entrada sem inverter a fase. Este circuito é útil quando se deseja amplificar um sinal sem
alterar sua polaridade.
No amplificador não inversor, a saída é obtida na configuração da seguinte forma:

Onde:
Vin - é a tensão de entrada aplicada à entrada não inversora.
R1 - é o resistor conectado entre a entrada não inversora (+) e o terra.
R2 - é o resistor conectado entre a saída do amplificador operacional e a entrada não inversora
(+).

Esquema:

Comparador
Um comparador de tensão é um circuito que utiliza um amplificador operacional para comparar
duas tensões de entrada e gerar uma saída digital indicando qual delas é maior. É
frequentemente usado em circuitos de decisão ou lógica.
No comparador, a saída é determinada pela comparação das tensões aplicadas às entradas
inversora e não inversora. A saída muda para um nível alto ou baixo dependendo da relação
entre as duas tensões de entrada.

Esquema:
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AMPLIFICADOR OPERACIONAL TL084
O TL084 é um amplificador operacional de baixo ruído e alta precisão, com quatro
amplificadores independentes em um único encapsulamento. Aqui está a pinagem típica:

TEMPORIZADOR (LM555)
O LM555 é um circuito integrado que pode ser configurado como um oscilador monoestável ou
astável, dependendo de como seus pinos são conectados com componentes externos, como
resistores e capacitores.
Modos de Operação:
Astável (Oscilador): Neste modo, o LM555 gera um sinal de saída contínuo que alterna entre
um estado alto e um estado baixo com uma frequência determinada por componentes
externos, geralmente um resistor e um capacitor.

A equação para calcular a frequência é:

O tempo em que a saída permanece no nível alto é dado


por:

O tempo em que a saída permanece no nível baixo é dado


por:

Monoestável (Temporizador de Disparo Único): Neste modo, o LM555 gera um pulso de


saída de duração fixa quando é acionado por uma borda de subida (ou descida) de um sinal de
disparo (Trigger). Após o pulso, ele retorna ao estado inicial até ser disparado novamente.
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Esse tempo também pode ser calculado pela fórmula:


T = 1,1 x R x C

Onde:
T é o tempo em segundos;
R é a resistência em ohms;
C é a capacitância em farads.

TRANSISTOR COMO CHAVE ACIONANDO O RELÉ


Utilizar um transistor para acionar um relé é uma técnica comum em eletrônica para controlar
cargas de maior potência ou corrente com circuitos de baixa potência, como
microcontroladores ou circuitos lógicos.
Um transistor atua como uma chave eletrônica quando está operando na região de saturação
(modo ativo), onde uma pequena corrente na base pode controlar uma corrente muito maior no
coletor-emissor. Isso é utilizado para acionar um relé, que por sua vez controla a carga
principal.
Configuração Típica: Um transistor NPN é comumente usado para acionar um relé. O terminal
do coletor do transistor é conectado ao terminal positivo do relé, enquanto o terminal negativo
do relé está ligado ao terminal negativo do circuito de alimentação.

Funcionamento: Quando uma corrente suficiente é aplicada à base do transistor (através de


um resistor de base adequado), o transistor entra em saturação. Nesse estado, a corrente do
coletor para o emissor é determinada pela carga conectada ao relé, permitindo que correntes
maiores circulem através do circuito do relé, acionando-o.

Equações para o Cálculo do Resistor da Base – RB

Onde:
Vi - é a tensão aplicada à base do transistor.
VBEsat - é a queda de tensão base-emissor quando o transistor está em saturação
IBsat - é a corrente de base necessária para saturar o transistor.
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TEORIA SOBRE O RELÉ E SEU FUNCIONAMENTO
Um relé é um interruptor eletromagnético que é ativado por uma corrente elétrica aplicada à
sua bobina. Quando a bobina é energizada, ela cria um campo magnético que atrai um contato
móvel, fechando ou abrindo os contatos elétricos no circuito principal.
Relés são utilizados para controlar dispositivos de alta potência ou corrente com circuitos de
controle de baixa potência.
Funcionamento: Quando o transistor está saturado (ligado), ele permite que a corrente flua
através da bobina do relé, energizando-a. Isso fecha os contatos do relé, permitindo que a
corrente principal flua através do circuito do relé para controlar a carga.

Desenvolvimento
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O circuito tem a função de um controlador de temperatura ambiente ideal, onde os limites


configurados de temperatura sejam de 25°C mínimo e 30°C máximo. Se o valor máximo seja
ultrapassado, deverá ser acionado uma ventilação por 3 segundos.

BLOCO 5

BLOCO 4
BLOCO 2

BLOCO 3
BLOCO 1
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Tabela 1 – Valores simulados.
Temperatura VOUT1 VOUT2 VOUT3 VOUT4
Tensão ajustada (V)
(ºC) (V) (V) (V) (V)

VREF1 2,7V 27 - - - -

VREF2 3V 30 - - - -
(1) VIN (temperatura) menor que
VREF1
(2) VIN (temperatura) maior que
VREF1 e menor que VREF2
(3) VIN (temperatura) maior que
VREF2

Bloco 1: Amplificador do Sinal de Temperatura.


O circuito do bloco 1 tem por finalidade ampliar o sinal do sensor de temperatura através do
amplificador U2:A (TL084), e ajustado para ter um ganho AV = 10. Esse ajuste de ganho é
realizado através do potenciômetro RV1. Para se ter a precisão do ganho em x10, o
potenciômetro RV1 deve ser ajustado em 90kΩ, conforme cálculos:

Bloco 2: Comparador de Sinal > que 27ºC.


O bloco 2 tem função de comparador, não inversor, de sinal mínimo para atuar, onde o valor de
referência na entrada do pino 6 (+) do amplificador U2:B (TL084) seja 2,7V, valor ajustado
através do potenciômetro RV2. Uma vez que o sinal emitido do bloco 1 for maior do que a
configurada pelo potenciômetro, a saída do comparador será de 12V, acendendo o LED D1,
indicando o funcionamento do comparador.

Bloco 3: Comparador de Sinal < que 30ºC.


O bloco 3 tem função de comparador, inversor, de sinal máximo para atuar, onde o valor de
referência na entrada do pino 9 (-) do amplificador U2:C (TL084) seja 3V, valor ajustado
através do potenciômetro RV3. Uma vez que o sinal emitido do bloco 2 for maior do que a
configurada pelo potenciômetro, a saída do comparador será de 0V.

Bloco 4: Temporizador.
O bloco quando tem a função de temporizador, onde o resistor R8 é calculado para dar um
ajuste de tempo de 5 segundo, conforme cálculo abaixo:

Bloco 5: Bloco de Potência.


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O bloco 5 é o circuito de potência, para acionamento do ventilador caso o nível de temperatura
ultrapasse os 30ºC. Para o resistor de base R5 foi considerado a 10 vezes resistência da
bobina do relé. R5 = 1kΩ.

Obs: Componentes modificados em laboratório.


Bloco 1:
Resistor R1 – 10kΩ

Bloco 2:
Potenciômetro RV2 – 10K
Resistor R4 – 1kΩ

Bloco 3:
Potenciômetro RV3 – 10K

Bloco 4:
Resistor R2 – 1kΩ
Capacitor C1 - 1000µF

Bloco 5:
Resistor R6 – 1kΩ

Conclusão
O circuito foi montado em laboratório, e dadas as dificuldades de se obter os componentes
necessários para a montagem do circuito, algumas modificações e ajustes de componentes
foram necessários.
A cada montagem de bloco; os circuitos foram testados e aferidos. Após a montagem de todos
os blocos, eles foram interligados e colocado em prática o seu funcionamento.
Uma dificuldade de se retirar o sinal do sensor temperatura foi encontrada. Uma possível causa
é mau contato da placa protoboard.
Com alguns ajustes o circuito demostrou sua eficácia ao se aplicar o sinal direto na saída do
bloco 1, os ledes e a temporização do acionamento do ventilador funcionaram corretamente.
Uma vez demonstrado o circuito, sua utilização é prática para monitoramento de temperatura
de ambientes enclausurados, bem como em equipamentos onde necessita-se obter um alarme
de temperatura e a aplicação de uma ventilação forçada.

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