Apostila Política Internacional
Apostila Política Internacional
Apostila Política Internacional
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 38
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
Como já foi salientado por diversos autores das mais variadas correntes
teóricas, a expressão “Economia Política” possui diversos significados
conflitantes. Para quem acredita que a Ciência Econômica é uma Hard Science,
este termo (geralmente, mas não necessariamente, acompanhado pelo termo
“clássica”) tende a ser usado de forma quase pejorativa: aquele gigantesco
emaranhado de pensadores heterogêneos que precederam a revolução
marginalista mas que, de certo modo, por perceberem os contornos da nascente
economia de mercado, forjaram conceitos e anteciparam alguns elementos que
culminaram na constituição da Ciência Econômica moderna, a qual só se tornou
uma ciência ao purgar todos os traços metafísicos e pré-científicos que poluíam
a mente destes “precursores” .
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RELAÇÕES INTERNACIONAIS
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A SOCIEDADE INTERNACIONAL
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Assim, não existe ainda nenhum órgão com jurisdição geral capaz de
obrigar os Estados a decidirem de determinada maneira suas disputas. A
participação como parte de um conflito de um Estado em Tribunais Internacionais
requer o consentimento expresso dele, sem o qual os Tribunais não podem
exercer jurisdição sobre ele. Assim, as relações jurídicas internacionais se
desenvolvem em nível horizontal, o que evidencia o caráter das normas de
organização da sociedade internacional.
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POLÍTICA INTERNACIONAL
Política internacional é a conduta e o conjunto de decisões adotadas
pelo estado em suas relações com outros estados, na defesa de interesses
gerais, humanos, como a guerra e a paz, o armamento e o desarmamento. As
deliberações sobre os rumos da política internacional de um estado são tomadas
geralmente pelos funcionários do mais alto posto de um governo, como o
presidente da república ou o primeiro-ministro, e executadas pelo ministro
encarregado das relações externas do país. A área de atuação da política
internacional é vasta e seu exercício se dá em nível multilateral, em organismos
internacionais, conferências de cúpula ou reuniões de vários estados.
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Internacional. Vamos começar pelo que ocorreu nos EUA. Lá, a trajetória foi
bastante curiosa: institucionalmente, foram os cientistas políticos que se
apoderam da agenda de pesquisas, marginalizando os economistas (que, na
verdade, cederam voluntariamente o espaço) e, no final das contas, a própria
Economia Política Internacional acabou se convertendo em um ramo das
Relações Internacionais.
Mas esta “vitória” da Ciência Política foi ilusória: na realidade, como ficou
ainda mais claro no período imediatamente posterior, a despeito dos movimentos
da superfície, o que marcou a década de 1970 e 80 foi a colonização definitiva
do mainstream da Ciência Política estadunidense pela problemática da
concepção ortodoxa de Ciência Econômica, que estava extravasando o seu leito
de origem. Este período, na realidade, é a condensação de um longo e sinuoso
processo, cujas raízes são muito anteriores.
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O grande mérito de Gilpin foi tentar assimilar boa parte das críticas à
Teoria da Estabilidade Hegemônica e, o que é mais importante, vinculá-la às
preocupações mais gerais sobre a dinâmica e as condições que presidem a
transformação social. Isto o obrigou a confrontar conceitos, teorias e hipóteses
oriundas de tradições distintas
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Para citar apenas dois exemplos: o excelente livro States and the
Reemergence of Global Finance de Eric Helleiner é herdeiro direto da linha
aberta por Strange, especialmente no que diz respeito à capacidade de os EUA
explorarem o seu poder estrutural para forçar o fim da regulação à finança e,
desse modo, enterrarem de vez o que havia sobrado da era de Bretton Woods.
Outro livro importante, embora um pouco exagerado, que busca combinar a ideia
de poder estrutural à crítica de Susan Strange à “teoria” dos regimes
internacionais típica da escola americana é A Roleta Global, de Peter Gowan.
Mas a sua obra é bastante peculiar pois, por sempre subordinar a sua
reflexão a uma perspectiva emancipatória radical, ele tende a todo momento a
ultrapassar os marcos da Economia Política Internacional e das Relações
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Como toda estrutura, ela gera regularidades, sem as quais a vida social
não seria possível. No entanto, como as estruturas são constituídas
essencialmente pela polarização social, elas são dinâmicas e sujeitas à
transformação.
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CONCLUSÃO
Esta mesma lógica é a base tanto das perspectivas mais ortodoxas muito
mais restritivas, no que tange à possibilidade de um conhecimento
interdisciplinar quanto das mais heterodoxas. Neste caso, para articular objetos
distintos (ou, pelo menos, para combinar o domínio da Economia e da Política),
como tentei indicar, é comum recorrer a tipos ideais e/ou então à metáfora de
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REFERÊNCIAS
BURTON, John W. World Society. Cambridge: Cambridge U. Press,
1972.
DALE, Gareth. Karl Polanyi: the limits of the Market. Malden: Polity
Press, 2012. DICKINS, Amanda. The Evolution of International Political
Economy. International Affairs, 82 n. 3, 2006.
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WOLF, Eric. Europe and the People Without History. Berkeley: University
of California Press, 2010. WIGHT, Martin. Why is there no international theory?
In: BUTTERFIELD, H.; WIGHT, Martin. Diplomatic Investigations. Londres: Allen
& Unwin, 1966.
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