Plano de Negocios Retificado II

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Instituto Comercial de Maputo

Departamento das Novas Qualificações


Contabilidade Vocacional

Plano de Negócios

Formandos: Formador:
Dércio G. Duvane Julião Manganhela
Hélder A. Moiane
João P. Dimaca
Manuel A. Objane
Rodney Q. Comiche

Maputo
2023
Formandos:
Dércio G. Duvane
Hélder A. Moiane
João P. Dimaca
Manuel A. Objane
Rodney Q. Comiche

Orientador:
Julião Manganhela

Plano de Negócios

Maputo
2023

iii
DECLARAÇÃO DOS AUTORES

Este projecto de avaliação de viabilidade económica através dum Plano d Negócios, foi
realizado por Dércio Duvane; Hélder Moiane; João Dimaca; Manuel Objane e
Rodney Comiche, formandos do Instituto Comercial de Maputo, turma 3CV1N ano lectivo
2023. É um trabalho original da nossa autoria, excepto para citações que nele foram
referenciadas. Nunca foi publicado em nenhum outro Instituto para efeitos de defesa.
Nenhuma parte deste trabalho deverá ser reproduzida sem a permissão dos autores ou do
Instituto Comercial de Maputo.

Maputo / 2023

Formando Formando

_________________________________ _________________________________
(Dércio G. Duvane) (Hélder A. Moiane)

Formando Formando

_________________________________ _________________________________
(João P. Dimaca) (Manuel A. Objane)

Formando Formador

_________________________________ _________________________________
(Rodney Q. Comiche) (Julião Manganhela)

iv
APROVAÇÃO DO JÚRI

Este trabalho foi aprovado com ________(_________________________) valores, no dia


______ de ________________________de 20_____, por nós membros do júri examinador do
Instituto Comercial de Maputo.

O Presidente

_______________________________

O Arguente

________________________________

O Supervisor

_________________________________

v
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho de simulação empresarial aos nossos pais, irmãos, familiares,
colegas e amigos que de muitas formas incentivaram-nos em todos momentos desta e de
outras caminhadas

iii
AGRADECIMENTOS

À Deus

Que nos deu sempre força para continuar sempre em frente, fazendo com que acreditássemos
que é possível realizar nossos sonhos.

Aos nossos familiares

Que de uma forma geral, sempre apoiaram e nunca deixaram que as dificuldades acabassem
com os nossos sonhos, seremos imensamente gratos.

O grupo agradece a todas pessoas que contribuíram, mesmo que indirectamente, para a
conclusão deste trabalho.

A Professor Julião Manganhela,

Pela sua sabedoria, disposição e o seu rigor soube sempre nortear aos membros do grupo para
a conclusão deste trabalho.

A todos nossos colegas, amigos e professores que de uma forma ou outra colaboraram para a
efectivação deste projecto.

A todos, os nossos sinceros agradecimentos.

iv
EPIGRAFE

“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras.
Mantenha suas palavras positivas porque suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha
suas atitudes positivas porque suas atitudes tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos
positivos porque seus hábitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos
porque seus valores tornam-se seu destino”

v
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: Organograma da Empresa 9

vi
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Análise SWOT do projecto........................................................................................8

Tabela 2: Composição da mão-de-obra...................................................................................10

Tabela 3: Investimento inicial..................................................................................................20

Tabela 4: Plano de amortização de empréstimo bancário........................................................21

Tabela 5: Mapa de CMVMC (anual).......................................................................................22

Tabela 6: Vendas Previsionais.................................................................................................23

Tabela 7:Custos Previsionais Com Fornecimentos e serviços de terceiros.............................24

Tabela 8: Custos com Pessoal..................................................................................................25

Tabela 9: Balanço Previsional.................................................................................................28

Tabela 10: Demonstração de Resultados Previsional..............................................................29

Tabela 11: Demonstração de fluxo de caixa............................................................................30

Tabela 12: Avaliação Económica e Financeira do Projecto....................................................31

vii
ÍNDICE GERAL

DECLARAÇÃO DOS AUTORES......................................................................................................IV

APROVAÇÃO DO JÚRI......................................................................................................................V

DEDICATÓRIA...................................................................................................................................III

AGRADECIMENTOS.........................................................................................................................IV

EPIGRAFE.............................................................................................................................................V

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO..........................................................................................................1

1.1 Introdução...................................................................................................................................1

1.2 Justificativa.................................................................................................................................2

1.3 Objectivos....................................................................................................................................3
3 . 2 . 1 Objectivo Geral.............................................................................................................3
3 . 2 . 2 Objectivos Específicos.................................................................................................3

1.4 Estrutura do trabalho................................................................................................................3

1.5 Metodologia.................................................................................................................................4

CAPÍTULO II - APRESENTAÇÃO DO NEGÓCIO..........................................................................5

2.1 Sumário Exec utivo.....................................................................................................................5

2.2 Caracterização do Projecto........................................................................................................6


2 . 2 . 1 Designação do Projecto................................................................................................6
2 . 2 . 2 Actividade Principal.....................................................................................................6
2 . 2 . 3 Sede..............................................................................................................................6
2 . 2 . 4 Relação dos Sócios do projecto....................................................................................6
2 . 2 . 5 Capital socia.................................................................................................................6

2.3 Planeamento Estratégico............................................................................................................7


2 . 3 . 1 Missão...........................................................................................................................7
2 . 3 . 2 Visão.............................................................................................................................7
2 . 3 . 3 Valores..........................................................................................................................7

2.4 Análise SWOT do projecto........................................................................................................7

2.5 Plano de Recurso Humanos.......................................................................................................9


2 . 5 . 1 Estrutura Organizacional..............................................................................................9
2 . 5 . 2 Composição da mão-de-obra......................................................................................10

2.6 Produtos e Serviços Oferecidos...............................................................................................12


2 . 6 . 1 Produtos e serviços.....................................................................................................12

viii
2.5.3 Preço...........................................................................................................................13
2.5.4 Processo Produtivo.....................................................................................................13

2.7 Fornecedores de produtos/mercadorias e serviços................................................................14


2 . 7 . 1 Fornecedores de Produtos...........................................................................................14
2 . 7 . 2 Poder de Negociação dos Fornecedores.....................................................................14

2.8 Estratégias de Mercado e Estudo de Mercado.......................................................................15


2 . 8 . 1 Análise do mercado....................................................................................................15
2 . 8 . 2 Clientes Alvo..............................................................................................................15
2 . 8 . 3 Estratégia de marketing..............................................................................................16
2 . 8 . 4 Estratégia de preço......................................................................................................17
2 . 8 . 5 Cadeia de valor...........................................................................................................18

CAPÍTULO III ACTIVIDADE DA EMPRESA...............................................................................20

3.1 Investimento Inicial..................................................................................................................20

3.2 Financiamento...........................................................................................................................21

3.3 Actividades Operacionais e Previsionais................................................................................22


3 . 3 . 1 Custos Previsionais de Compras.................................................................................22
3 . 3 . 2 Venda Previsionais.....................................................................................................23
3 . 3 . 3 Gastos Previsionais Com Fornecimento de Serviços de Terceiros............................24
3 . 3 . 4 Gastos Previsionais com Pessoal................................................................................25

3.4 Informação Financeira Previsional da Empresa...................................................................26


3 . 4 . 1 Base de Preparação das Demostrações Financeiras...................................................26
3 . 4 . 1 . 1 Base Contabilística de acréscimo...........................................................26
3 . 4 . 1 . 2 Continuidade das operações...................................................................26
3 . 4 . 1 . 3 Objectivo das demonstrações financeiras..............................................27
3 . 4 . 1 . 4 Características qualitativas das demonstrações financeiras...................27
3 . 4 . 1 . 5 Balanço Previsional................................................................................28
3 . 4 . 1 . 6 Demonstração de Resultados previsional...............................................29
3 . 4 . 1 . 7 Demonstração de fluxo de caixa............................................................30

CAPÍTULO IV ANÁLISE DE VIABILIDADE DO PROJECTO..................................................31

5.1 Análise de viabilidade económica do projecto (cenário realista).........................................31

5.2 Conclusões sobre a análise de viabilidade do projecto..........................................................32


5 . 2 . 1 Taxa de Actualização (TA).........................................................................................32
5 . 2 . 2 Valor Actual Líquido (VAL)......................................................................................32
5 . 2 . 3 Taxa Interna de Retorno (TIR)...................................................................................33
5 . 2 . 4 PayBack Simples........................................................................................................33
5 . 2 . 5 PayBack Descontado..................................................................................................33

CAPÍTULO V - CONCLUSÕES E SUGESTÕES............................................................................34

6.1 Conclusões.................................................................................................................................34

6.2 Sugestões....................................................................................................................................35

BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................36

ix
x
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO

1.1 Introdução

O presente trabalho de pesquisa científica constitui um plano de negócio realizado com a


finalidade de avaliar e explorar as oportunidades de negócio no ramo de resturção, permitindo
aos empreendedores recolher e analisar informações cruciais e fazer previsões sobre qual será
o valor criado para a futura empresa.

Chwolka e Raith (2012); Gruber (2007); Honig (2004), definem o plano de negócios como
um documento formal, que descreve e desenvolve a oportunidade de um negócio identificado
pelo empreendedor e a estratégia definida para explorá-lo, sendo projectado para melhorar o
desempenho da empresa no mercado.

Fundamentalmente, o plano de negócios tem o objectivo de obter financiamento para o


desenvolvimento do negócio, que às vezes é a única razão pela qual os empreendedores
decidem fazer um plano (Fernández-Guerrero, Revuelto-Taboada & Símón-Moya, 2012).

Neste contexto, o plano de negócios surge como um dos instrumentos fundamentais que o
empreendedor possui para executar o seu projecto. Esse plano contempla análise da empresa /
negócio de forma ampla, é um mapa que guia os empreendedores nas tomadas de decisão e
nas acções da gestão, desde o posicionamento até onde é possível cortar custos. Envolve a
análise dos recursos humanos, tecnológicos e financeiros, identifica as oportunidades, observa
os principais pontos do projecto e procura antecipar-se às possíveis dificuldades, para
possibilitar que a empresa cresça e apresente lucros consistentes

Este trabalho de pesquisa científica tem por principal objectivo executar um plano de
negócios para analisar a viabilidade económico-financeira de uma empresa do sector de
Restauração. A empresa em questão é o ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’, que instalar-se-á
mo bairro do Triunfo defronte a praia do Costa do Sol.

Neste sentido, este plano realizará um estudo aprofundado tanto da concorrência quanto das
ideias que os empreendedores têm para o estabelecimento. Para tal, interligará factores
internos e externos, com o intuito de traçar qual será a trajectória e a evolução do negócio,
tendo como meta a verificação da sua viabilidade e lucratividade.

1
1.2 Justificativa

 Importância para os formandos

Como estudantes do curso de Contabilidade Vocacional, entendemos que é importante


trabalhar neste Plano de Negócios, porque acreditamos que este trabalho, para além de poder
demonstrar o espírito empreendedor, contribuirá para a diversidade da oferta turística na
cidade de Maputo e consequentemente, geração de novos empregos e crescimento económico.
Aliás com este Plano de Negócios pretende-se oferecer aos potenciais investidores às
oportunidades de investimento na área de restauração para classe média-alta e aos turistas na
zona do triunfo.

 Importância para o Instituto

O presente plano de negócios é de capital importância para o Instituto Comercial de Maputo,


pois permitirá que potênciais investidores possam servir-se dele para obter informaçoes que
julgarem imprescindíveis para viabilização de seus negócios, tais informações seriam: Como
actuar melhor no mercado (clientes, fornecedores, concorrentes, produtos e ambiente); como
definir estratégias competitivas mais efectivas, eficientes e eficazes; como tornar a empresa
mais resiliente, maximizando seus lucros e minimizando os custos, etc. Este estudo também
poderá servir de auxílio para estudantes que queiram realizar trabalhos da mesma natureza.

 Importância para cominidade científica

Os autores da presente plano e negócios acharam relevante dar o seu contributo para para
comunidade científica, apresentando um plano de negócio de uma Empresa Nacional, pois
com a crise económica que emana da insurgência na província de Cabo-Delgado e com o
elevado incide de desemprego que acomete Moçambique é importante surgirem planos de
negócios que contribuam para o progresso e sucesso da nação. Um dos grandes problemas das
empresas Moçambicanas é conseguir arranjar soluções para crescerem, tornarem-se auto
sustentáveis e líderes de mercado.

2
1.3 Objectivos

3.2.1 Objectivo Geral

Constitui o objectivo principal do presente plano de negócios o seguinte:


 Verificar através de um plano de negócio, a viabilidade da implementação de um
restaurante na zona do triunfo.

3.2.2 Objectivos Específicos

Os objectivos específicos deste trabalho de investigação científica são:


 Analisar o contexto actual do mercado, através da elaboração do plano de marketing,
de recursos humanos e operacional;
 Estimar o investimento necessário, os custos, as receitas e o capital necessário para o
empreendimento;
 Verificar a viabilidade económica-financeira do projecto avaliando os indicadores em
diversos cenários.

1.4 Estrutura do trabalho

O presente trabalho de investigação científica possui cinco capítulos no primeiro capítulo é


realizada: a contextualização do trabalho, justificativa, objectivos gerais e específico e
metodologia adoptada na realização do trabalho. O segundo capítulo é realizado a
apresentação da empresa onde se evidencia: o Sumário Executivo; caracterização do projecto;
planeamento estratégico onde revela a missão, visão, valores e objectivos estratégicos;
Analise FOFA onde são reveladas as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças; Recursos
Humanos; Produtos e Serviços Oferecidos pela Empresa etc. no terceiro capítulo realiza-se a
apresentação da Empresa, neste ponto são relevados os seguintes tópicos: Investimento
Inicial; Financiamento; Actividades Operacionais Previsionais e Informação Financeiras
Previsional da Empresa, no quarto capítulo é realizada a análise de viabilidade económica de
projecto, debruçando-se sobre o TIR,VAL e PAY BACK e no quinto capítulo são feitas as
conclusões finais e sugestões para pesquisa futuras.

3
1.5 Metodologia

Para a realização do presente plano de negócios e, consequentemente, para o alcance dos


resultados esperados, alguns procedimentos metodológicos foram adoptados para garantir a
criteriosa investigação dos elementos propostos

Por meio da pesquisa científica busca-se obter respostas para problemas cotidianos, sendo
que, quando não há subsídios suficientes para a resolução dos mesmos, a fundamentação
teórica tende a fornecer os dados e informações necessárias sobre determinado assunto.

Para Gil (2002), a colecta de dados no estudo de caso é feita por meio dos mais diversos
procedimentos. No presente estudo os mais utilizados serão: entrevista e depoimentos
pessoais. As informações serão colectadas por meio da aplicação de entrevistas..

Para realizar o diagnóstico do negócio, lançou-se mão da abordagem quantitativa, sendo


utilizado o inquérito por questionário por julgar-se o mais adequado quando se realiza um
plano de negócio. As abordagens quantitativas foram utilizadas para identificar os potenciais
clientes da Reprografia. De acordo com Richardson (1999, p. 70) “método quantitativo, como
o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de
colecta de informação, quanto no tratamento por meio de técnica estatística (...)”. Ou seja, a
investigação quantitativa permitirá a utilização de diferentes técnicas de análise de dados com
um vasto número de variáveis e, determina a importância de cada uma delas e suas inter-
relações dentro do modelo teórico.

Quanto aos meios a pesquisa tem carácter bibliográfico, uma vez que utiliza livros, artigos e
revistas sobre o tema. A pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com
base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material
acessível ao público em geral. (Vergara, 2013, p. 43). Segundo Marconi e Lakatos (2011,
p.69) a pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou
conhecimentos a cerca de um problema para o qual se procura uma resposta.

Por fim, a pesquisa também foi classificada como de estudo de caso, sendo a pesquisa de
campo a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou
que dispõe de elementos para explicá-lo. Entrevistas, aplicação de questionários, testes e
observação participante ou não. (VERGARA, 2013, p.43).

4
CAPÍTULO II -APRESENTAÇÃO DO NEGÓCIO

2.1 Sumário Exec utivo

O sumário executivo tem por objectivo apresentar os aspectos que serão discutidos no Plano
de negócios, inserido numa perspectiva estratégica e financeira, assim como analisar a própria
efectividade do negócio em causa, a qual estará vocacionada para o sector da restauração.

O ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ foi concebido a partir da vasta experiência de um dos
sócios. A firma será identificada pelo seu público-alvo como detentora da marca
‘Restaurante Mariscos & Petiscos’. O nome surge do facto de a empresa ter sido projectada
para confeccionar e comercialização refeições a base em frutos do mar.

O ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ foi concebido para proporcionar a competitividade e


acompanhar o crescente mercado da cidade da Maputo, oferecendo, produtos alimentícios
derivados do mar, cujo público-alvo é a comunidade residente ou que frequenta a zona do
triunfo no bairro da costa do sol ou turistas que visitam a capital do País. Esta tem como
missão proporcionar uma alimentação saudável e nutritiva, com qualidade e a bom preço num
ambiente de agradável.

O empreendimento será localizado na zona do Triunfo perto da praia da Costa do sol na


Cidade da Maputo. Uma zona com boas perspectivas de crescimento ao nível da restauração e
das infra-estruturas e de fácil acesso.

A empresa será constituída sob a forma de sociedade por quotas devendo possuir cinco sócios.

Para a implementação do negócio será necessário um investimento inicial de


aproximadamente de 65 000,00Mt, sendo financiados em cerca de 28.000,00Mt por capital
próprio e 37. 000,00Mt via empréstimo bancário com uma taxa de juro anual de 16,90%.

No entanto, a empresa denota algumas fragilidades pelo facto de ser uma empresa recente no
mercado, a sua marca ser pouco conhecida e por ter uma reduzida capacidade financeira que
não lhe permite adquirir novos produtos e explorar simultaneamente diversos mercados.

5
2.2 Caracterização do Projecto

2.2.1 Designação do Projecto

A empresa promotora do empreendimento possui a fima ‘Restaurante Mariscos & Petiscos,


Limitada’. O nome surge do facto de a empresa ter sido projectada para confeccionar e
comercialização refeições a base de frutos do mar.

2.2.2 Actividade Principal

No decurso das suas actividades o Restaurante Mariscos & Petiscos, Limitada’, dedicar-se-á
a confeição e comercialização de refeições com base em frutos do mar.

2.2.3 Sede

O ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’, será localizado na zona do Triunfo perto da praia da
Costa do sol na Cidade da Maputo. Uma zona com boas perspectivas de crescimento ao nível
da restauração e das infra-estruturas e de fácil acesso.

2.2.4 Relação dos Sócios do projecto

O ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’, é uma sociedade por quotas com responsabilidade
limitada, possui um órgão social composto por cinco empreendedores, nomeadamente:

2.2.5 Capital socia

O Restaurante Mariscos & Petiscos’, possui um investimento de aproximadamente de


65 000,00Mt, sendo financiados em cerca de 28.000,00Mt por capital próprio e 37. 000,00Mt
via empréstimo bancário com uma taxa de juro anual de 16,90%.

6
2.3 Planeamento Estratégico

2.3.1 Missão

A principal missão do ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ é a oferta de especialidades


gastronómicas tradicionalmente moçambicana num contexto de Mariscos/Petiscos e pratos
que satisfaçam a crescente necessidade de descoberta da identidade tradicional do povo
moçambicano, via experiência gastronómica, proporcionando uma experiência única e
verdadeiramente nacional.

2.3.2 Visão

O ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ objectiva satisfazer uma necessidade cada vez mais
presente no quotidiano das pessoas, pretendendo, desta forma, entregar maior valor agregado
ao cliente do que à concorrência. Procura-se, assim, assegurar a oferta de produtos de
excelente qualidade, a preços acessíveis, com serviço eficiente e cordial de colaboradores
permanentemente motivados, em espaço amplo e confortável, com maior eficiência em
termos de estrutura de custos, para gerar lucros para os seus sócios

2.3.3 Valores

Os princípios que direccionam toda a actuação do ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ são:

 Excelência: Produzir alimentos de sabor diferenciado e servir com qualidade, a preços


acessíveis, de forma rápida e eficiente, entregando verdadeiro valor acrescentado ao
cliente;
 Integridade: Trabalhar sempre de forma ética, ou seja, atingir objectivos com
responsabilidade, transparência;
 Proximidade: Estar sempre próximo do cliente para melhor entendê-lo e satisfazê-lo;
 Ambição: Procurar sempre atingir e superar os melhores resultados;
 Pro-actividade: Estar sempre atento aos acontecimentos e adiantar-se para alertar ou
resolver os problemas identificados.

2.4 Análise SWOT do projecto

A Análise SWOT é uma ferramenta de diagnóstico que avalia as forças e fraquezas da


empresa, assim como as oportunidades e ameaças que existem no mercado. O objectivo desta
análise consiste em relacionar as forças da empresa, às oportunidades atractivas do ambiente

7
externo, ao mesmo tempo que se eliminam (ou ultrapassam) as fraquezas e se minimizam as
ameaças (Kotler, 2017).

As forças correspondem a capacidades internas, recursos e factores situacionais positivos que


auxiliam a empresa a servir os clientes e a atingir objectivos. As fraquezas consistem em
limitações internas e factores situacionais negativos que interferem com a performance da
empresa (Kotler, 2017).

Oportunidades são factores favoráveis ou tendências no ambiente externo que a empresa


poderá ser capaz de explorar em sua vantagem, enquanto ameaças são tendências ou factores
externos não favoráveis com potencial negativo para a performance da empresa (Kotler,2017).

Tabela 1: Análise SWOT do projecto


Forças Fraquezas
 Conceito inovador e diferenciador;  Empresa nova no mercado e a explorar
 Sabores diferenciados e com “História”; conceito novo;
 Diversidade de serviços oferecidos;  Dificuldade de Estacionamento;
 Localização do estabelecimento;  Questões de distanciamento e lotação,
 Expertise de bom relacionamento com o devido às restrições impostas pelo Covid-
cliente. 19.
Oportunidades Ameaças
 Recuperação do mercado de restauração no  Mercado competitivo;
período pós-pandemia;  Reduzida fidelidade dos consumidores;
 Consumo dos moçambicanos em  Concorrentes com menus semelhantes;
restaurantes, cafés e similares é um hábito Grande possibilidade de entrada de
cada vez mais arraigado na cultura do país; novos concorrentes e produtos
 Segmento de mercado ainda a ser substitutos.
explorado;
 A zona onde o restaurante se encontra está
em franca expansão e, por isso, existe a
possibilidade de novas empresas se
estabelecerem e se tornarem potenciais
clientes do ‘Restaurante Mariscos &
Petiscos’
Fonte: Elaborado pelos autores

2.5 Plano de Recurso Humanos

2.5.1 Estrutura Organizacional

Os recursos humanos nas organizações têm função primordial dentro da sua estrutura. Para
alcançar o sucesso não basta ter colaboradores com conhecimentos especializados, deve
8
formar-se a equipa certa ou, caso contrário, qualquer das outras componentes pode ficar a
perder. Os recursos humanos regulam a rendibilidade da organização (Baum, 2006).

Segundo Chiavenato (2006) toda a empresa, para desenvolver as suas actividades, precisa de
um capital humano para alcançar os seus objectivos. A empresa integra um sistema de
actividades conscientemente coordenadas e a cooperação entre elas é o ponto essencial para a
existência da organização, que somente existe quando há pessoas capazes de comunicarem e
dispostas a cumprirem um propósito comum.

Abaixo apresenta-se o esquema hierárquico do ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ que


resumidamente ilustra a instrutura interna da empresa.

PCA
(Dércio G. Duvane

Gerente-Sócio Gerente-Sócio 2 Supervisor de Serviços


(Hélder A. Moiane) (João Dimaca )
1 (Pedro Nhatavy)

Gerente-Sócio 3 Gerente-Sócio 4 Atendentes Caixa Guarda Ajudante Geral


(Manuel Objane) (Rodney Comiche) (Marta Franco) ( Helena Machayeya) (Augusto Saíde ) (Ananias Nhathy)

Ilustração 1: Organograma da Empresa


Fonte: Elaborado pelos autores

Para o recrutamento do pessoal a ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ irá contratar uma
empresa de recrutamento para levar a cabo este processo. Após a escolha será levado a cabo
uma formação na qual os seleccionados iram receber um conjunto de normas de trabalho. As
funções serão padronizadas independentes do dia, da hora ou do colaborador, para que os
clientes possam ser atendidos da melhor forma possível.

9
2.5.2 Composição da mão-de-obra

A qualificação dos Recursos Humanos são um valor acrescido para as empresas, por isso, é
importante ter colaboradores qualificados para exercerem as suas funções dentro da empresa.

Cada colaborador que entra para a empresa celebra um contrato de seis meses, estando sujeito
a um mês à experiência, para mostrar as suas capacidades para a função que irá desenvolver.
Passado esse período, dependendo da sua aptidão para a função, esse contrato é mantido, se
ambas as partes assim concordarem.

A adequação da pessoa à função que vai exercer é um aspecto importante nas actividades da
Empresa. Para se poder prever e conseguir essa adequação é necessária uma boa compreensão
da função em causa. Assim, deve fazer-se uma análise que identifique os conhecimentos, as
experiências, as aptidões e as competências requeridas para um bom desempenho da função.

O quadro de mão-de-obra é composto por 15 colaboradores formados, por forma a garantir a


implementação do projecto. O quadro abaixo indica os nomes e responsabilidades de cada
colaborador.

Tabela 2: Composição da mão-de-obra

Nome do colaborador Idade Sexo Estado civil Cargo

Dércio Duval 29 M Solteiro PCA-Sócio


Hélder Moiane 27 M Solteiro Gerente-Sócio
João Dimaca 30 M Solteiro Gerente-Sócio
Manuel Objane 32 M Solteiro Gerente-Sócio
Rodney Comiche 27 M Solteiro Gerente-Sócio
Paulo Custódio 35 M Casado Chefe de cozinha
Filomena José 21 F Solteira Auxiliar de cozinha 2
Jana Almeida 22 F Solteira Atendente
Marta Franco 23 F Solteira Atendente
Hermenegildo Cossa 28 M Soteiro Atendente
Calisto Vicente 21 M Solteiro Atendente
Helena Machayeya 25 F Casada Operador de Caixa
Pedro Nhatavy 23 M Solteiro Supervisor de serviços
Augusto Saíde 27 M Casado Guarda
Ananias Nhathy 35 M Casado Ajudante Geral

10
Fonte: Elaborado pelos autores

Gerência: Será assumida alternadamente por quatro sócios, com conhecimento de gestão e do
processo produtivo. Serão responsáveis pelas actividades administrativas, financeiras,
questões legais, supervisão das regras de higiene e actividades do atendente, e caixa.
Caixa: Será recrutado um caixa, responsável pela manipulação de dinheiro e outros meios de
pagamento. Deve ser confiável, rápido e com raciocino matemático.

Chefe de cozinha: Responsável por gerir os processos de produção, elaboração de refeições


de acordo com o menu definido, coordenação das actividades dos demais colaboradores e
garantia da qualidade de produtos oferecidos, da limpeza de cozinha e dos serviços. Será
recrutado um chefe de cozinha.

Auxiliares de cozinha: Responsáveis por lavar e manipular alimentos, disponibilizar os


alimentos em Buffet, manter os alimentos de forma limpa e organizada, supervisionar a
disposição dos utensílios, receber os pedidos, entregar os pedidos, ou seja, ocupa uma função
subordinada ao cozinheiro. Serão recrutados dois auxiliares.

Atendentes: Responsável pelo atendimento aos clientes da melhor forma possível. Com
agilidade, rapidez e eficiência. Deverá ter boa aparência, ser cortês e prestativo e ter boa
capacidade de comunicação e de raciocínio. Incorpora as actividades do gerente em folga.
Serão recrutados 4 atendentes.

Ajudante Geral: Será recrutado um ajudante geral, responsável para manter o ambiente do
empreendimento sempre limpo e organizado.

Guarda: Será recrutado guarda, responsável pela segurança do empreendimento durante o


período nocturno.

11
2.6 Produtos e Serviços Oferecidos

2.6.1 Produtos e serviços

O ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ irá fornecer aos seus clientes refeições de excelente
qualidade, com um atendimento personalizado, rápido visando à satisfação plena dos clientes.
A qualidade dos produtos e serviços será um factor de diferenciação face à oferta até então
existente, com objectivo de atrair e fidelizar os seus clientes.

A aposta em qualidade dos produtos e serviços será alicerçada por compra de insumos de
qualidade, com vista, a oferta de pratos de qualidade e formação contínua dos colaboradores
que os permitirão desempenhar melhor as suas funções atingindo os objectivos qualitativos e
quantitativos do projecto. A empresa está convicta que a sustentabilidade das organizações
depende por um lado da qualidade e inovação apresentada em termos de produtos e serviços
oferecidos e não só. Depende ainda, sobretudo, da satisfação dos anseios dos clientes. Sendo
assim a aposta na qualidade é a marca e o serviço da ‘Mariscos & Petiscos’ irá primar sempre
qualidade.

Para fidelizar os clientes, a ‘Mariscos & Petiscos’ pretende faze-la através das acções de
marketing de modo a incentivar os clientes a ganharem hábitos de frequentarem o
estabelecimento. Uma das acções consiste na entrega de cartão de fidelização dos clientes no
primeiro dia da sua visita, na qual os clientes receberam um carimbo no seu cartão de
fidelização dos clientes cada vez que frequentar o estabelecimento. Quando atingir dez
carimbos no cartão, o cliente terá direito a uma refeição gratuita. A empresa pretende também
ter aos fins de semana musica ao vivo com serviços de self-service em alguns dias e noutros o
serviço de rodízio em que o freguês, pagando um preço fixo, pode comer à vontade as
diversas especialidades que a casa oferece.

12
2.5.3 Preço

A política de preços procurará seguir a tendência do mercado que atende as classes média-
altas e aos turistas, pois levará em linha de conta o equilíbrio da relação preço/qualidade de
serviço, indo de encontro às expectativas da clientela.

2.5.4 Processo Produtivo

O processo produtivo envolverá a compra e reposição de stocks, armazenamento, preparação


dos ingredientes, confecção dos pratos e prestação de serviços aos clientes.

Compra e reposição de stocks – a busca por fornecedores qualificados é fundamental para a


qualidade do produto, levando-se em consideração o alto risco para o negócio com a compra
de produtos de má qualidade.

Preparação dos ingredientes - A ‘Mariscos & Petiscos’ utilizará mariscos, peixes, frutas,
legumes e hortaliças para suas confecções. Os insumos são seleccionados pelo chefe de
cozinha e depois preparado pelo seu ajudante. Estes produtos passarão para uma correcta
higienização, eliminando os micróbios patogénicos e os parasitas.

Confecção dos Pratos - Trata-se da preparação dos pratos para disponibilização no Buffet ou
conforme pedido do cliente.

Prestação de serviços – os pratos será pedida por clientes e preparados na hora. Exigirá um
atendimento rápido e um fluxo operacional na cozinha para não deixar os clientes esperar
muito tempo.

Armazenamento – armazenamento será consoante tipo de produtos. Para o caso de mariscos


e peixes, será congelado a 0 ou menos grau.

13
2.7 Fornecedores de produtos/mercadorias e serviços

2.7.1 Fornecedores de Produtos

Na análise dos fornecedores constata-se que esforços de compra de matérias-primas deverão


ser concentrados nos mariscos, já que os demais itens são facilmente encontrados no mercado
local e a bom preço. Assim, feita uma relação de todos os fornecedores de mariscos dos
principais empreendimentos que oferecem mariscos e peixes na cidade de Maputo constatou-
se que existe uma rede de pescadores da praia do costa do sol que distribuem mariscos aos
principais hotéis, restaurantes e bares na capital do País a preços muito competitivo. Ainda
destaca-se como fornecedores de marisco o supermercado Terra-Mar, Mercado do Peixe e
Peixe da Mama que oferece produtos congelados.

2.7.2 Poder de Negociação dos Fornecedores

No sentido oposto do poder de negociação dos clientes, Porter (1998) relata que os
fornecedores sempre querem vender mais, a preços mais altos e com os menores custos. Neste
contexto, constata-se que o poder de negociação dos fornecedores do sector depende de uma
série de circunstâncias e que os fornecedores se tornam mais fortes quando:

 A procura é muito maior com a oferta;


 Existe um grande número de matérias-primas;
 Os fornecedores podem aumentar o preço do produto final, mas, mesmo assim, não
sofrem consequências, pois a sua mercadoria é um insumo importante para os
compradores;
 A sua mercadoria é diferenciada e gera custos de mudança aos compradores;
 Não existem materiais substitutos para os produtos existentes.

No sector da restauração, os insumos não estão concentrados em poucos fornecedores, mas


não existem custos significativos para os restaurantes mudarem de fornecedores e, para além
disso, muitos dos produtos adquiridos têm substitutos, aspectos que tendem a diminuir o
poder de negociação dos fornecedores. Aliado a isso, o ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’
terá uma diversidade de fornecedores, ou seja, no sector em concreto, existem vários
fornecedores, fazendo que o poder negocial dos fornecedores seja baixo.

14
2.8 Estratégias de Mercado e Estudo de Mercado

2.8.1 Análise do mercado

A análise de mercado é um dos principais aspectos do plano de negócios e de marketing, visto


que contempla uma pesquisa aprofundada sobre informações relacionadas com o mercado de
actuação da empresa, que podem impactar de forma positiva ou negativa o negócio.

Após esta análise, podem-se obter informações fundamentais e dados-chave sobre o segmento
e o contexto de actuação da empresa, o seu público em potencial, o posicionamento da
concorrência, a relação dos fornecedores, o histórico e as expectativas macroeconómicas
relacionadas.

O turismo tem revelado como sendo um sector chave de sucesso para o desenvolvimento
económico e social de Moçambique. Embora o turismo em Moçambique não tem sido
explorado na plenitude das suas potencialidades.

O mercado de restauração na cidade da Maputo, é muito amplo e engloba propostas como


restaurantes dos mais variados, desde buffets, churrasqueiras, pizzarias, até mesmo culinária
especializada em pratos típicos de diversos países. Padarias, confeitarias, bares, takeaways,
também compõe este mercado. Entretanto, pode-se constatar que, as ofertas existentes, ainda
não vão de encontro a todas às necessidades da população em geral e dos turistas em
particular.

2.8.2 Clientes Alvo

A compreensão do comportamento de compra do consumidor é uma tarefa árdua e complexa,


mas essencial. Este comportamento é influenciado por várias dimensões, por isso é importante
compreender as reacções dos consumidores aos estímulos que a empresa poderá apresentar,
principalmente a nível de marketing, procurando obter vantagens sobre os concorrentes.

Os clientes alvo do ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ são formados por um grupo de pessoas
que apreciam um bom prato/petisco tradicional Moçambicano. Alguns desses indivíduos têm
ainda necessidades e exigências diferentes: podem estar à procura de uma experiência
intelectual e cultural. Em virtude disso, o restaurante deve estar preparado, assumindo uma
identidade tradicional.

15
2.8.3 Estratégia de marketing

Segundo Kotler (2009), o marketing é omnipresente nas nossas vidas. Durante o tempo todo,
estamos submetidos às suas acções, as quais tentam influenciar-nos e determinar os nossos
comportamentos e desejos, muitas vezes de forma proposital ou até inconsciente, levando-nos
a consumir produtos ou a optar por um produto ou serviço em detrimento de outro.

O referido autor (2009) reafirma a importância do marketing ao relatar situações corriqueiras


do nosso quotidiano, tais como: a altura da prateleira de um supermercado ou as cores
chamativas numa embalagem de iogurte

Kotler (2009) apresenta a seguinte definição de marketing:

É a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades do


mercado por meio de produtos ou serviços que possam interessar aos
consumidores. A finalidade do marketing é criar valor e chamar a atenção do
cliente, gerando relacionamentos lucrativos para ambas as partes” (Kotler,
2009)

A partir desta definição, o autor insere o conceito de marketing mix, o qual se refere ao
conjunto de variáveis que são possíveis de controlo pela empresa e que a organização deve
utilizar para influenciar o consumidor e promover, eficazmente, o seu negócio.

Diante deste cenário, Kotler (2009) refere que os quatro principais pontos do marketing mix
são: produto, preço, distribuição e comunicação

16
2.8.4 Estratégia de preço

Segundo Kotler (2009), o preço e a qualidade estão intimamente relacionados com a


credibilidade que o produto tem a oferecer, por isso a definição desta componente do mix de
marketing deve ser executada com o máximo de critério.

Neste âmbito, o preço deve levar em consideração os custos da empresa, os preços da


concorrência e o preço psicológico (percepção pessoal de valor que os clientes atribuem ao
produto ou serviço). Assim, a definição do preço não deve limitar-se à fixação de uma
margem sobre os custos da empresa, mas contemplar todos estes aspectos.

Kotler (2009) sublinha ainda a necessidade de se ter cuidado na hora de definir o preço, pois
ele afecta directamente a demanda, influencia a imagem do produto e pode ajudar a atingir o
seu mercado-alvo. Ao considerar o preço a ser praticado, é importante saber o que é esperado
pelos consumidores.

Neste sentido, Ferreira et al (2010) relatam que o preço é um aspecto que se estende para além
dos custos inerentes aos processos e à concepção do produto final. O preço reflecte sobre um
conceito e valor associativo que um cliente possui e procura ter em relação ao mesmo.

Portanto, será adoptada a estratégia de preços, com o intuito de penetrar no mercado, com a
utilização de preços mais competitivos, baseados nos apresentados pelos concorrentes. Os
clientes poderão fazer os pagamentos tanto em numerário como também através do cartão de
débito. Após a conquista de mercado, alcançada pela percepção da diferenciação da qualidade
dos produtos, e do aumento dos clientes, partir-se-á para as estratégias de maximização de
lucro e defesa de participação no mercado e a sua expansão (Silveira, 2017).

Para o ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’, a política de preço a ser praticada será baseada nos
valores médios praticados pela concorrência, evitando a perda de mercado, tendo em atenção
que muitos consumidores optam por ofertas mais baratas.

17
2.8.5 Cadeia de valor

De acordo com Porter (1998), a cadeia de valor de uma empresa pode ser agrupada em dois
tipos de actividade empresarial, nomeadamente: as actividades primárias e actividades
secundárias ou de apoio.

As actividades primárias assumem papel importante, pois contribuem para a formação dos
custos logísticos totais, ao passo que as actividades secundárias fornecem suporte às
primárias, facilitando a execução das mesmas.

Dentre as actividades de apoio do Restaurante ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ temos:

 Administrativo/ Financeiro: O plano financeiro será realizado pelos proprietários.


 Recursos Humanos: Os funcionários que, eventualmente, serão contratados passarão
por uma entrevista e terão o seu treinamento executado pelos proprietários e pela
gerência.
 Compras: A compra dos itens de comida e de uso contínuo será realizada pelos
proprietários que escolherão os fornecedores, efectuá-las-ão e irão avaliar a qualidade
dos produtos. Além disso, o Restaurante ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ ouvirá e
acatará as sugestões dos clientes, para melhorar a qualidade.
 Infra-estruturas: Cozinha, despensa, sala de refeições, escritório, casa de banho,
quarto de arrumos e depósito de materiais utilizáveis.
 Serviços de pós-venda: inclui a análise das sugestões dos clientes para melhorar os
produtos e serviços oferecidos, mas, para que as sugestões dos clientes se transformem
em dados de valor para a empresa, é necessário o correto tratamento dessas
informações
 . Tecnologia de informação: A empresa fará uso de softwares para a gestão das
contas a pagar e os saldos/débitos com os fornecedores e clientes, além do site para a
divulgação do restaurante e do menu.
 Inovação de produtos: A instituição estará sempre atenta às sugestões dos clientes e
às tendências do mercado, procurando sempre apresentar novidades no seu mix de
produtos.
 Logística de entrada: realizada por meio de reserva, site, redes sociais (Facebook/
Instagram) e venda directa.
 Produção e operações: operações que envolvem pedido, recebimento,
armazenamento de alimentos e bebidas, arrumação/organização do salão de

18
atendimento, segurança no manuseio dos alimentos, limpeza dos ambientes e
destinação adequada do lixo.
 Logística de saída, marketing e vendas: para a angariação de mais clientes, serão
realizadas acções de divulgação em sites, redes sociais (Facebook/ Instagram).

19
Capítulo iii - ACTIVIDADE DA EMPRESA

3.1 Investimento Inicial

A infra-estrutura interna possuirá dentre outros, geleiras para acondicionar alimentos


perecíveis, geleiras para bebidas, grelha, liquidificador, pratos, talhares, copos, caixa
electrónica, entre outos materiais necessários para o bom funcionamento do Restaurante. A
seguir no Quadro 3, é possível visualizar o investimento inicial.

Tabela 3: Investimento inicial


Vida Taxa de
Preço
Cod. Rubricas Qtde. Valor útil Amort.
Unitário
(anos) (%)
3 Investimento de capital
3.2 Activos tangíveis
3.2.2 Equipamento básico
3.2.2.01 Ar-condicionado 1 6,000.00 6,000.00 8 12.5
3.2.2.02 Balção 2 4,000.00 4,000.00 6 16, (66)
3.2.2.03 Geleiras 2 5,000.00 10,000.00 4 25
3.2.2.04 Grelha 1 1,500.00 1,500.00 4 25
3.2.2.05 Liquidificador 1 900.00 900.00 4 25
3.2.2.06 Pratos 30 90,00 2,700.00
3.2.3 Mob. e equip. Admin. Social
3.2.3.01 Cadeiras de escritório 2 600.00 1,200.00 10 10
3.2.3.02 Cadeiras de salão 15 300.00 4,500.00 10 10
3.2.3.03 Mesa de escritório 1 1,000.00 1,000.00 10 10
3.2.3.04 Mesas de salão 7 500.00 3,500.00 10 10
3.2.4 Equipamento de transporte
3.2.4.01 Motorizada para entregas 1 12,000.00 12,000.00 4 25
47,300.0
Subtotal
0
3.3 Activos Intangíveis
3.3.9.01 Software 4 8,000.00 4 25
Subtotal 8,000.00
1 Meios financeiros
1.1 Caixa
1.1.1 Caixa Principal 3,200.00
1.2 Bancos
1.2.1 Depósitos a ordem
1.2.1.01 M.Bim conta D.O 6,500.00
Subtotal 9,700.00
Total 65,000.00
Fonte: Elaborado pelos autores

20
3.2 Financiamento

O projecto será financiado por capital próprio de 28 000,00MT proveniente da contribuição


dos promotores e restantes 37 000,00MT com empréstimo junto a uma instituição de crédito
nacional. Por forma a prever os encargos futuros e os períodos em que devem ser pagos,
realizou-se uma simulação de crédito que constitui uma previsão das montantes e momentos
em que os capitais emprestados devem ser reembolsados e remunerados. O quadro abaixo
descreve os períodos de pagamento; a taxa de juro aplicada; os juros de empréstimo; a
anuidade; o valor do reembolso e saldo final da divida.

Tabela 4: Plano de amortização de empréstimo bancário


Quantia Saldo da
Anos Taxa Juro Prestação
abatida dívida
- - - - - 37 000,00
n 16,90% 6 253,00 11 538,00 5 285,00 31 714,00
n+1 16,90% 5 359,00 11 538,00 6 178,00 25 536,00
n+2 16,90% 4 315,00 11 538,00 7 222,00 18 313,00
n+3 16,90% 3 094,00 11 538,00 8 443,00 9 870,00
n+4 16,90% 1 668,00 11 538,00 9 870,00 0
Fonte: Elaborado pelos autores

21
3.3 Actividades Operacionais e Previsionais

3 . 3 . 1 Custos Previsionais de Compras

Os custos variáveis serão compostos pelos custos das matérias-primas para a produção das
refeições e pelos custos dos produtos a serem revendidos, como vinhos, cocktails, cervejas,
refrigerantes e água, conforme mostra o Quadro5. Estes custos foram baseados nos valores
fornecidos por outros negócios idênticos A margem de custo/proveito esta distribuído da
seguinte forma: mariscos (33%), peixes (25%) e crepes (34%), conforme o Quadro 5.

Tabela 5: Mapa de CMVMC (anual)

N/O Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

1 Cervejas 2 500,00 2 600,00 2 756,00 3 086,72


2 Cocktails 2 345,00 2 438,80 2 585,13 2 895,34
3 Crepes doces 1 822,00 1 894,88 2 008,57 2 249,60
4 Crepes salgados 1 224,00 1 272,96 1 349,34 1 511,26
5 Mariscos 4 035,00 4 196,40 4 448,18 4 981,97
6 Peixes 2 434,00 2 531,36 2 683,24 3 005,23
7 Refrigerantes e Agua 1 055,00 1 097,20 1 163,03 1 302,60
8 Shots 860 894,4 948,06 1 061,83
9 Sobremesas 4 457,00 4 635,28 4 913,40 5 503,00
10 Vinhos 1 330,00 1 383,20 1 466,19 1 642,14
11 Vinhos 5 344,00 5 557,76 5 891,23 6 598,17
Total 27 406,00 28 502,24 30 212,37 33 837,86
Fonte: Elaborado pelos autores

22
3.3.2 Venda Previsionais

Como primeiro passo para determinarmos a viabilidade financeira do projecto, realizou-se


uma projecção de vendas para os próximos quatro anos.

De acordo com esta previsão, é esperado que, no ultimo ano de vida útil do projecto, o valor
das vendas quadruplique em comparação com o primeiro sendo o ano zero que apenas vai
funcionar durante 4 meses, acredita-se que servirá de ensaio e aprendizado e maior divulgação
do espaço.

O volume de negócios é crescente ao longo dos quatro anos e não espera-se grandes quebras
ao longo deste período. Está previsto em N+1 em relação ao ano de N o crescimento de 4%.
Nos anos seguintes é considerado um acréscimo de seja constante até ao ultimo ano de vida
útil do projecto uma estabilização.

Para o cálculo de proveitos de exploração da ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’, levou-se em


consideração as vendas previsionais anuais dos produtos vendidos e as previsões das
variações da inflação, conforme o Quadro 6.

Tabela 6: Vendas Previsionais

N/O Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

1 Cervejas 12 500,00 13 000,00 13 780,00 15 433,60


2 Cocktails 11 725,00 12 194,00 12 925,64 14 476,72
3 Crepes doces 9 110,00 9 474,40 10 042,86 11 248,01
4 Crepes salgados 6 120,00 6 364,80 6 746,69 7 556,29
5 Mariscos 20 175,00 20 982,00 22 240,92 24 909,83
6 Peixes 12 170,00 12 656,80 13 416,21 15 026,15
7 Refrigerantes e Agua 5 275,00 5 486,00 5 815,16 6 512,98
8 Shots 4 300,00 4 472,00 4 740,32 5 309,16
9 Sobremesas 22 285,00 23 176,40 24 566,98 27 515,02
10 Vinhos 6 650,00 6 916,00 7 330,96 8 210,68
11 Vinhos 26 720,00 27 788,80 29 456,13 32 990,86
Total 137 030,00 142 511,20 151 061,87 169 189,30
Fonte: Elaborado pelos autores

23
3.3.3 Gastos Previsionais Com Fornecimento de Serviços de Terceiros

Fornecimentos de serviços de terceiros são os custos de electricidade e água, gás,


comunicação, marketing e outros conforme apresentado no Quadro 7. Estas despesas foram
baseadas nos valores fornecidos por negócios similares. As despesas de marketing estão
relacionadas com as publicidades e campanhas promocionais da empresa. Prevê-se a alocação
de 0,8% dos proveitos das vendas para cobertura da despesa com marketing.

Tabela 7:Custos Previsionais Com Fornecimentos e serviços de terceiros

N/O Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

1 Electricidade e Água 2 990,00 3 109,60 3 296,18 3 691,72


2 Combustíveis 8 950,00 9 308,00 9 866,48 11 050,46
3 Ferramentas e utensílios 986 1 025,44 1 086,97 1 217,40
4 Material de Escritório 1 930,00 2 007,20 2 127,63 2 382,95
6 Comunicação 2 455,00 2 553,20 2 706,39 3 031,16
7 Seguros 5 674,00 5 900,96 6 255,02 7 005,62
8 Publicidade e Propaganda 8 679,00 9 026,16 9 567,73 10 715,86
9 Limpeza, Higiene e Conforto 6 755,00 7 025,20 7 446,71 8 340,32
10 Outros fornecimentos e serviços 1 457,00 1 515,28 1 606,20 1 798,94
Total 39 876,00 41 471,04 43 959,30 49 234,42
Fonte: Elaborado pelos autores

24
3.3.4 Gastos Previsionais com Pessoal

O salário é muito competitivo em relação à média salarial do sector e abrange as despesas


directas como remunerações dos empregados, encargos sociais, seguro contra acidente de
trabalho e subsídio de alimentação, conforme apresentado no Quadro 8.

Tabela 8: Custos com Pessoal

N/O Descrição Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

1 Salário Base 42 500,00 44 200,00 46 852,00 52 474,24


3 Segurança Social (Entidade Patronal) 1 700,00 1 768,00 1 874,08 2 098,97
4 Seguro contra Acidente de Trabalho 510 530,4 562,22 629,69
5 Subsídio de Alimentação 850 884 937,04 1 049,48
Total 45 560,00 47 382,40 50 225,34 56 252,39
Fonte: Elaborado pelos autores

25
3.4 Informação Financeira Previsional da Empresa

3.4.1 Base de Preparação das Demostrações Financeiras

A empresa adopta os seguintes critérios no procedimento de preparação das suas


demonstrações financeiras:

3 . 4 . 1 . 1 Base Contabilística de acréscimo

Segundo o PGC-NIRF (Decreto nº 70/2009 de 22 de Dezembro) para atingir os seus objectos


as demonstrações financeiras são preparadas na base contabilística de acréscimo.

De acordo com esta base, os efeitos das transacções e outros acontecimentos são reconhecidos
quando ocorrem (e não quando caixa e seus equivalentes são pagos ou recebidos), e são
registados na contabilidade e relatados nas demonstrações financeiras dos períodos a eu dizem
respeito. As demonstrações financeiras preparadas na base do acréscimo dão a conhecer aos
utilizadores não só as transacções passadas que envolvem pagamentos e recebimentos de
caixa, mas também as obrigações para pagamento de caixa no futuro e os recursos que
presentam caixa a ser recebida no futuro. Assim, s demonstrações financeiras evidenciam
informações sobre transacções passadas e outro acontecimento que seja mais útil aos
utilizadores para tomada de decisões económicas

3 . 4 . 1 . 2 Continuidade das operações

As demonstrações financeiras são geralmente preparadas no pressuposto de que a entidade


tem operado continuamente e continuara a operar num futuro previsível. Assim assume-se que
a entidade não tem intensão, de cessar as suas operações ou de reduzir significativamente o
seu volume.
Se tal intensão ou necessidade existir, as demonstrações financeiras podem ter que ser
preparadas numa base diferente e, nesse caso, a base usada deve ser divulgada.

26
3 . 4 . 1 . 3 Objectivo das demonstrações financeiras

Segundo o PGC-NIRF decreto no . 70/2009 de 22 de Dezembro o objectivo das


demonstrações financeiras e o de proporcionar informações sobre a posição financeira, o
desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade e que seja útil para um
conjunto alargado de utilizadores para torarem decisões económicas.

3 . 4 . 1 . 4 Características qualitativas das demonstrações financeiras

Segundo o PGC-NIRF decreto no . 70/2009 de 22 de Dezembro, as características qualitativas


são os atributos que fazem com que a informação proporcionada pelas demonstrações
financeiras seja útil para os utilizadores. As quatro características qualitativas principais são a
compreensibilidade, a relevância, a fiabilidade e a comparabilidade.

27
3 . 4 . 1 . 5 Balanço Previsional

O balanço previsional para o período em estudo, está apresentado no Tabela 9. Pode-se


observar uma evolução crescente dos activos totais, que justifica principalmente pela
crescente evolução da Disponibilidade de caixa. Constata-se ainda uma evolução decrescente
de Passivos da empresa, explicada pela amortização de dívidas contraída

Tabela 9: Balanço Previsional


Activos Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Activos não correntes
Activos tangíveis 34 882 38 119 36 825 36 088
Activos intangíveis 6 976 7 624 7 365 7 218
41 859 45 743 44 190 43 305
Activos correntes
Inventários 17 441 19 059 18 412 18 044
Clientes 12 209 13 342 12 889 12 631
Outros activos correntes 5 232 5 718 5 524 5 413
Caixa e bancos 10 465 11 436 11 047 10 826
45 347 49 554 47 872 46 914
Total dos activos 87 206 95 297 92 062 90 220
Capital próprio e passivos
Capital próprio
Capital social 28 000 28 000 28 000 28 000
Reservas - 3 457 4 346 4 837
Resultados transitados - 5 185 6 519 7 256
Resultado líquido do período 8 641 10 865 12 093 13 616
Total do capital próprio 36 641 47 507 50 958 53 709
Passivos não correntes
Empréstimos obtidos 37 000 31 714 25 536 18 313
37 000 31 714 25 536 18 313
Passivos correntes
Provisões 467 934 1 868 3 736
Fornecedores 2 231 3 144 4 644 2 332
Empréstimos obtidos 3 244 2 331 2 134 2 300
Impostos a pagar 4 067 5 113 5 691 6 408
Outras contas a pagar 3 556 4 554 1 231 3 422
13 565 16 076 15 568 18 198
Total dos passivos 50 565 47 790 41 104 36 511
Total do capital próp.e dos passivos 87 206 95 297 92 062 90 220

Fonte: Elaborado pelos autores

28
3 . 4 . 1 . 6 Demonstração de Resultados previsional

No Quadro 10, apresenta-se o desempenho das contas de resultados, na qual se observa um


lucro líquido crescente para os períodos em estudo.

Tabela 10: Demonstração de Resultados Previsional


Rúbricas Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Vendas de bens e de serviços 137 030 142 511 151 062 169 189
Outros rendimentos e ganhos operacionais 2 436 2 737 3 929 2 993
CMVMC (27 406) (28 502) (30 212) (33 838)
Custos com o pessoal (45 560) (47 382) (50 225) (56 252)
Fornecimentos e serviços de terceiros (39 876) (41 471) (43 959) (49 234)
Amortizações (5 774) (5 774) (5 774) (5 774)
Provisões (467) (934) (1 868) (3 736)
Outros gastos e perdas operacionais (1 879 (1 056) (1 759) (1 059)
Resultado operacional 18 504 20 129 21 193 22 289
Rendimentos financeiros 457 1 209 906 829
Gastos financeiras (6 253) (5 359) (4 315) (3 094)
Resultado financeiro (5 796) (4 150) (3 409) (2 265)
Resultados antes de impostos 12 708 15 979 17 784 20 024
Imposto sobre o rendimento (4 067) (5 113) (5 691) (6 408)
Resultados líquidos do período 8 641 10 865 12 093 13 616

Fonte: Elaborado pelos autores

29
3 . 4 . 1 . 7 Demonstração de fluxo de caixa

Apresenta-se abaixo os fluxos de caixa esperados pela entidade ao logo dos próximos quatro
anos, a referida demonstração financeira foi elaborada segundo o método directo, este método
é o mais apropriado para avliação das actividades, operacionais; de investimento e de
financiamento desenvolvidas por uma entidade ao longo do exercício das suas actividades.

Tabela 11: Demonstração de fluxo de caixa


Mérodo Directo Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Recebimentos de clientes 2.295.000 2.508.435 2.741.719 2.996.699
Pagamentos a fornecedores (1.846.500) (1.909.281) (1.974.197) (2.041.319)
Pagamentos ao pessoal (850.000) (869.550) (899.984) (869.550)
Caixa gerada pelas operações (401.500) (270.396) (132.461) 85 830,13
(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento (200.567) (223.472) (307.290) (223.472)
Outros pagamentos/(recebimentos) operacionais (38.950) (39.846) (41.240) (39.846)
960
Outros (pagamentos)/recebimentos operacionais 000 1.039.680 1.109.339 1.039.680
Caixa líquida gerada pelas actividades operacionais 318.983 505.966 628.346 862.192
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Aquisição de activos tangíveis (650.000) (525.000) (525.000)
Aquisição de activos intangíveis (95.000) (50.000)
Aquisição de outros investimentos (690 000)
Recebimentos respeitantes a:
Dividendos 259.600 283.743 310.131 338.973
Outros recebimentos 168.900 184.608 201.776 220.541
Caixa líquida usada nas ac tividades de investimento (316.500) (056.650) (228.093) 34 514
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos e outros financiamentos obtidos 960.000 550 000
Pagamentos respeitantes a:
Reembolso de empréstimos e outros financiamentos obtidos (340.680) (348.856) (368.392) (348.856)
Juros e gastos similares (170.340) (174.428) (184.196) (174.428)
Outras operações de financiamento (113.560) (116.285) (122.797) (116.285)
Caixa líquida usada nas actividades de financiamento 335.420 (639.570) (125.386) (639.570)
Variação de caixa e equivalentes de caixa 337.903 (190.253) 274.868 257.137
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 235.500 573.403 383.150 658.017
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 573.403 383.150 658.017 915.154

30
Fonte: Elaborado pelos autores

31
Capítulo iv - ANÁLISE DE VIABILIDADE DO PROJECTO

5.1 Análise de viabilidade económica do projecto (cenário realista)

A análise da rentabilidade do presente Plano de Negócio teve em conta, entre outros, as


projecções financeiras do projecto, os pressupostos básicos dessas projecções, a sensibilidade
dos resultados líquidos realçando por um lado, os principais indicadores de rentabilidade tais
como o Valor Actualizado Líquido (VAL), a Taxa Interna de Rentabilidade (TIR), bem como
o Período de Recuperação do Investimento (PAYBACK) e, por outro lado, os indicadores do
risco operacional associado ao negócio tais como os indicadores de endividamento e
indicadores económico.

Tabela 12: Avaliação Económica e Financeira do Projecto

Free Cash Flow Free Cash Flowto


Ano Saldo Saldo
to Firm Firm (Descontado)

0 (65 000,00) (65 000,00) (65 000,00) (65 000,00)


1 30 464,72 (34 535,28) 25 817,56 (39 182,44)
2 21 435,64 (13 099,64) 15 394,74 (23 787,70)
3 31 047,47 17 947,82 18 896,45 (4 891,25)
4 30 826,36 48 774,18 15 899,89 11 008,64

Taxa de actualização = 18%


Valor Actual Líquido (VAL) = 11 008,64
Taxa Interna de Retorno (TIR) = 26,37%
PAYBACK SIMPLES = 2,4
BAYBACK DESCONTADO = 3,3
Fonte: Elaborado pelos autores

32
5.2 Conclusões sobre a análise de viabilidade do projecto

5.2.1 Taxa de Actualização (TA)

A taxa de actualização (TA) ou taxa mínima de atratividade (TMA) é a taxa que representa o
mínimo que um investimento deve remunerar para que seja considerado viável
economicamente, isto é, a TMA possibilita que o investidor avalie os riscos na hora de
planejar os investimentos além de auxiliar na tomada de decisões, pois ela apresenta uma
rentabilidade percentual que pode ser interessante para quem deseja investir.

Trata-se de uma taxa de juros que representa o mínimo que o investidor se propõe a ganhar
quando aplica seus recursos, ou o máximo que uma entidade está disposta a pagar quando faz
um financiamento.

A taxa de actualização (18%) usada para avaliação da viabilidade deste plano de negócios, foi
obtida através de uma estimativa feita pelos investidores, tendo por base alguns pressupostos
e tendências financeiras atinentes ao ramo de actividade que se pretende seguir.

5.2.2 Valor Actual Líquido (VAL)

O Valor Actual Líquido (VAL) foi obtido através do somatório dos cash-flow (CFt) ocorridos
em cada ano (t), que caracterizam o investimento, depois de actualizados a uma taxa de
actualização (i) convenientemente escolhida. Apresenta-se aabixo a fórmula de cálculo desta
váriavel.

n
VAL=∑ CFt (1+i)−t
t =0

4
VAL=∑ −65 000 , 00+{[30 464 , 72 ( 1+ 18 % ) ]+[21 435 , 64 ( 1+18 % ) ]+[31 047 , 47 ( 1+18 % ) ]+[30 826
−1 −2 −3

t=1

VAL=11008 , 64

33
5.2.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno (TIR) de 26,37% representa a rentabilidade que o investimento irá
gerar para os sócios no final dos quatro anos de vida útil do projecto. Este indicador pode ser
usado tanto para a análise da viabilidade do projeto ou como critério para a escolha de um
outro eventual investimento.

A TIR compõe uma série de indicadores que servem para a tomada de decisões de um
investidor. Não existe uma fórmula manuscrita para o calcular a TIR, o seu cálculo só pode
ser efetuado através de uma calculadora financeira ou de uma planilha do EXCEL.

5.2.4 PayBack Simples

Payback simples de 2,4 (dois anos e quatro meses) revela o tempo que levará para o
investimento se pagar, ou seja, o período findo o qual a empresa começa a recuprar os
montantes investidos no projecto.

O método Payback pode ser utilizado tanto por empreendedores iniciando um negócio quanto
por gestores que querem implementar uma ideia e precisam saber o tempo de retorno do
investimento. Apresenta-se abaixo o processo de cálculo de PayBack Simples.

Saldo do 2º ano 13 099 , 64


PAYBACK SIMPLES=2 º ano+ =2+ =2 , 4
Cash Flow do 3º ano 31 047 , 47

5.2.5 PayBack Descontado

O Payback descontado de 3,3 (três anos e três meses) revela o tempo de retorno do
investimento, bem como os riscos e a viabilidade que a empresa estará sujeita ao longo do
exercício da sua actividade. Apresenta-se abaixo o processo de cálculo de PayBack
Descontado.

Saldo do 3 º ano 4 891 , 25


PAYBACK SIMPLES=3 º ano+ =3+ =3 ,3
Cash Flow Descontado do 4 º ano 15 899 , 89

34
Capítulo v -CONCLUSÕES E SUGESTÕES

6.1 Conclusões

O projecto ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ é um projecto moderno, ambicioso que surge
num momento oportuno, onde se pretende apostar nos produtos derivados do mar para
diversificar a oferta no sector turístico. Apresenta uma ideia inovadora para a indústria de
restauração na cidade de Maputo, através da oferta de refeições à base de produtos do mar, a
que junta um óptimo serviço num ambiente agradável.

No presente trabalho, no que tange aos objectivos específicos do estudo conseguiu-se


estabelecer com clareza e objectividade aspectos das características gerais do negócio como
missão, visão, valores, e objectivos que norteiam uma organização. Dessa maneira também
foi elaborado a estrutura organizacional e legal e o plano operacional, sempre analisando a
prática do mercado.

Através da elaboração deste trabalho foi possível perceber também a importância de analisar e
conhecer o ambiente mercadológico em que o ‘Restaurante Mariscos & Petiscos’ está
inserido. No mercado actual as mudanças ocorrem a todo o momento, o consumidor está cada
vez mais exigente o que instiga ainda mais a concorrência.

O principal objectivo deste estudo é verificar através de um plano de negócio, a viabilidade de


abertura de um Restaurante na zona de Triunfo. Foi elaborado de acordo com as mais
modernas técnicas de planeamento estratégico e financeiro, com recurso á metodologias
avançadas de avaliação de empresas e negócios, análise financeira, de risco e de sensibilidade.
Existe certo grau de segurança em relação ao sucesso do negócio, atendendo que os dados
utilizados são reais.

35
6.2 Sugestões

Através da elaboração deste trabalho é possível compreender que o trabalho do empreendedor


não é apenas idealizar o negócio, mas sim trabalhar com bastante engajamento do
planejamento, o que exige muitas competências empreendedoras, dedicação, e conhecimento
de todo o ambiente interno e externo da organização. Contudo é uma actividade apaixonante e
desafiadora, pois instiga a busca incessante pelo sucesso.

Em geral, pode-se analisar a empresa como rentável e sendo um investimento financeiramente


saudável, sendo enfrentadas algumas dificuldades no primeiro período de actividades, mas
que logo na sequência acabam permeando novos cenários e, consequentemente, impactando
em resultados positivos para o Restaurante e para os empreendedores.

O estudo desenvolvido permitiu-nos acumular um conjunto de informações e conhecimentos


que transformaram a nossa visão acerca da temática do empreendedorismo e a sua
importância no contexto nacional e mundial.

As sugestões propostas pelo grupo para lograr sucesso no negócio são:

 Desenvolver parcerias com fornecedores nacionais e internacionais, com vista o


fornecimento de insumos a preços mais reduzidos;
 Realizar campanhas publicitarias para angariação de clientes.
 Estar atento às mudanças de hábitos do mercado.
 Colaborar com as autoridades locais e centrais na definição de novas políticas para o
sector;
 Fomentar cada vez mais nossa imagem corporativa agregando valores para os clientes;
 Apostar nas tecnologias de informação e comunicação;
 Estar atentos a políticas para o sector de restauração e turismo;

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BIBLIOGRAFIA

Livros:

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Chwolka, A., & Raith, M. G. (2012). The value of business planning before start-up— A
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Cruz, M. (2003) Desenvolvimento de um plano de negócio compacto para uma pme de


serviços de engenharia. Tese de Mestrado, Universidade do Minho – Escola de Engenharia.
Disponível em https://repositorium.sdum.uminho.pt

Eckhardt, J. T., & Shane, S. A. (2003). Opportunities and entrepreneurship. Journal of


management, 29(3), 333-349

Fernández-Guerrero, R., Revuelto-Taboada, L., & Simón-Moya, V. (2012). The business plan
as a project: an evaluation of its predictive capability for business success. The Service
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Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social.(6 th ed.). São Paulo: Editora Atlas
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Kotler, P., Armstrong, G. (2017). Principles of Marketing. (17th ed.). Harlow: Pearson
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Zuqui, R. (2019). Plano de negócio: viabilidade de uma empresa de táxi aéreo na cidade
de Chapecó-SC. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Fronteira Sul. Disponível
em https://rd.uffs.

Instrumentos normativos legais

MOÇAMBIQUE. Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial,:


Decreto n.º 70/2009, Promulgado em de 22 de Dezembro.

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