Manual Bíblico de Mapas e Gráficos
Manual Bíblico de Mapas e Gráficos
Manual Bíblico de Mapas e Gráficos
anual Bíblico
de mapas e gráficos
para reprodução
~ Antigo Testamento
~ Novo Testamento
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Manual
Bíblico de
Mapas e
Gráficos
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Manual Bíblico de Mapas e Gráficos © 2003, Editora Cultura Cristã. © 1996, 1993, Thomas Nelson.
Originalmente publicado em inglês com Q título Nelson 's Complete Book 01Maps and Charts pela
Thomas Nelson Publishers, 501 Nelson Place, PO.Box 141000, Nashville, TN, 37214-1000, USA.
Todos os direitos são reservados.
Tradução
Heloísa Cavallari Martins
Bethania Fonseca da Silva
- Revisão
Rubens Castilho
Patrícia de Almeida Murari
Editoração
Expressão Exata
Capa
Idéia Dois
ISBN
85-86886-76-9
Introdução , 5
AntiSlo Testamento
Levítico 42
Números 49 Livros Proféticos 165
Deuteronômio 55 Isaías 168
Jeremias 175
Lamentações 181
Livros Históricos 60 Ezequie1 183
Josué 61 Daniel 192
3
Novo Testamento
4
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Introducão
,
Projetado para uso fácil e com referências prontamente acessíveis, o Manual Bíblico de Mapas
e Gráficos, oferece uma visão panorâmica da geografia, política e questões temáticas das Escrituras.
Os mapas e tabelas seguem a ordem dos livros da Bíblia e são colocados paralelamente a passagens
curtas de textos que oferecem explicações referentes sobre o contexto histórico ou temático. As
tabelas freqüentemente apresentam um resumo dos eventos ou temas da Bíblia, permitindo aos
leitores uma apreensão rápida do assunto antes ou depois de lerem a passagem bíblica, ao passo
que os mapas fornecem uma compreensão da política e da geografia da Bíblia. Por exemplo, as
tabelas denominadas "Em Relance" apresentam um resumo de cada livro, apresentando o tema
central e os assuntos discutidos, a localização e data dos eventos, dando as referências textuais de
cada divisão. Os mapas' que detalham as viagens missionárias de Paulo (págs. 293 a 296), mostram
as distâncias incríveis cobertas por este homem extraordinário em seu esforço para anunciar o
Evangelho e pastorear os fiéis.
As tabelas também podem ajudar o leitor a compreender temas que se estendem ao longo de
vários livros, relacionar elementos do texto que aparentemente não apresentam nenhuma relação
entre si, ou resumir idéias extra-bíblicas sobre o texto. Por exemplo, a tabela denominada "Tentação:
O contraste entre os Dois Adãos" (pág.16) mostra as diferenças na maneira como Adão e Jesus
Cristo enfrentaram a tentação, ao passo que "Mulheres do Novo Testamento"(pág.27 I), apresenta
referências para a ação de algumas das personalidades mais notáveis do Novo Testamento. "Três
Teorias sobre a Fonte dos Evangelhos Sinóticos" (pág.239), apresenta visualmente três das teorias
que explicam as semelhanças literárias de Mateus, Marcos e Lucas.
Tabelas e mapas bíblicos podem ser úteis não apenas para o leitor, mas também para o professor.
Qualquer pessoa que já tenha lutado para explicar o significado ou contexto histórico de uma
passagem bíblica sabe como um recurso visual pode ser útil. Por esta razão, muitas tabelas e
mapas deste livro são apresentados em páginas individuais, para serem facilmente copiados.
Convidamos o leitor a copiar estes recursos visuais para seu uso pessoal ou para grupos de
estudo. Intencionalmente feitas para uso na sala de aula ou em seminários, tais cópias podem ser'
distribuídas, ou projetadas numa tela.
Este Manual Bíblico de Mapas e Gráficos da Editora Cultura Cristã, não foi publicado como
um livro de referência para permanecer na estante. A intenção é que ele seja um suplemento
de outros materiais curriculares para a sala de aula, seminários ou sermões. Esperamos que ele
prove ser tão benéfico que se transforme em recurso padrão para seu estudo bíblico pessoal ou
em grupo.
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ANTIGO
TESTAMENTO
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Vista Panorâmica do Antieo Testamento
Sul Norte
Cativeiro de Daniel,
Cativeiro de Ezequiel
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PENTATEUCO
Déclmo quinto dia, segundo mês, primeiro ano Chegada ao Deserto de Sim Êxodo 16.1
Primeiro dia, primeiro mês, segundo ano Tabernáculo Erigido Êxodo 40.1,17
Décimo quarto dia, primeiro mês, segundo ano Páscoa Números 9.5
Décimo quarto dia, segundo mês, segundo ano Páscoa Suplementar Números 9.11
Vigésimo dia, segundo mês, segundo ano Partida do Sinai Números 10.1
Primeiro mês, quadragésimo ano No Deserto de Zim Números 20.1, 22-29; 33.38
Primeiro dia, quinto mês, quadragésimo ano Morte de Arão Números 20.22-29; 33.38
Primeiro dia, décimo primeiro mês, quadragésimo ano Discurso de Moisés Deuteronômio 1.3
10 Nelson 5· Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas elson, Inc.
A.
GENESIS
Como o título indica, Gênesis é o livro dos começos (a palavra "Gênesis" vem de um termo grego que
significa origem, fonte, nascimento ou começo). Na descrição que faz da criação do mundo pela
palavra de Deus, da queda do homem, da origem dos povos da terra e do início da relação de aliança
de Deus com seu povo escolhido, Israel, o livro de Gênesis apresenta o contexto e estabelece o
cenário para o restante das Escrituras.
Autor
Embora o livro do Gênesis não mencione o seu autor, as Escrituras, e boa parte da tradição da igreja
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') atribui o livro a Moisés. Tanto o Antigo como O ovo Testamentos repetidamente testificam a autoria
mosaica do Pentateuco (por ex. Js l.7; Dn 9.11-13; Lc 16.29; Jo 7.19; At 26.22; Rm 10.19) e a
autoria mosaica não foi seriamente questionada até o século 18. Judeus e cristãos conservadores
~
continuam a reconhecer a autoria de Moisés, baseados no testemunho das Escrituras e na falta de
alternativas plausíveis.
Data
Para escrever o livro de Gênesis, Moisés, sem dúvida, utilizou fontes escritas mais antigas e tradições
orais, bem como material revelado diretamente a ele por Deus (Nm 12.8). Educado na "sabedoria
dos egípcios" (At 7.22), Moisés tinha sido providencialmente separado para compreender e integrar,
sob a orientação de Deus, todos os manuscritos, registros e tradições orais disponíveis. A composição
do livro provavelmente se deu durante o exílio de Israel no deserto (c. 1446-1406 a.C.).
Gênesis é o primeiro capítulo da história da redençào do homem. Nesta obra, quatro grandes eventos
e quatro grandes personalidades são enfatizadas.
Os capítulos 1-11 são dominados por quatro eventos formidáveis que formam a base de toda
história bíblica subseqüente.
11
Gênesis em Relance
TEXTO 1.1 3.1 6.1 10.1 12.1 25.19 27.19 37.1 50.26
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas elson, lnc.
Quando Ocorreram os Eventos em Gênesis Quando Ocorreram os Eventos Registrados nos Livros da lei
(Não incluídas as profecias não realizadas quando estes livros foram escritos)
(1) Criação: Deus é o criador soberano da matéria e energia, espaço e tempo. Os seres humanos
são o auge da sua criação.
(2) Queda: Embora originalmente boa, a criação tomou-se sujeita à corrupção em virtude do pecado
de Adão. Apesar da maldição devastadora da queda, Deus promete esperança de redenção por meio
da semente da mulher (3.15).
(3) Dilúvio: À medida que a humanidade se multiplica, o pecado também se multiplica até que Deus
é compelido a destruir a raça humana, com exceção de Noé e sua família.
(4) Nações: Embora sejamos todos filhos de Adão por meio de Noé, Deus fragmenta a cultura e
linguagem únicas do mundo pós-dilúvio, e espalha as pessoas pela face da terra.
Capítulos 12 - 50 tratam de quatro grandes personalidades (Abraão e seus descendentes Isaque, Jacó
e José), por meio dos quais Deus abençoar as nações. O chamado de Abraão (cap. 12) é o ponto
principal do livro. As promessas do pacto que Deus faz com Abraão são fundamentais para o programa
divino de trazer salvação ao seu povo.
12
ESBOÇO DE GÊNESIS
Gênesis 1 Gênesis2
14
o Jardim do Éden
o jardim do Éden foi o primeiro lar de Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher (2.4-
3.24). Éden é a tradução de uma palavra hebraica que significa "Prazer", sugerindo um "Jardim de
Prazeres". O jardim possuía muitas árvores belas e frutíferas, inclusive a "árvore da vida", e a
"árvore do conhecimento do bem e do mal" (2.9).
Apontar a localização exata do Jardim do Éden é difícil, embora a melhor teoria o localize perto da
nascente dos rios Tigre e Eufrates na região montanhosa da Armênia (veja o mapa). Uma grande
catástrofe, talvez o dilúvio do tempo de Noé, pode ter apagado todos os traços dos outros dois rios
mencionados - Pisom e Havilá (2.11). Mas as fotografias espaciais modernas têm produzido evidências
de que dois rios, que hoje aparecem como leitos secos, poderiam ter fluído através desta área há
séculos.
Deus ordenou a Adão e a Eva que não comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal
(2.17). Eles caíram de seu estado original de inocência quando Satanás aproximou-se de Eva
usando uma serpente e tentou-a a comer do fruto proibido (3.1-5). Ela comeu do fruto e deu-
o também a seu marido (3.6,7). A desobediência deles lançou-os, e a toda raça humana, em
estado de pecado e corrupção.
Por causa de sua descrença e rebelião foram expulsos do jardim. Outras conseqüências do pecado
foram a perda da inocência (3.7), dor no trabalho de parto (3.16), a maldição da terra que
resultou em trabalho pesado para o homem (3.17 -19), e a separação de Deus (3.23,24).
O apóstolo Paulo pensou em Cristo como o Segundo Adão que salvaria o velho Adão pecador
pelo seu plano de salvação e redenção. "Porque assim como em Adão todos morrem, assim
também todos serão vivificados em Cristo" (lCo 15.22).
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© 2002, Editora Cultura Cristã
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Contraste entre os Dois Adãos
Gênesis 3.15 contém a promessa de redenção, uma promessa cumprida com a vinda de Jesus Cristo.
O Novo Testamento retrata Cristo como o "Segundo Adão", cuja obediência e morte sacrificial na
cruz desfaz a desobediência de Adão (Rm 5.12-21; 1Co 15.45). Como "Segundo Adão" Jesus triunfou
sobre o mesmo tipo de tentação à qual o primeiro Adão sucumbiu.
"a concupiscência da carne" "a árvore era boa para se comer" "manda que estas pedras
se transformem em pães"
"a concupiscência dos olhos" "era agradável à vista" "o diabo ... mostrou-lhe todos os reinos"
"a soberba da vida" "uma árvore desejável "lança-te daqui para baixo"
para dar entendimento"
A maldição trazida pela queda de Adão resultou em morte para ele e para sua posteridade. Embora o
tempo de vida fosse, inicialmente, muito longo (uma média de mais de novecentos anos), houve um
declínio rápido depois do Dilúvio.
As genealogias bíblicas (por ex., em Gênesis, 1 Crônicas, etc.) não são necessariamente seqüenciais
em sentido estrito. De acordo com as práticas antigas de anotações genealógicas, alguns nomes são,
às vezes, omitidos nas listas. O termo bíblico traduzido como "gerou", também pode ser traduzido
como "tomou-se o ancestral de" .
Os patriarcas que viveram antes do Dilúvio tinham uma expectativa de vida média de mais ou menos 900 anos (Gn 5) A
idade média dos patriarcas pós-dilúvio caiu rapidamente e gradualmente se estabilizou (Gn 11). Alguns sugerem que isto
se deveu a grandes mudanças no meio-ambiente resultantes do Dilúvio.
16
Declínio Espiritual na Época Patriarcal
o Abraão: o Isaque:
construiu altares construiu um Jacó: construiu altares Nenhum altar foi
ao Senhor altar ao Senhor ao Senhor (Gn 33.20; construído ao Senhor na
(Gn 12.7,8; (Gn 26.25) 35.1,3,7) quarta geração
13.4,18; 22.9)
A Arca de Noé
A arca foi uma embarcação construí da por Noé para salvar a si mesmo, sua família e os animais, do
dilúvio enviado por Deus (Gn 6.14 - 9.19). Media cerca de 135 metros de comprimento, 24 metros de
largura e 13 metros de altura, e tinha três andares. Os especialistas calculam que uma embarcação
deste tamanho poderia sustentar mais de 43.000 toneladas.
Depois de quase um ano na água, a arca descansou no monte Ararate, onde é hoje a Turquia.
Numerosas tentativas têm sido infrutíferas ao longo dos séculos para descobrir os remanescentes da
embarcação. Geleiras que se deslocam, avalanches, fendas escondidas e tempestades súbitas tornam
a escalada da área extremamente perigosa.
A arca revela tanto o julgamento quanto a misericórdia de Deus. Seu justo julgamento é visto na
destruição dos perversos, mas sua misericórdia e cuidado são demonstrados na preservação de Noé,
e, por meio dele, da raça humana. Representa também uma impressionante ilustração de Cristo,
qual, por sua graça, nos preserva do dilúvio do julgamento divino.
Há várias outras histórias de dilúvio no mundo antigo que são, em muitos detalhes, extraordinariamente
semelhantes ao relato bíblico. a mais famosa delas, Utnapishti, o "Noé" babilônico, construiu um
barco que media cerca de 54 metros de comprimento, 54 de largura e 54 de altura - um desenho
náutico muito pouco apropriado. um contraste agudo com estas histórias, o livro de Gênesis apresenta
um Deus santo e justo que manda o dilúvio em julgamento contra o pecado, mas misericordiosamente
salva Noé e sua família por causa de sua retidão.
No Novo Testamento, Jesus falou sobre o dilúvio, sobre Noé e sobre a arca, comparando os "dias de
Noé" com a ocasião da "Vinda do Filho do Homem" (Mt 24.37; Lc 17.26,27). Outras referências
sobre o dilúvio incluem: Hb 11.7; 1Pe 3.20; e 2Pe 2.5.
17
A Bíblia Diz Iss01
Ditos Comuns em Gênesis: - Muitos ditos populares têm suas raízes na Bíblia. Entretanto, as
pessoas freqüentem ente usam estas frases sem reconhecer sua origem bíblica. Aqui estão vários
ditos comuns ou frases, que podem ser identificados com o Gênesis.
Um Jardim do Éden Um paraíso de beleza perieita e recursos O lugar onde Deus originalmente colocou
Fruto proibido Um prazer ou satisfação que não devemos O fruto da árvore do conhecimento do bem
experimentar, e que se torna mais atraente e do mal, da qual Adão e Eva foram proibidos
por estar fora dos limites permitidos; de comer (Gn 2.17; 3.3).
Pomo de Adão O caroço de cartilagem que é, muitas vezes, A tradição de que um pedaço do fruto
Folha de figueira Do ponto de vista da arte, uma pequena As coberturas que Adão e Eva fizeram
qualquer meio usado para nos proteger de conscientes de sua nudez (Gn 3.7).
um embaraço.
Sou eu porventura guardador de meu Pergunta retórica, feita muitas vezes para Pergunta de Caim em resposta ao Senhor
irmão? escapar à responsabilidade em relação a que lhe indagara onde estava Abel, a quem
Quarenta dias e quarenta noites Um longo espaço de tempo. A duração do aguaceiro que causou o dilúvio
Babei ou Torre de Babei Símbolo de confusão e caos. O lugar onde Deus confundiu as línguas das
Terra Prometida Imagem de completa liberdade, felicidade e Frase usada para descrever a terra que Deus
Uma prato de lentilha Alusão a situações em que somos A barganha pela qual Esaú, em troca de uma
18
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Torre de Babei
A torre de Babei foi construída na planície do Sinear, provavelmente na Babilônia antiga, ao sul da
Mesopotâmia, algum tempo após o grande Dilúvio dos dias de oé. Símbolo da rebelião e do orgulho
pecaminoso do homem, a estrutura foi construída para satisfazer a vaidade do povo:
A torre em forma de pirâmide deveria alcançar o céu. Estes povos estavam tentando aproximar-se de
Deus em seus próprios termos, mas aprenderam que as portas do céu não podem ser arrombadas.
Homens e mulheres devem aproximar-se do Deus santo com reverência e humildade.
A torre de Babei foi construída de tijolos e argamassa, uma vez que não havia pedras disponíveis
nas planícies ao sul da Mesopotâmia. Assemelha-se aos zigurates dos antigos habitantes ao sul da
Mesopotâmia, construídos como lugar de adoração para seus deuses. Tanto os reis assírios quanto
os babilônios se orgulhavam da altura destes templos pagãos, gabando-se de construí-los tão altos
quanto o céu.
Uma torre semelhante construída em Ur, a cidade ancestral de Abraão ao sul da Mesopotâmia,
aproximadamente no ano de 2100 a.c., era uma pirâmide constituída de três terraços sobrepostos de
tamanhos diferentes. O templo era alcançado por escadas convergentes. A palie mais alta da torre
era um altar devotado ao culto pagão.
Deus interferiu para evitar que os construtores de Babei participassem de um poder e uma glória
que pertencem unicamente a Ele. A linguagem dos construtores foi confundida, de sorte que não
mais podiam comunicar-se entre si. Em sua frustração, abandonaram o projeto. E os orgulhosos
construtores foram espalhados pela superfície da terra (Gn 1l.7,8). Como a torre era fraca e
pequena comparada com o poder de Deus! Os esforços errôneos de auto glorificação da humanidade
causaram confusão, frustração e sua dispersão por toda terra.
A Família de Abraão
A genealogia de Sem (11.10-26) serve como introdução para a figura de Abraão, natural da cidade de
Ur, na Mesopotâmia. O plano redentor de Deus centraliza-se agora na família e nos descendentes de
um indivíduo. O papel de Abraão nas Escrituras é fundamental para o restante da Bíblia. Todas as
relações redentoras subseqüentes de Deus com a humanidade estão relacionadas com a aliança que
Deus fez com Abraão.
Terá
Sarai --- AbrãO I Harã
Naor ---Milca ~
Isaque Ló Iscá
A Aliança Abraâmica
A aliança abraâmica é incondicional, dependendo unicamente de Deus que se obriga, em sua graça,
a cumprir o que prometeu. A aliança foi feita, primeiramente num esquema amplo, e depois confirmada
com mais detalhes a Abraão (13.14-17; 15.1-7; 18-21; l7.l-8).
Verifique a tabela "O Pacto Abraâmico" à página 24.
19
A Jornada de Fé de Abraão
Ajornada de 2.500 quilômetros empreendida por Abraào foi movida pela fé. " ...e partiu sem saber
aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, ...porque aguardava a cidade
que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador" (Hb 11.8-10).
Grande Mar
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Isaque e Jacó
A fidelidade de Deus à sua promessa é lindamente ilustrada na nascimento de Isaque, filho de Abraão
e sua esposa Sara, idosa e estéril (21.1-3). Ao invés de procurar uma esposa para Isaque entre os
povos de Canaà, Abraào enviou seu servo à Mesopotâmia para encontrar-lhe uma esposa entre o seu
próprio povo (Gn 24).
De Isaque e Rebeca nasceram os gêmeos Jacó e Esaú, mas Deus mostrou que a linha do pacto
deveria passar por Jacó (25.23). A disputa pelo direito de primogenitura e bênção patriarcal levou
Jacó a fugir de seu irmão, indo para a Mesopotâmia, onde se casou com Lia e Raquel (Gn 27 - 29),
permanecendo ali por vinte anos. Jacó foi pai de doze filhos (35.22-26), os quais se tornaram pais das
doze tribos de Israel. Judá, o quarto filho de Jacó, foi aquele por meio de cuja linhagem o Messias
prometido haveria de nascer (49.10).
Examine o mapa à página 22.
20
Jacó Retorna a Canaã
Depois de passar vinte anos ao norte da Mesopotâmia, Jacó retomou a Canaã. No caminho de volta
teve um encontro face a face com Deus em Peniel (32.30,31).
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© 2002. Editora Cultura Cristã
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A vida de Jacó
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• Manre
6- O corpo de Jacó retornou a Canaã
e foi sepultado no sepulcro da família
na caverna de Macpela,
• Serseba perto de Manre (Gn 50.13,14) .
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© 2002, Editora Cultura Cristã
22
José
Como conseqüência do ressentimento que os dez filhos de Jacó com Lia e sua concubina sentiam por
José, filho de Jacó com Raquel, ele foi vendido como escravo para o Egito por seus irmãos (Gn 37). Lá
José foi preso, e mais tarde elevado à condição de governador do Egito com autoridade apenas inferior
à do Faraó. José foi o instrumento usado por Deus para preservar a família de Jacó durante os anos de
fome (Gn 41--46), preservando também da destruição a linhagem do pacto e da promessa.
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© 2002. Editora Cultura Cristã
As Nações de Gênesis 10
Gênesis 10 é chamado "O Quadro da Nações" e está estruturado em termos dos descendentes dos
três filhos de Noé: Jafé (vs.2-5), Cam (vs.6-20), e Sem (vs.Ll-31). Muitos nomes mencionados no
capítulo 10 podem ser associados às nações antigas, algumas das quais continuam até o presente.
Observe nas páginas seguintes as tabelas adicionais do Livro do Gênesis.
23
As Nações de Gênesis 10
I eGÔMER I
~
leHITITAS I
MADAI
e (Medos)
Mar Mediterrâneo
t • JOCTÃ
e JAVA Descendentes de Jafé (Gn 10.2-5)
(Arábia)
e PUTE Descendentes de Cão (Gn 10.6-20)
• LU DE Descendentes de Sem (Gn 10.21-31)
(Lídia) Nome bíblico em períodos posteriores
o Pacto Abraâmtco
Gn 12.1-3 Deus inicia seu pacto com Abrão quando este morava em Ur dos Caldeus,
prometendo-lhe uma terra, descendentes e a bênção.
Gn 12.4,5 Abrão foi com sua família para Harã e viveu ali por um tempo,
saindo de Harã aos 75 anos
Gn 15.1-21 Este pacto foi ratificado quando Deus passou por entre os animais sacrificiais
que Abrão havia colocado diante dele. .
Gn 17.1-27 Quando Abrão tinha 99 anos, Deus renovou seu pacto mudando seu nome
para Abraão (Pai de numerosas nações). O sinal do pacto foi a circuncisão.
24
~
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/'t)
• Harã ::s
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• Naor (?) O
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2- Abraão, com cerca de
75 anos de idade, ~
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Grande Mar
(Mar Mediterrâneo)
Monte
Moriá (?)
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J • Betel _ ( I
4- As viagens de Abraão
o levaram também a Betel e Hebrom,
/ - ao sul de Canaã (Gn 13.18)
3- Por causa da fome e ao Monte Moriá,
em Canaã,
Gerat. • Hebrom ao norte de Canaã (Gn 22.1-4) .
Abraão e sua família
mudaram-se para o Egito • Berseba
(Gn 12.10).
6- Jacó, filho de Isaque viajou de Berseba a Harã
para encontrar uma esposa (Gn 28.1-10)
e posteriormente mudou-se para o Egito
5- Isaque, filho de Abraão, para escapar da fome em Canaã (Gn 46.1-6)
N
t
peregrinou por Gerar e Berseba,
ao sul de Canaã (Gn 26.6; 26.23);
seu servo viajou até Naor, bem ao norte,
para buscar Rebeca,
para ser a esposa de Isaque (Gn 24.62-67).
".
/
26
.
~.
"...
EXODO
o Livro de Êxodo registraa libertação do povo de Israel da escravidão no Egito e seu estabelecimento
como nação governada nos termos do pacto de Deus e de suas leis. Durante aproximadamente os
quatrocentos anos em que esteve no Egito, a família de Jacó cresceu de um grupo de setenta pessoas
para um povo que contava entre dois e três milhões de pessoas.
Os judeus que falam hebraico sempre usaram as palavras hebraicas que iniciam o livro de
Êxodo como seu título, chamando-o de ve 'elleh shemot, que significa "Estes são os nomes."
O título grego é Êxodo, uma palavra que significa "saída", "partida."
Autor
Junto com o restante do Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio), o livro de Êxodo é atribuído pelas Escrituras
~ r; a Moisés. Porções do próprio Êxodo apresentam Moisés especificamente como autor (17.14; 24.3,4;
~~ 34.27), e os escritores ao longo do Antigo e do Novo Testamentos reconhecem a autoria mosaica. (MI
~ ~ 4.4; Jo1.45; Rm 10.5). Além disso, o próprio Jesus reconhece a origem mosaica do livro (Me 7.10;
12.26; Lc 20.37; Jo 5.46,47; 7.19-23).
A partir do século dezoito alguns estudiosos têm contestado a autoria mosaica do livro de Êxodo em
favor de uma série de fontes orais e escritas reunidas por editores em data mais tardia da história de
Israel. Tais argumentos estão longe de ser conclusivos, particularmente porque tem havido pouca
concordância a respeito do caráter preciso e da extensão dos documentos que estariam atrás do texto
do Êxodo como o temos hoje.
Data
Assim como o restante do Pentateuco, o Êxodo foi escrito durante a peregrinação de Israel no deserto,
entre a época do êxodo e a morte de Moisés. Moisés provavelmente mantinha um registro da ação
de Deus, o qual ele organizou nas Planícies de Moabe pouco antes da sua morte (c. 1406 a.c.).
A questão da data do livro está relacionada à data em que o Êxodo se deu. 1 Reis 6.1 afirma que o
êxodo ocorreu 480 anos antes da fundação do templo (966 a.C}, o que significaria a data de 1446
a.C. como a saída do Egito.
Alguns estudiosos argumentam que as evidências arqueológicas apontam para uma data ao redor
de 1275 a.C., e sustentam que os 480 anos de 1 Reis 6.1 devem ser vistos como um número
simbólico (40 anos vezes as 12 tribos de Israel seria igual a480 anos). As evidências arqueológicas,
entretanto, são ambíguas, e a data de 1446 é a que adotamos neste trabalho.
27
Êxodo em Relance
A PREPARAÇÃO RESPOSTA
DIVISÃO NECESSIDADE PARA A REDENÇÃO PRESERVAÇÃO REVELAÇÃO DE ISRAEL
DE REDENÇÃO REDENÇÃO DE ISRAEL DE ISRAEL DO PACTO
AO PACTO
NARRAÇÃO LEGISLAÇÃO
TÓPICO
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charis © 1993 by Thomas elson, Inc.
o livro de Êxodo é facilmente dividido em duas seções principais: a redenção da escravidão no Egito
(caps. 1-!-8)e a revelação de Deus no Monte Sinai (caps. 19-40).
O conceito de redenção é central no livro de Êxodo. Por causa de sua fidelidade à promessa do pacto
feita a Abraão, Isaque e Jacó, Deus livra seu povo da escravidão, preserva-o durante a caminhada no
deserto e prepara-os para entrar na Terra da Promessa.
Israel foi redimido da escravidão no Egito para entrar em relacionamento de pacto com Deus. Depois
que o povo provou a libertação, direção e proteção de Deus, estava pronto para ser instruído sobre o
que Deus esperava deles. No Monte Sinai, Moisés recebe de Deus as leis morais, civis e cerimoniais,
bem como o modelo do tabemáculo que deveria ser construído no deserto.
28
.•
ESBOÇO DE ÊXODO
1.1-7
""""---- -
B. A Severa Aflição de Israel 1.8-14
C. A Extinção Planejada de Israel 1.15-22
29
Limitado ao norte pelo Mar Mediterrâneo, a leste pela Península do Sinai e pelo Golfo de Suez,
e a oeste pelo Deserto da Líbia, o Egito possuía uma história rica e bem documentada. Parte de
nosso conhecimento sobre a história antiga do Egito vem do trabalho do sacerdote egípcio,
Maneto (c. 270 a.C"), que registrou os eventos de trinta e uma dinastias, a partir de c. 3200 a.C.
A tabela que se segue começa com Amosis I, fundador da décima-oitava dinastia. De acordo
com a teoria da data mais antiga para o Êxodo (adotada neste trabalho), o Faraó do Êxodo foi,
provavelmente, Amenotepe II; de acordo com a teoria da data mais próxima, o Faraó foi,
provavelmente, Ramsés lI.
Faraós E~ípcios
30
Deuses Pa{!àos do E{!ito
NOME
Aker
RESPONSABILIDADE
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
31
..
Faraó, o governador do Egito, recusou-se a libertar o povo hebreu da escravidão e permitir que
deixassem seu país. Portanto, o Senhor enviou dez pragas sobre o Egito para quebrar a obstinação de
Faraó e demonstrar seu poder e superioridade sobre os deuses pagãos dos egípcios.
Estas pragas ocorreram dentro de um período de aproximadamente nove meses, na seguinte ordem:
Em todas estas pragas os israelitas foram protegidos, enquanto os egípcios e suas propriedades foram
destruídos. O hebreus foram salvos da última praga, quando, obedecendo à ordem de Deus, marcaram
suas casas borrifando as ombreiras da porta com o sangue de um cordeiro. Após a última demonstração
o poder divino, o Faraó desistiu e permitiu que os israelitas deixassem o Egito. Este livramento
tomou-se o fato mais memorável da história dos hebreus. A Páscoa é celebrada anualmente até hoje
para lembrar o livramento do povo hebreu da escravidão.
A Praga O Efeito
2. Rãs (8.6) Faraó suplica alívio, promete liberdade (8.8) mas é endurecido(8.19)
7. Chuva de pedra (9.23) Faraó implora por auxílio (9.27), promete liberdade (9.28),
mas é endurecido (9.35)
8. Gafanhotos (10.13) Faraó negocia (10.11), suplica alívio (10.17), mas é endurecido (10.20)
10. Morte dos primogênitos(12.29) Faraó e os egípcios suplicam aos Israelitas que deixem o Egito (12.31-33)
Deus multiplicou seus sinais e maravilhas na terra do Egito para que os egípcios soubessem que Ele é o Senhor.
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts ~ 1993 by Thomas elson. Inc.
32
Fu~a e Retorno de Moisés ao E~ito
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Moisés
Nascido de pais hebreus e escravos, em época muito perigosa, Moisés foi milagrosamente protegido
e preparado por Deus para ser o instrumento da libertação de seu povo. Com este objetivo Moisés
foi criado na corte egípcia e "educado em toda ciência dos egípcios" (At 7.22). Aos quarenta anos,
depois de tentar proteger um irmào israelita e matar um egípcio, Moisés fugiu para o deserto de
Midiã. Ali permaneceu outros quarenta anos, casou-se e teve dois filhos. Tendo recebido o chamado
de Deus vindo da sarça ardente (3.2-4.17), Moisés retomou ao Egito para tirar o povo de Israel da
escravidão.
A figura de Moisés é essencial para a religiào do Antigo Testamento. Como instrumento do Pacto
Mosaico e divinamente designado como quem receberia a Lei, Moisés ajudou a estabelecer a forma
que tanto o culto como a vida do povo escolhido deveriam assumir para o restante do período do
Antigo Testamento.
Embora as circunstâncias sejam muito diferentes, é interessante o paralelo que existe entre Moisés e
Cristo no fato de que ambos enfrentaram perigo de morte na infância e ambos foram salvos para
realizar uma grande redenção e estabelecer um pacto de sangue entre Deus e seu povo.
Veja o mapa "A vida de Moisés", à página 34.
33
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3- Retornou ao Egito
para livrar seu povo do cativeiro,
liderou seu povo até o deserto
conhecido como Península do Sinai 4- Guiou o povo de Israel 5- Designou Josué seu sucessor,
(Êx 13 -19). durante os 40 anos de peregrinação morreu no Monte Nebo,
por estas áreas desertas, contemplando a terra de Canaã
enquanto Deus os preparava (Nm 27.18,23; Dt 34.1-9).
para entrar na terra de Canaã
(Nm 14.20-34).
~
N
PENíNSULA
AMOM
Mar Mediterrâneo
EDOM
Eziom-Geber
(Elate)
Revelação no Sinai
No Monte Sinai Moisés recebeu as Leis de Deus, leis morais, civis e cerimoniais, bem como
o projeto do Tabernáculo, que deveria ser construído no deserto. Depois do julgamento de
Deus pela adoração prestada pelo povo ao bezerro de ouro, o tabernáculo foi construído e
consagrado. Era uma bela construção numa terra deserta, e revelava muito sobre a pessoa de
Deus e a forma da redenção.
O Pacto Mosaico estabelecido no Sinai foi dado à nação de Israel para que todos aqueles que
criam na promessa de Deus à Abraão soubessem como deveriam conduzir-se. Em sua integridade
o Pacto Mosaico governava três áreas da vida do povo: (1) os mandamentos governavam a vida
pessoal do povo, particularmente no seu relacionamento com Deus (20.1-26); (2) os julgamentos
governavam sua vida social, particularmente seus relacionamentos uns com os outros (2l.1-24.11); e
(3) as ordenanças governavam sua vida religiosa de forma que o povo soubesse como deveria
aproximar-se de Deus, nos termos por Ele mesmo estabelecidos (24.12-31.18).
O Pacto Mosaico não substituiu nem colocou de lado o Pacto Abraâmico. Ao contrário, foi
adicionado a este, de forma que o povo de Israel soubesse como conduzir suas vidas até que
Jesus Cristo, o Messias, viesse e fizesse um perfeito e completo sacrifício pelo pecado, um
sacrifício para o qual os sacrifícios mosaicos apenas apontam. A lei mosaica não foi dada como
uma forma de merecimento à salvação, mas para que os seres humanos compreendessem que são
incapazes, e não tendo esperança à parte da graça salvadora de Cristo (GI3.19-24).
35
Os Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos (veja Êx 20.1-17), formavam um conjunto de leis dadas por Deus como
diretrizes para a vida diária. Embora estes mandamentos tivessem sido entregues por Deus a seu
povo através de Moisés no monte Sinai, ainda hoje, mais de três mil anos depois, eles são
relevantes. Este conjunto de leis é conhecido também como Decálogo, da palavra grega que
significa "dez palavras".
Os Dez Mandamentos são divididos em duas partes. Os quatro primeiros governam nosso
relacionamento com Deus, enquanto os mandamentos de cinco a dez falam de nossos relacionamentos
com as outras pessoas.
O significado dos Dez Mandamentos pode ser brevemente apresentado como segue:
Cerca de 1.300 anos depois que estes mandamentos foram entregues por Deus ao povo, Jesus os
ratificou. Na realidade, ele colocou estas leis num plano mais alto, exigindo que o espírito das leis
fosse observado,.e não apenas seu aspecto legal. Jesus colocou seu selo de aprovação nos mandamentos
ao declarar. "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, mas para
cumprir" (Mt 5.17).
O Código de Hamurabi, um antigo código legal que recebeu este nome em honra a um antigo rei da
Babilônia, contém muitas semelhanças com os Dez Mandamentos. Entretanto, a Lei dada no Monte
Sinai reflete uma compreensão mais elevada da natureza de Deus e da sua santidade, como também
das exigências que Ele coloca sobre seu povo.
A Arca do Testemunho
Também conhecida como arca da Aliança, arca do Senhor ou arca de Deus, era o objeto mais
sagrado dos israelitas durante o tempo que passaram pelo deserto.
Sabemos com certeza qual era a aparência da arca do Testemunho? Não podemos ser categóricos,
mas o Antigo Testamento apresenta uma descrição clara e detalhada (Êx 25.10-22). Arqueólogos
descobriram representações ou pinturas da arca '(por exemplo, uma escultura da arca feita em pedra
foi encontrada na escavação de uma sinagoga em Cafarnaum).
Partindo do relato bíblico, podemos determinar os seguintes fatos sobre sua aparência fisica. Era
uma caixa de aproximadamente 1,12m de comprimento, 67cm de largura e 67cm de altura, feita de
madeira de acácia. Quatro varais eram inseridos em argolas presas dos lados da arca, de maneira que
ela pudesse ser carregada por quatro homens.
A campa da arca, cnamaca de propiciatono, era feito áe ouro. A palavra fiebraíca tradicionalmente
traduzida como "propiciatório" poderia também ser traduzida como "lugar da expiação ou do perdão",
porque era este o lugar sobre o qual, uma vez por ano, o sumo sacerdote espargia o sangue do
sacrificio no Dia do Perdão, como expiação pelo pecado (Lv 16.5).
36
Montadas sobre esta tampa, estavam duas criaturas aladas (querubins), que ficavam face a face
com as asas estendidas. Dentro da arca ficavam as duas tábuas de pedra que continham os Dez
Mandamentos recebidos de Deus por Moisés no monte Sinai (Êx 20). Dentro dela estavam também
uma uma de ouro contendo maná e a vara de Arão que floresceu (Hb 9.4), estes últimos relembravam
a provisão de Deus para as necessidades dos israelitas no deserto.
Os israelitas criam que Deus habitava entre eles no tabemáculo, no lugar da expiação, entre as asas
dos querubins. Durante os anos que peregrinaram pelo deserto, Deus falava com Moisés deste lugar
(Nm 7.89), preparando o povo para entrar na terra prometida.
A arca era carregada à frente dos israelitas quando deixaram o monte Sinai (Nm 10.33); quando o
povo cruzou o rio Jordão para entrar em Canaã (Js 4.9-11); e quando circundaram as muralhas de
Jericó antes que a cidade fosse tomada (Js 6.1-20). Depois de muitas viagens, ela foi finalmente
colocada no templo de Salomão em Jerusalém (lRs 8.1-9), e desapareceu depois da destruição de
Jerusalém pelos exércitos da Babilônia em 586 a.c.
A arca servia como uma memória visível da presença de Deus com o povo hebreu. O propiciatório,
coberto de ouro, simbolizava o trono de Deus e seu reinado no coração daqueles que o reconheciam
---'
como seu Senhor soberano.
37
Arão como Sumo Sacerdote
Quando o sacerdócio foi instituído no deserto, Moisés consagrou seu irmão Arão como o primeiro
sumo sacerdote de Israel (Êx 28.29; Lv 8.9). O sacerdócio foi instituído dentro da tribo de Levi, da
qual Arão era descendente, e seus filhos herdavam a posição de sumo sacerdote dos pais.
As vestimentas do sumo sacerdote representavam sua função como mediador entre Deus e o povo.
Sobre sua vestimenta sacerdotal normal, ele usava uma estola (éfode), espécie de avental em duas
peças. Usava também um peitoral de julgamento com doze pedras preciosas. Estas pedras eram
engastadas com os nomes das doze tribos de Israel (Êx 28.15-30). Na bolsa do peitoral, diretamente
sobre o coração do sumo sacerdote ficavam o Urim e Tumim (28.30), o meio pelo qual Deus
comunicava sua vontade ao povo.
O sumo sacerdote tinha a responsabilidade de verificar que todos os deveres dos sacerdotes fossem
cumpridos (2Cr 19.11). Sua responsabilidade mais importante ocorria anualmente no Dia do Perdão
ou Dia da Expiação.
38
o Tabernáculo
o tabernáculo era uma tenda ou santuário portátil, usada pelos israelitas como lugar de adoração
durante o período mais antigo de sua história. No Antigo Testamento ele é freqüentemente chamado
de "tenda da congregação", indicando que este era o lugar principal de encontro entre Deus e seu
povo. A estrutura foi construída de acordo com as instruções dadas por Deus a Moisés no monte
Sinai, durante os anos de peregrinação do povo pelo deserto (Êx 26.35). Com a contribuição feita
pelo povo, tanto de material quanto de serviço, o tabemáculo foi terminado de acordo com as
especificações de Deus. Deus abençoou o trabalho do povo cobrindo a tenda com uma nuvem e
enchendo o santuário com a sua glória (40.34).
O átrio do tabernáculo era um retângulo cercado medindo aproximadamente 45 metros de extensão
por 22,5 metros de largura (27 .9-19). O átrio continha um altar de bronze para sacrificios animais
(27 .1-8) e uma bacia de bronze onde os sacerdotes se lavavam antes de entrar na tenda (30.17-21).
O tabernáculo em si, medindo 13,5 por 4,5 metros, tinha duas seções principais: a tenda exterior,
conhecida como lugar santo, e a tenda interior chamada Santo dos Santos, ou Lugar Santíssimo (26.33).
Na tenda exterior ficava um altar onde se queimava uma oferta de incenso (30.1-10); o candelabro de
ouro com sete braços (25.31-40); e uma mesa para os pães da proposição, significando a presença de
Deus (25.26-30).
A tenda interna, ou Santo dos Santos, era separada da tenda externa por um véu ou cortina (26.31-37).
O sumo sacerdote entrava nesta parte sagrada do tabernáculo apenas uma vez por ano, no Dia do
Perdão. Neste dia, numa cerimônia especial, ele fazia expiação por seus próprios pecados e então
oferecia sacrificios para expiar os pecados do povo. Esta parte mais sagrada do tabernáculo tinha
apenas um item de mobília, a arca da aliança.
A tampa da arca era chamada propiciatório (lugar do perdão). Sobre ela estavam dois querubins de
ouro colocados face a face. A arca continha as tábuas de pedra com os Dez Mandamentos (Dt 10.4,5),
uma uma de ouro cheia de maná (Êx 16.33,34) e a vara de Arão que havia florescido (Nm 17.10).
Durante os anos em que o povo de Israel peregrinou no deserto, o tabernáculo se mudava com eles de
lugar para lugar (Êx 40.36-38). Quando os israelitas acampavam no deserto, o tabernáculo era colocado
no centro, e os Levitas, que eram encarregados de cuidar dele (Nm 4), acampavam mais próximos
(Nm 1.53). As outras dez tribos eram distribuídas em ordem específica nos quatro lados do tabernáculo
(Nm 2). Isto mostra o papel importante que este representava na vida religiosa do povo de Deus.
Depois da conquista de Canaã, o tabernáculo foi levantado em Siló, onde permaneceu durante todo
o período dos juízes (Jz 18.1). Mais tarde, esteve por algum tempo em Nobe (lSm 21.16) e em
Gibeom (l Rs 3.4). Quando o Templo ficou pronto, Salomão ordenou sua remoção para Jerusalém
(1Rs 8.4). Aparentemente não havia mais necessidade do tabernáculo depois do término da construção
do templo, o qual tomou-se o lugar permanente de culto para toda a nação e o centro de sua vida
religiosa.
As muitas referências ao tabernáculo no Novo Testamento devem ser vistas à luz da encarnação,
quando o filho de Deus tomou-se um ser humano. Porque o tabernáculo era o lugar onde Deus
encontrava seu povo, João declarou que a Palavra se fez carne, e "tabernaculou" conosco (Jo 1.14;
que é a palavra grega traduzida como "habitou" nas versões em português). Em Romanos 3.25,
Paulo fala sobre Cristo como "propiciação" pelo pecado. Ele usa a mesma palavra para referir-se ao
propiciatório (ou lugar do perdão ou da expiação), onde o sumo sacerdote fazia, anualmente, propiciação
pelos pecados do povo. A passagem de Tito 3.5 pode ser uma alusão à bacia onde os sacerdotes se
lavavam antes de servir no tabernáculo.
Apocalipse 8.3-5 fala de um altar de incenso feito de ouro. Praticamente, todos os aspectos do
tabernáculo são encontrados na epístola aos Hebreus, que considera Jesus como o grande Sumo
Sacerdote e o suficiente e eterno sacrificio por nossos pecados.
39
o Projeto do Tabernáculo
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40
A Mobília do Tabernáculo
Nelson 5 Complete Book 0/ Bible lvfaps and Charts © 1993 by Thomas Nelson. Inc.
41
LEVíTICO
Tem sido dito que Deus levou apenas uma noite para tirar Israel do Egito, mas levou quarenta anos
para tirar o Egito de dentro de Israel. Em Êxodo, Israel é redimido e estabelecido como um reino de
sacerdotes e uma nação santa, e em Levítico Israel é ensinado a cumprir seu chamado sacerdotal.
Foram tirados da terra da servidão no Egito para o santuário de Deus em Levítico. Passaram da
redenção para o serviço, da libertação para a dedicação.
O título hebraico do livro é wayyiqra, a primeira palavra do texto, que significa "E Ele Chamou". O
título grego que aparece na Septuaginta é Leutikon (que significa "aquilo que se refere aos sacerdotes"),
do qual a Vulgata Latina derivou o título Leviticus. O título é, de certa forma, inapropriado, porque
embora o livro trate extensivamente dos sacerdotes e suas várias tarefas, devemos nos lembrar que
todos os israelitas deveriam conhecer e cumprir a Lei.
Autor
f(
Os argumentos usados para confirmar a autoria mosaica de Gênesis e Êxodo também se aplicam a
~. Levítico, pois o Pentateuco é uma unidade literária. O conteúdo do livro em si mesmo também aponta
~ fortemente para Moisés como seu autor humano. Nos vinte e sete capítulos de Levítico há cinqüenta e
~ ~ seis afirmações de que Deus entregou estas leis a Moisés (veja, por exemplo, 1.1; 4.1; 6.1,24; 8.1).
Data
Provavelmente Moisés escreveu a maior parte de Levítico no final do período em que Israel esteve
-
acampado no Sinai, embora ele possa ter atingido sua forma final pouco antes da morte de Moisés. O
~
. contexto de Levítico cobre um período de mais ou menos um mês, entre a construção do tabernáculo
(Êx 40.17) e a saída do Sinai (Nm 10.11).
Levítico em Relance
TEXTO 1.1 8.1 11.1 16.1 18.1 21.1 23.1 25.1 27.1 27.34
TÓPICOS
LEIS PARA UMA APROXIMAÇÃO ACEITÁVEL DE DEUS LEIS PARA UMA COMUNHÃO CONTíNUA COM DEUS
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Temas e Estrutura Literária
Levítico centraliza-se no conceito de santidade de Deus, e como um povo ímpio poderia aproximar-
se deste Deus de forma aceitável, e permanecer em constante comunhão com Ele. O caminho para
Deus se faz unicamente pelo sacrifício de sangue, e andar com Deus unicamente por meio da obediência
às suas Leis. A palavra "santo" ocorre noventa vezes em Levítico, e a palavra "santificar", dezessete
vezes. A raiz hebraica q-d-sh, isto é "santo" (como adjetivo, substantivo ou verbo) ocorre 152 vezes
em Levítico.
O livro apresenta duas seções principais: a primeira trata principalmente do sistema sacrificial do
culto (caps.1 - 17), e a segunda trata principalmente da santificação do povo de Israel como um todo,
pela santidade cerimonial e moral (caps .18 - 27)
~
I
ESBOÇO DE LEVíTICO
43
Segunda Parte: Leis sobre Como Andar com Deus de Modo
Aceitável: Santífícação (18.1 - 27.34)
Ofertas Levíticas
O sistema sacrificial tem um papel proeminente no livro de Levítico. A oferta queimada era o único
sacrificio inteiramente consumido sobre o altar e, por isso, às vezes é chamada de oferta completa. A
oferta de grãos era um tributo feito para assegurar ou manter o favor divino, indicando que os frutos do
trabalho de uma pessoa devem ser dedicados a Deus. A oferta pacífica se destinava a oferecer expiação
e permitia àquele que fazia a oferta comer a carne do sacrificio. Era muitas vezes feita em ocasião de
alegria. A oferta pelo pecado era feita para remover a impureza do santuário. A oferta pelo sacrilégio,
também chamada de oferta pela culpa ou a oferta de reparação, era feita por causa de violação da
santidade da propriedade de Deus ou de outra pessoa, normalmente pelo uso de juramento falso.
Examine a Tabela "Ofertas Levíticas" nas páginas 46 e 47.
44
Festivais ou Festas
o calendário litúrgico também tem um lugar significativo no livro de Levítico. No Israel antigo
havia sete festivais religiosos por ano, e eram especialmente ordenados por Deus:
2. Festa dos Pães Asmos (matsot, Heb.) - Êx 12.15-20; 13.3-10; Lv 23.6-8; Nm 28.17-25; Dt 16.3-80
Ocasião: Começava no décimo quinto dia de Nisan (Abib) e continuava por uma semana (Março/Abril)
Propósito: Comemorar as dificuldades da fuga rápida de Israel ao sair do Egito (Êx 12.39) A falta de
fermento simbolizava a completa consagração e devoção a Deus.
Significado Profético: (l) Pão asmo (sem fermento) é um símbolo de Cristo (cf. Jo 6.30-59; 1Co 11.24).
(2) O Pão asmo é um símbolo da verdadeira igreja (cf. lCo 5.7,8).
45
..
..
Ofertas Levíticas
1. Oferta Queimada Lv 1.3-17; 6.8-13 1. Propiciação pelo pecado De acordo com as Inteiramente queimada Apenas a pele (7.8) Nenhuma Significa completa
(olah- Hebraico) em geral (1.4) posses: sobre o altar de dedicação da vida a
a. Aroma suave 2. Significava completa 1. Novilho sem defeito ofertas queimadas Deus
b. Voluntária dedicação e consagração (1.3-9) (1.9), exceto a pele 1. Da parte de Cristo
a Deus, por isso era 2. Carneiro ou cabrito - Mt 26.39-44;
chamada "oferta sem defeito (1.10-13) Mc 14.36; Lc 22.42;
queimada completa" 3. Rolas, ou um par de FI 2.5-12
pombinhos (1.14-17) 2. Da parte do crente -
Rm 12.1,2; Hb 13.15
2. Oferta de Manjares Lv 2.1-6; 6.14-18; A oferta de manjares Três tipos Porção memorial O restante deveria ser Nenhuma Significa a perfeita
(minhah, Hebraico) 7.12-13 acompanhava todas as 1. Farinha fina misturada queimada no altar de comido no átrio do humanidade de Cristo
a. Aroma suave ofertas queimadas; com azeite e incenso ofertas queimadas tabernáculo 1. Ausência de fermento
b. Voluntária significava homenagem e (2.1-3) (2.2,9-16) (2.3,10; 6.16-18; simboliza a ausência
gratidão a Deus 2. Bolos de farinha 7.14,15) de pecado em Cristo
misturada com azeite (Hb 4.15; 1 Jo 3.5)
e assado no forno 2. Presença do azeite
(2.4), na assadeira representa o Espírito
(2.5), na frigideira Santo (Lc 4.18;
(2.7) 1Jo 2.20,27)
3. Espigas verdes
tostadas no fogo com
azeite e incenso
(2.14,15)
3. Oferta Pacifica Lv 3.1-17; A oferta pacífica expressava De acordo com as Porções de gordura Peito (oferta movida) e A sobra deveria ser Prenuncia a paz que o
(shelem - Hebraico) 7.11-21,28-24 geralmente paz e posses: queimadas no altar de coxa direita (oferta comida no átrio pelo crente tem com Deus
a. Aroma suave comunhão entre o 1. De gado: um macho ofertas queimadas no levantada; 7.30-34) ofertante e sua família por meio de Jesus
b. Voluntária ofertante e Deus; ou fêmea sem defeito altar de ofertas a. Oferta de gratidão Cristo (Rm 5.1 ;
terminava com uma (3.1-5) queimadas (3.3-5). para ser comida no CI1.20)
refeição comunitária. 2. Do rebanho: um mesmo dia (7.15)
Havia três tipos: macho ou fêmea sem b. Oferta votiva e
1. Oferta de gratidão: defeito (3.6-11) voluntária para ser
expressava gratidão por 3. De cabra (3.12-17) comida no primeiro e
uma bênção não Nota: Pequenas segundo dia (7.16-18)
esperada ou livramento. imperfeições eram Nota: esta é a única
2. Oferta votiva: para permitidas quando a oferta da qual o
expressar gratidão por oferta pacífica era ofertante participava
uma bênção ou uma oferta com uma porção.
livramento, quando a espontânea de novilho
petição fosse ou cordeiro (22.23).
acompanhada por um
voto.
3. Oferta voluntária para
expressar gratidão a
Deus sem relação com
qualquer bênção ou
livramento recebido.
.•.
~
4. Oferta pelo pecado Lv 4.1 - 5.13; Expiar pecados cometidos 1. Pelo sumo sacerdote: 1.Porções de gordura Quando a oferta era por Nenhuma Prefigura o fato de que,
(hattat - Hebraico) 6.24-30 por ignorância, um novilho sem queimadas no altar um príncipe ou por em sua morte:
a. Nâo há aroma suave especialmente quando defeito (4.3-12) (4.8-10,19,26,31,35) uma pessoa comum, 1. Cristo foi feito pecado
b. Compulsória não havia possibilidade 2. Pela congregaçâo: um 2. Quando a oferta pelo o restante do bode ou por nós (2Co 5.21)
de restituiçâo novilho sem defeito pecado era pelo sumo do carneiro deveria 2. Cristo sofreu fora dos
Nota: Nm 15.30,31: (4.13-21) -sacerdote ou pela ser comido no átrio do muros de Jerusalém
A oferta pelo pecado não 3. Por um príncipe: um congregação, o tabernáculo (6.26) (Hb 13.11-13)
tinha nenhuma validade bode sem defeito restante do novilho
em caso de rebeldia (4.22-26) devia ser queimado
desafiadora diante 4. Por uma pessoa fora do arraial
de Deus comum: uma cabra ou (4.11,20,21)
uma ovelha sem
defeito (4.27-35)
5. Em casos de pobreza,
duas pombas ou dois
pardais (um por oferta
de um pecado, o outro
por oferta queimada).
Podia ser substituída
(5.7-10)
6. Em casos de extrema
pobreza, podiam ser
substituídos por flor
de farinha
(5.1-13; cl. Hb 9.22)
5. Oferta pelas Para expiar as 1. Se a transgressão Porções de gordura O restante deveria ser Prenuncia o fato de que
transgressões transgressões fosse contra o Senhor eram queimadas comido no lugar santo Cristo é a oferta por
(àsham- Hebraico) involutárias, (dízimos, ofertas, etc), sobre o altar de (7.6,7 ) nossas transgressões
a. Não há aroma suave especialmente quando um carneiro deveria ofertas queimadas também CI 2.13
b. Compulsória havia possibilidade de ser trazido. A (7.3-5)
restituição. Note em Nm restituição era
15.30,31: a oferta pelo determinada de
pecado não tem acordo com a
aceitação em casos de avaliação feita pelo
notória rebelião contra sacerdote, mais um
Deus. quinto 5.15-16.
2. Se a ofensa fosse
contra um homem,
uma ovelha sem
defeito deveria ser
trazida. A restituição
era estabelecida de
acordo com o valor
mais um quinto 6.4-6.
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f
I
CalendáriO Judaico
* Os meses hebraicos tinham. altemadamente. 30 e 29 dias de duração. O ano. menor que o nosso. tinha 354 dias. Portanto. aproximadamente
a cada três anos (7 vezes em 19 anos), acrescentava-se um mês extra de 29 dias, VEADAR. entre os meses de ADAR e ISA .
48
,
NUMEROS
Números é o livro das peregrinações. Em sua maior parte, descreve as experiências de Israel no
deserto. No início deste livro, Israel como nação está ainda na primeira infância, apenas treze meses
após o êxodo do Egito. Em úmeros, a nação passa por um processo doloroso de testes e
amadurecimento, no qual Deus ensina seu povo as conseqüências da rebelião e das decisões
irresponsáveis. A experiência de quarenta anos no deserto transforma-os de um bando de ex-escravos
em uma nação pronta para tomar posse da Terra Prometida.
O livro de úmeros recebe seu nome em razão dos dois censos feitos entre os israelitas: o primeiro
no monte Sinai (cap.l) e o segundo nas planícies de Moabe (26.1-51). Os escritos judaicos em geral
se referem ao livro usando a quinta palavra em 1:1, bemidbar, que significa "no deserto". O título
grego da Septuaginta é Arithmoi, isto é, "números" um termo que foi transposto para a Vulgata
Latina, onde o título é traduzido como Liber Numeri, "Livro de Números".
Autor
A evidência que aponta Moisés como autor de Números é semelhante à dos livros anteriores do Pentateuco.
~ Há em Números mais de oitenta alegações de que "Deus falou a Moisés". Ao que parece, Moisés (33.2),
~ como testemunha ocular, mantinha registros detalhados dos eventos relatados neste livro. Sendo o
~
~ personagem central desde o Êxodo até o Deuteronômio, estava ele melhor qualificado do que qualquer
~ outra pessoa para escrever tais livros. Alguns especialistas têm alegado que as referências a Moisés
na terceira pessoa (por ex., 8.23; 14.36; 15.1,22), apontam para um autor diferente. Este uso da
terceira pessoa pode parecer incomum à mente ocidental, mas era empregado comumente pelos
escritores antigos, sendo usado de forma consistente em todos os livros em que aparece o nome de
Moisés (por ex., Êx 24.1; Lv 6.1; Dt 5.1).
Data
Levítico cobre apenas um mês, mas úmeros estende-se por quase trinta e nove anos (c. 1444-1405 a.C.).
Registra o movimento de Israel desde os últimos vinte dias no Sinai, a caminhada ao redor de
Cades-Barnéia, e finalmente a chegada à planície de Moabe no quadragésimo ano. Sem dúvida,
Moisés mantinha o registro dos eventos durante a caminhada pelo deserto.
Números pode ser dividido em três partes principais: começa com a velha geração (1.1 - 10.10),
passa por um trágico período de transição (10.11- 25.18), e termina com a nova geração às portas da
terra de Canaã (26 - 36).
O livro registra duas gerações (caps. 1- 14 e 21 - 36), dois censos (caps. 1 e 26), duas peregrinações
(caps. 10 - 14 e 21 - 27), e duas séries de instruções (caps. 5 - 9 e 28 - 36). Números ilustra tanto
a bondade como a severidade de Deus (Rm 11.22) e ensina que o povo de Deus pode avançar
apenas à medida que confia e depende dele.
49
o tema do julgamento divino sobre a descrença é proeminente em Números, registrando o fracasso
de Israel em crer na promessa de Deus e o julgamento que resultou na caminhada de quarenta anos
pelo deserto. O ponto crítico e decisivo do livro pode ser encontrado no capítulo 14, quando Israel
prestou atenção aos avisos dos espiões temerosos e rejeitou a Deus, recusando-se a subir e conquistar
a Terra Prometida. Deus julga a Israel "segundo o número dos dias em que espiastes a terra, quarenta
dias, cada dia representado um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades quarenta anos e tereis
experiência do meu desagrado" (14.4).
O livro de Números, entretanto, é mais que um aviso contra a falta de fé e desobediência. Em sua
totalidade, testifica a graça e a misericórdia de Deus e aponta para o futuro, para a graça divina que
seria demonstrada em Jesus Cristo. A presença e a direção de Deus são evidentes na coluna de fogo
e na nuvem (10 .11). O cuidado divino por seu povo é visto na provisão diária do maná para alimento,
e na rocha que forneceu água para beber, dádivas que prefiguravam a vinda de Cristo (Jo 6.31-33;
1Co 10.14). Uma ilustração vívida da misericórdia divina pode ser vista na providência da serpente
de bronze como meio de cura para aqueles que haviam sido mordidos pelas cobras venenosas, um
símbolo da crucificação (21.4-9; cf. Jo 3.14)).
Números em Relance
TEXTO 1.1 5.1 10.11 13.1 15.1 20.1 26.1 28.1 31.1 36.13
TÓPICO
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50
ESBOÇO DE NÚMEROS
Primeira Parte:
Preparação da Velha Geração para Herdar a Terra Prometida (1.1-10.10)
Segunda Parte:
O Fracasso da Velha Geração em Herdar a Terra Prometida (10.11 - 25.18)
I. O Fracasso de Israel a Caminho de Cades 10.11-12.16
Depois de terminado o censo militar no capítulo 1, foram dadas instruções para organização das
tribos e seus exércitos. O acampamento era organizado com três tribos de cada lado do tabernáculo,
ficando o lugar da habitação de Deus no meio do acampamento. Além disso, quando eles levantavam
acampamento e prosseguiam sua marcha, as seis tribos a leste e ao sul partiam na frente, seguidas
pelos levitas com o tabernáculo viajando no centro (2.17), e por último as seis tribos a oeste e ao
norte respectivamente. Quer acampados ou em marcha, o tabernáculo permanecia no centro. Uma
tribo tinha prioridade sobre as outras duas em cada lado do tabernáculo, Judá a leste (2.9), Rúben ao
sul (2.16), Efraim a oeste (2.24), e Dã ao norte (2.31).
Do Deserto à Canaã
O livro de Números, que acompanha Israel do Sinai a Cades Barnéia, e dali às planícies de Moabe,
não relata quase nada sobre os quarenta anos de jornadas que se interpuseram entre sua primeira
partida de Cades Barnéia (14.25) e a segunda (20.22). Nem a cronologia nem o itinerário são relatados.
Os eventos que ocorreram imediatamente antes e depois dos quarenta anos são relatados: o fracasso
em sua tentativa frustrada de entrar na terra por suas próprias forças (14.45), e o pedido de permissão
para passarem por Edom (20.14). Entre estes dois eventos são registradas algumas leis, assim como
as narrativas sobre o fracasso dos líderes de Israel.
52
Localização das Tribos no Acampamento Israelita
NORTE
u
"
Dã (62.700)
Aser (41.500)
Naftali (53.400) "
Z
Total: 157.600
W
ti
W
O
Efraim (40.500)
Manassés (32.200)
Benjamim (35.400)
Total: 108.100
DOD Judá (74.600)
Issacar (54.400)
Zebulon(57.400)
Total: 186.400
r-
m
CJ)
-I
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Rúben (46.500)
Simeão (59.300)
Gade (45.650
Total: 151.450
SUL
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75km
75mi
53
o Ciclo do Bem e do Mal nas Escrituras
Noé é obediente preparando a arca para o dilúvio e Noé se embriaga e fica nu, embaraçando seus filhos,
para sua sobrevivência (Gn 6.13-22; 7.23) o que leva à maldição de Canaã (Gn 9.20-25)
Deus livra seu povo dos egípcios abrindo o mar O povo se queixa por falta de água (Êx 15.22-25)
Deus dá os Dez Mandamentos a Moisés O povo adora o bezerro de ouro (Êx 32.1-6)
(Êx 20.1-17)
Arão e seus filhos iniciam sua liderança espiritual Os dois filhos mais velhos de Arão "profanam o fogo"
Davi reafirma o pacto que Deus fizera com ete (2Sm 6) Davi comete adultério com Bate-Seba e planeja a
morte de seu marido Urias (2Sm 11.1-27)
Elias triunfa sobre os profetas no Monte Carmelo Elias foge com medo da ira de Jezabel e se queixa
(1Rs 18.20-46) de que Deus não cuida dele (1 Rs 19.1-18)
Jonas, com sucesso, proclama arrependimento à Nínive Jonas expressa desapontamento com o
arrependimento de Nínive e se queixa de falta de
pagã (Jn 3)
conforto pessoal (Jn 4)
Pedro afirma que Jesus é o Messias (Mt 16.6) Pedro é censurado por Jesus pela tentativa de
subverter o propósito de Deus (Mt 16.22,23)
Jesus entra em Jerusalém aclamado pela multidão Jesus é crucificado depois que uma multidão
(Lc 19.28-40) enraivecida exige sua morte (Lc 32.13-49)
-
Barnabé faz uma oferta generosa à igreja com o Ananias e Safira tentam enganar Pedro a respeito de
produto da venda de um campo (At 4.36-37) um ato de "caridade" semelhante e são mortos por
54
.A..
DEUTERONOMIO
Deuteronômio consiste de uma série de mensagens de despedida pronunciadas por Moisés, o líder de
Israel, que contava 120 anos de idade. Foi endereçada à nova geração que deveria possuir a Terra da
Promessa. Como Levítico, Deuteronômio contém uma grande quantidade de detalhes legais, mas
sua ênfase é dirigida aos leigos, e não aos sacerdotes. Moisés relembra à nova geração a importância
da obediência, se é que eles estão dispostos a aprender com o triste exemplo de seus pais.
O nome do livro vem da palavra grega Deuteronomion, que significa "segunda lei", e foi
incorretamente usado na Septuaginta ao traduzir Dt 17.18 (A tradução Revista e Corrigida em português
diz corretamente "um traslado desta lei"). Deuteronômio, entretanto, não é uma segunda lei, mas
uma adaptação e expansão da lei original dada no Sinai.
Autor
A autoria mosaica de Deuteronômio tem sido vigorosamente atacada pelos críticos, alegando que
fi
Moisés é apenas o originador das tradições sobre as quais estas leis estão baseadas. O argumento
~ usado é de que estas leis foram escritas anonimamente não muito antes de 621 a.C., e usadas pelo
~ rei Josias para fazer sua reforma religiosa.
~ Entretanto, a evidência tanto interna quanto externa em favor da autoria mosaica, é forte. O próprio
~
Deuteronômio inclui cerca de quarenta alegações de que Moisés o escreveu. O livro parece
encaixar-se no tempo de Moisés, e não no de Josias, e os detalhes geográficos e históricos
indicam um conhecimento de primeira mão do período entre o Êxodo e a Conquista. Além disso,
o restante do Antigo Testamento atribui o livro de Deuteronômio, bem como o resto do Pentateuco,
a Moisés (Js 1.7; Jz 3.4; lRs 2.3; Ed 3.2; Sll03.7; M14.4). O próprio Cristo o atribui diretamente à
Moisés (Mt 19.7-9; Jo 5.45-47). Finalmente, estudos recentes têm mostrado que Deuteronômio parece
seguir a forma de tratado usada nos séculos 14 e 15 a.C., uma forma apropriada para este documento
de renovação do pacto.
Data
Como Levítico, Deuteronômio não apresenta uma progressão histórica. Passa-se inteiramente nas
planícies de Moabe, a leste de Jericó e do rio Jordão e cobre cerca de um mês. Foi escrito no final do
quadragésimo ano do período passado no deserto (c.1405 a.c.), quando a nova geração estava prestes
a entrar em Canaã.
55
o primeiro sermão (1.1 - 4.43) apresenta o pano de fundo do pacto, sublinhando o que Deus fez por
Israel desde a saída do Egito. O tema da provisão e proteção de Deus sobre seu povo é realçado,
assim como a punição divina que acompanha a desobediência.
O segundo discurso expõe as exigências específicas do pacto, adaptando as leis de Êxodo a uma
nova situação que será prevalecente depois que o povo entrar na Terra Prometida. Portanto, há uma
atenção especial concedida às proibições de idolatria e outras práticas pagãs, ao estabelecimento de
um santuário central e à preparação do povo para o estabelecimento de um reino.
No terceiro discurso Moisés escreve a história com antecedência. Prediz o que irá acontecer a Israel
em futuro próximo (bênçãos e maldições), e também em futuro distante (dispersão entre as nações e
o possível retomo). Moisés apresenta os termos do pacto que deverá ser ratificado pelo povo.
Finalmente, porque ele não tinha permissão para entrar na terra, Moisés aponta Josué como seu
sucessor e faz um discurso de despedida à nação. O capítulo 34 apresenta um obituário de Moisés,
talvez escrito por seu sucessor, Josué.
Deuteronômio em Relance
TEXTO 1.1 4.44 12.1 16.18 21.1 27.1 29.1 31.1 34.12
REVISÃO TRANSiÇÃO
EXPOSiÇÃO RATIFICAÇÃO
DOS ATOS LEIS LEIS LEIS PACTO PARA UM NOVO
DIVISÃO DO
DE DEUS CERIMONIAIS CIVIS SOCIAIS DO PACTO PALESTINO MEDIADOR
DECÁLOGO
POR ISRAEL DO PACTO
OCASIÃO c. de 1 MÊS
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56
ESBOÇO DE DEUTERONÔMIO
Entre as maldições do pacto por desobediência, a Lei de Moisés prevê a pena de morte para várias
ofensas sérias. Estas ofensas são violações particularmente grosseiras do pacto de Deus com seu
povo. Embora estas penalidades possam parecer severas para homens e mulheres modernos, elas
servem para sublinhar o alto padrão de conduta ao qual o povo de Deus é intimado. Israel havia
recebido muitas e ricas bênçãos de Deus, e" àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido."
(Lc 12.48).
1. Assassinato Premeditado
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58
Montanhas da Bíblia
Ao longo de toda a Escritura, as montanhas são o local onde Deus se encontra com seu povo. Deus
entregou as Leis a Moisés no topo do monte Sinai e Moisés ordenou que um altar fosse erigido no
topo do Monte Ebal, quando os israelitas entrassem na Terra Prometida. Embora Deus não permitisse
a Moisés entrar na tão esperada terra, permitiu-lhe avistá-Ia do monte Nebo. Deus mesmo enterrou
Moisés na montanha. A seguir, temos várias montanhas importantes das Escrituras:
Monte Ararate: Ararate (hoje na Turquia), onde a arca de Noé pousou (Gn 8.4).
Monte Carmelo: Carmelo, onde Elias foi vitorioso sobre os profetas de Baal (lRs 18.9-42).
Monte Ebal: Ebal (ao lado oposto do monte Gerizim), onde Moisés ordenou que se
erigisse um altar depois que os hebreus entrassem na Terra Prometida.
Monte Gerizim: Gerizim, onde Jesus conversou com a mulher samaritana junto ao poço
(104.20).
Monte Gilboa: Gilboa, onde o rei Saul e seus filhos foram mortos em batalha contra os
filisteus (1Cr 10.1,8).
Monte Hermom: Hermom, uma cadeia de montanhas que marcava a fronteira norte da
conquista de Canaã (Js 1l.13, 17).
Monte Líbano: Líbano, local de onde veio o cedro para a construção do templo em Jerusalém
(lRs 5.14,18).
Monte das Oliveiras: Oliveiras, ou Monte das Oliveiras, onde Jesus pregou o sermão sobre sua
segunda vinda (Mt 24.3).
Monte Pisga: Pisga ou Nebo, de onde Moisés avistou a Terra Prometida.
Monte Sinai: Monte Sinai ou Horebe (perto do Egito), onde as Leis foram entregues a
Moisés (Êx 19.2-25).
Hlnos e Cânticos
O cântico mais antigo registrado na Bíblia é conhecido como Cântico de Moisés (veja Êx 5). Este
hino foi cantado pelo povo para celebrar a milagrosa libertação de Deus, livrando os hebreus do
exército egípcio no Mar Vermelho (Êx 14.3-30), e Moisés o cantou novamente pouco antes de sua
morte. Entre outros hinos e cânticos significativos do Antigo Testamento encontramos os seguintes:
Moisés Hino de louvor a Deus cantado pouco antes de sua morte Dt 32.1-44
Débora e Baraque Cântico de vitória depois que Israel derrotou os cananitas Jz5.1-31
Mulheres Israelitas Cântico para celebrar a vitória de Davi sobre Golias 1Sm 18.6,7
59
LIVROS HISTÓRICOS
Os livros dos Antigo Testamento, compreendidos entre Josué e Ester, são conhecidos como
Livros Históricos. Cobrem cerca de setecentos anos de história do povo escolhido de Deus, a
nação de Israel.
Principais eventos registrados por estes livros incluem: (1) o estabelecimento do povo na terra
prometida depois de sua saída do Egito e dos anos de peregrinação no deserto; (2) transição do
sistema de governo dos juízes para os reis; (3) unção de Davi como rei do reino unido; (4)
divisão da nação em duas facções, norte e sul; (5) destruição do reino do norte e (6) cativeiro e
retorno do reino do sul.
Aqui estão breves resumos dos temas apresentados nos doze livros que compõem esta importante
seção do Antigo Testamento:
Juizes: A nação de Israel é libertada por uma série de juízes ou líderes militares. Três dos mais
conhecidos libertadores são Débora, Gideão e Sansão.
1 e 2 Reis: História política de Israel enfatizando o reinado de alguns reis, desde o tempo de Salomão
até o cativeiro dos judeus pelos babilônios.
1 e 2 Crônicas: História religiosa de Israel abrangendo o período que vai de 2 Samuel até 2 Reis.
Neemias: Reconstrução dos muros de Jerusalém depois do retorno dos exilados da Babilônia.
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60
JOSUÉ
Josué, o primeiro dos doze livros históricos (Josué - Ester) estabelece um vínculo entre o Pentateuco
e o restante da história de Israel. Por intermédio de três principais campanhas militares, o povo de
Israel aprende uma lição crucial sob a competente liderança de Josué: a vitória é conquistada em
razão da confiança em Deus e da obediência à sua palavra, e não como conseqüência da superioridade
militar ou numérica.
o tema é enfatizado pelo próprio nome do livro. O nome Josué, que significa "Javé é Salvação",
simboliza o fato de que, embora ele seja o líder de Israel durante a conquista, O Senhor é o
Conquistador.
Autor
A tradição judaica atribui a autoria deste livro ao próprio Josué, e existe pouca dúvida de que partes
.~ " do livro devam, realmente, ser atribuídas a ele (24.26). Entretanto, algumas narrativas foram
~ adicionadas mais tarde, como a tomada de Quiriate-Sefer por Otoniel (15.13-19), a migração de Dã
~
~ para o norte (19.47), e a narrativa da morte e enterro de Josué (24.29-33).
~
Além disso, a frase repetida "até o dia de hoje" (5.9; 13.13; 15.63) indicam que a narrativa foi escrita
I em ocasião posterior aos eventos. Portanto, a composição final do livro foi completada depois da
morte de Josué, talvez no periodo do primeiro reinado de Saul.
Data
Embora a data precisa da composição do livro seja incerta, os eventos narrados tiveram lugar entre o
começo da Conquista (1405 a.C.) e a morte de Josué (c. 1390 a.C.). Se aceitarmos a data tardia para
o Êxodo(veja Êxodo), o começo da Conquista seria datada em c. 1250 - 1200 a.c.
61
josué em Relance
ENTRADA EM CONQUISTA
DIVISÃO DE CANAÃ
CANAÃ DE CANAÃ
TÓPICO
PREPARAÇÃO SUJEiÇÃO POSSE
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o tema da conquista e ocupação está presente em todo o livro de Josué. O assentamento registrado
nos cinco primeiros capítulos começa a leste do Jordão, quando Josué substitui Moisés, Israel cruza
o Jordão em terra seca e se prepara para a guerra. Agindo como um general sábio, Josué utiliza a
estratégia de dividir e conquistar. Sua campanha começa no centro de Canaã (caps. 6 - 8), evitando
assim uma aliança maciça dos cananeus contra Israel. Dali Josué caminha para o sul e caps. 9 - 10),
e finalmente para o norte de Canaã e caps. 11-12).
Embora não haja nenhuma profecia messiânica direta no livro, Josué é, claramente, um modelo de
Cristo. Seu nome Yeshua ("Javé é Salvação), é o equivalente hebraico do nome "Jesus". Em seu
papel de liderar triunfantemente o povo à posse de suas heranças, ele prefigura aquele que
"conduzirá muitos filhos à glória" (Hb 2.10).
O cordão escarlate que garantiu a segurança de Raabe e sua família (Js 2.17-21), retrata a segurança
através do sangue de Jesus (Hb 9.19-22). Surpreendentemente, esta mulher gentia faz parte da
genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.5).
62
ESBOÇO DE JOSlJÉ
Primeira Parte:
Conquista de Canaã (1.1 - 13.7)
Segunda Parte:
O Assentamento em Canaã (13.8 - 24.33)
63
r--
Vitórias de josué
Sob a liderança de Josué o povo de Israel entrou em Canaã ao redor do ano 1405 a.c. para expulsar
os cananeus e tomar posse da Terra Prometida. Um estudo cuidadoso das campanhas militares relatadas
mostra que ele tinha uma estratégia de conquista cuidadosamente planejada. Josué estabeleceu os
israelitas primeiro na parte central de Canaã, e então conduziu as campanhas ao sul e ao norte da terra
para completar a conquista. Embora estas campanhas sejam relatadas brevemente em Josué 1.11, elas
provavelmente cobriram um período de cerca da sete anos, de 1405 a 1398 a.c. Por ocasião da morte
de Josué (24.29), os israelitas haviam expulsado a maioria dos cananeus da Palestina e já haviam
dividido a terra entre as doze tribos de Israel. Veja o mapa "A Conquista de Canaã", abaixo.
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Mediterrâneo
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Campanha
Campanha
do Norte
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no Sul
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? Localização incerta
© 2002. Editora Cultura Cristã
64
Assentamento das Tribos
Depois da conquista da Terra Prometida sob a liderança de Josué, a terra, anteriormente ocupada
pelos cananeus, foi entregue aos descendentes dos filhos de Jacó (13-21). Num sentido restrito,
a terra estendia-se desde o Rio Jordão a leste até o Grande Mar (Mediterrâneo) a oeste. Rúben,
Gade e Manassés habitaram a terra a leste do Jordão. De norte a sul ela compreendia o território
entre a península do Sinai e a Fenícia, a antiga nação marítima. A terra foi dividida entre os
descendentes de todos os filhos de Jacó, com exceção de Levi (13.33). A porção de Levi foi para
os dois filhos de José - Manassés e Efraim (14.3,4). Os levitas foram separados para o serviço do
sacerdócio; sua porção deveria ser o próprio Deus (Nm 18.20). Entretanto, Deus providenciou 48
cidades espalhadas por toda Palestina para serem usadas pelos levitas (Js 21.1-42). Um mapa
mostra a localização aproximada dos assentamentos tribais, baseados nos limites mencionados nos
livros de Josué. Veja mapa "Assentamento das Tribos" à página 66.
Cidades de Refúeio
No período do Antigo Testamento, seis cidades de refúgio foram designadas no território de Israel
para fornecer abrigo àqueles que haviam matado outras pessoas por acidente. Tal proteção era
necessária por causa do "vingador de sangue", o parente que considerava como seu dever matar o
assassino. A qualificação para o refúgio era determinada por um juiz. Por uma questão de
conveniência, cada lado do rio Jordão contava com três cidades de refúgio. Veja o mapa "Cidades
de Refúgio", à página 67.
Os discursos de despedida de Josué, nos capítulos 23 e 24, representam um final adequado para o livro de
Josué. Uma comparação entre os capítulos 23 e 24 sugere que o capítulo 23 foi endereçado especificamente
aos líderes de Israel (23.2), enquanto o capítulo 24 foi endereçado a toda assembléia (24.1).
No capítulo 23 Josué narra os atos poderosos de Deus em favor de Israel e exorta seus líderes a
permanecerem fiéis no futuro. O capítulo 24 é uma renovação da cerimônia do pacto na qual Israel
se compromete a servir ao Senhor e a rejeitar o culto a todos os deuses falsos. A formulação do
pacto neste caso, assim como em Deuteronômio, tem sido reconhecida como sendo derivada de
uma fórmula de tratado comum na Antiguidade. Esta fórmula contém um preâmbulo ("Assim diz o
SENHOR Deus de Israel"); um prólogo histórico (vs. 2-13); condições e exigências do pacto (vs.
14,15); exortações contra a desobediência ao pacto (vs. 19,20); testemunho (vs. 22); e uma
consolidação do documento do pacto (vs. 26).
As doze tribos de Israel eram as seguintes: 1 - Rúben; 2 - Simeão; 3 - Levi; 4 - Judá ; 5 -Dã; 6
-Naftali; 7 - Gade; 8 - Aser; 9 - Issacar; 10 - Zebulom; 11- José (Efraim e Manassés); 12-
Benjamim.
Alguns descendentes famosos destas tribos foram: Levi - Arão, Moisés, Eli, Esdras, João Batista;
Judá - Calebe, Davi, Salomão, Isaías (?), Jesus Cristo; Dã - Sansão; Naftali - Baraque, Elias(?);
Aser -Ana; José (Efraim e Manassés) - Josué, Gideão, Samuel; Benjamim - Saul, Ester, Saulo
de Tarso (Paulo).
65
Assentamento das Tribos
I
Monte1:l.
Hermom
Hazor e
-J ( MANASSÉS
NAFTALI ORIENTAL
Mar
Mediterrâneo
\
Mar de
ZEBULOM Quinerete
Monte~bor
\
Megido e ISSACAR
MANASSÉS
1:l. Monte Epal
e Siquém
Monte Gerizim 1:l. Rio Jaboque
GADE
EFRAIM
e Sitim
DÃ BENJAMIM
e
Jerusalém 1:l. Monte Nebo
. Hebrom e RÚBEN
JUDÁ
N
e MOABE
t
Berseba
SIMEÃO
© 2002, Editora Cultura Cristã
66
Cidades de Refú~io
Rio Jaboque
t
5- A cidade que ficava mais ao sul,
Hebrom estava a 32 quilômetros ao sul de Jerusalém.
Era conhecida também como Quiriate-Arba (Js 20.7).
67
JUíZES
o Livro de Juízes representa um contraste marcante com Josué. Sob Josué um povo obediente
conquistou a terra por sua confiança no poder de Deus. Em Juízes, entretanto, um povo desobediente
e idólatra é repetidamente oprimido por seus inimigos.
O título hebraico do livro é Shophetim, que significa "juizes". A palavra não apenas comunica a idéia
de manter a justiça e resolver disputas, mas também o sentido de "liberar" e "libertar". Primeiro os
juízes libertavam o povo, depois governavam e administravam a justiça.
Autor
Juízes é anônimo. Mas Samuel ou um de seus discípulos da escola de profetas pode tê-lo escrito. A
~ ~ tradição judaica do Talmude atribui Ju~zes a Samuel, e ele foi, sem dúvida, o elo essencial entre o
~~ período dos juízes e o período dos reis. E possível que Samuel, ou um de seus contemporâneos, tenha
~ ~ compilado o livro de fontes orais e escritas.
Data
A data aproximada da composição pode ser fixada tomando-se como base várias afirmações do
próprio livro. As passagens 18.31 e 20.27 mostram que Juízes foi escrito depois que a arca do concerto
foi removida de Siló (cf. 1Sm 4.3-11). A frase repetida "naqueles dias não havia reis em Israel"
(17.6; 18.1; 19.1; 21.25) indica que Juízes foi escrito depois do início da monarquia. O fato de que os
jebuseus habitavam em Jerusalém "até o dia de hoje" (l.21), significa que o livro foi escrito antes de
1004 a.C., quando Davi assumiu o controle da cidade (2Sm 5.5-9)
Os eventos apresentados em Juízes vão desde 1380 a.C. até 1045 a.c. Evidentemente, o governo de
alguns juízes sobrepõe-se, porque nem todos governaram a terra inteira. Juízes relata ciclos de apostasia,
opressão e libertação na região sul (3.7-31), na região central (6.1 - 10.5), na região leste (10.6-
12.15) e na região oeste (13.1 - 16.31).
TEXTO 1.1 2.1 3.5 4.1 6.1 10.6 12.8 13.1 17.1 19.1 20.1 21.25
LOCAL CANAÃ
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ESBOÇO DE JUíZES
Primeira Parte:
Deterioração de Israel e Fracasso em Completar a Conquista de Canaã (1.1 - 3.4)
69
Segunda Parte:
O Livramento de Israel Durante os Sete Ciclos (3.5 - 16.31)
Terceira Parte:
Depravação de Israel Pecando como os Cananeus (17.1- 21.25)
lU. O fracasso de Israel por meio da Guerra entre as Tribos 20.1 - 21.25
A. Guerra entre Israel e Dã 20.1-48
B. Fracasso de Israel depois da Guerra 21.1-25
70
juizes de Israel
Após a morte de Josué, durante 300 anos, a nação de Israel foi governada por juízes ou heróicos
libertadores militares, até que a monarquia unida foi estabelecida com o reinado de Saul. A era dos
juízes foi um período de instabilidade e depravação moral, um período triste, "quando cada um fazia
o que julgava mais reto" (17.6). Os juízes tentavam arregimentar o povo contra os inimigos, porém
muitos deles eram moralmente fracos e o povo freqüentemente se voltava para a idolatria. Juntamente
com juízes bem conhecidos, houve vários juízes menores, cujas batalhas não foram registradas na
Bíblia: Abimeleque, Tola, Jair, Ibsa, Elom e Abdom.
Veja mapa "Juizes de Israel", à página 73.
Gideão
Em sua campanha contra Midiã, o pequeno exército de Gideão, com apenas trezentos homens,
surpreendeu os midianitas acampados no vale de Jezreel. Depois do ataque noturno inicial, os confusos
midianitas fugiram e Gideão e seus homens perseguiram os reis midianitas Zeba e Salmuna até
Carcor, a leste do rio Jordão, onde foram capturados (8.10-21)
Sendo o quinto Juiz citado no livro (6.11 - 8.35), o exemplo de Gideão é típico. Chamado pelo anjo do
Senhor para livrar Israel da opressão dos midianitas, Gideão agiu no sentido de eliminar as práticas
idólatras, e sua vitória miraculosa sobre os exércitos midianitas foi uma vívida ilustração para Israel do
poder de Deus para salvar o seu povo. Entretanto, após sua grande vitória, o próprio Gideão tomou-se
um engodo e causa de idolatria para sua família e Israel ao fazer uma estola sacerdotal (8.22-28).
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71
As Batalhas de Gideào
Mar
Mediterrâneo
Quedes.
Mar de
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Megido. Outeiro~0·\
de Maré .6-
• • Ofra (?)
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Harode 1I
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Sucote • Penuel
Rio Jaboque
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Em direção
a Carcor
Mar
Morto
t
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72
Juizes de Israel
RíoJaboque
Mar
Morto MOABE
7- Sansão, homem de grande força física,
mas moralmente fraco,
julgou Israel durante 20 anos.
Capturado pelos filisteus e escravizado em Gaza, N
Sansão clamou a Deus e
t
prevaleceu sobre o inimigo
quando destruiu o templo pagão daquela cidade.
Sansão morreu juntamente com muitos dos filisteus
quando o templo desabou (Jz 13 - 16).
73
4i
Otoniel (Judá). Jz 1.11-15; 1. Otoniel era sobrinho de Calebe (3.11), e tornou-se seu genro depois de capturar Cusã-Risataim, 8 anos (3.8) 40 anos (3.11)
Filho de Ouenaz, 3.1-11; Ouiriate-Sefer (1.12,13). rei da Mesopotâmia (3.10).
irmão mais novo de Calebe Js 15.16-19; 2. Derrotou Cusã-risataim, rei da Mesopotâmia
1Cr4.13
Eúde (Benjamim) Jz 3.12 - 4.1 1. Eúde, o benjamita canhoto, matou pessoalmente Eglom, o gordo (3.29) do rei de Eglom, 18 anos 80 anos
Filho de Gera Moabe (3.21,22) rei de Moabe (3.12)
2. Liderou a matança de 10.000 moabitas Amonitas (3.13)
Amalequitas (3.13)
Sangar Jz 3.31; 5.6 1. Matou 600 filisteus com uma aguilhada de bois (3.31). Filisteus (3.31) Não mencionado Não mencionado
(talvez estrangeiro)
Filho de Anate
Débora (Efraim) Jz 4.1 - 5.31; 1. Débora, profetisa e juiza era esposa de Lapidote (4.4; 5.7). Jabim, 20 Anos (4.3) 40 Anos (5.31)
Baraque (Naftali) Hb 11.32 2. Débora e Baraque derrotaram Sisera (com seus 900 carros de ferro). na batalha de rei de Canaã (4.2);
Filho de Abinoam Ouisom (4.13-16). Sísera era o comandante
3. Sísera foi morto por Jael, esposa de Heber, que estava na tenda (4.21). de seu exército (4.2)
4. O Cântico de Débora (cap. 5) conta a história da vitória de Débora e Baraque
sobre Sisera.
5. Baraque é mencionado entre os heróis da fé em Hebreus 11.32.
Gideão (Manassés) Jz 6.1 - 8.32; 1. O anjo do Senhor apareceu a Gideão em Ofra, enquanto ele estava malhando trigo no Midianitas (6.1,3,33; 7.12) 7 Anos (6.1) 40 Anos (8.28)
Filho de Joás, Hb 11.32) lagar.(6.11-18).
o abiezrita. 2. A oferta de Gideão foi consumida pelo fogo (6.19-24). Amalequitas (6.3,33; 7.12)
Também chamado 3. Durante a noite, Gideão destruiu o altar de Baal (6.25-27).
Jerubaal (6.32; 7.1) 4. Por duas vezes Gideão colocou um pedaço de lã ao relento para obter um sinal (6.36-40). Povo do Leste (6.3,33; 7.12)
e Jerubesete (2Sm 11.21). 5. Gideão reduziu seu exército de 32.000, para 10.000 e, finalmente, para 300 homens
t (7.2-8); depois marchou ao redor dos midianitas com trombetas, cântaros vazios e
tochas (7.16-22).
6. Orebe e Zeebe foram mortos pelos efraimitas (7.24 - 8.3).
7. Gideão vingou-se dos homens de Sucote e Penuel por não haverem dado pão a seus
homens (8.5-9; 14.17).
8. Gideão matou Zeba e Salmuna (reis midianitas) em vingança pela morte de seus
irmãos em Tabor (8.8-12) .•
9. Gideão fez uma estola de ouro que levou o povo à idolatria (8.24-27).
Abimeleque (Manassés) Jz 8.33 - 9.57; 1. Abimeleque matou todos os seus meio-irmãos (70), menos Jotão, o mais novo (9.5). Guerra civil Não mencionado Abimeleque julgou
Filho de Gideão 2 Sm 11.21 2. Abimeleque venceu Gaal, que havia conspirado contra ele (9.26-41). Israel durante 3 anos
com uma concubina 3. Abimeleque capturou e assolou a cidade de Siquém (9.42-49). (9.22).
4. Em Tebas, Abimeleque foi atingido na cabeça por uma pedra de moinho atirada por
uma mulher; pediu então ao seu escudeiro que o matasse com uma espada (9.50-54).
Tola (Issacar) Jz 10.1,2 1. Tola era, provavelmente, membro de urna das famílias mais importantes de Issacar Julgou Israel durante
Filho de Puá (cfe. Gn 46.13; Nm 26.23). 23 anos (10.2)
Jair (Gileade-Manassés) Jz 10.3-5 1. Jair era, provavelmente, descendente do Jair que se distinguiu durante os dias de 18 anos (10.8) Julgou Israel durante
Moisés e Josué (Nm 32.41; Dt 3.14; Jz 13.30; 1Rs 4.13; 1Cr 2.21). 22 anos (10.3)
2. Jair tinha 30 filhos que foram juízes itinerantes (10.4)
r
Jeflé (Gileade-Manassés) Jz 10.6-27; 1. Jefté era filho de Gileade com uma prostituta (11.1) por esta razão foi expulso por Filisteus (10.7) Julgou Israel durante
Filho de Gileade Hb 11.32 seus irados meio-irmãos e fugiu para a terra de Tobe (11.2, 3). Amonitas (10.7) 6 anos (12.7)
com uma prostituta (11.1) 2. Os anciãos o trouxeram de volta e o proclamaram seu chefe em Mispa (11.4-11). Guerra civil contra
3. Jefté mandou uma mensagem ao rei de Amom dizendo que Gileade era possessão os efraimitas (12.14)
dos israelitas havia já 300 anos - tempo longo demais para que os amonitas
reclamassem qualquer direito (11.26).
4. Subjugou os amonitas e conquistou cerca de 20 cidades (11.32,33).
5. Jefté dedicou sua filha ao serviço do Senhor para o resto de sua vida, em cumprimento
a um voto tolo que fizera (11.31-40).
6. Derrotou os efraimitas que se ofenderam por não terem sido chamados para lutar
contra os amonitas. (12.1-6).
Ibsã (Judá ou Zebulom) Jz 12.8-10 1. Ibsã tinha 30 filhos e 30 filhas, para as quais arranjou casamento, o que indica sua alta Julgou Israel por
(Belém-Zebulom; cI. Js 9.15) posição social e riqueza (12.9) 7 anos (12.9)
2. A tradição judaica identifica Ibsã com Boaz, de Belém em Judá
Elom (Zebu 10m) Jz 12.11,12 1. A única informação que temos sobre Elom é que foi sepultado em Aijalom, em Zebulom, Julgou Israel por
diferenciando-a da outra Aijalom mais conhecida no território de Dã (12.12). 10 anos (12.11)
Abdom (Efraim,12:15) Jz 12.13-15 1. A riqueza e importância de Abdom é demonstrada pelo fato de ele ter 40 filhos e 30 Julgou Israel durante
Filho de Hilel netos, e todos cavalgavam jumentos (12.14). 8 anos (12.14)
2. Abdom era natural de Piratom, onde também foi sepultado (12.13,15).
Sansão (Dã, Jz 13.2) Jz 13.1 -16.31; 1. O nascimento de Sansão foi anunciado por um anjo do Senhor. Foi consagrado como Filisteus (Jz 13.1) 40 anos Julgou Israel durante
Filho de Manoá Hb 11.32 nazireu desde o nascimento (Jz 13). 20 anos (15.20; 16.31)
2. Sansão matou um leão apenas com a força de suas mãos (14.5,6).
3. Em Asquelom, matou 30 filisteus (14.19).
4. Capturou 30 raposas e atou-as com uma tocha nas caudas duas a duas, soltando-as
na seara dos filisteus (15.1-8).
5. Matou 1000 filisteus com uma queixada de burro (15.14-19).
6. Sansão arrancou e carregou as portas de Gaza (16.1-3).
7. Foi conquistado por Dalila, e aprisionado em Gaza, onde lhe tiraram a vista (16.4-22).
8. Sansão destruiu o templo de Dagom, matando-se com cerca de 3.000 filisteus (16.23-33).
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V, Nelson s Complete Book 0/ Bible Maps and Charts © 1993 by Thornas Nelson, Inc.
RUTE
Rute é uma história de amor, devoção e redenção ambientada no contexto aflitivo do período dos
juízes. Era uma mulher moabita que abandonou sua herança para aceitar o povo de Israel e o Deus
de Israel. Por sua fidelidade num período de infidelidade nacional, Deus a abençoou dando-lhe um
novo marido, um filho e uma posição privilegiada na linhagem dos ancestrais de Davi e de Cristo.
Autor
o autor de Rute não é identificado no texto. A tradição judaica atribui o trabalho a Samuel, mas isto
~ é pouco provável, pois Davi é mencionado em Rute 4.17,22, e Samuel morreu antes da coroação de
~ Davi como rei. A composição do livro data provavelmente do primeiro período do reinado. O fato de
~ que Salomão, o filho de Davi, não é mencionado na genealogia, pode ser indício de que Rute foi
escrito durante o reinado de Davi. O fato de o trabalho ser anônimo, entretanto, não diminui seu
profundo valor espiritual e beleza literária.
Data
Embora a data de composição do livro seja incerta, a história de Rute tem lugar no final do período
dos juízes (c. de 1100 a.C.), e cobre um espaço de tempo de aproximadamente doze anos. Este
período da história de Israel foi, em geral, marcado por um deserto de rebelião e imoralidade mas a
história de Rute, em contraste, aparece como um oásis de integridade e retidão.
76
Rufe em Relance
OCASIÃO c. DE 12 ANOS
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ESBOÇO DE RLJTE
77
De Estran$leira a Ancestral do Rei
o livro de Rute começa na terra de Moabe, uma região a leste do Mar Morto, para onde a família
de Elimeleque havia se mudado, tentando escapar da fome em sua terra natal, Judá. Os moabitas,
descendentes de Ló, sobrinho de Abraão, adoravam Quemos (Chemosh) e outros deuses pagãos.
A Bíblia registra um grande número de vezes em que Moabe lutou contra Israel (Jz 3.12-30;
ISm 14.47; 2Sm 8.11,12; 2Rs 3.4-27). A história de Rute desenrola-se perto de dois séculos
depois da primeira guerra entre Moabe e Israel, e oito anos antes da segunda.
Com a morte de Elimeleque e seus dois filhos, sua viúva, Noemi e Rute, a moabita, viúva de um dos
filhos, mudaram para Judá, a terra dos ancestrais de Noerni, Belém, esperando Noerni reaver a propriedade
da família. Veja mapa, "A História de Rute".
A· História de Rute
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"Aonde quer que fores,
irei eu e, onde quer que pousares,
Mar ~ ali pousarei eu." (Rt 1.16).
Betel. .5;?
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Mediterrâneo Gilgal. • Hesbom
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Jebus (Jerusalém) • Â
Monte Nebo
Belém.
Rota provável de
Noemi e Rute.
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Medeba
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• Laquis As três mulheres sobrevivem 'Il7
a seus maridos (1.3,5).
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• Quir-Haresete
© 2002. Editora Cultura Cristã
78
Um Descendente Importante
o livro de Rute conclui com uma genealogia composta de dez nomes e4.18-22), mostrando os
antepassados reais de Davi. Assim, o livro termina com uma alusão à redenção e enfatiza esta relação
vital em que judeus e gentios se unem para participar da genealogia do rei Davi, por meio da qual
nos veio Jesus, o Cristo (lCr 2.5-15; Mt 1.1; Lc 3.31-33). Na realidade, a ambientação do livro de
Rute em Belém de Judá, traz-nos à memória o nascimento do descendente de Rute, Jesus Cristo, na
mesma cidade de Belém (Lc 2.7).
Obede
---------- J '
esse
---------- D .
aVI
Veja MI 1.6-16 ---------- C .
quais sào as gerações existentes entre Davi e Cristo.
nsto
Parente - Redentor
Rute
(Rt 4.13;
Mt 1.5)
Mulher
Relacionamento Conjugal
Descendente
79
1 SAMUEL
• - ','
- o primeiro livro de Samuel abrange a transição de liderança que houve em Israel, do governo dos juízes
, I
para o governo dos reis. Há três personalidades proeminentes no livro: Samuel, o profeta e último juiz;
, <,
Saul, o primeiro rei de Israel; e Davi, ungido rei, mas ainda não reconhecido como sucessor de Saul.
>{ ~ Os dois livros de Samuel formavam, originalmente um único volume no texto hebraico, mas foram
divididos ao serem traduzidos para o grego. Assim, a Septuaginta (o Antigo Testamento em grego)
e as traduções em português, dividem Samuel em dois livros, embora isto introduza uma divisão
artificial naquilo que é, na realidade, um relato contínuo.
Autor
Primeiro Samuel é anônimo. A tradição judaica aceita que Samuel tenha escrito os livros que trazem
~ o seu nome, e que os profetas Gade e Natã tenham contribuído com a informação complementar a
~~ respeito dos anos que se seguiram à morte de Samuel (25.1). Entretanto, o livro não apresenta qualquer
~ ~ referência ao autor. O texto bíblico indica que Samuel deixou alguns registros escritos (10.25) e que
profetas (Samuel, Gade e Natã) anotaram muitos dos atos do rei Davi (1Cr 29.29\. Porque os profetas
do Antigo Testamento serviam, em geral, como historiadores, não é improvável que os livros de
Samuel tenham sido compilados por um profeta anônimo, a partir dos escritos de Samuel, Gade,
Natã, assim como de outras fontes anônimas.
Data
Em razão das referências (por ex., 27.6) que pressupõem a divisão de Israel em reino do norte e do sul
e porque não há nenhuma referência à queda de Samaria, a composição final dos livros de Samuel
provavelmente se deu entre a divisão dos reinos em 931 a.c., e a queda de Samaria em 722 a.c. É
provável que Samuel tenha sido composto logo após a divisão do reino, talvez ao redor do ano 900 a.c.
Primeiro Samuel abrange um período de noventa e quatro anos, do nascimento de Samuel até a
morte de Saul (c. 1105-10 11 a.C.). A maior parte do livro trata dos conflitos com os filisteus, contra
quem Saul e Davi lutaram repetidas vezes.
Primeiro Samuel registra a vital transição da teocracia sob o governo dos Juízes para a monarquia
sob o governo dos reis. O livro é construí do ao redor de três figuras centrais: Samuel (caps. 1 - 7),
Saul (caps. 8 - 31) e Davi (caps. 16 - 31).
Historia o crescente desejo por parte do povo de Israel de ter um rei, e o papel que várias pessoas
desempenharam no início e na continuação do reinado israelita. O reinado é apresentado, em última
análise, como uma questão teológica e não política. O Deus de Israel continua a ser o verdadeiro Rei de
Israel. O rei terreno representaria a nação diante de Deus e seria, em última análise, responsável diante de
Deus. De fato, o livro deixa claro que o sucesso ou fracasso daquele que era ungido rei, seria determinado
por sua obediência ou desobediência à Lei e por seu compromisso com a vontade de Deus.
80
Ao introduzir o reinado, 1 Samuel introduz, também, o maior rei de Israel, Davi, escolhido por Deus
para substituir Saul. Embora de forma nenhuma perfeito, Davi prova ser o homem segundo o "próprio
coração" de Deus (13.14), e 2 Samuel 7.4-17 registra a instituição do Pacto Davídico, no qual Deus
promete-lhe que o trono do seu reino seria estabelecido para sempre, uma promessa cumprida no
reinado eterno de Jesus, o descendente de Davi.
Davi é um dos tipos principais da pessoa de Cristo no Antigo Testamento. Nascido em Belém, trabalhou
como pastor e governou Israel como rei. Tomou-se o precursor do Rei messiânico; o Novo Testamento
declara especificamente que Cristo é descendente de Davi segundo a carne (Rm 1.3) e "a Raiz e a
Geração de Davi" (Ap 22.16).
Samuel enfatiza também as conseqüências do pecado. Primeiro Samuel 15 registra a trágica transição
do reinado de Saul para Davi. Nas três mudanças de liderança registradas em 1 Samuel, Deus retira
sua bênção de um e a dá a outro por causa do pecado. "Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele
também te rejeitou a ti, para que não sejas rei" (15.23).
1 Samuel em Relance
TÓPICOS
LOCAL CANAÃ
OCASIÃO c.94ANOS
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81
ESBOÇO DE 1 SAMUEL
Samuel
A história de Samuel inicia-se no final da época turbulenta dos Juízes, quando Eli era o sacerdote e
juiz de Israel. Por causa de sua disposição em responder a Deus, Samuel foi confirmado profeta na
época em que "a palavra do Senhor era mui rara" (3.1).
A corrupção em Siló, onde estava localizado o tabemáculo, protagonizada pela iniqüidade dos filhos
de Eli, resultou na derrota de Israel na batalha crucial contra os filisteus (4.1-11). A arca sagrada do
pacto foi levada pelo inimigo; o sacerdócio foi interrompido pela morte de Eli e seus filhos; e a glória
do Senhor retirou-se do tabemáculo (4.21). Samuel começou sua função como o último dos juízes e
o primeiro na ordem dos profetas (At 3.24). Seu ministério profético (7.3-17) resultou em reavivamento
de Israel, no retomo da arca e na derrota dos filisteus.
Quando Samuel envelheceu e seus filhos provaram ser juízes injustos, o povo exigiu um rei, "como
todas as nações" (8.5). Samuel avisou o povo sobre os perigos da monarquia, mas seguiu a ordem de
Deus e ungiu Saul como rei (10.1). Quando Deus rejeitou Saul por causa de sua desobediência,
comissionou Samuel para ungir Davi como próximo rei de Israel (16.1-13). Depois disto Samuel,já
82
idoso, voltou para seu lar em Ramá, onde morreu durante a última parte do reinado de Saul (25.1).
Samuel é uma tipificação de Cristo por ter sido profeta, sacerdote e juiz. Grandemente reverenciado
pelo povo, foi o instrumento usado por Deus para introduzir um novo período na história de Israel.
Veja os mapas "Vida e Ministério de Samuel" abaixo e "Captura da Arca", página 84.
Mar
Mediterrâneo fã
• Monte Carmelo
1- Ana orou em Siló pedindo um filho
que dedicou ao Senhor (1Sm 1.10-17). '\
3- Enquanto Samuel servia sob
a orientação de EIi em Siló,
Deus o chamou para uma
• Megido tarefa especial (1Sm. 3.2-21) .
Rio Jaboque
·Siló
2- Samuel, filho de Elcana e Ana,
nasceu em Rama (1Sm 1.20). 4- Todos os anos
Betel.
Samuel visitava Betel,
• Mispa Gilgal e Mizpa,
• Ramá como Juiz de Israel
(1Sm 7.16).
Jerusalém e
• Belém
Mar
Morto MOABE
6- Samuel ungiu secretamente a Davi
como segundo rei de Israel,
em Belém (1Sm 16.1,13). N
t
• Berseba
t
r
Deserto do Neguebe
EDOM © 2002, Editora Cultura Cristã
83
Os Filisteus Tomam a Arca
A Arca da Aliança, um cofre portátil e sagrado, era o objeto mais santo do tabemáculo e do templo.
Simbolizava a presença de Deus e sua aliança ou pacto com Israel. Crendo que a arca os protegeria
na guerra, o exército de Israel levou-a para o campo de batalha em seu conflito contra os filisteus. Os
inimigos a capturaram, mas ficaram ansiosos para devolvê-Ia quando uma série de pragas os atingiu.
Captura da Arca
Mar
Mediterrâneo
Mar de
2- Os filisteus a capturaram Quinerete
numa batalha próxima a Afeque
(18m 4.1,10,11).
1- A Arca da Aliança
ficava alojada em 8iló,
3- A Arca foi colocada no templo de Dagon, até ser levada para o
em Asdode, até que o ídolo caiu e Afeque
campo de batalha (18m 4.4).
com o rosto em terra (18m 5.2-7). e Siló
84
Os Filisteus
Durante a maior parte deste período, os belicosos filisteus, que habitavam ao longo da costa do
Mediterrâneo, dominaram a cena. Estes povos, de cujo nome se deriva o termo "Palestina", eram
invasores originários da Grécia e da ilha de Creta, a oeste. Os filisteus de Canaã tendiam a adotar a
cultura e a religião dos cananitas, os quais governavam. Assim, as divindades dos filisteus citadas no
Antigo Testamento (por ex. I Sm 5.2-5), são, na realidade, deuses cananitas.
Os filisteus viviam nas áreas costeiras e planas. A parte montanhosa do país, onde muitos dos israelitas
viviam, os protegeu de serem totalmente conquistados pelos guerreiros filisteus. O fato de os filisteus
terem sido pioneiros no uso de ferro no Oriente Médio, é citado como explicação para o domínio que
exerciam na área (13.19-22), e a ameaça que representavam era uma das principais razões pelas
quais Israel desejava um rei para liderá-los. Por causa da desobediência de Saul, seu sucesso militar
contra os filisteus foi limitado, e ele morreu em batalha no monte Gilboa. Mais tarde, quando finalmente
Davi conseguiu subjugá-leis, o caminho estava aberto para que ele começasse a estabelecer seu
império.
Veja mapa "A Ameaça dos Filisteus", à página 87.
Saul
A história de Saul, uma das mais tristes do Antigo Testamento, inicia-se de maneira promissora, mas
termina em fracasso vergonhoso. Ungido pelo profeta Samuel como a resposta de Deus para o pedido
feito por Israel de ter um rei (10.1), Saul teve um sucesso inicial em seus esforços militares (11.1-11),
mas a vitória sobre os filisteus foi obscurecida por sua presunção de ofertar um sacrificio a Deus na
ausência de Samuel (13.8-14). Por causa desta transgressão, Samuel advertiu Saul de que seu reinado
não prosseguiria. O fracasso de Saul deixando de destruir todos os amalequitas e seus rebanhos,
numa desobediência direta à ordem de Deus, teve como resultado o envio de Samuel para ungir o
jovem pastor Davi como sucessor de Saul (16.1-13).
Rejeitado por Deus, atormentado por espíritos maus, e ameaçado pelo sucesso de Davi, Saul
vagarosamente mergulhou na loucura e tentou repetidas vezes matar Davi. A situação militar de Saul
piorou e, em desespero, ele procurou inclusive consultar o espírito de Samuel por meio de uma
sacerdotisa médium (28.7-25). o dia seguinte, Saul enfrentou uma batalha contra os filisteus e,
tendo sido severamente ferido, pôs fim à sua própria vida (31.1-6).
Examine a tabela abaixo: "Declinio e Queda do Rei Saul"; o mapa: "Campanhas Militares de Saul"
na página 88; e o mapa: "Antes que Davi se tomasse Rei", à página 89.
CAUSAS RESULTADOS
85
Árvore Genealó~ica de Saul
Abiel
(18m 14.51)
Ner
(18m 14.51)
l
Abner Quis
(18m 14.50) (1Cr 8.33)
Armoni Mefibosete
(28m 21.8) (28m 21.8)
Jônatas
I
Isvi ou
Mical
I l
Es-Baal
Abinadabe Malquisua Merab
(1Cr 9.39) (28m 21.8) Isbosete
(18m 14.49); (1Cr 9.39) (18m 14.49)
(1Cr 9.39)
(1Cr 9.39)
Meribe-Baal ou
Mefibosete
(28m 21.7;
1Cr 8.34) Mulher
Relacionamento Conjugal
Descendente
Mica
(1 Cr 9.40)
86
A Ameaça dos Fjlisteus
Mar
Mediterrâneo • Monte Gilboa
• Ebenézer
7- Davi derrotou os filisteus
desde Geba até Gezer,
liquidando o seu poderio (2Sm 5.25).
Gezer •
• Ecrom • Jerusalém
•
• Asquelon
6- Davi matou Golias,
o gigante filisteu,
entre Gaza e Ecrom (18m 17).
4- 8ansão destruiu em Gaza
o templo de Dagon,
deus dos filisteus Jz 16.21-31)
Mar
Morto
•Gaza
N
5 - Uma confederação de cinco poderosas cidades
dos filisteus no tempo dos juízes:
+
87
As Campanhas Militares de Saul
Como o primeiro rei do reino unido de Israel, a maior tarefa de Saul era subjugar os inimigos da
nação. Primeiramente ele venceu várias batalhas decisivas. Mas suas campanhas fracassaram quando
ele voltou sua atenção para Davi tentando eliminar o que ele percebia como uma ameaça ao seu
poder. Saul e seus filhos foram finalmente mortos pelos filisteus.
Mar
Mediterrâneo
AMOM
Rio Jaboque
EDOM
t
© 2002. Editora Cultura Cristã
88
Antes que Davi, se tornasse rei
Davi derrotou o gigante Golias perto de Socó (cap. 17). Uma vez que a ira de Saul contra o soldado
pastor foi acesa, Davi fugiu da presença de Saul e viajou para Adulão. Levando sua família à segurança
de Moabe, ele montou acampamento na fortaleza (22.4) agora conhecida como Massada. De lá sua
atividade o levou ao norte para Afeque e ao sul para Amaleque.
Mar
Mediterrâneo
• Afeque
• Ramá
• Gibeá
• Nobe
Jerusalém (Jebus) •
• Azecá • Belém
Sucote • • Adulão
• Queila
Hebrom e
En-Gedi •
• Carmelo
Maon • MOABE
• Ziclague
Massada.
(Fortaleza)
Deserto de Maon
N
NEGUEBE
AMALEQUE t
© 2002, Editora Cultura Cristã
89
2 SAMUEL
o segundo livro de Samuel registra os principais feitos do reinado de Davi, primeiro sobre o território
de Judá, e finalmente sobre toda a nação de Israel. Traça a ascensão de Davi ao trono, seu pecado
de adultério e assassinato, e as devastadoras conseqüências de tais pecados sobre sua família e
sobre a nação.
Os dois livros de Samuel formavam, originalmente, um único relato contínuo no texto em
hebraico, mas as traduções em português (seguindo as traduções gregas e latinas) dividem Samuel
em dois livros.
Autor
~
f(
~
Como verificamos em 1 Samuel, o livro de 2 Samuel é anônimo, mas foi provavelmente composto
por um pr~feta cujo norr:e nào é mencionado e ,que compilou crônica: ~scritas ~or outros pr?fetas
como Nata e Gade, o VIdente (lCr 29.29). Alem destas fontes proféticas escritas, o compilador
~ .,./ evidentemente usou outra fonte conhecida como o "Livro do Justo" (1.18).
Data
A data de composição de 1 e 2 Samuel pode ser estimada como tendo ocorrido algum tempo após a
morte de Salomão e a divisào do reino (931 a.C}, mas antes da destruição de Samaria e do cativeiro
do reino do norte na Assíria (722 a.c.). É provável que Samuel tenha sido composto logo após a
divisão do reino, talvez ao redor do ano de 900 a.C.
2 Samuel registra os principais eventos ocorridos durante os quarenta anos de reinado de Davi. Seu
reinado em Hebrom começou em 1011 e terminou em 1004 a.c. Seus trinta e três anos de reinado
sobre Judá e Israel unidos cobriram o período de 1004 a 971 a.c.
2 Samuel pode ser dividido em três partes: os triunfos de Davi (caps.l - 10), as transgressões de
Davi (cap. 11), e as lutas de Davi (caps. 12 - 24).
A personalidade central de 2 Samuel é Davi, ao redor de quem o livro todo é escrito. A verdade
central ilustrada é a mesma que encontramos em Deuteronômio: obediência a Deus traz bênçãos,
e desobediência traz sofrimento e julgamento. Os primeiros dez capítulos mencionam as
recompensas da obediência à medida que o governo de Davi se estende primeiro sobre Judá e,
posteriormente, sobre todo Israel. Os crimes de adultério e assassinato citados no capítulo 11
marcam o ponto crítico do livro. Após estes acontecimentos a vida de Davi é uma crônica de
sofrimento e miséria - a morte de um filho recém-nascido, incesto e assassinato entre os filhos de
Davi, e rebelião contra seu reinado.
90
2 Samuel em Relance
DAVI EM
LOCAL DAVI EM JERUSALÉM
HEBROM
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
Embora 2 Samuel mostre que a obediência ou desobediência de uma pessoa a Deus acarretam
conseqüências diretas sobre sua vida, o livro demonstra também que a despeito de tais conseqüências,
Deus continuará a govemar e dirigir, de modo que seu propósito a longo prazo de abençoar e dirigir o
mundo possa ser atingido. Assim, por exemplo, embora o pecado de Davi com Bate-Seba tenha resultado
em perdas trágicas para todas as pessoas envolvidas, foi Bate-Seba quem deu Salomào à luz.
O propósito redentor de Deus fica evidente no pacto feito com Davi em 7.4-17, no qual Deus promete
a Davi um reino, um trono e uma descendência etemos. Embora tenha havido nove dinastias diferentes
no reino de Israel ao norte, houve apenas uma dinastia em Judá - a linhagem de Davi. A promessa de
uma dinastià permanente é cumprida em Cristo, o "Filho de Davi" (Mt 21.9; 22.45) que se sentará no
trono de Davi (ls 9.7; Lc 1.32).
Examine o mapa "Vida de Davi" à página 93.
91
ESBOÇO DE 2 SAMUEL
92
,
Vida de Davi
Damasco
Dã
Mar
Mediterrâneo
Mar de
t
Quínerete
Megido
Mar w
1- Davi, filho mais novo de Jessé, CO
nasceu em 8elém e ali pastoreava
Morto «
os rebanhos de seu pai O
(1Sm 17. 12,15). ~
• Berseba 6- Entre as conquistas
de Davi estão Edom,
Moabe, Amonitas,
5- Davi tornou-se rei de Judá, Amalequita,s e Filisteus
sendo Hebrom a sua capital
(2Sm 2.1-4).
Neguebe (2Sm 8.11,12).
EDOM
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93
A Expansão do Reino de Davi
o segundo livro de Samuel apresenta a expansão do reino de Davi desde o território de Judá, estendo-
se a todo Israel e, finalmente, às áreas de Edom, Moabe, Amom, assim como Zobá e Síria.
O período do reinado de Davi sobre Judá foi uma época de conflito com Isbosete, filho de Saul, e
com Abner, seu general (caps 3 - 4) . Entretanto, depois da morte de ambos, Isbosete e Abner, Israel
reconheceu a Davi como rei (5.1-5), Davi procurou, então, estabelecer uma capital localizada mais
no centro do país. Para tanto, capturou uma fortaleza no monte Sião que pertencia aos jebuzeus, e
denominou-a Cidade de Davi (5.6-10), iniciando assim a longa associação do povo judeu e do culto
a Deus com a cidade de Jerusalém.
Após a captura de Jerusalém, Davi conquistou vitórias cruciais sobre os filisteus (8.1; 21.15-22),
sobre Moabe (8.2), Zobá e Síria (8.3-8), Amom (10.6-14) e Síria (10.15-19).
Examine os seguintes mapas: "A Cidade de Davi", abaixo e "O Reino de Davi", à página 95.
A Cidade de Davi
I
Expansão
no tempo de /
Salomão
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Templo:
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Cidade
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© 2002, Editora Cultura Cristã
94
o Reino de Davi
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O 60 km
• Elate
© 2002. Editora Cultura Cristã
95
A Família de Davi
Embora a continuação da linhagem de Davi fosse parte da promessa contida no pacto davídico (7 A-I 7), sua
grande família foi uma fonte constante de sofrimento e preocupação ao longo da última parte de 2 Samuel.
Os sofrimentos da família de Davi incluíram a morte do recém-nascido filho de Bate-Seba, como julgamento
pelo adultério de Davi (12.15-23), o incesto de Arnnom com Tamar, e o subseqüente assassinato de Arnnom
por Absalão (13.1-36). Talvez o episódio mais violento tenha sido a rebeliào de Absalào, filho de Davi, que
expulsou o pai de Jerusalém, tomou suas mulheres e quase arrebata o reino de suas mãos (15.7 - 18.33).
A intriga e hostilidade entre os filhos das muitas esposas e concubinas de Davi, foi parcialmente, e talvez
mesmo em grande parte, devida à sua poligamia. Embora comum, a poligamia nunca foi bem-sucedida, pois
violava a ordenança divina (Gn 2.24) .
•...
1. ~ical (Filha de Saul)
2. Ainoã 0-------------<0 1. Amnom
3. Abiqail (viúva de Nabal) o o 2. Quileabe (Daniel)
4. Maaca (filha do rei de Gesur)o o 3. Absalão
Em Hebrom» ~ Tamar (única filha mencionada)
5. ~agiteo 04. Adonias
6. Abltale 05. Sefatias
7. Egláo 06. Itreão
Boaz .• I
Obede - Jessé - DAV
Rute
-<O I
8. Bate-Seba (esposa de Urias) 7.Siméia
8.Sobab
Em Jerusalém-
[ 9. Natã
10. Salomão
Nota: 16.Jafia
Cf. 2Sm 3.2-5; 17.Elisama
1Cr 3.1-9; 14.3-7 18.Eliada
19.Elifelete
20.0utros
Os triunfos de Davi
Rei de Judá (2.4)
Davi era um homem segundo o coração de Deus Rei de Israel (5.3)
(1Sm 13.14), isto é, seu desejo era totalmente Conquista de Jerusalém (5.7)
comprometido com o desejo do seu Senhor. O retorno da arca (6.12)
Como um servo de Deus dedicado, ele foi usado Promessa Davídica (7.16)
por Deus para executar grandes feitos em favor Derrota os filisteus (8.11)
de seu povo escolhido de Israel. Derrota Moabe ( 8.2)
Derrota Amon (10.16)
Derrota a Siria ( 10.19)
Os problemas de Davi
Causas Efeitos
Adultério (11.4) Bate-Seba tem um filho (11.5)
Assassinato de Urias (11.17) Acusado, se arrepende, mas a criança morre (12.10,13,19)
O incesto de Amnom (13.14) Amnom assassinado (13.28,29)
Absalão usurpa o trono (16.15,16) Absalão assassinado (18.14,15)
O censo (24.2) Praga (24.15)
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96
1 REIS
A primeira parte de 1 Reis traça a vida do filho e sucessor de Davi, Salomão. Sob sua liderança Israel
expandiu-se ao máximo de seu tamanho e glória. As grandes realizações de Salomão, incluindo o
incomparável esplendor do templo que construiu em Jerusalém, conferiram a ele fama e respeito
internacionais. Entretanto, o zelo de Salomão pelo Senhor diminuiu no final de sua vida, à medida
que esposas pagãs desviavam seu coração do culto sincero e íntegro a Deus. Como resultado, o rei
com um coração dividido deixou atrás de si um reino dividido, e 1 Reis traça, então, a história dupla
de dois grupos de reis e duas nações de povos desobedientes.
Como os livros de Samuel, 1 e 2 Reis eram, originalmente, um único volume. A divisão em dois
livros foi feita pela primeira vez na tradução grega do Antigo Testamento (a Septuaginta) e depois na
Vulgata Latina, e as traduções em português seguiram esta norma.
Autor
o autor de 1 e 2 Reis é desconhecido, embora a tradição judaica atribua o trabalho ao profeta Jeremias.
Tudo que pode ser dito com certeza é que os livros de Reis foram compilados de várias fontes e
~ ,.. escritos do ponto de vista profético.
~~ O autor menciona três fontes primárias. O "Livro da História de Salomão" (11.41) que conteria
~ ~ anais, informações biográficas e excertos de arquivos do templo. O "Livro da História dos Reis de
Israel" (14.19-; 15.7) com o registro das atividades políticas de cada rei e que teria sido preservado
nos arquivos oficiais do reino. A terceira fonte, o "Livro da História dos Reis de Judá" (14.29; 15.7),
continha também um registro oficial do reino preservado nos arquivos reais .
. Data
A gramática e estilo do hebraico e o conteúdo dos livros de Reis indicam que este trabalho foi completado
durante o cativeiro babilônico. Reis foi completado depois de 561 a.c. uma vez que esta é a data do
último evento registrado (2 Reis 25.27-30). Desde que não existe nenhuma menção de Ciro e seu édito
de libertação datado de 539 a.c., Reis foi, provavelmente, completado antes desta última data.
1 Reis cobre um período de 120 anos, desde o começo do reinado de Salomão em 971 a.c. até o final
do reinado de Acazias em 851 a.c. A data chave é 931 a.C., o ano em que o reino foi dividido em
reino de Israel, ao norte e reino de Judá, ao sul.
1 Reis em Relance
TÓPICOS
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
~----------------------~----~------~--------_I....
••
98
ESBOÇO DE 1 REIS
99
o Reino de Saio mão
Rio Eufrates
Tifsa •
Tadmor e
Mar
Mediterrâneo
Gezer Bete-Horam
Baalate/e • • 3- Milhares de trabalhadores
construíram o templo
Gaza e o palácio real de Salomão
• Mar
Morto
em Jerusalém ( 1Rs 5 - 7).
5- Possível limite
da fronteira sul, N
próximo a Gaza,
t
ao longo da fronteira
norte do Egito
(1Rs 4.21,24).
100
Os 12 distritos de Salomão
ISSACAR
• Megido
• Remote Gileade
Mar
Mediterrâneo
• Maanaim
7- Abinadabe: Maanaim.
BENJAMIM
11- Simei: Benjamim.
• Macaz
• Berseba
Deserto do Negebe
MOABE
t
© 2002, Editora Cultura Cristã
101
Jerusalém sob a J\dministração de Salomão
A cidade de Jerusalém sofreu uma considerável expansão durante o reinado de Salomão. De acordo
com I Reis 3.1, Salomão terminou de construir "as muralhas à roda de Jerusalém". Evidências
arqueológicas indicam que Salomão aumentou o tamanho da cidade de 11para 32 acres; sua população
também aumentou várias vezes. Parte deste aumento de população foi devido unicamente à família
de Salomão. Ele tinha setecentas esposas e trezentas concubinas (11.3). O número dos filhos de
Salomão não é mencionado, mas deve ter sido também muito grande.
Porta da Esquina
~/
"E o Senhor lhe disse: "Mishneh"
...santifiquei a casa que edificaste.
a fim de pôr ali meu nome" (1 Rs 9.3).
Fonte de Giom
Porta da Fonte J
VALE DE CEDROM © 2002, Editora Cultura Cristã
A influência de Salornão sobre as questões políticas e econômicas de seu tempo, foi intensificada
pelas rotas de comércio e transporte que cortavam seu reino.
Examine mapa à página 103.
102
o Reino de Salomão e as Terras Próximas
Rotas Principais
Rotas Secundárias
o 200 Mi
1-1 -,-' ••••• -,'. ''-r.-'---"
o 200 km
Mar Mediterrâneo
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, Deserto da Arábia
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Mar Vermelho, \, ,
em direção a Ofir '. " Em direção a Sabá © 2002, Editora Cultura Cristã
Templo de Salomão
8 • • • • •
CJCJCJCJCJ
Candelabros e Mesas
Vestíbulo
CJCJCJCJCJ
Santuário ou
Lugar Santo
Altar de
Incenso
Santuário Interno
ou Santo dos Santos
B
8 • • • • •
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, lnc.
103
o Reino Dividido
/
Israel e Judá A caminho de Damas
Reino Dividido
D. Monte Tabor
Monte D.
Carmelo ~.
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Megido e '?
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Mediterrâneo Taanaque e Ramote-Gileade e
e Jaabeque-Gileade
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Monte Nebo • Hesbom
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• Adulão
·Oibom
• Hebrom
• Oebir
JUDÁ
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MOABE
•Arade
o Quir-Haresete
• Berseba
N
104
(O CAPITAIS)
EDOM t
Reino Dividido
A glória do reino unido começou a desvanecer-se com a morte de Salomão, quando Roboão, seu
imprudente filho, falou rudemente com os representantes de Israel, que pediam alívio dos pesados
impostos do tempo de Salomão (12.1-24). Roboão reinou sobre Judá ao sul, e Jeroboão tomou-se rei
de Israel ao norte.
Examine o mapa "Reino Dividido", ao lado.
o Profeta Elias
Elias, o profeta, era de Tisbe, na região de Gileade, mas a localização precisa desta cidade é incerta.
Não há menção de seu nascimento, nem de seus progenitores, e seus antecedentes familiares podem
até mesmo não pertencer a uma linhagem israelita. O nome de Elias, que significa "Javé é o meu
Deus", pode ser encarado como o moto de sua vida. Seu objetivo profético era despertar Israel para
a convicção de que somente Javé é Deus. Elias é apresentado como uma figura solitária "com os
lombos cingidos com um cinto de couro"(2Rs 1.8). Viveu durante o período do reinado de Acabe,
quando o culto pagão a Baal foi oficialmente introduzido em Israel (16.32).
O primeiro ato de Elias foi anunciar aAcabe que Deus mandaria uma terrível fome sobre o país como
conseqüência dos pecados religiosos de Acabe (17.l). Baal, o deus cananita da tempestade e da
fertilidade, foi diretamente desafiado por este anúncio de seca.
Quando a carreira de Elias terminou, ele não morreu nem foi sepultado. Enquanto conversava com
seu sucessor, o profeta Eliseu, Elias foi subitamente arrebatado por um carro de fogo e subiu ao
céu num redemoinho (2Rs 2.1-12). Elias é mencionado em Malaquias 4.5 como precursor do "Dia
do Senhor" e como arauto do Messias, e esta profecia foi cumprida no ministério de João Batista
(Mt 11.7=-14;Lc 1.17).
Verifique o mapa "A Vida de Elias", à página 106.
Elias e Eliseu
A vitória de Elias no monte Carmelo terminou com o extermínio de 450 profetas de Baal (18.20-40).
Seu ministério estendeu-se sobre Canaã, desde o ribeiro de Querite, perto de sua cidade natal (17.1-7)
a Sarepta, onde realizou o milagre de sustentar uma viúva e seu filho, e para o sul até o monte Horebe
na península do Sinai. Em Samaria, Elias denunciou a injustiça do rei Acabe contra Nabote de Jezreel
(2l.17-29). Perto de Jericó Elias separou as águas do rio Jordão para poder cruzá-lo e ser, em
seguida, arrebatado ao céu em uma carruagem de fogo (2Rs 2.1-12).
Eliseu curou N aamã de sua lepra no rio Jordão (2Rs 5.1-19) e conduziu os sírios, acometidos de cegueira,
à derrota em Samaria (2Rs 6.8-23). Em Damasco, Eliseu profetizou a morte do rei Ben-Hadade, e sua
sucessão por Hazael no trono da Síria.
Examine o mapa à página 107.
105
I'
A Vida de Elias
• Sarepta
4- Operou maravilhas
providenciando o sustento para
uma viúva necessitada em Sarepta
(1 Rs 17.8-24). 1- Aparentemente natural
da vila de Tisbe,
ao sul do Mar da Galiléia,
pois era conhecido como
5- Alcançou vitória "Elias, o tesbita" (1Rs 17.1).
sobre os profetas de Baal
no monte Carmelo Q
(1 Rs 18.20-40).
Mar de
Mar
Mediterrâneo
PLANíCIE
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Quinerete
V Tisbe
Ribeiro dr
DEJEZREEL
•
Abel
3- Foi alimentado miraculosamente
pelos corvos durante o tempo
Meolá em que ficou escondido
junto ao rio Querite (1Rs 17.1-7).
2- Predisse a seca como
castigo de Deus;
durante o século 9: a.C.
profetizou contra os reis
Acabe e Azarias de Israel, • Samaria
na cidade de Samaria, 7- Elias escolheu Eliseu
capital do reino. como seu sucessor em Abel-Meolá
(1Rs 19.16-21).
t
e para o monte Horebe
para escapar da ira
da rainha Jezabel (1Rs 19.1-8).
\ • Berseba
106
o Ministério de Elias e Eliseu
Damasco.
FENíCIA
Mar
Mediterrâneo
Monte
Carmelo • Suném
• Jezreel
Ramote Giieade •
Dotam.
Abel-Meolá. o
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• Gilgal
Betel e
Jericó·
AMOM
• Arade
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MOABE
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• Berseba I I I •• I I
O 20 km
Deserto de Berseba © 2002, Editora Cultura Cristã
107
2 REIS
2 Reis dá continuidade ao drama iniciado em 1 Reis - a trágica história de duas nações em curso de
colisão com o cativeiro. O autor apresenta sistematicamente os monarcas reinantes de Israel e Judá,
narrando primeiro a história de uma das nações e depois traçando o mesmo período histórico da outra
nação.
Consecutivamente, dezenove maus reis governam Israel levando o país ao cativeiro na Assíria. O
quadro é um pouco mais brilhante em Judá, onde reis piedosos emergem ocasionalmente para reformar
e consertar os maleficios causados por seus antecessores. No final, entretanto, o pecado supera a
retidão, e Judá é levado para a Babilônia.
Como no caso de Samuel e Crônicas, 1 e 2 Reis eram, originalmente, um único livro. As traduções
em português têm seguido a divisão efetuada pela primeira vez nas versões grega e latina.
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Autor
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Data
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2 Reis em Relance
TÓPICO
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas elson. lnc.
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ESBOÇO DE 2 REIS
110
VII. Reinado de Joás em Judá 11.17 - 12.21
111
Segunda Parte: Judá, o Reino Sobrevivente (18.1 - 25.30)
o Profeta Eliseu
Vindo de família supostamente rica, Eliseu foi ungido por Elias como seu sucessor, servindo como
assistente do profeta (lRs 19.19-21). O longo ministério de Eliseu tem início quando Elias é arrebatado
ao céu por um redemoinho em carruagem de fogo (2Rs 2.11). Compreendendo sua própria necessidade
de assistência divina, Eliseu pede uma porção dobrada do espírito profético de Elias (2.9).
Como seu antecessor, Eliseu estava intimamente envolvido com as questões políticas de Israel. Além
de chamar os reis de Israel ao arrependimento, o profeta também ungia reis, e muitas vezes profetizou
sobre assuntos militares. Repetidas vezes Eliseu foi capaz de revelar planos inimigos ao rei de Israel
(6.12). O rei de Israel chegou até a denominar Eliseu de "carros de Israel e seus cavaleiros" (13.14),
um reconhecimento da grande importância de Eliseu para o sucesso de Israel.
112
Eliseu era conhecido como um grande operador de milagres, e também por ajudar as pessoas em
necessidade. Quer fazendo flutuar um machado perdido (6.1-7), ou alimentando os famintos (4.42-
44) ou curando Naarnã, o general sírio, de sua lepra (5.1-9), ou ressuscitando o filho da mulher
sunamita (4:8-37), Eliseu provou ser um amigo compassivo das pessoas.
Enquanto Elias foi conhecido por seu ministério de denúncias proféticas vigorosas, e como um tipo
de João Batista (Mt 11.14; 17.10-12; Lc 1.17), o ministério de Eliseu nos lembra o ministério de
Cristo. Elias viveu geralmente afastado do povo e enfatizava a lei, o julgamento e o arrependimento.
Eliseu viveu no meio do povo e enfatizava a graça, a vida e a esperança.
Examine o mapa "O Ministério de Eliseu", abaixo:
o Ministério de Eliseu
Damasco
Em Suném Eliseu
ressuscitou o filho de uma viúva
(2Rs 4.8-37).
síRIA
I /
Em Damasco Eliseu
predisse que Ben-Hadade
sucederia o perverso
Hazael como rei da Síria
(2Rs 8:7-15).
rete
o profetaprotegeu as cidades
de Dotã a Samaria
cercando-as com carruagens de fogo • Suném
e provocando cegueira
no exército da Síria
(2Rs 6.13-23).
• Dotã
• Samaria
Mar
Mediterrâneo
o
profeta Eliseu
continuou a obra de Elias
(1Rs 19.16-21),
exercendo seu ministério
no reino do norte, Israel,
desde a Síria ao norte,
até Edom ao sul.
l
EDOM
© 2002, Editora Cultura Cristã
113
Governantes Sírios
Durante os ministérios de Elias e Eliseu, a maior ameaça militar externa para a reino de Israel, era a
Síria, localizada a nordeste. Às vezes chamados de arameus, os sírios foram rivais militares de Israel
desde os tempos de Saul (1 Sm 14.47), até que a Síria foi conquistada pelo império Assírio em 732 a.c.
Os sírios estiveram sujeitos a Israel durante o período em que o império de Davi e Salomão se
estendeu até o rio Eufrates, mas, no tempo de Acabe, eles representavam uma ameaça persistente, e
finalmente Acabe foi morto lutando contra eles (1Rs 20.1-34; 22.29-40). O prolongado cerco que a
Síria impôs a Samaria só foi quebrado pela intervenção divina (6.24 - 7.20), e a Síria chegou a
ameaçar também Jerusalém no tempo do rei Joás (12.17,18).
Ben-Hadade 11
- c. 860-841 a.C. 1Rs 20; 2Rs 6.24,8.7,9,14
Hazael c. 841-801 a.C. 1Rs 19.15,17; 2Rs 8; 9.14,15; 10.32; 12.17,18; 13.3,22,24,25
Rezim c. 780 (?)-732 a.C. 2Rs 15.37; 16.5,6,9 (cf. Is 7.1,4.8; 8.6; 9.11)
Durante o período histórico do Antigo Testamento compreendido entre cerca de 900 a 700 a.c., os assírios
foram o poder dominante na região. Um dos poderosos reis assírios, Salmaneser III (reinou entre 859-824
a.Ci), erigiu um grande monumento de pedra, no qual registrou suas vitórias militares. Esta impressionante
descoberta arqueológica conhecida como Obelisco egro, contém uma escultura em relevo representando
a visita feita pelo rei Jeú de Israel (reinou entre 841-814 a.c.), para pagar tributo a Salmaneser.
Localizado fora do palácio real em Nimrude, na Assíria, o monumento tem mais de dois metros de
altura. Cuidadosamente esculpido em pedra, apresenta uma série de desenhos detalhados,
acompanhados de inscrições que comemoram as numerosas campanhas militares de Salmaneser.
Entre eles está um evento que não é mencionado na Bíblia - Jeú curvando-se diante de Salmaneser,
com vários servos e pagens em pé com presentes para o rei assírio.
Tributos, ou pagamentos compulsórios para proteger uma nação mais fraca de uma ameaça poderosa
eram, muitas vezes, exigidos por nações agressoras como os assírios na época do Antigo Testamento.
Após ser ungido rei de Israel pelo profeta Eliseu, Jeú eliminou todas as ameaças ao seu reinado pelo
fato de matar todos os membros da família de Heabe, seu antecessor (2Rs 9;10). Como rei Jeú foi
fraco por não haver eliminado a adoração a Baal da terra.
O Obelisco Negro é um achado arqueológico valioso, pois ajuda a estabelecer o reinado de Jeú, bem
como para fixar uma cronológia daquele período da história de Israel. E isto mostra-nos como o
reinado israelita daquele período era. Esta é a única imagem ou desenho de um rei israelita que foi
descoberto por arqueólogos.
o Prisma de Senaqueribe
o monumento conhecido como Prisma de Senaqueribe é um artefato fascinante do passado da
Assíria. Apresenta um relato diferente daquele encontrado na Bíblia sobre um evento importante
da história de Israel - o cerco contra Jerusalém conduzido pelo rei Senaqueribe da Assíria
(governou 705 - 681 a.C.), por volta de 690 a.c. (Is 36.37).
114
o prisma de argila, com trinta e sete centímetros de altura, contém uma inscrição assíria bem preservada
que testifica o ataque das forças assírias sobre Jerusalém e sobre o rei Ezequias de Judá. "Quanto a
Ezequias, o Judeu, ele não se submeteu ao meu jugo", diz o prisma. "Cerquei 46 de suas cidades fortificadas,
fortalezas muradas e um sem-número de pequenas vilas nas vizinhanças, e as conquistei ... (Ezequias), eu
o fiz prisioneiro em Jerusalém, sua residência real, como um pássaro numa gaiola."
Embora o cerco de Senaqueribe a Jerusalém seja um fato histórico comprovado, é interessante que o
relato de Senaqueribe não mencione como terminou o cerco. Isto leva os historiadores a suspeitar
que o cerco fracassou, pois os assírios nunca mencionavam as derrotas que sofriam em seus registros
oficiais - apenas suas vitórias.
O relato bíblico indica que Senaqueribe sofreu uma derrota esmagadora neste cerco contra Jerusalém
por causa da intervenção divina. Durante a noite, milhares de soldados do exército assírio morreram
pela ação do anjo do Senhor (2Rs 19.35). Alguns estudiosos crêem que Deus tenha utilizado uma
praga mortal como instrumento de julgamento contra os inimigos de seu povo.
Os soberanos do mundo antigo usavam este tipo de prisma para registrar suas conquistas. Estes
documentos de pedra e argila têm sobrevivido por séculos entre as ruínas e o entulho das cidades
antigas. Fornecem uma compreensão valiosa da vida nos tempos bíblicos, confirmando e, em muitos
casos, acrescentando valiosas informações sobre os acontecimentos bíblicos.
Reis Assírios
A passagem de 2 Reis 15.19 nos dá a primeira menção direta que encontramos nas Escrituras sobre
um rei assírio. "Pulu" ("Pul", no texto bíblico), era o nome babilônico dado a Tiglate-Pileser III
(745 -727 a.C.) depois de ter conquistado a Babilônia. A campanha militar dirigida por Tiglate- Pileser
em 743 a.C. estendeu-se até Israel, onde ele exigiu tributo de Menaém. Pelo pagamento de tributo ao
rei dá Assíria, Menaém tomou-se vassalo do soberano assírio.
Quando Tiglate-Pileser III morreu em 727 a.C., seu filho, Salmaneser V (727-722 a.C.} o sucedeu, e
Oséias, rei de Israel, aproveitou esta oportunidade para deixar de pagar o tributo à Assíria. Oséias
fez um pacto insensato com o Egito, que, naquela ocasião estava tão fraco e dividido que não conseguiu
dar a Oséias o apoio adequado. o ano de 725 a.c. Salmaneser V marchou contra Israel e cercou a
cidade de Samaria, de 725 a 722 a.c. Após três anos de cerco Samaria caiu e os dias de Israel como
reino soberano terminaram.
2 Reis 18.17-37 relata a campanha feita pelo rei assírio, Senaqueribe (705-681 a.C}, o menos brilhante
filho de Sargão 11. Ezequias, rei de Judá, havia feito uma aliança com Tiro e com o Egito contra a
Assíria (2Cr 32.1-8). Em 70 I a.c. Senaqueribe tentou derrubar esta revolta e marchou contra as
cidades de Judá.
Reis Assírios
115
Campanhas Assinas contra Israel e judá
Entre 734 e 732 a.c., Tiglate Pileser III comandou uma invasão contra Judá e duas contra Israel.
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116
Campanha da Assíria contra Israel
Em 725 a.c. Salmaneser V invadiu Israel e marchou contra Samaria. Sargão li tomou Samaria em 722 a.c.
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Senaqueribe deslocou-se para o sul ao longo das planícies costeiras, atacou Laquis e sitiou Jerusalém
em 701 a.c.
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40Mi
40km
118
o Império Assírio (650 a.C.)
Este grande (e cruel) império dominou todo o crescente fértil, sendo que Jerusalém e Judá foram salvos de
seu domínio por uma derrota miraculosa sofrida pelo exé:cito ameaçador (2 Rs. 19) Verifique o mapa abaixo:
e Sardis
Acmetá e
Sidon
Tiro/,e
Samaria
e
Jerusalém cresceu ainda mais durante o tempo de Ezequias, alcançando cerca de 150 acres. Em seus
esforços para fortificar a cidade contra Senaqueribe, Ezequias ordenou a construção de um túnel que traria
água desde a fonte de Giom até a cidade. O túnel era escavado em rocha viva numa extensão de quase 550
metros. Quando ficou pronto, o túnel emergiu dentro do canto sudeste da cidade velha, onde estava
situado o que mais tarde ficou conhecido como Tanque de Siloé. Este túnel, mencionado em 2 Reis 20.20,
e 2 Crônicas 32.30, era urna façanha espetacular de engenharia, pois os escavadores trabalharam com
ferramentas de mão começando pelas extremidades opostas e encontrando-se no centro.
Verifique o mapa "Jerusalém nos tempos de Ezequias", à página 120.
Reis Babilônicos
O domínio assírio do antigo Oriente Próximo terminou com as vitórias babilônicas em Nínive (612
a.C.) por Nabopolassar, e em Carquemis (605 a.Ci) por Nabucodonosor TI.
Após derrotar os egípcios que tinham vindo em auxílio da Assíria, Nabucodonosor imediatamente
forçou a submissão do rei Jeoaquim de Judá e de outros reis próximos. Nesta ocasião (605 a.C.)
alguns jovens de Jerusalém, inclusive Daniel, foram levados para o exílio na Babilônia.
Depois que Jeoaquim se revoltou, Jerusalém caiu novamente diante de Nabucodonosor em 597 a.c.
O templo foi saqueado e todos os tesouros levados para a Babilônia. Um terceiro cerco de Jerusalém
ocorreu após a revolta de Zedequias (589 a.C") e a cidade caiu em julho de 587 ou 586 a.c.
119
Jerusalém nos Tempos de Ezequias
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Evil-Merodaque, filho de Nabucodonosor, reinou sobre a Babilônia apenas dois anos (562- 560 a.C.).
Libertou o rei Jeoaquim, de Judá, de sua prisão na Babilônia e deu ao rei deposto um lugar privilegiado
na corte da Babilônia (25.27-30).
o Problema de Cronologla
Três fatores tomam a datação do material do livro de Reis extremamente difícil: (1) o sistema de
co-regência, especialmente no reino do sul, pelo qual o filho começava oficialmente o seu reinado
enquanto o pai ainda estava vivo, e ambos, pai e filho recebiam crédito pelos anos de co-regência; (2)
o uso de dois sistemas: o sistema do "ano de ascensão" (pelo qual o ano em que o rei subia ao trono
não era contado como seu primeiro ano) e o sistema de "ano de não-ascensão" (pelo qual o restante
do ano em que o rei era coroado considerava-se como seu primeiro ano); (3) o uso de ambos os
métodos de datação: o ano sagrado (começando com Nisã, o primeiro mês) e o ano civil (começando
com Tisri, o sétimo mês). Em razão da complexidade do problema que existe na harmonização da
cronologia dos reis hebreus, muitos têm concluído que as datas bíblicas são obviamente contraditórias
e a hannonização está além da possibilidade de solução. Hoje, entretanto, os problemas de cronologia
estão praticamente resolvidos, e demonstrou-se que as datas bíblicas são confiáveis e exatas.
120
Campanhas de Nabucodonosor contra judá
De 605 a.c. a 586 a.C. Judá sofreu repetidas invasões babilônicas. O ataque final deu-se no sul perto
de Jerusalém.
Veja a tabela "Reino Dividido", às páginas 122 e 123.
Mar
Mediterrâneo
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121
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Reino Dividido
Reino do Sul Reino do Norte
931 - 586 a.C. 931 - 722 a.C.
(2) Abias (Abiam) 913 . 911 a.L IR. 15.8; Ido, o videnle - 2[, 13.22
filho de Roboõo 2[,13.1-14.1 2 Nadabe 910 - 909 0.L IR. 15.25-31
3 ano. filho de leroboõo
(3) Asa 911 - 870 a.L IR. 15.9-24; Azarias, filho de Odede 20nas
filho de Abias 2[,14.1- 16.14 2[,15.1 3 Baasa 909 - 886 a.L IR. 1516-22, 27-29, leú filho de Hononi
41 anos Hononi - 2[, 16.7-10 filho de Aías 32·34; 16.1-7 IR. 16.1-7
240no\
4 Elá 886 - 885 0.L IR. 16.8-14
filo de BoolO
20nas
5 Zinri 8850.C. IR. 16.9-12, 15-20
[omandarl, das corras
<lranfe o ,eioolo de fJó
7 dia.
6 Onri 885 - 874 o.c. IR. 16.16-18, 21-28
[omondonle do
Exe,cilo de fló
,
12 anos
Ieú, filho de Hanani 7 Acabe 874 - 853 a.L IR. 16.29 - 22.40; flias -IR. 17-21; 2R. 1.2
(4) Josafá 870 (873)-848 a.c. IR. 22.41-50; 2[,19.2,3 filho de Omi 2[,18.1-34 fli''''(''lVodeflias)
filho de AIO 2[,17.1- 21.1 laoziel- 2[, 20.14-17 22 anas IR. 19.19-21
25 anos fliezer - 2[, 20.37 /1\icoiasfilho d, Inló
IR. 22.8-28; 2[, 18.7-27
Prof,las Irolimas
IR. 18.4.13; 20.28,35-43
Obadias
(5) Jeorão Oarõo) 848(853) - 841 a.L 2R. 8.16-24; 2[, 21.1-20 flias 2[, 21.12-15 8 Acazias 853 - 852 a.L IR. 22.51; 2 R. 1.18; T,aslodode fi ias
filho d, losofó filho de Acabe 2[,20.35-37 2R.2.1-18
8 anos 2 anos fli"u
(6) Acazias (leoorez) 841a.C. 2R. 8.25 - 9.29; n Jeú 841 - 814 a.L 2R. 9.1- 10.36 fli"u
filho de leorõc 2[, 22.1-9 filho (ou nela de Nimi,
1 ano ohciol do exe,cilo de
Rainha Atália 841 - 835 a.L 2R. lI.I-20: deoo.) 28 ano.
filha de Acabe, 2[, 2210 - 23.21
mêe de Acazias
6 anos Joel TI Jeoacaz 814 - 798 a.L 2R.13.1-9 [Ii"u
m Joás 0,00,) 835 - 796 a.L 2R. lI.21-12.21; filho de leú
40 anos 2[,24.1-27 Prafelas Mónsmos 17<J'O\
(8) Amazias 796 -767 a. C. 2R.14.1-20; 2[,25.7-9,15.16 12 JeoásOoos) 798 - 782 a.L 2R. 13.10-]3, 25;14.8-16: 2[, ,\Iod, de E1iseu
filho de Ioôs 2[, 25.1-28 filho de leoacoz 25.17-24
6 anos Isaías 16 anos
(9) Uzias (Azarias) 767(792) - 740 a.L 2R.15.1-7; chamado no ano ern que E Jeroboão 11 782 (793) - 753 a.L 2R.14.23-29 Jonas, Amós, Oséias
filho de Amazias 2[,26.1-23 Uzios morreu filho de leoés
52 anos locarias - 2[, 26.5 41C1lO.
122
Reino do Sul Reino do Norte
931 - 586 a.C. 931 - 722 a.C.
Jeremias
(18) Joaquim (Conia) 609 - 598 o.í. 2Rs 24.8·17; Daniel
fi lho de leooquim 2Cr 36.9,10;
3 meses lr 22.24·30; 52.31·34
Jeremias
(19) Zedequias 597 - 586 af 2Rs 24.17 - 25.7; Daniel
(MotlJ1ios) 2Cr 36.11·21; Ezequiel
filho de losios lr 39.1·10; 52.1·11
11anos
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas elson, Inc.
123
.A..
1 E 2 CRONICAS
1 e 2 Crônicas cobrem o mesmo período da história judaica, narrando a partir de 2 Samuel até 2 Reis,
embora de uma perspectiva diferente. Enquanto os livros de Reis apresentam a história dos judeus do
ponto de vista do cativeiro babilônico, Crônicas apresentam a mesma história do ponto de vista pós-
exílico daqueles que voltaram do cativeiro para a terra da promessa.
Como no caso dos livros de Samuel e Reis, 1 e 2 Crônicas eram, originalmente, um volume único e
contínuo. Os dois livros foram separados pela primeira vez pelos tradutores da Septuaginta (o Antigo
Testamento Grego). O título "Crônicas" vem da Vulgata, a tradução latina feita por Jerônimo (385-
405 d.C.): Chronicorum Liber. Jerônimo utilizou este título no sentido de "As Crônicas de toda a
História Sagrada".
Autor
f(
Embora nem o autor nem a data sejam mencionados no texto, pode ser correta a tradição judaica de
~ / que Crônicas tenha sido escrita por Esdras. Entretanto, é comum mencionar-se o autor simplesmente
~ como "o cronista". Alguns crêem que Crônicas, Esdras e Neemias tenham sido escritos pelo mesmo
~ ~ autor; os versículos finais de Crônicas (2Cr 36.32,23) são repetidos em Esdras 1.1-3.
Data
Evidências internas indicam que Crônicas foram compostos, provavelmente, durante o 5º século
a.C. A data pós-exílica é corroborada pela menção das seis gerações posteriores a Zorobabel
(lCr 3.17-21) e das moedas persas conhecidas como "dáricos" (lCr 29.7).
Os livros das Crônicas cobrem um período histórico mais amplo que qualquer outro livro das
Escrituras. As genalogias e narrativas de 1 Crônicas compreendem um período que vai de Adão
até o final da vida de Davi. 2 Crônicas, reapresenta a falência da dinastia Davídica de Salomão
até o Exílio.
Os livros de Crônicas foram escritos para o remanescente de Judá, que havia voltado do exílio e
estava reconstruindo Jerusalém, após os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Porque os exilados
que retomaram eram originalmente de Judá, a herança religiosa e nacional e a história do reino do Sul
(Judá) é apresentada para mostrar sua relação ininterrupta com a era patriarcal.
Os livros de Crônicas foram escritos de um ponto de vista sacerdotal. O tema histórico principal gira
em tomo do culto sacerdotal de Judá, desde o tempo de Saul, até o retomo da nação judaica à terra
prometida após o decreto de Ciro (538 a.c.) Esta história religiosa apresenta a fidelidade e as
promessas de Deus a seu povo, o poder da palavra de Deus e o papel central do culto e da adoração
na vida do povo de Deus.
124
1 Crônicas em Relance
LINHAGEM REAL
ÊNFASE REINADO DE DAVI
DE DAVI
GENEALOGIA HISTÓRIA
TÓPICO
ANCESTRAIS ATIVIDADE
LOCAL ISRAEL
MILHARES
OCASIÃO C. DE 33 ANOS
DEANOS
Nelson 5 Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thornas Nelson. Inc.
125
ESBOÇO DE 1 CRÔNICAS
.~
2 Crônicas começa com o reinado de Salomão (caps.1 - 9). Embora estes capítulos relatem a
grandeza do reino de Salomão, sua preocupação primordial é descrever a construção e dedicação do
templo. 2 Crônicas (10 - 36), apresenta, em resumo, a história da dinastia de Davi com especial
atenção para a história do culto no templo. O livro conclui com o édito de Ciro da Pérsia ordenando
a reconstrução do templo.
Outros mapas, tabelas e auxílios didáticos relevantes para o estudo de Crônicas, podem ser encontrados
nos capítulos que tratam dos livros de Samuel e Reis .
•
I 127
2 Crônicas em Relance
ÊNFASE REINADO DE SALOMÃO REINADOS DOS REIS DE JUDÁ
LOCAL JUDÁ
ESBOÇO DE 2 CRÔNICAS
128
11. Reinado de Abras 1~.1-11
A. Guerra de Abias com Jeroboão 13.l-20
B. Morte de Abias 13.21,22
129
X. Reinado de Uzias 26.1-23
A. Avaliação de Uzias 26.1-5
B. Vitórias de Uzias 26.6-15
C. Oferta Pecaminosa de Uzias 26.16-21
D. Morte de Uzias 26.22,23
130
o Templo
Localizado em Jerusalém, o templo era o centro da vida religiosa do povo judeu. No santuário
devotado ao culto do único Deus verdadeiro, os sacerdotes ofereciam sacrificios ao Senhor para
expiar os pecados da nação de Israel. Por meio das cerimônias do templo, o povo judeu dedicava
suas vidas em seguir as leis e ensinamentos de seu Criador.
Antes da construção do templo, o tabernáculo era usado pelo povo como lugar de culto. Durante um
longo periodo de sua história o tabernáculo mudava de um local para outro acompanhando a nação
de Israel em suas peregrinações (Êx 40). Mas, depois que se estabeleceram em sua habitação
permanente na terra da Promessa, Deus ordenou, por intermédio de seu servo Davi, que o templo
fosse construído. Esta construção mais primorosa, devotada ao culto e à adoração, seria um marco
permanente em Jerusalém, capital do reino (lCr 28).
Na realidade, foram construídos três diferentes templos em Jerusalém, ao longo de um período de
mais ou menos mil anos de história judaica. Todos os três foram construídos no mesmo local- sobre
um monte conhecido como Monte Moriá, localizado na parte leste da Cidade Santa (2Cr 3.1).
O primeiro templo, construído por Salomão cerca do ano 960 a.C; erguia-se sobre uma plataforma
de cerca de três metros de altura, com dez degraus que conduziam a uma entrada flanqueada por dois
pilares de pedra. Milhares de trabalhadores comuns e de artesãos altamente capacitados foram
envolvidos em sua construção (1Rs 6.7; 2Cr 3; 4). Este edificio foi destruído pelos babilônios quando
capturaram Jerusalém em 586 a.C. Mas Ciro, rei da Pérsia, autorizou a reconstrução do edificio no
mesmo local, quando permitiu que o povo judeu voltasse para Jerusalém (Esdras 1). Esta nova
estrutura, conhecida como Templo de Zorobabel, foi edificada ao redor do ano 515 a.C., por insistência
dos profetas Ageu e Zacarias (Ed 6.l3-15).
Vários séculos mais tarde, Herodes, o Grande, governador romano da Palestina, ordenou a construção
do terceiro templo, um edificio pomposo, de cor creme, feito de pedra e ouro, para apaziguar o povo
judeu. Este foi o edificio ao qual Jesus se referiu ao falar sobre sua ressurreição (10 2.19, 20), ao
predizer que este templo seria destruí do pelos romanos cerca de 40 anos após sua ressurreição e
ascensão, no ano 70 d.C.
As descrições do templo de Salomão no Antigo Testamento sugerem que ele possuía um pátio interno,
bem como um pátio externo. Os três objetos principais dentro do pátio interno eram. (1) o altar de
bronze para as ofertas queimadas (lRs 8.22, 64; 9.25); (2) o mar de bronze, que continha água para
a purificação ritual dos sacerdotes (lRs 7.23-26); e (3) doze bois, aparentemente feitos de bronze
também, que apoiavam o mar de bronze em suas costas (lRs 7.25).
No pátio interno ficava a área conhecida como Lugar Santo, contendo o altar de ouro para o incenso,
a mesa dos pães da proposição, cinco pares de candelabros, e utensílios usados para o oferecimento
de sacrificios (lRs 7.48-50). Além desta área ficava um aposento conhecido como Lugar Santíssimo
ou Santo dos Santos, um local restrito, onde apenas o Sumo Sacerdote podia entrar. Mesmo assim,
ele só podia entrar ali uma vez por ano, no Dia da Expiação, quando entrava para fazer expiação por
seus próprios pecados e pelos pecados do povo (Lv 16). Neste aposento ficava a Arca da Aliança,
contendo as tábuas de pedra sobre as quais estavam escritos os Dez Mandamentos. A presença de
Deus se manifestava no Santo dos Santos através de uma nuvem (lRs 8.5-11).
Jesus relacionou-se com o templo de várias maneiras. Mostrava respeito e se referia a ele como "A
casa de meu Pai" (10 2.16). Seu zelo levou-o a purificar o templo de mercadores que vendiam animais
para o sacrificio, desonrando, assim, a "casa de oração" (Me 11.15-17). Mas, embora Jesus respeitasse
a casa de Deus, também ensinou que Ele era maior que o templo (Mt 12.6).
Sua superioridade foi claramente demonstrada quando o véu do templo se rasgou de alto a baixo no
momento de sua morte (Mt 27 .51). O véu era colocado diante do lugar Santíssimo para impedir que
qualquer outra pessoa entrasse, a não ser o sumo sacerdote. O rompimento do véu simbolizou o fato
de que todo crente tem acesso livre e sem impedimento a Deus mediante seu Filho Jesus Cristo por
sua morte sacrificial em nosso lugar.
Examine o quadro "Templo de Salomão" à página 103.
131
Templos da Bíblia
Templo de 966-586 a.C. Planejado por Davi. Construído por Salomão. 2Sm 7-29
Salomão Destruído por Nabucodonosor. 1Rs 8.1-66
-
Jr 32.28-44
"-
Templo de 516-169 a.C. Visionado por Zorobabel. Construído por Ed 6.1-22;
Zorobabel Zorobabel e pelos anciãos dos judeus. Profanado Ed 3.1-8;4.1-14;
por Antíoco Epifanes. Mt 24.15
Templo de 19 a.C.-70 d.D. O templo de Zorobabel foi restaurado por Herodes Mc 13.2,14-23;
Herodes o Grande. Destruído pelos romanos. Lc 1.11-20; 2.22-38;
2.42-51; 4.21-24;
At21.17-33
Templo Atual' Época Atual Fundado no coração do crente. O corpo do crente 1Co 6.19,20
é o único templo do Senhor até à volta do Messias. 2C06.16-18
Templo Eterno Reino Eterno O maior de todos os templos ("o seu santuário é o Ap 21.22
da presença Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro") Um Ap 22.1-21
de Deus templo espiritual.
o templo (no grego hieron) é um lugar de culto. Um espaço sagrado e santo primordialmente construído para a nação cultuar a Deus.
132
Prisioneiros do Senhor
PESSOA SITUAÇÃO
José Recusou ser seduzido pela esposa de seu patrão, como resultado foi
(Gn 39.7-23; 41.1-45) falsamente acusado de assédio sexual e enviado para a prisão;
posteriormente foi levado a uma posição de liderança segundo o plano
de Deus.
Hanani Como vidente do Senhor, condenou o rei Asa por confiar nos sírios,
(2Cr 16.7-10) por isto foi colocado na prisão.
Jeremias Profetizou que Judá não teria condições de resistir ao cerco dos
(Jr 37 - 38) caldeus; foi, então, preso sob acusação de deserção; posteriormente
repetiu sua advertência ao rei Zedequias, e foi colocado em uma
cisterna; pela terceira vez avisou Zedequias, e foi permitido que ele
permanecesse no pátio da prisão até a queda da nação diante dos
babilônios.
Paulo e Silas Libertaram uma jovem de Filipos tanto de um espírito demoníaco como
(At 16.16-40) de seus "empregadores", razão por que foram caluniados, espancados
e aprisionados; miraculosamente libertados e depois defendidos em razão
de sua cidadania romana.
133
ESDRAS
Esdras dá continuidade à narrativa de 2 Crônicas, mostrando como Deus cumpriu sua promessa de
trazer seu povo de volta, para a Terra da Promessa, após setenta anos de exílio. O "segundo êxodo"
de Israel, desta vez saindo da Babilônia, foi menos espetacular, pois apenas um remanescente decidiu
deixar a Babilônia. Esdras relata a história de dois retornos - o primeiro liderado por Zorobabel para
reconstruir o templo (cps. 1 - 6), e o segundo sob a liderança de Esdras, para reconstruir a condição
espiritual do povo (cps. 7 - 10).
Esdras e Neemias eram considerados um único volume no original hebraico e na tradução grega
conhecida como Septuaginta. Os dois foram separados na tradução latina e as traduções em português
também os consideram dois trabalhos separados.
Autor
Embora Esdras não seja mencionado especificamente como autor, ele é, sem dúvida, o melhor
~ v. candidato. A tradição judaica (Talmude), atribui o livro a Esdras, sendo algumas porções escritas na
~~ primeira pessoa, a partir do ponto de vista de Esdras (7.28 -9.15). Tal como em Crônicas, existe uma
~
~ forte ênfase sacerdotal, sendo Esdras um descendente sacerdotal direto de Arão, por meio de Eleazar,
Finéias e Zadoque (7.1-5).
Data
Como os israelitas foram levados para o exílio em três estágios sucessivos (605, 597, 586 a.c.),
também retomaram em três estágios. O primeiro ocorreu sob a liderança de Zorobabel (c. 538 a.Ci).
Após considerável demora, incentivados pelos profetas Ageu e Zacarias, este primeiro retomo teve
como resultado a reconstrução do templo (c. 520-516 a.c.). Esdras liderou o segundo retomo, no
sétimo ano de Artaxerxes I (c. 458 a.Ci). Neemias liderou o último retomo no ano vigésimo de
Artaxerxes I (c. 444 a.C.). Cronologicamente, os eventos do livro de Ester ocorrem durante um
período de dez a doze anos (483-473 a.Ci) entre o primeiro e o segundo retornos.
Esdras (se de fato é ele o autor/compilador) escreveu provavelmente este livro entre 457 a.c.
(eventos relatados nos caps.7-1O) e 444 a.c. (chegada de Neemias a Jerusalém). Durante o período
compreendido pelo livro de Esdras, Gautama Buda (c. 560-480 a.C.) estava na Índia, Confúcio
(551-479 a.C.) na China, e Sócrates (470-399 a.Ci) estava na Grécia.
Eventos do Eventos do
Livro de Ester Livro de Neemias
(483-471 a.C.) (c.445-425 a.C.)
134
Temas e Estrutura literária
Esdras relata os primeiros dois retornos da Babilônia, o primeiro liderado por Zorobabel e o segundo,
décadas mais tarde, liderado por Esdras. As duas divisões do livro se referem à reconstrução do
Templo (caps. 1 - 6) e à restauração do povo (caps. 7 - 10).
O tema básico de Esdras é restauração - restauração do templo e restauração espiritual, moral e
social do remanescente que retomou a Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e Esdras. Ambas
foram realizadas apesar da oposição e da dificuldade.
A restauração do templo e do povo exigiu a reafirmação da identidade característica de Israel e sua
fé, juntamente com a separação dos outros povos e suas crenças pagãs. Esta restauração teve lugar
no contexto do império persa, no qual a tendência religiosa dominante era a incorporação das várias
crenças religiosas numa única expressão de fé. Os vários povos do império eram estimulados a
manter suas culturas distintas, porém sem exclusivismo religioso. Neste ambiente os judeus
enfrentaram uma grande tentação de renunciar a todas as suas alegações anteriores de possuir uma
revelação exclusiva da parte de Deus. Além disso, havia uma forte pressão para renunciar também
aos comportamentos que tinham sido estabelecidos para separá-los das culturas pagãs que os rodeavam.
Neste contexto, a restauração do culto no Templo expurgado de todas as influências pagãs e a
purificação do povo de casamentos mistos com outros povos, eram ambos necessários.
A fidelidade de Deus pode ser vista na forma como Ele soberanamente protege seu povo no meio de
um poderoso império, enquanto permaneciam no cativeiro. Eles prosperaram no exílio, e Deus
preparou reis pagãos que foram solidários com sua causa e os incentivaram a reconstruir sua terra
natal. Deus também levantou líderes zelosos e capazes que dirigiram o retomo e a reconstrução.
Esdras em Relance
ZOROBABEL ESDRAS
TÓPICO
PRIMEIRO RETORNO - DE 49.897 SEGUNDO RETORNO - DE 1.754
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc,
I.
Quando Ocorreram os Eventos de Esdras
135
ESBOÇO DE ESDRAS
Retorno do Exílio
Quando Ciro, o Persa, conquistou Babilônia em 539 a.c., o controle governamental sobre os povos
cativos foi relaxado, e o caminho estava aberto para que o povo exilado de Judá começasse a retomar
à sua terra natal. A ascensão e vitória de Ciro cumpriram a profecia de Isaías 44.28 - 45.4. Três
grandes expedições fizeram o caminho de volta. A primeira de 538 - 537 a.c., sob Zorobabel, a
segunda sob a liderança de Esdras em 458 a.c., e a última sob a liderança de Neemias em 444 a.C.
Mar Mediterrâneo
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Esdras e Neemias (e. de
de Ester.
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Damasco ç<p-I
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Jerusalém. Susã
"...ainda que os vossos rejeitados estejam pelas
extremidades dos céu, de lá os ajuntarei e os
trarei para o lugar que tenho escolhido
para ali fazer habitar o meu nome" (Ne 1.9).
© 2002, Editora Cultura Cristã
136
NEEMIAS
(I Contemporâneo de Esdras e copeiro do rei no palácio persa, Neemias dirigiu o terceiro e último
retomo a Jerusalém após o exílio da Babilônia. Tendo recebido permissão do rei persa para voltar a
sua terra natal, Neemias desafiou seus patrícios a reconstruir as muralhas destruídas de Jerusalém. A
despeito da oposição, a tarefa foi cumprida em apenas cinqüenta e dois dias. Em contraste, a tarefa
de reforma e reavivamento do povo de Deus exigiu anos da vida e da liderança piedosa de Neemias.
O Livro de Neemias é um complemento do Livro de Esdras. Apresenta informação adicional sobre
as reformas religiosa e social que tiveram lugar em Judá e em Jerusalém da metade do século 5º a.c.
Deriva seu título atual de seu personagem principal, Neemias, cujo nome aparece em 1.1. Originalmente
unido ao livro de Esdras no texto hebraico, Neemias foi considerado como um livro separado quando
as Escrituras foram traduzi das para o latim.
Autor
fi Porque Esdras e Neemias eram considerados como um único livro no texto hebraico e porque os dois
~ livros mostram certas similaridades de estilo e ponto de vista, muitos estudiosos têm con~iderado que
- ~ ambos tenham sido originalmente compilados pela mesma pessoa, provavelmente Esdras. E importante
~ ~. notar que 1.1 descreve o conteúdo do livro como "Palavras de Neemias". Esta afirmação é confirmada
pela narrativa feita na primeira pessoa. Assim, se Esdras foi o compilador, ele supostamente estava
fazendo uma citação diretamente dos escritos de Neemias.
Neemias ocupava a alta e responsável posição de copeiro do rei Artaxerxes. Isto, evidentemente,
significava mais uma posição como conselheiro pessoal do rei, do que simplesmente um mordomo.
O fato de que mais tarde o rei o nomeou governador da Judéia, dá testemunho de sua considerável
habilidade administrativa. Freqüentemente o copeiro era também um eunuco e isto pode explicar por
que não se faz referência à família de Neemias.
Data
Neemias está intimamente associado ao ministério de seu contemporâneo, Esdras. Como sacerdote,
Esdras ajudou no trabalho de reavivamento espiritual; Neemias, como governador, ajudou na
reconstrução política e fisica, e dirigindo a reforma moral do povo. Juntos formaram uma equipe
eficiente na reconstrução do remanescente pós-exílio. Malaquias, o último profeta do Antigo
Testamento, também exerceu seu ministério durante este período provendo orientação moral e
espiritual. O Livro de Neemias focaliza os acontecimentos que circundaram o terceiro retorno do
Exílio em 444 a.C. Neernias serviu duas vezes como governador de Judá. Na primeira vez seu governo
durou doze anos (5.14), e terminou quando voltou a Babilônia (13.16). Retomou, então, a Jerusalém
"depois de alguns dias". Se o rei ainda era Artaxerxes I, como parece provável, então o segundo
período de governo de Neemias começou antes de 424 a.C., quando Artaxerxes morreu. Assim, o
livro de Neemias foi escrito, provavelmente, entre 430 e 420 a.c.
137
Neemias em Relance
POLíTICA ESPIRITUAL
TÓPICOS
CONSTRUÇÃO INSTRUÇÃO
LOCAL JERUSALÉM
19ANOS
OCASIÃO
(444 - 425 a. C.)
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Ine.
o Livro de eemias completa a narrativa histórica do povo de Deus no Antigo Testamento, cerca de
quatrocentos anos antes do nascimento do Messias prometido. Compõe-se de duas divisões que são:
a reconstrução das muralhas (caps. 1 - 13), e a restauração do povo (caps. 8 - 13).
Enquanto Esdras trata da restauração religiosa de Judá, Neemias se preocupa primordialmente com
sua restauração política e geográfica. Uma grande atenção é devotada à restauração das muralhas,
porque Jerusalém era o centro político e êspiritual de Judá. Sem as muralhas, Jerusalém dificilmente
seria considerada uma cidade.
Proeminente no livro de eemias, assim como em todo o Antigo Testamento, é o conceito do
pacto entre Deus e seu povo. O Antigo Testamento trata da história de Israel em termos de sua
fidelidade ou desobediência ao pacto. eemias 9.1 - 10.39 registra uma cerimônia de renovação
da aliança, na qual o povo se compromete a separar-se dos gentios no casamento e a obedecer
mandamentos de Deus.
A fidelidade de Deus à sua aliança é enfatizada pela extensa narrativa da construção das muralhas.
Esta reconstrução foi terminada, apesar dos consideráveis percalços contra o trabalho. A pergunta
levantada de se o rei persa permitiria tal obra, e também a oposição organizada contra Neemias em
Jerusalém, pelos dos samaritanos e amonitas. Apesar destas dificuldades quase intransponíveis, a
reconstrução foi completada em cinqüenta e dois dias, tendo os inimigos de Neemias reconhecido
que o esforço e a obra terminada tinham sido intervenção de Deus (6.15,16).
138
ESBOÇO DE NEEMIAS
- A. Reassentamento do Povo
B. Registro dos Sacerdotes e Levitas
C. Dedicação dos Muros de Jerusalém
11.1-36
12.1-26
12.27-47
D. Restauração do Povo 13.1-31
Reis Persas
Os acontecimentos narrados no livro de Esdras iniciam-se durante o reinado de Ciro (c. 538). O livro
de Neemias corresponde ao reinado de Artaxerxes I da Pérsia (465-424 a.Ci), Ester era madrasta de
Artaxerxes e é possível que ela tenha conseguido que Neemias fosse indicado como copeiro do rei.
Neemias deixou a Pérsia no vigésimo ano de Artaxerxes (2.1), retomando no trigésimo segundo ano
(13.6), deixando novamente a Pérsia em direção a Jerusalém "ao cabo de certo tempo" (13.6),
provavelmente ao redor de 425 a.c.
Xerxes!
Ciro Cambises Smerdis Daria! (Assuera) Artaxerxes ! Xerxes ll Daria"
559-530 530-522 522 522-486 486-465 465-424 424 423-404
139
Neemias, o Servo
Um servo leal e importante do rei da Pérsia, Neemias era copeiro e competia a ele proteger o rei de
ser envenenado. Seu dever de selecionar e provar o vinho real dava-lhe um constante acesso ao rei.
Neemias provou ser, também, um servo leal e importante de Deus e do povo judeu.
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"Então disseram:
Fonte de Gion Disponhamo-nos e edifiquemos.
E fortaleceram as mãos
,
.... Muros reconstruídos de acordo com
para a boa obra"
(Ne 2.18).
o relato de Neemias 3 e seguintes.
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140'
ESTER
A mão providencial e protetora de Deus em favor de seu povo fica evidente ao longo do livro de
Ester, embora o nome de Deus não apareça nem sequer uma vez. O ardil de Hamã para destruir os
• judeus representa um grave perigo para o povo de Deus e é contrariado pela coragem de Ester e pelo
conselho sábio de Mordecai, seu tio, tendo como resultado uma grande libertação. A festa judaica do
Purim se transforma em uma recordação anual da fidelidade de Deus em favor do seu povo.
Autor
Embora o texto de Ester não especifique a identidade de seu autor, seu conhecimento dos costumes
~ persas, o palácio de Susa, e detalhes de acontecimentos durante o reinado de Assuero, indicam que o
~ autor viveu na Pérsia durante este período. O óbvio nacionalismo e conhecimento do povo judaico
~
~ sugerem também que o autor era judeu. Os nomes de Esdras e Neemias têm sido sugeridos como
~
possíveis autores, mas o estilo de Ester difere radicalmente de ambos, e qualquer identificação precisa
é meramente especulativa.
Data
Os aéontecimentos ocorridos em Ester tiveram lugar entre 483 - 473 a.c. e localizam-se entre os
-
~.
capítulos 6 e 7 de Esdras, entre o primeiro retomo liderado por Zorobabel e o segundo liderado por
Esdras. O fato de o autor mencionar o rei Assuero no passado (1.1), sugere que o livro deve ter sido
escrito durante o reinado de Artaxerxes I (465-424 a.C.) Lingüisticamente, Ester pode ser datado
durante a última metade do quinto ou no início do quarto século antes de Cristo.
141
-
•....•..
Ester em Relance
~
ÊNFASE AMEAÇA AOS JUDEUS TRIUNFO DOS JUDEUS
LOCAL PÉRSIA
V'
b.~'
<;,{o
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~ ~ L- ~ ~I. .
o tema do jejum é muito importante em Ester. Um total de dez banquetes é mencionado e acontecimentos
importantes para a história acontecem durante estas festas (por exemplo, a desobediência de Vasti, a
tentativa de Ester salvar seu povo e o desmascaramento e condenação de Hamã). Este tema do banquete
serve para realçar 11mpropósito importante do livro. A explicação da origem da festa judaica
do Purim (9.18-32).
ESBOÇO DE ESTER
~~~
e ~.
~:de3.-,.-.
Costumes Persas no Livro de Ester
o Livro de Ester registra acontecimentos ocorridos durante o reinado de Assuero (Xerxes) no século
5º a.C., no palácio de Susa, capital administrativa do império persa. Depois da morte de Dario I (o rei
persa que permitiu que qualquer judeu que desejasse voltar à sua terra natal poderia fazê-lo), seu
filho Assuero tomou-se rei. Assuero ficou insatisfeito com sua rainha, Vasti, baniu-a e casou-se com
Ester.
As festas reais persas eram famosas por seu esplendor e opulência. Ester comenta o costume persa de
comer reclinado em colchões ou almofadas. Todos os utensílios de mesa eram feitos de ouro, "vasos
de várias espécies" (1.7).
Leis especiais protegiam o rei persa. Ester 1.14 menciona sete príncipes que "se avistavam
pessoalmente com o rei". Eram os mais importantes entre os nobres, que serviam como conselheiros
do rei. Apenas a pessoa convocada pelo rei podia visitá-lo, um costume que indicava sua realeza,
bem como o protegia contra possíveis assassinos. Ester teve medo de ir falar a Assuero sem ser
chamada, pois o castigo para isto era a morte (4.11).
O império persa orgulhava-se de um sistema postal bem organizado (3.13). O anel do rei possuía um
sinete com o qual os documentos oficiais eram assinados. Na Pérsia antiga, os documentos eram
selados de duas formas: com o sinete do anel real, se os documentos fossem escritos em papiro. Ou
com um selo cilíndrico, se fossem escritos sobre tabletes de argila. Entre os objetos escavados na
cidade real de Persépolis encontrou-se um selo cilíndrico que pertenceu ao rei Xerxes.
Ester refere-se, também, "às leis dos Medos e dos Persas" (1.19). Esta frase demonstra a natureza
férrea das teis que governavam o império persa. Uma vez promulgada, a lei não podia ser mudada,
nem mesmo pelo próprio rei.
Ester foi uma das importantes mulheres do Antigo Testamento, uma judia cativa na Pérsia que salvou
seu povo da destruição planejada pelo intrigante Hamã (Et 1-10).
Outras mulheres importantes no Antigo Testamento foram:
Festas Judaicas
"As três festas principais, para as quais todo varão em Israel deveria comparecer ao Templo em Jerusalém (Êx 23.14-19)
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts 1993 by Thomas elson, lnc.
144
LITERATURA DE
SABEDORIA
j
A seção do Antigo Testamento conhecida como Literatura de Sabedoria compreende os livros de Jó,
Provérbios e Eclesiastes, bem como alguns Salmos. A palavra hebraica para Sabedoria poderia ser
traduzida como "arte de viver," pois os judeus consideravam a sabedoria em termos muito práticos.
esta literatura fornecia orientação para o comportamento moral da vida diária.
A literatura sapiencial hebraica, em contraste com os escritos de sabedoria de outras culturas, era
centralizada em Deus. "O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria
e o ensino" (Pv 1.7).
Diferentemente, a literatura sapiencial egípcia, por exemplo, focalizava a sabedoria dos antigos
sábios e a disciplina pessoal para aceitar as dificuldades da vida.
A literatura de sabedoria no Antigo Testamento se divide em três categorias mais amplas: (1)
Provérbios populares que expressam verdades práticas; (2) ditos ou parábolas com um sentido espiritual;
(3) discussões sobre os problemas da vida.
Salomão, sucessor de Davi no trono de Israel, era reconhecido por sua sabedoria. Deus apareceu a
ele num sonho no início de seu reinado e lhe perguntou que dádiva gostaria de receber acima de
qualquer outra (lRs. 3.3-15). Salomão escolheu a sabedoria. Evidentemente, muitas das máximas
que encontramos no livro de Provérbios são de sua autoria.
145
Jó
Ambientado no período dos patriarcas, o livro de Jó conta a história de um homem que perde tudo-
riqueza, família e saúde - e luta com a pergunta: Por quê? O livro inicia com um debate celestial
entre Deus e Satanás e se desenvolve em três ciclos de debates terrenos entre Jó e seus amigos,
concluindo com um dramático diagnóstico divino a respeito dos problemas de Jó.
O nome "Jó" aparece em textos antigos do Oriente Próximo identificando um sábio lendário. Uma
vez que não existe nenhuma identificação genealógica de Jó, alguns estudiosos crêem que o autor
utilizou um personagem ficticio para estabelecer uma importante verdade teológica. Entretanto,
considerando-se o padrão normal da Bíblia de basear a revelação em eventos históricos, tal
possibilidade é questionável.
Autor
O texto de Jó não revela a identidade de seu autor, mas o conteúdo do livro revela que ele era um
~
f{
~
~
pensador profundo que trata do problema mais dificil e essencial da existência humana, sob uma
perspectiva espiritual madura. O autor era, também, uma pessoa de educação elevada e bem
familiarizada com os temas e com a natureza da literatura de sabedoria, e com as culturas de outros
~
países.
Data
Jó envolve duas questões quanto à data: a da ambientação do livro e a de sua composição.
Embora não seja possível determinar a data precisa dos eventos, vários fatores indicam o período
patriarcal (2000 a 1800 a.C.): a ausência de referência à história de Israel ou a à lei bíblica; a
longa vida de Jó, com mais de cem anos (42.16); e a consideração da riqueza de Jó em termos
de rebanhos (1.3).
As sugestões para data de composição do livro variam desde da era patriarcal até o período
pós-exílio. Atualmente, a maioria dos estudiosos data o livro entre a era salomônica e o exílio,
e alguns pontos de contato entre Jó e Isaías sugerem que ambos talvez tenham sido escritos
na mesma ocasião.
146
~_.
a confiar na bondade e no poder de Deus mesmo na adversidade, aprofundando sua concepção e
seu conhecimento pessoal de Deus.
Já reconhece um redentor (19.25-27) e clama por um mediador (9.33; 25.4; 33.23). O livro levanta
perguntas e questões que são perfeitamente respondidas em Cristo, o qual se identifica com nossos
sofrimentos (Hb 4.15). Cristo é a Vida, o Redentor, o Mediador e o Advogado do crente.
JÓ em Relance
LIVRAMENTO
ÊNFASE DILEMADEJÓ DEBATES DE JÓ
DEJÓ
DIVISÃO
~ PRIMEIRO SEGUNDO TERCEIRO DEFESA SOLUÇÃO CONTROVÉRSIA
ENTREDEUSE CICLO DE CICLO DE CICLO DE FINAL DEJÓ DEELlÚ ENTRE
SATANÁS DEBATES DEBATES DEBATES DEUSEJÓ
TÓPICO
PERíODO PATRIARCAL
OCASIÃO (c. 2000 a. C.)
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(Não incluindo as profecias não cumpridas quando estes livros foram escritos)
147
Esboço de JÓ
I. A Situação de Jó 1.1-5
11. Primeiro Assalto de Satanás 1.6-22
111. Segundo Assalto de Satanás 2.1-10
IV. Chegada dos Amigos de Jó 2.11-13
Grande parte dos diálogos que aparecem em Jó referem-se ao relacionamento existente entre obediência
fiel da pessoa humana e bênção divina. Tanto Satanás como os amigos de Jó afirmam uma correlação
direta entre estas duas premissas - Satanás argumenta que a bênção divina produz obediência humana,
enquanto os amigos de Jó argumentam que a obediência recebe as bênçãos de Deus e a desobediência
merece o castigo. Diferentemente destes pontos de vista falsos, o livro de Jó ensina que alguns
sofredores são santos, que Deus é sempre digno do amor e do culto prestado por suas criaturas, quer
ele as abençoe quer não, e que Deus sempre tem um propósito ao permitir o sofrimento, embora
possamos nunca chegar a compreendê-lo.
SATANÁS AMIGOS
OU OU
SE Já não for abençoado por Deus, SE Já for infiel, ENTÃO ele será punido.
ENTÃO ele será infiel.
(Satanás acusou Deus de subornar seus seguidores.)
A Objecão
, '
de Deus a jÓ
-A resposta verdadeira ao problema do sofrimento humano e a soberania divina são encontradas nas
palavras de Deus no final do livro de Jó. Estes discursos são, muitas vezes, mal interpretados, como
se Deus estivesse meramente intimidando Jó e exigindo uma submissão sem realmente oferecer
uma resposta. O arrependimento de Já é conseqüência de seu reconhecimento da infinita grandeza
de Deus e de sua própria finitude humana. Uma explicaçào humana e final da compatibilidade entre
soberania e bondade divinas, e a existência do sofrimento humano, nào pode ser alcançada devido à
limitação do conhecimento humano e ao real caráter e extensão do poder de Deus sobre sua criação,
Mas também não se pode afirmar que as duas realidades sejam incompatíveis. Jó, finalmente, encontra
descanso na percepção de que, embora os caminhos divinos sejam às vezes incompreensíveis, podemos
sempre confiar em Deus.
149
SALMOS
o Livro dos Salmos é o maior e, possivelmente, o mais utilizado livro da Bíblia. Salmos explora toda
a gama das experiências humanas de forma muito pessoal e prática. Escrito ao longo de um extenso
\Ç:".",,~,~- , período da história de Israel, a imensa amplitude de temas abrangidos em Salmos inclui tópicos
;'~ ~ '" A
como: júbilo, guerra, paz, culto, julgamento, profecia messiânica, louvor e lamento. Foram escritos
~ 3.-__ ~ _
para serem acompanhados por instrumentos de corda e serviamcorno hinário do templo de Jerusalém
e como um guia devocional para o povo judeu.
O livro de Salmos foi coletado e composto gradualmente e era conhecido como Sepher Tehillim
(Livro de Louvores) pois quase todos eles contêm uma nota de louvor a Deus. A Septuaginta (Antigo
Testamento Grego) usa, como título para este livro, o termo grego Psalmoi, significando poemas
cantados com acompanhamento de instrumentos musicais e esta palavra se tomou base para os
termos "Saltério" e "Salmo" em português.
Autor
Nenhum outro livro da Bíblia tem tantos autores diferentes. Setenta e três salmos são atribuídos a
~
f(
~
~
Davi na inscrição ou cabeçalho, e outros dois adicionais são atribuídos a Davi no Novo Testamento.
Além dos setenta e cinco escritos por Davi, doze são atribuídos a Asafe, um sacerdote que dirigia o
serviço de música. Dez foram escritos pelos filhos de Coré, um grupo ou associação de cantores e
~
compositores, e outros foram atribuídos a Salomão e Moisés.
Cinqüenta salmos são anônimos, embora alguns destes sejam atribuídos a Esdras.
Data
Os Salmos eram, originalmente, poemas individuais. Com o passar do tempo foram colecionados
para formar pequenos livros, e o Livro de Salmos, em sua forma atual, compreende cinco destes
livros menores. O mais antigo salmo individual é, provavelmente, o de Moisés (SI 90); o mais
recente é, possivelmente o Salmo 137, que não poderia ter sido escrito antes do 6º século a.C.
Embora muitos salmos tenham sido escritos e coletados durante a era davídica, ou imediatamente
após, a compilação final dos Salmos provavelmente não foi completada até a segunda metade do
século 5º a.c., durante o tempo de Esdras e eemias (450-425 a.C.)
O Saltério, na realidade, é formado de cinco livros e cada um deles termina com uma doxologia. Vários
sistemas de classificação de tipos de salmos foram desenvolvidos, freqüentemente baseados no conteúdo
ou na situação histórica particular de cada salmo. É comum falarmos de salmos de lamento ou súplica,
salmos de ação de graças, salmos de entronização, salmos de romagem ou peregrinação, salmos reais,
salmos de sabedoria, e salmos imprecatórios (veja página 154).
A poesia dos salmos é inigualável. A característica mais evidente da poesia hebraica é o
paralelismo, o relacionamento entre uma linha ou verso com a outra. Quatro dos mais importantes
150
tipos de paralelismo hebraico são: (1) paralelismo sinônimo, no qual a segunda linha de uma
parelha de versos repete a idéia da primeira (por ex, 3.1; 24.1); (2) paralelismo antitético, no
qual o pensamento da segunda linha é contrastado com o da primeira (por ex, 1.6; 90.6); (3)
paralelismo sintético, no qual a segunda linha representa um desenvolvimento do pensamento
iniciado na primeira linha (por ex, 1;1; 19.7); (4) paralelismo emblemático, onde a segunda
linha ilustra o pensamento da primeira, muitas vezes com o uso de um sími1e (por ex. 42.1). \
Nove salmos são alfabéticos ou acrósticos (SI 9,10,25,34,37,111,112,119,145). Nos salmos
acrósticos cada linha sucessiva ou grupo de linhas começa com a letra seguinte do alfabeto
hebraico. O exemplo clássico de um poema acróstico é o salmo 119, no qual os oito versos de
cada estrofe começam com a mesma letra.
Salmos em Relance
LIVRO LIVRO I (1-41) LIVRO II (42-72) LIVRO 111 (73-89) LIVRO IV (90-106) LIVRO V (107-150)
AUTOR
DAVI DAVI ECORÉ ASAFE ANÔNIMOS DAVI E ANÔNIMOS
PRINCIPAL
NÚMERO DE
41 31 17 17 44
SALMOS
CONTEÚDO CÂNTICOS DE
HINOS DE INTERESSE NACIONAL ANTíFONAS DE LOUVOR
BÁSICO ADORAÇÃO
SEMELHANÇA
GÊNESIS: ÊXODO: LEVíTICO: NÚMEROS: DEUTERONÔMIO:
DE ASSUNTO
HOMEM E LIVRAMENTO E CULTO E DESERTO E ESCRITURA
COMO
CRIAÇÃO REDENÇÃO SANTUÁRIO PEREGRINAÇÃO E LOUVOR
PENTATÊUCO
DOXOlOGIA
41.13 72.18,19 89.52 106.48 150.1-6
FINAL
POSSíVEL
DAVI EZEQUIAS OU JOSIAS ESDRAS OU NEEMIAS
COMPilADOR
POSSíVEL
DATA DE C. 1020-970 a. C. C. 970-610 a. C. ATÉ 430 a. C.
COMPilAÇÃO
PERíODO DE
CERCA DE 1000 ANOS (c. DE 1410- 430 a. C.)
COMPOSiÇÃO
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Ine.
,
151
ESBOÇO DE SALMOS
Livro Um: Salmos 1 - 41
1. Contraste entre Dois Modos de vida 22. Salmo da Cruz
2. Coroação do Ungido do Senhor 23. Salmo do Pastor Divino
3. Vitória por causa da Derrota 24. Salmo do Rei da Glória
4. Oração da Tarde por Livramento 25. Oração Acróstica para Instrução
5. Oração da Manhã por Orientação 26. "Examina-me, ó Senhor, e Prova-me"
6. Oração Pedindo a Misericórdia de Deus 27. Confie no Senhor e não Fique com Medo
7. Impiedade Justamente Punida 28. Júbilo pela Oração Respondida
8. A Glória de Deus e o Domínio do Homem 29. A Voz Poderosa de Deus
9. Louvor pela Vitória sobre os Inimigos 30. Louvor por um Livramento Dramático
10. Petição pelo Julgamento de Deus 31. "Tenham Bom Ânimo"
11. Deus Testa os Filhos dos Homens 32. A Bênção do Perdão
12. As Palavras Puras do Senhor 33. Deus Considera o Trabalho das Pessoas
13. Oração à Resposta de Deus - Agora 34. Busquem ao Senhor
14. As Características dos Ímpios 35. Petição pela Intervenção de Deus
15. As Características do Justo 36. A Excelente Misericórdia de Deus
16. Vida Eterna para Aquele que Confia 37. "Descanse no Senhor"
17. "Esconde-me sob a Sombra das Tuas Asas" 38. O Fardo Pesado do Pecado
18. Ação de Graças pelo Livramento Dado por Deus 39. Conheça a Medida da Vida do Homem
19. As Obras e Palavras de Deus 40. Tenha Prazer em Fazer a Vontade de Deus
20. Não Confiem em Carros nem Cavalos, mas em Deus 41. A Bênção de Ajudar os Pobres
21. Triunfo do Rei
152
Livro Quatro: Salmos 90-106
90. "Ensina-nos a Contar os Nossos Dias" 99. "Exaltem ao Senhor Nosso Deus"
91. Habitando "à Sombra do Onipotente" 100. "Sirvam ao Senhor com Alegria"
92. Bom É Louvar ao Senhor 101. Compromissos de uma Vida Santa
93. A Majestade de Deus 102. Oração de um Santo Aflito
94. Vingança Pertence Somente a Deus 103. Todo o Povo, Bendiga ao Senhor
95. Chamada à Adoração 104. Salmo Recordando a Criação
96. Declarem a Glória de Deus 105. Lembrem-se, Deus Cumpre suas Promessas
97. Alegrem-se! O Senhor Reina! 106. "Nós Pecamos"
98. Cantem um Cântico Novo ao Senhor
Tipos de Salmos
Partes do livro eram usadas como hinário nos serviços de culto do antigo Israel. O Livro contém 150
salmos individuais que podem ser agrupados nos seguintes tipos ou categorias:
2. Salmos de Ação de Graças rendem louvor a Deus por seus atos graciosos. Este tema ocorre nos
salmos 8; 18; 19;29;30;32-34; 36;40;41;66; 103-106; 111; 113; 116; 117; 124; 129; 135; 136;
138; 139; 146 - 148 e 150. Todas as orações que fazemos deveriam incluir uma palavra de ação de
graças. Estes salmos nos fazem conscientes das bênçãos de Deus e nos ensinam a expressar nossa
gratidão com sentimento e convicção.
I
153
/
3. Salmos de Entronização, referem-se ao governo soberano de Deus. Salmos deste tipo são: 47;
93 e 96 - 99. Por meio destes salmos reconhecemos a Deus como Criador poderoso e Senhor
soberano sobre toda sua criação.
4. Salmos de Peregrinação ou Romagem, que eram cantados pelos adoradores em sua viagem para
Jerusalém para participar das festas judaicas. Entre os salmos de peregrinação temos: 43; 46; 48; 76;
84; 87 e 120 - 134. Estes salmos nos auxiliam a estabelecer um ambiente de culto reverente.
5. Salmos Reais, que retratam o reino do rei terreno e também do Rei Celestial
IMAGENS DE DEUS
de Israel. Este tema é evidente nos salmos 2; 18; 20; 21; 45; 72; 89; 101; 110; NOS SALMOS
132; 144. Estes salmos nos ajudam a perceber a necessidade diária que temos
Imagens de Deus Referência nos
de reconhecer a Cristo como o soberano senhor de nossas vidas. como Salmos
Salmos Messiânicos
Muitos Salmos antecipam especificamente a vida e o ministério de Jesus Cristo, o Filho de Davi, que
veio séculos mais tarde como o Messias prometido. As profecias messiânicas nos Salmos tomam
formas variadas e se referem a Cristo de várias maneiras: (1) Típico Messiânico. O assunto do Salmo
é,.de alguma forma, um tipo de Cristo (veja, por exemplo, SI 34.20; 69.4, 9); (2) Típico Profético. O
Salmista usa a linguagem para descrever sua experiência presente, a qual aponta para além de sua
própria vida e torna-se historicamente verdadeira em Cristo (por exemplo, SI 22); (3) Indiretamente
Messiânico. No tempo em que foi composto, o Salmo se refere a um rei, ou à casa de Davi em geral,
mas espera o cumprimento final em Cristo (por exemplo, SI 2; 45; 72). (4) Puramente Profético.
Refere-se somente a Cristo, sem referência a qualquer outro filho de Davi (por exemplo, SI 110). (5)
Entronização. Antecipa a vinda de Javé e a consumação de seu reino, que será cumprida na pessoa
de Cristo (por exemplo, Salmos 96 - 99).
22.18 Sorte lançada sobre a túnica Mt 27.35,36 110.1 Domina sobre seus inimigos Mt 22.44
34.20 Ossos não quebrados Jo 19.32,33,36 110.4 Sacerdote eterno Hb 5.6
-
35.11 Acusado por falsas testemunhas Mc 14.57 118.22 Principal pedra edifício de Deus Mt 21.42
.-
35.19 Odiado sem razão . Jo 15.25 118.26 Vem em nome do Sentior Mt 21.9
40.7,8 Tem prazer na vontade de Deus Hb 10.7
154
PROVÉRBIOS
Provérbios apresenta instruções detalhadas de Deus para que seu povo possa enfrentar com sucesso
as tarefas da vida diária: como relacionar-se com Deus, com os pais, filhos, vizinhos, e com o governo.
Salomão, o principal autor, usa uma combinação de poesia, parábolas, perguntas enérgicas, pequenas
histórias, e máximas de sabedoria para dar, de forma surpreendentemente memorável, o senso comum
e a perspectiva divina necessários para enfrentar os desafios da vida.
Porque Salomão, o protótipo do sábio em Israel, foi aquele que contribuiu de forma principal na
formação do livro, o título hebraico é Mishle Shelomon ("Parábolas de Salomão"). O título português
do livro é derivado do latim Liber Proverbiorum, ou "Livro de Provérbios".
Autor
O nome de Salomão aparece no início de três seções escritas por ele. capítulos 1 - 9; 10.1 - 22.16;
capítulos 25 - 29. De acordo com 1Rs 4.32, Salomão proferiu três mil provérbios, dos quais cerca de
~ ' 800 estão incluídos em Provérbios. É provável que Salomão tenha coletado e editado outros provérbios
~ além dos seus próprios (Ec 12.9).
~ Provérbios 22.17 - 24.34 é constituído das "palavras do sábio" (22.17; 24.23). Alguns destes ditos
são muito semelhantes aos encontrados no texto Sabedoria de Amenemope, um documento de
ensinamentos para o serviço civil escrito por um egípcio que viveu provavelmente entre os anos
1000 e 600 a.c. É possível que a tradição de sabedoria egípcia tenha emprestado certos aforismos da
literatura hebraica. Além disso, Provérbios inclui oráculos escritos por pessoas desconhecidas como
Agur, filho de Jaque (30.1), e o rei Lemuel (31.1).
Data
Os provérbios de Salomão foram escritos antes de 930 a.c. e seus provérbios contidos nos capítulos
25-29, foram coletados por Ezequias cerca de 230 anos mais tarde. Portanto, partes do livro foram
compiladas durante o reinado de Ezequias e uma data razoável para sua composição final seria
durante o século 5º a.c.
Este tipo de literatura não era exclusivo de Israel, podendo ser encontrado em outros países do antigo
Oriente Próximo. No Egito podem ser encontrados exemplares escritos tão antigos quanto 2700 a.C.
Embora o estilo fosse semelhante ao da literatura de sabedoria de Israel, os provérbios e ditos destes
países diferiam em conteúdo dos escritos de Israel, pois não apresentavam o caráter e os padrões de
retidão do Senhor.
155
Provérbios em Relance
PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS
PROPÓSITO DOS PROVÉRBIOS PALAVRAS PALAVRAS
ÊNFASE PARA A DE SALOMÃO
PROVÉRBIOS DE SALOMÃO DEAGUR DE LEMUEL
JUVENTUDE (EZEQUIAS)
PRIMEIRA SEGUNDA
PROPÓSITO EXORTAÇÕES PROVÉRBIOS ESPOSA
DIVISÃO COLEÇÃO DE COLEÇÃO DE
ETEMA DE UM PAI NUMÉRICOS VIRTUOSA
SALOMÃO SALOMÃO
LOCAL JUDÁ
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Cliarts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
Provérbios é um dos poucos livros bíblicos que proclama claramente seu propósito: conferir
discemimento moral e discrição (1.3-5) e desenvolver clareza mental e percepção (1.2,6). A "sabedoria"
da qual Provérbios fala é literalmente "arte" de viver. Sabedoria é mais que perspicácia ou inteligência.
Ao contrário, refere-se a uma retidão prática e agudeza moral. Provérbios trata da mais fundamental
de todas as habilidades: retidão prática diante de Deus em todas as áreas da vida.
Típico dos escritos de sabedoria no antigo Oriente Próximo, muitos provérbios parecem ter surgido
no ambiente doméstico. O termo "filho" ocorre em quarenta e quatro versículos, "pai" em quinze, e
"mãe" em onze. Maridos e esposas são admoestados a se unirem alegremente em união claramente
monogâmica (apesar da poligamia praticada na ocasião, especialmente por Salornão). Ambos os
pais são orientados a participar da educação das crianças e a nutri-Ias na fé. Pecados que atacam a
boa ordem do lar são diretamente denunciados.
Em Deus (v. 22) Prudência (vs 5,12) Produz riquezas e honra (v. 18)
Desde a eternidade (v. 23) Compreensão (v. 5) Mais valiosa que ouro e prata (v. 19)
Antes de todas as coisas (vs 23 - 31) Coisas excelentes (v. 6) O sábio é abençoado (v. 32, 34)
Verdade (v. 7) O sábio encontra a vida (v. 35)
Ódio à iniquidade (v. 7) O tolo ama a morte (v. 36)
Justiça (v. 8)
Conhecimento (v. 12)
Discrição (v. 12)
Temor do Senhor (v. 13)
J56
Muitos provérbios apresentam um contraste entre sabedoria e estultícia. Sabedoria é preferível a
estultícia por causa de sua origem divina e dos ricos beneficios. Há tipos diferentes de tolos,
compreendendo desde aqueles que são ingênuos e sem compromissos, até os escarnecedores que
arrogantemente desprezam o caminho de Deus.
Em Provérbios capo 8 a sabedoria é personificada e vista em sua perfeição. Ela é divina (8.22-31), é
a fonte da vida biológica e espiritual (8.35,36), é justa e moral (8.8,9), e está disponível a quantos
desejarem recebê-Ia (8.1-6, 32-35). Esta Sabedoria toma-se encarnada em Cristo "em quem todos
os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Cl 2.3; cf. 1Co 1.30).
ESBOÇO DE PROVÉRBIOS
157
Mestres Notáveis nas Escrituras
Moisés Reconhecido como o líder de Israel que primeiro ensinou a Lei de Deus
(Dt 4.5).
Bezalel e Aoliabe Dois artesãos peritos que foram dotados e chamados para ensinar
outros na construção do tabernáculo (Êx 35.30-35).
Salomão Conhecido por sua ilustre sabedoria, ensinou sobre vários temas,
incluindo literatura, botânica e zoologia (1 Rs 4.29-34).
Barnabé Um dos professores entre os crentes de Antioquia (At 13.1) o qual teve
um forte impacto sobre Saulo depois de sua conversão à fé (At 9.26-30).
Gamaliel Renomado rabino judeu que foi professor de Saulo durante sua
juventude (At 22.3).
Paulo Talvez o mais talentoso professor da igreja primitiva, conhecido por ter
ensinado ao mundo romano, especialmente em Antioquia (At 13.1)
e na escola de Tirano, em Éfeso (19.9).
158
ECLESIASTES
Eclesiastes é um livro profundo e difícil. Registra uma intensa busca de sentido e satisfação na vida
sobre a terra, especialmente em vista de todas as injustiças e aparentes absurdos que nos rodeiam.
O nome Eclesiastes é derivado da palavra grega ekklesia ("assembléia") e significa "aquele que se
dirige a uma assembléia". Este termo grego traduz o título hebraico Qoheleth, que é muitas vezes
traduzido como "Pregador" ou "Professor" em português.
Autor
Em razão das palavras iniciais do livro ("Palavras do Pregador, filho de Davi, rei de Jerusalém").
Eclesiastes tem sido creditado, tradicionalmente, a Salomão, acreditando-se que ele o tenha escrito
~ em sua velhice. O tom pessimista que pervade o livro estaria em consonância com o estado espiritual
~. ~~ de Salomão nesta ocasião (veja 1Rs 11). Muitos especialistas, entretanto, datam o livro de um
período posterior por causa do caráter do hebraico (que parece ser do período exílico ou pós
exílico) e por causa do problema teológico apresentado por um Salomão apóstata escrevendo
Escritura Sagrada. Se não foi Salomão quem compôs o trabalho, ele talvez tenha surgido no tempo
de Esdras (c. 450 a.C.).
Data
-
~ A questão da data de Eclesiastes está relacionada com a identidade de seu autor (veja a cima).
O caráter literário de Eclesiastes é complexo. Parece ser uma coleção de vários tipos de literatura, todos
argumentando sobre o mesmo ponto. Temos ditos de sabedoria (provérbios), bem como seções que são
reflexivas e meditativas. Um terço do livro é poesia, mas há passagens narrativas também.
Eclesiastes é extremamente difícil para sintetizar e esboçar, tendo várias abordagens alternativas sido
propostas. Um esquema de três partes é o que adotamos aqui: (1) a tese de que tudo é vaidade (1.1-11),
(2) a prova de que tudo é vaidade (l.l2 -6.12), e (3) o conselho para viver com a vaidade (7.1-12.14).
O propósito de Eclesiastes é demonstrar a tese de que "Tudo é vaidade" (1.2). Isto representa um
contraste com o livro de Provérbios, no qual uma confiança otimista afirma que a vida é
fundamentalmente lógica e consistente em que escolhas sábias produzem bons resultados, enquanto
escolhas tolas produzem maus resultados. Eclesiastes reconhece que, freqüentemente, a vida não
funciona desta maneira. Eclesiastes não representa uma simples contradição a Provérbios, mas
suplementa-o com uma perspectiva diferente, embora igualmente necessária. Há mistérios
inexplicáveis na vida que desafiam soluções fáceis. Apesar das perguntas não respondidas, ainda é
melhor temer a Deus, guardar os seus mandamentos e assim gozar a vida (3.12; 12.13).
Ao deixar alguns problemas difíceis sem resolver, Eclesiastes coloca perguntas profundas a respeito
do sentido e coerência da vida, questões que, em última análise, apenas podem ser respondidas em
Jesus Cristo, pois somente Cristo pode oferecer uma satisfação plena, alegria e sabedoria.
159
Eclesiastes em Relance
CONCLUSÃO:
INTRODUÇÃO ILUSTRAÇÕES PROVA PROVA NFRENTANDO CONSELHO
DIVISÃO TEMAM E
À DA DAS DA UM PARA A
OBEDEÇAM
VAIDADE VAIDADE ESCRITURAS OBSERVAÇÃO MUNDO MAU INCERTEZA
ADEUS
TÓPICO
Nelson :\. Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thornas Nelson, Ine.
ESBOÇO DE ECLESIASTES
160
I. Enfrentando um Mundo Mau 7.1-9.18
A. Contraste entre Sabedoria e Tolice 7.1-14
B. Sabedoria da Moderação 7.15-18
C. Força da Sabedoria 7.19-20
D. Submissào à Autoridade 8.1-9
E. Incapacidade de Compreender Todos os Atos de Deus 8.1 0-17
F. Todos os Homens São Julgados 9.1-6
G. Goze a Vida Enquanto É Tempo 9.7-12
H. O Valor da Sabedoria 9.13-18
o autor termina seu livro afirmando que existe um Deus que pedirá contas dos nossos feitos durante a
vida. A 'lida "debaixo do sol" será julgada de uma perspectiva celestial. Assim termina o livro com uma
nota positiva e estimulante. Por causa de nossa responsabilidade de prestar contas perante Deus, o curso
·de nossas vidas tem um significado eterno. Apesar da aparente futilidade que freqüentemente encontramos
em nossa observação e experiência da vida, o autor exorta seus leitores a compreender pela fé, a soberania,
bondade e justiça de Deus e a gozar todas as facetas da vida como uma dádiva que vem de suas mãos.
Examine tabela "O Caminho da Sabedoria" abaixo:
o Caminho da Sabedoria
Sem Deus "tudo é vaidade".
o Cântico dos Cânticos é uma canção de amor pródiga em metáforas e figuras orientais. Conta o
namoro e casamento de uma pastora com o rei Salomão e as alegrias e angústias do amor conjugal.
O livro é arquitetado como cenas de um drama com três oradores principais: a noiva, o rei e um coro
(das filhas de Jerusalém).
Baseado no seu primeiro verso, o livro é conhecido como "Cântico dos Cânticos" ou "Cântico de
Salomão". Em latim ele é chamado Canticles, que significa "Canções".
Autor
@/
~_
É tradicionalmente atribuído a Salomão, embora alguns rejeitem a autoria Salomônica e considerem
a frase "de Salomão" como uma dedicação e não como uma designação de autoria. Se Salomão for
~ ~ o autor, o livro representa um dos 1005 cânticos que sabemos ser sua composição (lRs 4.32).
Data
A autoria salomônica exige que ele sej a datado dentro do século 1Oº a.C. A tradição judaica considera
o livro como produto da juventude ae Salomào (cf. 6.8), antes da excessiva multiplicação de esposas
e concubinas por razões de expediente político ou indulgência sensual. Aqueles que rejeitam a autoria
sa:lomônica, datam o livro do período pós-exílio argumentando que a construção gramatical do hebraico
sugere uma data de origem relativamente tardia.
Qualquer que seja a data exata de composição, Cântico dos Cânticos reflete o ambiente da era de
Salomão, sendo a glória do período salomônico essencial para o simbolismo do trabalho.
162
seu significado nominal (ao pé da letra). Alguns, que aceitam esta interpretação, admitem que o
poema é meramente uma canção de amor popular no que há de melhor, sem qualquer lição espiritual
ou conteúdo teológico, mas uma interpretação literal não precisa significar que o livro não tem
qualquer ilustração ou aplicação espiritual.
O poema também pode ser entendido como uma demonstração do relacionamento ideal de amor no
casamento, apresentando, neste caso, uma teologia divina do casamento expressa no amor entre
marido e mulher no aspecto fisico.
TÓPICOS
LOCAL ISRAEL
OCASIÃO c. de 1 Ano
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
C,.
s\)\) '1J.'
(§'1J.s
<Ç.s
~----------------~------~--------------~I..
163
Localizações Geoeráficas
o texto de Cântico dos Cânticos menciona quinze localidades geográficas desde o Líbano e norte da
Síria ao sul do Egito. O termo "sulamita" que identifica a amada do Rei, aparece apenas em 6.13 e pode
ser um patronímico da cidade de Sunem a sudoeste do mar da Galiléia, na área da tribo de Issacar.
Veja o mapa "Localizações de Cântico dos Cânticos", abaixo:
Casais A.paixonados
Salomão e sua noiva mostram toda a afeição e romance que universalmente associamos com o estar
apaixonado (Cântico 2.6). Esta é uma das muitas histórias de amor romântico encontradas na Bíblia.
Isaque e Rebeca Um pai procura e acha uma esposa para seu filho, e o jovem casal ama profundamente
(Gn 24.1-67) um ao outro.
Jacó e Raquel Jacó trabalha para seu sogro durante 14 anos para receber Raquel como sua esposa.
(Gn 29.1-30)
Boaz e Rute Circunstâncias legais reúnem uma viúva moabita e um fazendeiro abastado de Belém,
(Rt 3-4) e deles descende um rei.
Elcana e Ana Uma mulher é amada por seu marido apesar de não ter filhos e Deus a abençoa com o
(1Sm 1 - 2) nascimento de uma criança que se torna um importante juiz em Israel.
Davi e Mical Um amor genuíno é manipulado por um rei ciumento mas, em vez de livrar-se de seu
(1 Sm 18.20-30) castigo, o governante ganha um genro.
Salomão e a Sulamita As promessas e prazeres de dois apaixonados são contados num belo poema
(Cântico dos Cânticos) romântico.
Oséias e Gomer Deus ordena ao profeta Oséias que procure sua esposa adúltera e restaure c
(Os 1.1 - 3.5) relacionamento, apesar do seu comportamento.
Cristo e a Igreja Tendo conquistado a salvação de sua noiva do pecado, Cristo a ama e serve como a
(Ef 5.25-33) seu próprio corpo, estabelecendo, assim, um exemplo para todos os maridos humanos.
Mar Mediterrâneo
Suném (6.13) •
~ .~ A ·
N ~ ~
§ Sião ou n: (1.5)
t
c:J Jerusalém (3.11)
Hesbom (7.4) e Bate-Rabim
$ Montes Mar
,§ Escabrosos Morto
<l: (2.17) RioAmom
• DESERTO
En-Gedi
(1.14)
DA ARÁBIA
164
-'
,
LIVROS PROFETICOS
Os verdadeiros profetas do Antigo Testamento eram servos leais de Deus e adversários rigorosos
da idolatria. Freqüentemente, arriscavam a vida confrontando reis e príncipes iníquos com a Palavra
de Deus, e derramando sua alma nos apelos para que os pecadores se arrependessem e voltassem
para Deus.
Em Israel, encontramos uma longa história de homens que serviram como mensageiros do Senhor à
nação e ao mundo. Abraão funcionou como profeta quando intercedeu por um pecador (Gn 20.7),
mas Moisés foi o primeiro a quem o Senhor chamou e instruiu no papel ministerial de um profeta
(Êx 3.1 - 4.17). Moisés foi, de fato, o maior profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8), e sua
experiência tomou-se paradigma para os profetas posteriores à medida que o vocabulário e os
relacionamentos da comunicação divina por meio de Moisés se tomaram padrão para as revelações
de Deus a outros profetas. Termos como "manda", "vai", "fala" e "eu estarei", eram comumente
usados pelo Senhor ao falar com um profeta, e eles mesmos freqüentemente advertiam suas audiências
dizendo. "Ouvi" porque "assim diz o Senhor".
Vários elementos caracterizavam o relacionamento entre Deus, o profeta e seus ouvintes: (1) a
autoridade do Senhor sobre ambos, o profeta e sua audiência; (2) a obediência dos profetas, embora,
algumas vezes, com um protesto inicial; (3) a autoridade dos profetas como representantes da soberania
de Deus; (4) a obrigação da audiência de escolher entre obediência ou desobediência ao pacto; (5) e
o profeta volta-se ao Senhor em forma de oração.
Os livros proféticos são, em grande parte, escritos no estilo de poesia hebraica. Embora os profetas
não expliquem a escolha que fazem do gênero poético, é provável que o tenham feito por algumas
razões: (1) a poesia fala mais poderosamente à vontade e às emoções; o objetivo dos profetas não
era simplesmente informar seus ouvintes, mas também movê-los à ação. (2) Poesia, com sua
ênfase no imaginário e no simbolismo é, as vezes, melhor que a prosa para comunicar as maravilhas
de Deus e do seu caráter, que se constituem no coração da mensagem profética. (3) a poesia pode
falar sobre o significado dos eventos futuros sem ter, necessariamente, que indicar os detalhes
literalmente.
É um erro pensarmos que a responsabilidade primária dos profetas bíblicos era predizer o futuro. Na
realidade, a predição era parte essencial da sua mensagem, mas a função primária dos profetas era
chamar o povo à obediência e à dependência total de Deus. O conteúdo das mensagens proféticas era
determinado pela aliança de Deus com seu povo e pelas circunstâncias históricas peculiares de cada
profeta. A aliança foi estabelecida para fazer de Israel uma nação santa, que adorasse apenas o
Deus único e verdadeiro. Mas, a história de Israel caracterizou-se por sua persistente rebelião contra
Deus, e tais rebeliões tinham um impacto marcante sobre como as mensagens proféticas eram
formuladas e apresentadas. Tais mensagens, muitas vezes tomavam a forma de um processo judicial
iniciado por Deus contra seu povo por quebra do pacto. Estes processos proféticos incluíam algumas
características: (1) citação para comparecer à corte divina; (2) acusações; (3) pronunciamento de
uma sentença judicial; (4) pronunciar o castigo; e, (5) promessa de restauração.
Samuel, Elias e Eliseu foram os mais importantes profetas do período dos reis (1050-586 a.c.),
embora vários outros profetas e profetisas sejam mencionados nos livros históricos. Os assim
chamados "profetas escritores" nos legaram dezesseis livros. Quatro deles - Isaías, Jeremias,
Ezequiel e Daniel - são os chamados profetas maiores. Outros doze são representados por livros
muito mais curtos e são chamados "profetas menores" - em referência à extensão de seus escritos,
e não à sua qualidade ou importância.
165
Examine a tabela "Livros Proféticos". Veja o mapa "Local de nascimento e ministério dos Profetas",
à página ao lado.
livros Proféticos
I Davi
I I
Elias I Eliseu
I
I Zorobabel I I
Esdras
I I Neemias
I
1000 a.C. 852 a.C. 500 a. C.
Judá
I
Sofonias (630)
Jonas (760)
Jeremias (627)
Naum (660)
Habacuque (607)
Lamentações (586)
Para Edom:
Obadias (840)
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166
Local de Nascimento e Ministério dos Profetas
t
estes profetas
testemunharam contra eles,
mas eles não deram ouvidos'
(2Cr 24.19).
GALlLÉIA
Mar
Mediterrâneo
SAMARIA GILEADE
Jeremias, nascido
em Anatote
JUDÁ
Mar
Morto
Amós, nascido
em Tecoa
MOABE
Isaías, Ezequiel,
Daniel, Joel,
Sofonias, Ageu,
Zacarias, Malaquias,
nascidos em Jerusalém.
167 ,l
,
ISAIAS
•
. ~.-
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., .. ' ....
Isaías tem sido chamado "o príncipe dos profetas" devido ao magnífico alcance de seu livro e maneira
poderosa como ele desenvolvia os temas de justiça e redenção, culminando nas grandes profecias
sobre o Messias e a era messiânica. Neste sentido, Isaías é como uma Bíblia em miniatura. Os
primeiros 39 capítulos são cheios de julgamento sobre o povo imoral e idólatra - tanto em Judá como
nas nações vizinhas. Porém os vinte e sete últimos capítulos declaram uma mensagem de esperança
e consolação.
O nome Isaías, do hebraico yeshaiah, significa "Javé é Salvação", um termo que resume
apropriadamente o conteúdo do livro.
Autor
Isaías, filho de Amoz, é apresentado como autor (1.1), e não existe sequer alusão a qualquer outro
~.. escritor. A unidade de Isaías tem sido objetada no período moderno por estudiosos que atribuem a
~ maior parte do material compreendido entre os capítulos 1- 39 ao próprio Isaías, mas atribuem os
~ capítulos 40 - 55 (chamado "Deutero- Isaias") a um profeta desconhecido na Babilônia,e os capítulos
56 - 66 (chamado "Trito-Isaías") a outro profeta desconhecido na Palestina (c. 460--455 a.Ci) O
argumento é de que existem significativas diferenças estilísticas, históricas e teológicas que
distinguem os capítulos 1 - 39 dos capítulos 40 - 66, e que este último grupo deve ser novamente
dividido em duas seções que reflete respectivamente um ambiente exílico e babilônico e um ambiente
palestino pós- exílio.
Embora os argumentos contra a unidade de Isaías tenham sido marcantes para alguns, outros
argumentos importantes podem, também, ser reunidos a favor da unidade do livro. Embora existam
algumas diferenças entre as duas seções, as semelhanças estilísticas ao longo do livro são maiores
que as alegadas diferenças. Entre elas incluem-se semelhanças de pensamento, imagens, ornamentos
retóricos, expressões características e colorido local. É verdade que a primeira seção é mais sóbria
e racional ao passo que a segunda é mais fluente e emocional, mas grande parte disto se deve à
diferença de assunto - à diferença entre condenação e consolação.
Porções do livro são atribuídas a um período posterior ao de Isaías, filho de Amoz, argumentando-se
que o profeta não poderia ter predito o cativeiro babilônico e a volta durante o governo de Ciro. Este
argumento, entretanto, está baseado na pressuposição dogmática de que a profecia de predição é
impossível. Tal teoria não explica a existência de profecias messiânicas cumpridas em Cristo. Depois
de tudo dito e pesado, a idéia de um único autor levanta menos dificuldades do que as teorias de
autoria múltipla.
Com boas razões, portanto, tradicionalmente tem sido mantido que Isaías, filho de Amoz, que profetizou.
em Jerusalém durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, é o autor do livro que recebe o
seu nome. O profeta, evidentemente, vinha de uma importante família judaica, e sua alta educação
pode ser constatada por meio de seu impressionante vocabulário e estilo. Isaías aparentemente mantinha
um estreito contato com a corte real, mas suas exortações contra alianças feitas com poderes
estrangeiros nem sempre eram bem recebidas. Sua esposa era uma profetisa, e ele teve pelo menos
dois filhos (7.3 e 8.3). Isaías passou a maior parte da vida em Jerusalém, e a tradição judaica diz que
seus perseguidores o serraram ao meio durante o reinado do perverso rei Manassés (cf. Hb 11.37).
'\
168
Data
o longo ministério de Isaías durou desde de cerca de 740 até 680 a.C. (1.1) e o livro de Isaías, sem
dúvida, contém escritos proféticos registrados ao longo de todo este período. O profeta começou seu
ministério no final do reinado de Uzias (790-739 a.C.) e continuou no decorrer dos reinados de Jotão
(739-731 a.C), Acaz (731-715 a.C.), e Ezequias (715-686 a.C.). Isaías sobreviveu a Ezequias por
alguns anos porque o capítulo 37.38 registra a morte de Senaqueribe em 681 a.C. Ezequias foi
sucedido em 686 por seu perverso filho Manassés, que aboliu o culto a Javé e, sem dúvida, opôs-se
ao trabalho de Isaías.
Durante o tempo de Isaías, a Assíria estava crescendo em poder sob o governo de Tiglate-Pileser que,
após suas conquistas no leste, dirigiu-se para o oeste, arrebanhando muitas nações pequenas ao
longo do Mediterrâneo, incluindo Israel, o reino do norte (722-21 a.C.) Como contemporâneo de
Oséias e Miquéias, Isaías profetizou durante os últimos anos de reino do norte, mas seu ministério
dirigiu-se ao reino do sul, que seguia após seu vizinho do norte nos pecados que cometia. Depois da
queda de Samaria e do reino do norte, o profeta advertiu Judá sobre seu julgamento, não pela Assíria,
a ameaça mais imediata, mas pela Babilônia.
Isaías em Relance
ÊNFASE PARÊNTESE
PROFECIAS DE CONDENAÇÃO PROFECIAS DE CONFORTO
HISTÓRICO
TEXTO 1.1 13.1 24.1 28.1 36.1 40.1 49.1 58.1 - 66.24
TÓPICOS
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169
J
Temas e Estrutura Literária
o livro de Isaías tem três seções principais: profecias de condenação (caps. 1- 35), um parêntese ou
interlúdio histórico (caps. 36 - 39), e profecias de conforto e consolação (caps. 40- 66).
A mensagem de Isaías é apresentada contra o pano de fundo do maior período de prosperidade de
Israel após a Época de Ouro de Davi e Salomão. Prosperidade, sucesso comercial e agrícola, além de
sucesso militar, eram acompanhados pela imoralidade, bebida excessiva, idolatria, opressão do pobre,
ganância, e a presença de falsos profetas que exploravam os desejos do povo. Em resposta a esta
situação, Isaías enfatizava. (1) salvação pela fé (7.9; 28.16; 30.15), (2) a santidade de Deus e a
necessidade de uma vida ética (6.1-8; 37.23), (3) a ofensa do pecado humano e a certeza do julgamento
divino (caps. 1 - 35), e, (4) a certeza de redenção para um remanescente fiel (1.9,19; 10.19-22; 46.3,
4; 65.5-8).
O tema básico deste livro pode ser encontrado no próprio nome de Isaías, que significa "a salvação
é do Senhor". A palavra salvação aparece vinte e seis vezes em Isaías, e apenas sete vezes em todos
os outros profetas reunidos.
De todos os livros do Antigo Testamento, apenas Salmos contém um número maior de profecias
messiânicas do que Isaías. O profeta apresenta todos os aspectos da glória e do ministério de Cristo.
sua encamação (7.14; 9.6); sua infância (7.15; 11.1; 53.2); sua maneira gentil de ser (42.2); sua
obediência (50.5); sua mensagem (61.1,2); seus milagres (35.5,6); seu sofrimento, rejeição e morte
vicária (50.6; 53.1-12); e sua exaltação (52.13).
ESBOÇO DE ISAíAS
170
'.
IV. Profecias de Julgamento e Bênção 28.1 - 35.10
A. Ai de Efraim 28.1-29
B. Ai de Jerusalém 29.1-24
C. Ai da Aliança com o Egito 30.1 - 31.9
D. Eis o Rei que Vem 32.1-20
E. Ai Saqueador de Jerusalém (Assíria) 33.1-24
F. Ai das Nações 34.1-17
G. Eis o Reino que Vem 35.1-10
171
A Vinda do Messias
Como um impressionante exemplo das muitas profecias messiânicas em Isaías, o trecho do capítulo
11.1-12 apresenta uma perspectiva precisa da vinda do Messias e seu Reino. Ele deveria ser um
descendente do rei Davi (Mt 1.1); deveria ser cheio do Espírito Santo (cf. Mt 3.16); seria um juiz
misericordioso e justo da humanidade (Ap 19.11). O reino do Messias é apresentado em termos de
seu significado universal. É caracterizado pela paz e reconciliação (Is 11.6-9), pela vinda dos gentios
ao Messias (11.10), e a reunião do remanescente fiel de Israel (11.11,12).
-
Isaías antevê as qualificações do rei ideal, cujo governo contrastaria com o reinado sombrio do rei Acaz.
O retrato permaneceu sem cumprimento até a vinda de Jesus, o Messias.
"O reino de Deus está dentro de vós", foi a sua mensagem.
O Espírito do Senhor repousará sobre ele .... 11.2 O remanescente de Israel será reunido ..... 11.11-16
Ele temerá ao Senhor .................................... 11.3 Haverá alegria na salvação de Deus ............ 12.1- 6
172
Jull!amento das Nações
AssíRIA
lÍDIA
"Naquele dia,
o Senhor castigará,
no céu,
as hostes celestes,
e os reis da terra,
na terra"
(Is 24.21).
N • Damasco
t Mar Mediterrâneo
Nebo
QUEDAR
PENíNSULA
DO SINAl
ARÁBIA
• Tema
• Dedam
Mar' Vermelho
ETIÓPIA
© 2002. Editora Cultura Cristã i
173
Cumprimento das Profecias de Isaías
PROFECIA CUMPRIMENTO
Será herdeiro do trono de Davi Foi-lhe dado o trono de Davi seu pai
(Is 9.7) (Lc 1.3233)
Ficará desfigurado pelo sofrimento Foi escarnecido pelos soldados que lhe deram uma coroa
(Is 52.14;53.2) de espinhos (Mc 15.15-19)
Fará uma expiação de sangue Derramou seu sangue para expiar nossos pecados
(Is 53.5) (1 Pe 1.2)
Levará sobre si nossos pecados e tristezas Morreu por causa de nossos pecados
(Is 53.4,5) (Rm 4.25; 1Pe 2.24 25)
Será enterrado na tumba de um homem rico Foi enterrado na tumba de José, um homem rico de
(Is 53.9) Arimatéia (Mt 27.57-60; Jo 19.38-42)
Salvará a nós que cremos nele Concedeu salvação a todos os que crêem
(Is 53.10,11) (Jo 3.16; At 16.31)
174
JEREMIAS
Autor
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rt'
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-,
o livr? declara especificamente que Jeremias é o seu autor (l.I). Ele ditou todas as profecias a seu
secretário, Baruque, desde o começo de seu ministério até o quarto ano de Jeoaquim, e as seções
. posteriores também foram compostas. Apenas o capítulo 52, um suplemento quase idêntico a 2Rs 24.18-
25.30, evidentemente não foi escrito pelo profeta.
Jeremias era filho de Hilquias o sacerdote, e vivia distante quatro quilômetros ao norte de Jerusalém,
na cidade de Anatote. Sendo sua vida uma lição objetiva endereçada a Judá, foi impedido de casar-
se (16.2). Por causa de sua mensagem indesejável sobre o julgamento divino que viria com a invasão
da Babilônia, foi ameaçado e aprisionado. O profeta sobreviveu ao cerco babilônico a Jerusalém e
foi posteriormente levado para o Egito, onde morreu.
Data
De acordo com o capítulo 36.1-3, algumas porções dos escritos de Jeremias podem ser datadas com
certa precisão no quarto ano de Jeoaquim (605 a.Ci), quando Deus ordenou ao profeta que escrevesse
as mensagens proféticas que havia declarado ao povo ao longo dos vinte anos anteriores. Este material
provavelmente corresponde aos capítulos 1-20. Os capítulos restantes contêm profecias e registros
históricos em ordem de assunto, e não cronológica, cobrindo o segundo período de vinte ou vinte e
cinco anos de seu ministério.
Jeremias foi contemporâneo de Sofonias, Habacuque, Daniel e Ezequiel, e seu ministério estendeu-
se desde cerca de 627 a cerca de 580 a.c. Há três estágios no ministério de Jeremias. De 627 a 605
a.c., ele profetizou no período em que Judá estava sendo ameaçado pela Assíria e pelo Egito. De
605 a 586 a.c., Jeremias proclamou o julgamento de Deus no tempo em que Judá foi ameaçado e
cercado pela Babilônia. De 586 até cerca de 580 a.C. ministrou em Jerusalém e no Egito depois da
queda de Judá.
175 J
j
....
Temas e Estrutura Literária
Embora Jeremias não seja facilmente organizável nem cronológica nem tematicamente, sua
mensagem básica é clara: o julgamento de Deus sobre Israel por sua rebelião e desobediência é
inevitável e inescapável. O livro pode ser dividido em quatro seções principais: o chamado do
profeta Jeremias (cap.l) profecias sobre Judá (2.1-45.5), profecias contra os gentios (46.1-
51.64), e queda de Jerusalém (cap. 52).
Conhecido como "profeta chorão", Jeremias proclamou fielmente, durante quarenta anos, a
condenação divina sobre a rebelde Judá. A simpatia e preocupação que sentia por sua nação levou-
o a entristecer-se profundamente com a rebeldia e iminente destruição de seu povo.
Muitas vezes Jeremias desejou renunciar sua missão profética por causa da dureza de sua mensagem
e da resposta hostil que provocava. Jeremias tinha a tarefa delicada e dificil de confrontar um povo
que parecia tomar-se mais insanamente confiante à medida que o perigo crescia. Eles criam que
Deus não permitiria a queda de Jerusalém porque ali estava o templo e a única religião verdadeira.
Jeremias foi ordenado a lhes dizer que os termos da aliança divina exigiam a punição por
desobediência.
A bem conhecida porção do livro sobre a nova aliança (caps. 30 - 33) reflete o interesse especial de
Jeremias pela aliança. Todos os profetas basearam sua acusações e apelos no relacionamento da
aliança existente entre Israel e Deus, mas Jeremias o faz de modo muito mais explícito. Ele não
critica o conteúdo do velho pacto, mas reconhece que ele deve ser intemalizado para ser vivido. Por
isso, profetiza a vinda de uma nova aliança que será escrita no coração do povo de Deus (31.31-34).
jeremtas em Relance
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176
ESBOÇO DE JEREMIAS
A Vocação de jeremías
Assim como muitos outros chamados proféticos (cf. Is 6), o chamado de Jeremias foi resultado de
um diálogo com Deus. Jeremias iria encontrar muitos falsos profetas, sendo importante que ele
tivesse certeza de que sua vocação tinha vindo diretamente de Deus. Embora Jeremias fosse jovem
quando Deus o chamou, a vocação dependia do poder de Deus e não de fragilidades humanas
como idade.
Veja a Tabela "O Chamado de Jeremias", abaixo:
o Chamado de jeremías
O caráter dramático do chamado de Jeremias enfatiza o princípio de que, quando Deus chama uma pessoa para uma
tarefa, ele também a prepara para realizá-Ia. Como Jeremias, apresentamos nossas fraquezas e limitações, mas
Deus promete sua presença fortalecedora. Como Jeremias, antecipamos situações perigosas, mas Deus promete nos
livrar. Deus não nos chama para uma tarefa para qual ele não seja capaz de nos ajudar a cumprir.
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178
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Jornada de jeremías no E~ito
~ Mispa~
Mar Mediterrâneo o ••Rama
~' /' •• Anatote
~I Jeru~lém
Gaza • --/. Laquis Mar Morto
•Berseba
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MOABE
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o 75Mi
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o 75 km
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I
Babilônia conquistou. Nínive, capital da Assíria, em 612 a.C., e passou rapidamente a estabelecer
controle sobre muito do antigo Oriente Médio. Derrotando os egípcios na batalha de Carquemis em
605 a.C., Nabucodonosor dirigiu-se para a Palestina, e deportou pessoas importantes, como Daniel,
para a Babilônia. O rei Jeoaquim de Judá tomou-se, assim, um vassalo dos conquistadores. Entretanto,
rejeitando os avisos de Jerernias ele se rebelou em 601 a.C. Joaquim tomou-se o próximo rei de
Judá em 597 a.c. mas foi substituído por Zedequias três meses mais tarde, quando Nabucodonosor
capturou Jerusalém e deportou Jeoaquim para a Babilônia. Zedequias foi o último rei de Judá; sua
tentativa de aliança com o Egito levou abucodonosor a ocupar e destruir Jerusalém em 586 a.c.
179
Babilônia Invade a Palestina
Mar Mediterrâneo
"Por isso,
o Senhor fez subir
contra ele o rei dos caldeus,
o qual matou seus jovens à espada,
na casa do seu santuário;
e não teve piedade nem dos jovens
nem das donzelas,
nem dos velhos
nem dos mais avançados em idade;
a todos os deu nas suas mãos"
(2Cr 36.17).
EGITO
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© 2002, Editora Cultura Cristã
180
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LAMENTACOES ,
Autor
Tradicionalmente, Lamentações tem sido atribuído ao profeta Jeremias, embora ele não seja nomeado
~ / no texto. A tradução grega do Antigo Testamento (Septuaginta) apresenta Jeremias como autor, e os
~ primeiros pais da igreja, como Origenes e Jerônimo concordaram. Sua localização atual imediatamente
~
~ após o livro de Jeremias nos textos atuais reflete este julgamento. Similaridades estilísticas entre os
~
dois livros também indicam que muito possivelmente o autor tenha sido Jeremias.
Data
o tom vigoroso e apaixonado do autor mostra o impacto forte de alguém que acabou de experimentar
os horrores da destruição da Cidade Santa e do templo. Este fato sugere um tempo logo após 586 a.
C. como sendo a data da composição.
Lamentações em Relance
DIVISÃO CIDADE ENLUTADA POVO PROSTRADO PROFETA REINO ARRUINADO NAÇÃO PENITENTE
SOFREDOR
LOCAL JERUSALÉM
OCASIÃO c. 586 a. C.
Nelson s Complete Book 01 Bible Maps and Charts ~ 1993 by Thomas elson. Inc.
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181
Temas e Estrutura Literária
Os cinco capítulos de Lamentações consistem de cinco poemas pesarosos que podem ser intitulados:
(1) a destruição de Jerusalém, (2) a ira de Javé, (3) prece por misericórdia, (4) o cerco de Jerusalém,
(5) oração pela recuperação.
Cada poema forma um capítulo e os primeiros quatro têm uma estrutura acróstica - uma forma
literária que segue o alfabeto: o primeiro verso de um grupo de versos começa com a primeira letra
do alfabeto, o segundo começa com a segunda letra, e assim por diante. aturalmente, é impossível
reproduzir-se tal estrutura numa tradução.
Os primeiros quatro capítulos (poemas) são poemas fúnebres, carregados de dor e agonia à exceção
de dois breves arroubos de fé e esperança em 3.19-42 e 3.55-60. O capítulo 5 não é tão intenso,
porém, mesmo assim o soluço de profundo sofrimento está presente. Em todo o poema podemos
aquilatar as percepções teológicas típicas de Jeremias. Contrastes marcantes e vívidas comparações
são, muitas vezes, repetidas, sendo a linguagem figurada abundante.
ESBOÇO DE LAMENTAÇÕES
o Tema da Renovação
182
EZEQUIEL
Escrito por um exilado que foi levado para a Babilônia antes do assalto final a Jerusalém, Ezequiel
usa profecias, parábolas, sinais e símbolos para dramatizar a mensagem de Deus a seu povo exilado.
Embora sejam como ossos secos ao sol, Deus os reunirá e soprará nova vida sobre a nação. O
julgamento atual será seguido pela glória futura. O nome hebraico transliterado "Ezequiel", significa
"Deus Fortalece" ou "Fortalecido por Deus". O nome aparece duas vezes no livro e em nenhum
outro lugar do Antigo Testamento.
'
Autor
fi
Os três primeiros versículos citam Ezequiel, filho de Buzi como tendo recebido as visões de Deus
~'
Y
é· registradas nos capítulos 1 - 3. Daí em diante o livro continua na primeira pessoa, sem dúvida
~.
W referindo-se ao mesmo profeta Ezequiel. A unidade do estilo, as frases peculiares a Ezequiel presentes
neste livro, e a constante atenção devotada a seus grandes temas convenceram a maioria dos eruditos
de que o livro é resultado dos encontros de Ezequiel com Deus.
Como Jeremias, Ezequiel era um sacerdote chamado para ser profeta do Senhor. Sua esposa faleceu
como sinal aos judeus exilados de que Jerusalém não seria poupada (24.16-24). Seu ministério profético
demonstra uma ênfase sacerdotal em sua preocupação com o templo, o sacerdócio, sacrificios e a
Shekinah (a glória de Deus manifestada no templo). Ezequiel teve o privilégio de receber várias
visões impressionantes e foi cuidadoso e artístico na apresentação destas visões.
Data
Ezequiel foi levado para o exílio na Babilônia depois que a cidade caiu pela segunda vez diante de
Nabucodonosor em 597 a.C. Sua primeira visão pode ser datada provavelmente de 593-92 a.C. e a
data do último oráculo registrado no livro é, provavelmente 571-70 a.C., o que marca um ministério
de aproximadamente vinte anos de duração. O livro, como o temos hoje, deve ter sido completado
imediatamente após este período. O trigésimo ano (1.1) refere-se, com toda probabilidade, à idade de
Ezequiel, quando recebeu o chamado, idade em que os sacerdotes entravam integralmente em seus
deveres no templo. Como o exílio havia privado Ezequiel do privilégio de servir como sacerdote no
templo, Deus graciosamente lhe deu o ministério profético registrado neste livro.
É o livro mais fácil de datar do Antigo Testamento, em razão da seqüência bem ordenada de datas
peculiar a Ezequiel. Cada seção de oráculos proféticos inicia com o ano, o dia e o mês em que a
mensagem foi recebida. O profeta Ezequiel foi contemporâneo de Jeremias e Daniel, e algumas de
suas profecias parecem ser extensões da mensagem de Jeremias. Daniel é mencionado três vezes
no livro (14.14,20; 28.3).
O livro de Ezequiel pode ser dividido em quatro seções: chamado e comissionamento de Ezequiel
(caps. 1-3),julgamento de Judá (caps. 4-24),julgamento dos gentios (caps. 25 -32), e restauração
de Isràel (caps. 33 - 48).
183
Ezequiel em Relance
ÊNFASE COMISSIONAMENTO DE EZEQUIEL JULGAMENTO DE JULGAMENTO RESTAURAÇÃO DE ISRAEL
JUDÁ DOS GENTIOS
LOCAL BABILÕNIA
185
Terceira Parte: Julgamento sobre os Gentios (25.1 - 32.32)
o Templo de Ezequiel
186
N
Porta do Norte
Sala para
sacerdotes e cantores
Cozinha dos
Sala dos Sacerdotes
Sacerdotes Átrio Exterior
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Edifício na
Extremidade
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Interior
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Porta do Sul
Cozinha rTTTTl
Câmaras de Armazenagem
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Câmaras de Armazenagem Cozinha
O escopo geográfico das visões proféticas do livro de Ezequiel é surpreendente. Escrito no exílio,
na Babilônia, as profecias de Ezequiel tratam de Israel e das nações vizinhas (caps. 25 - 32).
Também mencionam um grande número de cidades e áreas do antigo mundo mediterrâneo (por
exemplo, capo 27). Talvez o mais intrigante seja a referência a Gogue, um governante estrangeiro
e agressivo da terra de Magogue, identificado como príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal (38.1, 2).
Gogue e seu país Magogue nunca foram satisfatoriamente identificados. Magogue talvez tenha
sido localizado no que é hoje a moderna Turquia, porque Tubal e Meseque são bem citados nos
registros gregos e assírios como sendo localizados nesta área.
187
o Oriente Médio no Tempo de Ezequiel
CITAS
Harã
Carquemis e e
Tarso
e
~
'1
Hamate e
eAlepo
e Tadmor
Mar Mediterrâneo ~ SITIM~ Arvad ~ e Ribla
CAFTOR
Sidom ,~BibIOS
Tiro .i e Damasco .g;:r
Barca ,...---; Cirene Megido/.er ;:::!
e e Q}
Jerusalém : Samaria
J
LíBIA
p....""'-'~<'G~O Q Mar Morto G
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r e Eziom Geber -$
As tribos não serão arranjadas como eram historicamente, sob o governo de Josué (Js 13-19).
Deus fará algo novo na restauração.
A parte central da terra ao redor de Jerusalém será colocada à parte para propósitos religiosos e
de governo.
Ao norte do distrito central estarão sete tribos. Dã, Aser, Naftali, Manassés, Efraim, Rúben e
Judá. Ao sul, as cinco tribos restantes. Benjamim, Simeão, Issacar, Zebulom e Gade.
188
)
Restauração da Terra
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189
)
Vida e Época de Ezequiel
1- Ezequiel
cresce durante
as reformas
efetuadas
por Josias
(c. 622-621
a.C.; 2Rs 23).
3 - Josias morre em batalha
(c. 609 a.C.).
9 - Profecia sobre o
braço quebrado
de Faraó (587 a.C.;
Ez 30.20-26).
JJ::::~'"
Tiro~
640 a.C. 630 a.C. 620 a.C. 610 a.C. 600 a.C. 590 a.C. 580 a.C. 570 a.C.
Jeoiaquim - 3 meses
Reis de Judá Jeoacaz - 3 meses(690)
C. 598 exilado (2Rs 25.27-30)
I
11 I
I Josias
c.640-609
Jeoiaquim
609-598 1'I
Zedequias
598-587 a.C. I
Reis da Babilônia
Nabopolasar Nabucodonosor 11
c. 626-605 a.C. c. 605-562 a. C.
190
:'-"
Parábolas de Ezequiel
Parábola é uma verdade envolvida em uma história bem composta, ou numa figura de linguagem.
Pode ser fictícia, dramatizada, ou resultado de uma visão. Jesus anunciou muitos ensinamentos
por meio de parábolas (veja "Parábolas de Jesus Cristo" em Lucas 8.4).
O mesmo fizeram vários dos profetas do Antigo Testamento, inclusive Ezequiel.
1- A Madeira da Vinha
(Ez 15.1-8)
Simbolizava a maneira
pela qual Judá havia se
tornado inútil para o 2 - A Criança Enjeitada (Ez 16)
Senhor e já não servia Ilustrava a traição de Judá
para nenhum outro ao amor e compaixão de
propósito a não ser
queimar em julgamento.
Deus.
.
,
3 - As Águias e o
Cedro (Ez 17)
Ilustrava a tolice 4 - A Fornalha Ardente
do rei Zedequias, (Ez 22.17-22)
cuja rebeliãó Explicava a maneira
traria as tropas de pela qual Deus
Nabucodonosor purificaria seu povo
para destruir através do "calor" do
Jerusalém. cerco a Jerusalém.
5 - As Duas
Meretrizes
6 - A Panela de Cozer
(Ez 23)
(Ez 24.1-14)
Simbolizava o
Simbolizava a
adultério
maneira como Deus
espiritual de
aumentaria o fogo
Israel e Judá.
contra Jerusalém
para limpá-Ia de
suas impurezas.
7 - O Naufrágio
(Ez 27)
Ilustrava o
julgamento
8 - Os Pastores
que cairia
Irresponsáveis
sobre Tiro.
(Ez 34)
Retratava os
líderes inúteis de
Jerusalém e
como Deus
lidaria com eles.
9 - Os Ossos
Secos (Ez 37)
Simbolizava a
renovação
espiritual da Jeremias e Zacarias foram outros dois profetas que
nação de Israel. utilizaram parábolas para comunicar sua mensagem.
Veja Jeremias 18.1-10 e Zacarias 5.1-4.
191
DANIEL
Três das mais famosas histórias da Bíblia estão registradas no livro de Daniel. Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego na fornalha, o escrito na parede durante o banquete de Belsazar, e Daniel na cova dos
leões. Entretanto, para além destas histórias, o livro é um mistério para muitos - relatando sonhos,
visões e suas interpretações dificeis de entender. A mensagem central do poder de Deus e de seu
triunfo final é clara, e tão relevante hoje quanto foi no tempo de Daniel.
O nome "Daniel" significa "Deus é meu Juiz" e o livro recebe o nome de seu autor e principal personagem.
Autor
A autoria e data de Daniel são duas das mais controvertidas questões no campo dos estudos
~. bíblicos (v~ja Data). Daniel .afi~a ter escrito seu livro (12.4) e usa o pr~nom~ na p.rimeira p~ssoa
.~~ de 7.2 em diante. O Talmude judaico concorda com este testemunho, tambem Cnsto citou o versículo
.~ 9.27 (Mt 24.15), e o atribuiu a "Daniel, o profeta". .
~
Daniel era umjovemjudeu nascido de uma família nobre, levado para a Babilônia no primeiro cativeiro
sob Nabucodonosor em 605 a.c. Logo no princípio de seu cativeiro, tomou-se membro do conselho
real da Babilônia e passou a maior parte de sua carreira como conselheiro de alto nível de
Nabucodonosor. Daniel parece ter gozado de menor proeminência durante o reinado dos sucessores
de Nabucodonosor, mas, depois que a Babilônia foi conquistada pelos persas, Daniel atingiu novamente
considerável importância durante o reinado de Dario.
Daniel é um dos poucos personagens bíblicos bem conhecidos a respeito de quem não se escreveu
nada de negativo. Sua vida caracterizou-se pela fé, oração, coragem, consistência e nenhuma
transigência. Este homem "muito amado" (9.23; 10.11, 19) foi mencionado três vezes por Ezequiel,
seu contemporâneo do 6º século a.c., como um exemplo de retidão.
Data
A Babilônia rebelou-se contra o império Assírio em 626 a.c., destruiu Nínive, a capital assíria, em 612
a.C. e tomou-se a maior potência do antigo Oriente Médio, quando venceu o Egito na batalha de Carquemis,
em 605 a. C. No final deste mesmo ano o rei babilônio, Nabucodonosor, conquistou Jerusalém e levou
importantes cidadãos da cidade como reféns para a Babilônia. Neste grupo estava o jovem Daniel.
Ele ministrou como profeta e membro do governo durante todo o cativeiro babilônico e continuou em suas
funções depois que a Babilônia foi conquistada pelos Medos e Persas, em 539 a.c. Seu ministério profético
foi dirigido à corte gentia da Babilônia e da Pérsia, assim como a seus compatriotas judeus. Zorobabel
dírigiu um retomo de judeus a Jerusalém no primeiro ano do reinado de Ciro, e Daniel viveu e ministrou
pelo menos até o terceiro ano deCiro (536 a.c.; 10.1).Tomando as afirmações do livro literalmente, o livro
de Daniel teria sido escrito, provavelmente, ao redor do nono ano do reinado de Ciro (c. 530 a.C.)
Especialmente em razão das extensas visões registradas em Daniel a respeito dos impérios que sucederam
à Babilônia e da convicção de que a profecia de predição é impossível, muitos críticos têm afirmado que
Daniel é um livro fraudulento, escrito no período dos Macabeus no 2º século a.c., e não no 6º século
como o livro afirma. Há, entretanto, fortes razões para aceitar a data do 6º século.
Os argumentos de que profecia de predição é impossível e, portanto, que a seqüência de impérios
retratados nos capítulos 7 e 8 teriam sido escritos durante o 2º século a.C., no período da dominação
grega, envolve uma rejeição dogmática ao sobrenatural. Além disso, o argumento do 2º século para
a data de composição do livro assume que os quatro impérios retratados são Babilônia, Média, Pérsia,
e Grécia. É claro, entretanto, que Daniel considera o império Medo-Persa (5.28) em conjunto, e que
192
b
a descrição do quarto império ajusta-se não à Grécia, mas a Roma, que atingiu o domínio do mundo
muito depois do alegado 2º século a.C. como data para o livro.
Embora se argumente que a porção aramaica de Daniel (caps. 2-7) seja escrita num aramaico
tardio, estudos recentes mostraram que o escrito de Daniel é, realmente, um exemplo do aramaico
imperial inicial - uma forma consistente com a data do 6º século a. C. Além disto, a presença de
fragmentos do texto de Daniel entre os Rolos do Mar Morto - fragmentos que aparentemente datam
do período dos Macabeus - não fornecem tempo suficiente para que um trabalho escrito no período
dos Macabeus tivesse se tomado amplamente aceito como Escritura.
Embora alguns argumentem que há erros históricos em Daniel, e que tais erros apontam para uma data
tardia, evidências recentes têm demonstrado a exatidão histórica do livro. Embora algumas questões
permaneçam, nenhuma delas põe dificuldades insuperáveis à aceitação do 6º século a.C. como data da
sua composição.
Daniel em Relance
ÊNFASE HISTÓRIA DE PLANO PROFÉTICO PARA OS GENTIOS PLANO PROFÉTICO PARA ISRAEL
DANIEL
TEXTO 1.1 2.1 5.1 6.1 7.1 8.1 9.1 10.1 12.13
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193
ESBOÇO DE DANIEL
194
Terceira Parte: Plano Profético para Israel (8.1 - 12.13)
A futura situação histórica do povo de Deus é comunicada em visões proféticas por meio de uma
estátua (cap. 2), de quatro animais (cap. 7) e de dois animais (cap. 8). O sonho da estátua no
capítulo 2 e a visão 'dos quatro animais no capítulo sete referem-se a quatro impérios gentílicos
.sucessivos sob os quais o povo de Deus viveria. Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.
A visão do capítulo 8 trata das experiências do povo de Deus sob o poder dos Medos e Persas,
representados pelo cordeiro, e as experiências sob o poder dos gregos representado pelo bode. O
"grande chifre" de 8.8 simboliza Alexandre, o Grande, que morreu com a idade de 33 anos, e
cujo reino foi dividido em quatro partes governadas por quatro generais gregos - os "quatro
notáveis" de 8.8. O "pequeno chifre" de 8.9 representa Antíoco IV Epifanes, que profanou o
templo em Jerusalém.
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'O coxas de bronze quatro asas e quatro cabeças quatro chifres e chifre pequeno
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Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas elson, Inc.
195
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Embora semelhantes na descrição, o pequeno chifre de 7.8 é diferente do pequeno chifre de 8.9. O pequeno
chifre de 7.8 ocorre no contexto do quarto reino (Roma), enquanto o pequeno chifre de 8.9 aparece no
contexto do terceiro reino (Grécia). Dentro de um consenso geral, este segundo pequeno chifre refere-se a
Antíoco IV Epifanes, que governou a Síria de l75-M3 a.c. e que atacou Jerusalém e profanou o templo.
A identidade do pequeno chifre de 7.8 é de certa forma discutível. Muitos intérpretes o entendem
como uma referência ao Anticristo, que reinaria sobre um ressurgimento do império romano no
futuro. Outros o interpretam como uma referência a um dos antigos césares romanos.
É importante notar que os pequenos chifres dos capítulos 7 e 8 referem-se a duas pessoas distintas.
Vários fatores deixam clara esta distinção.
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© 2002, Editora Cultura Cristã
196
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OSÉIAS
o livro de Oséias foi escrito para o reino do norte, Israel, quando este se achava à beira do desastre.
Exteriormente a nação gozava de um período de prosperidade e crescimento, mas internamente a
corrupção moral e o adultério espiritual contaminavam a vida do povo.
O profeta Oséias foi instruído por Deus para casar-se com uma mulher infiel, experimentando assim,
em sua própria vida, uma ilustração nítida da infidelidade do povo e da fidelidade de Deus. Oséias
faz ouvir repetidas vezes sua tríplice mensagem. Deus abomina o pecado de seu povo; o julgamento
é certo; o amor de Deus continua inabalável.
Oséias, cujo nome significa "Salvação", tem o mesmo nome que o último rei de Israel.
Autor
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Além do seu casamento calamitoso, pouco se sabe a respeito da vida do profeta Oséias. Sua terra
natal não é mencionada, mas a familiaridade que demonstra e sua preocupação com o reino do norte
indicam que ele viveu em Israel e não em Judá. Era filho de Beeri (1.1), marido de Gomer (1.3), e pai
~ , de dois filhos e uma filha (1.4,6,9).
Oséias demonstra uma compaixão real por seu povo, e seu sofrimento pessoal, em razão do
comportamento de sua esposa, deu a ele uma profunda percepção da tristeza de Deus com o pecado
de Israel. Por isso suas palavras sobre o julgamento iminente são apaixonadas, mas amenizadas por
um coração compassivo.
Data
Evidentemente o profeta compilou seu livro durante os primeiros anos do rei Ezequias, e seu ministério
estendeu-se de cerca de 755 a.c. até cerca de 710 a.C. Quando Oséias começou seu ministério,
Jeroboão 11(782-753) ainda reinava sobre Israel. O ministério de Oséias compreendeu os reinados
dos últimos seis reis de Israel de Zacarias (753-752 a.Ci) a Oséias (732-722 a.c.)
No início do seu ministério, Israel estava passando por um período temporário de prosperidade
política e econômica sob o governo de Jeroboão 11. Entretanto, a nação começou a desmoronar
depois que Tiglate-Pileser Il (745-727 a.C.) fortaleceu a Assíria.
O reinado dos últimos seis reis de Israel foram relativamente breves, pois quatro foram assassinados
e o quinto foi levado cativo para a Assíria. Confusão e declínio caracterizaram os últimos anos do
reino do norte, e o povo recusou-se a ouvir a admoestação de Oséias sobre o julgamento iminente.
197
Oséias em Relance
PESSOAL NACIONAL
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A mensagem do profeta reflete a terrível fascinação de Israel pelo culto a Baal. Baal significa
"marido", "senhor", e seu culto envolvia ritos de fertilidade, inclusive prostituição ritual. Baal era o
outro amor a quem a infiel Israel freqüentemente procurava.
Oséias nos dá uma das mais eloqüentes expressões da misericórdia de Deus que podemos encontrar
no Antigo Testamento. Este sentimento está englobado na palavra hebraica hesed, comumente traduzida
por "misericórdia", "bondade tema" ou "amor imutável". Este sentimento envolve uma lealdade
amorosa aos compromissos da aliança, bem ilustrado pelos votos matrimoniais. Mas, do ponto de
vista de Oséias, o amor fiel de Deus não lhe permitiria divorciar-se facilmente de seu povo.
Veja o quadro. "Apostasia de Israel e Casamento de Oséias", à .página ao lado.
198
ESBOÇO DE OSÉIAS
Os estágios do relacionamento entre Israel e Deus são retratados nas profecias de Jeremias e Ezequiel,
bem como no relacionamento entre Oséias e Gomer
Noivado
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Jeremias 2.2 Oséias 1.2
-
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Casamento EzequieI16.8-14 Oséias 1.3
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Nome Significado
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199
JOEL
•
o desastre abateu-se sobre o reino do sul, Judá, na forma de uma nuvem de gafanhotos. Em questão
de horas os campos ficaram arrasados e o profeta Joel aproveitou a oportunidade para proclamar a
"'",'~-\
," v mensagem de Deus. A praga dos gafanhotos foi vista como um prenúncio da vinda do dia do Senhor.
~ h
A partir desta perspectiva o livro adverte para o julgamento que se aproxima, chama o povo ao
arrependimento e dá ao povo de Deus a esperança da vinda do dia da salvação, que se seguirá ao
julgamento. O nome hebraico Yo 'el significa "Javé é Deus", um nome apropriado para um livro que
enfatiza a obra soberana de Deus na História.
Autor
Embora haja vários personagens bíblicos com este mesmo nome, o profeta Joel é conhecido apenas
"~ v. por este livro. Joel se identifica como filho de Petuel (1.1), e suas freqüentes referências a Sião e à
~~ casa do Senhor sugerem, provavelmente, que ele viveu perto de Jerusalé~. ~m razão de suas
~ ~ afirmações sobre o sacerdócio, em 1.13,14; e 2.17, alguns pensam que Joel tena SIdo um sacerdote,
bem como um profeta. Qualquer que seja o caso, ele foi um pregador claro, conciso e intransigente
do arrependimento.
Data
Desde que o livro não inclui nenhuma referência à ocasião histórica, não é possível datá-lo
com segurança. Tradicionalmente, o livro tem sido datado de cerca de 835 a.C., quando Joás
foi colocado no trono aos 7 anos de idade, e o sacerdote Joiada funcionou como o verdadeiro
governador (2Rs 11;12). Este período parece encaixar-se ao texto de Joel, uma vez que a
influência do sacerdócio parece ser forte, e não há nenhuma menção de um rei. Por causa
desta proeminência dos sacerdotes, alguns argumentam que Joel deve ser datado bem mais
tarde, do período pós-exílio.
A evidência aponta também para um material comum entre Joel e Amós. Embora alguns
creiam que Joel tenha emprestado de Amós, é mais provável que Amós, um profeta do século
8º, tenha utilizado material de Joel. Além disso, o estilo de Joel é mais parecido com o de
Oséias e Amós do que com o estilo dos profetas pós-exílios. Desde que Joel não menciona a
idolatria, o livro pode ter sido escrito após o expurgo do culto a Baal, no início do reinado de
Joás, sob a liderança do sacerdote Joiada. Sendo um profeta mais antigo em Judá, Joel teria
sido contemporâneo de Elias, de Israel.
200
•
Este pequeno livro desenvolve o tema crucial da vinda do dia do Senhor (1.15; 2.1,2,11,31; 3.14,18)-
uma ocasião de terrível julgamento sobre o povo e as nações que se rebelaram contra Deus. Mas
também uma ocasião de bênçãos futuras sobre aqueles que confiaram nele. O tema do desastre está
presente ao longo de todo o livro (praga de gafanhotos, fome, fogo devorador, exércitos invasores,
fenômenos (celestiais), porém as promessas de esperança estão entremeadas com o pronunciamento
do julgamento iminente.
ESBOÇO DE JOEL
joel em Relance
OCASIÃO c. 835 d. C.
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201
AMÓS
o livro de Amós dirige-se à impiedade vista na excessiva busca de luxo, auto-indulgência e opressão
dos pobres que caracterizaram o período de prosperidade e sucesso no reino do norte, Israel, sob o
governo de Jeroboão II. A mensagem de destruição pregada por Amós, parecia incongruente com a
primorosa aparência exterior da época. Mas, com uma percepção divinamente concedida, Amós viu
a corrupção sob o exterior brilhantemente colorido e anunciou que a nação estava podre até o âmago.
O livro permanece como um eloqüente testemunho contra aqueles que subordinam a necessidade e
a dignidade humanas à busca do prazer e da riqueza.
O nome Amós deriva dos termos hebraicos que significam "levantar um fardo". Portanto, Amós
significa "Fardo" ou "Carregador de Fardo". O profeta fez jus ao significado do seu nome, suportando
o fardo divinamente colocado sobre ele de declarar julgamento ao rebelde Israel.
Autor
Amós não era um profeta profissional (7.14) como os numerosos profetas institucionais ou cúlticos
~ ') do seu tempo. De sua origem rústica em Tecoa, a cerca de dez quilômetros ao sul de Belém, no reino
~~ do sul, Judá, Amós foi chamado por Deus para ir ao reino do norte e ser seu porta-voz (7.15).
~ ~ O profeta era um homem comum, ocupando-se de gado e colher sicômoros para garantir uma renda
suplementar (7.14). Sua sensibilidade moral ficou chocada com a perversão do culto em Israel,
observada por ele em Betel, um dos mais importantes santuários do país.
Data
Conforme 1.I,Amós profetizou durante os reinados de Uzias, rei de Judá (767-739 a.C.), e Jeroboão,
rei de Israel (782-753 a.C.), deixando, assim, um possível período de atuação de 767 a 753 a.C. A
profecia de 7.9-11, parece indicar um período tardio no reinado de Jeroboão, e a data provável do
registro seria 760-753 a. C.
Amós ministrou depois do tempo de Joel e Jonas, e imediatamente antes de Oséias, Miquéias e
Isaías. Na ocasião, Uzias reinava sobre um Judá próspero e militarmente bem-sucedido. No norte,
Israel era governado pelo competente rei Jeroboão 11. As circunstâncias econômicas e militares eram
quase ideais, mas a prosperidade apenas incentivava o materialismo, a imoralidade e a injustiça.
Durante este período, Assíria, Babilônia, Síria e Egito estavam relativamente fracos. Por isso, o povo
de Israel achou dificil imaginar a vinda do desastre predito por Amós - um desastre que ocorreu
apenas três décadas depois.
Embora Amós enfatize suas raízes rústicas e sua falta de status profissional como profeta, seu estilo
vigoroso e o caráter literário de seu livro sugerem que ele era instruído.O livro pode ser
convenientemente dividido em quatro seções de oito profecias (caps. 1,2), três sermões (caps. 3 - 6),
cinco visões (caps. 7.1 - 9.10), e cinco promessas (9.11-15).
202
Amós traz, basicamente, uma mensagem de julgamento. profecias de julgamento sobre as nações,
oráculos e visões de julgamento divino contra Israel. Amós inicia com uma série de acusações contra
sete inimigos de Israel, inclusive Judá, e contra o próprio Israel (caps. 1- 2). Cada nação estrangeira
deve ser punida por ofensas específicas contra Israel ou contra alguma outra nação. Este julgamento
sobre as nações ensina que Deus é um monarca universal, e todas as nações devem responder diante
dele por suas agressões a outras nações e povos.
A pregação de Amós enfatiza a retidão e justiça de Deus e sua exigência de que os relacionamentos
humanos de seu povo devem ser também caracterizados porretidão e justiça. Os ricos são condenados
por causa de sua opressão ao pobre e sua hipocrisia religiosa. Religião é mais do que a observação de
dias festivos e reuniões sagradas. a verdadeira religião exige uma vida de retidão, e a maneira como
o povo trata seus vizinhos reflete seu relacionamento com Deus.
Amós termina seu livro com uma nota de consolação. Após o exílio e o julgamento, Deus restaurará
seu povo, o trará de volta à terra e o abençoará.
Arnós em Relance
JULGAMENTO ESPERANÇA
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203
ESBOÇO DE AMÓS
I. Introdução 1.1,2
A Preservação do Remanescente
No século 8º a.C., Amós profetizou a ruína de Israel (8.1,2), mas também declarou a possibilidade de
salvação para um "remanescente de José" (5.15). Ao longo da História Deus sempre preservou um
remanescente do seu povo, como mostra o quadro abaixo.
204
OBADIAS
Com apenas vinte e um versículos, Obadias é o menor livro do Antigo Testamento. Trata da amarga
rivalidade entre Edom, descendentes de Esaú, irmão gêmeo de Jacó, e o povo de Israel.
Obadias, cujo nome significa "Adorador de Javé" ou "Servo de Javé" anuncia condenação contra
Edom e profetiza sua total destruição, por causa de sua persistente oposição contra o povo esco-
lhido de Deus.
~i!lAutor .
~~ Obadias foi um profeta obscuro e viveu possivelmente no reino do sul, Judá.
~ Nada se sabe sobre sua cidade natal ou sobre sua família, mas é provável que não descendia de
linhagem real ou sacerdotal, pois seu pai não é mencionado em 1.1.
Há treze Obadias mencionados no Antigo Testamento, mas a nenhum deles pode ser atribuída, com
absoluta certeza, a autoria deste livro.
Data
Há várias opiniões a respeito da data. A cooperação de Edom junto aos estrangeiros no saque a
Jerusalém (vs. 10-14), fato que propicia o ambiente histórico da profecia, podendo relacionar-se a
vários incidentes, dos quais dois seriam os mais prováveis. O primeiro pode ter ocorrido cerca de 850
a.C., no reinado de Jeroboão II (veja 2Cr 21.8-10,16,17), durante o período de revolta de Edom,
quando Judá estava sendo ameaçada também por invasores filisteus e árabes.
Outra possibilidade é a referência existente de cumplicidade entre edomitas e babilônios na conquista
de Jerusalém em 586 a.c. De acordo com o Salmo 137.7, os edomitas aplaudiram a destruição de
Jerusalém por Nabucodonosor.
A preferência por esta data mais tardia é reforçada pelo fato de Obadias parecer citar Jeremias 49
(confira. vs. 1-4 com Jr 49.14-16; vs. 5,6 com Jr 49.9,10; vs. 8 com Jr 49.7; e vs. 16 com Jr 49. 12).
Portanto, as datas possíveis para a composição de Obadias são cerca de 840 a.C. , ou entre a queda
de Jerusalém em 586 a.c. e o édito de Ciro em 539 a.C.
205
o tema profético do dia do Senhor é salientado nos versículos 15-21. Como na profecia de Joel, este
ponto culminante da História trará tanto julgamento como salvação. Para Edom é um pronunciamen-
to de destruição (vs. 15,16), mas, para Judá haverá livramento e o povo experimentará bênção e
restauração para sua terra (vs. 17-21).
Obadias em Relance
TEXTO 11 10 15 19 21
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ESBOÇO DE OBADIAS
206
JONAS
o interesse e preocupação amorosos de Deus pelos gentios não são uma verdade afirmada apenas
no Novo Testamento. Mais de sete séculos antes de Cristo, Deus comissionou o profeta hebreu,
Autor
Não se menciona o autor do livro de Jonas, embora a tradição o atribua a Jonas, um profeta do reino
~ do norte, que viveu durante o século 8º a.c. É razoável supor-se que o próprio Jonas tenha registrado
~ as experiências excepcionais relatadas no livro. Este homem, cujo nome significa "pomba", era filho
~
~ de Amitai, nascido em Gate-Hefer (2Rs 14.25), em Zebulom, cidade cerca de quatro quilômetros ao
norte de N azaré. Jonas é apresentado como uma pessoa real e suas experiências como verdadeiras
e históricas.
Data
Jonas foi contemporâneo de Jeroboão II de Israel (782-753 a.C.), e ministrou depois do tempo de
Eliseu e imediatamente antes de Amós e Oséias. Israel passava por um período de desenvolvimento
e prosperidade, e o fervor nacionalista estava provavelmente alto.
AAssíria, nação que havia alcançado uma reputação quase legendária por sua crueldade, encontrava-
se, durante este período, num declínio lento, mas, ainda representava uma ameaça. O arrependimento
de Nínive ocorreu, provavelmente, no reinado de Asurdã III (773-755 a.C.). Duas pestes (765 e 759)
e um eclipse solar podem ter preparado o povo para a mensagem de julgamento levada por Jonas.
Embora alguns argumentem que o livro de Jonas foi escrito no período pós-exílio, com o objetivo de
contradizer o particularismo judaico de Esdras, Neemias e Malaquias, o ensino de que o plano de
Deus inclui os gentios não é, de forma nenhuma, exclusivo de Jonas no Antigo Testamento (Gn 9.27;
12.3; Lv 9.33; Is 2.2; J12.28-32), e outros argumentos para a data pós-exílio não são convincentes.
207
jonas em Relance
TEXTO 1.1 1.4 2.1 2.10 3.1 3.5 4.1 4.4 - 4.11
"EU NÃO IREI" "EU IREI" "ESTOU AQUI" "NÃO DEVIA TER VINDO"
OCASIÃO c. 760 a. C.
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De uma perspectiva literária, o livro de Jonas apresenta uma simetria estrutural excelente,
desenvolvendo-se em dois ciclos paralelos que exigem constantes comparações. Ainda mais, o livro
é rico em ironia. A desobediência do profeta em contraste com a espantosa fé dos marinheiros (cap.
1); e a preocupação mesquinha de Jonas a respeito da planta, em contraste com o cuidado e preocupação
graciosos de Deus para com o povo pagão de Nínive (caps. 3 e 4).
O livro de Jonas pode ser dividido em duas partes: o primeiro comissionamento de Jonas (caps. 1; 2),
e o segundo comissionamento de Jonas (caps. 3; 4).
Como já foi notado, o tema que informa todo o livro é a disposição amorosa de Deus estendendo sua
misericórdia às nações gentílicas, mas outros temas importantes também são evidentes. A soberania
de Deus sobre a vida, os elementos, e as circunstâncias, é claramente enfatizada no relato da tempestade
(1.4), do peixe (1.17), da planta (4.6) , e da lagarta (4.7).
Jonas serve também como um desafio ao orgulho nacionalista de Israel em sua incapacidade de
compreender a natureza de sua tarefa missionária e o propósito de Deus de derramar sua bondade
sobre todos os povos,
A mudança na atitude de Jonas é simbólica da mudança que Deus requer de Israel como um todo.
A experiência de três dias dentro do peixe vivida por Jonas pode ser vista como um tipo de morte,
sepultamento e ressurreição de Cristo (Mt 12.39-41). Neste ponto seria importante notar que a
expressão hebraica "trê~ dias e três noites" exige apenas uma parte do primeiro e do terceiro dias.
208
ESBOÇO DE JONAS
A Geografla de jonas
ESPANHA
ÁSIA
siciu«
ÁFRICA DO NORTE
o 250 500Mi
I I i I
500 km
209
jonas e os Marinheiros
o primeiro capítulo mostra um contraste irônico entre Jonas e os marinheiros. Apesar destes últimos
não possuírem experiências anteriores com o Deus verdadeiro, eles apresentam, aparentemente, maior
sensibilidade a Deus e mais compaixão humana que o profeta Jonas.
Jonas Marinheiros
Era um hebreu com uma rica história de Javé - Fidelidade de Deus. Eram gentíos, sem nenhum histórico do Deus Javé.
Era monoteísta, crendo em um único Deus verdadeiro (v.9). Eram politeístas, crendo em muitos falsos deuses.
Não conheciam o verdadeiro Deus.
Tinha um relacionamento com o verdadeiro Deus. Eram espiritualmente sensíveis, caminhando na direção de Deus.
Eles oravam. (v.5).
Era espiritualmente insensível, indo na direção contrária à de Deus (v.5). Eram espiritualmente sensíveis movendo-se na direção certa (v.5).
Era indiferente à vontade de Deus, apesar de conhecê-lo. Eram respeitosos diante de Deus,
apesar de conhecerem pouco ou nada sobre ele.
Não sentia compaixão por Nínive (v.3). Sentiam compaixão por Jonas (vs.11-14).
Jonas foi rebelde, por isso foi disciplinado, mas não destruído (v.17). Foram levados ao culto e ao compromisso (v.16).
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jorras e a Planta
o interesse de Jonas pela planta é contrastado pelo interesse de Deus por Nínive. Deus mostra a
Jonas que ele não criou nem sustenta a planta com a qual está preocupado. Milhares de ninivitas,
entretanto, haviam sido criados e eram constantemente sustentados por Deus. E este Deus, que sabe
quando um pardal cai, se interessa até mesmo pelo gado da cidade.
A perspectiva de Jonas não estava certa, pois era diferente da perspectiva de Deus.
Deus se interessava pelo povo de Nínive Jonas se preocupou com uma planta
Deus se preocupava com o bem-estar dos outros Jonas preocupou-se consigo mesmo
Deus criou tudo o que havia em Nínive Jonas não criou a planta
O cuidado de Deus foi e é para com a vida humana A preocupação de Jonas era com seu conforto pessoal
e interesse egoísta
A preocupação de Deus por nós é apropriada A preocupação de Jonas com a planta é inapropriada;
e' demonstra seu amor demonstra egoísmo e uma perspectiva errônea da vida
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210
MIQUÉIAS
Indignado com a corrupção, a hipocrisia e com o tratamento abusivo dispensado aos pobres, o livro de
Miquéias repreende qualquer pessoa disposta a usar o poder político ou posição social para seu ganho
pessoal. Um terço de Miquéias expõe os pecados de seus compatriotas, outro terço anuncia o castigo
que Deus está prestes a enviar; e o terço final sustenta a esperança de restauração, uma vez terminada
a disciplina. Ao longo de todo o livro, são claras as exigências de Deus para que seu povo viva com
retidão. " ... pratiques a justiça e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus" (6.8).
Autor
o profeta Miquéias, cujo nome significa "quem é como o Senhor?" foi um dos profetas do 8º século, ao
~ ') lado de Oséias, Amós, Isaías e Jonas, sendo mencionado em Jeremias 26.18. A terra natal de Miquéias
~ era Moresete-Gate (1.14), cidade localizada provavelmente a uns 35 quilômetros a sudoeste de Jerusalém.
~~ Como Amós, Miquéias era homem do campo, com tempo para pensar e uma visão clara. Abençoado
~
com a paixão por justiça de Amós e o coração amoroso de Oséias, o espírito de Miquéias queimava
de indignação pela maneira como os habitantes das cidades oprimiam os homens do campo. Entretanto,
seus ensinamentos não são inteiramente originais; ele ecoa grandes verdades proclamadas por seus
antecessores, especialmente Isaías, de Jerusalém.
Data
o primeiro versículo indica que Miquéias profetizou nos dias de Jotão (739-731 a.c.), Acaz (731-715
a.C.) e Ezequias (715-686 a.C}, reis de Judá. Embora Miquéias se dirija primariamente a Judá, fala
também ao reino do norte, Israel, predizendo a queda de Samaria (1.6). Grande parte do seu ministério,
portanto, ocorreu antes do cativeiro assírio de Israel, em 722 a.c. Suas violentas denúncias contra a
idolatria e a imoralidade também sugerem que seu ministério antecedeu muito as reformas religiosas
radicais de Ezequias. Assim, as profecias de Miquéias abrangeram o período de cerca de 735-710 a.C.
Durante o ministério do profeta o reino do norte continuou a desmoronar, tanto interna como externamente,
até seu colapso em 722 a.C. O império assírio alcançou o ponto culminante do seu poder e se tomou
uma ameaça constante para Judá. Babilônia ainda estava sob domínio assírio e uma predição de Miquéias
sobre o futuro cativeiro babilônico de Judá (4.10) devia ter soado como improvável.
211
Miquéias pode ser dividido em três seções: predição de julgamento (caps. 1-3), predição de restauração
(caps. 4-5) e apelo ao arrependimento (caps.6-7).
A predição de Miquéias de que o Messias nasceria na cidade de Belém é uma das mais claras e
importantes profecias messiânicas de todo o Antigo Testamento. Além disso, Miquéias 2.12-13, 4.1-
8 e 5.4,5 propiciam fatos vívidos do justo reinado de Cristo sobre todo o mundo.
Miquéias em Relance
TEXTO 1.1 3.1 4.1 4.6 5.2 6.1 6.10 7.7 7.20
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ESBOÇO DE MIQLJÉIAS
212
NAUM
Ao contrário de seu antecessor, Jonas, cujo ministério redundou em arrependimento dos ninivitas, o
profeta Naum proclama a derrota de Nínive, a grande cidade da Assíria. Os ninivitas tinham-se
esquecido do reavivamento porque haviam passado e retomado a seus hábitos de violência, idolatria
e arrogância. Como resultado Babilônia destruiria a cidade, de tal forma, que nenhum traço
permaneceria - uma profecia cumprida em todos os seus dolorosos detalhes.
Autor
ft
O non;-e "Naum" significa "conforto", "consolação", e a mensagem de destruição de Nínive foi, sem
~ v: dúvida, uma fonte de conforto para os habitantes de Judá, que sofriam com a crueldade dos assírios.
~ De acordo com l.1, o profeta era chamado "o elcosita". Embora a localização específica de Elcos
~ ~ seja desconhecida, muitos eruditos acreditam que se tratava de uma cidade ao sul de Judá (mais tarde
chamada Elcesei), entre Jerusalém e Gaza. Isto faria de Naum um profeta do reino do sul; podendo
explicar seu interesse pelo triunfo de Judá (1.15; 2.2).
Data
Sendo que a mensagem do livro é uma predição da ruína de Nínive, deve ter sido proferida em algum
momento antes de 612 a.c., quando a cidade foi destruída pelos babilônios, Certamente foi escrita
depois de 663 a.c., o ano em que Tebas, capital do Egito (chamada Nô-Amon em 3.8), foi capturada
pela Assíria. Uma vez que Tebas readquiriu sua independência em 654 a.c., e Naum não faz alguma
referência ao fato, pode ser que o livro tenha sido escrito entre 663 e 654 a.C.
213
Naum em Relance
O QUE DEUS FARÁ COMO DEUS FARÁ POR QUE DEUS FARÁ
OCASIÃO c.660 a. C.
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ESBOÇO DE NALJM
214
HABACUQUE
o profeta Habacuque ministrou durante a agonia e morte da nação de Judá. Embora tenha sido
repetidamente chamada ao arrependimento, Judá teimosamente recusou-se a mudar seu
comportamento pecaminoso. Ao perguntar até quando a intolerável situação permaneceria, Deus
responde a Habacuque que Babilônia seria sua vara executora sobre Judá - declaração que leva o
profeta a cair de joelhos. Embora perplexo, Habacuque reconhece que, em qualquer tempo, o justo
viverá pela fé (2.4) e não por vista. E conclui louvando a sabedoria de Deus, mesmo não
compreendendo inteiramente seus caminhos.
Autor
o autor
f(
deste livro é o profeta Habacuque, a respeito do qual pouco se sabe, além de seu nome,
~ / derivado da palavra hebraica que significa "abraçar" ou "aquele que abraça". O fato de ser chamado
~ "profeta" (1.1; 3.1), sugere ter ele sido membro de um grupo profissional de profetas. Além disso, a
~ ~ referência musical na conclusão do livro indica que Habacuque tenha sido um sacerdote relacionado
com o culto no templo de Jerusalém.
Data
.Embora o livro não inclua qualquer referência ao reinado de um rei, a evidência interna indica uma
data entre a morte do rei Josias (609 a.C.') e o início do cativeiro babilônio (605 a.C.}. A única
referência explícita a data em Habacuque é a iminência da invasão babilônia (1.6; 2.1; 3.16). As
condições deploráveis do povo (1.2-4) indicam uma data posterior à morte prematura de Josias na
batalha de Megido (609 a.C.) e no princípio do reinado do perverso rei Jeoaquim (609-597 a.C.).
Contemporâneo de Sofonias e Jeremias, Habacuque advertiu sobre a aproximação do julgamento
divino por meio dos babilônios que chegavam. Esta profecia foi cumprida em 605 a.c., quando
Nabucodonosor deportou para a Babilônia dez mil proeminentes cidadãos de Jerusalém.
O livro de Habacuque pode ser convenientemente dividido em duas porções: problemas e perplexidade
de Habacuque (caps. 1 e 2), e louvor de Habacuque (cap. 3).
Convencido da iniqüidade de Israel e da necessidade da punição, o profeta fica perplexo com o dilema moral
de como um Deus santo poderia usar um povo ainda mais perverso como os babilônios para castigar seus
filhos. A resposta de Deus é dupla: ele reafirma sua natureza moral básica, que implica no fato de que todas
as pessoas devem, decididamente, enfrentar o julgamento por suas ofensas (2.2-22). Deus dá também ao
profeta a visão de sua infinita glória, uma visão de certa forma reminiscente da que foi dada a Jó nos caps.
38--41. Estas duas respostas são suficientes para restabelecer a confiança de Habacuque em Deus.
Habacuque enfatiza também a liberdade soberana de Deus de alcançar seus bons objetivos com seus
próprios meios. Apesar das aparências em contrário, Deus ainda está no trono como Senhor da
História e Governante das nações.
O livro retrata a luta de fé do profeta e, conseqüentemente, a central idade da fé na vida do povo de
Deus é salientada. Esta fé capaz de manter-se firme, apesar de circunstâncias exteriores desfavoráveis,
emerge em uma bela expressão no cântico do profeta em 3.16-19.
215
Habacuque em Relance
FÉ ATORMENTADA FÉ TRIUNFANTE
TÓPICOS
O QUE DEUS ESTÁ FAZENDO QUEMÉDEUS
OCASIÃO c. 607 a. C.
Nelson s Complete Book 0/ Bible Maps and Chans © 1993 by Thomas elson. Ine.
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ESBOÇO DE HABACUQUE
Vivendo pela Fé
No que aparenta ser um contraste meramente acidental entre a arrogância dos babilônios e a humilde
submissào dos justos a Deus, Habacuque afirma um princípio fundamental do evangelho: "o justo
viverá por sua fé". Quando Paulo (Rm 1.17; Gl 3.11) e o autor de Hebreus (Hb 10.38) citaram este
versículo, estavam meramente aplicando o princípio estabelecido pelo profeta no que diz respeito à
importância da fé no relacionamento do homem com Deus.
Resposta do Profeta às difíceis questões enunciadas por ele. O justo viverá pela fé.
Primeira Pergunta Por que Deus não responde ao erro e à injustiça na terra (1.2-4)7
Resposta Ele vai responder usando a Babilônia como instrumento de julgamento (1.5-11).
Segunda Pergunta Por que Deus usa os perversos babilônios para punir os que são mais justos do que eles (1.12,13)7
Resposta Deus escolheu este plano de ação (2.2,3). O justo viverá por sua fé em Deus (2.4). Ai dos injustos (2.6-20).
216
SOFONIAS
o livro de Sofonias insiste repetidamente na mensagem de que o dia do Senhor, o dia do julgamento
está chegando, quando a malignidade do pecado receberá seu devido tratamento. Israel e seus vizinhos
gentios experimentarão muito em breve a mão esmagadora da ira divina. Mas, depois que o processo
de punição estiver terminado, as bênçãos virão na pessoa do Messias.
Autor
Normalmente, a genealogia de um profeta é traçada apenas até seu pai. Sofonias, entretanto, traça
~ / sua genealogia até a quarta geração, para demonstrar sua linhagem real como tetraneto do rei Ezequias
~ (1.1). Portanto, ele era um parente distante do rei Josias e daqueles para quem dirigia sua profecia.
~
~ Provavelmente o profeta viveu na cidade de Jerusalém, pois refere-se à cidade como "este lugar"
~
(1.4), e identifica sua topografia com grande familiaridade.
Data
. Sofonias fixa a ocasião de sua profecia "nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá" (1.1). Josias
reinou de 640 a 609 a.C. e 2.13 indica que a destruição de ínive (612 a.C.) ainda estava no futuro.
Portanto, o livro de Sofonias pode ser datado entre 640 e 612 a.c.
Tendo as reformas religiosas de Josias começadas em 628 a.c., e tendo Sofonias catalogado uma
lista de pecados anteriores às reformas (1.3-13; 3.1-7) o tempo do ministério de Sofonias pode ser
datado com mais precisão por volta de 635 a 625 a.c. A profecia vigorosa de Sofonias pode até
mesmo ter sido um fator que desencadeou a reforma.
217
Sofonias em Relance
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
~----~----~--~~--------~----~I
.....
ESBOÇO DE SOFONIAS
218
AGEU
(I
-
"
Ageu é o segundo livro mais breve do Antigo Testamento perdendo apenas para Obadias, mas
" .
esta série de quatro pequenos sermões fortes e francos alcança o efeito desejado, O trabalho no
''-I'' . . templo havia cessado e o povo estava mais interessado no embelezamento de suas próprias casas
~
do que na construção do santuário central de Deus. Por estarem escolhendo mal suas prioridades,
seus empreendimentos futuros não poderiam ser abençoados por Deus, Somente quando o povo
desse ao Senhor o primeiro lugar, completando a tarefa que havia sido posta diante deles, a mão do
Senhor derramaria novamente suas bênçãos sobre eles,
Autor
o profeta
~
f(
~
/
Ageu é conhecido apenas por este livro e por duas referências feitas a ele em Esdras
5,1 e 6.14. Nestas referências ele é visto trabalhando ao lado de Zacarias, um profeta mais novo,
incentivando o povo na reconstrução do templo.
~ ~ Ageu retomou da Babilônia com Zorobabel e, evidentemente, morava em Jerusalém. Alguns en-
tendem que 2.3 signifíca que ele teria nascido em Judá antes da destruição do primeiro templo em
.586 a.C. e que pertencia ao pequeno grupo de pessoas que se lembrava do esplendor do templo de
Salomâo. Isto significaria que Ageu tinha cerca de 75 anos quando profetizou em 520 a.C. É
igualmente provável, entretanto, que ele tenha nascido na Babilônia durante o cativeiro.
Data
Em 538 a.c. Ciro, da Pérsia, publicou um decreto permitindo aos judeus retomarem à sua terra e
reconstruirem o templo e em 536 a.c. teve início o trabalho no templo. Os exilados que retomaram
encontraram forte oposição dos samaritanos que estavam na terra, e as obras no templo pararam
em 534 a.c. Foi neste contexto que Deus chamou seus profetas Ageu e Zacarias para a mesma
tarefa de insistir com o povo para que completasse o templo.
Os quatro sermões de Ageu são datados precisamente do ano 520 a.C., o segundo ano do reinado
de Dario I (521-486 a.c.), rei da Pérsia. O primeiro foi pregado no primeiro dia do mês hebraico de
elul (agosto/setembro), o segundo no primeiro dia de tisri (setembro/outubro) e dois últimos no
vigésimo quarto dia de quisleu (novembro/dezembro ). Mais tarde, as mensagens foram compila-
das no que é hoje conhecido como o livro de Ageu.
Ageu, ao lado de Zacarias e Malaquias, enfrentaram uma situação diferente daquela conhecida
pelos profetas pré-exílio. Os profetas anteriores confrontaram um povo que tendia a depender
mais de cerimônias físicas e edifícios do que de um relacionamento verdadeiro com Deus marcado
pela obediência. Em contraste, os profetas pós-exílicos ministraram a um povo apático e desani-
mado tentado a acreditar que nada do que realizassem faria qualquer diferença do ponto de vista
religioso. A destruição de Jerusalém humilhou um povo antes orgulhoso, e que havia sido influen-
ciado pela visão persa de que todas as religiões têm o mesmo valor.
219
Como resultado, os judeus que retomaram viam pouca razão em valorizar as leis e práticas pecu-
liares à tradição religiosa que possuíam, e não sentiam nenhuma necessidade de ficar muito preo-
cupados com a reconstrução do templo. Sem dúvida, os perigos de tal situação eram graves. Em
poucas palavras, os judeus seriam assimilados pela cultura pagã vigente; a herança de revelação
estaria perdida e a linhagem messiânica prometida, extinta. Os profetas pós-exílio enfrentaram a
tarefa de estimular o povo a distinguir-se dos outros povos vizinhos por sua obediência a Deus,
começando com a reconstrução do templo e o reestabelecimento da lei mosaica.
O tema básico de Ageu é claro: o remanescente precisa reformular suas prioridades e completar o
templo para que possa receber as bênçãos de Deus. As quatro mensagens registradas no livro podem
ser assim intituladas. O término do segundo templo (1.1-15); a glória do segundo templo (2.1-9); e a
futura bênção prometida (2.20-23)
A promessa em Ageu 2.9 aponta para o futuro, para o papel vital que o segundo templo teria no plano
redentor de Deus. Mais tarde, Herodes o Grande passou anos aumentando e enriquecendo este
templo que se encheu da glória do Deus encarnado todas as vezes que Cristo foi a Jerusalém.
O Messias é relembrado, também, na pessoa de Zorobabel (2.23), o qual se tornou o centro da
linhagem messiânica reunindo os dois ramos.
Examine o quadro "Zorobabel" à página 221.
A(;!eu em Relance
TÓPICOS
LOCAL JERUSALÉM
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220
Carreira Profética de Ageu
ESBOÇO DE AGElJ
Zorobabel
iDAVID,
SALOMÃO NATÃ
ZOROBABEL
José MARIA
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221
ZACARIAS
Após doze anos ou mais de trabalho, a tarefa de reconstruir o templo de Jerusalém estava ainda na
metade. O profeta Zacarias foi comissionado por Deus para incentivar o povo a completar esta obra
tão importante. Em lugar de exortá-los com palavras duras de censura, Zacarias apresentou-lhes um
objetivo muito positivo: o templo precisava ser reconstruído, pois algum dia a glória do Messias
habitaria nele.
Autor
Zacarias, cujo nome significa "Javé se lembra", foi um dos profetas pós-exílio contemporâneo de
~ ') Ageu. O nome Zacarias era popular em Israel, e há não menos do que vinte personagens do Antigo
~ ~ Testamento com este nome. Filho de Berequias e neto de Ido, descendente de uma família sacerdotal
~ da tribo de Levi. Nasceu na Babilônia e foi trazido por seu avô para Jerusalém, quando os exilados
.retomaram sob a liderança de Zorobabel.
Data
Zacarias usa uma série de seis visões, quatro mensagens e dois fardos para retratar os planos futuros
de Deus para seu povo do pacto. Os primeiros oito capítulos foram escritos para estimular o
remanescente do povo, enquanto reconstruíam o templo, os últimos seis capítulos foram escritos
depois do término da construção do templo, antecipando a vinda do Messias de Israel. Zacarias passa
da dominação gentHica para o governo messiânico, da perseguição à paz, e da impureza à santidade.
Os últimos seis capítulos não estão claramente relacionados a qualquer situação histórica específica
na vida do profeta, mas olham para o futuro, para os eventos que encaminham a chegada da era
messiânica e, inclusive para esta própria era. Nesta seção são preditos: a ascensão da Grécia, o
advento e rejeição do Messias, e seu triunfo final.
223
Zacarias em Relance
QUATRO
ÊNFASE OITO VISÕES DOIS JUGOS
MENSAGENS
LOCAL JERUSALÉM
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ESBOÇO DE ZACARIAS
224
V. Quatro Mensagens de Zacarias 7.4 - 8.23
A. Repreensão à Hipocrisia 7.4-7
B. Arrependimento da Desobediência 7.8-14
C. Restauração de Israel 8.1-7
D. Regozijo no Futuro de Israel 8.18-23
Visões de Zacarias
O livro de Zacarias inclui uma série de visões com símbolos vigorosos, porém misteriosos, ao lado
do aparecimento de um anjo que interpreta as visões, porém deixando alguns dos símbolos sem
explicação. Estas visões misturam a obra do Messias em ambos os adventos, e, como os outros
profetas, Zacarias vê apenas os picos do programa de Deus, sem os vales intermediários.
Visões de Zacarias
As visões de Zacarias tinham um significado histórico para os seus dias, mas também um significado
para todos os tempos. Deus salvará seu povo e trará julgamento sobre o perverso.
Visão Significado
Homem e:.cavalos entre a murteira (1.8) O Senhor voltará a ser misericordioso com Jerusalém (1.14,16,17)
Quatro chifres e quatro ferreiros (1.18-20) Aqueles que dispersaram Judá são lançados fora (1.21)
Homem com o cordel de medir (2.1) Deus será um muro de fogo protetor ao redor de Jerusalém (2.3-5)
Candelabro de ouro e oliveiras (4.2,3) O Senhor dá poder a Israel pelo seu Espírito (4.6)
Quatro carros (6.1) Os espíritos do céu executam julgamento sobre toda a terra (6.5,7)
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225
---------------------------------------------------------~
MALAQUIAS
Malaquias, um profeta dos dias de Neemias, dirigiu sua mensagem de julgamento a um povo
atormentado por sacerdotes corruptos, costumes iníquos, e um falso senso de segurança. Usando o
método de perguntas e respostas, Malaquias investiga profundamente os vários problemas
apresentados pelo povo como hipocrisia, infidelidade, casamentos mistos, divórcio, culto falso e
arrogância.
Durante os quatrocentos anos que se seguiram às condenações vibrantes de Malaquias, Deus
permaneceu silencioso. Somente com a vinda de João Batista (3.1) ele volta a se comunicar com seu
povo por uma voz profética.
Autor
o nome Malaquias significa "Meu Mensageiro". Embora alguns o considere mais como um título do
~ que como um nome propriamente, isto é improvável, pois o uso de um título seria único entre os
~
~
W- profetas. Desconhecido para nós fora do contexto de seu livro, Malaquias é o último profeta do
Antigo Testamento, e seu livro fecha esta porção das Escrituras.
Data
Embora não se possa estabelecer uma data exata, a evidência interna pode ser usada para se deduzir
uma data aproximada. O uso do termo persa pechah para referir-se ao governador (1.8) indica que o
livro foi escrito durante a dominação persa. O templo tinha sido reconstruído, uma vez que sacrificios
estavam sendo oferecidos no templo (1.7-10). Além disso, as mensagens de Malaquias se dirigem
aos mesmos problemas enfrentados por Neemias: sacerdotes corruptos (1.6-2.9; cf. Ne 13.1-9),
negligência com os dízimos e ofertas (3.7-12; cf. Ne 13.10-13) e casamentos mistos com esposas
pagãs (2.10-16; cf. Ne 13.23-28). Neemias tinha vindo para Jerusalém em 444 a.c. para reconstruir
as muralhas da cidade, mas voltou à Pérsia em 432 a.c. Quando retomou à Palestina (c. 425 a.C.),
Neemias enfrentou os pecados citados por Malaquias. Portanto, é provável que Malaquias tenha
proclamado sua mensagem durante o tempo em que Neemias esteve ausente, entre 432 e 425 a.C.
226
Malaquias em Relance
TÓPICOS
LOCAL JERUSALÉM
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ESBOÇO DE MALAQlJlAS
227
A Vinda de Cristo
Os últimos dois capítulos do último livro do Antigo Testamento contém dramáticas profecias da
vinda do Senhor e de João Batista. Quatrocentos anos mais tarde Israel afluiu ao rio Jordão quando
a "voz do que clama no deserto: prepara i o caminho do Senhor" (Mt 3.3; cf. Ml 3.1), apareceu
quebrando, assim, o longo período de silêncio profético.
A Vinda de Cristo
Sua vinda traz julgamento (4.1) Aquele cujo nome não está no livro da vida
será lançado no lago de fogo (Ap 20.11-15)
Seu precursor prepara a vinda do Senhor (3.1; 4.5) João Batista anuncia Cristo (Mt 11.10-14)
»« 228
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PERíODO ,
INTE·RTESTAMENTARIO
o mapa abaixo mostra a Palestina como uma região subjugada por quatro sucessivos impérios
mundiais, começando com o Império Assírio, em 750 a.C. e concluindo com o Império Grego de
Alexandre, de 331 a 146 a.C. Após a morte do grande conquistador em 323 a.C; os principais
generais de Alexandre dividiram o império entre si e estabeleceram suas próprias dinastias. Duas
delas governaram a Palestina: primeiro o reino de Ptolomeu, que manteve a Palestina de 323 a 198
a.C, quando, em batalha, ela foi perdida para o reino dos Selêucidas. Estes Selêucidas da Síria
governaram até a revolta da família judaica dos Asmoneus (mais tarde chamados Macabeus), os
quais conseguiram completa independência em 143 a.c. A independência da Judéia durou até que os
romanos ocuparam a região sob o comando do general Pompeu em 63 a.c. Roma continuou ocupando
a região durante todo período histórico compreendido pelo Novo Testamento. Mapas ilustrando
estas mudanças de poder político sobre a Palestina podem ser encontrados nas páginas seguintes.
Império Grego
331 - 146 a.C,
Alexandre conquistou
o império persa.
Império Persa
539 - 331 a.C.
Os judeus receberam
Império Babilônico
permissão para
612 - 539 a.C.
retornar do exílio.
Conquistou Judá;
início do Exílio.
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© 2002, Editora Cultura Cristã
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OS QUATRO
EVANGELHOS
Os quatro evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João - nos contam a respeito da vida de Jesus. No
entanto, eles não são biografias verdadeiras. Falam pouco a respeito da origem da família de Jesus e
, de sua juventude. Eles se concentram quase que totalmente nos três anos do ministério de Jesus, mas
mesmo aí não fornecem informação suficiente para reconstruir uma história completa desses anos.
Há um grande foco de atenção voltado para a pessoa de Jesus e seus ensinamentos, e o ponto alto dos
quatro evangelhos é a morte e ressurreição de Jesus e os eventos associados a elas.
'Mateus, Marcos e Lucas são chamados de " Evangelhos Sinópticos". O termo "Sinóptico" significa
que eles vêem a vida de Jesus sob uma perspectiva comum. Depois de apresentarem Jesus de diferentes
formas dependendo do seu propósito, eles relatam o ministério de João Batista, o batismo e tentação
de Jesus, seu ministério na Galiléia e Judéia, sua última semana em Jerusalém, sua morte e ressurreição.
No relato sinóptico Jesus caracteristicamente se refere a si mesmo como o Filho do Homem, e
proclama o reino de Deus.
Apesar das semelhanças nos relatos sinópticos, esses evangelhos variam no tipo de material que eles
incluem e na organização de eventos específicos. Além disso, cada evangelho foi escrito para enfatizar
certos aspectos da pessoa e obra de Jesus. Mateus enfatiza que Jesus é o Messias verdadeiro e o
objeto da exçectativa e \1to{ecia do Â..l\tl'bO 1:e\'.tame\\to.O ,e\.ato ,i.}'>\lio lie M",-,\:'o~ {O\ e~\:'>\\o }'>"'->"'-
atrair os cristãos romanos e o evangelho de Lucas é dirigido aos gentios e enfatiza a consideração de
Jesus por todos os tipos de pessoas.
O evangelho de João se diferencia dos sinópticos em uma série de aspectos. Ele fala mais sobre o
início do ministério de Jesus na Judéia. João também relata longos discursos temáticos de Jesus ao
invés de dizeres curtos típicos dos relatos sinópticos. Em João Jesus refere-se a si mesmo como o
Filho de Deus e fala de salvação como vida eterna. Mais do que os sinópticos, João inclui reflexão
teológica sobre o significado da vida e morte de Jesus.
Veja o quadro "Por que quatro evangelhos" na página 240.
Jesus é o Messias Rei Jesus é o Filho de Deus Jesus é o Filho do Homem Jesus é o totalmente divino
Retrato de que cumpre a profecia como autoridade perfeito que veio para Filho de Deus em quem
Jesus e expectativas do salvar e ministrar a todas devemos crer para
Antigo Testamento as pessoas através do poder receber a vida eterna
do Santo Espírito e oração (o "Eu Sou" de Deus)
Versos Mateus 1.1; 16.16, 20.28 Marcos 1.1; 8.27; 10.45; Lucas 19.10 João 20.31
chave 15.34
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238
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As Teorias das Fontes dos Três Evanllelhos Sinópticos
MATEUS LUCAS
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Jerusalém Roma Antioquia Cesaréia
60-65 d.C. 65 d.C. 50 d.C. 60-65 d.C.
Mateus
Antioquia
MATEUS
LUCAS
(Uma Testemunha Ocular)
59-61 d.C.
45-55 d.C.
MARCOS
65 d.C.
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson. Inc.
239
OS MILAGRES DE JESLJSCRISTO
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240
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AS PARÁBOLAS DE JESUS CRISTO
Nelson s Complete Book ofBible Maps and Charts ~ 1993 by Thomas Nelson. Inc.
241
HARMONIA DOS EVANGELHOS
É dificil determinar uma cronologia histórica precisa, tanto do ponto de vista interno quanto externo,
para os eventos contidos nos Evangelhos. Existem algumas incertezas com respeito tanto a eventos
históricos externos como quanto ao relacionamento de alguns acontecimentos retratados nos próprios
Evangelhos. Por esta razão, a Harmonia dos Evangelhos apresentada neste trabalho, assim como as
datas históricas indicadas, devem ser consideradas como aproximadas.
Entretanto, estas incertezas não nos devem surpreender, pois os Evangelhos não pretendem ser
biografias completas de Jesus. Os evangelistas dão nos algumas referências históricas, mas sua
intenção primária é apresentar a obra e a pessoa salvadora de Jesus Cristo. Embora possamos ter
absoluta confiança no caráter histórico dos eventos relatados, há muitas informações que os
Evangelhos omitem (cf. Jo 2l.25).
Lucas 3.1 data o começo do ministério de João Batista no "décimo quinto ano do reinado de
Tibério César", data um tanto incerta (poderia ser 26 ou 29 d.e., dependendo do calendário usado).
De acordo com Lucas 3.23, Jesus começou seu ministério quando tinha ao redor de 30 anos de
idade. Embora o relato sinótico do ministério de Jesus pudesse ser resumido em apenas um ano, o
registro feito por João de três visitas de Jesus a Jerusalém para a celebração da Páscoa, indica um
período de ministério de três anos (alguns estudiosos preferem um período de dois anos para o
ministério de Jesus). Portanto, se Jesus começou seu ministério em 27 d.e., um ministério de três
anos resultaria em 30 d.e. para a crucificação e ressurreição.
242
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Harmonia dos Evanl1elhos
APRESENTAÇÕES DE JESUS
5 a.C. 5. Nascimento, Infãncia e Propósito para o Futuro de João Batista Judéia 1.57-80
4 a.C. 11. Primeira Visita ao Templo, Reconhecido por Simeão e Ana Jerusalém 2.22-38
13. Fuga para o Egito e Massacre dos Inocentes Belérn, Jerusalém e Egito 2.13-18
c. 25--27 d.C. 1 . Início do Ministério de João Deserto da Judéia 3.1 1.1-4 3.1,2 1.19-28
MINISTÉRIO DA GALlLÉIA
27-29 d.C.
c. 27 d.C. 7. Primeira Viagem de Pregação pela Galiléia Galiléia 4.23-25 1.35-39 4.42-44
10. Mateus É Chamado e Oferece uma Recepção Cafamaum 9.9-13 2.13-17 5.27-32
11. Discípulos Defendidos por uma Parábola Cafamaum 9.14-17 2.18-22 5.33-39
28 d.C. 12. Vai a Jerusaém para a Segunda Páscoa e Cura um Coxo Jerusalém 5.1-47
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas elson, Inc.
243
Data Evento Localização Mateus Marcos Lucas João
13. Trigo Colhido Precipita Controvérsia sobre Sábado A Caminho da Galiléia 12.1-8 2.23-28 6.1-5
14. A Cura de um Homem com a Mão Mirrada Galiléia 12.9-14 3.1-6 6.6-11
Causa Outra Controvérsia sobre o Sábado
15. Multidões São Curadas Mar da Galiléia 12.15-21 3.7-12 6.17-19
16. Doze Apóstolos Selecionados Perto de Cafamaum 3.13-19 6.12·16
Após uma Noite de Oração
17. Sermão da Montanha Perto de Cafamaum 5.1-7.29 6.20·49
18. Cura do Servo do Centurião Cafarnaum 8.5-13 7.1-10
19. Ressucita o Filho da Viúva Naim 7.11-17
20. Jesus Aquieta as Dúvidas de João Galiléia 11.2-19 7.18-35
21. Ai dos Privilegiados 11.20-30
22. Mulher Pecadora Unge a Jesus Casa de Simão, Cafamaum 7.36-50
23. Outra Viagem pela Galiléia Galiléia 8.1-3
24. Jesus Acusado de Blasfêmia Cafamaum 12.22-37 3.20-30 11.14-23
25. Jesus Responde à Exigência de um Sinal Cafamaum 12.38-45 11.24-26, 29-36
26. Mãe e Irmãos Procuram Falar com Jesus Cafamaum 12.46-50 3.31-35 8.19-21
28 d.C. 27. Parábolas Famosas. Semeador, Semente, Joio, Junto ao Mar da Galiléia 13.1-52 4.1-34 8.4-18
Grão de Mostarda, Fermento, Tesouro, Pérola,
Rede, Candeia
46. Pedro Confessa que Jesus é o Cristo Perto de Cesaréia de Filipe 16.13-20 8.27-30 9.18-21
47. Jesus Prediz sua Morte Cesaréia de Filipe 16.21·26 8.31-38 9.22-25
48. Promessa do Reino 16.27,28 9.1 9.26,27
49. A Transfiguração Montanha não lcentl icada 17.1-13 9.2-13 9.28-36
50. Cura de um Epilético Monte da Transfiguração 17.14-21 9.14·29 9.37-42
51. Fala Novamente sobre sua Morte e Ressurreição Galiléia 17.22,23 9.30-32 9.43·45
52. Impostos Pagos Cafamaum 17.24-27
53. Discípulos Discutem sobre Quem é o Maior. Cafarnaum 18.1-35 9.33-50 9.46·62
Jesus Define Paciência, Lealdade, Perdão
54. Jesus rejeita o Conselho de seus Irmãos Galiléia 7.2-9
c.Sel. 29 d.C. 55. Saída da Galiléia, Rejeição dos Sarnaritanos 19.1 9.51-56 7.10
56. Custo do Discipulado 8.18-22 9.57-62
29-30 d.C.
Out. 29 d.C. 1. Festa dos Tabemáculos Jerusalém 7.2, 10-52
2. Mulher Adúltera Perdoada Jerusalém 7.53·8.11
29 d.e. 3. Cristo-a Luz do Mundo Jerusalém 8.12-20
4. Fariseus não Acertam a Profecia e Jerusalém- Templo 8.21-59
Tentam Destruir o Profela
5. Cego de Nascença É Curado; Conseqüências Jerusalém 9.1-41
6. Parábola do Bom Pastor JerusaJém 10.1-21
7. O Serviço dos Setenta Provalvelmente Judéia 10.1-24
8. Doutor da Lei Ouve a História do Bom Samaritano Judéia (?) 10.25-37
244
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Data Evento Localização Mateus Marcos Lucas João
Primavera 30 d.C. 1. Entrada Triunfal 8etânia para Jerusalém 21.1-9 11.1-11 19.28-44 12.12-19
Domingo 2. Figueira Amaldiçoada e Templo Purificado Betânia a Jerusalém 21.10-19 11.12-18 19.45-48
Segunda-Feira 3. A Atração do Sacrificio Jerusalém 12.20-50
4. Testemunho da Figueira Seca Betânia a Jerusalém 21.20-22 11.19-26
Terça-Feira 5. Sinédrio Desafia Jesus.
245
Data Evento Localização Mateus Marcos Lucas João
Monte das Oliveiras Monte das Oliveiras 26.30, 36-46 14.26,32-42 22.39-46 18.1
Sexta-Feira 25. Traição, Prisão, Deserção Getsémani 26.47-56 14.43-52 22.47-53 18.2-12
27. Julgado por Cairás e Sinédrio; Injúrias Jerusalém 26.57, 58-68 14.53, 55-65 22.54,63-65 23
28. Tripla Negação de Pedro Jerusalém 26.58,69-75 14.54, 66-72 22.54-62 18.24
33. Segunda vez Perante Pilatos Jerusalém 27.15-26 15.6-15 23.13-25 18.28-38
36. Seis Eventos das três primeiras horas na Cruz Calvário 27.35-44 15.24-32 23.33-43
37. Últimas três horas na Cruz Calvárío 27.45-50 15.33-37 23.44-46 19.16,17
DA RESSURREiÇÃO À ASCENSÃO
Nelson s Com p lere Book of Bible Ma ps and Charts © 1993 b y Thomas Nelson, Inc.
Dinastia Herodiana
Herodes era o nome de família de vários governantes romanos que serviram como governadores da
Palestina e regiões vizinhas durante a época do ovo Testamento.
O primeiro Herodes, conhecido como Herodes o Grande, foi o governador romano da Palestina durante
a época do ImperadorCésar Augusto, no tempo em que Jesus nasceu em Belém (Mt 2,1; Lc 3.1) Todos
os outros Herodes mencionados no Novo Testamento são filhos ou netos deste Herodes.
Herodes o Grande (governou a Palestina de 37-4 a.c.), ficou conhecido como um grande construtor,
organizador e empreendedor, embora sua política fosse considerada cruel e implacável pelo povo judeu, Sua
realização mais notável foi a reconstrução do templo de Jerusalém - um projeto que durou quase cinqüenta
anos. Ele também reconstruiu e expandiu a cidade de Cesaréia, transforrnanda numa cidade portuária à beira
do mar Mediterrâneo. Cesaréia era a capital romana da Palestina durante a época do Novo Testamento. Os
fantásticos aquedutos construídos por Herodes na cidade ainda podem ser vistos hoje.
Antipas, filho de Herodes, sucedeu ao pai como governador romano da Galiléia e Peréia (Mt 14.1)
Antipas foi o responsável pela prisão e morte de João Batista (Lc 3.19, 20; Mt 14.1-12).
Agripa, neto de Herodes o Grande, foi nomeado governador de toda a Palestina pelo Imperador romano
Calígula. Agripa é conhecido como perseguidor dos cristãos primitivos. Mandou executar Tiago e
prendeu Pedro. Por causa de sua crueldade e blasfêmia, Agripa foi morto por um anjo do Senhor,
246
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Em 50 d.e., seu filho, Agripa lI, foi nomeado governador e rei do território de Calcis. Mais tarde
Abilene, Traconites, Acra e importantes áreas da Galiléia e da Peréia foram também incorporadas ao
território sob seu governo. A única referência a este Herodes no Novo Testamento ocorre em Atos
25.13 ~ 26.32, texto que relata a prisão de Paulo em Cesaréia. Agripa ouviu a defesa de Paulo, mas
o apóstolo havia apelado para César e Agripa. não tinha poder para libertá-lo.
Os outros dois Herodes mencionados no Novo Testamento são HerodesArquelau (Mt 2.22) e Herodes
Felipe (Lc 3.1) Ambos eram filhos de Herodes o Grande, tendo governado parte do território
anteriormente administrado pelo pai.
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Porta Exterior do Norte
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Cláustros Cláustros Cláustros Cláustros
Internos Internos Internos Internos Pátio dos Câmara dos
Nazireus Leprosos
Pátio de Israel (Homens)
Balcão das Mulhere Balcão das Mulheres
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Pátio de Sacerdotes
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Compartimento Pátio do
Cláustros para Lenha
Cláustros Cláustros Cláustros Canto
Internos Internos Internos Internos
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A Família de Herodes
Herodes o Grande
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Filho de Doris Filhos de Mariana Fihos de Maltace Filhos de Cleópatra Filhos de Mariana
Antipater
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Aristóbulo
I
Alexandre
I Tetrarca Herodes
Felipe 11 T
+
Herodes
Herodes Arquelau Filipe I
Antipas (1 Q marido de Herodias)
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H. de Calcis Herodias (mulher de
Herodes Antipas)
Herodes
Agripa I Salomé
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Berenice H.Agripa II Drusila
(casada com Félix)
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247
Diri~entes Políticos da Palestina no Novo Testamento
Ânio Rufo
Pôncio Pilatos
Calígula Marcelo
Herodes Agripa
Tibério Alexandre
Herodes Agripa 11
Ventido Comano
(começou a govemar em 34 d.C.
M. Ântonio Félix
em outras província e em 39 d.C,
Nero Pórcio Festo
na Galiléia e na Peréia)
Clodio Albino
Tito
-
Domiciano
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248
MATEUS
o Evangelho de Mateus está apropriadamente localizado no início do Novo Testamento, não por que tenha
sido o primeiro livro escrito do Novo Testamento, nem tampouco porque seja o Evangelho mais antigo. A
razão é, antes de tudo, porque este Evangelho coloca sua maior ênfase na relação entre Jesus e o Antigo
Testamento, servindo, assim, como uma ponte entre os dois Testamentos, como promessa e cumprimento.
Autor
Os mais antigos manuscritos do primeiro Evangelho não identificam seu autor, e alguns estudiosos
~ ') modernos rejeitam a autoria de Mateus. Entretanto, desde o segundo século da nossa era, a tradição
~~ da Igreja tem atribuído a autoria deste Evangelho a Mateus, o discípulo de Jesus e apóstolo .
~ .,/ Antes de ser chamado para seguir a Jesus (Mt 9.9-13), Mateus ocupava um cargo muito impopular
como cobrador de impostos para o Império Romano em Cafarnaum. Como um cobrador de impostos
bem qualificado, Mateus estava, provavelmente, acostumado a tomar notas e manter registros do
que acontecia ao seu redor. O caráter judaico deste Evangelho combina bem com tal autor.
Data
Alguns têm sugerido uma data tão precoce quanto o ano 50 de nossa era, e Mateus foi o primeiro a
ser citado por um dos pais da Igreja ao redor de 110 d.C. A data precisa depende, até certo ponto, do
relacionamento de Mateus com Lucas e Marcos (Examine "Os quatro Evangelhos" página 237).
As duas expressões "até o dia de hoje" (27.8) e "até este dia" (28.15) indicam que um período
substancial de tempo se passou desde os eventos descritos no livro, mas também aponta para uma
data anterior à destruição de Jerusalém em 70 d.e. O sabor judaico deste Evangelho é mais um
argumento a favor de uma data anterior a 70 d.e.
Se Mateus dependeu do Evangelho de Marcos como uma de suas fontes, a data de Marcos determinaria
a data mais antiga possível para Mateus, e uma época plausível para a composição deste livro seria
58-68 d.e. Foi, provavelmente, escrito na Palestina ou em Antioquia da Síria.
249
A Igreja Primitiva colocou Mateus como primeiro livro do Cânon do Novo Testamento, porque ele
forma uma ponte natural entre os dois Testamentos: Mateus apresenta Jesus como o Rei Messiânico
prometido a Israel e como descendente de Davi. Para demonstrar que Jesus preenche as qualificações
do Messias, Mateus usa um número maior de alusões e citações do Antigo Testamento do que
qualquer outro livro do Novo Testamento (quase 130). A frase "para que se cumprisse o que foi dito
pelo profeta" aparece nove vezes neste Evangelho e nenhuma vez nos outros.
Mateus destaca a figura de Jesus como mestre e especialmente como intérprete autorizado e
competente da Lei de Moisés e da vontade de Deus (4.23; 5.2; 7.28, 29).
Mateus é o único Evangelho que menciona explicitamente a Igreja (16.18; 18.17), e a expressão
"Reino do Céu" ocorre trinta e duas vezes neste Evangelho, mas não aparece em nenhum outro livro
do Novo Testamento.
A narrativa de Mateus inclui alguns eventos que não são mencionados ou não têm paralelo preciso
nos outros evangelhos - por exemplo, a visita dos magos (2.1-12), a fuga para o Egito (2.12-23), e
o Sermão da Montanha (5.1 - 7.29).
Houve cumprimento de profecia na fuga de José e Maria para o Egito (Mt 2.15; cf. Os 11.1).
Muitos estudiosos sugerem que, ao empregar o texto de Oséias 11.1 em 2.15, Mateus infere
que Jesus recapitula a história de Israel, e incorpora em si mesmo o futuro de Israel como povo
de Deus.
Mateus em Relance
PREPARAÇÃO
CRESCENTE APRESENTAÇÃO
DIVISÃO APRESENTAÇÃO PROCLAMAÇÃO PODER DOS DESAGRAVO
REJEiÇÃO E REJEiÇÃO
DO REI DO REI DO REI DiscíPULOS AO REI
AO REI DO REI AO REI
.
CRONOlÓGICO
I TEMÁTlCO CRONOlÓGICO
BElÉME
LOCAL GALllÉIA JUDÉIA
NAZARÉ
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250
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Do Egito
chamei o meu filho"
Os 11.1
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ESBOÇO DE MATElJS
253
Sétima Parte. A Reivindicação do Rei (28.1-20)
o Sermão da Montanha
o longo discurso de Jesus conhecido como Sermão da Montanha (Mt 5 - 7) recebeu este nome porque
no início de seu ministério Jesus ensinou seus discípulos e as multidões que o seguiam da encosta de
uma montanha (Mt 5.1) O lugar onde tradicionalmente se considera que Jesus tenha pregado este
sermão é marcado hoje por uma pequena e bela igreja denominada Capela do Monte das Bem
Aventuranças, um dos mais importantes pontos de visita para os turistas que viajam pela Terra Santa.
O tema central do Sermão é resumido em Mt 5.48. "Portanto, sede vós perfeitos, como perfeito é o
vosso Pai Celeste." A palavra "perfeito"não quer dizer sem pecado e não se refere à perfeição
moral. Ela indica integralidade, totalidade, maturidade - significa tudo aquilo que Deus deseja que
uma pessoa seja. Este objetivo, embora não consigamos alcançá-lo nesta vida, deveria nos desafiar
continuamente a servir cada vez melhor ao nosso Senhor.
As dez principais seções do Sermão do Monte são as seguintes.
1- As Bem-Aventuranças (5.3-12) - as recompensas abençoadas de vivermos como cidadãos do
Reino de Cristo
2- A lição do sal e da luz (5.13-16) - os efeitos da vida cristã sobre o mundo.
3- A verdadeira justiça (ou retidão) (5.17-48) - o significado profundo da lei de Deus.
4- Prática sem hipocrisia (6.1-18) - as razões certas para dar, orar e jejuar.
5- As preocupações ou cuidados cristãos (6.19-34) - servir a Deus com singeleza de propósito e colocar
os interesse de seu reino em primeiro lugar nos liberta da ansiedade sobre coisas menos importantes.
6- Advertência sobre julgamento (7.1-16) - os perigos de julgarmos os outros de maneira impiedosa
e descuidada.
7- Convite à oração (7.7-12) - as bênçãos e privilégios da oração.
8- Os dois caminhos (7.13, 14) - escolha o caminho estreito, não o caminho largo que conduz à perdição.
9- A árvore e seus frutos (7.15-20) - "Por seus frutos os conhecereis."
10- A importância das obras (7.21-29) - obedecer a Deus é bem melhor do que falar sobre obediência.
o Batismo de Jesus
Os três Evangelhos Sinóticos registram o batismo ea tentação de Jesus (Mt 3.13 - 4.11; Me 1.9-13;
Lc 3.21, 22; 4.1-13). No batismo Jesus se identifica com o povo que veio salvar. Naquele momento
ele recebeu a bênção de seu Pai Celeste e o poder do Espírito Santo para a realização de sua obra
messiânica. Imediatamente após o batismo, Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para
ser tentado pelo diabo. Era necessário que Jesus, sendo o segundo Adão inculpável, enfrentasse seu
adversário logo no início de seu ministério e demonstrasse brilhantemente sua vitória sobre a tentação.
O mapa à página ao lado traça a possível rota usada por Jesus de Nazaré até o local onde João
batizava e depois até o deserto da Judéia.
254
Ministério de Jesus na Galiléia
Mar o 40Mi
Mediterrâneo I
o 40km
GALlLÉIA
DECÁPOLlS
PERÉIA
N
Jerusalém
JUDÉIA • Maquerunte
t
© 2002, Editora Cultura Cristã
255
Ministério na Galiléia
Cura de
Merom G~ULANITIS
e um cego (Mc 8).
Mar Cinco mil Selêucia
Centro tático Sermão
Mediterrâneo são alimentados
e
do ministério; do Monte Corazim e
muitos milagres. (Mt 5-7). (Mc6).
~_~-l Cafarnaume
Genesarée Betsaida
't- --1Jesus anda
sobre
e Gergesa as águas
GALlLÉIA Caná (Mc 6).
inium e
Sefóris
~.
0Q Nazaré
<;:,.
~
Megido '? Gadara
e
Cura do endemoninhado;
Prega na demônios entram
sinagoga e nos porcos (Mc.45).
é rejeitado (Lc 4).
DECÁPOLlS
Palestina Central
Na porção compreendida entre 19.1 - 20.34, Mateus relata o final do ministério de Jesus na região
da Judéia, Palestina Central. Começando na margem leste do Jordão, Jesus seguiu em direção a
Jerusalém, e do clímax de sua obra redentora.
I -
256
~
,
<
Ministério de Jesus Além da Galiléia
Embora Jesus tivesse dirigido seu ministério primeiramente aos judeus (Mt 15.24), os quatro Evangelhos
registram ocasiões em que ele ministrou aos gentios. A razão imediata da excursão de Jesus em
território gentio foi a oposição dos líderes judeus, mas seu ministério nesta região serviu também para
antecipar a extensão do Evangelho aos gentios após o Pentecostes.
Perto de Tiro Jesus expulsou um demônio da filha de uma mulher siro-fenícia (Me 7.24-30), Pedro
fez sua grande confissão em Cesaréia de Felipe (Mt 16.13-19). Jesus voltou para a Galiléia passando
pela região de Decápolis e cruzando o Rio Jordão ao sul do mar da Galiléia.
A Vida de Jesus
Início do Ministério:
Batizado e tentado
no sul da Palestina (Mc 1.9-13); Cana.
transformou água em vinho
em Caná da Galiléia (Jo 2.1-12);
iniciou seu ministério com
uma proclamação pública na
sinagoga de Nazaré (Lc 4.16-23);
ensinou e curou na • Guedara
vizinhança de Cafarnaum (Mt 4.23-25).
Primeira Parte do
Ministério na Galiléia:
Pregou o Sermão do Monte (Mt 5-7);
ressuscitou o filho da
viúva de Naím (Lc 7.11-17);
curou o endemoninhado
em Guedara (Lc 8.26-39);
rejeitado por seus conterrâneos
em Nazaré (Mt 13.53-58). • Samaria
Final do ministério
ao sul e no centro da Palestina:
Curou dez leprosos
em Samaria (Lc 17.11-19);
ressuscitou Lázaro
dos mortos em Betânia (Jo 11.38-44);
preso, crucificado,
e ressuscitado em Jerusalém (Mc 14-16).
Mar
Mediterrâneo
8elém •
Mar
Nascimento e infância: Nascido em Belém (Lc 2.1-7); Morto
levado para o Egito para escapar da ameaça de Herodes (Mt 2.13-15);
cresceu em Nazaré, na Galiléia (Mt 2.19-23);
aos doze anos visitou o templo em Jerusalém (Lc 2.41-50).
257
Última Viallem a Jerusalém
Embora Jesus tenha feito várias viagens a Jerusalém (relatadas com maiores detalhes no Evangelho
de João), os Sinóticos enfatizam apenas sua última viagem à cidade onde ele deveria sofrer pelos
pecados do seu povo e ressucitar vencendo a morte.
Durante esta viagem da Galiléia para Jerusalém, Jesus instruiu seus discípulos sobre o significado do
verdadeiro discipulado cristào e falou-lhes sobre sua próxima paixào.
Os evangelistas devotam grande atenção aos acontecimentos que culminaram com a crucificação de
Jesus. A última semana de seu ministério terreno começou com a entrada triunfal em Jerusalém, e os
"Hosanas" cantados pela multidão, os quais se transformaram, antes que a semana terminasse, em
gritos de "Crucifica-o." Jesus, aparentemente, gastou a maior parte da semana ensinando no templo
durante o dia. As noites foram passadas no lar de Marta, Maria e Lázaro, em Betânia. Acontecimentos
significativos durante esta semana incluíram a trama do Sinédrio, a traição e prisão de Jesus, os
julgamentos, e a caminhada de Jesus até o Gólgota, passando pelas ruas de Jerusalém, um caminho
conhecido hoje como Via Dolorosa, e a ressurreição. Após sua ressurreição, o ministério de Jesus
continuou por mais quarenta dias antes de sua ascenção.
Quinta Feira Jesus come a Páscoa com seus discípulos e institui a Ceia do Senhor João 13.1-30/ Marcos 14.22-26
Jesus ora por seus discípulos no Getsêmani João 17
,- 258
o Juleamento e Crucificação de Cristo
Após sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus encontrou a oposição de sacerdotes, Saduceus,
Fariseus, e escribas. Depois de sua prisão no Jardim do Getsêmani, os três julgamentos religiosos e
três civis culminaram com sua crucificação fora das portas da cidade.
"Calvário de Gordon"
e Jardim do Túmulo
N Localização Alternativa
Estrada de Betânia
t
Entrada Triunfal no
Domingo de Ramos
Tanque de
8etesda
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o Jardim do
Getsêmane
Palácio de Jesus é preso
Palácio de Herodes Antipas
Herodes
Muros durante
o tempo de Cristo
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Tanque de
"E aconteceu que,
~ Porta de _ /1 ao se completarem os dias
em que devia ele
Porta dos Porta das ser assunto ao céu,
Refúgio
Essênios manifestou, no semblante,
Águas
a intrépida resolução
de ir para Jerusalém" (Lc 9.51).
VALE DE HINOM
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259
Aparições de Jesus após sua Ressurreição
As Escrituras documentam dez aparições de Cristo após sua ressurreição e antes de sua ascenção,
além destas, temos a aparição do Cristo glorificado a Paulo, na estrada de Damasco. Estas
repetidas confirmações apontam para a centralidade da ressurreição para os crentes do Novo
Testamento - a certeza da ressurreição de Cristo nos dá a firme garantia da ressurreição final
dos crentes (lCo 15.12-23).
Examine o mapa abaixo "A Ressurreição." Veja também o gráfico "Aparecimentos do Cristo
Ressucitado", página 311.
A Ressurreição
• Cafarnaum
.
"... de fato Cristo ressuscitou
dentre os mortos, Ptolemaida •
sendo ele as
primícias dos que dormem" \\...~\~
(1 Co 15.20). G~\": Tiberíades
Mar
Mediterrâneo • Cesaréia Jesus parece a onze discípulos
numa montanha da Galiléia (Mt 28)
Em Jerusalém Cristo
aparece para: Maria Madalena (Mc 16); SAMARIA PERÉIA
'para as outras mulheres (Mt 28);
aos onze discípulos (Lc 24);
e a Tomé (Jo 20).
Jesus aparece a
quinhentos irmãos • Jope
e a Tiago (1Co 15)
Local desconhecido
• Emaús N
Jesus aparece a
dois discípulos no
caminho de Emaús (Lc 24)
JUDÉIA
Jerusalém
Betânia
à :...·----:r-Tl
Monte das Oliveiras
Ascenção (Lc 24)
t
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260
A Terra dos Evanl!elhos
_ Damasco
SíRIA
Mar
Mediterrâneo
Cisjordânia
SlMARIA
PERÉIA
~:além -Amã
Belém/'
- Gaza /
·IDUMÉIA
t
JORDÂNIA
ISRAEL
EGITO
Nomenclatura Moderna
o 60 Mi
Sinai I I! I
o 60 km
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261
--~
...••
MARCOS
Marcos, o mais CUlto dos evangelhos, conta-nos mais a respeito das obras do que dos ensinos de
Jesus. A maioria dos acontecimentos registrados aparece também em Mateus e Lucas, mas Marcos
os narra com mais detalhes e mais vivacidade. Seu estilo direto e movimentado leva o leitor rapidamente
ao evento central do Evangelho - a morte e ressurreição de Jesus.
Autor
o Evangelho de Marcos, como todos os outros, é tecnicamente anônimo, pois o autor não se identifica.
~
f(
~
~
_ Entretanto, o testemunho claro dos pais da igreja primitiva é de que o livro foi escrito por João
Marcos, cuja família tem uma presença importante na igreja primitiva de Jerusalém (At 12.12).
Marcos foi companheiro de Paulo e Bamabé na primeira viagem missionária (At 12.25; 13.13).
~
Embora Paulo tivesse se recusado a levá-Ia em sua segunda viagem (At 15.37,38), mais tarde,
Marcos reconciliou-se com Paulo (C14.10) e associou-se a Pedro (1Pe 5.13).
Data
Muitos eruditos crêem que Marcos tenha sido o primeiro dos quatro evangelhos, mas existe alguma
incerteza a respeito da data. Por causa da profecia sobre a destruição do templo (13.2), ele deveria
ser datado antes de 70 d.C. mas as tradições mais antigas discordam quanto ao livro ter sido escrito
antes ou depois do martírio de Pedra (64 d.C.). O período provável para a composição deste livra
varia entre 55 d.C. - 68 d.C.
O Evangelho foi, evidentemente, dirigido a um público romano, e a tradição primitiva indica que ele
originou-se em Roma. Esta pode ser a razão por que Marcos omite um número apreciável de itens
que não teriam sentido para os gentios, como as genealogias de Cristo, cumprimento de profecia,
referências à Lei e certos costumes judaicos que encontramos nos outros Evangelhos. Marcos também
interpreta palavras aramaicas (3.17; 5.41; 7.34; 15.22) e usa um grande número de termos latinos em
vez de seus equivalentes gregos (4.21; 6.27, 42; 15.15, 16,39).
Marcos estrutura seu Evangelho ao redor da movimentação geográfica de Jesus, que chega ao
clímax com sua morte e ressurreição. Após a introdução, Marcos narra o ministério público de Jesus
na Galiléia(1.l4-8.30), a caminho da Judéia (8.31-10.52), e em Jerusalém (l1.l-13.37),culminando
na paixão (14.1-15.47), e ressurreição (cap. 16).
Sendo o mais curto e mais simples dos Evangelhos, Marcos apresenta um relato vívido e movimentado
do ministério de Jesus. A palavra característica deste livro é o termo grego euthus, traduzido como
"imediatamente", expressão que aparece mais freqüentem ente neste pequeno Evangelho do que no
restante do Novo Testamento. Cristo está constantemente se movimentando em direção a um alvo
que permanece desconhecido para quase todos.
262
Marcos realça o poder e a autoridade de Jesus, o eterno Filho de Deus, como Mestre (1.22), sobre
Satanás e os espíritos imundos (1.27; 3.19-30), sobre o pecado (2.1-12), sobre o sábado (2.27, 28;
3.1-6), a natureza (4.35-41; 6.45-52), a doença (5.21-34), a morte (5.35-43), a tradição legalista (7.1-
13; 14-20), e sobre o templo (11.15-18).
Quase quarenta por cento deste Evangelho dedica-se a relatar, com detalhes, os últimos oito dias de
vida de Jesus, culminando com sua ressurreição. Marcos enfatiza, de muitas maneiras, a paixão e
ressurreição como o padrão segundo o qual todo o ministério de Jesus pode ser avaliado.
Marcos em Relance
,-
OCASIÃO c. 29-33 d.C.
Nelson s Complete Book Df Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas elson, Inc.
Em várias ocasiões no Evangelho de Marcos, Jesus diz às pessoas que não contassem quem ele era,
nem que haviam presenciado algo que poderia demonstrar sua identidade. Isto é chamado "Segredo
Messiânico". Por que Jesus desejaria manter em segredo sua identidade como Messias?
• Para evitar que o considerassem como um mero "operador de maravilhas". Observe que muitas
destas ordens foram dadas após um milagre. Jesus não desejaria que as pessoas o seguissem
apenas para vê-lo fazer mágicas. Ele veio como Filho de Deus, trazendo salvação e perdão de
pecados, não apenas cura fisica e milagres.
• Para evitar publicidade indevida, que prejudicaria sua mobilidade e seu ministério com os discípulos.
Veja o resultado da desobediência do leproso em 1.45.
• Para evitar interpretações errôneas quanto ao tipo de Messias que Ele era. Ele veio para sofrer,
servir e sacrificar-se, não simplesmente para demonstrar seu poder (cf. 10.45).
• Para evitar a morte prematura que poderia ser a conseqüência de um aumento da popularidade.
Depois da transfiguração, que manifesta sua glória aos discípulos, Jesus disse-lhes para não comentarem
sobre este acontecimento "até o dia em que o Filho do Homem ressucitasse dentre os mortos" (9.9).
Após sua ressurreição e confirmação, a identidade do Messias e o caráter de sua missão seriam
propriamente compreendidos em toda sua plenitude. Após a ressurreição todos os crentes são enviados
ao mundo "para proclamar" (cf. Mt 28.7,8, 18-20; Mc16.7; Lc 24.9, 44-47).
i
263
ESBOÇO DE MARCOS
CARTAGO o
o
Mar Mediterrâneo
60 km
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266
LUCAS
o primeiro livro de um trabalho em dois volumes (sendo Atos o segundo), o Evangelho de Lucas é o
mais longo e mais literário dos quatro evangelhos. Apresenta a genealogia, nascimento e infância de
Jesus antes de prosseguir cuidadosamente o relato sobre o decurso de seu ministério, morte e
ressurreição; Lucas é, também, o mais completo dos Evangelhos.
Autor
o terceiro Evangelho é anônimo, mas os eruditos em geral concordam que Lucas escreveu ambos,
~_ ') este Evangelho e o livro de Atos (At 16.10-17; 20.5; 21.18; 27.1; 28.16). O autor de Atos escreve,
~~ primariamente, usando o pronome na terceira pessoa, mas, nestas passagens, muda abruptamente
~ ~ para a primeira pessoa, indicando que estava pessoalmente presente e era companheiro de viagem de
Paulo. Uma vez que Lucas não é mencionado em nenhuma destas "passagens nós", o companheiro
de viagem deve ser ele mesmo.
Lucas pode ter sido umjudeu helenista, mas a maior probabilidade é que fosse gentio. Em Colossenses
4.10-14, Paulo cita três companheiros de trabalho que são da circuncisão e, então, inclui o nome de
Lucas com os outros três gentios.
Alguns sugerem que Lucas pode ter sido um médico grego a serviço de uma família romana (era
comum que escravos gregos servissem como médicos), o qual foi libertado. A tradição antiga sustenta
firmemente que Lucas é o autor de Lucas-Atos e um ramo da tradição primitiva afirma que o Evangelista
era da Antioquia da Síria, permaneceu solteiro e morreu aos 84 anos de idade.
Data
No que diz respeito à data de composição deste evangelho, os estudos especializados dividem-se em
duas posições. Aqueles a favor de uma data mais tardia, colocam a composição do livro após 70 d.C.,
sugerindo que 21.20 indica que a queda de Jerusalémjá havia ocorrido (estes mantêm que a profecia
de predição é impossível).
A evidência bíblica aponta para 58--63 d.e. como a data mais provável. O Evangelho foi escrito
antes de Atos, e o último capítulo de Atos relata os acontecimentos ocorridos ao redor de 63 d.C
(e provavelmente termina da forma que o faz, porque os acontecimentos eram contemporâneos).
Se Atos foi escrito durante o período em que Paulo ficou preso em Roma (c. 63 d.C.), o Evangelho
pode ter sido composto durante os dois anos que Paulo passou encarcerado em Cesaréia, antes da
viagem para Roma.
Lucas tem muito em comum com os outros Evangelhos Sinóticos - Mateus e Marcos - mas cerca
de metade do material que encontramos em Lucas é exclusivamente seu. Em particular, Lucas
ressalta a viagem final de Jesus da Galiléia para Jerusalém. Essa seção (9.51 - 19.27), contém
muitas parábolas não registradas em outra parte.
;
267
Lucas em Relance
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Um aspecto do Evangelho de Lucas, que o distingue dos demais, é sua ênfase na universalidade da
mensagem cristã. Jesus não é apenas o Messias Judeu, mas o salvador de pessoas de todo o mundo
(2.32; 24.27). Ao apresentá-lo como Salvador de todos os tipos de pessoas, Lucas dá especial atenção
ao ministério de Jesus para com os pobres, os rejeitados e as mulheres.
Veja a Tabela "Mulheres do Novo Testamento" à página 271.
A humanidade e compaixão de Jesus são repetidamente enfatizadas no Evangelho de Lucas. O
Evangelista apresenta a mais completa narrativa da linhagem genealógica de Cristo, seu nascimento
e crescimento. Ele é o perfeito Filho do Homem que se identifica com a angústia e as circunstâncias
difíceis em que vive a humanidade pecaminosa, a fim de carregar consigo nossas tristezas e realizar
a obra da salvação. Somente Jesus cumpre o ideal da perfeição humana. Esta perfeição é
particularmente demonstrada em suas respostas à tentação - onde o primeiro Adão fracassou, Jesus,
como segundo Adão, triunfou (4.1-13).
"concupiscência da carne" "a árvore era boa para se comer" "manda que esta pedra se transforme
em pão" (
"concupiscência dos olhos" "agradável aos olhos" "o diabo ... mostrou-lhe todos os reinos
do mundo"
"soberba da vida" "árvore desejável para dar entendimento" "atira-te daqui abaixo"
Este Evangelho tem mais referências à oração do que qualquer dos outros. Lucas enfatiza especialmente
a vida de oração de Jesus, registrando sete ocasiões, nas quais Cristo orou, e que não são mencionadas
em qualquer outro Evangelho. Além disso, o Evangelho está repleto de expressões de louvor e gratidão.
268
ESBOÇO DE LUCAS
269
G. Parábola da Lâmpada 8.16-18
H. Os Verdadeiros Irmãos de Cristo 8.19-21
I. A Tempestade É Acalmada 8.22-25
J. Demônios São Enviados aos Porcos 8.26-40
K. A Cura de uma Mulher 8.41-48
L. A Ressurreição da Filha de Jairo ,.., , 8.49-56
M. Os Doze São Enviados a Pregar 9.1-11
N. Cinco Mil São Alimentados 9.12-17
O. Confissão de Fé de Pedro 9.l8-22
P. O Custo do Discipulado 9.23-26
Q. A Transfiguração 9.27-36
R. Cura de um Filho Endemoninhado 9.37-42
S. Cristo Prediz sua Morte 9.43-45
T. Verdadeira Grandeza 9.46-50
270
Quarta Parte: A Crucificação e Ressurreição do Filho de Deus (19.28 - 24.53)
Maria, a virgem mãe de Jesus, tem um lugar de honra entre as mulheres do Novo Testamento.
Ela é um permanente exemplo de fé, humildade e serviço (Lc 1.26-56).
Outras notáveis mulheres do Novo Testamento incluem as seguintes:
Berenice Irmã de Agripa, diante de quem Paulo fez sua defesa At 25.13
Cloe Mulher que conhecia o problema das divisões na igreja de Corinto 1Co 1.11
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271
Genealo~ias de Jesus
Tanto Mateus como Lucas apresentam genealogias de Jesus (Mt 1.1-17; Lc 3.23-38), embora com
algumas diferenças. Mateus traça a linhagem de Jesus até Abraão, mas Lucas revela a natureza
universal da missão do Mestre traçando sua genealogia até Adão. Há, também, algumas diferenças
de nomes que podem ser explicadas por uma das seguintes possibilidades: 1- O funcionamento da
lei do casamento levirato (Dt 25.5), sugere que uma das genealogias (de Mateus ou de Lucas), dá a
ascendência legal, e a outra a ascendência fisica; ou 2 - Tanto José quanto Maria eram descendentes
de Davi, embora de ramos diferentes da família. Portanto, pode ser que Mateus trace a ascendência
de José, que seria a ascendência legal de Jesus, enquanto Lucas traça a ascendência de Maria, a real
conexão de Jesus com a raça a qual veio salvar.
Genealo~ias de Jesus
Adão (Lc 3.38)
(Mt 1.1, 2)
I
Abraão (Lc 3.34)
(Mt 1.6)
I
Davi (Lc 3.31)
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Jesus e os Doze
Jesus escolheu doze apóstolos para servir com ele durante seu ministério e com o objetivo de preparar
liderança para a Igreja após sua ascenção, Provavelmente foram selecionados doze, pois este número
corresponde às doze tribos de Israel no Antigo Testamento.
Escolhidos por Jesus depois de ter ele orado durante uma noite inteira (Lc 6.12-16), os doze incluíam
dois grupos de irmãos pescadores, um coletor de impostos e um traidor. Entre os doze, Pedra, Tiago
e João eram especialmente próximos do Mestre.
Os termos discípulos e apóstolos são usados de modo equivalente quando nos referimos a estes
homens. Um discípulo é alguém que aprende, ou um seguidor, enquanto apóstolo geralmente se
refere a uma pessoa enviada com uma mensagem ou missão especial (10 13.16). Os doze foram, sem
dúvida, apóstolos; quando Jesus os chamou, ele tinha em mente uma missão específica para eles -
continuar o trabalho depois que o Mestre tivesse finalizado seu ministério terreno.
272
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Os doze apóstolos originais foram escolhidos entre aqueles a quem Jesus conhecia pessoalmente
(At 1.2-22). Estes homens tinham uma compreensão inadequada da missão de Jesus e da neces-
sidade de sua morte (Mt 15.16). Jesus foi paciente com os imaturos apóstolos, embora ocasional-
mente os censurasse (Lc 9.55). Após terem recebido poder do Espírito Santo no Pentecoste, os
apóstolos mostraram uma nova ousadia e compreensão, tomando-se poderosas testemunhas em
Jerusalém e nas regiões vizinhas, apesar da violenta perseguição. Muitos foram martirizados por
causa de sua fé.
De acordo com a relação apresentada em Mateus 10.1-4 (veja também Me 3.13-19; Lc. 6.12-16;
At l.13), os doze apóstolos eram: (1) Simão Pedro (Cefas), líder dos apóstolos; (2) André, irmão
de Simão; (3) Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João; (4) João, o discípulo amado; (5) Filipe, de
Betsaida; (6) Bartolomeu (provavelmente Natanael), de Caná da Galiléia; (7) Mateus (Levi),
cobrador de impostos; (8) Tomé (Dídimo, que significa "gêmeo"), da Galiléia; Simão o Cananita,
provavelmente Simão o Zelote, da Galiléia; (l0) Tiago, filho de Alfeu; (l1) Tadeu; e (12) Judas
Iscariotes, que traiu Jesus.
Matias foi escolhido como apóstolo para ocupar o lugar de Judas, após a ascensão de Jesus (At 1.26)
Os Doze Apóstolos
Tiago (de Alfeu) Tiago (de Alfeu) Tiago (de Alfeu) Tiago (de Alfeu)
- -
Tadeu Tadeu Simão (o Zelote) Simão (o Zelote)
Simão (o Cananita) Simão (o Cananita) Judas (de Tiago) Judas (de Tiago)
Mateus e Marcos usam o nome Tadeu; Lucas, em suas duas listas, usa Judas (de Tiago). Alguns pensam que seu nome
original tenha sido Judas, mas que foi posteriormente trocado por Tadeu (que provavelmente significa "afetuoso") para
evitar o estigma relacionado ao nome Judas Iscariotes.
"O Cananita" é uma transliteração que provavelmente representa uma palavra aramaica que significa "Zeloso".
É interesssante notar que as quatro listas começam com Simão Pedro e terminam com Judas Iscariotes (exceto a lista
de Atos 1, pois Judas já havia se matado). Também os nomes aparecem em grupos de quatro: Pedro, André, Tiago e
João estão sempre no primeiro grupo - embora nem sempre nesta ordem - e Filipe, Bartolomeu, Tomé e Mateus estão
no segundo grupo em todas as listas.
Nas quatro listas o nome de Pedro encabeça o primeiro grupo, Filipe encabeça o segundo, e Tiago (de Alfeu), o terceiro.
O Evangelho de João não contém uma lista dos apóstolos.
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273
-
JOAO
o Evangelho de João goza, há longo tempo, de um lugar de honra e devoção especiais entre os
cristãos. A profundidade de sua mensagem focalizando o mistério da Pessoa de Cristo e a encamação,
/ seu relacionamento com o Pai e a importância de crermos em Cristo - ao lado da relativa simplicidade
de sua composição, fazem com que este livro seja, freqüentem ente, a primeira porção da Bíblia a ser
traduzida para outra língua.
Autor
/ Embora o quarto Evangelho não.nomeie especificamente seu autor, muitos fatores sustentam a crença
~ há muito aceita de que JOã0 o apóstolo, irmão de Tiago e filho de Zebedeu, foi seu autor. De acordo
~ com 20.21,24, o Evangelho foi escrito pelo "discípulo que Jesus amava" e, do círculo mais íntimo de
~ Jesus (Pedro, Tiago e João), João é o único candidato provável. Outras evidências que corroboram a
autoria joanina seria o fato de o autor ser um judeu da Palestina e testemunha ocular dos acontecimentos
que apresenta.
Fontes escritas datadas dos primeiros séculos de nossa era, e uma persistente tradição a respeito do
apóstolo João, apontam para Éfeso como o lugar onde o Evangelho foi escrito. Crê-se que João viveu
e trabalhou durante muitos anos na região de Éfeso, e um túmulo encontrado nesta cidade é considerado
hoje como tendo pertencido ao apóstolo. Além disso, várias idéias e textos-chave presentes neste
Evangelho seriam especialmente compatíveis com esta região da Ásia Menor.
Data
Irineu, um dos pais da Igreja, testifica explicitamente que João escreveu o Evangelho enquanto
morava em Éfeso (66-98 d.C.), e há pouca razão para contestar uma data dentro de tal período.
Embora alguns estudiosos no passado tenham afirmado que o Evangelho foi composto em meados do
2º século de nossa era, a descoberta feita no Egito de um fragmento de papiro pertencente ao
Evangelho de João e datando de 125 d.C., toma quase certa a posição de que a data de composição
do Evangelho tenha ocorrido ainda no 1º século.
O Evangelho de João é construído ao redor de sete milagres e sete afirmações "Eu Sou". As cinco
seções básicas deste Evangelho são: a encamação do Filho de Deus (1.1-18); a apresentação do Filho
de Deus (1.19 - 4.54); a oposição ao Filho de Deus (5.1 - 12.50); a preparação dos discípulos feita
pelo Filho de Deus (13.1 -17.26); a crucificação e ressurreição do Filho de Deus (18.1 - 21.25).
Que o Evangelho de João é significativamente diferente dos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos
e Lucas), ficou evidente desde os primeiros dias da história da igreja. É provável que João tenha
escrito seu Evangelho depois que os Sinóticos já estavam concluídos, e que ele tinha conhecimento
daqueles documentos. Sendo assim, o apóstolo compôs seu trabalho para suplementar os Sinóticos e
dar uma interpretação teológica da pessoa e da obra de Cristo, que fosse especialmente apropriada
para leitores helenistas.
Ao contrário dos Sinóticos, que apresentam os ensinos de Jesus em forma de mensagens curtas ou
de parábolas, João apresenta-os como discursos teológicos mais longos: O pão da vida (6.41-59); o
bom pastor e suas ovelhas (10.1-30); a videira e os galhos (15.1-8); e a oração sacerdotal (17.1-26).
Nestes discursos são usados, freqüentemente, pares de idéias contrastantes, tais como luz e trevas;
crença e descrença; amor e ódio; terreno e celetial. Em contrate com o realce dado pelos Evangelho
Sinóticos ao ministério da Galiléia, João enfatiza os acontecimentos que tiveram lugar na Judéia e
registra três ou quatro celebrações da Páscoa em que Jesus esteve presente em Jerusalém.
Embora os Sinóticos estejam repletos de matéria-prima para formulação de uma doutrina cristológica,
João demonstra uma convicção mais intensa da centralidade da Pessoa de Cristo. Para João a obra de
Cristo não pode ser compreendida à parte do fato de que ele é o Messias, o Filho de Deus, o próprio
Deus (1.1-18). Esta ênfase sobre a Pessoa de Jesus é ressaltada pela inclusão que o evangelista faz de
sete afirmações "Eu Sou".
Ao enfatizar a obra do Pai, Filho e Espírito Santo na realização da salvação, o Evangelho de João
apresenta componentes da doutrina cristã da Trindade.
João em Relance
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111. Oposição em Jerusalém na Festa dos Tabernáculos 7.1 - 10.21
A. Antes da Festa dos Tabernáculos 7.1-13
B. No Meio da Festa dos Tabernáculos 7.14-36
C. No Último Dia da Festa dos Tabernáculos 7.37-53
D. Após a Festa dos Tabernáculos 8.1-10.21
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Títulos de Cristo
Além das afirmações "Eu Sou" de Jesus, o Evangelho de João nos dá, também, uma série de preciosos
títulos de Cristo, como "Pão da Vida", "Bom Pastor", "Cordeiro de Deus", "Luz do Mundo".
Observe o quadro "Títulos de Cristo" abaixo e também o mapa ao lado.
Os nomes ou títulos mais populares usados pelos cristãos quando se referem ao Senhor, são: Jesus, uma transliteração do nome
hebraico Josué, que significa "Javé É Salvação"; e Cristo, uma transliteração do termo grego Christos, quer dizer "Ungido" ou
"Messias". A seguir estão outros nomes ou títulos significativos para Cristo usados no Novo Testamento. Cada um destes títulos
expressa uma verdade particular sobre Jesus e seu relacionamento com os crentes.
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Oração Sacerdotal
A mais longa oração de Jesus registrada nos Evangelhos é chamada "Oração Sacerdotal" e encontra-se em
João 17.l-26. Após pronunciar uma triunfante declaração de vitória em 16.33 ("eu venci o mundo"), Jesus
continua orando por si mesmo, por seus discípulos e pelos futuros crentes. Ao enfrentar sua hora da mais
profunda angústia, o Mestre olha para o futuro e para os benditos resultados de sua vitória sobre o pecado e
a morte -Lu reunião dos redimidos, com o amor e a unidade que Deus e os redimidos gozarão (17.20-26).
Jesus Ora:
Por si mesmo (vs 1-5) Por seus discípulos: (vs. 6-19) Pelos futuros crentes; (vs. 20-26)
Afirma a glória da cruz (vs. 1-2) Ora pelo entendimento deles (vs. 6-9) Ora por sua unidade (vs. 20-22)
Expressa a própria essência Ora por sua perseverança (vs. 10-12) Ora por sua perfeita união (v. 23)
da vida eterna (vs. 3-4)
Regozija-se com sua participação Ora por sua alegria (v. 13) Ora pela futura presença dos crentes
na glória do Pai (vs. 5) com ele (vs. 24- 25)
Ora por sua santificação (vs. 14-17) Ora por seu amor mútuo (v. 26) Ora por sua missão (vs. 18-19)
278
Eventos no Ministério de Cristo
Mar
Mediterrâneo
Cura de um
endemoninhado (Mc 5)
Sicar
Efraim
Jericó e-----f---i
Jerusalém L-- ----'
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279
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A Morte de Jesus
o Evangelho de João considera a morte de Jesus como cumprimento de profecia do Antigo Testamento
(por exemplo: 18.8,9) e como um acontecimento designado pelo Pai (18.11). Neste Evangelho Jesus se
refere especificamente à sua morte, ressurreição e ascensão como uma unidade, usando para isto o
termo glorificar (por ex. 17.1-5). O Pai glorificou o Filho sustentando-o na experiência da morte e
ressuscitando-o para a vida; e o Filho glorificou o Pai entregando-se voluntariamente para nossa salvação.
Aparições do Ressuscitado
O Evangelho de João relata com detalhes diversas aparições pós-ressurreição que não aparecem ou são
apenas rapidamente mencionadas nos Sinóticos. Estas incluem as visitas de Jesus a Tomé, o discípulo cético
(20.24); a aparição aos discípulos no mar da Galiléia (21.1-14); e a restauração de Pedro (21.15-23).
Veja o mapa "A Ressurreição", ao lado.
Embora tenha sido escrito em Éfeso, na província da Ásia Menor, às margens do Mar Egeu e em
frente à Grécia, o Evangelho de João centraliza-se exclusivamente na região aparentemente
insignificante e remota da Palestina. Entretanto, João mostra que os eventos citados no livro têm
significado universal e seu Evangelho é escrito com o objetivo de que todo aquele que o ler "possa
crer que Jesus é o Cristo e, crendo, tenha vida em seu nome" (20.31).
Anda sobre a água e acalma uma tempestade (João 6.15-21) Jesus é Senhor da Natureza
280
A Ressurreição
Damasco
Mar
Mediterrâneo
• Emaús
Jerusalém
s: Quarenta dias após a ressurreição
Jesus é elevado aos céu,
Monte das
do monte das Oliveiras,
Oliveiras na presença dos apóstolos
(At 1.1-11). .
Jesus aparece a N
Maria Madalena e "à outra Maria"
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quando as duas
deixavam o túmulo em Jerusalém
(Mt 28.1 ,8-1 O).
281
A Palestina
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© 2002, Editora Cultura Cristã
282
ATOS
As últimas palavras de Jesus no Novo Testamento ficaram conhecidas como "A Grande Comissão":
" ...e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins
da terra." (l.8). O livro de Atos é a história de homens e mulheres que assumiram com seriedade
este comissionamento e começaram a difundir o Evangelho de Cristo até às mais remotas paragens
do mundo conhecido do 1º século.
Autor
Atos é o segundo de um trabalho em dois volumes, ambos endereçados a Teófilo e escritos por um
~ ') companheiro de Paulo, chamado Lucas, "o médico amado" (CI 4.14). O autor de Atos esteve com
~ Paulo em muitas de suas jornadas, como fica claro pelo uso do pronome "nós", que aparece em
~
~ vários trechos de seu trabalho (por cxemp Ia, At 16.10), tendo permanecido com o apóstolo durante
sua prisão em Roma (veja 2Tm 4.11).
Lucas 1.3,4 nos informa o propósito do autor: fornecer "uma exposição em ordem, para que tenhais
plena certeza das verdades em que foste instruído." Lucas foi um pesquisador e cronista dos
acontecimentos, para beneficio de seu amigo Teófilo e dos leitores em geral.
Data
A narrativa de Atos termina na ocasião em que Paulo estava em prisão domiciliar em Roma
(c. 62 d.C.). Porque o livro não nos dá nenhum indício da perseguição empreendida por Nero
(64 d.C.), nem da morte de Paulo (c. 68 d.C.), nem tampouco da destruição de Jerusalém (70 d.C.);
muitos datam a composição deste documento no período entre 63-64 d.C.
Cada seção do livro (capítulos 1 - 7; 8 - 12; 13 - 28) focaliza uma audiência em particular, uma
personalidade central e uma fase significativa na expansão da mensagem do Evangelho. O Cristo
ressurreto é o tema central dos sermões e discursos de defesa em Atos. As Escrituras do Antigo
Testamento, a historicidade da ressurreição, o testemunho apostólico e a força de convicção do
Espírito Santo, todos dão testemunho de que Jesus é o Senhor e Cristo (2.22-36; 10.34-43), e o único
caminho para a salvação (4.12).
O crescimento da igreja é ressaltado em Atos. Existem quatro relatos da vida de Jesus, mas este
documento é o único que continua a história a partir da ascensão do Mestre até o período das epístolas
do Novo Testamento. Portanto, Atos é o elo histórico entre os Evangelhos e as Epístolas e foi escrito
para traçar o desenvolvimento do Corpo de Cristo na transição de uma comunidade essencialmente
judaica para outra predominantemente gentia, transição que ocorreu no decorrer de uma geração.
Este trabalho apologético apresenta o Cristianismo como um movimento distinto, mas ao mesmo
tempo, como cumprimento do Judaísmo.
Ao longo do livro há uma ênfase especial na atividade do Espírito Santo e no poder da ressurreição
de Jesus. Em razão da forte ênfase dada por Lucas no ministério do Espírito Santo, este livro poderia
ser considerado como "Os Atos do Espírito de Cristo trabalhando em e por meio dos Apóstolos."
283
Atos em Relance
OCASIÃO 2 ANOS (33-35 d.e.) 13 ANOS (35-48 c.c: 14 ANOS (48-62 d.e.)
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ESBOÇO DE ATOS
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Segunda Parte: Testemunho na Judéia e Samaria (8.5 - 12.25)
285
IV. Terceira Viagem Missionária 18.23 - 21.16
A. Galácia e Frígia: Confirmando os Discípulos 18.23
B. Éfeso: Três Anos de Ministério 18.24-19.41
C. Macedônia: Três Meses de Ministério 20.1-5
D. Trôade: Êutico Cai da Janela 20.6-12
E. Mi1eto: Paulo se Despede dos Presbíteros 20.13-18
F. Tiro: Paulo É Avisado sobre Jerusalém 21.1-6
G. Cesaréia: Predição de Ágabo 21.7-16
Referência
Sermão Tema
Bíblica
Pedra à multidão no Pentecoste Explicação de Pedro sobre o significado do Pentecoste Atos 2.14-40
Pedra à multidão no Templo O povo judeu deveria se arrepender por haver Atos 3.12-26
crucificado o Messias
Pedro no Sinédrio Testemunho de que um homem aleijado havia sido Atos 4.5-12
curado pelo poder de Jesus
Pedro aos gentios Gentios e judeus podem ser salvos da mesma forma Atos 10.28-47
Pedra à igreja em Jerusalém Testemunho sobre sua experiência em Jope e a defesa Atos 11.4-18
de seu ministério aos gentios
Pedra ao Concílio de Jerusalém Salvação pela graça disponível a todos Atos 15.7-11
Tiago ao Concílio de Jerusalém Gentios convertidos não necessitam circuncidar-se Atos 15.13-21
Paulo aos presbíteros em Éfeso Permaneçam fiéis apesar dos falsos mestres e Atos 20.17-35
da perseguição
Paulo à multidão em Jerusalém Declaração de Paulo sobre sua conversão e seu Atos 22.1-21
ministério aos gentios
Paulo diante do rei Agripa Declaração de Paulo sobre sua conversão e seu Atos 26
zelo pelo evangelho
Paulo aos líderes judeus em Roma Declaração de Paulo sobre sua herança judaica Atos 28.17-20
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286
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Pentecostes, um festival judaico também conhecido como Festa das Semanas, -t""I
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marcava o término da colheita de cevada. Nesta festa, 50 dias após a ressurreição de Jesus, ri)
os judeus que se encontravam espalhados por todo Império Romano reuniam-se em Jerusalém. III
Quando o Espírito Santo foi derramado sobre os apóstolos, eles começaram a falar em outras línguas, Q.
e aqueles que vinham de outras nações podiam entendê-I os perfeitamente (At 2.5-13). O
Este mapa mostra as diferentes regiões do Império Romano
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que estavam representadas em Jerusalém no Dia do Pentecoste. ri)
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com suas quatro filhas virgens
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que eram profetisas. ~
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Paulo os visitou ali (At 21.8,ss).
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onde Simão, o mágico, se converte (At 8.4).
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e Apolônia
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"As multidões atendiam,
unânimes, SAMARIA
às coisas que Filipe dizia, I
ouvindo-as e vendo os sinais
que ele operava"
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cidade em cidade I
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10) Filipe torna-se diácono
junto com outros seis
companheiros (At 6.5).
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e Azoto
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e Asquelom
e Betogabris
Na estrada entre
Jerusalém e Gaza,
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eunuco etíope (At 8.26). t
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Láquis e Hebrom
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Pedro ressuscita
Dorcas (Tabita) Lida
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Sonhos e Visões
Na época do Novo Testamento Deus muitas vezes usou sonhos (durante o sono) e visões (em vigília)
para tomar conhecida sua vontade. Particularmente, os líderes da igreja como Pedro e Paulo receberam
orientação sobre seu futuro ministério por meio de visões.
Paulo Convertido ao Cristianismo numa visão de Cristo que o cegou no Atos 9.3-9
caminho de Damasco
Pedro Instruído a comer animais impuros - mensagem para aceitar os gentios Atos 10.9-18,28
Paulo Recebeu a promessa da presença de Deus em sua viagem para Roma Atos 23.11
A partir de Atos 12.25 a atenção literária de Lucas muda de Pedra para Paulo e de uma igreja
predominantemente judaica para uma comunidade gentílico-cristã.
A posição e o papel de Paulo como verdadeiro apóstolo são salientados pelo paralelo traçado entre os
dois apóstolos.
Verifique o quadro "A Vida de Paulo" na página 292.
Pedro Paulo
Cura um homem coxo de nascença (3.1-11) Cura um homem coxo de nascença (14.8-18)
Cura pessoas com sua sombra (3.15,16) Cura pessoas com seus lenços e aventais (19.11,12)
Seu sucesso provoca o ciúme dos judeus (5.17) Seu sucesso causa ciúme entre os judeus (13.45)
290
Ministério de Paulo
A segunda metade do livro de Atos é dirigi da quase exclusivamente ao ministério do Apóstolo Paulo.
Antigo perseguidor da igreja, Saulo, que logo passou a ser chamado Paulo, converteu-se, no caminho
de Damasco, com uma visào do Cristo Ressuscitado (9.1-19). o decorrer das três viagens missionárias
e na viagem empreendida para o cativeiro em Roma, as quais estào relatadas em Atos, Paulo levou
a mensagem do Evangelho a grande parte do Império Romano e até ao seu centro - a própria cidade
de Roma.
Chamado A igreja de Antioquia foi orientada pelo Espírito Santo para enviar
Missionário: Paulo para a obra missionária (At 13.1-3).
Levou o Evangelho aos gentios (GI 2.7-10).
Final da Vida Após ter sido preso em Jerusalém, foi enviado para Roma
(At 21.27; 28.16-31).
De acordo com a tradição cristã, foi libertado da prisão continuando
por mais algum tempo seu trabalho missionário na Macedônia;
novamente preso em Roma e decapitado fora da cidade.
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291
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Última parte do trabalho missionário: Na segunda viagem missionária Início do Trabalho Missionário: ~
Paulo levou o evangelho ainda mais a oeste, até à província da Macedônia, Trabalhou juntamente com Barnabé, C.
para as cidades de Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto (At 16 - 18); objetivando alcançar os gentios, rD
na terceira viagem trabalhou com as igrejas de Éfeso, Trôade e Mileto (At 19; 20). recebendo o apoio da igreja de
"' Antioquia da Síria (At 11.19-26); '"'C
na primeira viagem missionária
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visitou a ilha de Chipre,
e as cidades de Antioquia da Psídia,
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Icônio, Listra e>Derbe (At 13.14).
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Atenas Derbe
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Mediterrâneo
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Damasco
Anos de Preparação:
Viagem para Roma e últimos dias: Mocidade e Conversão: Após sua conversão,
Cercado por uma turba de judeus zelotes, Nascido em Tarso, possuia duas cidadanias: Paulo trabalhou
Paulo apelou para César (At 25); judeu e cidadão romano (At 22.3) com os cristãos
viajou para Roma por mar para estudou em Jerusalém sob a em Damasco (At 9.22),
comparecer perante o tribunal em Roma; orientação do erudito judeu Gamaliel; nas regiões desertas
como prisioneiro, Paulo continuou a perseguiu os primeiros cristãos em Jerusalém (At 8.3); ( da Arábia (GI 1.17),
proclamar o evangelho (At 28.17-31); converteu-se ao Cristianismo ao ter uma visão de Cristo I i e em Jerusalém.
morreu, provavelmente, nas mãos no caminho de Damasco (At 9.1-9). A oposição por parte
de um carrasco romano ao redor de 68 d.C. dos líderes judeus o
impeliu para Tarso
(At 9.26-30)
onde aparentemente
trabalhou durante dez anos.
© 2002, Editora Cultura Cristã
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"E, promovendo-Ihes, em cadàiigreja, :::!.
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a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns,
os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido" (At 14.23).
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CAPADÓCIA ~
Paulo Prega: lideres judeus ~
se opõem ao evangelho 3
(At 13.16ss).
Muitos crêem;
cresce a perseguição (At 14.1ss).
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•Filadélfia \ da Pisídia Paulo e Barnabé ::s
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são considerados deuses;
Paulo é apedrejado (At 14.8ss).
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(At 13.4).
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se converte. Elimas, o mágico, N
é castigado com a cegueira.
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(4) Após um período de ministério na Macedônia e na Grécia,
Paulo fica sabendo de uma conspiração armada pelos líderes judeus Mar NegrQ PONTO ~
e retoma por terra através da Macedônia (At 20.3). \ '"'I
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(5) Em seu retorno, Paulo passa ao largo de Éfeso
tentando chegar a Jerusalém
por ocasião do Pentecoste (At 20.16).
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Cirene (7)o profeta Agabo adverte Paulo
sobre o perigo em Jerusalém (At 21 .11). ~ J~rUSalém
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(7) Sob a custódia " . é pela esperança C
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(At 28.20).
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(5) Tendo naufragado (2) Paulo é transferido
em Malta, para um navio de Alexandria
permaneceram ali que ia para a Itália (At 27.6).
durante três meses •
Damasco
(At 27.41ss). (4) O navio é levado pela tempestade
durante vários dias (At. 27.20) (3) Um tufão tira o navio
de seu curso (At27.14). Mar :. C~saréia
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Livramentos no Novo Testamento
Durante o período do ovo Testamento os cristãos foram, muitas vezes, libertados de circunstâncias
angustiosas pela manifestação miraculosa do poder de Deus. Paulo e Silas, por exemplo, foram
açoitados e presos como agitadores por causa de sua pregação em Filipos. Enquanto oravam e
cantavam durante a noite, a prisão foi abalada por um terremoto e ambos foram libertados para
continuar seu trabalho (At 16.16-40). O poder de Deus para libertar ainda está disponível hoje para
todos aqueles que desejam exercitar sua fé e buscar a vontade do Pai para suas vidas.
Aqui estão várias circunstâncias específicas dentro do ovo Testamento nas quais Deus operou
libertando miraculosamente seu povo.
Gadareno
endemoninhado Libertado por Jesus de possessão demoníaca Mc5.1-15
O mais famoso viajante do Novo Testamento foi o apóstolo Paulo. O relato da sua viagem a Roma
em navio cargueiro que levava trigo para a capital do império, nos ajuda a compreender como era a
viagem por mar nos tempos do ovo Testamento (At 27). Apanhados por uma tempestade de inverno
o navio e seus passageiros naufragaram na ilha de Malta, ou Melita, ao largo da costa da Sicília.
Depois de três meses, e com a melhora das condições do tempo prosseguiram para Roma num
segundo navio que havia saído de Alexandria, no Egito (At 28.1).
Outras viagens famosas de personagens do Novo Testamento incluem as seguintes:
297
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Personalidade Descrição da Viagem Referência Bíblica
Sábios do Oriente Vindo do Oriente (Pérsia) até Belém para adorar o recém nascido Jesus Mt2.1-12
Maria, José e Jesus Fugindo para o Egito para escapar da ameaça de Herodes;
retorno a Nazaré apos a morte de Herodes Mt2.13-23
Pedro De Jope a Cesaréia para encontrar Cornélio e pregar aos gentios At10
Paulo e Barnabé Primeira viagem missionária de Paulo de Antioquia para vários lugares,
incluindo a ilha de Chipre e cidades como Atália, Pérgamo, Antioquia da Pisídia,
Icônio, Listra e Derbe At13; 14
Paulo e Silas Segunda viagem missionária de Paulo de Antioquia para várias cidades como Tarso,
Trôade, Neápolis, Filipos, Anfípolis, Tessalônica, Beréia, Atenas, Corinto e Éfeso At15-18
A primeira prisão prolongada de Paulo, que está registrada em Atos 21.27 - 28.31, foi resultado de
uma falsa acusação por parte dos judeus em Jerusalém, de que Paulo teria introduzido um gentio
na área do Templo (21.28, 29). Por ser cidadão romano Paulo recebeu proteção das autoridades
romanas que o livraram da multidão em Jerusalém e o levaram escoltado para Cesaréia (23.11-35).
Após ser ouvido pelo Sinéclrio judaico (22.30 - 23.1 O), por Félix, governador romano (24.1-21), por
Festa, o novo Governador (25.1-12) e pelo rei Agripa (25.13 - 26.32), Paulo foi levado para Roma
(27.1 - 28.16). O livro de Atos termina com Paulo em prisão domiciliar em Roma, esperando sua
audiência diante do imperador (28.17-31).
A Prisão de Paulo
Caná
• "Coragem! Pois do modo por que
deste testemunho a meu respeito em Jerusalém,
assim importa que também o faças em Roma" (At 23.11).
Mar
Mediterrâneo
Paulo comparece
diante de Félix e
apela para César;
Parada no final do primeiro
fala diante de Agripa e Berenice;
dia de viagem para Cesaréia
é colocado em um navio para Roma
(At 23.31).
(At 24- 26).
Da evidência que encontramos nas Epístolas Pastorais (1 e 2 Tm; Tt), parece haver uma indicação
de que Paulo foi libertado da prisão em Roma registrada em Atos. Dentro desta hipótese, o apóstolo
teria continuado seu ministério, e talvez chegado até a Espanha (cf. Rrn 15.24). No final do 1º século
a igrejajá estava bem estabelecida na região oriental do Mediterrâneo e havia um esforço missionário
ativo tanto em direção ao Oriente quanto ao Ocidente. r
299
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Cartas eram uma forma comum de comunicação no primeiro século de nossa era. Paulo as escreveu
para incentivar, advertir e instruir as igrejas que havia fundado (1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios,
Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses). Escreveu também a igrejas que não havia visitado (Romanos e
Colossenses) e a pessoas individuais (1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom). Por meio de' suas cartas o
ministério de Paulo estendeu-se não apenas até aqueles a quem foram diretamente endereçados,
mas aos leitores da Bíblia ao longo dos séculos.
As cartas paulinas demonstram um padrão na sua elaboração. Na introdução ele se apresenta
pessoalmente àqueles a quem endereça a carta e, então, os saúda. A introdução é freqüentemente
seguida por uma palavra de gratidão e intercessão pelos leitores. Em seguida à carta normalmente
trata de questões doutrinárias e, por fim, sobre sua aplicação na vida. Paulo termina as cartas com
saudações enviadas por seus companheiros e com agradecimentos adicionais a várias pessoas nas
igrejas para as quais escreve. Suas cartas terminam com uma bênção.
As saudações de Paulo têm uma formulação exclusiva. A saudação grega normal era semelhante à
palavra grega para "graça". "Paz" era a saudação usada pelos judeus. Paulo combina as duas numa
fórmula especificamente cristã: "graça a vós outros e paz da parte de Deus, nosso Pai e do nosso
Senhor Jesus Cristo" (G 1 1.3). A graça de Deus em Cristo traz reconciliação com Deus, harmonia
entre as 'pessoas e plenitude de vida.
O empenho de Paulo por aqueles a quem escreve revela-se em suas ações de graça pelo progresso
espirirual de seus leitores (por exemplo: 1Ts 1.2-10) e em suas intercessões por seu contínuo crescimento
(por exemplo: Fp 1.8-11). Na epístola aos Gá1atas, em que Paulo estava profundamente preocupado
com o fato de seus convertidos estarem seguindo ensinamentos falsos, ele omite as açêes de graça
e a intercessão, indo direto ao problema que o afligia.
As cartas de Paulo cobrem tanto aspectos doutrinários quanto práticos. Em Romanos, a aplicação
prática (12.1 - 15.32), segue claramente a discussão doutrinária (1.16 - 1l.36). Por outro lado em
Filipenses a discussão doutrinária e a aplicação prática estão misturadas. Em 1 Coríntios Paulo
parece estar respondendo a uma série de perguntas enviadas a ele pela igreja de Corinto.
As últimas três cartas escritas pelo apóstolo (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito) são conhecidas como
epístolas pastorais - assim chamadas porque tratam de questões referentes aos pastores e suas
congregações. As epístolas de 1 Timóteo e Tito, são nossos mais antigos manuais de organização
eclesiástica. Estas três cartas dão ênfase à boa doutrina e desafiam os crentes às boas obras.
A bênção com que Paulo finaliza suas cartas sempre inclue os votos de que a graça de Deus esteja
com seus leitores "A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todo vós" (Rm 16.24; 1Co
16.23; Fp 4.23; lTs 5.28; 2Ts 3.18). Ele começa e termina com o maravilhoso dom da graça de
Deus em Cristo.
A Influência de Paulo
O testemunho do apóstolo Paulo começou cedo em Damasco e em Tarso, sua cidade natal. Viagens
missionárias levaram-no às províncias da Galácia, Ásia, Macedônia e Acaia. Mesmo quando sob
custódia em Cesaréia, ou aprisionado em Roma, Paulo deu testemunho de sua salvação em Cristo.
Verifique também os mapas: "Primeira e Segunda Viagens de Paulo" às páginas 293, 294 e "Terceira
e Quarta Viagens de Paulo" às páginas 295, 296 e "Resumo das Cartas de Paulo", página 302.
301
Cronologia das Epístolas de Paulo
Segunda 70 a.c.
Segunda
49--50 Primeira 63--67 Destruição de
Primeira Viagem Terceira 57-60 Prisão e
Prisão
.•.~
Jerusalém
-
Viagem Missionária Viagem Martirio
em Roma
Missionária Missionária em Roma
Macedônia
Concílio de 60-63 Quarta Viagem a Igreja continua
Galácia Acaia Ásia Julgamentos 67-68
Jerusalém Roma Missionária a espalhar-se
Grécia Roma e a crescer
48d.C. 49 50 53 57 60 63 67 68 95
Gálatas Filemom
Local:Antioquia Local:Roma
Data: 55-57(?) Data: 6CHl3
Romanos Filipenses
Local:Corinto Local:Roma
Data: 57(?) Data: 6CHl3(?)
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Filipenses 4 Vida Cristã Jubilosa Roma 60-63 A todos os santos em Cristo Jesus, inclusive
bispos e diáconos que vivem em Filipos (1.1)
Tito
, 3 Manual de Conduta Cristã Macedônia 63-66 À Tito, verdadeiro
segundo
filho,
a fé comum (1.4)
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302
Romanos
Teologicamente, Romanos é a mais importante epístola de Paulo, e contém sua apresentação mais
lógica e abrangente do Evangelho. Este livro representou, por diversas vezes, um papel importante ao
longo da história da igreja. Agostinho, teólogo do 4º século, converteu-se lendo Romanos. Da mesma
forma, no século 16, esta epístola inspirou Martinho Lutero ao descobrir, em sua leitura, a verdade sobre
a justificação pela fé. Séculos mais tarde, o coração de John Wesley foi "aquecido de forma especial",
quando ouviu o prefácio de Romanos, escrito por Lutero, lido em voz alta.
Autor
f(
Há uma esmagadora concordância entre os eruditos de que o autor deste livro fundamental do Novo
~ ') Testamento foi o apóstolo Paulo. Vocabulário, estilo, lógica e desenvolvimento teológico são consistentes
~ com as outras epístolas de Paulo. O apóstolo ditou a carta a um secretário chamado Tércio ( 16.22),
~ o qual acrescentou sua própria saudação.
~
Embora a autoria paulina seja inquestionável, a unidade da carta tem sido motivo de debate. Alguns
argumentam que o capítulo 16 era, originalmente, um documento separado adicionado à carta em
ocasião posterior. É mais simples, entretanto, entender a lista de saudações no final do capítulo, como
um esforço de Paulo, um desconhecido da igreja de Roma, em mencionar amigos comuns.
Data
Que Paulo não havia ainda visitado Roma na ocasião em que a carta foi escrita, fica evidente em 1.3.
Deve-se datar Romanos dentro do período compreendido pela terceira viagem missionária, quando o
apóstolo estava empenhado em angariar fundos para a igreja de Jerusalém. Quando Paulo escreveu 2
Coríntios, enquanto viajava de Éfeso para Corinto, a coleta ainda estava incompleta (2Co 8.1-9). Na
ocasião em que escreveu à igreja de Roma, esta coleta aparentemente já estava terminada (Rm 15.26-
28). Portanto, assumimos que Paulo escreveu sua epístola aos Romanos de Corinto, enquanto permanecia
na cidade por três meses, em 57 d.C; no final de sua terceira viagem missionária, antes de viajar para
Jerusalém (Rm 15.25; At 20.2-3) observe o mapa "Terceira Viagem Missionária de Paulo", à pág 295.
A frase-chave desta epístola é encontrada em 1.17: "justiça de Deus". Esta frase engloba o próprio
coração da epístola. Romanos foi escrita para demonstrar como o homem e a mulher pecadores
podem receber a justificação de Deus mediante a fé em Jesus Cristo. O tema da justiça divina que
corre ao longo do livro é refletido no seguinte esquema: a revelação da justiça de Deus (caps.l - 8);
a defesa da justiça de Deus (caps. 9 - 11 ); e a aplicação da justiça de Deus (caps. 12 - 16).
Dentro do contexto de seu tema, Paulo discute a necessidade de justiça divina que a humanidade
pecadora apresenta (1.18 -3.20); a imputação da justiça de Cristo sobre os seres humanos pecaminosos
pela justificação (3.21 - 5.21), e a santificação dos redimidos (6.1 - 8.39). Além disso, Paulo discorre
sobre a justiça de Deus revelada em sua fidelidade às promessas de sua aliança com Israel (9.1 - 1 1.36)
e a justiça que os cristãos devem demonstrar uns para com os outros e também diante do mundo
(12.1 - 16.27). Em sua apresentação abrangente do plano de salvação de Deus, Paulo vai da
condenação para a glorificação, e da verdade teológica para o comportamento prático.
Palavras-chave como justiça, fé, lei, tudo e pecado, aparecem, cada uma delas, pelo menos sessenta
vezes no texto da epístola.
303
Romanos em Relance
ÊNFASE REVELAÇÃO DA JUSTiÇA DE DEUS
l DEFESA DA JUSTiÇA
DE DEUS
APLICAÇÃO DA JUSTiÇA
DE DEUS
TEXTO 1.1 3.21 6.1 9.1 9.30 11.11 12.1 14.1 -16.27
DOUTRINÁRIO PRÁTICO
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ESBOÇO DE ROMANOS
I. Introdução : 1.1-17
A Cidade de Roma
Roma-foi fundada em 753 a.e. e, no tempo de Paulo, era a maior cidade do mundo, com mais de um
milhão de habitantes. Possuía muitos prédios magnificos, mas a maioria da população era escrava;
. opulência e miséria coexistiam na cidade imperial.
A igreja em Roma era bem conhecida e, por ocasião desta carta, já estava estabelecida havia vários
anos. Seus membros eram numerosos, os quais, evidentemente, encontravam-se uns aos outros em
várias localidades (16.1-16). O historiador romano Tácito referiu-se aos cristãos que foram perseguidos
durante o reinado de Nero, em 64 d.e., como "uma imensa multidão".
(\ ~ Banhos .~
"Por isso, quanto está em mim, \.>:. de Nero ~~
As Sete Colinas de Roma
estou pronto a anunciar
o evangelho a vós outros Estádio de
«,'b'
.5:,..f!'
CD Aventino ® Quirino
em Roma" (Rm 1.15). Domiciano @ Palatino ® Viminal
Circo Via Pinciana @ Capitolino 0 Esquilino
~Iamínio @ Célio
~~o::::::::::::::~~~----' Prisão Mamertina*
Estrada Alta
Acampamento
{j p
Petroriano
CJfrlc' .
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305
Vida Cristã
Embora a profundidade teológica da epístola de Paulo aos Romanos seja imensa, o apóstolo não
negligencia os aspectos práticos da vida cristã. Considerando o que Deus tem feito por nós e em nós
por intermédio de Jesus Cristo, Paulo exorta cada crente a honrar a Deus, vivendo vidas de obediência
sacrificial, "santas e agradáveis a Deus" (12.1).
Apresenta-se a Deus (12.1) Toma-se um sacrificio vivo, santo e agradável a Deus (12.1)
Recebe transformação por meio de uma mente Descobre e demonstra a vontade de Deus (12.2)
renovada (12.2)
Tem dons espirituais de acordo com a graça Usa os dons espirituais como parte do corpo de Cristo
de Deus (12.ó-8) (12.ó)
Tem o mesmo sentimento para com os outros (15.5) Glorifica a Deus com os outros (15.6)
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--I> Presbíteros
Tito --I> Creta
rito 1.5 --I> Homens mais velhos - Homens mais jovens
João Marcos '---- ----'--1> Mulheres mais velhas - Mulheres mais jovens
Atos 15.36-42
Esmirna
Pérgamo
Timóteo Ho~~ns Igreja I Tiatira
--I>Atos16.1-5 --I> Fiéis de Éfeso -----I~ Sardes
1 2 Te outros Filadélfia
e m 2 Tm 2.21 Tm 1.3
laodicéia
Ap 2-3
Roma
Rm 16.3-5
-------------------------------------~~
Apoio Acaia
At 18.24-28 -----.,~ At 18.27-28
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"
1 Coríntios
A primeira carta aos coríntios revela os problemas, pressões e lutas de uma igreja chamada a partir
de uma sociedade pagã. Paulo dirige-se a vários problemas no estilo de vida dos cristãos de Corinto:
facções, processos judiciais, imoralidade, práticas questionáveis, abuso na Ceia do Senhor e dons
espirituais. Além de palavras de disciplina, Paulo envia palavras de conselho, ao responder às perguntas
levantadas pelos Coríntios.
Autor
A autoria paulina de 1 Coríntios é quase universalmente aceita. Além das afirmações explícitas
~ encontradas na epístola (1.1; 16.21), o vocabulário e os ensinamentos do texto apontam para Paulo,
~ o apóstolo dos gentios. Referências a esta carta na literatura extra bíblica podem ser encontradas
~
~ desde o ano 95 de nossa era, quando Clemente de Roma menciona 1 Coríntios como tendo sido
~
escrita por Paulo.
Data
A primeira carta aos Coríntios foi escrita, provavelmente em 56 ou 57 d.e., e segunda carta de seis
a dezoito meses após. Paulo havia fundado a igreja de Corinto durante o período de dezoito meses
que passou na cidade (51-52 d.C}.
A Corinto que Paulo conheceu havia sido fundada como uma colônia romana, durante o século
anterior a Cristo. Era estrategicamente localizada na província romana da Acaia, numa faixa estreita
de terra entre o mar Egeu e o Adriático, possuindo dois portos adjacentes. A localização de Corinto
transformou-a em centro de rotas de comércio que vinham do Leste para o Oeste, e a prosperidade
resultante trouxe consigo o luxo e a imoralidade. "Viver como um coríntio" significava viver em
imoralidade grosseira e muitos templos pagãos localizados em Corinto estimulavam este estilo licencioso
de vida pela prostituição cultual.
1 Coríntios em Relance
ÊNFASE RESPOSTA À NOTíCIA RESPOSTA À NOTíCIA RESPOSTA À CARTA COM PERGUNTAS DA IGREJA
SOBRE DIVISÃO SOBRE FORNICAÇÃO
TEXTO 1.1 1.18 5.1 6.1 6.12 7.1 8.1 11.2 15.1 16.1 16.24
TÓPICOS
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Largada para
as Corridas
~
Bema \
Tribunal *
Teatro
308
de Babius (AI 18.12-17).
"
ESBOÇO DE 1 CORíNTIOS
I. Introdução 1.1-9
A. Saudações da Graça 1.1-3
B. Oração de Gratidão 1.4-9
309
Dons Espirituais
o Novo Testamento apresenta várias listas de dons espirituais. enhuma delas é final e o conteúdo
de cada uma delas depende do propósito específico do autor. Em Romanos 12, Paulo trata de dons
em termos gerais, ao passo que em 1 Corintios 12 o apóstolo enfatiza os dons que edificam a igreja
como um todo, ao invés de outros mais espetaculares como o falar em línguas que podem conferir um
beneficio particular e pessoal, mas que estavam sendo utilizados de maneira abusiva por parte dos
cristãos de Corinto. Veja a "Lista Neo- Testamentária de Dons Espirituais" abaixo:
o Caminho do Amor
Paulo valorizava grandemente o dom de profecia (veja 14.1 ) e os corintios colocavam maior ênfase
sobre dons espetaculares, como o falar em línguas e os dons de compreensão dos mistérios espirituais
e da fé para operar milagres dramáticos. Entretanto, aos olhos de Deus, mesmo estes dons espirituais
não nos trazem nenhum beneficio, a menos que vivamos em amor.
Amor é um dos termos dinâmicos que Paulo emprega para falar sobre a vida daqueles que estâo cheios do Espírito Santo.
O termo engloba motivação e atitudes. O amor é característica do crente maduro.
Línguas Línguas
.,
310
~(~.
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j;"C'" \,.;
A Obra do Espírito Santo
No principio
Ativo e presente na criação pairando sobre o caos (Gn 1.2)
No Antigo Testamento
Origem das habilidades sobrenaturais (Gn 41.38)
Doador do talento artístico (Ex 31.2-5)
Fonte de poder e força (Jz 3.9, 10)
Inspiração de profecia (1 Sm 19.20, 23)
Aquele que equipa e sustenta o mensageiro de Deus ((Mq 3.8)
Na salvação
Regenera o crente (Tt 3.5)
Habita o coração do crente (Rm 8.9-11)
Santifica o crente (2Ts 2.13)
No Novo Testamento
Declara a verdade sobre Cristo (Jo 16.13,14)
Reveste com poder a proclamação do evangelho (At 1.8)
Derrama o amor de Deus nos corações (Rm 5.5)
Intercede (Rm 8.26)
Confere dons para o ministério (1 Co 12.4-11)
Torna possível viver o fruto do Espírito (GI 5.22,23)
Fortalece o ser interior (Ef 3.16)
Na Palavra escrita
Inspira os que escrevem a Palavra (2Tm 3.16; 2Pe 1.21 )
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Os coríntios também tinham problemas com a doutrina da ressurreição, os quais Paulo procurou corrigir
no capítulo 15. este capítulo, sua defesa histórica e teológica da ressurreição, o apóstolo instrui sobre
o fato da ressurreição de Cristo; sobre a relação temporal entre a ressurreição de Cristo e a dos
crentes; e sobre a natureza do corpo ressuscitado. Provavelmente, os coríntios vinham se debatendo
com esta questão pois a idéia de ressurreição tem pouca relevância no pensamento grego, que tende a
dar maior importância ao espiritual que ao fisico.
• Na Galiléia
(Mt 28.16-20; Jo 21.1-24)
Monte das
• A quinhentas pessoas Emaús Oliveiras
(1Co 15.6) " A
Jerusalém" "Bet- I
N
JUDÉIA
• A Tiago e demais apóstolos
(1Co 15.7)
311
Ressurreição - Opções Propostas
A ressurreição de Jesus tem sido interpretada como:
1 Um grande logro
2 Mitologia (a ressurreição é uma ficção)
3 O Evento Supremo da História (A Ressurreição é um fato)
As seguintes teorias têm sido propostas para explicar o túmulo vazio e as aparições de Jesus após sua ressurreição.
Teoria Explicação
5 Corpo Roubado O corpo foi roubado. (1) pelos judeus, (2) pelos romanos, (3) pelos discípulos (Mt 28.11-15),
ou (4) por José de Arimatéia (Jo 9.38ss)
8 Confusão de Identidade Os discípulos confundiram Jesus com outra pessoa que se parecia com ele.
9 Uma Ressurreição Corpórea Literal Jesus foi ressuscitado dos mortos corpórea e historicamente pelo poder
sobrenatural de Deus (1 Co 15.3,ss)
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(2) Onde quer que vivamos ou trabalhemos procuramos seguir os mandamentos, os motivos, a mensagem e o modelo de Jesus, que
ainda busca e chama aqueles que estão perdidos no pecado e que se rebelam contra ele.
(3) Cremos que todas as pessoas são criadas à imagem de Deus, com capacidade de relacionar-se com seu Criador e Redentor.
Rejeitamos qualquer esforço para influenciar pessoa que possa despersonalizá-Ias ou privá-Ias de seu valor inerente como pessoas.
(4) Desde que respeitamos o valor das pessoas, cremos que todos merecem ouvir as boas-novas de Jesus Cristo. Afirmamos
também o direito de cada um explorar outras opções religiosas. As pessoas são livres para escolher um conjunto de crenças
diferente do Cristianismo.
(5) Afirmamos a responsabilidade e o direito dos cristãos de compartilhar o evangelho de Cristo dentro de um fórum livre de idéias.
Entretanto, isto não justifica a utilização de qualquer método para alcançar este objetivo. Rejeitamos técnicas coercitivas e apelos
manipulativos, especialmente aqueles que apelam para as emoções e menosprezam ou contradizem a razão ou a evidência. Não
evitaremos o pensamento crítico das pessoas, não nos aproveitaremos de fraquezas psicológicas, não sabotaremos os relacionamentos
com a família ou com a instituição religiosa da pessoa. Também não camuflaremos a verdadeira natureza da conversão cristã. Não
desencaminharemos intencionalmente a ninguém.
(6) Respeitamos a integridade individual, a honestidade intelectual e a liberdade acadêmica das pessoas, tanto crentes quanto céticas
e, assim, proclamamos Cristo sem intenções ocultas. Revelamos nossa própria identidade, nosso propósito, nossas posições
teológicas e fontes de informação. Não utilizaremos propaganda falsa nem buscaremos ganho material por anunciar o evangelho.
(7) Convidamos pessoas de outras convicções religiosas a unirem-se a nós num diálogo verdadeiro. Reconhecemos nossa humanidade
- o fato de que somos tão pecadores, necessitados e dependentes da graça de Deus como qualquer outra pessoa. Procuramos ouvir
com sensibilidade para compreender e, assim, livrar nosso testemunho de qualquer traço de preconceitos ou fórmulas fixas que
bloqueiam uma comunicação honesta.
(8) Como "guardadores de nossos irmãos" aceitamos a responsabilidade de admoestar qualquer irmão ou irmã que apresentem a
mensagem de Cristo de maneiras que violem estes preceitos éticos.
312
.'\'
2 Coríntios
Desde que recebeu a primeira carta de Paulo, a igreja de Corinto vinha sendo invadida por falsos
mestres que mobilizaram os crentes contra o apóstolo, argumentando que ele era inconstante, orgulhoso,
inexpressivo na aparência e no falar, desonesto e sem qualificações para ser apóstolo de Jesus
Cristo.
Paulo enviou Tito a Corinto para tratar destas dificuldades e, após sua volta, regozijou-se ao ouvir as
notícias sobre a mudança de sentimentos ocorrida na igreja. Escreveu, então, esta carta para expressar
sua gratidão à maioria arrependida e apelar à minoria rebelde que aceitasse sua autoridade. No decorrer
de toda carta Paulo defende sua conduta, seu caráter e sua vocação como apóstolo de Jesus Cristo.
Autor
~~ Evidências internas e externas apóiam a autoria paulina desta carta. Como no caso de Romanos, a
~_ questão levantada sobre 2 Coríntios é sua unidade. Muitos têm sugerido que os capítulos 10 - 13
~ ~ originalmente não fazem parte desta carta, em razão do contraste existente, tanto no tom como no
assunto tratado, entre esta porção e os capítulos 1- 9. Para aqueles que negam a unidade da epístola,
a solução mais aceita é a de que os capítulos 10 - 13 pertencem a uma carta de Paulo que se perdeu
e que é mencionada em 2.4. Entretanto, é mais razoável explicar a diferença de tom existente entre
estas duas porções da carta (caps. 1-9 e 10 - 13), como uma mudança no enfoque de uma maioria
arrependida para uma minoria rebelde.
Data
Paulo escreveu 2 Coríntios da Macedônia, durante sua terceira viagem missionária, provavelmente
em 56 ou 57 d.e. Esta segunda carta talvez tenha sido escrita num prazo de seis meses a um ano
depois de 1 Coríntio. Veja o mapa "Terceira e Quarta Viagens Missionárias de Paulo" às páginas 295
e 296. Muitos estudiosos acreditam que 2 Coríntios foi, na realidade, a quarta epístola escrita por
Paulo aos crentes de Corinto. Em 1 Coríntios 5.9, Paulo menciona uma carta anterior e, depois de
escrever 1 Coríntios, Paulo visitou a igreja naquilo que ficou conhecido como a "visita dolorosa" (2.1
cf. 13. I). Após esta visita (a terceira de Paulo à cidade), Paulo escreveu uma "carta dolorosa" (2.4),
a qual também se perdeu. Tito levou esta carta a Corinto e, ao retomar à Macedônia, trouxe boas
novas para Paulo (7.6-8). Aliviado e agradecido, Paulo escreveu 2 Coríntios da Macedônia.
TEXTO 1.1 2.14 6.11 8.1 8.7 10.1 11.1 12.14 13.14 .
TÓPICOS
OCASIÃO c. 56 d.C.
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ESBOÇO DE 2 CORíNTIOS
I. Introdução 1.1-11
A. Gratidão de Paulo a Deus 1 .1-7
B. Tribulação na Ásia 1.8-11
314
IV. Exortações de Paulo aos Coríntios 6.11- 7.16
A. Paulo Apela pela Reconciliação 6.11-13
B. Paulo Pede um Afastamento dos Incrédulos 6.14- 7.1
C. O Encontro de Paulo com Tito 7.2-7
D. Resposta dos Coríntios à Carta de Paulo 7.8-16
315
GÁLATAS
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, Gálatas é o documento clássico sobre a doutrina da justificação pela graça mediante a fé. Foi escrita
para rebater os falsos mestres que criam na necessidade que teriam os crentes de guardar a lei judaica
para serem aceitos diante de Deus. Assim como a epístola aos Romanos, Gálatas tem representado
um papel estratégico na história da Igreja Cristã. Tanto Martinho Lutero como John Wesley atestam
o impacto crucial que esta epístola teve sobre suas vidas.
Autor
Data
A data está relacionada à questão de quem seriam os destinatários da epístola. Esta incerteza deve-se
ao fato de que o teImo "Galácia" era usado tanto num sentido cultural/geográfico quanto em sentido
político.
Politicamente a província romana da Galácia incluía algumas áreas do sul da Ásia Menor (por exem-
plo, as cidades de Antioquia da Psídia, Icônio, Listra e Derbe), as quais não faziam parte da porção
central da Ásia Menor habitadas por tribos celtas conhecidas como "Galácia".
A "Teoria Galácia do Norte" afirma que Paulo estava usando o termo Galácia em seu primeiro e mais
estrito sentido. De acordo com esta teoria as igreja da Galácia estavam localizadas ao norte das
cidades visitadas por Paulo em sua primeira viagem missionária. Paulo visitou a Galácia étnica
durante sua segunda viagem missionária, provavelmente em seu caminho para Trôade (At 16.6).
Durante sua terceira viagem Paulo revisitou as igrejas da Galácia que havia fundado na primeira
viagem (At 18.23), tendo escrito esta carta de Éfeso (53-56 d.e.) ou da Macedônia (56 d.C}.
De acordo com a "Teoria da Galácia do Sul", Paulo estaria se referindo à Galácia no seu sentido
político mais amplo, como província de Roma. este caso as igrejas para quem a carta foi endereçada
seriam aquelas localizadas nas cidades evangelizadas por Paulo e Bamabé durante a primeira via-
gem missionária (At 13.13 -14.23). Esta primeira viagem ocorreu imediatamente antes do Concílio
de Jerusalém (At 15), neste caso a visita a Jerusalém comentada em Gá1atas 2.1-10, teria sido a
visita relatada em Atos 11.27-30 para levar socorro aos que sofriam com a fome na Judéia. De
acordo com esta hipótese, Gálatas teria sido escrita em 49 d.e.
Gálatas dirige-se a problemas levantados pela teologia opressiva de certos legalistas judeus que
haviam convencido alguns crentes da Galácia a trocar sua liberdade em Cristo pela escravidão da lei.
Paulo escreve esta carta enérgica para afastar o falso evangelho das obras e demonstrar a superiori-
dade da justificação pela graça por meio da fé. Este documento polêmico, cuidadosamente escrito,
ataca o problema de três ângulos diferentes: defesa do evangelho da graça (caps. 1,2), explicação do
evangelho da graça (caps. 3,4), aplicação do evangelho da graça (caps. 5,6).
316
I.,'
A epístola aos Gálatas tem sido chamada "A Carta Magna da Liberdade Cristã". Cristo libertou os
crentes da escravidão à lei (legalismo) e do pecado (licenciosidade) e os colocou em liberdade. O
poder transformador da cruz de Cristo liberta o crente do poder do pecado, da lei e do egoísmo.
Gálatas defende uma união de fé dinâmica com Cristo (2.20), retratada visivelmente no batismo
(3.27) e que cria um relacionamento fraternal entre os crentes (3.28).
Gálatas em Relance
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As cidades da Galácia
Antioquia
da Psídia • • Icônio
Listra • • Derbe Tarso
CllÍCIA • • Antioquia
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Mar Mediterrâneo
PALESTINA!
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Jerusalém
CIRENAICA ,.,
EGITOt\.
LíBIA
© 2002, Editora Cultura Cristã
317
ESBOÇO DE GÁLATAS
Os defensores do legalismo judaico revogam ou rejeitam a graça de Deus reduzindo a morte reden-
tora e vicária de Cristo a um significado meramente exemplar. Todas as tentativas modernas de erigir
boas obras, quer morais quer religiosas, como meio de alcançar a salvação, caem na mesma conde-
nação dos judaizantes apresentada por Paulo nesta epístola.
Lei e Graça
A FUNÇÃO DEFEITO
Baseada em Obras (3.10) Baseada na Fé (3.11,12) Obras nos colocam Justifica-nos pela Fé (3.3,24)
sob Maldição (3.10)
Nosso Guardião (3.23,4.2) Centralizada em Cristo (3.24) Guarda-nos para a Fé (3.23) Cristo Vive em Nós (2.20)
Nosso Tutor (3.24) Nosso Certificado Leva-nos a Cristo (3.24) Adota-nos como
de Liberdade (4.30,31) Filhos e Herdeiros (4.7)
A Lei funciona para: (1) declarar nossa culpa, (2) levar-nos a Cristo, e (3) dirigir-nos em uma vida de obediência.
Entretanto, a lei não tem poder para nos salvar.
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318
Orientação Bíblica para Famílias
Rm 9.6-11.36 Atitudes étnicas Paulo revê alguns relacionamentos judaicos que existiam desde o
tempo dos patriarcas e apela para humildade e aceitação.
Rm 14.1 -15.6 Diferenças na maturidade espiritual Os crentes devem viver com graça e tolerância
e nas convicções uns para com os outros.
1Co 5.1-13 Imoralidade sexual dentro das famílias Paulo lida com um caso contínuo de incesto numa família cristã.
2Co 2.1-11
1Co 7.8-20, 25-38 Solteiros e casamento Paulo expressa sua preferência pessoal pelo estado de solteiro.
Ef 6.1-4; Relacionamentos entre pais e filhos O lar deveria ser caracterizado por filhos obedientes e
CI3.20,21 pais dedicados e atenciosos.
1Tm 3.1-13; Caráter Umas das áreas mais importantes para se avaliar
Tt 1.5-16 os líderes espirituais deveria ser sua vida familiar.
1Tm 5.3-16; Viúvas Paulo oferece orientação para o cuidado com as viúvas;
Tg 1.27 Tiago exorta os crentes a atender às necessidades das viúvas e
dos órfãos.
319
EFÉSIOS
À exceção de Romanos, Efésios é a mais cuidadosa apresentação escrita da Teologia Cristã do Novo
(!ill" " Testamento. Paulo escreveu esta epístola para tomar os crentes mais conscientes das riquezas que
\,~ "" ~-
possuem em Cristo e para motivá-los a recorrer a estes recursos espirituais na vida diária.
Autor
o nome de Paulo ocorre em l.1 e em 3.1 como sendo o autor desta carta, e a tradição primitiva da
~ igreja apóia esta afirmação. No entanto, alguns têm argumentado que Efésios difere em vocabulário
~ e estilo, e que a visão da igreja universal como corpo de Cristo representa um desenvolvimento
~~ teológico mais tardio. Entretanto, argumentos baseados em vocabulário e estilo são notoriamente
~
subjetivos, e a riqueza teológica de Efésios é mais apropriadamente atribuída ao crescimento e
aprofundamento da meditação do próprio Paulo sobre a natureza da igreja.
Data
Sendo uma das "Epístolas da Prisão" (o título é atribuído corporativamente a Efésios, Filipenses, Colossenses
e Filemom), Efésios seria datado do período de 6O---é3d.e., correspondendo ao tempo da primeira prisão
de Paulo em Roma (cf. At 28.16-31). Foi provavelmente escrita ao mesmo tempo que Colossenses.
O destinatário da epístola é mais incerto. Por a expressão "Em Éfeso'{ 1.1) ser omitida em alguns dos
manuscritos gregos mais antigos, vários estudiosos têm sugerido que esta seria uma carta circular
endereçada às igrejas da Ásia Menor como um todo, e que deveria ser enviada de igreja para igreja.
Alguns acreditam que esta teoria explica a referência de Paulo em Colossenses 4.16, na qual o
apóstolo pede que a epístola aos Colossenses fosse lida ao mesmo tempo que a "epístola a Laodicéia".
Paulo estaria se referindo a uma cópia de Efésios com o nome Laodicéia inserido no espaço em
branco, de modo que a carta circular pudesse ser lida nesta cidade também.
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Efésios em Relance
TEXTO 1.1 1.15 2.1 3.14 4.1 4.17 5.22 6.10 6.24
CONDUTA
LOUVOR ORAÇÃO POSiÇÃO ORAÇÃO UNIDADE SANTIDADE RESPONSABILIDADES
DIVISÃO DIANTE
PELA POR DO POR DA IGREJA DEVIDA NOLARENO
DO
REDENÇÃO REVELAÇÃO CRISTÃO COMPREENSÃO TRABALHO
CONFLITO
CRER VIVER
TÓPICOS
LOCAL ROMA
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ESBOÇO DE EFÉSIOS
,-
321
11. Santidade de Vida ~ 4.17 - 5.21
A. Despojem-se do Velho Homem 4.17-22
B. Revistam-se do Novo Homem 4.23-29
C. Não Entristeçam o Espírito Santo 4.30 - 5.12
D. Andem como Filhos da Luz 5.13-17
E. Fiquem Cheios do Espírito 5.18-21
A Cidade de Éfeso
No final de sua segunda viagem missionária Paulo visitou Éfeso, onde deixou Priscila e Áquila
(At 18.18-21). Voltando à cidade em sua terceira viagem missionária, Paulo permaneceu ali durante
quase três anos (At 18.23 - 19.41). O ministério eficiente de Paulo começou a prejudicar seriamente
o lucro com magia e com imagens, o que provocou um protesto popular no enorme teatro de Éfeso.
Paulo deixou a cidade indo para a Macedônia. Posteriormente o apóstolo encontrou-se novamente
com os presbíteros de Éfeso em seu caminho para Jerusalém (At 20.17-38).
Monte Pion
~
Ginásio Oriental
Porta.
~ Magnesiana
322
Nossas Bênçãos em Cristo
A importante expressão paulina "em Cristo" (ou seus equivalentes) aparece trinta e cinco vezes nesta
carta, um número maior do que o encontrado em qualquer outro livro do Novo Testamento. Além
disso, a salvação do crente é garantida pela obra das três pessoas da Trindade - a escolha amorosa do
Pai (1.3-6), a obra redentora do Filho (1.7-12), e o selo do Espírito Santo (1.13,14).
- Abençoado (v.3)
Escolhido (v.4)
Predestinado (v.5)
Adotado (v.5)
Aceito (v.6)
EM CRISTO SOU - Redimido (v.7)
Perdoado (v.7)
Esclarecido (vs.8,9)
Herdeiro (v.11)
Selado (v.13)
Seguro (v.14)
-
Graça Abundante
Graça (do grego charis ) refere-se às atitudes beneficentes de Deus por meio das quais ele revela sua
pessoa, suas bênçãos e sua vida - todas elas dádivas que emanam de seu amor e não do mérito ou
valor de qualquer pecador.
A Obra da Salvação
A obra da salvação tem, essencialmente, três partes. (1) Justificação, na qual Deus declara o pecador
justificado diante dele, livrando-o da penalidade legal devida ao pecado; (2) Santificação, na qual o
pecador é progressivamente libertado do poder do pecado, pelo poder do Espírito Santo; e (3)
Glorificação, que contempla o futuro, quando o crente estará completamente livre do pecado e de
acordo com a imagem de Cristo.
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323
As Caracterlstlcas da Nova Criatura em Cristo
o Amor é ... O fruto do Espírito é ... Meditem nas coisas que são ... Revistam-se de ...
"Agora, pois, "Contra estas coisas "O que também aprendestes, "E tudo o que fizerdes,
permanecem a fé, não há lei. .. e recebestes, e ouvistes, seja em palavra, seja em ação,
a esperança e o amor, Se vivemos no Espírito, e vistes em mim, isso praticai; fazei-o em nome do
estes três; porém o maior andemos também no Espírito." e o Deus da paz será Senhor Jesus." (3.17)
destes é o amor." (13.13) (5.23,25) convosco."(4.9)
FILIPENSES
Autor
Esta carta é claramente identificada como tendo sido escrita por Paulo, como lemos em 1.1, e a
~Á: autoria paulina nunca foi seriamente questionada. Tem havido, entretanto, um debate freqüente e
~~ vigoroso a respeito da data e do local de onde ela teria sido escrita.
Data
A posição tradicional tem afirmado que Paulo escreveu Filipenses entre 61-63 d.e. de sua prisão em
Roma. As referências à guarda do palácio (l.13) e à casa de César (4.22) coincidem com a prisão
em Roma. Além disso, as afirmações de Paulo em 1.12-20 e em 4.22 sugerem enfaticamente que
este período de prisão foi razoavelmente longo. Portanto, esta carta foi provavelmente escrita algum
. tempo depois do início do aprisionamento registrado em Atos 28.
Recentemente, entretanto, alguns estudiosos têm sugerido que Filipenses foi escrito ao redor de 55
d.e., durante o ministério de Paulo em Éfeso (At 19; 20), ou no período compreendido entre 56--61
d.e., durante sua prisão em Cesaréia (At 24.26). Estes argumentam que as expressões "casa de
César" e "guarda do palácio" poderiam referir-se a autoridades romanas provinciais como Éfeso ou
Cesaréia. Aqueles que preferem Éfeso mostram que as viagens freqüentes entre a prisão de Paulo
e Filipos subentendidas em 1.26; 2.19, 23-26; 4.18 indicam que Paulo estava mais perto de Filipos do
que permitiria uma prisão em Roma.
Deveríamos observar, no entanto, que Atos não menciona qualquer encarceramento em Éfeso, e que
Cesaréia ficava muito mais longe de Filipos do que Roma. Além disso, era possível fazer uma viagem
razoavelmente rápida entre Roma e Filipos que estava localizada sobre a Via Egnatia, uma das
principais estradas romanas (ligava Roma à Ásia Menor. N. do T.). Portanto, a posição tradicional de
que esta carta foi escrita de Roma entre 61-63 d.e., é a preferida.
Filipenses é uma das cartas mais pessoais de Paulo. Aqui ele compartilha suas próprias
experiências com Cristo e a luta sobre o que seria preferível: morrer para estar com Cristo ou
permanecer vivo para servir aos filipenses (1.2-26). Paulo guardava os filipenses em seu coração,
e eles o apoiavam em sua prisão (1. 7), um fato que explica o tom de gratidão freqüentemente
usado por Paulo (1.3-11; 2.19-30; 4.10-20).
Filipenses ocupa-se centralmente do seguinte: Paulo fala de sua presente situação (cap. 1); o
apóstolo anela possuir a mente de Cristo (cap. 2); anela ter o conhecimento de Cristo (cap. 3), e
anela ter a paz de Cristo (cap. 4).
325
De importância central em Filipenses é o tema da alegria. A palavra alegria (chara em grego) é encontrada
cinco vezes (l.4,25; 2.2,29; 4.1) e o verbo "regozijar-se" ocorre onze vezes (duas vezes em 1.18; 2.17,18;
4.4; e uma vez em 2.28; 3.1 e 4.10). Apesar das circunstâncias desagradáveis da prisão, Paulo manifesta
uma alegre confiança no sustento de Deus para com ele pessoalmente e para com os cristãos de Filipos.
Paulo exorta os filipenses a manterem um espírito de unidade e mútuo cuidado e interesse, adotando
uma atitude de humildade (2.l-4), cujo maior exemplo é a encarnação e crucificação de Cristo (2.5-
11).A kenosis, ou "auto-esvaziamento" de Cristo, não significa que ele tenha renunciado sua divindade
essencial, mas que ele refreou a glória que possuía e voluntariamente restringiu o uso de certos
atributos seus (como a onipresença, por exemplo).
Filipenses em Relance
ÊNFASE DESCRiÇÃO DAS A MENTE DE CRISTO O CONHECIMENTO A PAZ DE CRISTO
CIRCUNST ÃNCIAS DE CRISTO
TEXTO 1.1 2.1 3.1 4.1 4.23
LOCAL ROMA
OCASIÃO c. de 62 d.C.
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ESBOÇO DE FILlPENSES
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Cristo e Adão
Os cristãos são exortados a ter a mente de Cristo (2.5-11), cuja essência é a humildade e o amor
sacrificial pelos outros. O exemplo de Cristo contrasta com a mente muito diferente de Adão, cuja
desobediência e orgulho são superados pela obediência e humildade de Cristo.
Adão e Cristo:
Comparação e Contraste
Adão Cristo
Considerou ser como Deus um privilégio Não considerou o ser como Deus um privilégio do qual
do qual deveria apoderar-se. deveria apoderar-se,
Sendo feito homem (do pó, agora amaldiçoado), E sendo reconhecido em figura humana (Rm 8:3),
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Buscar a Cristo
Filipenses ensina que o objetivo da vida cristã deveria ser buscar a Cristo e a intimidade com Deus.
Devotar-se a conhecer Cristo, na realidade, o grau em que esta procura se toma um desejo e uma
devoção central em nossa vida, constituindo-se num parâmetro para avaliar nossa maturidade espiritual.
327
Os Dez Mitos Favoritos
4 Não importa o que você crê, todas as religiões são basicamente iguais. At 4.12
328
COLOSSENSES
Colossenses é, talvez, o livro mais claramente cristocêntrico da Bíblia. Nele Paulo enfatiza a
preeminência da pessoa de Cristo e a totalidade da salvação outorgada por ele a nós.
Autor
o testemunho
ff
histórico da autoria paulina de Colossenses é antigo e consistente. A evidência externa
~ ') também é grande: não apenas a alegação de que foi escrita por Paulo (1.1,23; 4.18), mas também os
~ detalhes pessoais e os estreitos paralelos com Efésios e Filemom, reforçam esta afirmação.
~ No entanto, a autenticidade desta carta tem sido discutida com base no seu vocabulário e seus conceitos.
~
Em seus quatro capítulos Colossenses usa cinqüenta e cinco palavras gregas que não aparecem em
outras epístolas de Paulo. A profunda cristologia de Colossenses tem sido comparada ao conceito
mais tardio de Cristo como o Lagos Criador que aparece em João (Cl 1.15-23 cf. Jo 1.1-18), com a
conclusão de que tais conceitos são muito avançados para o tempo de Paulo. Além disso, algumas
vezes argumenta-se que a heresia de Colossos representava um tipo de gnosticismo prevalecente
durante o 2º século de nossa era.
Devemos reconhecer, no entanto, que Paulo dominava um vasto vocabulário, e os tópicos exclusivos
discutidos nesta carta, particularmente a Heresia de Colossos, respondem pelo vocabulário da epístola.
Além disso, não há razão para assumir que Paulo não estivesse consciente da obra de Cristo como
Criador, especialmente em vista de Filipenses 2.5-1l. Finalmente, a informação pertinente à heresia
de Colossos no capítulo 2 aponta com mais precisão para o que foi uma forma anterior de Gnosticismo,
e não para a formulação plenamente desenvolvida do Gnosticismo do 2º século d.e.
Data
Paulo escreveu esta carta na prisão, como aconteceu com Efésios, Filipenses e Filemon. Embora
Éfeso e Cesaréia tenham sido indicadas como possíveis localidades de sua composição, a maior
evidência sugere que Paulo a tenha escrito em 60 ou 61 d.e., durante sua primeira prisão em Roma
(At 28.16-31) e que a tenha enviado por intermédio de Tíquico e Onésirno, o escravo convertido (4. 7-9;
cf. Ef6.21; Fm 10-12).
Colossos era uma pequena cidade a leste de Éfeso e distante dela cerca de 170 quilômetros. Ficava
na região das sete igrejas da Ásia mencionadas em Apocalipse 1 - 3. Localizada no fértil vale de
Licos, na estrada que saía de Éfeso em direção ao leste, Colossos havia sido, anteriormente, um
centro populoso de comércio. Mas, no tempo de Paulo, sua importância havia se eclipsado diante das
cidades vizinhas de Laodicéia e Hierápolis. A não ser por esta carta, Colossos não exerceu praticamente
nenhuma influência na história da igreja primitiva.
O caráter preciso da heresia de Colossos tem sido um assunto de debate. A natureza desta heresia
pode ser deduzida apenas pelas referências acidentais que Paulo faz ao refutá-Ia em 2.8-23. Tratava-
se, aparentemente, de um sistema religioso que combinava elementos de especulação grega helenística
(2.4,8-10), legalismo judaico (2.11-17), e misticismo oriental (2.18-23). Envolvia uma visão de
desprezo pelo corpo (2.20-23) e, provavelmente, pela natureza como um todo. Com ênfase na
importância da circuncisão, regras dietéticas e observações rituais, ao lado de culto aos anjos e uma
preocupação com experiências místicas, a heresia de Colossos negava a suficiência de Cristo, e
qualquer tentativa de moldar Cristo dentro de tal sistema solaparia sua pessoa e sua obra redentora.
329
Temas e Estrutura Literária
Colossenses em Relance
DOUTRINÁRIO PRÁTICO
TÓPICOS
O QUE CRISTO FEZ POR NÓS O QUE CRISTO FAZ. POR MEIO DE NÓS
LOCAL ROMA
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ESBOÇO DE COLOSSENSES
I. Introdução 1.1-14
A. Saudação de Paulo aos Colossenses 1.1, 2
B. Agradecimento de Paulo aos Colossenses 1.3-8
C. Oração de Paulo pelos Colossenses 1.9-14
._t!' __
I'
330
11. A Preeminência de Cristo : 1.15 - 23
A. Cristo É Preeminente na Criação 1.15-18
B. Cristo É Preeminente na Redenção 1.19-23
C. Cristo É Preeminente na Igreja 1.24- 2.3
Efésios Colossenses
Menos pessoal e, provavelmente, uma carta circular. Mais pessoal e orientado para a igreja local.
Menciona indiretamente os erros de falsos ensinamentos Fala diretamente sobre os erros de falsas doutrinas
(a heresia não é um grande perigo). (a heresia é mais ameaçadora).
331
Cristo Acima de Tudo
A Preeminência de Cristo
Cristo
• A imagem visível de • Agrada o Pai • Fonte de todos • Vivemos nele • Ele é nossa vida
Deus (1.15) (1.19,20) os tesouros de (2.11-13) (3.3)
sabedoria e
• Reconcilia-nos por conhecimento • Não há necessidade • Podemos evitar
• Agente da criação meio de sua morte (2.2,3) de legalismo nem a imoralidade
(1.16) (1.21,22) ritualismo (2.8) e abençoar
• Filosofias do mundo outros (3.5-14)
• Habita em nós como não se adaptam
• Mantenedor (1.17) nossa esperança a ele (2.8)
da glória (1.27)
• Cabeça da Igr"eja
(1.18)
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Cristo É o Foco
Os primeiros dois capítulos de Colossenses constituem uma das mais importantes passagens
cristológicas das Escrituras. Enfatizando o papel do Filho como Criador e Redentor e
reconhecendo que "nele habita, corporalmente toda plenitude da Divindade" (2.9), Paulo afirma
a absoluta e completa divindade de Cristo.
Uma Fé Cantante
Como é evidente no Antigo Testamento, a fé hebraica enfatizava a alegria de cantar ao Senhor, mas
o Cristianismo é ainda mais profundamente uma fé cantante. Cantar pode tomar o ensino e a pregação
mais eficientes. Os colossenses deveriam salientar o ministério de ensino e admoestação cantando
salmos, hinos e cânticos espirituais. Examine a lista abaixo.
332
Hinos e Cânticos
Jesus e os discípulos Um hino cantado no cenáculo durante a celebração da Páscoa, antes da prisão de Mt26.30
Jesus
Maria Cântico de Maria ao saber que ela, uma virgem, daria à luz o Messias Lc 1.46-55
Zacarias Cântico de alegria no ato de circuncisão de seu filho que seria o precursor do Lc 1.68-72
Messias
Paulo e Silas Cântico de louvor a Deus à meia noite, quando se encontravam presos em Filipos At 16.25
Todos os Crentes Cânticos espirituais de gratidão e alegria que Deus deseja que todos os crentes Ef 5.19
cantem C13.16
144.000 Crentes O novo cântico dos redimidos no céu, entoado para glorificar a Deus. Ap 14.1-3
Seu
Cristo Relacionamento Sua Obra Divina Seu Nome Divino Sua Natureza Divina
Divino
Evangelho de João O Verbo Criação de Tudo Theos (grego, lit. Deus) Integralmente Deus
(Jo 1; 14) (Jo 1.1, 14) (Jo 1.1-3) (Jo. 1.1,18) (Jo 1.18; 14.6)
Glória Radiante Salvação Integralmente Homem
(Jo 1.14; 14.7) (Jo 1.12, 13) (Jo 1.14)
Unigênito
(Jo 1.14,18)
Filho
(Jo 3.16)
Epístola aos Filipenses Forma de Deus Salvação Theos (Grego, lit. Deus) Integralmente Deus
(Fp 2) (Fp 2.6) (Fp 2.6-8) (Fp 2.6) (Fp 2.6)
Igual a Deus Integralmente Homem
(Fp 2.6) (Fp 2.7,8)
Servo
(Fp 2.7)
Epístola aos Imagem do Deus Invisível Criação de Tudo Theotetos Integralmente Deus
Colossenses (CI 1;2) (CI1.15,19) (CI 1.16-18) (grego, lit. Deidade) (CI1.19; 2.9)
Primogênito Salvação (CI2.9) Integralmente Homem
(CI1.15,18) (CI 1.4, 5,19-22; (CI2.9)
O Filho a quem Deus ama 2.6, 13-15)
(CI1.13)
Epístola aos Hebreus Revelação de Deus Criação de Tudo Theos (grego, lit. Deus) Integralmente Deus
(Hb 1; 2) (Hb 1.2) (Hb 1.2, 3,10) (Hb 1.8) (Hb 1.3)
Primogênito Salvação Integralmente Homem
(Hb 1.6) (Hb 1.3; 2.10,11) (Hb 1.6; 2.14-18)
Filho (Hb 1.2, 5, 8)
333
1 e 2 TESSALONICENSES
Escrevendo com gratidão e afeição para uma igreja que havia visitado rapidamente, as epístola: ce
Paulo aos Tessalonicenses oferecem palavras de ânimo a uma igreja fiel mas sofredora, enfocancc
particularmente o incentivo proporcionado pela promessa do retomo de Cristo.
Autor
A autoria paulina de 1 Tessalonicenses não foi disputada até o século 19, quando críticos radicais
argumentaram que a escassez de conteúdo doutrinário tomava sua autenticidade suspeita. Na realidade.
~ a proporção de ensino doutrinária varia grandemente nas epístolas de Paulo, e 1 Tessalonicenses foi
~ escrita para lidar com uma questão doutrinária específica - o retomo de Cristo.
~ A evidência externa da autenticidade de 2 Tessalonicenses é ainda mais forte que para a primeira
epístola. Internamente, vocabulário, estilo e conteúdo doutrinário confirmam as alegações encontradas
em 2 Tessalonicenses l.1 e 3.7 de que esta carta foi escrita por Paulo.
Data
Ambas epístolas aos Tessalonicenses foram escritas durante a segunda viagem missionária de Paulo.
o que as coloca entre os primeiros livros escritos do Novo Testamento. Depois de breve permanência
em Tessalônica, capital da Macedônia, Paulo viajou para o sul, passando por Beréia e Atenas, e
chegando até Corinto, onde passou dezoito meses. Durante a primeira parte da sua estadia em
Corinto, 51 e 52 d.C., o apóstolo escreveu 1 Tessalonicenses.
Veja o mapa. "Primeira e Segunda Viagem de Paulo", às páginas 293, 294.
Meses mais tarde, enquanto ainda estava em Corinto, Paulo recebeu notícias de Tessalônica.
informando que seu ensino sobre o dia do Senhor havia sido mal compreendido por alguns membro
daquela igreja. O apóstolo escreveu então uma segunda carta, 2 Tessalonicenses, para corrigir tai
mal-entendidos e confortar novamente a igreja.
No tempo de Paulo, Tessalônica era um importante porto marítimo e capital da província romana da
Macedônia. Esta próspera cidade ficava localizada sobre a Via Egnátia, estrada principal que ligava
Roma ao Oriente, e podia ser vista do monte Olimpo, legendário lar do panteão grego.
Com aproximadamente 200.000 habitantes no 1 século d.e., Tessalônica tinha uma população judaica
0
considerável e o monoteísmo ético da religião judaica atraía muitos gentios que se sentiam
desencantados com o paganismo grego. De acordo com 1 Tessalonicenses l.9 e 2.14-16 a maioria
dos convertidos em Tessalônica eram gentios vindos da idolatria.
1 Tessalonicenses em Relance
OCASIÃO 51 d.C.
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1 Tessalonicenses 2 Tessalonicenses
Fala sobre como os tessalonicenses foram evangelizados Fala sobre como os tessalonicenses estão sendo edificados,
quando receberam a Palavra de Deus mencionando seu progresso na fé, no amor e na paciência
Enfatiza a iminência e importância do Dia do Senhor Corrige os mal-entendidos sobre o retorno do Senhor
335
ESBOÇO DE 1 TESSALONICENSES
2 Tessalonicenses em Relance
ÊNFASE INCENTIVO NA PERSEGUiÇÃO EXPLICAÇÃO SOBRE O DIA EXORTAÇÃO
00 SENHOR À IGREJA
CORREÇÃO DO
GRATIDÃO PELA VIDA DELES INSTRUÇÃO NA DOUTRINA COMPORTAMENTO
OCASIÃO 51 d.C.
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ESBOÇO DE 2 TESSALONICENSES
336
. " --
1 e 2 TIMÓTEO
Autor
A partir do início do século 19 as Epístolas Pastorais (1 e 2 Timóteo e Tito) têm sido mais atacadas do
~ ') que qualquer outra epístola de Paulo no que diz respeito à sua autoria. A semelhança existente entre
~~ estas epístolas exige que sejam consideradas em conjunto nesta questão de autoria.
~ ~ A evidência externa apoia a autoria paulina. Os pais pós-apostólicos da igreja, como Policarpo e
Clemente de Roma, as mencionam, e estas cartas são identificadas como paulinas desde o tempo de
Irineu e Tertuliano. Dentre as epístolas de Paulo, apenas Romanos e Coríntios gozam de uma
autenticação mais expressiva.
Alguns estudiosos, entretanto, consideram estas cartas "falsificações piedosas" surgi das durante o
2° século de nossa era. Entre as razões citadas para apoiar esta posição, incluem algumas diferenças
de linguagem, e a alegação de que a forma de governo eclesiástico aparente nas cartas pastorais,
.reflete um período posterior a Paulo. Embora haja diferenças entre as pastorais e as demais epístolas
paulinas, tais diferenças são adequadamente explicadas pelo fato de que as outras epístolas foram
dirigidas a igrejas, e as pastorais foram escritas para indivíduos. Algumas diferenças lingüísticas
podem ser devidas ao fato de que Paulo usou um amanuense ou secretário, provavelmente Lucas, ou
simplesmente pelo fato de que a diversidade de assunto produziu a diversidade de vocabulário. Além
disso, a suposição de que estes livros são falsificações sugere que o pretenso autor/compilador foi,
deliberadamente, fraudulento. Deve-se notar também que estas cartas diferem muito de escritos
reconhecidamente pós-apostólicos e pseudo-epigráficos. Finalmente, elas não tratam de problemas
comuns no 2º século, como gnosticismo, por exemplo.
Data
Nestas cartas Paulo escreve a Timóteo, o qual, durante a segunda viagem missionária, havia se
-
~
tomado um assistente muito próximo do apóstolo (At 16.1-3). Baseado na reconstrução histórica
abaixo, 1 Timóteo foi escrita em cerca de 63 d.e., e 2 Timóteo por volta de 67 d.e.
A autoria paulina das Epístolas Pastorais depende das seguintes circunstâncias: da libertação de
Paulo de sua prisão em Roma (At 28), da continuação de seus esforços missionários e de uma
segunda prisão em Roma. Infelizmente, a ordem dos eventos só pode ser reconstruída a partir de
alusões esparsas, pois não dispomos de uma fonte histórica, como o livro de Atos, que narre os
últimos anos do apóstolo. A reconstrução que se segue é apenas provisória.
Como esperava (FI 1.19,25,26; 2.24), Paulo foi libertado de sua prisão em Roma (63 d.Ci). Cumprindo
promessa feita aos filipenses (FI 2.19-23), ele enviou Timóteo a Filipos para relatar as boas-novas.
Paulo dirigiu-se a Éfeso (apesar de sua expectativa anterior, mencionada em Atos 20.38), e para
outras igrejas da Ásia, como Colossos (veja Filemom 22). Quando Timóteo reuniu-se a ele em Éfeso,
337
o apóstolo instruiu seu assistente a "permanecer em Éfeso (1Tm 1.3), enquanto ele próprio viajava para
a Macedônia. Quando percebeu que poderia demorar-se na Macedônia, Paulo escreveu 1 Timóteo
(c. 63 d.Cc) talvez de Filipos (1Tm. 3.14,15). Depois de encontrar-se com Timóteo em Éfeso, o apóstolo
viajou para a ilha de Creta onde, após um período de ministério, deixou Tito para continuar o trabalho
(Tt l.5). De Corinto, Paulo escreveu a carta a Tito (c. 63 d.C,), aproveitando o fato de que Zenas e
Apoio estavam de partida para uma viagem que os faria passar por Creta (Tt 3.13). O apóstolo pede a
Tito que vá encontrar-se com ele em icópolis, tão logo seu substituto chegue a Creta (Tt 3.12).
Se Paulo foi à Espanha como havia planejado (Rm 15.24,28), ele provavelmente partiu em companhia
de Tito para aquela província ocidental, depois de haver passado o inverno em Nicópolis. A tradição
da igreja primitiva sustenta que Paulo realmente foi à Espanha, e que talvez tenha permanecido ali
durante o período de 64--66 d.e. Retomando à Grécia e à Ásia - passando por Corinto, Mileto e
Trôade (2Tm 4.13,20), o apóstolo foi preso pela segunda vez, provavelmente em Trôade, onde deixou
seus valiosos livros e a capa (2Tm 4.13). Após ser preso, Paulo foi encarcerado em Roma, tendo
escrito 2 Timóteo de sua cela na prisão.
1 Timóteo em Relance
PERIGO DE FALSA ORIENTAÇÃO PARA DEFESA CONTRA DEVERES PARA LIDANDO COM
DOUTRINA OCULTO FALSOS MESTRES COM OUTROS RIQUEZA
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• Manifesta as "belas atitudes" expostas por Jesus em seu Sermão da Montanha (Mt 5.3-16)
.-
• Pensa com a mente transformada, expressa um espírito de amor genuíno, e mostra respeito pela autoridade
(Rm 12.1,2; 13.1-7)
• Realiza obras de fé e compaixão (Tg 2.14-17), controla a língua (3.1-11), e é reconhecido por sua sabedoria (3.13)
• Mantém-se firme na verdade sobre Jesus (2Jo 4; 3Jo 3-4) e a defende (Jd 3)
Comparação entre as Duas Prisões de Paulo em Roma
Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo procura orientar seu jovem e menos experimentado cooperador
em suas pesadas responsabilidades como supervisor do trabalho em Éfeso e outras cidades da Ásia.
A carta é, na realidade, um desafio a Timóteo para cumprir a tarefa que está diante dele: combater os
falsos ensinamentos com boa doutrina, preparar uma liderança qualificada, ensinar a Palavra de
Deus, e encorajar uma conduta cristã. Em razão do caráter pessoal e familiar, esta carta é estruturada
livremente ao redor de cinco incumbências que finalizam cada seção (1.l8-20; 3.14-16; 4.11-20:
5.21-15; 6.20,21).
Estas seções tratam de: doutrina (cap. I), culto público (caps. 2 - 3), o perigo de falsos mestres (cap.
4), disciplina da igreja (cap. 5), e motivação pastoral (cap. 5).
Em 2 Timóteo Paulo escreve como alguém que sabe que seus dias na terra estão rapidamente
chegando ao fim. Aproximando-se a hora de abandonar seus fardos, o santo apóstolo procura desafiar
e fortalecer seu auxiliar Timóteo, um jovem fiel, mas um tanto tímido, em seu difícil trabalho em
Éfeso. Apesar das condições desanimadoras, esta é uma carta de incentivo que leva Timóteo a
prosseguir no cumprimento de sua tarefa divinamente designada. Em 2 Timóteo o fato central para
todas as coisas é o seguro fundamento da Palavra de Deus. Paulo aponta a necessidade de perseverar
durante as presentes provações (caps. I e 2), e suportar as futuras (caps. 3 e 4).
Os encargos que Paulo atribui a Timóteo (resumidos em 2Tm 4.1-5), apresentam um resumo
apropriado da conduta essencial da conduta de um ministro do evangelho.
Ministério de Timóteo
Participar dos sofrimentos do evangelho (1.8; 2.3) Por sua participação outros serão salvos (2.10)
Manter a boa doutrina (1.13; 2.15) Falsa doutrina se espalha e leva à iniqüidade (2.16,17)
Fugir das paixões da mocidade (2.22) Ele deve ser puro e separado para o trabalho do Mestre (2.21
Evitar contendas (2.23-25) Deve orientar outros gentilmente à verdade (2.24-26)
Pregar o evangelho insistentemente (4.2) Aproxima-se a grande apostas ia (4.3,4)
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ESBOÇO DE 1 TIMÓTEO
339
11. Incumbência Relativa ao Culto Público 2.1 - 3.16
A. Oração no Culto Público 2.1-8
B. Mulheres no Culto Público 2.9-15
C. Qualificações para os Bispos 3.1-7
D. Qualificações para os Diáconos 3.8-13
E. Segunda Incumbência: "Ciente de como proceder bem na Casa de Deus" 3.14-16
2 Timóteo em Relance
ÊNFASE PERSEVERANÇA NAS PRESENTES PROVAÇÕES RESISTÊNCIA NAS FUTURAS PROVAÇÕES
GRATIDÃO TlMÓTEOÉ
CARACTERíSTICAS APROXIMA-SE RESPONSABILIDADE APROXIMA-SE
PELA FÉ RELEMBRADO
DIVISÃO DEUM ODIADA DE PREGAR A MORTE
QUEHÁ DESUAS
MINISTRO FIEL APOSTASIA PALAVRA DE PAULO
EM TIMÓTEO RESPONSABILIDADES
PERSEVERANÇA PROTETOR DO
PODER DO EVANGELHO PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
DO EVANGELHO EVANGELHO
TÓPICOS
LEMBRANÇA REQUISITOS RESISTÊNCIA PEDIDOS
OCASIÃO c. 67 d.C.
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ESBOÇO DE 2 TIMÓTEO
•
'(i",' , . • apostólico. Esta breve carta destaca o papel e a responsabilidade de Tito na organização e supervisão
;- '.,l
Autor
~
~
.fi A autoria paulina das Epístolas Pastorais (1 e 2 Timóteo e Tito) tem sido objeto de controvérsia na
idade moderna. Entretanto, a evidência que apoia a autoria Paulina destas epístolas é substancial e a
alternativa de considerá-Ias como "falsi fieações piedosas" não é aceitável (veja Autor em I e 2 Timóteo).
Data
Embora a cronologia necessite ser reconstruí da a partir de comentários acidentais que encontramos
ao longo das Epístolas Pastorais, possivelmente o livro de Tito foi escrito em c. de 63 d.C., após a
libertação de Paulo de sua prisão em Roma, relatada em Atos 28, e logo após a composição de 1
Timóteo. Veja Data de 1 e 2 Timóteo para uma consideração mais detalhada da cronologia da vida de
Paulo após o término do livro de Atos.
A ilha mediterrânea de Creta tem cerca de 96 km de comprimento por 19 km de largura. Seus
habitantes no primeiro século de nossa era eram conhecidos por sua desonestidade e imoralidade
(1.12,13) e a expressào "agir como um cretense" transformou-se em dito popular que significava
"ser mentiroso". Vários judeus de Creta estavam presentes em Jerusalém no dia de Pentecostes
(At 2.11) e, possivelmente, alguns creram em Cristo e levaram o evangelho para o seu país. Embora
Paulo tenha sofrido um naufrágio em Creta durante sua viagem para Roma (At 27.7-13), ele teve,
provavelmente, pouco tempo para desenvolver um ministério ativo durante aquele breve período. O
apóstolo pregou o evangelho pelas cidades de Creta após ter sido libertado de sua prisão em Roma,
deixando Tito na ilha para terminar de organizar as igrejas (1.5).
Pouco tempo depois de haver deixado Creta, Paulo escreveu esta carta para animar e ajudar Tito em
sua tarefa de organizar as igrejas. A epístola salienta a boa e sã doutrina e adverte sobre aqueles que
distorcem a verdade. Ao mesmo tempo é um manual de conduta que enfatiza as boas obras e o
comportamento próprio de vários grupos dentro da igreja. Tito se divide em duas seções principais:
ordene presbíteros (cap. 1) e coloque tudo em ordem (caps. 2,3).
Sublinhando as instruções de Paulo, permanece a- rdade de que Cristo está construindo sua igreja,
escolhendo cuidadosamente as pedras que compõe esta habitação de Deus. A divindade de Cristo e
sua obra redentora sào esplendidamente afirmadas em 2.13,14, e Paulo apresenta a segunda vinda
de Cristo como um incentivo para viver-se uma vida santa (2.12,13).
341
Tito em Relance
I
ÊNFASE ORDENE RESBíTEROS COLOQUE TUDO EM ORDEM
OCASIÃO c. 63 d.C.
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Homens e mulheres,jovens e velhos, todos têm uma missão vital para cumprir na igreja, se realmente
desejam ser exemplos vivos da doutrina que professam. Ao longo de sua carta a Tito, o apóstolo
enfatiza a operação prática e necessária da salvação na vida diária tanto dos presbíteros como dos
membros da congregação.
Veja o quadro: "Palavras de Paulo a Tito" abaixo.
ESBOÇO DE TITO
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342
FILEMOM
A mais curta das epístolas de Paulo (apenas 334 palavras no texto grego), é um modelo de cortesia,
discrição e profundo interesse no perdão de alguém que, em outras circunstâncias, teria de enfrentar
severas conseqüências.
Autor
~.ó" o consenso geral dos eruditos reconhece Filemom como tendo sido escrita por Paulo. Não teria
~_ havido nenhuma razão doutrinária que a motivasse. Externamente esta posição é apoiada por uma
~ ~ tradição consistente, e internamente por não menos do que três referências a Paulo (vs. 1,9,19).
Data
Filemom é uma das quatro epístolas da prisão (Efésios, Filipenses e Colossenses são as outras três).
Foi escrita em 60 ou 61 d.e. e enviada juntamente com Colossenses, durante a primeira prisão de
Paulo em Roma. O versículo 22 reflete a esperança do apóstolo de ser libertado da prisão .
. Reconstruindo os antecedentes desta carta podemos perceber que o escravo chamado Onésim., afrontou
seu senhor e fugiu para Roma, onde podia encontrar relativa segurança no meio da multidão. De
alguma forma Onésimo entrou em contato com Paulo, que o levou a Cristo. Sabendo que Onésimo
tinha a responsabilidade de retomar a Filemom, Paulo mandou-o de volta a Colossos na companhia
de Tíquico, levando esta carta.
Filemom residia em Colossos e havia sido evangelizado por Paulo (v. 19), talvez num encontro que
tiveram em Éfeso, durante a terceira viagem missionária. A casa de Filemom era suficientemente
grande para servir como ponto de reunião para a igreja em Colossos (v.2). Filemom havia sido
benevolente com outros crentes (vs. 5-7) e seu filho Arquipo evidentemente ocupava uma importante
posição de liderança na igreja (Cl 4.17; Fm 2). Filemom pode ter tido outros escravos além de
Onésimo e não era o único a possuir escravos entre os crentes de Colossos (Cl 4.1). Portanto, esta
carta fornece diretrizes para os relacionamentos entre senhores e escravos.
Esta carta delicada e profundamente pessoal pode ser dividida em três partes: oração de gratidão por
Filemom (vs. 1-7); petição de Paulo em favor de Onésimo (vs. 8-16); e a promessa de Paulo a
Filemom (vs. 17-25).
A epístola de Paulo a Filemom é um testemunho do poder e da graça de Deus em Cristo Jesus e do
amor cristão que une os crentes. Embora fosse,-hõgalmente, um ladrão e um fugitivo, Onésimo, o
escravo de Filemom, havia sido transformado pela graça de Deus e era agora um irmão amado de
Filemom (v. 16).
Veja quadro: "Como Age o Amor", na próxima página.
343
Filemom em Relance
TEXTO 1 8 17 25
LOCAL ROMA
ESBOÇO DE FILEMOM
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344
HEBREUS
Hebreus permanece único entre as epístolas do Novo Testamento em estilo e abordagem, sendo
também o único livro do Novo Testamento cuja autoria continua sendo um verdadeiro mistério. Este
profundo documento desenvolve uma argumentação em favor da superioridade de Cristo usando um
raciocínio cumulativo no qual Cristo é apresentado como "o melhor" em todos os aspectos.
Autor
Apesar das muitas sugestões apresentadas, o autor de Hebreus permanece desconhecido. Clemente
~ . ') de Alexandria (c.150-215 d.e.) propôs o nome de Paulo como autor acrescentando que Lucas teria
~ traduzido o livro para o grego. Orígenes (c. 185-253 d.C.) concluiu que as idéias eram paulinas, mas
~
~ a fraseologia e composição eram de alguém que estaria relembrando os ensinos do apóstolo (por
exemplo, Clemente de Roma ou Lucas). Muitos outros têm sido apresentados como possíveis autores.
Bamabé (sugerido por Tertuliano); Apoio (por Lutero); Filipe, o evangelista (por William Ramsay);
Priscila e Áquila (por Adolfo von Hamack). A antiga e famosa observação de Orígenes ainda é
válida: "Quem é o autor desta epístola, só Deus sabe."
Data
o lugar de onde Hebreus foi escrito também é desconhecido, mas é possível chegar-se a uma estimativa
razoável quanto à ocasião. Hebreus foi citado por Clemente de Roma ao redes do ano 95 de nossa
era, mas o fato de não haver menção do término do sistema sacrificial do Antigo Testamento ocorrido
com a destruição de Jerusalém em 70 d.e., indica que o livro foi escrito em data anterior a esta.
Timóteo ainda era vivo (12.23), a perseguição crescia e o velho sistema judaico estava prestes a ser
encerrado (12.26,27). Tudo isto sugere uma data entre 64-68 d.C.
Os destinatários deste trabalho eram crentes que haviam crido pela pregação de testemunhas oculares
de Cristo (2.3). Haviam suportado dificuldades por causa de sua firmeza no evangelho (10.32-34),
mas corriam perigo de abandonar a fé. A repetição dos argumentos em favor da superioridade de
Cristo e de seu sacrificio em relação a Moisés e o sistema sacrificial do Antigo Testamento indica que
os destinatários eram, provavelmente, judeus cristãos, em perigo de voltar para o Judaísmo.
O autor dá a este livro o título de "uma palavra de exortação" (13.22), o que leva muitos estudiosos
a considerá-lo mais como um sermão escrito do que uma carta. Na realidade, Hebreus é uma
exposição ampliada de numerosas passagens do Antigo Testamento, tendo o autor usado a
Septuaginta (Tradução Grega do Antigo Testamento) para as citações destas passagens. Após
usar o Antigo Testamento para demonstrar a superioridade da pessoa de Cristo (1.1 - 4.13), e de
sua obra (4.14 - 18.18), o escritor aplica estas verdades de forma prática para demonstrar a
superioridade da caminhada cristã de fé (10.19 -13.25). O tema básico de Hebreus pode ser expresso
pela palavra "melhor", descrevendo a prioridade de Cristo em relação à sua pessoa e à sua obra (1.4;
6.9; 7.7,19,22; 8.6; 9.23; 10.34; 11.16,35,40; 12.24). Os termos "perfeito" e "celestial" também são
proeminentes. Cristo oferece melhor revelação, posição, sacerdócio, aliança, sacrificio e poder.
345
Hebreus apresenta a Cristo como o divino/humano Profeta, Sacerdote e Rei. Sua divindade
(1.3,8) e sua humanidade (2.9,14,17,18) são afirmadas com igual vigor e mais de vinte títulos
são usados para nomearseus atributos e seus feitos (por exemplo. "Herdeiro de todas as coisas",
"Apóstolo e Sumo Sacerdote", "Mediador", "Autor e Consumador da nossa fé").
Hebreus em Relance
ÊNFASE A PESSOA DE CRISTO A OBRA DE CRISTO A CAMINHADA DA FÉ
TEXTO 1.1 1.4 3.1 4.14 8.1 9.1 10.19 12.1 13.1 13.25
DIVISÃO CRISTO CRISTO CRISTO SACERDÓCIO ALIANÇA SANTUÁRIO CERTEZA RESISTÊNCIA EXORTAÇÃO
SOBRE OS SOBRE SOBRE E DAFÉ DAFÉ AO
PROFETAS OS ANJOS MOISÉS SACRIFíCIO AMOR
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ESBOÇO DE HEBREUS
-'
Primeira Parte. A Superioridade da Pessoa de Cristo (1.1 - 4.13)
346
"-
)
11. A Superioridade da Aliança de Cristo 8.1-13
A. Uma Aliança Melhor 8.1-6
B. Uma Nova Aliança 8.7-13
A Superioridade de Cristo
o primeiro capítulo de Hebreus é uma das mais importantes passagens cristológicas das Escrituras
(veja também: Jo 1.1; Fp 2.6-11; e CI1.l5-20). A superioridade de Cristo sobre os profetas do Antigo
Testamento e sobre os anjos é apresentada por meio de sete afmnações a respeito do caráter de
Cristo e sete citações das Escrituras.
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347
As Obras da Fé
o tipo de fé que os leitores devem nutrir é definida em Hebreus 11.1-3, e ilustrada em 11.4-40. Os
triunfos e realizações da fé na vida dos crentes do Antigo Testamento, deveriam estimular os cristãos
a "olhar para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé" (12.2).
Como As;!e a Fé
Está certa das Confia no poder
promessas de Deus de Deus
(11.1 ) (11.1 )
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Nas Escrituras, a galeria dos heróis da fé está localizada em Hebreus 11, e registra aqueles que
voluntariamente levaram Deus a sério (creram em sua Palavra), mesmo quando não havia nada em
que pudessem se agarrar senào a sua promessa.
Abel Gênesis 4
Enoque Gênesis 5
Noé Gênesis 6
Abraào Gênesis 12
Sara Gênesis 17
Isaque Gênesis 27
Jacó : Gênesis 48
José Gênesis 50
Os pais de Moisés Êxodo 2
Moisés Êxodo 2
Raabe Josué 2, 6
Gideão, Baraque, Sansào e Jefté Juízes 4,6,13,11
Davi, Samuel e os Profetas 1 Samuel
348
EPíSTOLAS
GERAIS
As Epístolas Gerais, algumas vezes denominadas de Epístolas Católicas (o termo grego katholikos
significa "universal") incluem as cartas de Tiago; 1 e 2 Pedro; 1,2 e 3 João; e Judas. Em contraste
com as epístolas paulinas que recebem o nome de seus destinatários, as epístolas gerais são designadas
pelo nome de seu autor. Estas cartas colocadas no final do Novo Testamento são, em sua maior parte,
endereçadas à igreja em geral, ou a grupos de igrejas (3 João é claramente endereçada a uma igreja
em particular, e provavelmente 2 João também) - por isso o termo "geral".
Como as cartas de Paulo, estas epístolas gerais seguem a fórmula comum da correspondência grega
helenística: uma introdução nomeando o autor e os destinatários com uma saudação e uma palavra
de gratidão, seguida do corpo ou desenvolvimento do assunto da carta e uma conclusão.
Os destinatários originais destas epístolas são, muitas vezes, incertos e as saudações são
propositadamente gerais. Tiago escreve para judeus cristãos espalhados por diversos países (judeus
da Dispersão). Pedro aos cristãos da Ásia Menor e as cartas joaninas foram, semelhantemente, escritas
para igrejas e indivíduos da Ásia Menor. Judas escreve para uma região não identificada afligida por
falsos mestres.
Obsoleta após a vinda de Cristo (Hb 8.13). Uma aliança melhor oferecida por Cristo (Hb 7.19; 8.6,7).
Originada no Monte Sinai (GI 4.24-25). Originada na Jerusalém celestial (GI 4.26,27).
Impossível obedecer perfeitamente em razão da Perfeitamente cumprida por Cristo (Lc 22.20; 1Co 11.25).
fraqueza e pecado humanos (Rm 8.3).
Exigia expiação anual dos pecados (Hb 9.7-8; 10.1-4). Remove o pecado de uma vez por todas e limpa
a consciência (Hb 9.12; 10.2, 22).
Acesso restrito a Deus (Hb 9.7,8). Acesso aberto a Deus para todos (Hb 9.15,16).
349
TIAGO
Fé sem obras não pode ser chamada fé. Sem obras a fé está morta e é pior do que nenhuma fé. A fé
deve trabalhar, deve produzir; apenas um assentimento intelectual não é suficiente. Ao longo desta
epístola endereçada aos judeus cristãos, Tiago integra fé verdadeira e sua expressão prática diária,
enfatizando que a verdadeira fé deve manifestar-se em atos de fé.
Autor
o autor desta carta se identifica simplesmente como "Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus
~ ~ Cristo" (1.1). O nome era muito comum; e o Novo Testamento apresenta pelo menos cinco homens
~ chamados Tiago, dois do quais eram discípulos de Jesus, e destes, um era irmão do Senhor. A tradição
~
~ tem atribuído o livro de Tiago ao irmão de Jesus, e temos pouca razão para questionar esta posição,
uma vez que a linguagem da epístola é, de certa forma, semelhante ao discurso de Tiago em Atos 15.
Este Tiago é mencionado duas vezes nos Evangelhos (Mt 13.55; Me 6.3), ambas as vezes
identificando-o como um dos irmãos de Jesus. Embora ele não seja considerado um seguidor do Senhor,
senão após a ressurreição, provavelmente estava entre os discípulos que obedeceram à ordem de Jesus
para que esperassem no cenáculo, e que ficaram cheios do Espirito Santo (At 1.14; 2.4). Quando Pedro
deixou a Palestina (At 12.17), Tiago, aparentemente, tomou-se o líder da igreja de Jerusalém.
Tem-se argumentado que o grego desta epístola é muito sofisticado para um galileu como Tiago, mas
este ponto de vista supõe que ele nunca tenha tido oportunidade ou aptidão para alcançar um bom
nível de competência no uso do grego Koine ("comum"). Sendo um importante líder da igreja, seria
vantajoso para ele tomar-se fluente na língua universal do Império Romano.
Data
De acordo com o historiador judeu Josefo, Tiago sofreu martírio em 62 d.e. Aqueles que o aceitam
como autor desta carta, têm proposto uma data de composição dentro do período compreendido
entre 45 d.C. até o final da vida do apóstolo.
Entretanto, vários fatores indicam que este pode ser o mais antigo documento do Novo Testamento
(c. 46-49 d.C.). Entre estes fatores temos: (l) não há menção de crentes gentios nem de qualquer
relacionamento dos gentios com judeus cristãos; (2) as alusões aos ensinos de Cristo apresentam
uma concordância de linguagem tão pequena com os Evangelhos Sinóticos que a carta de Tiago é,
provavelmente, anterior à composição dos Evangelhos; (3) Tiago, em 2.2, usa o termo grego para
"sinagoga", além do termo "igreja" em 5.14, indicando assim uma organização eclesiástica muito
simples, composta de presbíteros e mestres (3.1; 5.14), seguindo o modelo das sinagogas judaicas;
(4) Tiago não menciona as questões discutidas no Concílio de Jerusalém em Atos 15 (49 d.C,).
Tiago é o Provérbios do ovo Testamento, pois é escrito num estilo conciso e moralista próprio da
literatura de sabedoria. É evidente que Tiago era profundamente influenciado pelo Antigo Testamento
bem como pelos ensinos de Jesus. Uma vez que esta epístola abrange numerosos assuntos, é difícil
esboçá-Ia. O esboço usado neste trabalho é o seguinte. o teste da fé (1.1-18); características da fé
(l.l9-5.6); e o triunfo da fé (5.7-20).
351
TiaS10em Relance
TÓPICOS
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ESBOÇO DE TIAGO
I. O Teste da Fé 1.1-18
A. O Propósito dos Testes 1.1-12
B. A Fonte das Tentações 1.13-18
352
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5.2 Mt.6.19,20 Riquezas terrestres corroídas pela traça e a ferrugem Pl o ~C
c, (J1
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Paulo Tiago
Nelson s Complete Book of Bible Maps and Charts :ld 1993 by Thomas elson, Inc.
Fé Viva
Tiago deseja que seus leitores demonstrem em sua vida as qualidades de uma fé viva. Esta fé é
maior que apenas assentimento e conhecimento - inclui uma confiança íntima que persevera e
obedece a Deus.
354
~.
1 PEDRO
A primeira Epístola de Pedro é endereça da a cristãos que estavam enfrentando perseguição por causa
de sua fé. Para confortá-los, Pedro relembra a herança celestial que possuem e os estimula a viver em
submissão à vontade de Deus.
Autor
Alguns estudiosos têm duvidado de que Pedro tenha escrito esta carta. Argumentam que o bom
~ estilo literário e o extenso vocabulário do autor não poderia ter vindo de um pescador da Galiléia.
~ "'*
~
~
Entretanto, há razões importantes para acreditarmos que tenha sido Pedro o seu autor. A epístola
contém referências à vida e aos ensinos de Jesus. Estudiosos têm demonstrado, também, semelhanças
entre 1 Pedro e os discursos do apóstolo em Atos. 1 Pedro apresenta também semelhanças com o
evangelho de Marcos, que pode ter sido baseado nos sermões de Pedro pregados em Roma.
O escriba de Pedro, Silvano, pode ter sido o responsável pela maior parte do estilo e do vocabulário.
Ele provavelmente utilizou suas habilidades editoriais para comunicar a mensagem, a personalidade
e a autoridade apostólica de Pedro, o apóstolo.
Data
1 Pedro foi escrita de "Babilônia" (5.13), mas os eruditos se dividem sobre se esta informação se
refere literalmente à Babilônia na Mesopotâmia , ou simbolicamente a Roma. Não há tradição de que
Pedro tenha ido à Babilônia e no tempo do apóstolo a cidade estava virtualmente deserta. De outro
lado, a tradição indica consistentemente que Pedro passou os últimos tempos de sua vida em Roma.
Sendo um centro de idolatria, o termo Babilônia era uma expressão adequada figurada para Roma
(cf. Ap 17.18). Pedro usa outras expressões figuradas nesta epístola e não seria surpresa se ele
fizesse o mesmo com Roma. Sua menção de Marcos (5.13) também se enquadra nesta posição,
porque Marcos estava em Roma durante a primeira prisão de Paulo (CI 4.10). Esta epístola foi
escrita, provavelmente, pouco antes do início da perseguição desencadeada por Nero em 64 d.C.
A carta é endereçada "aos eleitos que são forasteiros da Dispersão" (l.1), um termo que poderia
indicar que os destinatários eram judeus cristãos. Do outro lado, os destinatários são tomados, também,
em termos mais apropriados como gentios convertidos (1.14,18; 2.9,10), e a maior parte dos estudiosos
acredita que a maioria dos destinatários era de cristãos gentios das igrejas da Ásia Menor.
Do conteúdo da carta pode-se perceber que a hostilidade e a suspeita cresciam no império contra os
cristãos que estavam sendo insultados e maltratados por seu estilo de vida e seu discurso a respeito
de outro reino. O Cristianismo ainda não havia recebido uma condenação formal por parte de Roma,
mas o ambiente estava preparado para severas perseguições e martírios num futuro próximo.
A carta se desenvolve logicamente pelos temas de salvação do crente (1.1 - 2.12), submissão do
crente (2.13 - 3.12), e sofrimento do crente (3.13 - 5.14).
O tema básico de 1Pedro refere-se à resposta adequada para o sofrimento cristão. Sabendo que seus leitores
iriam enfrentar mais perseguição do que jamais tinham sofrido, Pedro escreve esta epístola para lhes dar
uma perspectiva divina destas provações, de sorte que pudessem suportá-Ias sem vacilar em sua fé.
355
Esta epístola apresenta a Cristo como exemplo e esperança do crente em tempos de sofrimento. O
sofrimento de Cristo é um exemplo daquilo que seus seguidores podem enfrentar porque se conduzem
da maneira certa; sofrimento pessoal por causa da fé é também um meio pelo qual o cristão pode
participar da mente de Cristo (4.1).
Pedro discute os relacionamentos do crente no mundo e apela a uma atitude de submissão como um
caminho à semelhança de Cristo, para a harmonia e a verdadeira liberdade. Submissão em nome do
Senhor às autoridades governamentais, sociais e familiares favoreceria um bom testemunho diante
dos não crentes.
1 Pedro em Relance
ÊNFASE SALVAÇÃO DO CRENTE SUBMISSÃO SOFRIMENTO DO CRENTE
DO CRENTE
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Sofrimento por fazer o que é certo (1 Pe 3.14) Esteja pronto para dar testemunho de sua fé (1 Pe 3.15)
Sofrimento por causa da determinação em resistir Desista das buscas carnais (1 Pe 4.2)
aos desejos carnais (1 Pe 4.1)
Perseguição religiosa (1Pe 4.12-14) Sejam participantes dos sofrimentos de Cristo (1 Pe 4.13.14
Sofrimento como parte do fogo purificador Comprometa sua vida com Ele; ele é fiel (1 Pe 4.19)
de Deus para o crescimento espiritual (1 Pe 4.19)
Sofrimento pelo ataque de Satanás (1 Pe 5.8) Resista a Satanás; seja firme na fé (1 Pe 5.9)
356
ESBOÇO DE 1 PEDRa
I. Saudação 1.1, 2
V. Bênção ~ 5.10-14
Pedro dirige sua atenção para o importante objetivo dos crentes de indicar Deus aos outros mediante
uma vida piedosa. Agindo assim, eles proclamam louvores a Deus (2.9), ganham seus cônjuges para
Cristo por seu exemplo (3.1), envergonham seus críticos perversos (3.15,16), e deixam seus antigos
companheiros perplexos (4.4). Os cristãos devem ser uma força redentora no mundo, mesmo passando
por sofrimentos.
357
2 PEDRO
Pedro escreveu sua primeira carta para incentivar seus leitores a responder apropriadamente à oposição
externa. Sua segunda epístola realça a oposição interna causada por falsos mestres cujas "heresias
destrutivas" (2.1) poderiam seduzir os crentes, levando-os ao erro e à imoralidade. Enquanto 1 Pedro
fala do novo nascimento produzido pela Palavra viva, 2 Pedro enfatiza a necessidade de crescer na
graça e no conhecimento de Cristo. O melhor antídoto para o erro é uma compreensão madura da
verdade.
Autor
fi
Alguns estudiosos têm duvidado que Pedro seja o autor desta carta. Apontam normalmente para
~ diferenças existentes entre 1 e 2 Pedro no que se refere a estilo, vocabulário e teologia. Além
~ disso, as evidências externas para 2 Pedro são mais tênues do que para qualquer outro livro do
~ ~ Novo Testamento, e sua canonicidade foi debatida até o século 4º de nossa era. Muitos
argumentam também, que 2 Pedro ataca o problema dos mestres gnósticos na igreja - ameaça
que data de um período posterior a Pedro. Finalmente argumenta-se também que o aparente
relacionamento literário entre
2 Pedro e Judas, indicaria que esta carta depende de Judas.
A dificuldade que houve para que 2 Pedro recebesse uma rápida aceitação por parte da igreja
deve-se, talvez, à sua brevidade, bem como à vagorosa circulação desta carta entre as igrejas. A
demora em ser reconhecida significou que 2 Pedro precisou competir com vários outros trabalhos
heréticos posteriores que afirmavam ter sido escritos pelo apóstolo (por exemplo, o Apocalipse de
Pedro) - embora o contraste entre 2 Pedro e estas falsificações posteriores seja impressionante.
A relação histórica entre 2 Pedro e Judas não está, de forma nenhuma, absolutamente esclarecida.
Embora se diga que 2 Pedro citou Judas e que este foi escrito após a morte de Pedro, é possível
também que Judas tenha citado Pedro, ou que ambos tenham usado uma fonte comum.
Finalmente, apesar de alguns estudiosos manterem a posição de que os falsos ensinamentos
mencionados em 2 Pedro representam uma forma de gnosticismo que surgiu depois da morte do
apóstolo, é melhor considerar as falsas doutrinas combatidas nesta carta como um exemplo de
tendências que posteriormente se desenvolveram até atingirem o gnosticismo aberto do 2º século.
A alternativa proposta para a autoria petrina é de que a carta seja um documento forjado
posteriormente feito em nome de Pedro. Até mesmo a alusão de que esta carta teria sido escrita
por um discípulo de Pedro não consegue superar o problema da desvirtuação. Além disso, embora
haja diferenças entre 1 e 2 Pedro, as diferenças existentes entre as duas epístolas petrinas e o
restante do ovo Testamento são muito mais profundas. Apesar das dificuldades internas e externas,
a postura da tradição que afirma a autoria petrina supera um número maior de dificuldades do que
qualquer outra opção.
358
"I.
I 1
se
~.;.~
Data
Esta epístola foi escrita pouco antes da morte do apóstolo (1.14), e provavelmente composta em
Roma. a
martírio de Pedro deu-se entre 64 e 66 d.C. (se Pedra estivesse vivo em 67 d.e., quando
Paulo escreveu 2 Timóteo, durante sua segunda prisão em Roma, Paulo possivelmente teria
mencionado este fato).
2 Pedra divide-se em três partes. o cultivo do caráter cristão (cap. 1); condenação dos falsos mestres
(cap. 2); certeza do retomo de Cristo (cap. 3).
Pedra insiste em que seus leitores cresçam na fé e no conhecimento da verdade encontrados na
Palavra de Deus, enquanto cultivam um caráter cristão. a
caráter confiável das Escrituras é
particularmente enfatizado e 1.21 fornece uma impressionante descrição do processo divino-humano
da inspiração. "mas homens [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo." Também
relevante para nossa apreciação das Escrituras é o fato de Pedra mencionar as cartas de "nosso
amado irmão Paulo", e as coloca no mesmo nível das Escrituras do Antigo Testamento (3.15,16).
A condenação de Pedro aos falsos prafetas acusa seu estilo de vida imoral, a futilidade e o caráter
destrutivo de seus ensinos, e a certeza de sua destruição pelo julgamento de Deus.
a enfoque de Pedra sobre a vinda do Dia do Senhor foi, provavelmente, motivado pela posição
destes falsos mestres que não acreditavam na vinda de qualquer julgamento divino. À luz da vinda do
Dia do Senhor, Pedro exorta seus leitores a viverem vidas de santidade, perseverança e crescimento.
2 Pedro em Relance
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359
ESBOÇO DE 2 PEDRO
1 e 2 Pedro
Uma comparação entre 1 e 2 Pedra revela várias diferenças importantes - nenhuma delas é suficiente
para invalidar a autoria petrina. Diferenças quanto ao conteúdo são devidas, em grande parte, à situação
e aos problemas diferentes tratados pelas duas cartas. 1 Pedra trata principalmente do problema da
perseguição externa, enquanto 2 Pedro combate a ameaça de falsos mestres dentro da igreja.
1 Pedro 2 Pedro
O dia da salvação em que Cristo sofreu, O dia do Senhor, quando Cristo voltar para julgar
morreu e ressuscitou dos mortos
Nelson s «
Com p lete Book o Bible Ma p s and Charts ~ 1993 by Thomas Nelson. Inc.
A Vida de Pedro
A vida de Pedra mudou drasticamente depois da ressurreição e ele ocupou um papel central na igreja
primitiva e na disseminação do evangelho entre os samaritanos e os gentios (At 2 - 10). Depois do
Concílio de Jerusalém relatado em Atos 15, pouco é registrado sobre as atividades de Pedra. Ele
evidentemente, viajou muito com sua esposa (1Co 9.5) visitando e ministrando em várias províncias
romanas. De acordo com a tradição Pedra foi crucificado de cabeça para baixo em Roma, antes da
morte de Nero em 68 d.e.
360
A Vida de Pedro
Mar
Mediterrâneo (2) - Na região
de Cesaréia de Filipos,
Pedro reconheceu Jesus
Betsaida? como Senhor (Mt 16.13-16).
(7) - Começando em Cesaréia
Pedro viajou por toda Judéia e Samaria
proclamando a Cristo e testemunhando aos gentios
(At 10.24-11.18).
• Jerusalém
N
Mar
(5) - Após a ressurreição
Jesus apareceu a Pedro Morto
e aos demais discípulos
no cenáculo em Jerusalém
(Lc 24.33-43).
361
Para ajudá-lota) a familiarizar-se melhor com Jesus, aqui estão 31 leituras (uma para cada dia do mês) colocada
na seqüência em que aparecem no ovo Testamento.
Dia 1
Mt 1.18-2.23 Jesus nasce e torna-se um refugiado para proteger-se de um rei perverso que procurava destruí-Ia. Finalmente, sua
Dia2 família volta para casa. _
Mt4.1-11
Dia3 Jesus enfrenta tentações muito reais. _
Mt 13.54-58
Dia4 Jesus sofre rejeição por causa de sua família, do trabalho que faziam e da pequena cidade em que moravam. _
Mt 23.1-39
Dia5 Jesus denuncia a mentira, o orgulho e a hipocrisia. _
Mt 25.31-46
Dia6 Jesus julga pela misericórdia e compaixão, não pela demonstração externa de espiritualidade. _
MC.4.1-4
Dia7 Jesus começa a explicar o reino de Deus usando histórias e imagens da vida e do trabalho cotidiano. _
Lc 2.1-52 Lucas descreve os eventos relativos ao nascimento de Jesus - e nos fala de um incidente ocorrido num viagem a
Dia8 Jerusalém durante sua meninice. _
Lc
Dia94.14-37 Jesus torna público o seu propósito e imediatamente encontra oposição. _
Lc 6.17-49 Jesus ensina verdades básicas, amor verdadeiro, julgamento dos outros e como fazer escolhas sábias.
Dia10----------------------------------------------------------------------------------------
Lc 9.18-36
Dia11 Jesus fala com seus seguidores sobre quem ele é. _
Lc 22.1
Dia12 - 24.53 Jesus é traído, julgado, executado, enterrado, ressuscitado e reunido a seus seguidores. _
Jo 1.1-18
Dia13 João, um dos seguidores de Jesus conta como Deus se tornou homem em Jesus Cristo - cheio de graça e verdace _
Jo 5.19-47
Dia14 Jesus explica suas relações com o Pai e as implicações disto para nós. _
Jo
Dia6.35-51
15 Jesus ensina que ele é o pão da vida e nos diz como podemos encontrá-Io. _
Jo 8.12-30
Dia16 Jesus anuncia que ele é a luz do mundo. _
Jo 10.1-8 Jesus diz que ele é bom pastor que busca as ovelhas perdidas de seu Pai.
Dia17 _
Jo 11.1 -12.8 João descreve o relacionamento de Jesus com alguns de seus amigos e o profundo amor e cuidado que tinham -~
para com os outros.
Dia18----------------------------------------------------------------------------------------
Jo 14.1 -15.8
Dia19 Jesus afirma que ele é nossa fonte de vida e realização - benefício espiritual - o caminho para Deus. _
Jo 21.15-25
Dia20 Jesus amou até mesmo o homem que o negou e sentia ciúmes de outro discípulo. _
At 2.22-42
Dia21 Pedro explica quem é Cristo a uma grande multidão em Jerusalém e recebe 3000 pessoas que aceitam a fé. _
Rm 5.1-21 Paulo explica como Cristo liberta as pessoas do pecado e as torna aceitáveis perante Deus.
Dia23 _
Ef 1.3-14
Dia24 Paulo descreve a obra de Cristo por nós de três pontos de vista. antes da criação, no presente, e na eternidade. _
Fp 2.5-16 Paulo explica as escolhas feitas por Cristo para tornar-se homem, bem como as escolhas que devemos fazer para
segui-Ia.
Dia25---------------------------------------------------------------------------------------------
CI1.15-22 Paulo afirma que Cristo é Senhor de tudo - ontem, hoje e amanhã.
Dia26 _
1 Ts 4.13
Dia27 - 5.11 Paulo explica que Cristo voltará e levará a História ao seu clímax. _
Hb1.1-2.18
Dia28 o autor de Hebreus expõe a completa e maravilhosa obra de Cristo em nosso favor.
_
Hb4.14-5.10 Cristo experimentou todo tipo de teste e provação que poderemos experimentar em toda nossa vida.
Dia29 __~ _
Hb 9.23
Dia30 -10.18 Jesus remove todo pecado, de uma vez para sempre. O perdão é nosso graças a ele. _
1Pe 1.1-12 Pedro nos diz que nossa salvação em Cristo é uma realidade que nem os anjos nem os profetas do Antigo Testamento
Dia31 compreendem. _
Ap 5.1-14; 22.1-21 Cristo reinará sobre o céu e a terra e acolherá os crentes para uma eternidade com ele.
362
-
1 JOAO
Avançado em anos, João escreve esta carta pastoral inspirada num interesse amoroso por seus
"filhinhos", cuja perseverança na verdade estava sendo ameaçada pelas atrações enganosas do mundo
e as astúcia dos falsos mestres.
Autor
f1'
Embora esta epístola não mencione o nome de seu autor, sólida evidência sugere que seu autor tenha
~ :J sido João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago (Mc 1.19,20). Grandes semelhanças entre esta carta e
~ o Evangelho de João substanciam o testemunho de muitos dos pais da Igreja, inclusive Papias,
~ ~ Policarpo e Irineu, de que ambos os trabalhos são de João, o apóstolo de Jesus. Ambos apresentam
muitas frases idênticas e especificamente Joaninas, assim como um vocabulário limitado caracteristico
e freqüentes contrastes entre opostos.
Data
1 João foi escrito provavelmente em Éfeso, após o Evangelho de João, mas não é possível determinar
a data com exatidão. Nenhuma perseguição é mencionada, sugerindo uma data anterior a 95 d.e.,
quando a perseguição irrompeu no final do reinado de Domiciano (81-96 d.C.)
Como 2 Pedro e Judas, 1 João tem uma carga positiva e uma negativa: refuta as doutrinas errôneas
e estimula seus leitores a prosseguirem no conhecimento da verdade. João apresenta uma lista de
critérios e características da comunhão com Deus e mostra que aqueles que habitam em Cristo podem
ter confiança e segurança nele. Este trabalho escrito com simplicidade, mas com grande profundidade,
apresenta a base da comunhão (1.1 - 2.27) e a conduta da comunhão (2.28 - 5.1).
O tema principal de I João é a comunhão com Deus (2.28) João deseja que seus leitores tenham
certeza da presença de Deus em si mesmos, por meio de um relacionamento constante e íntimo com
ele. Frases que enfatizam a certeza cristã aparecem cinco vezes nesta breve epístola.
Contra os falsos mestres que negavam a realidade da encarnação, dizendo que Jesus apenas
aparentava ter um corpo humano, João afirma decisivamente que o Filho de Deus tomou sobre si
uma completa e genuína natureza humana (4.2,3). A heresia confrontada por João com estas
afirmações era uma precursora do gnosticismo do 2º século, cujo ensinamento afirmava que a
matéria é essencialmente má, e o espírito essencialmente bom. Este dualismo errôneo induzia
estes falsos mestres a negar a encarnação de Cristo. O verdadeiro Deus, diziam eles, não poderia
nunca habitar em um corpo material de carne e sangue, portanto, o corpo humano que Jesus
supostamente possuía nào era real.
Outro tema saliente na epístola é o amor - a palavra aparece mais de trinta e cinco vezes no texto
da carta. O apóstolo usa o exemplo de Caim para ilustrar o que o amor não é: O ódio é assassinato
em espírito, e origina-se da esfera mundana da morte. João usa, então, o exemplo de Cristo para
ilustrar o que o amor é: amor é auto-sacrificio colocado em prática, não mera confissão ou
363
declaração. Esta expressão prática do amor resulta em segurança diante de Deus e em orações
respondidas, porque o crente está vivendo em obediência aos mandamentos de Deus, de crer em
Cristo e amar o próximo.
A Qualidade do Amor
Deus nos ama (4.19) Amamos a Deus. nosso medo desaparece; obedecemos
a seus mandamentos (4.18,19; 5.3)
Deus deu seu Filho por nós (4.9,10) Repartimos nossos recursos com outros (3.17; 4.11)
Cristo entregou sua vida por nós (3.16) Entregamos nossa vida pelos outros (3.16)
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1 João em Relance
OCASIÃO c. 90 d.e.
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364
ESBOÇO DE 1 JOÃO
I. Introdução 1.1-4
11. Condições para a Comunhão 1.5 - 2.14
A. Andar na Luz 1.5-7
B. Confissão de Pecado , 1.8-2.2
C. Obediência aos Mandamentos 2.3-6
D. Amar uns aos Outros 2.7-14
365
-
2 e 3 JOAO
Embora estejam entre os mais breves das Escrituras, estes dois livros de apenas um capítulo cada.
possuem uma contínua relevância para a igreja. A segunda e terceira cartas de João refletem
circunstâncias semelhantes e têm conteúdo semelhante; isto é, em ambos o autor adverte contra a
dissensão ocasionada por falsos ou autopromovidos mestres e oferece incentivo aos crentes genuíno .
Especialmente em 2 João o autor admoesta seus leitores sobre o perigo de receberem hereges em
suas casas ou igrejas, enquanto 3 João estimula a comunhão entre irmãos cristãos.
Autor
~
f(
~
/
Em ambas as epístolas o autor se identifica como "o Presbítero". Isto não é argumento contra a teoria
joanina destas cartas, uma vez que seu conteúdo revela uma autoridade em seu autor muito maior
que a autoridade de um presbítero de igreja local. O apóstolo Pedro também referiu-se a si mesmo
~ como presbítero (I Pe 5.1), que significa "ancião".
As semelhanças de estilo, vocabulário, estrutura e tom entre 2 e 3 João deixam claro que ambas
foram escritas pelo mesmo autor. Além disso, ambas (especialmente 2 João) apresentam grande
semelhanças com I João e com o quarto Evangelho. Portanto, a evidência interna presta um apoio
claro à posição tradicional de que estas epístolas foram escritas pelo apóstolo João.
Data
Os paralelos entre 2 e 3 João sugerem que as duas foram escritas mais ou menos na mesma ocasião
(c.90 d.C.}. Escritores cristãos primitivos são unânimes em seu testemunho de que, no final de seu
ministério, a sede do apóstolo era Éfeso, principal cidade da província Romana da Ásia.
2 João é endereça da à "senhora eleita" e seus filhos. Alguns especialistas crêem que a expressão
"senhora eleita" deve ser tomada literalmente, referindo-se a uma mulher específica e seus filhos,
outros preferem considerar a expressão como uma alusão figurada de alguma igreja local.
3 João resultou de notícias vindas de uma igreja da Ásia, dando contas de um homem chamado
Diótrefes havia usurpado o poder, rejeitando os mestres enviados por João, e estava expulsando da
igreja os irmãos que desejavam receber estes mestres.
2 João tem muito em comum com 1 João, inclusive uma advertência sobre os perigos dos falsos
mestres que negavam a encamação de Jesus Cristo. João anima seus leitores a continuar vivendo
em amor, mas exorta-os a ser sábios em suas expressões de amor. O livro pode ser dividido em
duas partes: permaneçam nos mandamentos de Deus (vs. 1-6); Não se comuniquem com os falsos
mestres (vs. 7-13).
366
•
2 João em Relance
ÊNFASE PERMANEÇAM NOS MANDAMENTOS DE DEUS NÃO SE COMUNIQUEM COM OS FALSOS MESTRES
TEXTO 1 4 5 7 10 12 13
OCASIÃO c. 90 d.C.
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ESBOÇO DE 2 JOÃO
3 João enfatiza o tema do prazer na contínua comunhão com irmãos crentes, especialmente aqueles
que trabalham em tempo integral na obra cristã. A fidelidade e espírito serviçal de Gaio demonstrando
hospitalidade para com os mestres enviados por João, contrastam com o erro e o egoísmo de Diótrefes,
cuja arrogância e falta de hospitalidade demonstravam sua cegueira para com Deus
ESBOÇO DE 3 JOÃO
367
3 João em Relance
ÊNFASE ELOGIO A GAlO CONDENAÇÃO DE DIÓTREFES
TEXTO 1 2 5 9 12 13 14
OCASIÃO c. 90 d.C.
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A Vida de João
Em Atos 8.14, João é relacionado entre os "apóstolos que estavam em Jerusalém" e em Gálatas 2.9
Paulo o denomina como "um dos pilares da igreja de Jerusalém".
A não ser por Apocalipse 1, o Novo Testamento silencia sobre a vida posterior do apóstolo, mas a
tradição cristã primitiva atesta unanimemente que ele deixou Jerusalém (provavelmente muito antes
de sua destruição em 70 d.C.), e pastoreou em e ao redor de Éfeso. As sete igrejas da provincra
romana da Ásia mencionadas em Apocalipse faziam, evidentemente, parte de seu ministério.
O eficiente testemunho de João a respeito de Cristo levou as autoridades romanas a exilá-lo na
pequena e desolada ilha de Patmos, no mar Egeu (Ap 1.9). A data de sua libertação de Patmos é
desconhecida, mas ele provavelmente teve permissão de retomar a Éfeso após o reinado de Domiciano.
t
Jerusalém
EGITO
© 2002, Editora Cultura Cristã
368
JUDAS
~·I·.'~v·~,
.. . .
enfrentar o problema de falsos mestres, e quase todas as cartas fazem alusão a eles. Mas Judas vai
. ,
I além de todas as outras epístolas do Novo Testamento em sua denúncia implacável e apaixonada dos
<. mestres que estavam se infiltrando na igreja.
Autor
Data
Judas foi escrito durante a segunda metade do 1 século, como indica o conteúdo da carta, falando
Q
sobres falsos profetas itinerantes que estavam invadindo as igrejas - uma situação menos provável
no contexto mais bem estruturado da igreja do 2 século.
Q
Exatamente quando Judas foi escrito depende, até certo ponto, de seu relacionamento literário com 2
Pedro. Há uma nítida semelhança entre Judas 4-19 e 2 Pedro 2.1 - 3.3 e, porque o fraseado é muito
semelhante, a maioria dos especialistas crê que Pedro citou Judas, ou que Judas usou as palavras de
Pedro, ou que ambos tiraram as idéias de uma fonte comum não mais disponível. Se Judas usou
Pedro, então esta carta seria datada entre a composição de 2 Pedro (c. 64--66 d.C} e o ano 80 da
nossa era. Se Pedro usou Judas, então a data poderia ser entre 60-65 d.e.
Esta carta urgente tem quatro seções principais: o propósito de Judas (vs. 1-4); característica dos
falsos mestres (vs. 17-23); e doxologia de Judas (vs. 24,25).
Não há dúvida alguma sobre o propósito de Judas. Ele desejava discutir a doutrina da salvação,
mas a ameaça dos mestres subversivos o compeliram a escrever e exortar seus leitores a "batalhar
diligentemente pela fé" (v. 3). Assim, a epístola inteira é um tributo contra os falsos mestres,
destacando particularmente o julgamento ao qual estão condenados, além de uma severa advertência
a seus ouvintes.
Os falsos mestres rejeitam a autoridade de Cristo, mas Judas reafirma que Jesus é Senhor agora e
para sempre.
369
judas em Relance
TEXTO 1 5 8 14 17 24 25
LOCAL DESCONHECIDO
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ESBOÇO DE JLJDAS
I. Propósito de Judas 1- 4
370
APOCALIPSE
Como Gênesis é o livro dos começos, o Apocalipse é o livro da consumação. Nele o programa
divino da redenção é levado à sua completa realização, e o nome santo de Deus é confirmado diante
de toda criação.
A palavra Apocalipse é a transliteração da palavra grega que significa Revelação, e se refere à
comunicação dos propósitos secretos de Deus. No Apocalipse esta revelação incluiu a ordem dada
ao autor para que escrevesse a respeito dos planos de Deus para seus dias e para o futuro.
Autor
A tradição de que João, o apóstolo, escreveu o Apocalipse era largamente apoiada e permaneceu
~ praticamente incontestada ao longo de todo o 2º século d.e. Cinco vezes o autor se identifica como
~ "'*
~~ João, e embora o termo "o apóstolo" não seja nunca adicionado, o autor parece ter sido um homem
de envergadura na igreja (1.4,9).Contudo, certas diferenças entre o Apocalipse e outros escritos
joaninos do Novo Testamento levaram alguns especialistas a questionar esta tradição. Há diferenças
significativas entre a gramática grega e o vocabulário utilizados no Apocalipse e aqueles do Evangelho
e das cartas de João. Além disso, há diferença na ênfase teológica e também no fato de que os outros
escritos joaninos evitam citar o nome do autor.
Deve-se notar, no entanto, que há também várias semelhanças notáveis entre o Apocalipse e outros
livros tradicionalmente associados ao apóstolo João (por exemplo, o uso específico de termos como
"verbo", "cordeiro" e "verdadeiro", e o desenvolvimento cuidadoso de temas opostos como luz e
trevas, amor e ódio, bem e mal). Também, muitas diferenças podem ser explicadas pelas circunstâncias
incomuns que envolveram este livro. Portanto, a evidência interna, embora problemática, não
necessariamente anula o testemunho externo primitivo e consistente da origem apostólica deste
importante livro.
Data
o Apocalipse foi escrito em ocasião em que a hostilidade romana contra o Cristianismo estava
irrompendo em perseguição aberta (1.9; 2.10,13).
Alguns especialistas crêem que se deveria atribuir uma data anterior, isto é, durante a perseguição
dos cristãos no reinado de Nero, após o incêndio de Roma em 64 d.e. Argumentam que o valor
numérico para as letras gregas "Nero Caesar", soma 666, o número da besta (13.18). Entretanto,
evidências deste tipo são frágeis, e uma data mais tardia, próxima do final do reinado do Imperador
Domiciano (81-96 d.e.) é preferível por várias razões. A tradição da igreja do 2° século testifica a
favor da data mais tardia, durante o reinado de Domiciano. Além disso, imagina-se que João mudou-
se de Jerusalém para Éfeso ao redor do ano 67 de nossa era. Isto não daria a João tempo suficiente
para estabelecer um ministério florescente na Ásia durante o reinado de N ero. Finalmente, o conteúdo
do Apocalipse indica que as igrejas da Ásia já existiam havia vários anos, tempo suficiente para
atingir um ponto de complacência e declínio (2.4; 3.1,15-18).
O mais provável, portanto, é que João tenha escrito este livro em 95 ou 96 d.C. A data de sua
libertação de Patrnos é desconhecida, mas é possível que ele tenha tido permissão para retomar a
Éfeso após o reinado de Domiciano. Passagens como 1.11; 22.7,9,10,18,19, sugerem que o livro foi
terminado em Patmos, antes da libertação do apóstolo.
371
Temas e Estrutura Literária
Embora o livro inclua porções que seguem o modelo epistolar (1.4 - 3.22), a maior parte do Apocalipse
é escrito no formato da literatura apocalíptica (cf. Daniel e Zacarias) e considera-se a si mesmo um
livro profético (1.3; 22.7,10,18,19). Os principais movimentos desta profunda revelação são captados
em 1.19. "as coisas que viste" (cap. 1); "as coisas que são" (caps. 2 e 3); e as coisas que se passarão
depois disto" (caps. 4 - 22).
O número sete assume um profundo significado no Apocalipse (ocorre cinquenta e duas vezes). Três
ciclos de sete julgamentos nos capítulos 6-16, consistindo de sete selos, sete trombetas e sete flagelos.
Em razão do rico simbolismo do livro do Apocalipse, as abordagens interpretativas da comunidade
cristã têm diferido radicalmente entre si. As principais abordagens serão mencionadas abaixo.
Apocalipse em Relance
ÊNFASE "COISAS QUE "COISAS QUE "COISAS QUE SE PASSARÃO DEPOIS DISTO"
VISTE" SÃO"
• Nelsons Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson. Inc.
ESBOÇO DO APOCALIPSE
I. Introdução : 1.1-8
372
IV. Mensagem a 'I'íatíra 2.18-29
Terceira Parte. "As Coisas que se Passarão Depois Disto" (4.1 - 22.21)
As Sete I~rejas
O livro do Apocalipse contém mensagens especiais dirigi das a sete cidades específicas espalhadas
pela província romana da Ásia. Estas cidades eram centros importantes de comércio e comunicação,
e interligadas pelas maiores estradas existentes nos tempos do Novo Testamento. Observe que João
se dirige às igrejas exatamente na mesma ordem em que elas aparecem no mapa à página 374: de
Éfeso, ao norte de Pérgamo, descendo na direção sul até Laodicéia. Alguns especialistas crêem que
o Apocalipse seria uma carta circular que teria sido lida primeiro na igreja de Éfeso e, então, passada
adiante para as outras igrejas do circuito.
As sete cartas seguem um modelo semelhante de louvor pela fidelidade (exceto Laodicéia); crítica
(exceto Esmima e Filadélfia); chamado ao arrependimento; ameaça de julgamento; promessa de
373
3. Mensagem para Pérgamo
"Tenho, todavia, contra ti
algumas coisas" (2.14).
2. Mensagem para Esmirna
"Sê fiel até à morte,
e dar-te-ei a coroa da vida" (2.10). 4. Mensagem a Tiatira
" ...conservai o que tendes
até que eu venha" (2.25).
;• -- ---.
e estás morto" (3.1) .
,, ••• Tiatira
,,,
,
,,, ,
,,
,
6. Mensagem para Filadélfia
,, "...eis que tenho posto diante de ti
uma porta aberta" (3.8).
• Esmirna • ~~Filadélfia
~
\• "
\
,, ,
", Laudicéia
Mar Egeu • Efeso •
o
ILHA DE
PATMOS
t
e escreveu o Apocalipse
enquanto estava exilado
nesta ilha do Mar Egeu
(Ap 1.1,9).
374
recompensa para aquelas que responderem. O autor é Cristo. Ele fala àqueles que aceitaram seu
sacrificio e triunfo, porém que estavam falhando em sua maturidade espiritual ou em sua fidelidade.
Louvor Crítica Instrução Promessa
Éfeso Rejeita o mal, O amor por Cristo Faça as obras que A árvore da vida
(2.1-7) persevera, tem não é mais fervente fez no princípio
paciência
Esmima Suporta o sofrimento Nenhum Sejam fiéis até à morte A coroa da vida
(2.8-11) com paciência
Tiatira Amor, serviço, fé, . Tolera culto de O julgamento vem; Domínio sobre as
(2.18-29) paciência são maiores idolatria e imoralidade mantenha a fé nações, recebe a es-
do que no princípio trela da manhã
Sardes Alguns guardaram Uma igreja morta Arrependa-se, Os fiéis são honrados
(3.1-6) a fé fortaleça o que restou e vestidos de branco
Nelson S Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
A posição do leitor diante do ao Apocalipse como um todo está condicionada a duas importantes
questões interpretativas - a interpretação histórica referente às visões em 6.1 - 18.24; e o caráter do
. período de mil anos citados no capítulo 20.
As visões de 6.1 - 18.24 são, em geral, consideradas a partir de quatro pontos de vista diferentes. A
Interpretação "Pretérita" (do termo latino para "passado"), que considera estas passagens como
referindo-se a fatos ocorridos durante o período do Império Romano. A interpretação "Histórica",
que considera Apocalipse um esboço panorâmico da História da Igreja até a Segunda Vinda de
Cristo. De acordo com a Abordagem "Idealista", o livro do Apocalipse retrata de forma simbólica a
grande luta ,espiritual entre o bem e o mal. Finalmente a interpretação "Futurista" considera o
Apocalipse como um panorama dos acontecimentos futuros que acompanharão o final dos tempos.
Qualquer que seja nossa posição sobre o Milênio, devemos dedicar nossa atenção em nosso preparo
pessoal para a Segunda Vinda do Senhor e seu reino eterno (Hb 10.13; lCo 15.25-27).
Histórica O Apocalipse e um panorama da história da igreja, desde a época apostólica até a consu-
mação.
Idealista O Apocalipse não é o panorama de acontecimentos reais, mas o retrato da luta espiritual
entre o bem e o mal.
Futurista Começando no capítulo 4, o Apocalipse prevê eventos futuros que acompanharão o final
dos tempos.
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375
osição Pós-milenista
o termo Milênio significa "mil" e corresponde a um reinado de Cristo com a duração de mil anos
_0.1-6). Alguns cristãos crêem que o milênio será uma era de bênçãos sobre a terra. Alguns crêem
ue o Milênio é a presente era da igreja - um período de duração indefinida, ou que o Milênio seja
uma forma de se referir à eternidade.
A única menção específica sobre o Milênio na Bíblia é o capítulo 20 do Apocalipse. Os intérpretes
'ferem em larga escala em sua compreensão do termo, ou em como ele ocorrerá. Pós-milenistas
speram a volta visível de Cristo após o Milênio. Esperam que Deus use o ensino e a pregação da
ig ja para introduzir um longo período (alguns interpretam os mil anos literalmente, outros simbo-
. amente) de paz e justiça antes da volta de Cristo. Pós-milenistas normalmente adotam a aborda-
gem Pretérita ou Histórica do Apocalipse.
Posição Pós-milenista
Segunda Vinda
Julgamento Final
• 'i?ÍSOI/ 5- Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson, Inc.
Posição Pré-milenista
Os pré-rnilenistas crêem que Cristo voltará antes do Milênio. Interpretando literalmente o texto de
Apocalipse 20, sustentam que Cristo reinará na terra por um período literal de mil anos. Dentro deste
âmbito geral de concordância, há várias posições diferentes, sendo duas as mais prevalecentes.
Po ição-premilenista - pré-tribulacionista e premilenista pós-tribulacionista.
O especialistas que adotam a posição pré-milenista pré-tribulacionista argumentam que há dois
ovos de Deus - Israel e a igreja - com dois programas proféticos diferentes. De acordo com esta
po ição, a igreja será arrebatada antes dos sete anos da Grande Tribulação. Após a tribulação Cristo
retomará para estabelecer um reino de mil anos centralizado em Jerusalém, envolvendo a reconstituição
do istema sacrifical do Antigo Testamento.
O reino milenar terminará com uma fútil rebelião das forças do mal e, após esta, virá o julgamento
final e o início do reino eterno.
•
Grande
Era da Igreja Milênio Reino Eterno
Tribulação
1000 anos de Cristo
7 anos
. ;e/soll:, Complete Book of Bible Maps and Charts © 1993 by Thomas Nelson. Inc.
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posição Pré-milenista / Pós-tribulacionista
Estudiosos que adotam a posição Premilenista / Pós-tribulacionista afirmam que Cristo retomará no
final dos sete anos da tribulação para estabelecer o Reino do Milênio. Esse reino terminará com a
rebelião das forças do mal e o Juizo Final. Essa posição com freqüência interpreta a profecia de
forma não literal e normalmente não encara Israel e a Igreja como objetos de planos históricos
divinos completamente diferentes. Ao contrário, Israel e Igreja, em última análise, formam um único
povo de Deus.
Premilenistas de ambos os tipos adotam uma abordagem "Futurista" para o livro do Apocalipse.
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Posição Amilenista
Amilenistas interpretam o reino milenar de Cristo num sentido ideal ou espiritual. Embora creiam na
Segunda Vinda, rejeitam a idéia de um reino literal de mil anos sobre a terra. Alguns vêem o reinado
de Cristo como tendo começado durante seu ministério terreno, ou na ocasião da sua ressurreição.
Citam a declaração de Pedro de que Cristo agora reina à mão direita de Deus Pai (At 2.33-36).
Israel e Igreja formam um único povo de Deus e as promessas de um reino feitas a Israel aplicam-
se à era da Igreja, ou à existência eterna no novo céu e nova terra. A abordagem Amilenista em geral
aceita a interpretação Idealista do Apocalipse.
Posição Amilenista
•
Reino Eterno de Cristo
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377
índice Alfabético de
Mapas e Tabelas
Acontecimentos da Semana Santa 258 Doze Apóstolos (Os) 273
Adão e Cristo: Comparação e Contraste 327 Doze Distritos de Salomão (Os) 101
Ageu em Relance 220
Agora de Corinto (O) 308 Eclesiastes em Relance 160
Ameaça dos Filisteus (A) 8 Efésios em Relance 321
Amós em Relance 203 Éfeso do Iº Século 322
Antes que Davi se Tornasse Rei 89 Esdras em Relance 135
Aparições do Cristo Ressurreto . 311 Ester em Relance 142
Apocalipse em Relance 372 Ética para o Testemunho 312
Apostasia de Israel e Casamento de Oséias 199 Eventos no Ministério de Cristo 279
Árvore Genealógica de Rute 79 Evidências do Seguidor de Cristo 338
Árvore Genealógica de Saul 86 Êxodo em Relance . 28
Aspectos da Morte de Jesus 280 Êxodo do Egito 35
Assentamento das Tribos 66 Expansão da Fama de Salomão (A) 103
Atos em Relance 284 Expansão da Palestina sob o Domínio Macabeu 232
Ezequiel em Relance 184
Babilônia Invade a Palestina (A) 180
Batalhas de Gideão (As) 2 Família de Davi CA) 96
Famílias de Herodes (A) 247
Calendário Judaico 48 Faraós Egípcios 30
Caminho da Sabedoria (O) 161 Fé Viva 354
Campanha Assíria contra Israel I 18 Festas Judaicas 144
Campanha Assíria contra Judá I 17 Filemom em Relance 344
Campanhas Assírias Contra Israel e Judá 116 Filipenses em Relance 326
Campanhas de Nabucodonosor contra Judá 121 Fuga e Retorno de Moisés para o Egito 33
Campanhas Militares de Saul 88
Cântico dos Cânticos em Relance 163 Gálatas em Relance 31 7
Captura da Arca . 84 Galeria dos Heróis da fé 348
Características da Nova Criatura em Cristo 324 Genealogia de Jesus 272
Carreira do Apóstolo Paulo (A) 291 Gênesis em Relance 12
Casais Apaixonados 164 Geografia de Jonas (A) 209
Chamadode Jeremias (O) 178 Governantes Politicos do Novo Testamento .
Ciclo do Bem e do Mal nas Escrituras (O) 54 Graça Abundante 323
Cidade de Davi (A) 94
Cidades da Galácia (As) 317 Habacuque em Relance 216
Cidades de Refúgio 67 Harmonia dos Evangelhos 243 a 246
Cidade de Roma (A) 305 Hebreus em Relance 346
Colossenses em Relance 330 Hinos e Cânicos 59,333
Como Age a Fé 348 História de Rute (A) 78
Como Age o Amor 344
Comparação entre I e 2 Pedro . 360 Igrejas Cristãs Primitivas .. 300
Comparação entre as Duas Prisões de Paulo em Roma 339 Império Assírio (O) . 119
Comparação entre as Duas Alianças 349 Império Grego de Alexandre (O) 196
Comparação entre Paulo e Tiago 353 Império Romano na Epoca do ovo Testamento (O) 266
Comparação entre Pedro e Paulo 290 Isaías em Relance 169
Controle Ptolomaico da Palestina 230
Controle Romano da Palestina 233 Jeremias em Relance 176
Controle Selêucida da Palestina 231 Jerusalém do Tempo de Salomão 102
I Coríntios em Relance . 308 Jerusalém no Tempo de Ezequias 120
2 Coríntios em Relance 314 Jerusalém no Tempo de Ieemias 140
Correlação entre os Sonhos e Visões de Daniel 195 JóemRelance 147
Crimes que Exigiam a Pena de Morte 58 1 João em Relance 364
I Crônicas em Relance 125 2 João em Relance 367
2 Crônicas em Relance 128 3 João em Relance 368
Cronologia das Epístolas de Paulo 302 João em Relance 275
Cronologia de Israel no Pentateuco 10 Joel em Relance 20 I
Cumprimento das Profecias de Isaias 174 Jonas e a Planta 210
Jonas e os Marinheiros 210
Daniel em Relance 193 Jonas em Relance 208
Declínio e Queda do Rei Saul 85 Jornada de Jeremias ao Egito 179
Declínio Espiritual na Era Patriarcal........................ .. 17 Josué em Relance 62
Deuses Pagãos do Egito 31 Judas em Relance 370
Deuteronômio em Relance 56 Juízes de Israel 73
Dez Mitos Favoritos (Os) 328 Juízes em Relance 69
Dez Pragas do Egito (As) 32 Julgamento das ações 173
Dirigentes Políticos da Palestina no Novo Testamento 248 Julgamento e Crucificação de Cristo 259 i
379
Lamentações em Relance 181 Que Significa o ome? 199
Lei e Graça 3 18 Quem é Jesus Cristo 333
Levantamento das Epístolas de Paulo .
Levítico em Relance 42 Reino de Davi (O) . .. 95
Listas de Dons Espirituais no ovo Testamento 310 Reino de Salomão (O) 100
Livramentos no Novo Testamento 297 Reino de Salomão e as Terras Próximas (O) 103
Livros Proféticos (Os) 166 Reino Dividido (O) 104
Localização de Cântico dos Cânticos 164 Reino Dividido (O) 122,123
Lucas em Relance 268 I Reis em Relance 98
Localização das Tribos no Acampamento Israelita 53 2 Reis em Relance 109
Local do Nascimentos e Ministério dos Profetas ... .... 167 Ressurreição (A) 200,281
Ressurreição - Opções Propostas 312
Malaquias em Relance .. 227 Restauração da Terra .. 189
Marcos em Relance .. 263 Resumo das Quatro Posições sobre o Apocalipse 375
Maria, José e Jesus Fogem para o Egito 251 Retomo do Exílio 136
Mateus em Relance 250 Romanos em Relance 304
Mestres otáveis nas Escrituras 158 Rute em Relance 77
Milagres de Jesus (Os) 240
Ministério de Elias e Eliseu (O) 107 Salmos Messiânicos 154
Ministério de Eliseu 113 Salmos em Relance 151
Ministério de Jesus na Galiléia 255,256 Salvação: O Maior Tesouro do Homem 323
Ministério de Timóteo 339 I Sarnuel em Relance .. 81
Miquéias em Relance 212 2 Samuel em Relance 91
Mobília do Tabemáculo (A) 41 Sete Igrejas (As) 374
Mulheres do ovo Testamento 2 I Sete Igrejas de Apocalipse (As) 375
Mulheres do Antigo Testamento 143 Sinais e seus Significados 280
Sofonias em Relance 218
Nações de Gênesis 10 24 Sofrimento na Perspectiva Divina 356
Nações do Pentecoste (As) .. 287 Sonhos e Visões .. 290
Naum em Relance 214 Sucessão dos Quatro Impérios do Mundo 229
NeemiasemRelance 138 Superioridade de Cristo 347
Nossas Bênçãos em Cristo 323
Números em Relance 50 Templo de Ezequiel (0) 187
Templo de Salomão (O) 103
Obadias em Relance 206 Templos da Bíblia 132
Obra do Espírito Santo (A) 311 Teoria das Três Fontes dos Evangelhos Sinóticos (As) 239
Ofertas Levíticas 46,4 7 Terceira e Quarta Viagens Missionárias de Paulo 295,296
Oração Sacerdotal' 278 Terra dos Evangelhos (A) 261
Orientação ao Estilo do Reino .. 306 1Tessalonicenses em Relance 335
Orientação Bíblica para Famílias 319 2Tessalonicenses em Relance 336
Oriente Médio no Tempo de Ezequiel 188 Tiago e o Sermão do Monte 353
Oséias em Relance 198 Tiago em Relance 352
I Timóteo em Relance 338
Pacto Abraâmico 24 2 Timóteo em Relance 340
Palavra de Paulo a Tito 342 Tito em Relance 342
Palestina (A) 282 Títulos de Cristo 278
Palestina Central nos Tempos de Cristo 256 Triunfos de Davi 96
Parábolas de Ezequiel 191
Parábo Ias de Jesus Cristo (As) 241 Um Mês com Jesus 362
I Pedro em Relance 356
2 Pedro em Relance 359
Pentateuco (O) 10 Viagens de Filipe 288
Peregrinação dos Israelitas 53 Viagens de Pedro 289
Período dos Juizes (O) 74,75 Viagens no Novo Testamento 298
Por Que Quatro Evangelhos? 238 Viagens dos Patriarcas 25
Posição Amilenista 378 Vida Cristã (A) 306
Posição Pós-milenista 376 Vida de Davi (A) 93
Posição Pré-milenista 377 Vida de Elias (A) 106
Posição Pré-milenista/Pós-tribulacionista 377 Vida de Jacó (A) 22
Preeminência de Cristo (A) 332 Vida de Jesus (A) 257
Preservação do Remanescente (A) 204 Vida de João (A) 368
Primeira e Segunda Viagens de Paulo 293,294 Vida de Moisés (A) 34
Principais Sermões em Atos 286 Vida de Paulo (A) 292
Prisão de Paulo (A) 299 Vida de Pedro (A) 361
Prisioneiros do Senhor 133 Vida e Ministério de Samuel (A) 83
Problemas de Davi 96 Vida e Época de Ezequiel (A) 190
Projeto do Tabemáculo 40 Vinda de Cristo (A) 228
Planta do Templo de Herodes (A) 247 Visões de Zacarias 225
Provérbios em Relance 156 Vitória de Josué (A Conquista de Canaã) 64
380
"-
índice Bíblico de Mapas e Tabelas
AntiQo Testamento
Livros Históricos
Esdras
Esdras em Relance 135
Retomo do Exílio 136
Josué
Josué em Relance 62
Neemias
Vitória de Josué (A Conquista de Canaã) 64
Neemias em Relance 138
Assentamento das Tribos 66
Jerusalém nos Tempos de Neemias 140
Cidades de Refúgio 67
Ester
Juizes Ester em Relance 142
Juízes em Relance 69 Mulheres do Antigo Testamento 143
As Batalhas de Gideão 72 Festas Judaicas 144
Juizes de Israel 73
O Período dos Juízes 74,75
Literatura de Sabedoria
Rufe
Rute em Relance 77 Já
t: Históriade Rute 78 Jó em Relance 147
Arvore Genealógica de Rute 79
Salmos
J Samuel Salmos em Relance 151
1 Samuel em Relance 81 Salmos Messiânicos 154
Vida e Ministério de Samuel (A) 83
Captura da Arca 84 Provérbios
Declínio e Queda do Rei Saul 85 Provérbios em Relance 156
Arvore Genealógica de Saul 86 Mestres notáveis nas Escrituras 158
381
.-
Eclesiastes Amós
Eclesiastes em Relance 160 Amós em Relance 203
O Caminho da Sabedoria 161 A Preservação do Remanescente 204
Isaías Naw/1
Isaías em Relance 169 Naum em Relance 214
Julgamento das Nações 173
Cumprimento das profecias de Isaías 174 Habacuque
Habacuque em Relance 216
lerem ias
Jeremias em Relance 176 Sofonias
O Chamado de Jeremias 178 Sofonias em Relance 21 8
Jornada de Jeremias no Egito 179
A Babilônia Invade a Palestina 180 Agell
Ageu em Relance 220
Lamentações Zorobabel .. 221
Larnentações em Relance 181
Zacarias
Ezequiel Zacarias em Relance 224
Ezequiel em Relance 184 Visões de Zacarias 225
O Templo de Ezequiel 187
Oriente Médio no Tempo de Ezequiel 188 Malaquias
Restauração da Terra 189 Malaquias em Relance 227
A Vida e a Época de Ezequiel 190 A Vinda de Cristo 228
As Parábolas de Ezequiel 191
Daniel
Daniel em Relance 193 Período Intertestamentário
Correlação dos Sonhos e Visões em Daniel 195
O Império Grego de Alexandre 196 Sucessão dos Quatro Impérios do Mundo 229
382
Novo Testamento
João Filipenses
João em Relance 275 Filipenses em Relance ""." ." "" .."." .." " 326
Títulos de Cristo 278 Adão e Cristo: Comparação e Contraste " 327
Oração Sacerdotal 278 Os Dez Mitos Favoritos " 328
Eventos no Ministério de Cristo 279
Aspectos da Morte de Jesus 280 Colossenses
Sinais e seus Significados 280 Colossenses em Relance " .." " " 330
A Ressurreição 281 A Preeminência de Cristo 332
A Palestina 282 Hino e Cânticos " " " " 59,333
Quem é Jesus Cristo ." " " " " 333
Hebreus
Epístolas de Paulo Hebreus em Relance """ "" ""." .."." " 346
Superioridade de Cristo " " .." " " " 347
Cronologia das Epístolas de Paulo " " : 302 Galeria dos Heróis da Fé " " " ..""" "" " ",, 348
Quadro das Epístolas de Paulo 302 Como Age a Fé " " 348
383
Epístolas Gerais 2 e 3 João
Comparação entre as Duas Alianças 349 2 João em Relance 367
3 João em Relance 368
Tiago A Vida de João 368
Tiago em Relance 352
Tiago e o Sermão do Monte 353 Judas
Comparação entre Paulo e Tiago 353 Judas em Relance 370
Fé Viva . 354
1 Pedro
I Pedro em Relance 356 Apocalipse
Sofrimento na Perspectiva Divina 356
Apocalipse
2 Pedra Apocalipse em Relance 372
2 Pedro em Relance 359 As Sete Igrejas 374
Comparação entre I e 2 Pedra 360
As Sete Igrejas do Apocalipse 375
A Vida de Pedra 361
Resumo das Quatro Posições sobre o Apocalipse 375
Um Mês com Jesus 362
Posição Pós-milenista . 376
1 João Posição Pré-milenista 377
A Qualidade do Amor 364 Posição Pré-milenistal Pós-tribulacionista 377
I João em Relance 364 Posição Amilenista. . 378
384
l\1anual Bíblico
de mapas e gráficos
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