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Egbé Òrún

Rita de Cássia Monteiro


Para uns uma religião para outros uma filosofia de vida
.
Os povos iorubás

Origem As lendas contam que Ilé-Ifé teria sido o próprio


berço da humanidade. Ali Todos os povos e reinos
descenderiam do deus-rei Odudua, fundador da cidade
sagrada. Outra lenda diz que Odudua seria o condutor de
uma gente vinda do Leste. Após a fundaç ão da cidade
sagrada o povo teria se espalhado pela região e tomou
forma final por volta do final do primeiro milênio. Possível
época da fundação de Oyo, capital política dos iorubas.
Cidades independentes com seus governantes,
camponeses. O Senhor do reino ratificava o poder dos
mandantes de cada cidade que era chamado de Bale e
tinha a assembléia dos notáveis, que era na realidade a
detentora da autoridade. O guarda muralhas, em geral era
um mágico, o babalaô, que recolhia os impostos. Uma
aristocracia improdutiva controlava as armas, o poder
político, o comércio local, nacional e internacional.As
comunidades iorubas que se desenvolveram
principalmente no sudeste da atual Nigéria constituíram
um dos grandes centros civilizatórios da Guiné e chegaram
a influenciar outras civilizações da região, como o reino de
Benin. Esta irradiação cultural não se restringiu apenas ao
continente africano.A maioria dos iorubás vivem em grande
parte no sudoeste da Nigéria; também há comunidades de
iorubás
significativas no Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil.
Os iorubás são o principal grupo étnico nos estados de
Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun, e Oyo. Um
número considerável de iorubas vive na República do
Benin, ainda podendo ser encontradas pequenas
comunidades no campo, em Togo, Serra Leoa, Brasil e
Cuba.Milhares de iorubas escravizados foram
desembarcados no Brasil, fecundando a cultura e a
história do nosso país. Uma explicação plausível sobre
a gênese do povo ioruba, seria as diversas migrações
através das regiões entre o Lago Chade e o Níger.Bem
como tendo acesso ao mar, eles compartilham
fronteiras com os Borgu (variadamente chamados
Bariba e Borgawa) no noroeste, os Nupe (que eles
chamam muitas vezes, "Tapa") e os Ebira no norte, os
Edo que também são conhecidos como Bini ou povo
benin (não-relacionado com o povo da República do
Benin), e os Ẹsan e Afemai para o sudeste. Os Igala e
outros grupos relacionados, encontram-se no nordeste,
e os Egun, Fon, e outros povos de língua Gbe no
sudoeste. Embora a maioria dos iorubás vivam no
oeste da Nigéria, há também importantes comunidades
yorubás na República do Benin, Gana e Togo.
A maioria dos iorubás são cristãos, com os ramos locais
das igrejas Anglicana, Católica, Pentecostal, Metodista,
e nativas de que são adeptos. O islamismo inclui
aproximadamente um quarto da população iorubá, com
a tradicional religião iorubá respondendo pelo resto. Os
iorubas têm uma história urbana que data de 500 d.C.
As principais cidades iorubás são Lagos, Ibadan,
Abeokuta, Akure, Ilorin, Ogbomoso, Ondo, Ota,
Shagamu, Iseyin, Osogbo, Ilesha, Oyo e Ilé-Ifè.
Arte Os Yorubas do Sul da África Ocidental (República
do Benin, Nigéria e Togo, incluindo também peças de
Gana, Camarões e Serra Leoa), tem uma muito rica e
vibrante comunidade artesanal, criando arte
contemporânea e tradicional. O costume de arte e
artesãos entre o Yoruba é profundamente assinalado
no corpo literário Ifá que indica os orixás Ogun,
Obatala, Oxum e Obalufon como central à mitologia de
criação inclusive a obra artística (isto é a arte da
humanidade) Ao longo dos anos, muitos já vieram
cruzar idéias estrangeiras da obra artística e arte
contemporânea com as formas de arte tradicionais
encontradas na África Ocidental.
Língua O iorubá ou ioruba (Èdè Yorùbá, "idioma
iorubá") é um idioma da família linguística nigero-
congolesa, e é falado ao sul do Saara, na África, dentro
de um contínuo cultural-linguístico, por 22 milhões a 30
milhões de falantes.
A língua iorubá vem sido falada pelo povo iorubá há
muitos séculos. Ao lado de outros idiomas, é falado na
parte oeste da África, principalmente na Nigéria,
Benim, Togo e Serra Leoa. No continente americano, o
iorubá também é falado, sobretudo em ritos religiosos,
como os ritos afro-brasileiros, onde é chamado de
nagô, e os ritos afro-cubanos de Cuba (e em menor
escala, em certas partes dos Estados Unidos entre
pessoas de origem cubana), onde é conhecido também
por lucumí).A religião tradicional yorubá envolve
adoração e respeito a Olorun ou Olòdùmarè, o criador,
dos Orixás e dos antepassados, e cultuam 401
deidades; a maior parte desses Orixás são figuras
antropomorfas, que também são associadas com
características naturais. As pessoas rezam e fazem
sacrifícios, de acordo com suas necessidades e
situação. Cada divindade tem as suas regras, ritos e
sacrifícios próprios. Os yorubás rezam para os Orixás
para intervenção divina em suas vidas. Olorun (o dono
do céu), ou Olòdùmarè é o Deus supremo dos yorubás,
ele é o criador, é invocado em bênçãos e em certas
obrigações, mas nenhum santuário existe para ele,
nenhum sacerdócio organizado. Os yorubás, também,
crêem que os antepassados interferem diariamente
nos eventos da terra. Em algumas cidades são feitos
festivais anuais, onde cada Egungun dança, e é
festejado. Como já vimos os yorubás, são um povo com
uma cultura muito rica. Eles superaram muitos
obstáculos para alcançar o ponto em que estão hoje. A
sua cultura e história podem ser vistas ao longo do
mundo, especialmente as convicções religiosas, em
outras
Pensamentos

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse


todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse
toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e
não tivesse amor, nada seria.

Rita de Cássia Monteiro


outras palavras, os yorubás são dos mais influentes
povos do mundo.
Outra explicação que se faz a respeito do aparecimento
das divindades seria que Oxalá ou Obatalá, deus da
criação instalou o seu reino em Ifé, lugar sagrado dos
yorubás. Fala-se que Obatalá tinha um irmão mais
jovem chamado Oduduwa, que ambicionava executar
as tarefas que Olòdùmarè confiou a Obatalá e, para
tanto, fez um ebó, contando com a colaboração de Esu
(Exu), que armou uma cilada, provocando muita sede
em Obatalá, que se encontrava bastante cansado da
viagem. Ao se aproximar de uma palmeira, usando seu
cajado, furou a dita palmeira e bebeu o emu ( vinho de
palma) que jorrava. Exausto embriagou-se
rapidamente e ali mesmo deitou e adormeceu.
Oduduwa que vinha de espreita na retaguarda, passou
à sua frente, e tornou-se fundador dos povos yorubás.
Olodumaré Poucos sacerdotes falam de Olòdùmarè,
pois não existe nenhum altar, nenhum assentamento
dedicado a ele e nenhum filho ou filha lhe é
consagrado. A religião é parte essencial da cultura dos
povos africanos, e acreditam que Olòdùmarè seja o ser
supremo, é o Obá Orum, rei do céu. É ele acima de
tudo; omnipresente, ele é Olorun Alagbara, o Deus
Poderoso. Diz a mitologia yorubá que Olòdùmarè, junto
com a criação do céu e da terra, trouxe para a
existência as outras divindades Orixás, para o ajudar a
administrar a sua criação, e a importância de cada
divindade depende da posição dentro do panteão
yorubá. Olòdùmarè é o Deus Supremo dos yorubás,
merecedor de grande reverência, o seu status de
supremacia é absoluto.
Ele é onipotente – tão onipotente que para Olòdùmarè
nada é impossível, ele é o rei cujos trabalhos são feitos
para perfeição. Ele é imortal – Olòdùmarè nunca morre,
os yorubás crêem que seja inimaginável para Elemi (o
dono da vida) morrer. Ele é onisciente – Olòdùmarè
sabe tudo, não existe nada que se possa esconder
dele; ele é sábio, tudo está ao seu alcance. Alguns
estudiosos afirmam que a religião yorubá, é a religião
monoteísta mais antiga da humanidade.
Os orixás são deuses africanos que correspondem a
pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão
relacionados às manifestações dessas forças. As
características de cada Orixá aproxima-os dos seres
humanos, pois eles manifestam-se através de emoções
como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso,
são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema
simbólico particular, composto de cores, comidas,
cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até
horários. Como resultado do sincretismo que se deu
durante o período da escravatura, cada orixá foi
também associado a um santo católico, devido
devido à imposição do catolicismo aos negros. Para
manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a
disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos
quais cultuavam apenas aparentemente.
Apresento a seguir as descrições de alguns dos orixás
mais cultuados:
( ya lúaye )
Náná ( mais conhecida no Brasil)

Anil, Branco e Roxo Símbolo: Bastão de hastes de


palmeira (Ibiri) Elemento: Terra, Água, Lodo Domínios:
Vida e Morte, Saúde e Maternidade Saudação: Salubá!
Nanã, a deusa dos mistérios, é uma divindade de
origem simultânea à criação do mundo, pois quando
Odudua separou a água parada, que já existia, e
liberou do “saco da criação” a terra, no ponto de
contacto desses dois elementos formou-se a lama dos
pântanos, local onde se encontram os maiores
fundamentos de Nana.
Òsálá
Cor: Branco leitoso. Simbolo: Opáxoró Elementos:
Atmosfera e Céu Domínios: Poder procriador masculino,
Criação, Vida e Morte Saudação: Epa Bàbá Òsálá é o
detentor do poder procriador masculino. Todas as suas
representações incluem o branco. É um elemento
fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de
água, a proto forma e a formação de todo o tipo de
criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume
duas formas: Òsóguiãn jovem guerreiro, e Òsólúfãn,
velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). Òsálá
é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de
ordem, da limpeza, da pureza. A sua cor é o branco e o
seu dia é todas
sexta-feira Os seus filhos devem vestir branco neste
dia. Pertencem a òsálá os metais e outras substâncias
brancas.
Esú ( Exú )
DIA: Segunda-feira. CORES: Preto (ou seja, a fusão das
cores primárias) e vermelho. SÍMBOLOS: Ogó de forma
fálica, falo erecto. ELEMENTOS: Terra e fogo. DOMÍNIOS
Sexo, magia, união, poder e transformação. SAUDAÇÃO
Laroié! Exu (Èsù) é a figura mais controversa do
panteão africano, o mais humano dos orixás, senhor do
princípio e da transformação. Deus da terra e do
universo; na verdade, Exu é a ordem, aquele que se
multiplica e se transforma na unidade elementar da
existência humana. Exu é o ego de cada ser, o grande
companheiro do homem no seu dia-a-dia. Muitas são as
confusões e equívocos relacionados com Exu, o pior
deles associa-o à figura do diabo cristão; pintam-no
como um deus voltado para a maldade, para a
perversidade, que se ocuparia em semear a discórdia
entre os seres humanos. Na realidade, Exu contém em
si todas as contradições e conflitos inerentes ao ser
humano. Exu não é totalmente bom nem totalmente
mau, assim como o homem: um ser capaz de amar e
odiar, unir e separar, promover a paz e a guerra.
." Existem inúmeros mistérios no universo. Mas quem
somos não é um deles. Essa resposta está dentro de
nós. "

Não lute para desvendar Os mistérios do


universo Procure desvendar a si mesmo Através da
sabedoria do seu coração.

Rita de Cássia Monteiro


òyá ( yásãn )

Dia: Quarta-feira Cores: Marrom, Vermelho e Rosa


Símbolos: Espada e Eruexin Elementos: Ar em
movimento,qualquer tipo de vento, Fogo Domínios:
Tempestades, Ventanias, Raios, Morte Saudação:
Epahei! O maior e mais importante rio da Nigéria
chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país.
Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através
de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido
com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa
rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais
poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos
nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá
Mésàn, Iansã (Yánsàn).
òsún ( Oxum)
Dia: Sábado Cores: Amarelo – Ouro Símbolo: Leque
com espelho (Abebé) Elemento: Água Doce (Rios,
Cachoeiras, Nascentes, Lagoas) Domínios: Amor,
Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação: Eri Yéyé ó! Na Nigéria, mais precisamente
em Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio
Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas
as riquezas, a protectora das crianças, a mãe da
doçura e da benevolência. Generosa e digna, Oxum é a
rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais
importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a
dona
É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do
grande poder feminino.
LOGUN EDÉ
DIA: Quinta-feira CORES: Azul-turquesa e Amarelo-ouro
SÍMBOLOS: Balança, Ofá, Abebè e Cavalo-marinho
ELEMENTOS: Terra (floresta) e Água (de rios e
cachoeiras) DOMÍNIOS: Riqueza, Fartura e Beleza
SAUDAÇÃO: Logun ô akofá!!! Logun Edé (lógunèdè) é o
orixá da riqueza e da fartura, filho de Oxum e Oxóssi,
deus da guerra e da água. É, sem dúvida, um dos mais
bonitos orixás do Candomblé, já que a beleza é uma
das principais características dos seus pais. Rei de
Ilexá,caçador habilidoso e príncipe soberbo, Logun Edé
reúne os domínios de Oxóssi e Oxum e quase tudo que
se sabe a seu respeito gira em torno de sua
paternidade. Na Nigéria, a cidade de Logun Edé chama-
se Ilexa e é uma das mais ricas e prósperas da África,
anualmente fazem encontros com vários festivais vindo
pessoas de toda as partes da África.
Entre outras divindades menos cultuada esta também:
Aganju – orixá dos vulcões e desertos, pai de Xangô, às
vezes seu irmão em outras histórias Babaluaê – orixá
da doença e das infecções, e também da cura de todos
os males Erinlê – orixá da saúde física e do bem-estar,
também o médico dos deuses Exu – orixá das
encruzilhadas, dos cruzamentos, trapaceiro, brincalhão,
mensageiro entre os homens e os deuses Ibejí –
divindades africanas infantis da juventude e da
vitalidade, também conhecidos como os gêmeos
sagrados, um menino e uma menina Ibeji - divindades
africanas da juventude e da vitalidade, também
conhecidos como os gêmeos sagrados Obatalá – orixá
da humanidade e da retidão moral e espiritual,
também rei das roupas brancas e segundo filho de
Olorun Obá - orixá do casamento e da vida doméstica,
também a mulher abandonada de Xangô e filha de
Iemanjá Oxumaré - orixá do movimento direto,
serpente-arco-íris, guardião das crianças, da mudança
de sexos, senhor das coisas alongadas e controlador do
cordão umbilical Oko - orixá da agricultura e da
colheita Olokun - orixá das profundezas dos
oceanos, dos abismos e significa sabedoria insondável
Olorun – Deus e Criador do Universo, também pai de
todos os orixás, também conhecido como o Pai do Céu
Ori – conceito metafísico de intuição espiritual de uma
pessoa e seu destino, significa “cabeça”
Orunmilá - orixá da sabedoria, da adivinhação e da
previsão Oxum - orixá da beleza, do amor, da
fertilidade e das águas doces (rios) Oxossi - orixá da
caça e defensor dos acusados e daqueles que são
vítimas de injustiça Oiá – orixá guerreira dos ventos,
das mudanças repentinas, dos furacões e poderosa
feiticeira.
Ossain - orixá da floresta, curandeiro natural e
guardião das ervas Xangô - orixá do fogo, do
relâmpago e do trovão, também representa o poder
masculino e a sexualidade Iemanjá – mãe divina
africana, divindade da humanidade, dos mares, filha de
Obatalá e esposa de Aganju/Xangô.
No total temos exatamente 16 orisás cultuados no
Brasil oque não acontece com a àfrica muito de nossos
orisás para eles são beldades estão acima
dos orisás.
No Brasil cultuamos e até mesmo incorporamos
os orisás,segundo minhas pesquisas,entendi que
aqui no Brasil assim como em Cuba e outros países
que cultuam orisás,existem dois tempos,um seria o da
crianção humana e o outro mais provável que seja
oque cultuamos no Brasil devido a tantas misturas,e
com a escravatura,então não incorporamos o orisá
diretamente e sim um himálé (um Ancestral) então
quando em transe dançamos
demostrando oque aquela entidade representa ao
orisá,muitos acreditam ser o próprio orisá prostrado no
corpo humano mas prefiro mostrar o mais profundo e
verdadeiro estado deste transe.Bem vamos começar a
entender: Orísá ( orixa) já falamos sobre o orí ( cabeça)
e sabemos que ele é o Deus mais respeitado pelos
deuses,e a palavra orisá (orixa) vem mostrando a
verdade,então seriamos,orí
iluminado,termos mais proximo da palavra orisá,então
em transe nosso orí ( cabeça) nos leva a nossa
Divindade e com gestos dançantes a energia nos
acalanta ao sagrado chamado orisá,que na verdade
vem ser um ancestral regido da energia,pois se
fossemos realmente incorporar nossos orisás,não
suportaríamos,devido a tamanha energia que ele
representa na terra dos vivos.Então o mensageiro
pode ser um Ancestral,de nossa linhagem ele sim teria
mais conhecimento sobre o corpo humano já que teve
esta forma,orixá eram seres de luzes da criação de
Olodumarê ( Deus ) costumo sempre mostrar entre os
iorubas e o cristianismo dentre outras religiões que
orisá seria tão somente os anjos citados pelo
cristianismo e outras religiões mais que dão outros
nomes,mas que podemos entender serem anjos
guardiões,é assim que vejo e sinto orisá como anjos
intocáveis,que vem a terra porem não podemos senti-
lo de corpo e alma então nossos Ancestrais fazem este
trabalho por conhecer melhor a massa humana.
Então quando uma pessoa e pré-destinada a ser
iniciada na religião iorubá,seguem-se alguns ritos
sagrados e todos mostram que tudo se inicia pela
cabeça ( ori)todos os atos seguem uma só regra pedir
permissão ao nosso ori ( cabeça) para que aceite nossa
adoração ao orisá.
Impressionante como Olodumarê é perfeito em todas
as coisas,pois nosso ori ( cabeça) é o Deus mais
sagrado que existe.
O que podemos entender então?que nosso ori com vida
divina sopro divino jamais pode ser contrariado
e nem mesmo os orisás fazem tal insulto,se a cabeça
não aceita,nada pode ser feito aquela pessoa.Já que
falamos sobre formação do mundo,de anjos e de Deus (
Olodumare) fale ressaltar aqui que nos seres humanos
recebemos ao nascer um orisá regente tal como um
anjo e de acordo com nosso trato feito ao órún ( céu)
somos trazido a terra com a missão ou o tratado de
cultuar estes orisás,e ai me perguntam: Mas o mundo
inteiro deveria então cultuar orisá como único
existente.Não se lembrarmos da perfeição de
olodumarê ( Deus) quando nos deu o livre arbítrio,a
balança do mundo pendeu a muitos erros,infelizmente
a criação do mundo dos vivos causou muitos
erros,entre historias e estorias podemos ver que até
mesmo a bíblia sagrada tem mais a vontade própria do
homem usando seu livre arbítrio que realmente o
sentido de Deus o criador de todas as coisas.Quando
digo que cada ser tem seu tratado,estou falando já dos
erros ou como alguns conhecem o pecado original.
Nossos orisás ( orixas) erraram e erraram muito na
criação e na ordem emitida pelo criador,por esta razão
tivemos oque temos hoje no mundo,e cada
ser tem sua marca registrada mostrando os erros e
oque deveríamos acertar,mas diante de tantas
colocações e visões diferente sobre o Criador,a terra
dos vivos foi criando mitos e deuses a seu bel-prazer e
entendimento,cada qual sua energia sagrada,com
seu mais profundo segredo gravado na alma,e ao meio
de tantos tratados não conheço um que tenha se
cumprido pois a cada acerto vieram ainda mais erros,e
hoje estamos a beira de uma extinção,sim nos seres
humanos estamos a beira de desaparecer do Ayé (
terra dos vivos) se realmente o mundo surgiu como diz
o Big-Ben de onde será que vem nosso Deus ori (
cabeça inteligente)se observarmos os animais eles tem
sempre a mesma forma de viver e nos humanos
estamos sempre nos diferenciando entre nós mesmo
especie e raça e tudo isso vem destes dos primórdios e
ao invés de evoluirmos apenas pioramos e
aprimoramos inteligentemente outras formas de errar
diante da criação.hoje erramos entre nós e erramos
diante da natureza presenteada por Olodumarê (
Deus).
Infelizmente nos seres humanos não respeitamos o
tratado divino desde de seu inicio por isso esta
constante idas e voltas,e assim foram se formando
Santos,Deuses,Semi-Deuses,orisás,e claro a incarnação
e reencarnação mas tudo num único proposito
consertar o que nunca se conserta adquirimos mais
inteligência mas que só nos leva ao nada sobre nós
mesmo.Sempre penso nos bárbaros,nos tempo da
Inquisição ,nos massacre em massa,nos hominídeos,na
era cristã,em tudo o homem evoluiu muito porem sua
maldade também.
Então criou-se a terra e o céu,na terra vive os que
devem mudar e no céu os que se cansaram de viver ao
que parece nascer é como perder toda evolução
por isso existem partes sagradas que os deuses não
desem a terra,para não perder o que a muito já se
perdeu,a ordem sobre a criação.A inteligência humana
não para suas busca por paz,por ambição é como uma
guerra que jamais será vencida pois ao passo da paz
vem a ganancia e o poder então tudo começa
novamente.
Assim foram os orixás na criação do
mundo,erraram,ambicionaram,lutaram pelo poder
e nos herdamos isso,retornamos com nosso DNA ,já em
evolução,mas nascemos inteligente para morrermos
ignorante,e acumulamos ainda mais nossos
tratados,pois viver é criar inimigos,amores e ideias
mesquinhos que não nos leva a nada.
Quando vamos a igreja queremos nos redimir dos
pecados,quando vamos ao candomblé é pela mesma
razão não queremos sofrer e buscamos nos santos o
entendimento e alivio para nossas dores. Muitas vezes
isso ajuda,mas quando passa a ser constante a
necessidade de nos aliviar diante do sagrado e nada se
resolve então perdemos a fé,perdemos a esperança e
criamos a depressão,o medo o ódio,a discórdia,alguns
se tornam feras de si mesmo e de seus e assim nascem
os assassinos,os bárbaros, e os piores terror podemos
assistir sem nada fazer,e encontramos na religião o
perdão,porque para Deus tudo é perdoável.Hó doce
ilusão humana esconder sempre seus erros atras do
sagrado,é ai que devemos entender que nada se acaba
e jamais veremos o paraíso prometido enquanto não
consertarmos o paraíso da vida humana dada pelo
criador.
E assim entre anjos e demônios,entre força e
amor,vamos errando,errando.
Enquanto existir o mastro da fé em mentes fortes,as
mentes fracas vão se destruindo e enchendo seus
tratados de volta ao mundo dos vivos.
Por isso em tempos atras quando se morria uma
criança antes da idade adulta era um choque,hoje é
natural nascer e morrer,pode ser mera ilusão de minha
parte acreditar no Egbé-Orun,sociedade das crianças
do céu,mas conforta-me saber que se há um tratado
uma promessa só poderia ter sido feita na mais pura
inocência,e como na bíblia do novo testamento diz:
Vinde a mim as crianças pois delas é o reino do céu.
Posso entender que é la que mora a inocência de meu
espirito sobre a criação divina.
O mundo paralelo entre trevas e luz já vem do,
nascimento onde as pessoas se perdem diante do orixá
( orisá) esú ( exu) que mostra hora em forma de
demônio ora em forma de semi-Deus por ser o
mensageiro direto do céu,mas na verdade oque é
realmente este semi-Deus? se não a continuação da
nossa vida terrestre.
Suas cores já nos mostra o sentido da vida,vermelho
preto e o branco. Esú ( exu) nestas cores esta
mostrando a nós seres humanos o poder da criação em
juntar os corpos e fazer a vida acontecer até mesmo na
sua forma de desordeiro ele é o único que pode colocar
ordem ao universo construído pelo sagrado e grande
senhor de todas as coisa ( Òlodumare ) Deus.
São diversas historia contadas sobre este orisá ( orixa)
mas quero explicar aqui qual realmente é sua função
diante da humanidade se não a unica mas sim a
primeira no desejo do supremo Criador.Então suas
cores ja nos diz: Vermelho ( sangue) Preto o obscuro
oque não se enxerga ,branco,o sangue branco
chamado esperma que,pois esu é contunação e em
uma de suas varias lendas ele foi oque recebeu ordem
de Olodumare mas então dividir seres humanos dos
semi-deuses os orixás porque até então assim como
anjos nossos orixás não tinham sexo definido tinha sim
a silhueta mulher,silhueta homem,força feminina e
força masculina,não havia então desejo carnal existia o
desejo de terminar e colocar a criação perfeita
diante do poderoso e grandioso pai ( Òlórún) também
nome de Olodumare ( Deus) ao meu ver caros
leitores,estes nossos deuses,tinham apenas um
proposito entender a criação,e tudo faziam para assim
agradar a Olodumare.Se eles queriam e precisam e
sentiam que deveriam agradar a Olodumarê ( Deus) é
porque esta essência estava no próprio criador,sempre
questionei a crença das pessoas diante de Luciffer ( O
primeiro anjo criado a semelhança de Deus)se ele era a
semelhança e primeira criação porque então ele
desejava tanto ser Deus? se o mesmo não o
desejasse?então é ai que esta os ocultos e fantasias
criada pelo homem,o livre arbítrio é do próprio
criador.Cabe a nos respeitarmos e entendermos esta
colocação respeitando assim o toldo do mistério tão
somente inventado para se esconder erros diante dos
mais fracos.Voltamos ao vermelho,preto e branco de
esu ( exu).decifrando estas cores do mensageiro em
sua missão para com os seres humanos.
O vermelho fecundado no sangue branco (esperma)do
obscuro útero,para que assim nasça o ser humano para
a luz vida terrestre.
Existem varias historias,mas historias foram feitas para
serem contadas e acreditadas jamais
questionadas,mas é ai que nasceu o poder do mistério
diante do homem com sua inteligência.
Criou-se o medo,criou-se a dor e o pecado eterno,então
oque deveria ser belo,virou apenas o nada do sentido
correto da criação humana,os católicos chama de
pecado original,onde o sentimento mais puro poderia
ser o horror do criador.
mas nas disputas de entender eu sei você não sabe,é
que o mundo esta como esta hoje grandes pensadores
contaram suas historias e quem acreditou passou a
idolatrar e assim se esqueceram de pensar de procurar
em cada um o seu verdeiro e original entendimento é
ai que chamo de mente forte domina mente fraca e
assim os grandes foram oprimindo os que pouco
pensavam,vejam a ironia se ele pensou e conseguiu
passar oque acreditava,da mesma forma poderia
ajudar estas mentes fracas a chegar em sua própria
conclusão mas se assim não fosse todos seriam
inteligentes e capazes de pensar
então haveria igualdade e não mais o livre arbítrio e
como então ficaria a historia sem tragédias sem os
grandes homens sem os guerreiros e sem as ambições
de poder,será que não existiria a historia seriamos
então todos uma lenda diante da criação.
Ou seriamos seres perfeitos como agora nestes últimos
tempos de vida humana dizem existir os seres de luzes
que nos observam com mais inteligência e mais
capacidade diante dos olhos de Deus,estes seres para
mim são os mesmos orisás hoje em uma de suas
missões mais esquecida pelo mundo exterminar a
humanidade e assim recriar o tão desejado projeto de
Deus.Tudo continua,tudo se multiplica e se perde ao
mesmo tempo hoje não existe somente a guerra dos
seres iluminados pela criação hoje existe a guerra
entre deuses e seres humanos,como na mitologia
grega,as diversificada religiões ainda apontam para um
mundo melhor mas somente na morte,não creio que
um novo big-ben possa salvar alguns seres humanos
visto que hoje nosso planeta esta mais desgastado que
o da primeira vez quando estava para ser construído o
novo mundo e este já foi reconstruído duas vezes
desde de então.Pensando na massa terra ( ayé) terra
dos vivos ( seres humanos) ela não suportaria
mais tantos desatinos então moldaram um plano
espiritual e é la que talvez sejamos reciclados para
assim voltar a habitar a tão sonhada terra de Deus
com seus filhos e semi-deuses.
falamos de esu ( exu) agora vamos falar do primeiro
orsá criado e seu nome original é Oni ( ogum) como diz
seu nome Òní ( Único)ao meu ver Olodumarê queria
um único filho já em sua forma humana e então criou
Ogum,e deu a ele como a todos depois de sua criação
todos os poderes que emanados tão somente de seu
próprio ser Celestial e Poderoso.Assim como todos os
orixás Ogum também tem suas varias historias ou
estorias lendas e afins,mas ele permaneceu na terra
após oduduwá (filho de Deus enviado para a criação do
mundo)ter terminado oque òbátálá ( também originado
filho de Olodumarê ( Deus) ter falhado na missão da
construção do mundo.Ele Ogum andou pelo mundo
vazio já tinham as vegetações e o mundo era belo
calmo só havia ruido das águas do mar o sol que
brilhava mostrando o sorriso do criador,ogum andava
nu assim como chegou ao mundo,mas admirava as
plantas e se apegou ao dendezeiro muito semelhante
as folhas do coqueiro e até mesmo as folhas do
coqueiro eram sua maior paixão,assim
como os fruto do coqueiro lhe chamava muito atenção
por ser uma arvore alta com seus frutos la em cima
quase perto do céu ,dando a entender que
estavam bem mais próximo do criador que ele que
parecia tão pequeno diante de tudo que ele via.Não
podemos dizer quanto tempo ele viveu sozinho nesta
terra construída por Òlodumare ( Deus)mas sabemos
por suas cantigas cantadas em versos e orações
chamada pelos iorubas de ófós e Orikis,que ele perdeu
a paciência cansou de ser sozinho,então começou a
querer descobrir coisas e descobriu,descobriu o
fogo,descobriu o ferro que continha na terra no mar e
no ar e assim criou o ofangê ( especie de espada
pequena como uma adaga)e se admirou com sua
descoberta,e saiu feliz e com ela cortava tudo que via
pela frente,folhas,frutos,abria caminhos dentre as
matas,e assim por tempos Ogum ficou em paz mas não
demorou muito para se cansar da descobertas então
começou a seguir sempre enfrente,e as vezes ao
redor,e outras vezes se via em outro lugar então heis ai
o porque falamos que Ogum é quem abre caminhos,e
assim foi por tempos ogum abrindo caminhos cortando
folhas,frutos e forjando com o ferroe o fogo.
Mas a solidão lhe cobria,sempre deseja estar no òrún
pois lá haviam mais semi-Deuses mas ele precisava
cumprir com os desejos de Olodumarê esta era sua
missão mas sozinho não via muito oque fazer e então
em uma noite que olhava para o alto do coqueiro onde
a lua se escondia timidamente e desejou,desejou não
ser mais sozinho,poderia alegrar a Olodumarê mas
como se nada tinha a ser feito com oque descobrirá
seu Ofangê (adaga)
poderia cortar todas as folhas todos os matos mas isso
não agradaria ao grande pai e criador.E desejou
imensamente voltar ao orun e assim adormeceu.O
lindo sol ja ardia os olhos e queimava a pele quando
Ogum acordou...sentiu que seus olhos mau podiam
exergar de tanta luz lembrou-se do orún e de quando
fora mandado para o Àyé por seus supostos pais
Oduduwá o criado de ifé e sua mãe Yemú,quando seu
pai Oduduwá ficará cego temporariamente e
novamente sentiu saudades do òrún ( céu).
Na verdade a função de Ogum na terra dos vivos era
dar inicio a vida humana.Porem é bom nos lembrar que
a lenda diz o segui ente:Lendas estas que são cantadas
até hoje em seus orikis e ofós
rezas.
Ogum é considerado o principal orixá a descer do Orun
(o céu) para o Aiye (a Terra) após a criação, um dos
semideuses visando a uma futura vida humana. Em
comemoração a tal acontecimento, um de seus vários
nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro
orixá a vir para a Terra". Ogum foi provavelmente a
primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da
África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun,
que significa "afundar na terra e não morrer", em um
lugar chamado 'Ire-Ekiti' É também chamado de Ògún,
Ogoun, Gu, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na
mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode.É
filho de Oduduwa e Yemu. Ogum é o filho mais velho
de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de
Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego,
Ogum tornou-se seu regente em Ifé. Ogum é um orixá
importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de
acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o
último Igbá imolé. Os Igba Imolé eram os duzentos
orixás da direita que foram destruídos por (Olodumarê)
( Deus)
após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que
restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros
quatrocentos orixás da esquerda. Foi Ogum quem
ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele
tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca,
machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as
quais ajuda o homem a vencer a natureza.
Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os
reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre
um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra
a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou
muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê,
matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e
regressou glorioso, usando ele mesmo o título de
Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum
Gu.Como podemos ver este semi-Deus ja veio com
este proposito a terra mas será que era realmente isso
que Olodumarê deseja,se bem que ele o próprio senhor
e criador já havia exterminados os que foram enviados
e não respeitaram as leis por ele dada ou desejada.
Vamos conhecer a natureza humana deste semi-Deus.
o arquétipo de Ogum é o das pessoas fortes,
aguerridas e impulsivas, incapazes de perdoar as
ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que
perseguem energicamente seus objetivos e não se
desencorajam facilmente. Daquelas que, nos
momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria
abandonado o combate e perdido toda a esperança.
Das que possuem humor mutável, passando de
furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos
comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das
pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se
arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de
discrição quando lhe prestam serviços, mas que,
devido à sinceridade e franqueza de suas intenções,
tornam-se difíceis de serem odiadas.Como vemos
temos no mundo de hoje pessoas assim com o mesmo
temperamento de Ogum,então voltando a falar dos
tratados do céu,da sociedade das criança do céu o
egbé-órun.Em toda historia ou se preferir em todas as
lendas sempre nos mostra que so estamos aqui por
algum proposito pois todos querem sempre estar no
aconchego do orún ( céu).Mas em
obediência ao pai todo poderoso,acabamos por vir e
nem sempre conseguimos agrada-lo,mas será nossa
culpa assim como foi a culpa dos semi-
deuses?realmente é muito complicado entender o pai
da criação a não ser se o vemos com os olhos da nossa
própria imagem e somente assim poderemos tirar o
que é de ruim e assim consertar e alegrar o nosso
amado criador,como vemos todos usaram de seus
livres arbítrio deste de a formação do mundo mas
todos tinham um proposito um tratado no orún.
Vamos falar agora da cidade de Ogum,como tudo
aparentemente começo quando lhe foi dada árdua
missão para os novos habitantes do ayé ( terra dos
vivos).
Irê ( A cidade de Ogum)

Irê era um reino pequenino, cercado por sete vilarejos,


distante 22 Km ao nordeste de Ado (a capital de Ekiti).
Irê ganhou fama por ter sido conquistada por Abalaju, o
kankofô (general) de Ifé, que por tanto colecionar
vitórias em suas batalhas, foi intitulado “ologun”
(senhor da guerra) e posteriormente elevado a mito
como o Orixá Ogun.
Ogun era filho de Odudua, o oni de Ifé.
Quando Ogun tomou Irê, entronou seu filho
Ogundaunsi como onirê, e prosseguiu sua odisséia de
lutas intermináveis. Segundo os mitos locais, no
retorno de uma dessas campanhas militares, Ogun
teria se enfurecido com Ogundaunsi e matado o próprio
filho. O itan que imortalizou este episódio, relata que
estando anos combatendo longe de Irê, Ogun chegou
ao reino sem receber festas, nem homenagens, nem
mesmo respostas às suas indagações. Tudo era silêncio
em Irê. O rei se enfureceu e saiu decepando as
cabeças de todos aqueles que estavam a sua frente;
até finalmente ser informado de que todos os seus
súditos estavam em uma semana de contrição
religiosa. Ogun fora então tomado por um profundo
remorso que o fez enterrar sua espada no chão e ali
mesmo mergulhar desaparecendo com um grande
estrondo. Ogun tornara-se assim um Orisá ( orixa)
prestem atenção heis ai o começo da humanidade e
não estamos mais falando do Oni o primeiro a andar
sozinho no mundo e sim já de sua descendência onde
já existia a vida humana e a crença dos céu.
No local onde o rei de Irê enterrou sua espada, foi
erguido um altar em seu louvor. Este monumento
existe até hoje, tornando Irê o centro de adoração a
Ogun: o Orixá das guerras, do ferro e da forja.
Embora descendente de Odudua, Ogun nunca quis usar
o tradicional adê (coroa feita com franjas de miçangas
para esconder o rosto do rei); ele usava uma simples
diadema, denominada acorô.
Ogun teve muitos filhos, com as muitas mulheres com
as quais se casou ou simplesmente se aventurou. Ogun
autorizou seus filhos a se espalharem pela região para
fundarem novos reinos: Igiri, fundou Adja Were; Edeyi,
tomou a cidade de Ilodô e passou a ser seu
governante. O neto de Ogun (Abessan), fixou-se em
Ibanigbe Fuditi e ganhou fama como grande guerreiro.
Todos esses descendentes de Abalaju, passaram a
história sendo conhecidos também como Ogun.Seu
filho bastardo Oraniã, tornou-se obá de Oyó e de outros
reinos. Irê fica em uma região arborizada, com
aproximadamente 460 m, de altitude. Hoje, é uma das
21 cidades que compõem o Estado de Ekiti, na Nigéria.
Irê faz parte do chamado Iorubo: os reinos africanos de
etnia nagô, que utilizavam o idioma ioruba.
Heis ai os erros e os tão pouco acertos guerras vencida
e humanos na terra,mas ainda temos mais.
Estou falando aqui dos principais orisá (orixas)regente
ao mundo do vivos ayé ( terra) se nos reportarmos aos
7 cavaleiros do Apocalipse conseguirmos ver cada
caveiro e qual seu orixá atuante em sua forma,vamos
falar de Odé o cassador,que algumas lendas falam que
era inseparável de Ogum,basta saber em que tempo
creio eu que seria já com os primeiros humanos
habitando na terra dos vivos,ou mesmo na época ainda
antes de ogúm sumir no chão como um semi-deus e
voltando como orisá.
" Odé o cassador "
Divindade da caça que vive nas florestas. Seus
principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e
um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas
aparece como irmão de Ogum e de Exú. Oxossi é o rei
de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho
de Apaoka (jaqueira).
É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal
associado à realeza e aos antepassados.
Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta,
sob a forma de um grande elefante, que se
transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos
filhos que são abandonados e criados por Oxum.
Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está
relacionado com as árvores e os antepassados,
vejam ai os mistérios de Egbé_órun.
As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos
dos antepassados femininos. Relaciona-se com os
animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador
valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege
contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois
que foi abandonado por Iansã e também porque na
qualidade de caçador, tem que se afastar das
mulheres, pois são nefastas à caça. Está estreitamente
ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de
caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e
prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na
floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele
esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são
refrescantes. Em algumas caracterizações, veste-se de
azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante
chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz
nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na
cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua
dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e
para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita
imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso,
propicia a caça e protege contra o ataque das feras.
Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por
Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem
que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu
suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela
beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum
consegue penetrar na floresta, com suas armas de
ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite,
à lua; suas plantas são refrescantes. Em algumas
caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e
vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas
enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e
branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco,
uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o
gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda,
o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que
persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e
gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas
do Candomblé.
Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da
floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a
flora, gera progresso e riqueza ao homem,
e a manutenção do sustento, garante a alimentação
em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá
Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas
usadas nos rituais de Umbanda. Irmão de Ogum,
habitualmente associa-se à figura de um caçador,
passando a seus filhos algumas das principais
características necessárias a essa atividade ao ar livre:
concentração, atenção, determinação para atingir os
objetivos e uma boa dose de paciência.Segundo as
lendas, participou também de algumas lutas, mas não
da mesma maneira marcante que Ogum. No dia-a-dia,
encontramos o deus da caça no almoço, no jantar,
enfim em todas as refeições,pois é ele que provê o
alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo
bom plantio e boa colheita para todos. Segundo
Historiadores, o culto a Oxossi é bastante difundido no
Brasil mas praticamente esquecido na África.
A hipótese de alguns pesquisadores é que Oxossi foi
cultuado basicamente no Keto, onde chegou a
receber o título de rei. Essa nação, porém foi
praticamente destruída no século XIX pelas tropas do
então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi
foram vendidos como escravos no Brasil,
Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande
prestígio e força popular, além de um grande número
de filhos. O mito do caçador explica sua rápida
aceitação no Brasil,pois identifica-se com diversos
conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região
tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos
igualmente arraigados na Umbanda popular e nos
Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos
africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte
do País.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco
mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos,
alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um
negro, como manda a tradição, mas com um Índio.
Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram
ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque
é para Oxum, com quem teria mantido um
relacionamento instável, bem identificado no plano
sexual, coisa importante tanto para a mãe da água
doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já
que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele
é a austeridade e o despojamento.
Segundo algumas casa de candomblé no Brasil,onde
é denominada ao candomblé de Ketú,são varias as
estorias contadas mas segue-se muito oque se canta
pois e no canto que a verdadeira historia é mostrada,
assim como Ogum teve suas varias historias
misturadas por conta de divisão de tempo e como
sempre uma historia contada por muitos ela sempre
acaba ou se perdendo ou apenas aumentando alguns
fatos perdidos ao longo de tantas vezes que já fora
contada,mas os antigos não mudam são sempre as
mesmas orações e o mesmo Oriki,Ofós que nos leva a
essência deste orisá.Mas vale lembrar que a historia
contada onde odé o cassador nascera de uma Opaoká (
jaqueira )não é toldo uma lenda mas confundiram
muito,odé,otim,e propriamente o chamado oxosse,ou
assósi,aqui no Brasil e Cuba muito conhecido como
odé,e em algumas ragiões brasileira como no sul eles
cultuam os dois Òtin,e Odé como espojados,mas não é
bem isso Òtín veio muito tempo depois que odé
habitava a terra dos vivos ele realmente nasceu de
uma jaqueira segundo a lenda mas sua mãe não era
uma jaqueira e sim Ossossí uma divindade que deu a
vida a odé em um pé de jaqueira.
A mesma que encontrava-se Ogúm deitado observando
as lua e o sol,fora isso que ardia
aos olhos de ogum e ele não conseguia ver e da
Jaqueira saiu odé ,que aprendeu com Ogum todo seu
oficio de forjar ferro,os dois andaram juntos por muito
tempo,creio eu que como semi-Deuses eles apenas
desejam e eram ouvidos e assim nasceu òdé o que
todos falam que nasceu da jaqueira mas na verdade foi
de Ossósi ( oxosse) que hoje se resume a tudo,odé
oxosse uma coisa só na visão de quem tantas historias
ouviu e foi passando,mas os cantigos
mostram uma outra verdade.
Quando a modernidade de hoje as pessoas que
conheceram ao culto volto a lembrar que até uns 45
anos atras deste nosso tempo não existia,Otin,Irilé,so
se cultuava a Odé o cassador com o passar dos tempos
foram buscando mais verdades e como sempre essas
se misturaram as fantasia vamos falar de Odé o
cassador,e também falar um pouco mais sobre otim e
irillé vejam bem são tempos diferente,já com a
existência humana na terra então como sempre digo as
lendas se misturaram e cada um conta oque ouviu.
Entendimento

Oxóssi (Òsóòsi) é o deus caçador, senhor da floresta e


de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e
da riqueza. Actualmente, o culto a Oxóssi está
praticamente esquecido em África, mas é bastante
difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da
América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se
ao facto de a cidade de Kêtu, da qual era rei, ter sido
destruída quase por completo em meados do século
XVIII, e os seus habitantes, muitos consagrados a
Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e
nas Antilhas. Esse facto possibilitou o renascimento de
Kêtu, não como estado, mas como importante nação
religiosa do Candomblé.
Oxóssi é o rei de Kêtu, segundo dizem, a origem da
dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu,
Rei, Senhor de Kêtu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em
África cabia ao caçador descobrir o local ideal para
instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro
ocupante do lugar,com autoridade
sobre os futuros habitantes. É chamado de Olúaiyé ou
Oni Aráaiyé, senhor da humanidade, que garante a
fartura para os seus descendentes.
Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel
civilizador importante, pois na condição de caçador
representa as formas mais arcaicas de sobrevivência
humana, a própria busca incessante do homem por
mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no
espaço da natureza e impor a sua marca no mundo
desconhecido.
A colecta e a caça são formas primitivas de busca de
alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que
representa aquilo que há de mais antigo na existência
humana: a luta pela sobrevivência.
Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele
que aprende a dominar os perigos da mata e vai em
busca da caça para alimentar a tribo.
Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da
cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural,
visto que adquire significados sociais, mágicos,
religiosos) sobre a natureza.
Astúcia, inteligência e cautela são os atributos
de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse
caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode
errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo
que faz, está permanentemente em busca da
perfeição.
Em África, os caçadores que geralmente são os únicos
na aldeia que possuem as armas, têm a função de
salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa
guardião. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um
guardião especial, pois salvou seu povo do terrível
pássaro das Iyá-Mi.
Outras histórias relacionadas com Oxóssi apontam-no
como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a
floresta e levaram o homem à evolução.
Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum –
dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve
estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidas,
são ainda mais imbatíveis.
Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn),
com quem aprendeu o segredo das folhas
e os mistérios da floresta,com isso tornou-se um
grande feiticeiro e senhor de todas as folhas,mas teve
que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.
Auto-respeito, autoconhecimento, autocontrole
conduzem a vida ao poder supremo.

O verdadeiro campeão vence calado por que sabe que


é no silêncio que encontra o auto-controle e sabe
também que o pódio é só uma questão de tempo e
disciplina ... lá vão está pessoas que gritarão seu nome
e outras que ficarão em silêncio descontroladas

Rita de Cássia Monteiro


A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a
sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká
a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a
intimidade de Oxóssi com essa árvore.
A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi
desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou
orixá.
Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte,
porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o
quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio
de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele
não acredita na morte.
Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma,
que podem manter a mesma expressão quando alegres
ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas
emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas
insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para
si.São pessoas que podem parecer arrogantes e
prepotentes, e às vezes são.
. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados,
cautelosos, inteligentes e atentos,seleccionam muito
bem as amizades, pois possuem grande dificuldade
em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são
pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme
deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo.
Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam
uma amizade é para sempre.
São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita
a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com
estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e
agradando a todos.
Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade
para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar
possui leveza e elegância. A sua presença é sempre
notada, mesmo que não façam nada para isso
acontecer.
Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam
à espreita, observam atentamente tudo que se passa à
sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez,
são introvertidos e discretos,vaidosos, distraídos e
prestativos, comportamento típico de um
caçador, provedor do seu povo. E como tudo acontece
em pról da criação heis Odé oque garante o alimento
ao povo mas se notarmos algo no caminho se perdeu
como sempre.
Pois são gerações e gerações de desavenças que este
cassador passou em varias passagem de sua vinda ao
àyé,mas sempre preso as floresta e é de la que vem a
força maior de Egbé-Orun,mas os tratados nunca forma
cumpridos até os dias de hoje.
Contarei uma passagem negativa do cassador,alguns
dizem ser lendas mas os cantigos rezam isso esta
passagem.

Erinlé é o Orixá da caça, cultuado as margens do rio


Erinlè e considerado por muitos como pai de Oxum. A
palavra Erinlé quer dizer “Terra dos Elefantes” e por
isso é considerado o caçador de elefantes tendo seu
Fio-de-Contas na cor Marfím. Para muitos do culto Afro-
Brasileiro, Erinlé é uma qualidade de Oxóssi, o Odé dos
elefantes, essa qualidade é chamada de Oxóssi Inlé e
tem afins com Oxaguian e Oxum. Erinlé recebe
oferendas de acarajé, inhames, bananas, milho, feijão
assado, tudo regado com azeite-de-dendê. Tido por
alguns como filho de Ainá, Erínlè é considerado por
outros como filho mítico de Yemoja e de Olokun. É um
orixá caçador, pescador e um médico, por conta do seu
grande conhecimento da floresta e da flora. Enquanto
médico dominou, antes de Ossãe, o poder da botânica.
Não é incomum para os sacerdotes de Erínlè
carregarem um cajado (òsù) semelhante ao
que carregam os sacerdotes de Ossãe e de Ifá devido à
sua importância como curandeiros medicinais.

" O Mito de Erinlé "

Havia um caçador chamado Erinlé, o grande caçador


de elefantes. Um dia uma mulher passava perto de um
rio e ali perto, junto ao bosque, avistou o caçador. Ele
pediu a ela que lhe desse água para beber, a mulher
entrou no rio até a altura dos joelhos e, quando se
inclinou para apanhar água,ouviu de Erinlé a ordem de
que entrasse mais fundo. Mais fundo no rio entrou a
mulher, mas percebendo que o rio ia afogá-la, saiu
imediatamente da água, com medo de ser morta. Ela
ouviu então a voz do caçador, que era o próprio rio,
reclamando que ela não trazia oferenda alguma,ela
queria recolher sua água, mas nada lhe dava em troca.
Ninguém pode entrar no rio profundo sem trazer
presentes, tempos depois, quando Erinlé foi cultuado
como orixá, seus seguidores o chamaram de Ibualama,
que quer dizer “Água Profunda "
Entendimento de Oxosse aos olhos do novo mundo.

Oxóssi tem origem na mitologia africana, era


antepassado africano respeitadíssimo, filho de
Yemanjá, irmão de Omulu-Obaluaiê e rei da cidade de
Oyó, localizada na África sudanesa - de onde provêm
os povos nagô (ketu, Ijexá e Oyó) e Mina-jeje. ( já
podemos entender nesta passagem que este seria já
um de nossos ancestrais após a criação do mundo) pois
aqui falamos da escravidão quando o povo destas
cidades chegaram em terras estranhas. (
Continuando) Também é considerado o caçador por
excelência. É o Orixá da caça e da fartura. É
representado como um arco e flecha. No período da
Escravidão, muitos negros que cultuavam Oxóssi não
resistirão aos maus tratos, ao cativeiro e ao trafico de
escravos, porém seu culto continuou no Brasil e Oxóssi
tornou-se num dos orixás mais populares, tanto no
candomblé, onde se tornou o rei da nação Ketu, quanto
na Umbanda, onde é patrono da linha dos caboclos,
linha importantíssima na Umbanda.
Ele mora na floresta, sendo simbolizado pela cor verde
na umbanda, e recebendo a cor azul clara ou o Prata
no candomblé. Sendo assim, roupas, guias e contas
costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo,
entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também,
seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais
como penas e sementes.
Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha),
lanças, facas e demais objetos de caça. É um caçador
tão habilidoso que costuma ser homenageado como "o
caçador de uma flecha só", pois atinge o seu alvo no
primeiro e único disparo, devido sua precisão. Conta a
lenda que um pássaro maligno ameaçava a sua aldeia
e Oxossi era caçador, como outros. Ele só tinha uma
flecha para matar o pássaro e não podia errar. Todos
os outros já haviam errado o alvo. Ele não errou, e
salvou a aldeia.
Oxóssi representa a busca pelo conhecimento puro e
sem maldade: a ciência, a filosofia. Pode-se pedir
auxílio a Oxóssi por qualquer questão importante em
qualquer setor da vida,mas os fiéis conhecedores do
Orixá costumam orar para solucionar problemas no
trabalho e desemprego.
Já que, a busca pelo pão de cada dia, significa a
alimentação da tribo, responsabilidade dos caçadores.
E assim mais um de nossos semi-deuses encerra um
circulo para os seres humanos que ainda continuam a
procurar a perfeição para um mundo melhor sem fome
sem dor.
" Logunedé "

Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um


orixá africano que, na maioria dos mitos,costuma ser
apresentado como filho de osun ( oxum) e odé o
cassador que se torna Ibualama, como contamos a
lenda em ossosí ( oxosse).
do iorubá Ibùalámo. Segundo as lendas, vive seis
meses nas matas caçando com Oxóssi e seis meses
nos rios pescando com Oxum. É cultuado na nação
Ijexá como sua mãe, mas também nas nações Ketu e
Efan, sendo o seu culto muito difundido nos candombés
brasileiro,No entanto, existem outras versões acerca de
sua filiação. Se, na maioria dos mitos, Logunedé surge
como filho de Oxum e Oxóssi, em outros, um pouco
mais raros, aparece como filho de Ogum e Iansã. Há,
Confusões e problemas se manifestam por falta de
conhecimento e domínio próprio

Ser humano, limitado pelo ego. Humano cego, movido


por objeto. Auto-controle, ações automáticas. Decisões
sem raciocínio, todas problemáticas. O prazer é mais
belo. Que o conhecimento ao certo. A sabedoria
sempre foi fútil. Para o humano, ser inútil. O véu da
ilusão cobre todo Universo. Pois o prazer é mais belo.
Que o conhecimento ao certo.

Rita de Cássia Monteiro


ainda, histórias que contam a lenda de Logunedé como
filho desses quatro orixás, apresentando-o como nada
mais, nada menos, que uma representação dos orixás
gêmeos, Ibeji. Por isso é um dos orixas mais belos da
religiã,e sempre citado
nos culto a Igbé-Orún ,são diversas as lendas sobre
esta divindade hoje cultuada como orisá ( orixá)mas
em alguns cultos ioruba ele é uma divindade muito
superior a orisá ( orixa).
Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é o
herdeiro dos asés ( axé) de Oxum e Oxóssi, que se
fundem e se mesclam como mistério da criação. Trata-
se de um orixá que tem a graça, a meiguice e a
faceirice de Oxum e a alegria e a expansão de Oxóssi.
Se Oxum confere a Logunedé asé (axé) sobre a
sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade,
Oxóssi lhe passa os asés ( axé) da fartura, da caça, da
habilidade, do conhecimento.
Essa característica de unir o feminino de Oxum ao
masculino de Oxóssi,muitas vezes, o leva a ser
representado como uma criança, um menino pequeno
ou adolescente,formando assim oque a
humanidade precisa têr em sua caminhada junto ao
ayé ( terra dos vivos)seriam eles então a formação da
sagrada e abençoada familia.E assim também nos leva
a relembrar de Egbé-Orun o lar doce e sagrado do céu
das crianças.
Com Logunedé, completa-se o triângulo iorubá "pai,
mãe e filho" que também se repete nas trilogias
católica (Pai, Filho e Espírito Santo),egípcia (Ísis, Osíris
e Hórus), hindu e tantas outras.Como símbolo da
pureza, muitas vezes Logunedé também é visto como
um ser andrógino.Ao contrário do que muitos pensam,
Logun Edé não é de características masculina e
feminina, não é bissexual.Na verdade, possui uma
grande relação com Oxum, sua mãe, e com Erinlé, seu
pai, trazendo, consigo, a personalidade desses dois
orixás e algumas características marcantes, mas nada
que o transforme em um hermafrodita que, durante
seis meses, é Oboró, e durante seis meses, Ìyábá,
como algumas pessoas assim o dizem e usam deste
artifício para denotações homossexuais.e como no
incio caros leitores e narrei a vocês que não existia o
desejo carnal e sim desejo divino,so depois é que esú
( exu) trouxe com suas cores o desejo da carne para
assim trazer os seres humanos a terra.
Existem templos para Logun Ede em Ilesa, seu lugar de
origem, onde, em alguns itans, é citado como um
corajoso e poderoso caçador com máxima coragem
relacionada à de um leopardo.Ao contrario do que
dizem e seguem alguns contadores de estorias sobre
Lógúnédé, esta divindade foi casado com 3
esposas,seu culto embora diferenciado é totalmente
ligado ao cúlto de osun ( oxum) sua referida mãe o
qual ele admirava por demais.é um orixá de extremo
bom gosto. Seus objetos devem permanecem junto aos
assentos de Osun e, sempre quando agradado,
devemos agradar sua mãe. Tem predileção ao
dourado, é um orixá muito vaidoso, é considerado o
mais elegante de todos os orixás.
De Oxum, sua mãe, Logun Edé herdou o lado belo e
vaidoso, Pois Oxum lança mão de seu dom sedutor
para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais
reverenciada.Deusa da fertilidade, na Nigéria é dela o
rio que leva o seu nome e, no Brasil, dela são as águas
doces dos lagos, fontes e rios. Água que mata a sede
dos humanos e da terra,que assim se torna
fecunda e fornece os alimentos essenciais à vida.
Oxum menina dengosa, passando pela mulher
irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre
dona de uma personalidade forte, que não aceita ser
relegada a segundo plano, afirmando-se em todas
circunstâncias da vida. Com seus atributos, ela dribla
os obstáculos para satisfazer seus desejos.
De Odé, seu pai, herdou o dom da caça, pois Òdé é da
família dos cassadores e seus símbolos são o ofá, a
lança de caça e o ogue. Òdé é a mais pura
representação do desenvolvimento do homem,
conhece os segredos da caça, também símbolo de
prosperidade e formação de comunidades.
Ele busca o alimento com coragem e é considerado o
guerreiro das matas, é corajoso, viril e Logun Edé tem
estas características, é um orixá guerreiro.
Mas se, em várias tradições, ele é considerado um
orixá masculino, em algumas é confundido com a
homossexualidade ou a bissexualidade,o que ocorre
quando se interpreta ao pé da letra o mito que afirma
viver, Logunedé é seis meses como homem e seis
meses como mulher. Na verdade, a interpretação mais
aceita seria que essa se trata de uma metafora
Até que os leões inventem as suas próprias histórias,
os caçadores serão sempre os heróis das narrativas de
caça.

Até leões contarem histórias, os contos glorificam o


caçador.

Rita de Cássia Monteiro


para falar dos axés herdados por ele de seus pais,
Osún e Odé. Após ser abandonado e viver com Ogum,
aprende, com ele, as artes da guerra e da metalurgia.
É coroado por Iansã como o príncipe dos orixás. É
amigo íntimo de Yewá: seriam eles os orixás que se
complementam, considerados o par perfeito.A lendas
se misturam em cada tempo ou seja em cada
época,uma na formação do mundo e a outra em
tempos onde tivemos os primeiros seres humanos
sobre a proteção e regência dos orisá e divindades que
ja estavam no órún ( céu).
mas Logunédé faz parte desta construção aos olhos do
criador,família,juventude ,criança e adolescência,tudo
que era necessário para se viver em comunhão na
terra dos vivos.Entre as estorias,e as verdades estão so
Itãns e os òfós e Orikis rezas que mostram a essência
de cada um destes orisás em seu tempo no Ayé e
podemos entender que nada muda apenas os tempos.
Quero contar aqui uma passagem desta
divindade,juntamente com òsálá que ao final também
terá sua historia para finalizar este trabalho.
lembrando aos leitores que tudo que aqui estou
narrando são pesquisas onde se misturam a
realidade das verdades contida no segredo da
formação do mundo.

" Lógúnédé rouba os segredos de òsálá "

Conta a História onde o Orixá Logum Edé era um


caçador solitário e infeliz, mas orgulhoso (filho de Odé)
e Òsún (mãe). Era um caçador pretensioso e
ganancioso, e muitos os bajulavam pela sua formosura.
Um dia o Orixá Oxalá conheceu Logum Edé e o levou
para viver em sua casa sob sua proteção. Deu a ele
companhia, sabedoria e compreensão. Mas Logum Edé
queria mais, queria muito mais...
E roubou alguns segredos de Oxalá. Segredos que
Oxalá deixara à mostra, confiando na honestidade de
Logum Edé. O caçador guardou seu furto num
embornal a tiracolo, seu adô.Deu as costas a Oxalá e
fugiu. Não tardou para Oxalá dar-se conta da traição do
caçador que levara seus segredos.Oxalá fez todos os
sacrifícios que cabia oferecer e muito calmamente
sentenciou que toda a vez que Logum Edé usasse um
dos seus segredos todos haveriam de dizer sobre o
prodígio:
"Que maravilha o milagre de Oxalá!". Toda a vez que
usasse seus segredos alguma arte não roubada ia
faltar.Oxalá imaginou o caçador sendo castigado e
compreendeu que era pequena a pena imposta. O
caçador (Odé) era presumido e ganancioso,
acostumado a angariar bajulação. Oxalá determinou
que Logum Edé fosse homem num período e no outro
depois fosse mulher.Nunca haveria assim de ser
completo. Parte do tempo habitaria a floresta vivendo
de caça, e noutro tempo, no rio, comendo peixe.
Começar sempre de novo era sua sina. Mas a sentença
era ainda nada para o tamanho do orgulho de Logum
Edé. Para que o castigo durasse a eternidade, Oxalá fez
de Logum Edé um orixá.
Oque podemos ver aqui é que Òsála com sua magia fez
com que Lógúnédé até os dias de hoje fosse
confundido e assim seguiu-se a historia até os dias de
hoje sobre Lógúnédé.
E tem outras mais que se fossemos contar teriamos
que dedicar todo trabalho somente a este encantador
orisá ( orixá) e hora divindade sempre lembrando a
todos depende do tempo em que a historia foi contada.
Vamos agora ao quinto orisá responsável por toda
criação e de muita importância na humanidade.
Osanyin, Ossaniyn, Ossain,, Ossanhe ou Ossanha,
conforme as religiões africanas, é o orixá das folhas
sagradas, ervas medicinais e litúrgicas, identificado no
jogo do merindilogun ( o jogo de 16 búzios) pelo odu
iká e representado material e imaterialmente pela
cultura jeje-nagô, através do assentamento sagrado
denominado igba ossaim. Sua importância é primordial.
Nenhuma cerimônia pode ser realizada sem sua
interferência.É o detentor do axé (força, poder,
vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem
privar-se. Esse axé encontra-se em folhas e ervas
específicas. O nome dessas folhas e o seu emprego é a
parte mais secreta do ritual do culto dos orixás, voduns
e inquices.O símbolo de Osanyin é uma haste de ferro
de cuja extremidade superior partem sete pontas
dirigidas para o alto. A do centro é encimada pela
imagem de um pássaro. Osanyin é o companheiro
constante de Ifá. É representado por uma sineta de
ferro forjado, terminada por uma haste pontuda
enfiada em uma grande semente. A haste é fincada no
chão, ao lado do osun (fundamentos sagrados da naçao
Efón) e do Babalawó. Por sua presença, Osanyin traz a
a influência das folhas para as
para as operações da adivinhação.No Brasil, é
conhecido com os seguintes nomes: Ossaniyn, Ossaim,
Ossãe, Ossain (como se escreve habitualmente), ou
(como é chamado em varias nações denominadas da
àfrica Ossanha, que é o orixá das ervas. No candomblé
Jeje, é chamado de Agué: é o Vodun da caça e das
florestas e conhece os segredos das folhas. No
candomblé bantu, é chamado de Katendê, Senhor das
insabas (folhas).Ossaniyn, Oxumarê , Obaluayê e Yewa
são filhos de Nanã com Oxalá.Comanda as folhas
medicinais e litúrgicas, chamadas de folha sagrada,
que são utilizadas numa mistura especial chamada de
abô. Muitas vezes, é representado com uma única
perna. Cada orixá tem a sua folha, mas só Ossaim
detém seus segredos.
E sem as folhas e seus segredos não há axé, (asé)
portanto sem ele nenhuma cerimônia é possível.
" Òssanhê "

Osanyin recebera de Olodumare o segredo das folhas.


Ossanyin sabia que algumas delas traziam a calma ou
o vigor. Outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a
miséria, as doenças e os acidentes.
O conhecimento é como um jardim: se não for
cultivado, não pode ser colhido!

A natureza é o único livro que oferece um conteúdo


valioso em todas as suas folhas.

Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo


o que existe em nós existe também na natureza, pois
fazemos parte dela.

Rita de Cássia Monteiro


Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma
planta. Eles dependiam de Ossanyin para manter sua
saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.
Xangô, cujo temperamento é impaciente, guerreiro e
impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um
ardil para tentar usurpar Osanyin a propriedade das
folhas, Falou dos planos à sua esposa Iansã, explicou-
lhe que, em certos dias, Osanyin pendurava, num galho
de Iroko, uma cabaça contendo suas folhas mais
poderosas. Desencadeie uma tempestade bem forte
num desses dias, disse-lhe Xangô. Iansã aceitou a
missão com muito gosto.
O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado
das casas, arrancando árvores, quebrando tudo por
onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaça do
galho onde estava pendurada. A cabaça rolou para
longe e todas as folhas voaram.Os orixás se
apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de
algumas delas, mas Osanyin permaneceu
"senhor/senhora do segredo" de suas virtudes e das
palavras que devem ser pronunciadas para provocar
sua ação. E assim, continuou a reinar sobre as plantas
como senhor absoluto, graças ao poder (axé) que
possui
Quem sabe se não teremos de ultrapassar muito a
natureza para perceber o que ela nos quer dizer?

De todos os presentes da natureza para a raça


humana, o que é mais doce para o homem do que as
crianças?

Rita de Cássia Monteiro


que possui sobre elas.
É difícil encontrar um filho/filha de Ossaim.
Seus filhos(as) são pessoas engraçadas, risonhas,
alegres e obstinadas.
Quando querem, vão e fazem. Podem se tornar
violentos e perigosos se estão insatisfeitos ou
raivosos.Sabem conquistar as pessoas e adoram
aventuras amorosas. São pacientes quando amam e
fazem de tudo para a relação durar. Trabalham demais
para conseguir estabilidade e independência.
SEGREDO DAS FOLHAS As folhas,as ervas,as
plantas,tem o poder de curar ou matar, fica a critério
de cada um , apoiado na Lei do “Livre Arbítrio” e a
consciência apoiado na Lei do “Retorno”, fato daqueles
que utilizam as faculdades botânicas e mágicas para
fazer o mal,sem duvida alguma terão que defrontar
com as conseqüências de seus atos. As ervas, devem
ser usadas de três formas diferentes: -efeito medicinal
- efeito litúrgico - efeito ritualístico.
Origem e História Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem
folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais
do Candomblé.
Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim
(Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as
palavras (ofó) que despertam seu poder, sua força.
Ossaim desempenha uma função fundamental no
Candomblé, visto que sem folhas, sem sua presença,
nenhuma cerimônia pode se realizar, pois ele detém o
axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde da folhas.
As folhas de Ossaim veiculam o axé oculto, pois o
verde é uma das qualidades do preto. As folhas e as
plantas constituem a emanação direta do poder da
terra fertilizada pela chuva.São como as escamas e as
penas, que representam o procriado. O sangue das
folhas é uma das forças mais poderosas, que traz em si
o poder do que nasce e do que advém. É preciso
esclarecer que o sangue (ejé) é um elemento essencial
no Candomblé.
Três são os tipos de sangue: o vermelho, dos animais,
do azeite-de-dendê, do mel; o preto (verde), do sumo
das folhas, e o branco, do sêmen, do vinho de palma,
da água.
As folhas constituem o fundamento inicial do
Candomblé. Antes de passar por qualquer ritual,
O que é o homem na natureza? Um nada em relação ao
infinito, um tudo em relação ao nada, um ponto a meio
entre nada e tudo.

" orí sán mi, orí sán mi"

( Cabeça me torne melhor)

" orí sán igbédè, orí sán igbédè orí san


igbêdê, orí san igbêdê,"

( Que minha cabeça me torne mais


inteligente)

Rita de Cássia Monteiro


o neófito tomará o banho de ervas (amassi) que o
purificará e será sua primeira consagração dentro do
culto. É com o amassi que se lavam os colares, os
objetos rituais do ibá, a cabeça, a alma e o corpo dos
iniciados.
É sobre as folhas sagradas de ossaim que repousará o
iaô em sua consagração ao orixá. É com as folhas que
os animais consentem o sacrifício.
Ossaim é, portanto, a primeira consagração no
Candomblé: primeira e constante, pois a folha faz parte
do dia-a-dia dos adeptos do Candomblé; Ossaim é
imprescindível à religião, aos orixás e aos iniciados.
Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm
finalidades específicas e não servem para o banho
ritual.
Nem todas as folhas servem para os ritos do
Candomblé.
Nos banhos de amassi, por exemplo, devem ser
utilizadas folha não-leitosas que não queimem; outras,
como o Oju-orô, devem passar por uma preparação
especial antes de ser utilizadas nos banhos.
Em outros termos, existem folhas que podem ser
usadas nos rituais e folhas que não podem; outras
devem passar por ritos especiais, algumas folhas não
servem para o banho. Enfim, as folhas possuem
inúmeras utilidades dentro e fora do Candomblé, mas é
preciso que o sacerdote saiba utilizá-las de maneira
correta.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande
feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e
milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas
que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do
espírito. Portanto, precisamos lutar por sua
preservação, para que conseqüências desastrosas não
atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros
orixás do mato, como Ogum e Oxóssi,seu território por
excelência, onde as folhas crescem em seu estado
puro, selvagem, sem a interferência do homem; é
também o território do medo, do desconhecido, motivo
pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na
mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como
alho, fumo ou bebida. Medo de que?
Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder
de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim;respeito pelas forças
vivas da natureza, que não permitem a pessoas
impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua
morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o
caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por
causar o terror em pessoas que entram na floresta sem
a devida permissão .Aroni seria um misterioso
anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante
próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o
outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha
pequena e a outra grande(ouve com a menor). Muitas
vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que,
segundo dizem, também possui uma única perna. Não
se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê,
que é um personagem do folclore brasileiro.
Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma
só perna porque a árvore, base de todas as folha
possui um só tronco.De acordo com a história desse
orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá,que
reflete, na verdade, a antiga disputa
entre os Oníìsegùn - mestres em medicina natural que
dominavam o poder das folhas - e os Babalawó -
sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo
e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na
Nigéria, muito próxima à fronteira com o antigo
Daomé.Não faz parte, como muitos pensam, do
panteão jeje assimilado pelos nagô, como Nana,
Omolu, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário
da etnia ioruba. Contudo, é evidente que entre os jeje
havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o
seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a
exemplo dos deuses do antigo Daomé.Uma confusão
latente se refere ao sexo de Ossaim; é preciso
esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino.
Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não
teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que
foi parceiro de Iansã, mas o controvertido
relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar
se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras
afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da
floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e
conhecedores.
" A folha sagrada da humanidade "
(Akòko, Ahoho, Hunmatin) Nome Yorùbá = Ewé Akòko.
Nome Popular = Acocô. Nome Científico = Newbouldia
laevis.
O Akòko costuma ser associada sempre a
prosperidade, tanto de dinheiro (owo) como de filhos
(omo). Essa árvore não é uma espécie nativa do Brasil,
sendo introduzida aqui pelos africanos, onde se
adaptou perfeitamente.
Ewé Akòko é uma folha masculina, de gún (excitação),
ligada ao elemento terra.
Sua origem é africana, mas é uma árvore que muito
vem sendo disseminada no Brasil, principalmente pelos
africanos.
É uma folha de prosperidade e multiplicação. De
grande importância na liturgia dos Cultos Indígenas
Africanos (Iorubá, Fom e Bantu). É uma árvore
abundante em terras africanas.
Está associada aos Òrìsà Èsù, Ògún, Òsanyìn, Egúngún
e Oyaqueima 48 horas
Entre os iorubas, é considerada um sinal de
prosperidade, pois seus troncos eram muito
empregados nas feiras, locais onde o comércio era
intenso.
Era comum que, após serem utilizadas como estacas
seus troncos brotassem, gerando novas árvores.
Dentro das casas de Candomblé Ketu costuma estar
associada principalmente a Ogun e Ossayin, embora na
verdade costume ser empregada para todos os orixás.
Já no culto Egúngun, o akòko desempenha um papel
fundamental na união dos seres do Ayé (mundo dos
vivos) e Orun (mundo dos espíritos).
Seu tronco, que geralmente não é muito ramificado,
lembra um grande opó ixé, que ligaria o Céu a Terra.
Nesse caso, sua principal relação se dá com a iyagbá
Oyá, Senhora dos Ventos e dos eguns, que recebe o
título de Alakòko, Senhora do Akòko. Constatamos
assim dois aspectos importantes dessa árvore: sua
ligação com a ancestralidade e com o elemento ar.
Entre os Jeje, recebe o nome de Ahoho (pelos Mahí) e
Hunmatin (pelos Mina).
O ahoho é um huntingomé/jassú (árvore sagrada)
consagrado ao vodún Gun (Togbo) que costuma tê-la
como seu principal atín sa.
Segundo a tradição Mahí os galhos do Ahoho devem
ser levados junto ao corpo, em viagens longas, ou que
ofereçam algum tipo de risco.
Durante a execução de obrigações difíceis também.
Essa medida teria como finalidade atrair a proteção de
Togbô, que é um guerreiro terrível e que sempre luta
pelos seus filhos.
Dizem os antigos que esse ewé está ligado ao final do
ciclo da iniciação, quando uma nova etapa na vida do
iniciado começará.
Por isso é uma folha muito empregada durante
cerimônias de festejo dos sete anos (Odu Ige) de
iniciado, principalmente quando ocorre entrega de oye
(cargo).
Segundo alguns, nenhum rei é considerado rei se não
tiver levado no seu orí a folha do akòko.
Para plantar o akóko não precisa de muito espaço,
pois o seu tronco não é muito grosso,porém o seu porte
é majestoso, fica bem alta. Suas flores são bem
bonitas, lembram bastante a de um ipê rosa
pois pertence a mesma família botânica
(Bignoniaceae).
Muito cuidado,pois alguns vendem akosí (Polyscias
guilfoylei) como se fosse akòko.
Salve o novo Rei! Árvore forte e imponente, esse é o
akoko.

Lenda:
Ifá foi consultado por Orunmilá que estava partindo da
terra para o céu e que estava indo apanhar todas as
folhas. Quando Orunmilá chegou ao céu Olódùmaré
disse, eis todas as folhas que queria pegar o que fará
com elas ? Òrùnmílá respondeu que iria usá-las para
beneficio dos seres humanos da Terra. Todas as folhas
que Òrunmílá estava pegando, Orunmilá carregaria
para a Terra. Quando chegou à pedra Àgbàsaláààrin
ayé lòrun (pedra que se encontra no meio do caminho
entre o céu e a terra) então Orunmilá encontrou Ossãe
e perguntou:
— Ossanha onde vai?
— "Vou ao céu, vou buscar folhas e remédios".
Orunmilá disse que já havia ido buscar folhas no céu
para benefício dos seres humanos da terra.
Disse, olhe todas essas folhas, Ossanha pode apenas
arrebatar todas as folhas. Ele poderia fazer remédios
(feitiços) com elas porém não conhecia
seus nomes. Foi Orunmilá quem deu nome a todas as
folhas. Assim Orunmilá nomeou todas as folhas
naquele dia. Ele disse, você Ossanha carregue todas as
folhas para a terra, volte, e iremos para terra juntos.
Foi assim que Orunmilá entregou todas as folhas para
Ossanha naquele dia. Foi ele quem ensinou a Ossanha
o nome das folhas apanhadas. Olodumaré deu a
Ossanha todo o poder das folhas, o qual ele guardava
em uma cabaça pendurada em um galho de árvore.
Um dia Xangô se queixou a sua mulher Oyá (Iansã),
deusa dos ventos, que só Ossanha conhecia o segredo
de cada uma das folhas e que os demais Orixás
estavam no mundo sem possuir nenhuma planta. Oyá
levantou sua saia e agitou-a, um vento violento
começou a soprar e derrubou a cabaça de Ossanha no
chão quebrando-a.
Ossanha, ao perceber o que aconteceu, gritou – Ewéo!
(Oh! As folhas! As Folhas!)!!!
Eu Eu o, mas não pôde impedir que os demais Orixás
pegassem as folhas e as dividisse entre eles, mas os
Orixás não tinham o conhecimento das ervas e até hoje
precisam de Ossanha para usá-las em seus rituais,
ficando seu segredo a salvo.
Necessitamos das folhas até para respirar o ar que faz
a vida.
Mais uma perfeição de Olodumarê a humanidade.
Temos mais um orisá que nos mostra o quanto a nossa
natureza ficou incompleta por conta do livre arbítrio. È
nele que buscamos a Justiça mas será que houve
justiça na decisão de cada um em querer agradar a
Olodumarê?

" Lenda de Xangô "

Existe uma qualidade de Xangô, chamada Baru, que


não pode comer quiabo. Ele era muito brigão. Só vivia
em atrito com os outros. Ele é que era o valente. Quem
resolvia tudo era ele . Xangô Baru era muito
destemido, mas, quando ele comia quiabo, que ele
gostava muito, lhe dava muita sonolência. Dormia o
tempo todo! E pôr isso perdeu muitas contendas, pois
quando ele acordava, já tudo tinha acabado.
Então, resolveu consultar um oluô, que lhe disse: – Se é
assim, deixa de comer quiabo. – Eu deixar de comer o
que eu mais gosto? – respondeu Xangô Baru. – Então,
fique por sua conta. Não me incomode mais! Será que
a gula vai vencê- lo? – perguntou o oluô. Xangô baru foi
para casa e pensou
Eu não vou me deixar vencer pela boca. Vou voltar lá e
perguntar a ele o que faço, pois o quiabo é meu prato
predileto. E saiu no caminho da casa do oluô, que já
sabia que ele voltaria. Lá chegando, disse: – Aqui
estou. Me diz o que eu vou comer no lugar do quiabo. –
Aqui neste mocó tem o que você tem que comer. São
estas folhas. Você temperando como quiabo, mata sua
fome – lhe mostrou o oluô. Folha?! – perguntou Xangô
Baru. – Sim – respondeu o oluô – Tem duas qualidades,
uma se chama oyó e a outra, sanã. São tão boas e
gostosas quanto o quiabo. Xangô Baru foi para casa e
preparou o refogado, e fez um angu de farinha e
comeu. Gostou tanto, e se sentiu tão bem e tão
fortalecido, e não teve mais aquele sono profundo.
Aliás, ele se sentiu bem mais jovem e com mais força.
E não ficou com a sonolência que o quiabo lhe dava. Aí
ele disse:
A partir de hoje, eu não como mais quiabo. Daí a sua
quizila com o mesmo. “Todo caso é um caso. “Esse
caso me foi contado pelas minhas mais velhas; assim,
agora quem quiser dar quiabo a Baru, que dê!
Vamos falar sobre uma lenda sobre obranco de xango
Barú em constrate com o negro:
“Recebeu de Oxalá um cavalo branco como presente.
Passado um tempo, Oxalá voltou ao reino de Xangô
Baru, onde foi aprisionado por sete anos num
calabouço. Calado no seu sofrimento, Oxalá provocou a
infertilidade da terra e das mulheres de Baru. Com a
ajuda dos babalawôs, Xangô Baru descobriu seu pai,
Oxalá, preso no palácio. Naquele dia mesmo, Baru e
seu povo vestiram-se de branco e pediram perdão ao
grande Orixá da Criação. Neste mito, Xangô surge
como um rei humilde e solidário com a causa de seu
povo.”
Como podemos ver temos as injustiças então nem o
senhor da justiça esta longe de errar diante das
verdade e do domínio de uma falsa comunicaão e
assim se segue no mundo de hoje,nada mudou apenas
se transformou em algo ainda mais piór e tenebroso
diante da justiça Humana.
Xangô, Shango, Sango ou, na Bahia, Badé, é o orixá da
justiça, dos raios, do trovão e do fogo. Foi rei na cidade
de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos
odus obará e ejilaxebora e representado material e
imaterialmente no candomblé através do
assentamento sagrado denominado igba xango.
Historiadores dá, como resultado de suas pesquisas,
que Shango ou Xangô, como todos os outros imolè
(orixás e eboras), pode ser descrito sob dois aspectos:
histórico e divino.
" África"
Como personagem histórico, Xangô teria sido o quarto
Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyo", filho de Oranian e Torosi, a
filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia
firmado uma aliança com Oranian. Xangô teve três
divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá.
Xangô é o orixá dos raios, trovões, grandes cargas
elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e
justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os
malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é
considerada infamante. Da mesma forma, uma casa
atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera
de xangô. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a
representação máxima do poder de
de Olorum.( Um dos nomes do Deus da criação).
Foi ele quem criou o culto de Egungun, ( Cerimônia aos
mortos) sendo ele o único Orixá que exerce poder
sobre os mortos Xangô é a roupa da morte, por este
motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o
vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos
Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma
espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que
representam as vestes dos Eguns.
Xangô é o fundador do culto aos Eguns, somente ele
tem o poder de controlá-los, como diz um trecho de um
Itã:( rezas que contam a historia do orisá).
Em um dia muito importante, em que os homens
estavam prestando culto aos ancestrais, com Xangô a
frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais as de
Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens
que participavam do culto, todos correram mas Xangô
não o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos
espíritos. As Iyámis ficaram furiosas com Xangô e
juraram vingança, em um certo momento em que
Xangô estava distraído atendendo seus súditos, sua
filha brincava alegremente, subiu em um pé de Obi, e
foi aí que as Iyámis Ajé atacaram, derrubaram a
Adubaiyani filha de Xangô que ele mais adorava.
Xangô ficou desesperado, não conseguia mais governar
seu reino que até então era muito próspero,
foi até Orunmilá, que lhe disse que Iyami é quem havia
matado sua filha, Xangô quis saber o que poderia fazer
para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe
disse para fazer oferendas ao Orixá Iku (Oniborun), o
guardião da entrada do mundo dos mortos, assim
Xangô fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmilá.
Xangô conseguiu rever sua filha e pegou para sí o
controle absoluto dos mistérios de Egungun
(ancestrais), estando agora sob domínio dos homens
este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando
estritamente proibida a participação de mulheres neste
culto, caso essa regra seja desrespeitada provocará a
ira de Olorun. Xangô , Iku e dos próprios Eguns, este foi
o preço que as mulheres tiveram que pagar pela
maldade de suas ancestrais.Xangô foi o quarto (ou o
terceiro)[2] rei lendário de Oyo, na Nigéria, tornado
orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação
são o fogo, o Sol, os raios, as tempestades e os
trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas, sendo
as mais conhecidas Oiá, Oxum e Obá.
Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os
ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê:
machado de dois gumes. Enquanto Oxóssi é
considerado o rei da nação de Queto, Xangô é
considerado o rei de todo o povo iorubá. Orixá do fogo,
dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei
que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto
de Egungun. Muitos orixás possuem relação com os
Egunguns mas ele é o único que, verdadeiramente,
exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xangô é a
roupa da morte, Axó Iku: por este motivo, não deve
faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho lhe
pertencendo. Ao se manifestar nos candomblés, não
deve faltar, em sua vestimenta, uma espécie de saieta
de tiras chamada banté, com cores variadas e fortes,
que representam as vestes dos eguns.Xangô era forte,
valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo
tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes
como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando
até mesmo a destronar seu próprio irmão, para
satisfazer seu desejo.Filho de Yamasse (Torosi) e de
Oraniã, foi o regente
mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma
ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo
daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela;
o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que
representam a livre passagem entre os mundos, sendo
Xangô um ancestral (Egungun). Da natureza, ele
conseguiu profundos conhecimentos e poderes de
feitiçaria, que somente eram usados quando
necessário. Tem também uma forte ligação com
Oxumaré, considerado por ele como seu fiel
escudeiro.Xangô é cultuado no Brasil sob 12
qualidades. Vale salientar que muitos seguem
cegamente as ditas qualidades de Xangô da Bahia, e
não é bem assim: por exemplo, Airá é um outro orixá
que não se dá com Xangô. Reza a lenda que Airá era
muito próximo de Xangô, e quando Oxalufã, em visita
ao reino de Xangô, foi erroneamente confundido com
um ladrão, teve suas pernas quebradas e foi preso.
Uma vez Xangô percebendo o engano, mandou que o
tirassem da prisão, o limpassem e dessem a ele
vestimentas condizentes com a grandiosidade de
de Oxalufã, porém Oxalufã estava viajando e teria
ainda outros lugares para ir.Por ser muito velho e agora
com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção
havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse
curvado e muito vagarosamente. Xangô, então,
mandou que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a
próxima cidade. Ayrá, percebendo ali a sua grande
oportunidade, durante o caminho se voltou contra
Xangô, falando a Oxalufã que Xangô sabia que ele
estava preso, acabando por ganhar a confiança de
Oxalufã, que o tomou para si; razão pela qual Ayrá usa
branco, mas não é um fum-fum. Xangô, que não
suporta traições, se irritou com a atitude de Ayrá,
cortando relações com ele. Desde então, eles jamais
devem ser cultuados juntos ou mantidos na mesma
casa.
Afonjá - Afonjá, o balé (governante) da cidade de Ilorin.
Afonjá era também Are-Ona-Kaka-n-fo, quer dizer líder
do exército do império. Segundo a história de Oyo, no
início do século dezenove, Oyó era governada pelo rei
Aolé, ele possuía aliados que eram espécies de
Generais, que lhe davam todo o tipo de apoio
mantendo assim o poder absoluto sobre o Reino Iorubá
e os reinos anexados. Mas um dia um desses generais
resolveu se rebelar contra Oyo e se unir com os
inimigos, esse general se chamava Afonjá que era
conhecido como Kakanfo de Ilorin. Declarou-se
independente de Oyo. Com isso o Rei de Oyo Aolé se
envenenou para não ver o desmembramento do
Império. Afonjá traiu o Império Iorubá, mas, quando, os
rebeldes assumiram o poder, Afonjá foi
foi decaptado em 1.823 pelo seu novo aliado. Este
alegou que, se um homem traiu seu antigo rei, ele
voltaria a trair tantos outros. Obá Kosso - Título que
Xangô recebe ao fundar a cidade de Kossô nos
arredores de Oyo, tornando-se seu Rei. Título dado
também a Aganju, irmão gêmeo de Xangô quando de
sua chegada em Oyo foi aclamado como o Rei Não se
Enforcou, Obá Kô Sô. Obá Lubê - Título de Xangô que
faz referência a todo o seu poder e riqueza, pode ser
traduzido como Senhor Abastado.
Obá Irù ou Barù - Título dado a Xangô logo após chegar
ao apogeu do império, quando cria o culto de Egungun,
é aclamado como a forma humana do Orixá primordial
Jakutá sobre a terra, senhor dos raios, tempestades, do
Sol e do fogo em todas as suas formas. Ele acaba por
destroir a capital do Reino numa crise de cólera e
depois arrependido, se suicida, adentrando na
terra.Obá Ajakà - Também intitulado Bayaniym," O pai
me escolheu ", que faz referência a ele por ser o filho
mais velho de Oraniã, e ter por direito que assumir o
trono, irmão mais velho de Xangô.Obá Aganjù - Aganju
representa tudo que é explosivo, que não tem
controle ele é a
personificação dos Vulcões. Obá Orungã - Filho de
Aganju Solá e Iemanjá, Orungan é dono da atmosfera é
o ar que respiramos, dono da camada que protege a
Terra.
Obá Ogodô - Muito falado também, é apenas o que se
diz sobre Xangô, pois, Ogodô é o verbo bocejar. Então,
quando está trovejando, o que se diz é que Xangô está
bocejando. Dai Xangô Ogodô, é apenas um título de
Xangô. Obá Jakutá - Jakutá, é a representação da
justiça e da ira de Olorun, míticamente Xangô foi
iniciado para este Orixá sendo considerado como a
forma divina primordial do mesmo. Ele foi enviado em
sua forma divina por Olorun para estabelecer a ordem
e submeter Oduduá e Oxalá aos planos da criação
durante um momento de conflito entre as divindades. É
o próprio Xangô. Elementos do culto.Heis o nosso
representante da justiça na terra dos vivos,o senhor
fundador do culto a Léssé Orisá e senho da Justiça de
todos os homens da terra.
E para finalizar resta agora o ultimo e mais importante
para nós humanos.
" Obaluaiê"
Obaluàyé é um termo iorubá que significa "rei e senhor
da terra": Oba (rei) + Aiye (terra). Também é
conhecido como Babá Igbona = pai da quentura). Outra
corrente o define como: Obàluáyê: Obá - ilu; aiye; rei,
dono, senhor da vida na terra; Omolu; Omo-ilu; rei,
dono, senhor da vida. Obaluaye é identificado no jogo
do merindilogun pelos odus Irosun, Ossá, Êjilobon e
representado materialmente e imaterial no candomblé
através do assentamento sagrado denominado igba
obaluaye. É considerado a energia que rege as pestes
como a varíola, sarampo, catapora e outras doenças de
pele. Ele representa o ponto de contato do homem
(físico) com o mundo (a terra). A interface pele/ar. No
aspecto positivo, ele rege e cura, através da morte e
do renascimento.Omolu é cultuado como o orixá
residente no cemitério responsável pela triagem dos
mortos. Normalmente, quando um médium ou filho de
santo o incorpora no terreiro, tem sua cabeça coberta
por um pano da costa em sinal de tradição e respeito,
pois o orixá geralmente nunca mostra o rosto em razão
de suas feridas, algo que é explicado pela sua
mitologia.
Conforme a mitologia Iorubá, Obaluaiê é filho de Nanã
e Oxalá, tendo nascido cheio de feridas e de marcas
pelo corpo como sinal do erro cometido por ambos, já
que Nanã seduzira Oxalá, mesmo sabendo que ele era
interditado por ser o marido de Iemanjá.Ao ver o filho
feio e malformado, coberto de varíola, Nanã o
abandonou à beira do mar, para que a maré-cheia o
levasse. Iemanjá o encontrou quase morto e muito
mordido por caranguejos, e, tendo ficado com muita
pena, cuidou dele até que ficasse curado. No entanto,
Obaluaiê ficou marcado por cicatrizes em todo o corpo,
tão feias que o obrigavam a cobrir-se inteiramente com
palhas. Não se via de Obaluaiê senão suas pernas e
braços, onde não fora tão atingido. Aprendeu com
Iemanjá e Oxalá como curar estas graves doenças.
Assim cresceu Obaluaiê, sempre coberto por palhas,
escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado,
sempre sério e até mal-humorado.Um dia, caminhando
pelo mundo, sentiu fome e pediu às pessoas de uma
aldeia por onde passava que lhe dessem comida e
água. Mas as pessoas, assustadas com o homem
coberto desde a cabeça até os pés com palhas,
expulsaram-no da aldeia e não lhe deram nada.
Obaluaiê, triste e angustiado, saiu do povoado e
continuou caminhando pelos arredores, observando as
pessoas assustada com o homem coberto desde
a cabeça até os pés com palhas, expulsaram-no da
aldeia e não lhe deram nada. Obaluaiê, triste e
angustiado, saiu do povoado e continuou caminhando
pelos arredores, observando as pessoas. Durante este
tempo, os dias esquentaram, o sol queimou as
plantações, as mulheres ficaram estéreis, as crianças
cheias de varíola e os homens doentes. Acreditando
que o desconhecido coberto de palha amaldiçoara o
lugar, imploraram seu perdão e pediram que ele
novamente pisasse na terra seca.
Ainda com fome e sede, Obaluaiê atendeu ao pedido
dos moradores do lugar e novamente entrou na aldeia,
fazendo com que todo o mal acabasse. Então homens
os alimentaram e lhe deram de beber, rendendo-lhe
muitas homenagens. Foi quando Obaluaiê disse que
jamais negassem alimento e água a quem quer que
fosse, tivesse a aparência que tivesse. E seguiu seu
caminho. Chegando à sua terra, encontrou uma imensa
festa dos orixás. Como não se sentia bem entrando
numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas
frestas da casa. Neste momento, Iansã, a deusa dos
ventos, o viu nesta situação e, com seus ventos
levantou as palhas, deixando que todos vissem um
belo homem, já sem nenhuma marca, forte, cheio de
energia e virilidade. E dançou com ele pela noite
adentro. A partir deste dia, Obaluaiê e Iansã se uniram
contra o poder da morte, das doenças e dos espíritos
dos mortos, evitando que desgraças aconteçam entre
os homens.
A vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia
extraída do Igí-Ògòrò, a palha da costa, elemento de
grande significado ritualístico, principalmente em ritos
ligados à morte e 'o sobrenatural, sua presença indica
que algo deve ficar oculto. É composta de duas partes:
o "filá" e o "azé". A primeira parte, a de cima, que
cobre a cabeça, é uma espécie de capuz trançado de
palha da costa, acrescido de palhas em toda sua volta,
que passam da cintura.
Venerado pelos povos Yoruba, é geralmente chamado
Shopona e dizem ter domínio sobre a Terra e varíola.
Ele exige respeito e gratidão, mesmo quando ele
reivindica uma vítima, e por isso as pessoas às vezes o
honram com o nome de louvor Alápa-dúpé, que
significa "Aquele que mata e é agradecido por isso".[7]
Em uma história normalmente contada, Shopona era
velho e coxo. Ele participou de uma festa no palácio de
Obatalá, o pai dos orixás. Quando Shopona tentou
dançar, ele tropeçou e caiu. Todos os outros orixás
riram dele, e ele, por sua vez tentou infectá-los com a
varíola. Obatalá o deteve e o levou para o mato, onde
viveu como um rejeitado desde então.
Venerado pelo povo Fon, o Vodun é chamado Sakpata.
Ele é dono da Terra e tem fortes associações com a
varíola e outras infecções. Sua adoração é muito
diversificada em comunidades Fon, onde muitas
manifestações distintas do Vodun são veneradas.
Porque os mortos são enterrados na Terra, a
manifestação chamada Avimadye é considerado o
chefe dos antepassado.
Venerado pelo povo Ewé, há uma figura semelhante
com o nome de louvor Anyigbato que está intimamente
associado com a doença e os povos deslocados.
Acredita-se a vagar a terra na noite, vestindo uma
roupa de chocalho de conchas de caracol; as conchas
de caracol são também uma característica fundamental
do seu fetiche.Este seria o ultimo que a humanidade
conheceria,pois representa a doença a desgraça e a
morte,mas ele ainda é o rei o único orisá que carrega
em seu nome o cargo de Rei Obáluaiê rei da terra.para
mim estes são so 12 menssageiros mais importantes
para o mundo assim como os cavaleiros do apocalipse
cada
um traz seus segredos e mistérios para o mundo dos
vivos,basta saber a hora de pedirmos a sua
misericórdia nas aflições que a vida nos dá,como no
inicio falamos da criação e os dois enviado eram
Obatala ( que diz : O rei que esta no céu) e Oduduwá
aquele que esconde o negro embaixo do branco divino
de Olodumarê e pai de ògum o primeiro semi-Deus e
pai do inicio da humanidade.Em todos podemos vêr um
pouco de nós e de nosso tratado esquecido no céu, em
Egbé-Orún a grande sociedade das crianças do
céu,será que eles também fazem parte de nossos
esquecimentos?
Isso somente você poderá entender ao passo que fór
vivenciando a vida ,mas lembre-se se algo não vai bem
devemos pedir socorro a Sociedade das crianças do
céu pois e nelas que se esconde nossa
mais pura inocência e nossos tratados tão outrora
esquecido,mas como vivemos na misericórdia do
altíssimo criador podemos recorrer aos mistérios e
assim aliviar nossas dores.
Sociedade das criança do céu Egbé-Orún sempre
responderá as nossas duvidas e perguntas.
Basta que olhemos um pouco mais ao alto e
encontraremos a nossa razão de viver.
Crossario

Orún ( céu)
Egbé ( grande casa do céu)
Orí ( cabeça)
Ogún ( senhor da guerra)
Obatalá ( O rei que esta no ceú)
Orunmila ( primeiro sacerdote na terra dos vivos)
Exu ( menssageiro do supremo senhor de toda criação.
Nas edições originais estará um vogabulario usado
pelos iorúbas em grafias e fonaticas dos dialétos.

Rita de Cássia Monteiro


" Essências regida sobre a cultura Iorubá "

Todos os Òrìsà que aparecem nas Escrituras de Ifá são


a personificação das forças espirituais que existem na
natureza. As quatro forças fundamentais da Natureza
na cosmologia de Ifá são: Terra, Ar, Fogo e Água. De
acordo com Ifá, cada uma dessas forças tem um
impacto direto sobre o processo de transformação
espiritual. Esta ideia é baseada na crença de que tudo
que existe na natureza é interconectado e inter-
relacionado.
A cosmologia de Ifá não é linear, é cíclica e em espiral,
como uma concha de caracol. Isto significa que as
forças que moldam a evolução e reaparecem ao longo
do tempo e do espaço e as múltiplas dimensões da
realidade existem.
Em outras palavras, as Forças Terra, Ar, Fogo e Água
têm dimensões semelhantes em todos os domínios do
Ser. Simplificando, o poder que originou o Òrìsà, são
qualidades que representam padrões de expressão.
Em um nível pessoal, a terra representa o corpo físico,
o ar representa o intelecto, o espírito individual é o
Fogo e Água representa as emoções.
Em um nível global, estes elementos são claramente as
forças materiais da natureza. Em um universo
subatômico, esses elementos representam a qualidade
da interação entre as partículas. Todos os elementos-
chave interagem e criam novos níveis de
complexidade.
O Fogo da Criação é resfriado para formar estrelas, o
fogo das estrelas é resfriado para formar os planetas, o
Fogo no centro da Terra esfria para formar a terra e o
uso da terra no Fogo faz o processo de
rejuvenescimento e de transformação. Dizer que a
água desce abaixo da terra é expressar a verdade
óbvia de que, enquanto a água fluir de um lugar para
lugar do solo, ela estará retornando a terra.
Na Nigéria, a camada de água subterrânea é muito
próxima da superfície e não há uma cadeia complexa
de veios de água subterrânea que sejam invisíveis ao
nível do solo. Superficialmente, este provérbio é uma
simples observação sobre a termodinâmica da
umidade.
A água representa a emoção, na maioria dos
ensinamentos.

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