Polígrafo Psico Da Educação
Polígrafo Psico Da Educação
Polígrafo Psico Da Educação
Princesa Isabel
da Educação
Psicologia da Educação
Caro(a) estudante, este polígrafo será um material complementar para os seus estudos na disciplina de
Psicologia da Educação do curso de Magistério. Ao longo deste ano de 2024, as professoras poderão optar por
utilizá-lo para aprofundar a leitura sobre os conceitos psicológicos dentro da educação. Sendo assim, utilize-o
para se preparar para as provas e atividades avaliativas. Desejamos bons estudos e que cada semestre seja
enriquecedor!
PARTE 1: Habilidades que serão desenvolvidas no primeiro semestre:
● Caracterizar as diferentes áreas da Psicologia.
● Conhecer a história da psicologia da aprendizagem para entender as relações entre o conhecimento
psicológico e a teoria e as práticas educacionais.
● Conhecer a teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico para compreender seu envolvimento na
interação do organismo com o ambiente e nos processos de aprendizagem.
PARTE 2: Habilidades que serão desenvolvidas no segundo semestre:
● Conhecer os principais teóricos da psicologia e as teorias de aprendizagem para interpretar a
aprendizagem, suas variações e possíveis intervenções.
● Compreender as etapas de desenvolvimento infantil através da teoria psicogenética-Piaget.
PARTE 3: Habilidades que serão desenvolvidas no terceiro semestre:
● Compreender os estágios de aprendizagem do desenvolvimento infantil, desta maneira, determinar a
metodologia mais adequada ao processo de ensino aprendizagem para os alunos em cada um dos
diferentes estágios de aprendizagem.
● Entender os princípios de avaliação, analisando os fracassos e sucessos na aprendizagem.
● Desenvolver habilidades socioemocionais para lidar com emoções, resolvendo conflitos que estão
ligados à nossa capacidade de conhecer, conviver, trabalhar e ser. Resolvendo conflitos de sala de aula e
orientando os educandos em sua jornada educacional.
PARTE 1
1º SEMESTRE
Introdução ao conceito de Psicologia
O termo “Psicologia” tem origem grega, sendo derivado da junção de duas palavras - Psyché e logos -
significando o “estudo da mente ou da alma”. Psicologia, então, é a ciência que estuda o surgimento e o
desenvolvimento dos fenômenos e dos processos psicológicos que motivam e orientam o
comportamento humano.
A história da psicologia começa com os gregos no século III antes de Cristo. Os avanços que os gregos
produziram na arquitetura, agricultura, física, geometria, política permitiram que o cidadão se ocupasse das
coisas do espírito, como a filosofia e a arte. Entre os filósofos gregos surge a primeira tentativa de sistematizar a
psicologia. Trabalhavam com a parte imaterial do ser humano sem considerar o pensamento, os
sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção. Com Sócrates, Platão e
Aristóteles observamos as primeiras reflexões sobre o estudo da mente e alma humanas. Os pensadores
legaram à humanidade considerações importantes, de caráter psicológico, sobre aprendizagem e o ensino, entre
vários outros temas.
PARTE 2
2º E 3º SEMESTRE
Teorias da Aprendizagem
TEORIAS DO CONDICIONAMENTO ESTÍMULO – RESPOSTA E
COMPORTAMENTALISTAS
As teorias de Pavlov, Thorndike e Skinner do Condicionamento formulavam que o
Comportamento ocorre em sequência de Estímulos, de Respostas e da Conjunção E-R.
O nosso comportamento estaria condicionado a sinais. Os sinais seriam estímulos que provocariam
respostas condicionadas.
A teoria de desenvolvimento conhecida como behaviorismo, enfatiza o importante papel dos
ambientes na modelagem do comportamento. O behaviorismo radical se apoiou inicialmente nas ideias de
Watson e Pavlov, que estudavam o condicionamento respondente. O condicionamento respondente trata
das relações entre estímulos e resposta. Ele serve para explicar o comportamento involuntário e as reações
emocionais condicionadas. O exemplo mais clássico de condicionamento respondente foi descrito por Pavlov
em seu experimento com um cão. Toda vez que Pavlov apresentava comida ao animal (estímulo 1) e o cão
salivava de vontade de comer (resposta, comportamento involuntário), uma campainha era tocada (estímulo
2). Esse experimento foi realizado por diversas vezes, até que Pavlov tocava a campainha sem apresentar
nenhum alimento e o cão salivava do mesmo jeito. Ou seja, o cão aprendeu a associar a campainha (estímulo 2)
ao recebimento de comida (estímulo 1) e salivar (resposta involuntária) por isso.
Nos experimentos de Pavlov, o estímulo e a resposta apresentam-se do seguinte modo:
● Estímulo Não Condicionado - quando a colocação de carne na boca do cão desencadeia a
resposta da salivação, sem qualquer aprendizagem;
● Resposta Não condicionada - quando a salivação, em resposta à colocação da carne na boca
do cão, dá-se como uma reação imediata;
● Estímulo Condicionado - quando o som da campainha, associada com o fornecimento da
carne, desenvolve habilidades para desencadear a resposta.
● Resposta Condicionada - quando o processo de salivação inicia-se em resposta ao som da
campainha.
Posteriormente, Skinner estabeleceu a existência de uma nova forma de condicionamento,
denominada condicionamento operante, para explicar os comportamentos voluntários e as leis que os
regem. O condicionamento operante ocorre quando uma resposta operante é reforçada. As respostas
operantes são emitidas quando um organismo precisa se adaptar a condições ambientais ou resolver
problemas. Por exemplo, quando um animal é colocado numa gaiola, ele emite respostas tipicamente de fuga
(respostas operantes). A resposta que o leva a ser liberado da gaiola é reforçada pela fuga e tende a ser dada toda
vez que o animal é recolocado na gaiola. A maioria das aprendizagens complexas, portanto, são do tipo
operante. Desse modo, no comportamento operante, o ambiente é modificado e produz consequências
que agem sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante.
Tais princípios deram origem aos conceitos de reforço, punição e extinção do comportamento, que
são bastante conhecidos por leigos em análise do comportamento. Skinner (1953) ressalta que a punição é a
forma de controle do comportamento humano mais comum. Pais usam castigos para punir os filhos por
comportamentos inadequados, escolas punem os alunos por baixa frequência e baixo desempenho acadêmico.
Mas será que a punição funciona? Para o autor, claramente não, e por um motivo simples: a punição, mesmo
que aparentemente tenha resultados, têm subprodutos indesejáveis. Ela gera conflitos e respostas emocionais
com consequências bastante sérias.
O comportamento ainda deve ser entendido como um evento natural e multideterminado em três
níveis de variação e seleção: filogenético, que diz respeito à história da espécie, ontogenético, que trata da
história do indivíduo particular dessa espécie, e cultural, relativo à cultura. Todos esses níveis variantes
precisam ser considerados em análise do comportamento. Ou seja, em termos leigos, a contextualização do
indivíduo é essencialmente importante para se analisar seu comportamento com precisão.
TEORIA COGNITIVISTA
Jean Piaget (1896-1980), apesar de ser bastante conhecido na área da Educação por suas contribuições
sobre desenvolvimento infantil e cognição, não era psicólogo nem pedagogo. Piaget fez sua formação em
Biologia e, por esse motivo, dedicou-se a submeter o processo de aquisição do conhecimento pela criança a
uma rigorosa observação científica. A abordagem teórica criada por ele é denominada epistemologia genética
porque é considerada uma teoria do conhecimento focada no desenvolvimento natural da criança.
Ao estudar o raciocínio lógico-matemático, Piaget contribuiu enormemente com a educação. O
raciocínio lógico-matemático é um tipo de pensamento fundamental para a escola e para a vida, que depende,
no entanto, da estrutura de conhecimento da criança. Assim, não pode ser ensinado como outras habilidades.
As propostas piagetianas demonstram que transmitir conhecimentos tem limitações. Desse modo, uma
criança é incapaz de aprender questões para as quais não possui condições de absorção. Segundo Piaget, o
conhecimento infantil acontece por meio de descobertas da própria criança, é construído pelo próprio aluno e
não pelo professor. Por isso, sua teoria inaugura o que chamamos hoje de correntes construtivistas.
“O conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado nem nas estruturas internas do
sujeito, porquanto estas resultam de uma construção efetiva e contínua, nem nas características preexistentes
do objeto, uma vez que elas só são conhecidas graças à mediação necessária dessas estruturas, e que essas, ao
enquadrá-las, enriquecem-nas” (PIAGET, 2007, p.1).
Em propostas construtivistas, o professor assume um papel de colaborador da aprendizagem,
incentivando o aluno para que chegue sozinho às suas conclusões. Por isso, o professor precisa conhecer e
compreender como se dá o desenvolvimento psicológico do aluno para utilizar os métodos e procedimentos
adequados. De acordo com Coll (1996), o construtivismo baliza-se em três pressupostos:
1) O aluno é o responsável por sua aprendizagem.
2) No ambiente escolar, o conhecimento que já foi elaborado deve ser reconstruído pelo aluno;
3) O professor tem o papel de orientador no processo de reconstrução do conhecimento.
Nesse sentido, um conhecimento só pode ser verdadeiro se for construído e organizado pelo
indivíduo e não recebido de fora. O conhecimento é resultado de um processo causal em que os indivíduos
se adequam e se adaptam ao meio.
Para o construtivismo, o papel do professor é o de “encadear os processos de construção do aluno com
o saber coletivo culturalmente organizado” (COLL, 1996, p. 396).
O desenvolvimento intelectual, para Piaget, ocorre do mesmo modo que o desenvolvimento biológico.
Os processos cognitivos não acontecem separados da adaptação do indivíduo ao meio, já que se adaptar é uma
tendência inerente a qualquer espécie. A organização do conhecimento é considerada a habilidade para
integrar estruturas físicas e psicológicas em sistemas coerentes de funcionamento. Para se adaptar e se organizar
intelectualmente, os indivíduos fazem uso de estruturas e processos cognitivos denominados esquemas
(WADSWORTH, 1996). Ao nascer, os bebês apresentam poucos esquemas, sendo que eles possuem natureza
apenas reflexa. À medida que se desenvolve, os esquemas da criança se tornam generalizados, diferenciados e
numerosos.
Fica claro, portanto, que as crianças não possuem os mesmos tipos de raciocínio que os adultos e
atingem a maturidade psicológica gradualmente. A inserção de valores, regras e símbolos para a criança ocorre
por meio de dois mecanismos: assimilação e acomodação. A assimilação consiste em incorporar objetos e
conhecimentos sobre o mundo em esquemas cognitivos já existentes. A acomodação, por sua vez, refere-se a
modificações nos esquemas que se dão por influência do meio externo.
● Assimilação: incluir conhecimentos externos em esquemas cognitivos pré-existentes (“de fora
para dentro”).
● Acomodação: modificar um esquema existente para incluir conhecimentos sobre o mundo
que não pertenciam a esse esquema anteriormente (“de dentro para fora”).
Um importante conceito da epistemologia genética é o egocentrismo. O egocentrismo significa que
a criança só consegue ver o mundo a partir do seu próprio ponto de vista, sem entender ainda que outras
pessoas têm visões do mundo diferentes da dela. Esse conceito representa, ainda, o caráter fantasioso e pouco
lógico do raciocínio infantil. O desenvolvimento cognitivo da criança implica em um abandono gradual do
egocentrismo rumo ao raciocínio lógico. É por meio do domínio da lógica que a criança adquire noções de
responsabilidade individual, o que é indispensável para sua autonomia moral.
Como ocorrem, na prática, a assimilação e a acomodação?
Imagine uma criança que conhece como animais de quatro patas somente cachorros. O esquema
cognitivo para essa categoria de conhecimentos da criança seria algo como “cachorros – quatro patas – au”.
Certo dia, essa criança estava em uma fazenda e viu, pela primeira vez na vida, uma vaca. A criança
aponta para a vaca e diz para o pai: “Papai, au”. Esse processo representa a assimilação.
O pai corrige a criança e explica que aquele animal é uma vaca e não um cachorro. Também tem
quatro patas, mas possui outras diferenças físicas e faz “muuuu” e não “au”. Assim, a criança modifica o
esquema cognitivo pré-existente e organiza seu conhecimento em um esquema diferente para incluir uma
informação que ela não possuía antes: nem todos os animais de quatro patas são cachorros. Esse processo
representa a acomodação.
De acordo com Piaget, o desenvolvimento da cognição durante a infância passa por quatro estágios, do
nascimento à pré-adolescência. Somente após o último estágio é que se pode dizer que o indivíduo atingiu sua
capacidade de raciocínio plenamente.
O primeiro estágio, denominado período sensório-motor, vai de 0 a 2 anos. Durante esse período, as
crianças adquirem a capacidade de administrar reflexos básicos que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um
período anterior à aquisição de linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos objetos à
sua volta. No início do período sensório-motor, o recém-nascido constrói esquemas cognitivos por meio de
reflexos neurológicos básicos (sucção, movimento dos olhos etc.). O bebê precisa pegar e tocar nos objetos com
as mãos, leva-os à boca para favorecer o reflexo de sucção, vê e acompanha com os olhos tudo o que está diante
de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objeto, pegá-lo e levá-lo a boca. Esse estágio do
desenvolvimento é marcado pela construção prática das noções de tempo, espaço, objeto e causalidade
(MACEDO, 1994). Lopes (1996) destaca que as noções de espaço e tempo, durante esse período, são
construídas por meio da ação, promovendo uma inteligência essencialmente prática. No período
sensório-motor, a criança conquista o mundo ao redor mediante a percepção e os movimentos.
O estágio seguinte, denominado período pré-operacional, vai dos 2 aos 7 anos e se caracteriza pela
aquisição da linguagem e a representação do mundo por meio de símbolos. Nessa fase, a criança é capaz de
substituir um objeto ou um acontecimento por uma representação dele e isso acontece devido ao
desenvolvimento da função simbólica. Macedo (1994) destaca que as atividades sensório-motoras não são
abandonadas, mas sim refinadas, visto que há uma considerável melhoria na aprendizagem da criança. A
criança continua sendo egocêntrica e ainda não é capaz de se colocar no lugar de outra pessoa para interpretar o
mundo por outros pontos de vista. Além disso, não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (fase
dos "por quês"), consegue agir por meio de simulação ("como se fosse”), possui uma percepção do todo sem
discriminação dos detalhes e se deixa levar pela aparência, sem relacionar fatos. Por exemplo, apresentamos a
uma criança desse período duas bolinhas de massinha de modelar, que possuem a mesma quantidade de massa.
Se desfazemos o formato de uma das bolinhas e a transformamos em uma salsicha, a criança dirá que, agora, a
salsicha contém mais massa que a bolinha.
O estágio posterior, denominado período operacional concreto, vai dos 7 aos 11 ou 12 anos e marca
a aquisição da reversibilidade das ações (a capacidade de representar uma ação no sentido inverso da anterior,
anulando a transformação observada). A lógica e a abstração surgem nos processos cognitivos, bem como a
habilidade de discriminar objetos por semelhanças e diferenças (MACEDO, 1994). A criança consegue
compreender e dominar conceitos relacionados a números, como tempo, espaço, ordem, velocidade e
causalidade. Além disso, é capaz de relacionar diferentes aspectos, fazendo analogias e estabelecendo
consequências, e abstrair dados da realidade. A abstração nessa fase ainda depende do mundo concreto para ser
feita. Um exemplo de comportamento desse período do desenvolvimento: se a água de dois copos iguais é
despejada em outros de formatos diferentes, a criança consegue afirmar que as quantidades continuam iguais,
pois tem a capacidade de reverter a ação.
Finalmente, o último estágio descrito por Piaget inicia-se por volta dos 12 anos de idade e é chamado
de período operacional formal. Em termos cognitivos, essa fase marca a entrada na idade adulta. A criança
passa a ter domínio do raciocínio lógico e dedutivo, o que permite a experimentação mental. Isso implica,
entre outras coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar sobre hipóteses. Wadsworth (1996) salienta que
a representação feita agora permite abstração total e não se limita à representação imediata, nem às relações
prévias existentes. A criança consegue pensar logicamente, formular hipóteses e buscar soluções para todas as
classes de problemas, sem depender apenas da observação da realidade. Por exemplo, se alguém diz para a
criança um ditado como “de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança é capaz de fazer uso da lógica da
ideia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.
A epistemologia genética de Piaget aponta um importante referencial para a formação de professores,
pois o trabalho de educar crianças não deve se pautar exclusivamente na transmissão de conteúdos,
mas sim favorecer e promover as capacidades cognitivas do aluno. Ter conhecimento da epistemologia
genética auxilia o professor na tarefa de tornar seu trabalho mais eficiente. Existem escolas e instituições
educativas que planejam suas atividades de acordo com os estágios de desenvolvimento cognitivo da criança,
facilitando, inclusive, a proposição de tarefas adequadas ao currículo e ao nível do aluno. Nas turmas de
Educação Infantil, por exemplo, que concentram crianças entre 2 e 3 anos de idade, não é difícil perceber que
estão descobrindo a representação. Nessa faixa etária, as crianças começam a brincar de ser outra pessoa ou um
personagem e imitam atividades vistas em casa e em outros contextos nas histórias que constroem. É
importante que as escolas e instituições educativas ampliem o repertório de referências para promover essas
tarefas.
Desenvolvimento mental infantil
O desenvolvimento mental infantil, como revelou Piaget, processa-se através de uma série de períodos.
Cada um deles irá se caracterizando por estruturas ou formas de organização da atividade mental peculiares,
que se elaboram progressivamente a partir das estruturas que o precederam. Estes períodos se subdividem em
estágios. E a sequência dos mesmos é importante, lembra Piaget, apesar das idades em que diferentes crianças
os atingem poderem variar consideravelmente. Em linhas gerais, Piaget esquematiza o desenvolvimento
intelectual assim:
● I - Estágio sensório-motor (0 a 2 anos);
● II - Estágio pré-operacional (2 a 6/7 anos);
● III - Estágio de operações concretas (7 a 11 anos);
● IV - Estágio de operações formais (12 anos em diante) .
TEORIA HUMANISTA
Rogers
A experiência pessoal e subjetiva é o fundamento sobre o qual o conhecimento é construído no
decorrer do processo de vir-a-ser da pessoa humana. Para Rogers, a percepção é realidade, no que se refere ao
indivíduo. Ele próprio admite não saber se existe uma realidade objetiva. Caso exista, sua posição é a de que
nenhum indivíduo a conhece realmente, pois se conhece apenas o que é percebido. É atribuído ao sujeito,
portanto, papel central e primordial na elaboração e criação do conhecimento. Ao experienciar, o homem
conhece. A experiência constitui, pois, um conjunto de realidades vividas pelo homem, realidades essas que
possuem significados reais e concretos para ele e que funcionam, ao mesmo tempo, como ponto de partida
para mudança e crescimento, já que nada é acabado e o conhecimento possui uma característica dinâmica.
O conhecimento é inerente à atividade humana. O ser humano tem curiosidade natural para o
conhecimento.
Como decorrente das proposições rogerianas sobre o homem e o mundo, está um ensino centrado na
pessoa (primado do sujeito), o que implica técnicas de dirigir sem dirigir, ou seja, dirigir a pessoa à sua própria
experiência para que, dessa forma, ela possa estruturar-se e agir. Esta é a finalidade do método não-diretivo. A
não-diretividade, portanto, consiste num conjunto de técnicas que implementa a atitude básica de confiança e
respeito pelo aluno.
O professor, nessa abordagem, assume a função de facilitador da aprendizagem, e nesse clima
facilitador, o estudante entrará em contato com problemas vitais que tenham repercussão na sua existência.
Daí o professor ser compreendido como facilitador da aprendizagem, devendo, para isso, ser autêntico
(aberto às suas experiências) e congruente, ou seja, integrado. Isso igualmente implica que o professor deva
aceitar o aluno tal como é e compreender os sentimentos que ele possui, propiciando um clima favorável para a
aprendizagem. Todas essas condições implicam habilidades e um saber ser e ajudar. São passíveis de
treinamento. As atitudes podem ser implementadas pela prática. O aluno deve ser compreendido como um ser
que se auto�desenvolve e cujo processo de aprendizagem deve-se facilitar.
As estratégias instrucionais, nessa proposta, assumem importância secundária. Não se enfatiza
técnica ou método para se facilitar a aprendizagem.
Rogers parte do pressuposto de que o ensino é uma “atividade sem importância enormemente
supervalorizada” (1972, p.130). Cada educador eficiente, por sua vez, deve desenvolver um estilo próprio para
“facilitar” a aprendizagem dos alunos.
A característica básica dessa abordagem, no que se refere ao que ocorre em sala de aula, é a ênfase
atribuída à relação pedagógica e ao clima favorável ao desenvolvimento das pessoas, que possibilite liberdade
para aprender. Isso é decorrência de uma atitude de respeito incondicional pela pessoa do outro, considerada
como capaz de autodirigir.
Os objetivos educacionais, nessa abordagem, não são tratados em seus aspectos formais. Apesar de
criticar a transmissão de conteúdos, essa proposta não defende a supressão do fornecimento de informações.
Estas, no entanto, devem ser significativas para os alunos e percebidas como mutáveis. A pesquisa dos
conteúdos será feita pelos alunos, que deverão, por sua vez, ser capazes de criticá-los, aperfeiçoá-los ou até
mesmo de substituí-los.
TEORIA SOCIOCULTURAL
Vygotski
A perspectiva de Vygotski é baseada na dimensão social do desenvolvimento humano, que defende a
ideia de que a contínua interação entre os sujeitos faz com que o ser humano constitua-se enquanto tal nas
suas relações e condições sociais, e base biológica do comportamento humano.
Contudo, para Vygotski o desenvolvimento humano é um processo sócio-histórico e acontece através
da mediação. Ou seja, a capacidade de lidar com representações (imaginar coisas, fazer planos para o futuro,
ausência do concreto...) bem como as quais são fornecidas pela cultura que permite interpretações e
conhecimentos do mundo real.
TEORIA SIMBÓLICO-CULTURAL
Howard Gardner
A teoria das inteligências múltiplas é um modelo cognitivo que tenta descrever como os indivíduos
usam suas inteligências para resolver problemas e criar produtos.
Nenhum teste pode determinar precisamente a natureza ou a qualidade das inteligências de uma
pessoa. Segundo Gardner, a melhor maneira de avaliar as suas inteligências múltiplas, portanto, é por meio de
um exame realista de seu desempenho, nos muitos tipos de tarefas, atividades e experiências associadas a cada
inteligência.
A maioria das pessoas pode vir a desenvolver todas as suas inteligências em um nível de maestria
relativamente competente. Para desenvolver as inteligências, depende-se de três fatores principais:
A) Dotação biológica, incluindo a hereditariedade ou fatores genéticos e lesões cerebrais, antes,
durante e depois do nascimento;
B) História de vida pessoal, incluindo experiências com os pais, professores, colegas, amigos e outros
que estimulam as inteligências ou as impedem de se desenvolver;
C) Referencial histórico e cultural, incluindo a época e o local em que você nasceu e foi criado, é a
natureza e o estado de desenvolvimento cultural ou histórico nas diferentes áreas.
A inteligência é um conjunto de aptidões, cada uma delas com determinado grau de desenvolvimento
e voltada para uma habilidade específica, diferente em cada indivíduo.
As implicações da teoria de Gardner, para a educação, enfatizam a cultura de cada comunidade e
apresentam alternativas para as práticas educacionais referente aos métodos de avaliação que considerem a
cultura dos alunos e que levem em consideração o desempenho adulto a que se deseja chegar; os currículos
deveriam centrar-se no aluno relacionados com a área do saber a ser desenvolvida adequando-se às necessidades
individuais quanto aos conteúdos e aos processos próprios de cada inteligência (Lingüística,
Lógico-matemática, Musical, etc).
A avaliação da aprendizagem escolar de acordo com a visão da Psicopedagogia
Rebecca Faria da Silva
Concepção de avaliação além do autoritarismo
A avaliação da aprendizagem escolar é um meio e não um fim em si mesma. A prática escolar
predominante hoje se realiza dentro de um modelo que pressupõe a educação como um mecanismo de
conservação e reprodução da sociedade, sendo o autoritarismo elemento necessário para a garantia desse
modelo social, utilizando a prática da avaliação manifestada de forma autoritária. Opostamente, é fundamental
posicionar a avaliação a serviço de uma metodologia que entenda e esteja preocupada com a educação como
mecanismo de transformação social.
Vivemos sob o modelo burguês de sociedade, em que o poder é centralizado e hierarquizado. Os
exames são classificatórios, ou seja, classificam os alunos em aprovados ou reprovados e excluem grande parte
dos educandos, estabelecendo uma escala de notas de zero a dez. Trata-se de um método seletivo e excludente.
Nesse sentido observa-se o que Luckesi afirma:
A atual prática da avaliação escolar estipulou como função do ato de avaliar a classificação e
não o diagnóstico, como deveria ser constitutivamente. Ou seja, o julgamento de valor sobre
o objeto avaliado passa a ter a função estática de classificar um objeto ou um ser humano
histórico num padrão definitivamente determinado. Do ponto de vista da aprendizagem
escolar, poderá ser definitivamente classificado como inferior, médio ou superior.
Classificações essas que são registradas e podem ser transformadas em números e por isso,
adquirem a possibilidade de serem somadas e divididas em médias (Luckesi, 1999, p. 34).
O ato de avaliar geralmente não é utilizado como forma de repensar a prática, e sim como meio de
julgá-la e torná-la estratificada. Com a função classificatória, a avaliação não auxilia o avanço e o crescimento
do aluno, somente a função diagnóstica serve para essa finalidade. Um grande poder é atribuído ao professor;
sempre se entendeu que avaliar o aluno era verificar o quanto ele havia assimilado do conteúdo transmitido.
Como afirmou Luckesi ao Jornal do Brasil em 2000, “o professor detém o poder: escolhe os assuntos das
provas, elabora questões, julga se elas são adequadas, aplica-as, corrige, qualifica, aprova ou reprova. Ao
educando cabe submeter-se a esse ritual e temer a exclusão”.
O uso autoritário da avaliação escolar transforma-a em mecanismo disciplinador de condutas
sociais. É uma prática comum ameaçar os alunos na escola com o poder e peso da avaliação, caso a ordem social
da instituição ou das salas de aula sejam infligidas. De instrumento diagnóstico para o crescimento, a avaliação
passa a ameaça, e disciplina os alunos pelo medo, ganha o direito e função de premiar ou castigar os educandos
dentro de um ritual pedagógico. A avaliação não deveria ser fonte de decisão sobre o castigo, mas de decisão
sobre os caminhos do desenvolvimento escolar sadio.
Perrenoud (1999) classifica as funções da avaliação entre muitas lógicas, as quais regulam a
aprendizagem, o trabalho, as relações de autoridade e cooperação em aula e de certa forma, as relações entre
família e escola ou entre profissionais da educação. Ele afirma:
Avaliar é – cedo ou tarde – criar hierarquias de excelência em função das quais se decidirão a
progressão no curso seguido, a seleção no início do Secundário, a orientação para diversos tipos de estudo, a
certificação antes da entrada no mercado de trabalho e, frequentemente, a contratação. Avaliar é também
privilegiar um modo de estar em aula e no mundo, valorizar formas e normas de excelência, definir um aluno
modelo, aplicado e dócil para uns, imaginativo e autônomo para outros (Perrenoud, 1999, p. 9).
No caso da avaliação a serviço da seleção, Perrenoud explica que tradicionalmente a avaliação é
associada na escola à criação de hierarquias. Os alunos são comparados e depois classificados em virtude de
uma norma de excelência definida pelo professor ou pelo modelo dos melhores alunos. O autor critica
também a avaliação que visa à certificação, uma vez que esta fornece poucos detalhes dos saberes, das
competências e do nível de conhecimento adquiridos. Afirma que as provas tradicionais se revelam de pouca
utilidade porque são essencialmente concebidas mais para a classificação dos alunos do que para a identificação
do nível de domínio de cada um, permite dar boas e más notas, criando assim hierarquia.
A avaliação apenas deixará de ser autoritária se o modelo social e a concepção teórico-prática da
educação deixarem de ser autoritários. Então o primeiro passo a redirecionar os caminhos da prática da
avaliação é assumir um posicionamento pedagógico claro e explícito para que se possa orientar a prática
pedagógica no planejamento, na execução e na avaliação. Isso implica o resgate da avaliação em sua essência
constitutiva, ou seja, uma avaliação educacional voltada para a transformação. Para não ser autoritária e
conservadora, deverá ter a função diagnóstica para auxiliar cada educando no seu processo de competência e
crescimento para a autonomia.
A avaliação na perspectiva amorosa, afetiva e acolhedora, é aquela que traz na sua intencionalidade a
integração e inclusão pelos mais variados meios, respeitando e valorizando a subjetividade do aluno no
decorrer da construção do conhecimento. Essa forma de avaliar evita julgamentos e rótulos e não seleciona,
mas faz um diagnóstico e por meio dele toma decisões para melhorar a aprendizagem do educando.
O objetivo da avaliação é intervir para melhorar, porém a maioria das escolas promove exames que
são uma prática de avaliação e não a avaliação em si. Esse ato de avaliar é classificatório e seletivo; a avaliação
diagnóstica, ao contrário, é inclusiva. Classificar o ato de avaliar a aprendizagem por si só é um ato amoroso
(Entrevista de Luckesi à revista Nova Escola, 2006).
A prática escolar usualmente denominada de avaliação constitui-se de provas e exames, pouco tem a
ver com a verdadeira avaliação da aprendizagem. Assim sendo, exclui uma parte dos alunos; manifesta-se, pois,
como uma prática seletiva. Tratando dessa compreensão da avaliação como um ato amoroso, Luckesi afirma
que:
Podemos entender a avaliação da aprendizagem escolar como um ato amoroso, na medida em que a
avaliação tem por objetivo diagnosticar e incluir o educando pelos mais variados meios, no curso da
aprendizagem satisfatória, que integre todas as suas experiências de vida (Luckesi, 1999, p. 173).
Luckesi (1999) define avaliação da aprendizagem como um ato amoroso no sentido de que a avaliação
por si só deve ser um ato acolhedor e inclusivo, que integra, diferentemente do julgamento puro e simples, que
não dá oportunidades, distingue apenas o certo do errado partindo de padrões predeterminados. Assim, o
verdadeiro papel da avaliação visa à inclusão, não à exclusão.
Para o autor, o ato amoroso é aquele que acolhe a situação como ela é; nesse ato não julga, não exclui.
A avaliação, portanto, não deve afastar o educando do educador, mas antes acolher e integrar. O ato de avaliar é
o ato do homem bem constituído, não se fundamenta nos atos de mecanismos de defesa como estratégia de
sobrevivência, que são atitudes regressivas, conservadoras e primitivas da condição humana. No processo
avaliativo, deve existir acolhimento, uma atitude que caracteriza o homem livre, reflexivo e questionador.
A avaliação tem como papel criar condições para que sejam obtidos resultados daquilo que se deseja
alcançar, que é a qualidade do aprendizado do aluno. É preciso dar oportunidade para que o educando possa
mostrar sua maneira peculiar de aprender e somar isso a suas experiências extraescolares.
A função diagnóstica da avaliação serve como instrumento auxiliar da aprendizagem e não como
instrumento de aprovação ou reprovação. Portanto, o ato de avaliar, sob a perspectiva amorosa, se destina ao
diagnóstico e por isso mesmo à inclusão; desse modo, por si só se constitui um ato amoroso.
Avaliação sob a perspectiva inclusiva
A educação faz parte da especificidade humana, um ato de intervenção no mundo, é relacionada à
cidadania. Segundo Freire (2009), “a educação não é transferência de conhecimentos, mas criação de
possibilidades para a sua própria produção ou construção”. É preciso que a educação vá além, que possibilite o
desenvolvimento de habilidades e autonomia para que os cidadãos possam refletir sobre as condições que lhes
são oferecidas.
Porém a perspectiva de uma avaliação classificatória e seletiva torna-se um fator de exclusão escolar.
Tradicionalmente, as experiências avaliativas remetem a uma concepção que classifica as aprendizagens em
certas ou erradas, separando aqueles estudantes que aprenderam os conteúdos programados daqueles que
aparentemente não aprenderam. Agindo sob essa perspectiva, alguns professores criam e utilizam a avaliação
excludente, baseada no autoritarismo, na punição e na imposição de poder, perpetuando assim de geração em
geração a imagem da avaliação como atividade de controle e exclusão.
Nesse tipo de avaliação, as provas ou testes são fatores negativos de motivação para os estudantes, que,
diante da ameaça do professor, se dedicam aos estudos não porque os encaram como sendo importantes,
necessários ou prazerosos, mas porque são “ameaçados” pela reprovação. São levados a estudar pelo medo, o
que gera uma mera memorização momentânea.
Por outro lado, a avaliação inclusiva, ou seja, aquela que busca a inclusão do aluno, baseia-se na
valorização dele. Utilizando esse instrumento, o educador encara o aprendente como um indivíduo crítico,
tornando a aprendizagem mais agradável e produtiva. Busca formar cidadãos conscientes, não passivos. Nesse
sentido, temos a contribuição de Demo (1994, p. 20) a respeito, quando diz que “o papel da educação é um
fator de mudança na sociedade que tende a formar bons cidadãos, conscientes de seus direitos e deveres
perante a sociedade”.
O erro e o fracasso escolar geralmente são ligados à reprovação do aluno, mas o erro faz parte do
aprendizado e possibilita uma melhor oportunidade de crescimento diante das situações no cotidiano escolar.
É ideal que o professor não tenha a visão do erro como indício do fracasso, mas antes ter uma postura
comprometida com a concepção do erro construtivo, o que significa encarar o conhecimento produzido pelo
educando em processo de construção.
Assim sendo, acerto é importante, mas o fracasso também. “Não existimos para decretar fracassos, mas
promover aprendizagens” (Carvalho, 1997, p. 54). O erro sinaliza um indício do processo de construção de
conhecimentos; portanto, o educador tem como função trabalhar as potencialidades dos educandos, investir
em seu crescimento para que a avaliação ocorra de forma interativa entre o professor e o aluno em busca de um
mesmo objetivo: a aprendizagem.
Conforme já citado, segundo Luckesi (1999) avaliar é um ato amoroso. Portanto, a avaliação tem
grande significado para o professor; por meio dela ele pode reconhecer a importância de acolher os acertos e
erros do aluno para ajudá-lo a progredir. Faz parte da tarefa docente não apenas ensinar conteúdos, mas ensinar
a refletir, compreender a realidade e participar das suas mudanças.
Com esses questionamentos, refletir sobre a importância da avaliação na escola é pensar e agir
democraticamente para que no futuro ela não seja apenas encarada como um mal necessário, mas como
oportunidade para a construção do conhecimento. O objetivo não é eliminar a avaliação, mas usá-la de forma
correta, para verificar como o aluno constrói seu conhecimento acerca dos conteúdos trabalhados e como
modifica sua compreensão de mundo, elevando assim sua capacidade de intervir na realidade vivida.
A avaliação deve ser diversificada, desenvolvida de várias maneiras, usando diferentes instrumentos de
forma contínua. De maneira alguma se deve elaborar uma prova com o objetivo de verificar o que os alunos
não sabem. As provas escritas podem abordar questões com situações-problema naturais que surgem no
cotidiano; problemas muito dificultosos, como uma espécie de quebra-cabeça, não cabem nesse caso;
evidentemente eles deveriam ser aproveitados como desafios durante as aulas, em geral os estudantes aceitam
participar pelo prazer em decifrar enigmas.
Notas ou conceitos não deveriam ser o objetivo principal da avaliação; muito mais humano seria
pensar na avaliação como instrumento para garantir o sucesso escolar no processo de ensino-aprendizagem. A
avaliação tradicional consiste em aplicar provas escritas; há crianças que se amedrontam ou criam bloqueios em
situações em que serão avaliadas mediante provas ou testes, por isso seria importante o docente analisar vários
tipos de avaliação para escolher qual seria mais apropriada a determinados alunos, incluindo aqueles que
possuem alguma dificuldade de aprendizagem ou mesmo deficiências físicas ou intelectuais; nesse campo, o
apoio psicopedagógico é de fundamental importância.
Há exemplos de atividades que propiciam momentos de avaliação além das provas escritas: sessões de
cálculo mental, atividades orais, incluindo aquelas em que o aluno pode utilizar o quadro-negro ou branco,
aulas de resolução de problemas, trabalhos extras, como pesquisas propostas pelo professor ou eleitas pela
turma, jogos que ocorram em sala de aula e eventuais autoavaliações. O professor pode fazer registros sobre os
alunos para avaliar seus avanços e dificuldades e assim poderá também refletir sobre sua própria prática
docente.
Além disso, a avaliação vai além da sala de aula; diversos aspectos dos discentes devem ser levados em
conta, como seus resultados em trabalhos individuais ou em grupo, em âmbitos afetivos, cognitivos, sociais,
dentre outros. O exame desses elementos constitui um processo global que envolve todo o histórico escolar.
A responsabilidade de avaliar o aluno não se limita apenas ao professor; este pode receber auxílio dos
orientadores, psicopedagogos, enfim, toda a equipe pedagógica da instituição deve participar da construção do
conhecimento do aluno e suas aprendizagens. O psicopedagogo, com sua visão diferenciada no contexto
escolar, pode promover e desenvolver esse trabalho em equipe com todos os participantes do processo
educacional, visando a uma educação transformadora.[...]
Referências
FREITAS, Márcia de Fátima Rabello Lovisi de. Psicologia da educação e da aprendizagem. – Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
PRADO, Margareth Simone Marques. Psicologia da educação. Cruz das Almas, BA: SEAD-UFRB, 2017.
SILVA, Rebecca Faria da. A avaliação da aprendizagem escolar de acordo com a visão da
Psicopedagogia. 2020.
UFSM. Psicologia da Educação. Centro de Artes e Letras.
UFSM. Psicologia da Educação. Centro de Ciências Sociais e Humanas.