Cardio
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Cardio
1. Fisioterapia em cardiologia
- Doença arterial coronariana (DAC): doença dos vasos sanguíneos que irrigam o
musculo cardíaco
- Doença cerebrovascular (DCV): doença dos vasos sanguíneos que irrigam os MMSS e
MMII
- Doença cardíaca reumática: danos no musculo do coração e válvulas cardíacas devido
à febre reumática, causada por bactérias estreptocócicas
- Cardiopatia congênita: malformações na estrutura do coração existentes desde o
momento do nascimento
- Trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (TEP): coágulos sanguíneos nas
veias das pernas, que podem se desalojar e se mover para o coração e pulmões
A reabilitação cardiovascular é dividida em quatro fases:
Fase 1: ou fase hospitalar, consiste no início do programa de reabilitação, já com
mobilização precoce e educação; atividades de baixo gasto energético, que otimizam a
capacidade funcional para AVDs, preparando o paciente para a alta hospitalar; é iniciado
um protocolo de exercícios, progressivas com atividades de baixa intensidade (2 a 4
METS).
Fase 2: é a primeira etapa após alta hospitalar sendo recomendado seu início
imediatamente após a alta hospitalar (3 a 6 meses, por 3x por semana).
Fase 3: tem a duração de 6 a 24 meses, tem o objetivo de aprimorar as condições físicas
dos pacientes, promovendo a qualidade de vida e reduzindo os riscos para complicações
clínicas.
Fase 4: iniciada a longo prazo, nesta fase não necessariamente há supervisão do
paciente, onde as atividades realizadas já são vinculadas as preferencias desportivas do
paciente.
Atividade de baixo gasto energético
1 MET = 3,5 ml/kg/min O2
1 a 3 METS:
• higiene pessoal
• se alimentar
• deambular dentro de casa
4 METS:
• subir lance de escadas ou uma ladeira
4 a 10 METS:
• corrida leve
• arrastar moveis pesados
• esfregar o chão
> 10 METS:
- O individuo utiliza a escala para apontar sua própria percepção de esforço (fadiga e
apneia)
*Quando falta O2 ocorre o conhecido infarto do miocárdio, que se traduz numa necrose
das células miocárdicas
Vascularização cardíaca
Das artérias coronárias emergem artérias que se ramificam.
A descendente anterior (ou ramo interventricular anterior) e a circunflexa, e ramo
marginal esquerdo como principais artérias que derivam do tronco da coronária
esquerda.
Artéria coronária esquerda - única, origina-se no seio da aorta esquerda;
excepcionalmente seus ramos terminais podem se originar separadamente no mesmo
seio.
Coronária direita faz irrigação da parede posterior do ventrículo esquerdo através da
descendente posterior (ramo interventricular posterior) e ramo marginal direito.
Artéria coronária direita - origina-se no seio da aorta direita, é única, mas pode ser dupla
em 23% dos casos estudados.
Sistema de condução elétrico
A corrente elétrica iniciada em cada batimento tem a sua origem no nó sinusal (nódulo
sinoatrial) localizado no alto do AD. A FC é determinada pela frequência que o nó sinusal
descarrega a corrente elétrica e é estimulada pelos impulsos nervosos pelos níveis
hormônicos específicos na corrente sanguínea.
Inervação
O SNA, formado pelos sistemas simpático e parassimpático, regula a FC de forma
automática.
SNS – aumenta a FC por meio de uma rede de nervos denominada plexo simpático.
Inotropismo e cronotropismo
É a propriedade que tem o coração de se contrair ativamente como um todo único, uma
vez estimulada toda a musculatura, o que resulta no fenômeno da contração sistólica.
Inotropismo – é o aumento da força de contração, contração sistólica.
Cronotropismo – velocidade de contração do miocárdio; ritmo cardíaco (↑ FC).
Frequência cardíaca (FC)
Determinada pela capacidade de reação cronotrópica do coração a estimulação
simpática, durante a reação de estresse. É uma das variáveis mais fáceis de ser obtida
para avaliação do estado hemodinâmico. Determina o tempo de enchimento diastólico
e do volume diastólico final. Pode ser palpada ou obtida pelo monitor ECG.
Débito cardíaco (DC)
É quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto (± 5L/min). Pode ser
mediada na beira do leito através do método de termodiluição do cateter de arteira
pulmonar.
DC = DC x VS
DC – Cronotropismo e VS – Inotropismo.
Contratilidade (Inotropismo)
Pré-carga – é a tensão desempenhada na parede do ventrículo antes da sístole
ventricular; segundo a lei de Frank-Starling, dentro de certo limite, quanto maior for a
pré-carga, maior será a força de contração ventricular, e o DC aumentará; a pré-carga,
no coração intacto, é classificada como o volume diastólico no final do ventrículo.
Pós-carga – pressão contra a qual o ventrículo deve exercer na contração.
Contratilidade – força de contração ventricular em diferentes graus de estiramento do
ventrículo (Frank-Starling); interação da força que a fibra se contrai (volume sistólico).
Frank-Starling – capacidade que o coração tem, a se adaptar a diferentes volumes de
sangue.
O coração tem que ser capaz de vencer a resistência vascular sistêmica RVS (diâmetro
dos vasos vasculares). Isso após a pós-carga, a resistência tem que vencer. Paciente que
tem a resistência alta (HAS).
Eletrocardiograma
Registro de variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do coração.
Enxergar a atividade elétrica do coração:
O nodo sino atrial (SA) inicia o impulso elétrico. À medida que essa onda estimula as
duas aurículas ocorre uma contração simultânea. Assim, prossegue concentricamente
para longe do nodo em todas as direções.
O impulso então alcança o nodo atrioventricular (AV), onde há uma pausa de 1/10 de
segundos, permitindo que o sangue entre nos ventrículos.
Após essa pausa, o nodo AV é estimulado iniciando-se um impulso elétrico que desce
pelo feixe de HIS (fascículo atrioventricular) e para seus ramos.
Placas estáveis: **
• Núcleo pobre em LDL
• Aumento de células musculares lisas
• Capa fibrosa espessa
• Diminuição de células inflamatórias
São placas antigas e tem menor chance de sangramentos, pois já tem uma capa fibrosa
espessa, são as que menos tem chance de causarem IAM.
Sinais clínicos:
- Dor torácica (prolongada), retroesternal, dor em “facada” “pontada”, de forte
intensidade
- Sudorese
- Dispneia
- Náusea
- Vômito
- Palidez
- Palpitação
Manifestações eletrocardiográficas:
Infradesnivelamento ST
- Melhor tratamento
- Parcial
- Lesão subendocárdica
Normal
Supradesnivelamento ST
- Difícil tratamento
- Total, grave
- Lesão transmural
Objetivo de fazer com que o miocárdio volte a receber sangue, reperfusão miocárdica;
medicamento + reabilitação + avaliação a cada 6 meses.
5. IC – Insuficiência cardíaca
Incapacidade do coração em adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do
organismo ou fazê-la somente através de elevadas pressões de enchimento.
Síndrome clínica complexa de caráter sistêmico: disfunção cardíaca que ocasiona
inadequado suprimento sanguíneo para atender necessidades metabólicas e tissulares.
É a via final comum das doenças cardiovasculares.
Fadiga + Dispneia = intolerância aos esforços.
Sinais e sintomas: **
Sobrecarga hídrica intravascular e intersticial
- Dispneia
- Ortopneia
- Dispneia paroxística noturna (DPN)
- Estertores crepitantes
- Edema
Miocardite aguda
Periparto
- Insuficiência cardíaca crônica (mais comum)
Miocardite dilatada
HAS
Valvopatias (estenose/insuficiência)
IAM
Doença de chagas
Sedentarismo
- Ativação do SNA (aumento da FC e vasoconstrição periférica)
- Remodelamento ventricular (hipertrofia excêntrica e concêntrica para tentar aumentar
o DC)
- Mecanismo de Frank-Starling (inotropismo)
US do coração.
Avalia a sincronia das câmaras cardíacas ao longo de todo ciclo cardíaco, função das
valvas, direcionamento do fluxo de sangue.
Para quantificação da função sistólica de VE: fração de ejeção (FEVE):
- Indivíduos saudáveis: FEVE > 60%
- Indivíduos com IC: FEVE < 40%
Conduta:
- Incentivar a expansão pulmonar
- Melhorar mobilidade torácica
- Remover secreção pulmonar
- Melhorar a função diafragmática
- Evitar posturas antálgicas
Sinais e sintomas durante o esforço: dor, dispneia, fadiga, palpitação, taquicardia, queda
da saturação, cianose.
Frequência cardíaca máxima (FCM)
Maior número de batimentos que uma pessoa pode chegar, número máximo de
batimentos que seu coração consegue alcançar.