Amplificador Operacional
Amplificador Operacional
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Amplificador Operacional
7.1 INTRODUÇÃO
e1 - es
e2 +
Algumas considerações
0,35
B= , obter valores da faixa de passagem muito próximos ao fu definido.
ts
"Slew Rate" - Este parâmetro está ligado à faixa de passagem à plena potência. Quando num
operacional é injetado um sinal senoidal de alta freqüência, de amplitude superior a um certo
valor prefixado, observa-se a sua saída uma onda triangular. A inclinação desta forma de
onda triangular é o "slew rate”.
Esta limitação tem origem nas características de construção do dispositivo e está diretamente
ligado a um elemento, o chamado capacitor de compensação de fase e à máxima taxa com
que este pode ser carregado. Este capacitor, que nos amplificadores operacionais monolíticos
apresenta tipicamente 30 pF, conta com fontes de corrente de cerca de 30µA disponíveis
para carregá-lo. Assim, dependendo da amplitude do sinal desejado na saída, o amplificador
operacional "não consegue acompanhar o sinal de entrada". Como a corrente num capacitor é
dada pela capacitância vezes a taxa de variação da tensão (fórmula abaixo), ocorre limitação
chamada "slew rate":
∆v
I =c (1)
∆t
∆v I
Sr = = (2)
∆t C
-A
V0
eA +
eB es
A tensão de saída , por causa do circuito diferencial é, portanto, independente das tensões
eA e eB , dependendo sim, de sua diferença, (eB – eA). Exemplificando, sendo eB=10,001 e eA
= 10,000 V, a entrada efetiva é 0,001 V como se eB fosse 0,001 V e eA igual a zero. Esses
10 Volts são então chamados de tensão de modo comum e um amplificador operacional ideal
rejeitará essa tensão de modo comum, respondendo apenas ao 0,001 Volt.
Admitindo um amplificador operacional alimentado com + 15 Volts, sua tensão de saída
será de no máximo, cerca de + 13 Volts, valores em que ocorrem as saturações. Esses limites
só serão maiores se foram aumentadas às tensões de alimentação.
A figura 3 mostra um amplificador operacional que é linear apenas na faixa dos + ou - 10
Volts. Através da curva de transferência, podemos obter o valor do ganho de malha aberta.
15
eS (V)
10
0
-0.6 -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
-5 eB – eA (mV)
-10
-15
Na região linear, fig. 3, o ganho de malha aberta , será AV0 = ∆vsaída/∆ventrada = 100.000 já que
a saída de + 10 V necessita de uma entrada de apenas 0,1 mV. Se considerarmos AV0 no
limite da região de saturação, o ganho será menor , AV0 = 13 V/0,2 mV ~ 65.000.
O circuito básico em configuração inversora pode ser visto na figura 4.
i1 Z1 i2 Z2
ee
-
e’e AV0
+
es
e S = − AV 0 e' e (3)
e temos que
e − e'e e'e −e s
i1 = e = = i2 (4)
Z1 Z2
eS Z 1
=− 2. (5)
ee Z1 1 Z2
1+ 1 +
AV 0 Z 1
eS Z Z2 (6)
=− 2 es = − e
ee Z1 Z1 e
A figura 5 mostra a configuração básica não inversora. O sinal a ser processado é aplicado
na entrada não-inversora e o sinal de saída é realimentado na entrada inversora.
v1
i1 Z1 Z2 i2
e’e -
AV0
+
es
ee
Z1
v1 = e (7)
Z1 + Z2 S
v1 = ee + e ' e
(8)
como e S = − AV 0e 'e
es
v1 = ee − ≅ ee (9)
AV 0
eS Z2
=1+ (10)
ee Z1
Z2
eS = − e (11)
Z1 e
7.6.2 Somador
i3 R3
i2 R2 i4 R4
i1 R1
-
e3 e2 e1 +
es
e e e
e S = − R4 1 + 2 + 3 (12)
R1 R2 R3
R
-
ee
+ es
eS Z2
=− (13)
ee Z1
1 ee
eS = − . (14)
RC s
e, anti-transformando,
1
e S (t ) = − e ( t ) dt
RC ∫ e
(15)
C
-
ee es
+
1
Z1 = Z2 = R
SC (16)
eS = − RC. s.ee
e, anti-transformando
dee (t )
e S (t ) = − RC (17)
dt
Observa-se que na saída temos um sinal es(t) igual à derivada da tensão de entrada ee(t).
Com o uso de operacionais podem ainda ser realizadas fontes de corrente, fontes de tensão,
conversores A/D e D/A , conversores de tensão em corrente, conversores de corrente em
tensão, geradores de varredura, comparadores, etc.
Os comparadores pertencem a uma classe de circuitos muito usados para a conversão de
ainda analógica para sinais de dois níveis. Essa conversão é feita pela comparação do sinal de
entrada com um sinal de referência. Sempre que o sinal passa de um valor menor do que o da
referência para um valor maior , ou vice-versa a tensão de saída do comprador muda
abruptamente de estado. O caráter desta mudança de estado fica a escolha do projetista do
circuito, que pode fazer com que a saída do circuito seja compatível com a lógica TTL, ECL
ou outras, dentro de uma faixa de aproximadamente ± 15 Volts.
Como exemplo, vamos ilustrar um detetor de cruzamento de zero, configuração inversora.
Este é um circuito que determina se a tensão de entrada é maior ou menor que zero. Essa
determinação é feita pela observação da saída, que pode assumir apenas dois estados
possíveis. A saída assume um estado positivo se ve < 0 é um estado negativo se ve > 0. Os
valores da saída podem ser definidos com o uso de diodo zener de valores convenientes.
a)
R1
- R2
ve ie
+ z2
vS
Rp
z1
b) vs
+vZ1
ve
-vZ2
Com uma pequena variação, o circuito acima poderá ser usado para indicar se uma
determinada tensão de entrada está abaixo ou acima de uma dada tensão de referência. Basta
tomarmos o resistor Rp , da entrada não-inversora e conectá-lo a uma tensão de referência.
Assim, a tensão de saída mudará de estado toda vez que a tensão de entrada passar pela
tensão de referência.
R
C C
+v
R -dv/dt R R2 -k 1dv/dt –K2 v +v1
2 2 2 4
d v/dt
RC = 1 R
ENTRADA RC=1 Somador
R R/R2=K2
R
R1
S3
v1 R +K1dv/dt – v1
Somador
R/R 1=K1
7.9 REFERÊNCIAS
"HANDBOOK OF OPERATIONAL AMPLIFIER CIRCUIT DESIGN" David F. Stout, McGraw-Hill, New
York, 1976.
"FUNCTION CIRCUITS, DESIGN AND APPLICATIONS" Y.J.Wong, W.E.Ott, McGraw-Hill, New York,
1976.
"INTEGRATED ELECTRONICS: ANALOG AND DIGITAL CIRCUITS AND SYSTEMS" Jacob Millman &
Christos C. Halkias, McGraw-Hill, New York,1972