Diversidade Religiosa Brasileira
Diversidade Religiosa Brasileira
Diversidade Religiosa Brasileira
MATERIAL DO CURSO
APOSTILA
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
África Ocidental: Yorubás (Nagô, Ketu, Egbá), Jejes (Ewê, Fon), Fanti-Ashanti
(conhecidos como Mina), povos islamizados (Peuhls, Mandingas e Hauçás);
África Central: Bantos: Bakongo, Mbundo, Ovimbundo, Bawoyo, Wili
(conhecidos como Angolas, Congos, Benguelas, Cabindas e Loangos);
Sudeste da África Oriental: Tongas e Changanas entre outros (conhecidos
como Moçambiques).
Cada grupo que aqui chegou tinha suas respectivas crenças e costumes
religiosos. Alguns eram muito mais cultos do que os colonizadores que se
tornavam seus proprietários.
A RESISTÊNCIA À ESCRAVIDÃO
O Brasil tem uma enorme dívida social para com o povo negro afro brasileiro,
por seu trabalho não só braçal como também intelectual na construção da
Nação Brasileira e sua contribuição no âmbito cultural, social, econômico e
político.
O Brasil possui um vasto patrimônio cultural herdado das várias etnias
africanas que para cá foram trazidas. Tal patrimônio inclui as técnicas de
agricultura, mineração, arquitetura, a língua, a religião, a música, os
instrumentos musicais, a dança, os utensílios, o artesanato, a indumentária, a
culinária, o folclore, as festas populares, os folguedos, a linguagem corporal, a
oralidade e a maneira de viver - herança chamada de "africanidade", que deu
ao Brasil um colorido todo especial. São aspectos de uma história cultural a ser
preservada, valorizada e conhecida pelos cidadãos e cidadãs brasileiros.
CANDOMBLÉ
Candomblé é o culto aos Orixás e significa cantar e dançar em louvor, na língua
yorubá.
Surge durante a escravidão, a partir de uma mescla de diferentes cultos
africanos.
RITUAIS E CRENÇAS
O rum, o maior de todos, possui o som grave; o do meio, rumpi, som médio; o
lé, o menor, possui o som agudo.
Crença num Ser Superior, que criou o mundo e a vida, chamado Olorum ou
Olodumare na língua yoruba.
O culto aos Orixás é uma forma de monoteísmo, uma vez que a religião Nagô
admite a existência de um Deus supremo, Olorum (olo = sagrado e orum =
céu).
O contato com a divindade suprema se faz através dos Orixás.
Tem momentos de orientação por parte do pai ou mãe de santo aos que os
consultam.
LIDERANÇA RELIGIOSA
Babalorixá e Ialorixá são os sacerdotes e sacerdotisas que presidem o culto.
Também chamados pai ou mãe de santo.
1. Elemento: ferro.
2. Símbolo: espada.
3. Personalidade: impaciente e obstinado.
4. Dia da semana: terça-feira.
5. Colar: azul-marinho.
6. Roupa: azul, verde-escuro, vermelho ou amarelo.
7. Sacrifício: galo e bode avermelhados.
8. Oferendas: feijoada, xinxim, inhame.
Okô – Orixá das plantas cultivadas. Dá força aos alimentos para manterem a
vida das pessoas.
Traz um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, além de
uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade.
1. Elemento: fogo.
2. Personalidade: atrevido e prepotente.
3. Símbolo: machado.
4. Dia da semana: quarta-feira.
5. Colar: branco e vermelho.
6. Roupa: branca e vermelha, com coroa de latão.
7. Sacrifício: galo, pato, carneiro e cágado.
8. Oferendas: amalá (quiabo com camarão seco e dendê).
Haviam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos.
Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces
balas e brinquedos. Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia,
brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado.
Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que
sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do
seu irmão, pedia sempre a Orunmilá que o levasse para perto do irmão.
Sensibilizado pelo pedido, Orunmilá resolveu levá-lo para se encontrar com o
irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos
que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter
seus pedidos atendidos.
Iansã é a Orixá dos ventos e das tempestades. É a senhora dos raios e dona
da alma dos mortos.
1. Elemento: fogo.
2. Personalidade: impulsiva e imprevisível.
3. Símbolo: espada e rabo de cavalo (representando a realeza).
4. Dia da semana: quarta-feira.
5. Colar: vermelho ou marrom escuro.
6. Roupa: vermelha.
7. Sacrifício: cabra e galinha.
8. Oferendas: milho branco, arroz, feijão e acarajé.
1. Elemento: água.
2. Personalidade: sensível e tranqüilo.
3. Símbolo: cobra de metal.
4. Dia da semana: quinta-feira.
5. Colar: amarelo e verde.
6. Roupa: azul claro, amarelo e verde claro.
7. Sacrifício: bode, galo e tatu.
8. Oferendas: milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos.
Oxóssi – Orixá caçador, protetor das matas e dos animais. Não permite a
violência e a destruição da natureza.
É o grande patrono do Candomblé brasileiro.
Elemento: florestas.
Personalidade: intuitivo e emotivo.
Símbolo: rabo de cavalo e chifre de boi.
Dia da semana: quinta-feira.
Colar: azul claro.
Roupa: azul, amarelo ou verde claro.
Sacrifício: galo e bode avermelhados e porco.
Oferendas: milho, peixe de escamas, arroz, feijão e abóbora.
Elemento: fogo.
Personalidade: atrevido e agressivo.
Símbolo: ogó (um bastão adornado com cabaças e búzios).
Dia da semana: segunda-feira.
Colar: vermelho e preto.
Roupa: vermelha e preta.
Sacrifício: bode e galo preto.
Oferendas: farofa com dendê, feijão, inhame, água, mel e aguardente.
TEXTO SAGRADO
O texto sagrado é transmitido na forma oral. Mitos, lendas, canções, contos,
danças, provérbios, adivinhações, perpetuam as crenças e tradições.
Olorum era uma massa infinita de ar. Um dia, como por encanto, lentamente,
começou a respirar, e uma parte dessa massa de ar transformou-se em água,
dando origem a Orixalá. O ar e a água continuavam a se mover, como uma
dança; e eles mesmos foram se misturando, se misturando e uma parte deles,
juntos e misturados, deu origem à lama. Dessa lama surgiu uma bolha
avermelhada. Olorum maravilhou-se com essa bolha e soprou sobre ela o seu
hálito Emi e deu-lhe vida. Essa forma, em permanente expansão e movimento,
foi a primeira dotada de existência individual. Era um rochedo avermelhado de
laterita: Exú. Assim a existência de todas as coisas é inaugurada pelo sopro do
hálito Emi ou ar divino Ofurufú, produzindo a vida nos planos visíveis e
invisíveis.
A oralidade;
O símbolo; O
diálogo.
O dirigente da mesa pediu que se retirassem, por acreditar que eram espíritos
atrasados (sem doutrina). Mais tarde, os espíritos se nomearam como Caboclo
das Sete Encruzilhadas e Pai Antônio.
Essa nova religião inicialmente foi chamada de Alabanda, mas acabou tomando
o nome de Umbanda.
Atualmente tem diversos grupos religiosos com o nome "Umbanda", com linhas
doutrinárias diferenciadas, mas que guardam raízes muito fortes das bases
iniciais.
Umbanda é uma religião eclética, sem preconceitos, ela reúne elementos dos
ritos africanos, crenças católicas, espíritas, esotéricas e pajelança indígena.
OS SETE MANDAMENTOS DA UMBANDA
1.Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti;
2.Não cobices o que não te pertence;
3.Ajuda os necessitados sem fazer perguntas;
4.Respeita todas as religiões, pois todas provêm de Deus;
5.Não critiques o que não compreendes;
6.Cumpre a tua missão, mesmo que isso signifique sacrifício pessoal;
7.Afasta-te dos que praticam o mal e resiste à tentação.
AS FALANGES NA UMBANDA
Pretos Velhos – São espíritos de velhos africanos que foram trazidos para o
Brasil como escravos e que trabalham na Umbanda como símbolos da fé, da
humildade e da sabedoria ancestral, eles ajudam aqueles que estão em
dificuldade material e espiritual.
Ciganos – Entidades que em vida foram na maioria andarilhos que viveram nos
séculos XIII, XIV, XV e XVI. Eles ajudam no bem-estar pessoal e social, são
entidades conhecidas popularmente como “encantados”.
LITURGIA DA UMBANDA
O culto da Umbanda tem como base a mediunidade e a magia, com sua liturgia
e rituais próprios.
Destacam-se na prática litúrgica os pontos riscados e os pontos cantados.
RITUAIS DA UMBANDA