Inquérito para Apuração de Falta Grave
Inquérito para Apuração de Falta Grave
Inquérito para Apuração de Falta Grave
O Inquérito para Apuração de Falta Grave é ação judicial que tem como objeto: a
extinção do contrato de trabalho dos empregados titulares de certas
modalidades de estabilidade.
Nesses casos, quando ocorre a prática de falta grave, a dispensa por esse
fundamento exige o ajuizamento da referida ação.
Fundamento Legal: art. 853, da CLT - Para a instauração do inquérito para
apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o
empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro
de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
O empregador quem possui legitimidade ativa para apresentar o inquérito
judicial, buscando desconstituir, por justa causa, o contrato de trabalho do
empregado.
Prazo para ajuizamento da ação: 30 dias a contar da data da suspensão do
empregado. Trata-se de prazo decadencial.
O TST decidiu, no processo de nº 10811-88.2015.5.03.0000, que o afastamento
do empregado de suas funções, sem caráter punitivo e sem redução de proventos,
tem a mesma natureza preventiva da suspensão do art. 853, CLT. Portanto, o
prazo decadencial de 30 dias para a instauração do inquérito para apuração
de falta grave contra o empregado garantido com estabilidade (representante
sindical) deve ser contado a partir do afastamento de suas funções.
Importante! Informativo 190 do TST e OJ n. 137 da SDI-II, TST.
Caso a empresa não obedeça o prazo decadencial de trinta dias para a instauração
do inquérito, não mais poderá demitir o empregado por justa causa.
O ajuizamento do inquérito sem a observância do prazo legal, com a suspensão
do empregado, gera direito a este de solicitar a sua reintegração no emprego.
Garantias de emprego que necessitam de inquérito judicial para apuração de
falta grave: empregados portadores da antiga estabilidade decenal (art.
492,CLT) e da estabilidade assegurada aos dirigentes sindicais (art.
543,§3º,CLT). Não se aplica em se tratando de empregado titular de
estabilidade contratual.
Empregados que precisam de inquérito para a dispensa
Empregados portadores de estabilidade decenal – Art. 494, CLT.
Dirigente Sindical – Súmula 379, TST.
Diretor de Cooperativa – RR 256700-41.1996.5.02.0076.
Empregado membro de Comissão de Conciliação Prévia – Art. 625-B, §1º,
CLT.
Membro do Conselho Curador do FGTS – art. 3º, §9º, Lei 8.036/90.
Membro do Conselho Nacional de Previdência Social – art. 3º, §7º, Lei
8.036/90.
Empregados que precisam de inquérito para a dispensa
Servidor público portador de estabilidade, conforme art. 19 do ADCT.
Empregado membro da CIPA.
Empregado portador de estabilidade acidentária.
Empregada portadora de estabilidade gravídica.
Requisitos da ação:
(a) Empregado portador de estabilidade que necessite de inquérito;
(b) Empregado deve cometer falta grave prevista no art. 482, CLT;
(c) Empregado deve ser suspenso de suas funções;
(d) A ação deve ser ajuizado no prazo decadencial de 30 dias, contados da data da
suspensão do empregado.
Consequências da improcedência da ação: neste caso, o empregado tem direito
à reintegração no emprego, bem como os salários do período de suspensão
contratual atualizados monetariamente.