Meios Liquidos Financeiros - Adamo e Driw

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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades

Contabilidade e finanças 3ºAno

Auditoria Interna

Tema: Auditoria por áreas operacionais: Área de gestão de pessoal

Discentes:
Adamo Aide
Driw Aly Mandunde P/L – (Conservou)

Docente:
Iva Leonardo

Beira, Junho de 2024


Índice
Introdução ......................................................................................................................... 2
Auditoria a área dos meios líquidos financeiros ............................................................... 3
Objectivos da auditoria ..................................................................................................... 3
Alcance do trabalho .......................................................................................................... 4
Sistema de controlo interno .............................................................................................. 5
Pontos fracos da área dos meios líquidos financeiros ...................................................... 6
Programa de auditoria ....................................................................................................... 8
Fluxograma da área dos meios líquidos financeiros ....................................................... 10
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Referência bibliográfica ................................................................................................. 13

1
Introdução
Os meios líquidos financeiros desempenham um papel fundamental no funcionamento
de qualquer organização, independentemente de seu tamanho ou sector de actuação.
Activos representam a base da liquidez financeira de uma empresa, proporcionando-lhe
a capacidade de cumprir suas obrigações de curto prazo, financiar investimentos
estratégicos e responder a contingências imprevistas. Compreender a natureza e a gestão
eficaz dos meios líquidos financeiros é essencial para garantir a estabilidade financeira e
o crescimento sustentável de uma empresa. Nesta introdução, exploraremos o conceito
de meios líquidos financeiros, discutiremos sua importância para as operações
empresariais e destacaremos as melhores práticas para sua gestão. A partir disso, será
possível compreender como uma abordagem estratégica para os meios líquidos
financeiros pode contribuir significativamente para o sucesso financeiro de uma
organização.

2
Auditoria a área dos meios líquidos financeiros
Uma auditoria aos meios financeiros refere-se a um processo de verificação e avaliação
dos registos contáveis, transacções financeiras e práticas de uma organização para
garantir que estejam em conformidade com os padrões contáveis, regulamentações
legais e políticas internas.

Objectivos da auditoria
Os principais objectivos de uma auditoria financeira incluem:

1. Assegurar a precisão dos registos contáveis: Verificar se os registos contáveis


reflectem com precisão as transacções financeiras da organização e se estão de
acordo com os princípios contáveis geralmente aceitos.

2. Avaliar a conformidade legal e regulatória: Garantir que a organização esteja


em conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis relacionados às
finanças, incluindo impostos, relatórios financeiros e normas contáveis.

3. Identificar fraudes e irregularidades: Detectar possíveis fraudes, erros ou


irregularidades nos registos financeiros e nos processos internos de controle,
como desvios de fundos, manipulação de registos e conflitos de interesse.

4. Avaliar a eficácia dos controles internos: Analisar a eficácia dos controles


internos da organização para mitigar riscos financeiros, garantir a precisão dos
registos e proteger os activos contra fraudes e perdas.

5. Fornecer garantia e transparência: Oferecer garantia aos investidores,


accionistas, credores e outras partes interessadas de que as demonstrações
financeiras da organização são confiáveis, transparentes e reflectem sua
verdadeira situação financeira.

Uma auditoria financeira pode ser realizada por auditores internos ou externos,
dependendo das políticas e requisitos da organização. Os resultados da auditoria são
geralmente documentados em um relatório de auditoria, que pode incluir
recomendações para melhorias nos controles internos e processos financeiros da
organização.

3
Alcance do trabalho
O alcance do trabalho de uma auditoria financeira varia dependendo das necessidades
específicas da empresa e das normas contáveis e regulamentações aplicáveis. No
entanto, em termos gerais, o objectivo principal de uma auditoria financeira é verificar
se as demonstrações financeiras de uma empresa estão apresentadas de forma precisa e
conforme os princípios contáveis geralmente aceitos ou outras bases de relatório
aplicáveis.

Aqui estão algumas das áreas comuns cobertas pelo escopo de uma auditoria financeira:

1. Exame das Demonstrações Financeiras: Isso inclui a análise detalhada do


balanço patrimonial, da demonstração do resultado do exercício, do fluxo de
caixa e das notas explicativas para garantir que todas as transacções estejam
correctamente registadas e divulgadas.

2. Avaliação de Controlos Internos: Os auditores muitas vezes avaliam os


sistemas de controlo interno da empresa para garantir que eles estejam eficazes
na prevenção e detecção de erros significativos ou fraudes.

3. Testes de Transacções e Saldos: Os auditores seleccionam amostras de


transacções e saldos contáveis para testar a precisão e a validade das
informações apresentadas nas demonstrações financeiras.

4. Confirmação com Terceiros: Em certos casos, os auditores podem confirmar


saldos de contas e transacções directamente com terceiros, como clientes,
fornecedores e instituições financeiras, para garantir sua precisão.

5. Avaliação de Riscos Financeiros: Os auditores identificam e avaliam os riscos


financeiros significativos que podem afectar a precisão das demonstrações
financeiras.

6. Análise de Eventos Subsequentes: Os auditores revisam eventos ocorridos


após o encerramento do período contável, mas antes da emissão do relatório de
auditoria, para garantir que eles sejam adequadamente reflectidos nas
demonstrações financeiras.

7. Comunicação de Descobertas: Ao final da auditoria, os auditores comunicam


suas descobertas em um relatório de auditoria, que geralmente inclui opiniões

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sobre a precisão das demonstrações financeiras e quaisquer recomendações para
melhorias.

É importante ressaltar que o escopo exacto de uma auditoria financeira pode variar
dependendo de factores como o tamanho da empresa, o sector em que opera e as
regulamentações específicas aplicáveis.

Sistema de controlo interno


O sistema de controlo interno na área de meios líquidos financeiros é crucial para
garantir que os activos financeiros da empresa sejam gerenciados de forma eficaz,
segura e de acordo com as políticas e regulamentações aplicáveis. Aqui estão alguns
elementos-chave desse sistema:

1. Políticas e Procedimentos: A empresa deve estabelecer políticas e


procedimentos claros e bem definidos para o gerenciamento de meios líquidos
financeiros, incluindo directrizes para investimentos, movimentação de fundos,
autorizações de transacções e reconciliações.

2. Controle de Acesso e Autorização: É essencial limitar o acesso aos meios


líquidos financeiros apenas a funcionários autorizados. Isso pode ser feito por
meio de controlos de acesso físico e lógico, como senhas, cartões de acesso e
autenticação biométrica.

3. Segregação de Funções: Para mitigar o risco de fraude e erro, é importante


separar as responsabilidades relacionadas aos meios líquidos financeiros. Por
exemplo, a pessoa responsável por aprovar pagamentos não deve ser a mesma
pessoa responsável por processá-los.

4. Monitoramento e Reconciliação: Deve haver procedimentos robustos para


monitorar regularmente as actividades relacionadas aos meios líquidos
financeiros e reconciliar saldos de contas bancárias e investimentos com registos
internos.

5. Análise de Riscos: Os gestores financeiros devem identificar e avaliar os riscos


associados aos meios líquidos financeiros, incluindo riscos de liquidez, crédito e
mercado, e implementar medidas adequadas para mitigar esses riscos.

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6. Treinamento e Conscientização: Todos os funcionários envolvidos no
gerenciamento de meios líquidos financeiros devem receber treinamento
adequado sobre as políticas e procedimentos relevantes, bem como sobre os
riscos associados e as práticas recomendadas de controlo interno.

7. Auditoria e Revisão: Regularmente, auditorias internas ou externas devem ser


realizadas para avaliar a eficácia do sistema de controlo interno na área de meios
líquidos financeiros e identificar quaisquer áreas de melhoria.

8. Conformidade Regulatória: É fundamental garantir que todas as actividades


relacionadas aos meios líquidos financeiros estejam em conformidade com as
regulamentações aplicáveis, como leis financeiras, padrões contáveis e políticas
internas da empresa.

Ao implementar e manter um sistema de controlo interno eficaz na área de meios


líquidos financeiros, uma empresa pode proteger seus activos financeiros, reduzir o
risco de perdas e garantir a integridade e precisão de suas demonstrações financeiras.

Pontos fracos da área dos meios líquidos financeiros


Na área de meios líquidos financeiros, existem vários pontos fracos que podem
representar desafios para as empresas. Aqui estão alguns exemplos comuns:

1. Falta de Diversificação de Investimentos: Se uma empresa concentra seus


investimentos em apenas uma ou algumas classes de activos líquidos, como
contas bancárias ou títulos de curto prazo, ela pode estar exposta a riscos
específicos desses investimentos, como flutuações nas taxas de juros ou falhas
de instituições financeiras.

2. Controles Internos Fracos: Se os controles internos relacionados aos meios


líquidos financeiros não são robustos o suficiente, isso pode levar a erros,
fraudes ou manipulação de fundos. Por exemplo, a falta de segregação de
funções pode permitir que um único funcionário execute e autorize transacções
financeiras sem supervisão adequada.

3. Riscos de Liquidez: Se uma empresa não mantiver uma reserva adequada de


meios líquidos financeiros para atender às suas necessidades operacionais e

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financeiras, ela pode enfrentar dificuldades em honrar obrigações de curto prazo
ou aproveitar oportunidades de investimento.

4. Falta de Monitoramento e Reconciliação: Se os saldos de contas bancárias e


investimentos não forem monitorados regularmente e reconciliados com os
registos internos, pode haver erros não detectados, como transacções não
autorizadas ou registos contáreis imprecisos.

5. Exposição a Fraudes e Golpes: As empresas podem ser alvos de fraudes e


golpes relacionados a meios líquidos financeiros, como falsificação de cheques,
phishing de informações de conta bancária ou investimentos em esquemas
fraudulentos de alto rendimento.

6. Impacto de Eventos Externos: Eventos externos, como crises económicas,


instabilidade política ou desastres naturais, podem afectar a liquidez e a
segurança dos meios líquidos financeiros de uma empresa, especialmente se ela
não tiver medidas de contingência adequadas.

7. Desconhecimento das Regulamentações: Se uma empresa não estiver ciente


das regulamentações e exigências legais relacionadas aos meios líquidos
financeiros, ela pode inadvertidamente violar leis financeiras ou padrões
contáreis, resultando em multas ou penalidades.

8. Falta de Treinamento e Conscientização: Se os funcionários responsáveis pela


gestão dos meios líquidos financeiros não receberem treinamento adequado
sobre os riscos e melhores práticas associados, eles podem cometer erros ou
tomar decisões inadequadas.

Abordar esses pontos fracos requer um compromisso contínuo com o fortalecimento dos
controles internos, o monitoramento diligente das actividades financeiras e o
cumprimento das regulamentações aplicáveis.

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Programa de auditoria
Desenvolver um programa de auditoria para a área de meios líquidos financeiros é
essencial para garantir que os controles internos estejam funcionando efectivamente e
que os activos financeiros da empresa sejam gerenciados de maneira adequada. Aqui
está uma estrutura básica para um programa de auditoria nessa área:

1. Planeamento da Auditoria:

o Definir os objectivos e escopo da auditoria, incluindo os meios líquidos


financeiros a ser avaliada e os períodos a serem cobertos.

o Identificar os riscos significativos associados aos meios líquidos


financeiros, como liquidez, crédito e conformidade regulatória.

o Designar a equipe de auditoria e determinar os recursos necessários.

2. Avaliação dos Controles Internos:

o Revisar e avaliar os controlos internos existentes relacionados aos meios


líquidos financeiros, incluindo políticas, procedimentos, segregação de
funções e controles de acesso.

o Identificar áreas de fraqueza ou deficiência nos controles internos e


determinar o impacto potencial sobre a gestão dos meios líquidos
financeiros.

3. Testes Substantivos:

o Realizar testes substantivos para verificar a precisão e validade dos


saldos de contas bancárias e investimentos, incluindo reconciliações de
saldos e confirmações com instituições financeiras.

o Testar a eficácia dos controles internos na prevenção e detecção de erros,


fraudes ou actividades não autorizadas.

4. Avaliação de Riscos e Compliance:

o Avaliar os riscos financeiros associados aos meios líquidos, como


liquidez, volatilidade do mercado e riscos de crédito.

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o Verificar a conformidade com as regulamentações aplicáveis, como as
normas contáveis e as políticas internas da empresa.

5. Testes de Procedimentos Específicos:

o Realizar testes de procedimentos específicos, como autorizações de


transacções, revisões de aprovação de investimentos e monitoramento de
limites de liquidez.

o Verificar a precisão e a adequação das políticas e procedimentos


relacionados aos meios líquidos financeiros.

6. Comunicação de Resultados e Recomendações:

o Comunicar os resultados da auditoria, incluindo descobertas, conclusões


e recomendações, aos responsáveis pela gestão dos meios líquidos
financeiros e à alta administração.

o Fornecer sugestões para melhorias nos controles internos e práticas de


gestão de meios líquidos financeiros.

7. Relatório de Auditoria:

o Preparar um relatório de auditoria formal que documente os


procedimentos realizados, os resultados da auditoria e as recomendações
para aprimoramento.

o Emitir uma opinião sobre a eficácia dos controles internos relacionados


aos meios líquidos financeiros e a conformidade com as regulamentações
aplicáveis.

8. Acompanhamento e Monitoramento:

o Monitorar a implementação das recomendações de auditoria e realizar


acompanhamento para garantir que as deficiências identificadas sejam
corrigidas de maneira oportuna.

o Planejar auditorias de acompanhamento para verificar a eficácia das


medidas correctivas implementadas.

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Fluxograma da área dos meios líquidos financeiros
Um fluxograma para a área de meios líquidos financeiros pode ajudar a visualizar e
entender os processos envolvidos na gestão desses activos. Aqui está um exemplo
básico de um fluxograma para essa área:

1. Recebimento de Receitas e Fundos:

o Recebimento de receitas, como vendas de produtos ou serviços, e fundos


de outras fontes, como empréstimos ou investimentos.

2. Registro de Transacções:

o Registro as transacções financeiras relevantes nos sistemas contáreis,


incluindo entradas de receitas, depósitos bancários e outras
movimentações de fundos.

3. Análise de Liquidez:

o Analise a situação de liquidez actual da empresa, considerando as


entradas e saídas de fundos, bem como as necessidades operacionais e de
curto prazo.

4. Tomada de Decisão sobre Investimentos:

o Avalie as opções de investimento disponíveis para os fundos excedentes,


levando em consideração factores como retorno esperado, liquidez e
risco.

5. Execução de Investimentos:

o Execute as decisões de investimento, seja por meio de compra de títulos,


depósitos em contas de poupança ou outras formas de investimento de
curto prazo.

6. Monitoramento de Investimentos:

o Monitore o desempenho dos investimentos ao longo do tempo,


verificando se estão atendendo às expectativas de retorno e liquidez.

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7. Gerenciamento de Fluxo de Caixa:

o Gerencie o fluxo de caixa da empresa de forma eficiente, equilibrando as


necessidades de financiamento de curto prazo com a maximização do
retorno sobre os fundos excedentes.

8. Reconciliação Bancária:

o Reconcilie regularmente os saldos das contas bancárias da empresa com


os registos contáveis internos, garantindo a precisão e integridade das
informações financeiras.

9. Relatórios Financeiros:

o Prepare relatórios financeiros regulares, incluindo demonstrações de


fluxo de caixa e análises de liquidez, para fornecer informações aos
stakeholders internos e externos.

10. Auditoria e Revisão:

 Realize auditorias internas ou externas periódicas para revisar os processos


relacionados aos meios líquidos financeiros e garantir conformidade com
políticas e regulamentações.

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Conclusão
Em suma, os meios líquidos financeiros representam uma parte crucial do
funcionamento de qualquer organização. Esses activos, que incluem dinheiro em caixa,
contas bancárias e investimentos de curto prazo, são essenciais para sustentar as
operações diárias, financiar projectos estratégicos e garantir a estabilidade financeira a
curto prazo. Uma gestão eficaz dos meios líquidos financeiros requer uma combinação
de planeamento cuidadoso, monitoramento diligente e controle rigoroso. As empresas
devem buscar equilibrar a liquidez necessária para atender às obrigações de curto prazo
com a maximização do retorno sobre os fundos excedentes por meio de investimentos
adequados. Além disso, é crucial implementar controlos internos robustos para proteger
os meios líquidos financeiros contra erros, fraudes e riscos financeiros. A segregação de
funções, a reconciliação bancária regular e o monitoramento atento do fluxo de caixa
são apenas algumas das práticas recomendadas para garantir a integridade e a segurança
desses activos. Por fim, uma abordagem proactiva para a gestão dos meios líquidos
financeiros, combinada com uma compreensão clara dos objectivos financeiros da
organização e do ambiente económico, é essencial para garantir a saúde financeira a
curto prazo e o sucesso a longo prazo da empresa.

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Referência bibliográfica
Marques, M., 1997, Auditoria e Gestão, Lisboa; Editorial Presença.

Morais, G., Martins, I., 2007, Auditoria interna, função e processo, Áreas Editora.

Pinheiro, J.L., 2008, Auditoria Interna-Manual pratico para auditores internos, Lisboa,
Editora Rei dos Livros.

Santi, Paulo adolpho – introdução a auditoria – Editora Atlas, SA, 1988

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