Eletricidade Predial Senai
Eletricidade Predial Senai
Eletricidade Predial Senai
Introdução
Se observarmos a natureza, será possível perceber que existem, no ambiente em que vivemos,
elementos que se repetem. Exemplos disso são os movimentos dos astros, os formatos das folhas, a
estrutura cristalina de determinas substâncias.Seguindo essa tendência natural, quando o ser humano
começou a viver em comunidade, precisou usar normas de convivência, de linguagem, de padrões de
comportamento.
Conforme foi descobrindo ou inventando armas, ferramentas, objetos de uso doméstico, o homem
percebeu também as vantagens de usar normas e procedimentos uniformizados.
Isso se tornou ainda mais necessário quando a Revolução Industrial, que começou no fim do século
XVIII, fez surgir a produção em massa, ou seja, a fabricação de um mesmo produto em grandes
quantidades. Para racionalizar custos de produção e facilitar o uso e manutenção dos produtos
fabricados, começaram a surgir critérios de padronização que reduziram a variedade de tamanhos e
formatos das peças, diminuindo a quantidade de itens de estoque e facilitando a vida do consumidor.
O que é normalização
A padronização foi o primeiro passo para a normalização. Esta nada mais é do que um conjunto de
critérios estabelecidos entre as partes interessadas, ou seja, técnicos, engenheiros, fabricantes,
consumidores e instituições, para padronizar produtos, simplificar processos produtivos e garantir um
produto confiável que atenda às necessidades de seu usuário.
Do processo de normalização surgem as normas que, são documentos que contêm informações
técnicas para uso de fabricantes e consumidores. Elas são elaboradas a partir da experiência
acumulada na indústria e no uso, e a partir dos avanços tecnológicos que vão sendo incorporados à
criação e fabricação de novos produtos.
O atual modelo brasileiro de normalização foi implantado a partir de 1992 e tem o objetivo de
descentralizar e agilizar a elaboração de normas técnicas. Para isso, foram criados o Comitê Nacional
de Normalização (CNN) e o Organismo de Normalização Setorial (ONS).
O CNN tem a função de estruturar todo o sistema de normalização, enquanto que cada ONS tem
como objetivo agilizar a produção de normas específicas de seus setores. Para que os ONS passem a
elaborar normas de âmbito nacional, eles devem se credenciar e ser supervisionados pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos e a ela compete coordenar, orientar e
supervisionar o processo de elaboração de normas brasileiras, bem como elaborar, editar e registrar
as referidas normas (NBR).
Para que os produtos brasileiros sejam aceitos nos mercados internacionais, as normas da ABNT
devem ser elaboradas, de preferência, seguindo diretrizes e instruções de associações internacionais
de normalização como a ISO (International Standard Organization, com sede em Genebra, na Suíça, e
que significa Organização Internacional de Normas) e a IEC (International Eletrotechnical Commission,
que quer dizer, Comissão Internacional de Eletrotécnica) utilizando a forma e o conteúdo das normas
internacionais, acrescentando-lhes, quando necessário, as particularidades do mercado nacional.
Se você tiver curiosidade em saber mais sobre a ABNT, visite o site da organização no endereço
www.abnt.org.br .
São Paulo:
Avenida Paulista, 726 – 10o andar.
São Paulo – SP CEP 01310-100.
Tel.: (11) 289 6966
Para existir, uma norma percorre um longo caminho. No caso de eletricidade, ela é discutida
inicialmente no COBEI - Comitê Brasileiro de Eletricidade. O COBEI tem diversas comissões de
estudos formadas por técnicos que se dedicam a cada um dos assuntos específicos, que fazem parte
de uma norma.
Estes profissionais, muitas vezes partem de um documento básico sobre o tema a ser normalizado,
produzido pela IEC. Como este documento é elaborado por uma comissão internacional, ele precisa,
como já foi dito, ser adaptado para ser aplicado no Brasil.
Feitos os estudos, tem-se um projeto de norma que recebe um número da ABNT, é votado por seus
sócios e retorna à comissão técnica que pode aceitar ou não as alterações propostas na votação.
Esta norma poderá ser uma NBR1, o que a torna obrigatória; uma NBR2, obrigatória para órgãos
públicos e chamada de referendada; ou uma NBR3, chamada de registrada e que pode ou não ser
seguida. O organograma simplificado da ABNT, mostrado a seguir, representa o trajeto seguido por
uma norma até que ela seja aprovada.
FIGURA 1
Periodicamente, as normas devem ser revistas. Em geral, esse exame deve ocorrer em intervalos de
cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico pode determinar que algumas normas sejam revistas em
intervalos menores de tempo.
Observação
Deve-se notar que modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos ou
substituir os existentes não implicam necessariamente reforma total da instalação, porém devem ser
realizadas de acordo com a NBR 5410.
Para que todos os conceitos e orientações sobre os diversos procedimentos que envolvem uma
instalação elétrica estejam absolutamente claros para o usuário, o texto da norma contempla os
seguintes conteúdos, divididos em nove unidades.
1. Unidade 1 – Objetivo
2. Unidade 2 – Referências normativas
3. Unidade 3 – Definições
4. Unidade 4 – Princípios fundamentais e determinação de características gerais
Esta unidade estabelece os princípios de:
• Proteção contra choques elétricos, efeitos térmicos e sobrecorrentes;
• Seccionamento e independência da instalação elétrica;
• Seleção e instalação de componentes;
• Verificação da instalação;
• Qualificação de pessoal;
• Divisão da instalação;
• Manutenção.
5. Unidade 5 – Proteção para garantir segurança.
6. Unidade 6 – Seleção e instalação de componentes
Esta unidade estabelece:
• Condições de serviço e influências externas;
• Identificação e independência de componentes;
• Documentação da instalação;
• Tipos de linhas elétricas;
• Capacidade de condução de corrente de condutores;
• Dispositivos de proteção, seccionamento e comando;
• Características de aterramento e equipotencialização;
• Características de motores elétricos.
De acordo com a NBR 5410, toda a instalação elétrica nova ou reformada deve ser submetida a uma
verificação final antes de entrar em operação. Este tipo de providência está previsto na 5410, no
capítulo 7. O capítulo 6 exige que o projeto de instalação elétrica de baixa tensão seja constituído, no
mínimo, por:
• Plantas, em escala conveniente, contendo a localização dos quadros de distribuição, o
percurso e características das linhas elétricas de distribuição, bem como a localização dos
pontos de luz, tomadas e equipamentos fixos diretamente alimentados (por ex.: chuveiro);
• Esquemas que devem indicar a quantidade, destino e sessões dos condutores, bem como a
corrente nominal dos dispositivos de proteção;
• Detalhes de montagem, quando necessário, dependendo da complexidade da edificação;
• Memorial descritivo, que deve apresentar uma descrição sucinta da instalação e, se for o
caso, das soluções adotadas, utilizando, sempre que necessário, tabelas e desenhos
complementares;
• Especificação dos componentes, que deve indicar, para cada componente, uma descrição
sucinta, suas características nominais e as normas a que devem atender.
Veja a seguir uma tabela que contém os símbolos mais comumente usados em projetos de instalações
elétricas.
Tabela de símbolos mais usuais
Para todas as
Eletroduto embutido no dimensões em
piso milímetros, indicar a
seção, se esta não for
de 15 mm.
Condutor de fase no
interior do eletroduto
Condutor de retorno no
interior do eletroduto
Condutor terra no
interior do eletroduto
Esta tabela apresenta apenas os símbolos mais utilizados. Uma tabela completa com todos os
símbolos apresentados pela NBR 5444 pode ser encontrada nos textos complementares desta
unidade.
É imprescindível que você aprenda a identificar cada um dos símbolos constantes da tabela completa,
já que são constantemente usados em projetos elétricos.
Ela obriga que todos os profissionais da área de eletricidade que direta ou indiretamente interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade devam estar qualificados e treinados em suas
respectivas áreas de atuação (baixa tensão, alta tensão, segurança e primeiros socorros) até a data
limite de 8 de dezembro de 2006.
Os profissionais que não estiverem devidamente qualificados e treinados até esta data não poderão
atuar como profissionais da área elétrica, pois esta norma regulamentadora tem como objetivo diminuir
significativamente o número de acidentes com eletricidade que na maioria das vezes são fatais.
2- Medidas de controle;
3- Segurança em projetos;
4- Segurança na construção, montagem, operação e manutenção;
5- Segurança em instalações elétricas desenergizadas;
6- Segurança em instalações elétricas energizadas;
7- Trabalhos envolvendo alta tensão (AT);
8- Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores;
9- Proteção contra incêndio e explosão;
10- Sinalização de segurança;
11- Procedimentos de trabalho;
12- Situações de emergência;
13- Responsabilidades;
14- Disposições finais.
Diagramas Elétricos
Para a execução de uma instalação elétrica, o eletricista deve ter à sua disposição, uma série de
dados importantes tais como: a localização dos elementos na planta do imóvel, a quantidade e seção
dos fios que passarão dentro de cada eletroduto, qual o trajeto da instalação, a distribuição dos
dispositivos e circuitos e seu funcionamento. A ferramenta para o eletricista ter todas essas
informações reunidas de maneira prática e fácil de ser interpretada é o diagrama elétrico.
Diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio de símbolos
gráficos, definidos nas normas NBR 5444, NBR 5259, NBR 5280, NBR 12519, NBR 12520 e NBR
12523. De todas, a que mais interessa e que será usada em todas as atividades deste curso é a NBR
5444 que estabelece os símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.
Dos diagramas existentes, serão estudados os seguintes:
• diagrama multifilar;
• diagrama funcional;
• diagrama de ligação.
• diagrama unifilar;
O diagrama multifilar é usado somente para os circuitos elementares, pois é de difícil interpretação
quando o circuito é complexo. É um diagrama que representa todo sistema elétrico em seus detalhes e
todos os condutores.
O grande diferencial deste tipo de diagrama é a facilidade de representar com clareza a distribuição de
cargas pelos circuitos, detalhe que só pode ser especificado em um diagrama multifilar.
Na Figura abaixo temos o diagrama multifilar de uma lâmpada acionada por um interruptor simples:
FIGURA 6
FIGURA 7
FIGURA 8
A figura a seguir apresenta um diagrama unifilar do circuito elétrico composto por um interruptor
simples, uma tomada e uma lâmpada.
FIGURA 9
O mesmo circuito elétrico, composto por um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada, é
representado pelos quatro tipos de diagramas para que você observe atentamente a diferença de
representação entre eles.
A utilização do esquema unifilar atende a todas as necessidades do eletricista. Com esse tipo de
planta, o profissional tem a possibilidade de identificar todos os componentes, como devem estar
ligados, os tipos de iluminação, a quantidade de condutores e respectivas bitolas etc. Quando há
necessidade de detalhes específicos, o esquema multifilar deverá ser usado. Veja exemplos a seguir.
FIGURA 11
Observe que são utilizadas como ponto de iluminação no teto, duas lâmpadas fluorescentes de 40W
cada, alimentadas pelo circuito 1 e comandadas pelo interruptor “a”. A tomada de 300VA é alimentada
pelo circuito 2 composto por condutor fase, neutro e terra.
FIGURA 12
Na figura 8, além das lâmpadas fluorescentes no teto, há uma arandela de 25W comandada pelo
interruptor “c”. A caixa de telefones está ao lado do quadro geral de força e luz, interligado ao ponto do
telefone interno na parede pelo eletroduto embutido no piso. É importante observar que no projeto
existem duas lâmpadas de 40W no cômodo 1 e uma lâmpada de 40W no cômodo 2.
FIGURA 13
Na figura 13, observe que agora estão indicadas as dimensões dos condutores diferentes de 1,5mm2 e
dos eletrodutos diferentes de 15mm. A bitola (seção) do condutor pode ser descrita sem a abreviação
“mm2”, bastando apenas colocar um ponto após a dimensão do condutor. Assim, ao invés de 2,5mm2,
indicar 25..
As lâmpadas são comandadas por interruptor paralelo. As identificações dos condutores não precisam
estar dentro da planta, devido ao pequeno espaço do desenho. Por isso, pode-se traçar uma linha de
indicação para fora da planta e indicar as dimensões dos condutores e eletrodutos.
Além de conhecimentos dos conceitos básicos de eletricidade como corrente, tensão, circuito, potência
etc., a leitura e interpretação de um projeto estão diretamente ligadas ao conhecimento das
simbologias empregadas neste projeto e ao conhecimento de plantas prediais e residenciais.
Para ajudar você a conseguir essas competências, vamos colocar passo-a-passo em uma planta todos
os elementos de uma instalação elétrica. Para fazer isso, vamos imaginar uma situação em que um
cliente encomenda o projeto de instalação elétrica para um projetista. O cliente expõe suas exigências
e o projetista começa a trabalhar.
A primeira coisa que eles decidem é que a instalação deverá possuir um quadro de luz e força
representado na planta de acordo com a seguinte tabela de símbolos da NBR 5444:
Quadros de distribuição
Quadro parcial de luz e força
aparente
Caixa de telefones
O proprietário da casa explicou ao projetista o que desejava e este o orientou a escolher o quadro
geral de luz e força embutido na parede. A planta contendo a indicação do quadro de luz é a seguinte:
FIGURA 14
Para a indicação da localização do quadro de luz o projetista levou em consideração alguns cuidados
interpretados da NBR 5410. Eles são:
• O local deve ser de fácil acesso e, no caso de se escolher a cozinha, deve-se observar que o
quadro não atrapalhe a instalação de armários.
• O quadro deverá ser instalado, de preferência, o mais próximo possível do medidor e/ou no
local onde há bastante concentração de componentes com potência elevada.
• Em função da alta umidade o quadro de força nunca deve ser instalado no banheiro.
• Como o acesso ao quadro deve ser facilitado, ele não deve estar localizado em locais
fechados, como porões, sótãos ou depósitos.
Circuitos de iluminação
O próximo item que o projetista coloca na planta são os pontos de iluminação. Ao localizá-los na planta
fornecida, ele considera a área do cômodo, o tipo de lâmpada e a posição de instalação. À sua
disposição ele tem a seguinte tabela de símbolos indicada pela NBR 5444.
Lâmpada de sinalização
Indicar potência, tensão e tipo de
Refletor
lâmpadas.
Poste com duas luminárias para Indicar potências, tipo de
iluminação externa lâmpadas.
Lâmpada obstáculo
Ainda de acordo com as exigências do cliente, desses símbolos ele escolhe os que estão na planta a
seguir:
FIGURA 15
Observação
Quando se trata de residência ou prédio residencial, normalmente os projetistas prevêem iluminação
com lâmpadas incandescentes. As lâmpadas fluorescentes geralmente são indicadas em projetos de
edifícios comerciais.
Interruptores
A letra minúscula indica o ponto
Interruptor de uma seção
comandado
As letras minúsculas indicam os
Interruptor de duas seções
pontos comandados
Botão de minuteria
Nota: Os símbolos de 31 a 38 são
Botão de campainha na parede
para plantas; os de 39 a 46 são
(ou comando à distância)
para diagramas.
Botão de campainha no piso (ou
comando a distância)
FIGURA 16
Observe que nesse momento, o profissional tomou o cuidado de colocar os interruptores em locais de
fácil acesso, ou seja, junto à porta, porém não atrás dela.
Uma vez colocados os interruptores, colocam-se os eletrodutos que formam o circuito de iluminação. A
tabela que o projetista consultou foi a seguinte:
Dutos e distribuição
Eletroduto embutido no teto ou
parede.
Para todas as dimensões em
Eletroduto embutido no piso milímetros, indicar a seção, se
esta não for de 15 mm
Telefone no teto.
Telefone no piso
Tubulação para campainha, som, Indicar na legenda o sistema
anunciador ou outro sistema passante
FIGURA 17
Observe que a norma exige que os eletrodutos com diâmetro superior a 15mm devem ter a medida de
seu diâmetro indicada. Isso é comum para os eletrodutos que saem da caixa de distribuição. Isso
pode ser constatado na planta mostrada acima, na qual o eletroduto de diâmetro maior acomodará um
número maior de condutores.
Em relação ao diâmetro do eletroduto, a NBR 5410 exige que haja uma “folga” de espaço para
acomodar os condutores com segurança. Dependendo da quantidade circuitos alimentados, essa folga
varia entre 40% e 60%. Ela é chamada de taxa de ocupação.
O simples símbolo do eletroduto apenas indica sua posição na planta. Para sabermos o que vai
colocado dentro dele (quantidade de condutores, sua função e bitola) é necessário usar símbolos
específicos. Eles estão indicados na tabela a seguir:
Dutos e distribuição
Condutor de fase no interior do
eletroduto
Cada traço representa um
condutor. Indicar a seção, no do
Condutor neutro no interior do
circuito e a seção dos
eletroduto
condutores, exceto se forem de
1,5 mm2
Condutor de retorno no interior do
eletroduto.
Condutor terra no interior do
eletroduto.
Condutor positivo no interior do
eletroduto.
Condutor negativo no interior do
eletroduto.
FIGURA 18
Tomadas
As tomadas são classificadas em dois tipos, uso geral e uso específico. Entende-se por tomadas de
uso geral (TUGs) como sendo aquelas que normalmente são destinadas à alimentação de aparelhos
portáteis e/ou para aparelhos que, embora com posição definida, utilizam uma corrente inferior a 10A.
Tomadas de uso específico (TUEs) são aquelas destinadas a aparelhos de potência elevada (acima
de 1200W em 127V ou 2400 em 220V) que necessitam de corrente igual ou superior a 10A.
São exemplos de tomadas de uso geral:
• Tomadas da sala e quarto que alimentam a televisão, aparelho de som, telefone e similares;
• Tomadas da cozinha, banheiro, varanda e corredor com potência abaixo de 1200W em 127V e
2400W em 220V;
Tomadas
Tomada de luz na parede, baixo
(300mm do piso acabado).
A potência deverá ser indicada ao
lado em VA (exceto se for de 100
VA), como também o número do
Tomada de luz a meio a altura circuito correspondente e a altura
(1.300 mm do piso acabado). da tomada, se for diferente da
normalizada; se a tomada for de
força, indicar o número de W ou
kW
Tomada de luz alta (2.000 mm do
piso acabado).
Tomadas
Tomada para rádio e televisão
Cigarra
Campainha
Dentro do círculo, indicar o
Quadro anunciador número de chamadas em
algarismos romanos.
Observe que as saídas para telefone, relógio elétrico, som e campainha fazem parte do mesmo grupo
de símbolos.
A planta com a localização das tomadas de uso geral e respectivos condutores ficou assim:
FIGURA 19
Observe que as tomadas do banheiro, cozinha, lavanderia e garagem são de 600VA e as tomadas da
sala e dormitório não possuem identificação de potência, portanto, são de 100VA conforme a NBR
5444. O porteiro eletrônico em função da sua baixa potência, foi projetado utilizando o circuito 1 como
alimentação.
A NBR 5444 não indica a simbologia do porteiro eletrônico, ficando então, sob responsabilidade do
projetista, criar um símbolo e indicar na legenda do projeto o seu significado.
Vamos imaginar que o proprietário dessa casa, além dos pontos de iluminação e tomadas de uso geral
e específico exigidas pela NBR 5410, explica ao projetista que ele quer instalar os seguintes
equipamentos:
- Ar condicionado no quarto;
- Bomba para recalque de água do poço;
- Chuveiro;
- Torneira elétrica.
Em função da sua demanda de potência, todos os aparelhos listados exigem tomadas de uso
específico (TUE). A planta com a localização das tomadas de uso específico ficou assim:
FIGURA 20
Observe que agora, os eletrodutos e condutores possuem as indicações de diâmetro e bitola (seção)
conforme exige a NBR 5444. Essas indicações são fruto de cálculos de dimensionamento que você
estudará nas próximas unidades.
A planta que você acabou de ver, está perfeitamente de acordo com as exigências das normas e, ao
mesmo tempo, atende às necessidades do cliente, resultando em um projeto com qualidade técnica e,
portanto, segurança. Isso porque nosso projetista, sendo um profissional consciente, aplicou nela
todas as orientações contidas nas NBRs 5410 e 5444.
O que você acharia, por exemplo, de entrar em um cômodo qualquer em sua casa e não conseguir
encontrar o interruptor, porque ele está escondido atrás da porta? Acredite se quiser, existem projetos
que apresentam esse tipo de erro.
Vamos, então, listar os erros mais comuns e às vezes, até graves que os projetistas mais desatentos
podem cometer:
• Troca de símbolos, como, por exemplo, indicar no lugar de uma tomada alta (chuveiro), uma
tomada baixa.
• Localização inadequada dos componentes do circuito, como, por exemplo, indicar a localização
do quadro de distribuição no banheiro, que sendo um local de muita umidade é impróprio para
essa instalação.
• Ausência de indicação das dimensões do eletroduto e respectivos condutores.
• Utilização de símbolos não normalizados sem indicação em legenda apropriada.
• Indicação errada da função do condutor como, por exemplo, indicar dois neutros e um terra
para a tomada do chuveiro.
Agora, só para você perceber o quanto aprendeu (ou quanto ainda tem que estudar), vamos propor um
joguinho dos sete erros. Estude a planta a seguir e tente descobrir quais são os sete erros colocados
propositadamente nela. A solução está no fim deste texto e esperamos que você aceite o desafio e só
olhe a resposta depois de tentar resolver o enigma.
FIGURA 21
Recado final
Neste curso, você já leu em algum lugar que o simples fato de estar nele, já o torna um vencedor. O
que queremos é que você aproveite todas as oportunidades e se torne um profissional diferenciado. E
se você é “ligado” no que os especialistas sobre mercado de trabalho vivem repisando nos cadernos
de emprego e nas matérias dos telejornais, já percebeu que todos “batem na mesma tecla”: o
profissional do Século XXI é aquele que jamais pára de estudar, de se manter informado e de se
atualizar em sua área de atuação.
Este curso pode ser o primeiro passo. Mas, o grupo que trabalhou neste projeto tem mais um
recadinho para você: mesmo que você não tenha condições ou “tempo” para estar constantemente
freqüentando cursos de reciclagem e atualização, há à sua disposição muitas maneiras de se manter
sempre atualizado. Eis algumas:
1. Coleção de catálogos e folhetos de fabricantes: toda a loja de material de construção tem, ou,
se não tiver, se você escrever para qualquer empresa fabricante de materiais e componentes
elétricos, ela terá o maior prazer em envia-los para você gratuitamente. Afinal, você é um
consumidor em potencial e os fabricantes têm departamentos técnicos especializados nesse
trabalho.
2. Aquisição de livros técnicos (mesmo se sua cidade não possuir livraria) pela Internet. Ah, você
está fazendo o curso em seu local de trabalho e não tem computador em sua casa? As
agências do Correio e as Prefeituras Municipais possibilitam acesso gratuito a Internet, e você
poderá acessar os sites das editoras ou das livrarias através da ferramenta de Busca e fazer o
seu pedido. O livro é entregue em sua casa pelo preço indicado e mediante uma pequena taxa
de frete. Mesmo que não haja acesso gratuito em sua cidade (que você, como cidadão pagador
de impostos, poderá até reivindicar) sempre há algum “cyber café” que permite acesso à
Internet mediante uma pequena taxa.
3. Consulta a sites especializados na área de Eletricidade, seja de fabricantes, seja de entidades,
ou mesmo de órgãos governamentais. O acesso à Internet poderá ser feito da mesma maneira
explicada no item anterior.
4. Visita a feiras, exposições e eventos técnicos patrocinados pelos fabricantes de materiais
elétricos: nesses locais você tem a oportunidade de descobrir as novidades, conhecer outras
pessoas “do ramo”, fazer contatos etc. Ou seja, tudo de bom para o enriquecimento do seu
perfil profissional!
O estudo constante, a disciplina e a dedicação, com certeza trarão frutos: você será aquele
profissional em que todos confiam, pois oferecerá um serviço honesto, limpo e com garantia de
qualidade, já que foi feito dentro de todos os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas.
Agora que você já descobriu todos os sete erros, verifique se você está certo:
1. No quarto, o interruptor está atrás da porta. Ele deveria estar do outro lado para proporcionar
fácil acesso.
2. A identificação da lâmpada da cozinha está errada. O correto é lâmpada “b”.
3. Falta a indicação da potência da lâmpada “d” na sala.
4. O símbolo da torneira elétrica está trocado, ela deve estar indicada por tomada de meia altura e
não tomada alta.
5. Falta a indicação da potência da torneira elétrica na cozinha.
6. Falta a indicação da bitola dos condutores do circuito 2. Por se tratar de TUG, ele deve ser de,
no mínimo, 2,5mm2.
7. A indicação do circuito 3 nas tomadas não está entre traços conforme exige a NBR 5444.
Além da NBR 5410/2004 e a NBR5444, existem outras normas para a área de eletricidade. A listagem
a seguir, apresenta algumas dessas normas organizadas de acordo com sua respectiva numeração
por NBR e que são de interesse para o eletricista:
Dutos e distribuição
No. Símbolo Significado Observações
3 Telefone no teto
4 Telefone no piso
12 Cordoalha de terra
2
.
Indicar a seção utilizada; em 50
significa 50 mm
2
Condutor seção 1,0 mm , fase
22
para campainha
2
Condutor seção 1,0 mm , neutro
23 Se for de seção maior, indicá-la
para campainha
2
Condutor seção 1,0 mm , retorno
24
para campainha
Quadros de distribuição
o
N. Símbolo Significado Observações
29 Caixa de telefones
Interruptores
No. Símbolo Significado Observações
A letra minúscula indica o ponto
31 Interruptor de uma seção
comandado
36 Botão de minuteria
46 Chave reversora
56 Lâmpada de sinalização
59 Lâmpada obstáculo
62 Exaustor
Tomadas
o
N. Símbolo Significado Observações
Tomada de luz na parede, baixo
64
(300 mm do piso acabado)
78 Cigarra
79 Campainha
Motores e Transformadores
o
N. Símbolo Significado Observações
Indicar as características
81 Gerador
nominais
Indicar as características
82 Motor
nominais
85 Transformador de potencial
87 Retificador
Acumuladores
o
N. Símbolo Significado Observações
a) O traço longo representa o
pólo positivo e o traço curto, o
pólo negativo
b) Este símbolo poderá ser
Acumulador ou elementos de
88 usado para representar uma
pilha
bateria se não houver risco de
dúvida. Neste caso, a tensão
o
ou o n e o tipo dos elementos
devem(m) ser indicado(s).
Bateria de acumuladores ou Sem indicação do número de
89
pilhas. Forma 1 elementos
Eletroduto embutido no
1
teto ou parede
3 Telefone no teto
4 Telefone no piso
Tubulação para
campainha, som, Indicar na legenda o
5
anunciador ou outro sistema passante
sistema
Condutor de fase no
6
interior do eletroduto
Condutor de retorno no
8
interior do eletroduto
Condutor terra no
9
interior do eletroduto
Condutor positivo no
10
interior do eletroduto
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
1
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
Condutor negativo no
11 interior do eletroduto
Indicar a seção
12 Cordoalha de terra utilizada; em 50.
significa 50 mm2
Caixa de passagem no
14 Dimensões em mm
piso
Caixa de passagem no
15 Dimensões em mm
teto
Indicar a altura e
Caixa de passagem na se necessário fazer
16
parede detalhe (dimensões em
mm)
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
2
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
No desenho aparecem
quatro sistemas que
são habitualmente:
I- Luz e força
II- Telefone
21 Sistema de calha de piso
(TELEBRÁS)
III- Telefone
(P(A)BX, KS, ramais)
IV- Especiais
(COMUNICAÇÕES)
Quadros de distribuição
Quadro parcial de luz e força
25
aparente
Indicar as cargas
Quadro geral de luz e força de luz em watts e
27
aparente de força em W ou
kW
29 Caixa de telefones
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
3
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
Interruptores
A letra minúscula
31 Interruptor de uma seção indica o ponto
comandado
As letras
minúsculas
32 Interruptor de duas seções
indicam os pontos
comandados
As letras
minúsculas
33 Interruptor de três seções
indicam os pontos
comandados
A letra minúscula
Interruptor paralelo ou
34 indica o ponto
three-way
comandado
A letra minúscula
Interruptor intermediário ou
35 indica o ponto
Four-Way
comandado
36 Botão de minuteria
Nota: Os símbolos
Botão de campainha na de 31 a 38 são
37 parede (ou comando à para plantas; os de
distância) 39 a 46 são para
diagramas.
Indicar a tensão,
39 Fusível
correntes nominais
Indicar a tensão,
Chave seccionadora com
40 correntes nominais
fusíveis, abertura sem carga
Ex.: chave tripolar
Indicar a tensão,
Chave seccionadora com
41 correntes nominais
fusíveis, abertura em carga
Ex.: chave bipolar
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
4
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
Indicar a tensão,
Chave seccionadora abertura correntes nominais
42
sem carga Ex.: chave
monopolar
Indicar a tensão,
corrente, potência,
44 Disjuntor a óleo capacidade nominal
de interrupção e
polaridade
Indicar a tensão,
corrente potência,
capacidade nominal
45 Disjuntor a seco
de interrupção e
polaridade através
de traços
46 Chave reversora
Luminárias, refletores,
lâmpadas
A letra minúscula
Ponto de luz incandescente indica o ponto
no teto. Indicar o no de de comando e o
47
lâmpadas e a potência em número entre dois
watts traços o circuito
correspondente
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
5
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
A letra maiúscula
Ponto de luz fluorescente indica o ponto
no teto (indicar o no. de de comando e o
50
lâmpadas e na legenda o tipo número entre dois
de partida e reator) traços o circuito
correspondente
Sinalização de tráfego
55
(rampas, entradas, etc.)
56 Lâmpada de sinalização
Indicar potência,
57 Refletor tensão e tipo de
lâmpadas
59 Lâmpada obstáculo
Diâmetro igual ao
60 Minuteria
do interruptor
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
6
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
62 Exaustor
Motobomba para
bombeamento da reserva
63
técnica de água para combate
a incêndio
Tomadas
Tomada de luz na parede,
64 baixo (300 mm do piso
acabado)
A potência deverá
ser indicada
ao lado em VA
(exceto se for
de 100 VA),
como também o
número do circuito
Tomada de luz a meio a altura correspondente
65
(1.300 mm do piso acabado) e a altura da
tomada, se for
diferente da
normalizada; se
a tomada for de
força, indicar o
número de W ou
kW
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
7
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
Indicar a altura
77 Saída de som, na parede
“h”
78 Cigarra
79 Campainha
Dentro do círculo,
indicar o número
80 Quadro anunciador de chamadas
em algarismos
romanos.
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
8
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
Motores e
Transformadores
Indicar as
81 Gerador características
nominais
Indicar as
82 Motor características
nominais
Indicar a relação
83 Transformador de potência de tensões e
valores nominais
Indicar a relação
de espiras, classe
de exatidão e nível
Transformador de corrente
84 de isolamento. A
(um núcleo)
barra de primário
deve ter um traço
mais grosso.
85 Transformador de potencial
Transformador de corrente
86
(dois núcleos)
87 Retificador
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
9
Curso Fundamentos de Eletricidade Industrial
Acumuladores
a) O traço longo
representa o
pólo positivo e
o traço curto, o
pólo negativo
b) Este símbolo
poderá ser
usado para
Acumulador ou elementos de representar
88
pilha uma bateria
se não houver
risco de dúvida.
Neste caso,
a tensão ou
o no e o tipo
dos elementos
devem(m) ser
indicado(s).
Sem indicação
Bateria de acumuladores ou
89 do número de
pilhas. Forma 1
elementos
Sem indicação
Bateria de acumuladores ou
90 do número de
pilhas. Forma 2
elementos
SENAI/SP Unidade 1
Aterramento
10
Curso de Eletricidade Predial
Unidade 2 | Texto complementar I: Dispositivos de manobra, ligação e
conexão
Para acender ou apagar uma lâmpada, fazer funcionar um ferro de passar roupas ou qualquer
eletrodoméstico, é necessária a utilização de dispositivos construídos para esta finalidade. Esses
dispositivos são indispensáveis em uma instalação elétrica e são denominados de interruptores,
tomadas, plugues e porta-lâmpadas.
Este texto apresenta esses dispositivos tratados em suas particularidades técnicas, utilizações e
simbologia, para que você possa escolher e especificar de forma correta o que melhor se adapte às
necessidades do trabalho.
Interruptores
Interruptores são dispositivos de manobra que permitem abrir, fechar ou comutar um circuito elétrico.
Geralmente são usados nas instalações elétricas prediais em circuitos de iluminação.
Tipos de interruptores:
O interruptor simples é o tipo de interruptor mais usado em instalações elétricas e sua única função é
interromper ou restabelecer o circuito. As figuras que seguem representam este tipo de interruptor e
um circuito utilizando um interruptor simples. (Figuras 1 e 2)
FIGURA 1 FIGURA 2
As ilustrações que seguem apresentam dois modelos de dimmer: um do tipo deslizante e outro do tipo
rotativo. (Figuras 3 e 4)
FIGURAS 3 E 4
Os interruptores paralelos são aqueles que permitem o comando de uma lâmpada a partir de dois
pontos diferentes. Eles possuem três bornes: um é comum e os outros dois são responsáveis pela
comutação do circuito, o que permite que se ligue ou desligue o circuito a partir de dois pontos
diferentes. Trata-se de um componente muito usado para comandar iluminação de escadarias,
corredores e dormitórios.
As figuras que seguem ilustram o sistema de acionamento interno e o esquema elétrico desse
interruptor. (Figuras 5 e 6)
(comum)
c
FIGURAS 5 E 6
FIGURAS 7 E 8
Se os dois interruptores estiverem na mesma posição (posição I ou posição II), a lâmpada estará
acesa. Por outro lado, se os interruptores estiverem em posições diferentes, a lâmpada se apagará.
Desta forma, independentemente da posição de um dos interruptores, é possível comandar a lâmpada
a partir de qualquer um dos pontos.
Quando é necessário comandar uma lâmpada ou um circuito a partir de vários pontos diferentes (três
ou mais pontos), é necessário utilizar dois interruptores paralelos e interruptores intermediários entre
eles.
Os interruptores intermediários possuem quatro bornes de ligação, responsáveis pela comutação dos
circuitos.
FIGURAS 9 E 10
a A C A C a
C C
b B D B D b
FIGURA 11
Se for necessário comandar a lâmpada do circuito anterior em sete pontos diferentes, bastaria
acrescentar ao circuito mais três interruptores intermediários, entre os interruptores paralelos.
Estes interruptores são utilizados em corredores longos com várias portas no seu percurso, como por
exemplo, em hospitais, onde é necessário o comando de um circuito em vários pontos diferentes.
O aspecto físico dos interruptores varia de acordo com o fabricante e necessidade do ambiente onde
ele será usado. Os interruptores simples e paralelo são idênticos e o intermediário possui tecla dupla.
A seguir são apresentados alguns modelos como exemplo. É sempre interessante consultar catálogos
de fabricantes para conhecer a diversidade de combinações e tipos de interruptores fabricados, a fim
de escolher o que melhor se adapte ao trabalho a ser realizado. (Figura 12)
FIGURA 12
De acordo com o interruptor utilizado, escolhe-se um tipo de placa de proteção. As figuras que seguem
ilustram alguns modelos. (Figura 13)
FIGURA 13
Tomadas e plugues
Tomadas e plugues são dispositivos que permitem ligações elétricas provisórias de aparelhos portáteis
industriais e eletrodomésticos. A ligação é feita por meio do encaixe entre o plugue, que é a parte
móvel, e a tomada, que é a parte fixa. (Figura 14)
FIGURA 14
Nesses tipos de dispositivos os valores de tensão de serviço e corrente nominal mais comuns são: 250
V - 6A, 10A e 30A.
Quando o plugue possui o pino-terra, este normalmente diferencia-se dos outros pinos pelo seu maior
comprimento. (figura 15)
FIGURA 15
A tomada pode ser simples ou universal. O que diferencia uma da outra é o formato dos pinos do
plugue que podem ser encaixados. A tomada simples só pode receber pinos redondos, enquanto que
a tomada universal aceita pinos redondos e chatos, conforme ilustrações que seguem. (Figura 16)
FIGURA 16
FIGURAS 17 FIGURAS 18
A instalação de interruptores e tomadas deve obedecer à norma NBR 5410. Essa norma determina
que o interruptor fique a 1,2 m do piso. Para tomadas existem três alturas padronizadas: a 30 cm
(baixa), a 1,2 m (média) e a 2 m (alta) do piso acabado.
Porta-lâmpadas
A norma NBR 5112 determina todos os parâmetros construtivos e ensaios desse dispositivo.
A rosca destinada a receber a lâmpada é denominada de rosca Edison, com vários diâmetros
diferentes. O seu código é provido da letra E (Edison) e um número que determina o diâmetro da rosca
em milímetros: E-10, E-12, E-14, E-17, E-27 e E-40.
Alguns tipos de porta-lâmpadas são mostrados nas figuras que seguem. (Figura 19)
FIGURA 19
É importante lembrar que, para se manter atualizado em relação à tecnologia e aplicação dos diversos
componentes dos circuitos elétricos que compõem uma instalação elétrica predial, o eletricista deve
colecionar catálogos de fabricantes. Além de fornecer dados técnicos atualizados sobre os
componentes, eles o ajudarão a dar orientação mais correta para auxiliar o cliente na escolha do
melhor material para sua instalação.
Introdução
Comparativamente, é possível imaginar como seria difícil atravessar a rua se o semáforo para
pedestres abrisse durante apenas três segundos, ou como seria complicado carregar um caderno com
100.000 folhas que fosse previsto para durar do curso primário até concluirmos o curso superior. Ou
ainda, como poderíamos nos alimentar utilizando talheres com cabos que tivessem 2 metros de
comprimento?
Todas as situações acima são exageradas e elas não acontecem justamente devido ao fato de alguém
haver planejado ou feito um projeto “dimensionando” quanto tempo necessitamos para atravessar a
rua, quantas folhas um caderno pode ter ou o tamanho adequado de cada talher. Isso significa que
projetar, que dizer “arquitetar uma idéia, planejar”, é a maneira mais correta de realizar algo, pois,
dessa forma, são reduzidos o custo do material e o tempo de mão-de-obra para executar o projeto
dimensionado.
Graças ao progresso trazido pelas normas que padronizam processos e procedimentos, todos os itens
a serem considerados em uma instalação são, de algum modo, calculados empiricamente ou por meio
de fórmulas. Devido à experiência de outras pessoas que estudaram, quantificaram, pesquisaram e
adotaram procedimentos para estimar as necessidades em instalações prediais, é possível verificar
alguns métodos de instalação, especificar adequadamente as emendas e conexões, dimensionar o
nível de iluminação num ambiente, calcular a potência elétrica necessária para uma carga específica
ou cargas genéricas e projetar o circuito adequado para cada aplicação ”em função do uso”.
Métodos de instalação
1 - Com eletroduto embutido em que os eletrodutos são instalados dentro de paredes, pisos ou lajes
e, posteriormente cobertos com massa de cimento, ficando embutidos e, portanto, invisíveis em virtude
do acabamento nas paredes e pisos. O eletricista só tem cesso a eles em seus pontos de partida e
chegada nas caixas de passagem.
FIGURA 1
2 - Com eletroduto aparente em casos em que é mais fácil realizar a instalação aparente dos
eletrodutos, como em uma casa já pronta ou em galpões comerciais ou industriais. Esse método utiliza
canaletas, eletrodutos, perfilados ou eletrocalhas instalado-os diretamente sobre paredes ou pisos de
maneira que não há a necessidade de quebrá-los.
FIGURA 2
Os dois métodos são possíveis e viáveis quando empregados de acordo com cada necessidade específica.
Não se deve esquecer que, por razões de segurança, é imprescindível utilizar eletrodutos nas
instalações prediais, pois estes facilitam quaisquer manutenções ou acréscimos posteriores que sejam
necessários. O emprego de eletrodutos evita riscos de acidentes ou interrupção do circuito que
acontecem quando alguém tropeça ou se enrosca em cabos largados em pisos ou forros.
Normalização
Todos os serviços realizados e os projetos criados devem obrigatoriamente estar de acordo com as
normas que se referem aos assuntos correlatos, porque não basta que as instalações funcionem bem.
Elas precisam manter o perfeito funcionamento pelo maior tempo possível, para não correrem risco de
ser danificadas ou ainda pior, de prejudicar a saúde e a vida de clientes e usuários.
Como você já sabe, a entidade brasileira que controla e coordena as normas em nosso país é a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e as principais normas que envolvem as instalações
elétricas são:
♦ NBR 5410/04 – Instalações elétricas de baixa tensão que abrange as instalações elétricas
de baixa tensão (até 1.000 V) e é voltada basicamente à segurança e à proteção dos usuários e
dos equipamentos instalados.
♦ NBR 5413 – Iluminância de interiores – procedimento que especifica como deve ser o
procedimento para definir a iluminância de interiores e as cargas de iluminação necessárias.
♦ NBR 5419/01 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas – que define as
maneiras pelas quais estimamos as instalações adequadas para a proteção de estruturas contra
descargas atmosféricas.
Cálculos de Dimensionamento
Todo dimensionamento envolve cálculos e fórmulas através dos quais é possível definir precisamente
quais são as cargas necessárias para cada aplicação. Por meio dos cálculos, são definidos os
parâmetros para que seja possível optar pelo método adequado de instalação (aparente ou embutida),
definir a seção e o material do eletroduto, a bitola e o tipo de isolação dos condutores ou cabos e se os
dispositivos de proteção dos circuitos (disjuntores) serão simples ou com alguma proteção adicional.
Nesta unidade, estudaremos até o item 6 da lista acima, ou seja, até o cálculo da corrente dos
circuitos.
Observação
De acordo com a norma NBR 5410/04 “pontos” são as localizações de aparelhos fixos de consumo
destinados à iluminação e tomadas de corrente que são os locais onde são alimentados os aparelhos
eletrodomésticos, eletroindustriais e as máquinas equipamentos de escritórios.
A potência mínima de iluminação deve ser considerada em função da área de cada ambiente, ou seja:
Para áreas externas em residências não há critérios definidos na NBR 5410, portanto, os pontos
de iluminação vão ser determinados de acordo com as necessidades do cliente que as indica ao
projetista.
Em ambientes com área de até 6 m², o valor mínimo é de 100VA.
Para ambientes acima de 6m², o valor mínimo de 100VA é válido para os primeiros 6m². A partir
daí, são acrescentados 60VA a cada 4m² inteiros considerados.
Para compreender melhor essa determinação da norma, são apresentados alguns exemplos a seguir.
Exemplo 1
Consideremos um quarto com a largura (L) de 2,2m e o comprimento (C) de 3,5 m.
A área (A) desse cômodo é obtida multiplicando-se a largura (L) pelo comprimento (C) ou seja:
A=LxC
Substituindo os valores na expressão, tem-se:
A = 2,2 x 3,5
A = 7,7m².
Portanto, a área a ser considerada é de 7,7m2. O problema é que esse valor ultrapassa os 6m2. Como
resolver esse problema?
A NBR 5410 determina que, para os primeiros 6m², são considerados os 100VA. Mas, restam ainda,
1,7m². Como esse valor não chega a 4m², não são acrescentados os 60 VA, ficando previsto para a
sala apenas 100VA, o que corresponde ao valor mínimo estabelecido pela norma.
É preciso observar que, esse valor estimado de 100VA não é necessariamente o valor total da
potência de uma lâmpada. Para iluminar o ambiente, duas lâmpadas de 50VA podem ser instaladas,
ou até mesmo quatro lâmpadas de 25VA, pois elas estarão perfeitamente dentro do valor mínimo
previsto pelas normas.
Exemplo 2
Consideremos, agora, uma sala com a largura (L) de 3,0m e o comprimento (C) de 3,8m. Sua área
será:
A = L x C + 3,0 x 3,8 = 11,4m².
A = 11,4m2
Já sabemos que para os primeiros 6m², a potência mínima de 100VA. Como 11,4m2 correspondem a
uma área maior do que 6m2 (valor máximo de área permitido pela norma para estabelecer um ponto
de iluminação com potência de 100VA), é preciso descobrir a área que sobra, que é:
11,4m2 – 6m2 = 5,4m2
Como 5,4m² correspondem a um valor superior a 4m², acrescenta-se mais 60VA de potência ao
circuito. O valor restante, ou seja, 1,4m² está abaixo de 4m² e não é considerado. Por isso, considera-
se como valor mínimo de potência de iluminação neste ambiente, apenas os dois primeiros valores:
100 + 60 = 160VA
Observações
1 - As indicações da norma referem-se sempre a valores mínimos para cada ambiente. Isso não
impede que sejam acrescentados outros pontos ou maior potência em cada ambiente, dependendo do
uso e das preferências dos moradores da residência ou usuários do prédio comercial ou industrial.
2 - Para o dimensionamento de iluminação em prédios não-residenciais, ou seja, áreas de trabalho
comerciais ou industriais, usa-se o método de lumens, descrito em norma própria (NBR 5413 –
Iluminação de interiores – procedimentos).
Da mesma maneira que é preciso considerar a área de cada ambiente para prever sua iluminação
mínima, também é necessário tomar como referência as dimensões de cada ambiente a fim de definir
a potência de tomadas.
Devido ao grande número de aparelhos eletrodomésticos presentes até nas residências mais simples,
hoje mais que ontem, utiliza-se muito mais energia elétrica em todos os ambientes. Assim, um bom
projeto de distribuição das tomadas de força torna-se essencial.
2. Tomada de Uso Geral ou TUG - na qual podem ser ligados os aparelhos móveis ou portáteis
que funcionam algum tempo e depois são removidos.
FIGURA 3
2. Tomada de Uso Específico ou TUE que alimenta os aparelhos estacionários que, embora possam
ser removidos, trabalham sempre em determinado local, como por exemplo, o chuveiro, a máquina
de lavar roupa, o aparelho de ar condicionado etc.
FIGURA 4
Os aparelhos utilizados nas tomadas de uso geral são eletrodomésticos em geral, tais como: aspirador
de pó, secador de cabelos, furadeira etc.
O dimensionamento das tomadas de uso geral depende não só do tamanho de cada ambiente, mas
também do tipo de utilização de cada tomada. As orientações contidas na NBR 5410 indicam sempre o
procedimento que atendem às necessidades mínimas de cada ambiente.
Observação
Para ambientes tais como banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias
e locais semelhantes, deve-se atribuir, no mínimo, 600VA por tomada, com limite máximo de até 3
tomadas, adotando-se 100VA para as tomadas excedentes.
Para compreender melhor essas orientações, a seguir são apresentados dois exemplos de
dimensionamento de TUGs.
Exemplo 1
Consideremos, inicialmente, uma sala com a largura (L) de 2,2m e o comprimento (C) de 3,5m. Seu
perímetro será a soma das medidas das quatro paredes do cômodo, ou seja:
P=L+L+C+C
Esse resultado indica que deverão ser instaladas 2 tomadas: uma a cada cinco metros. Porém, como
ainda sobram 1,4m, mais uma tomada deverá ser instalada, totalizando assim três TUGs.
Este valor estimado de 3 tomadas não é necessariamente o valor final, porém é, segundo a NBR 5410,
o número mínimo admissível para esta área. Por conveniência, pode-se estabelecer que o comum
seria ter uma tomada por parede, no mínimo, pois é normal mudar a disposição dos móveis em uma
sala. Por esse motivo, fica bem dimensionado o valor de 4 tomadas de uso geral para esse ambiente.
Exemplo 2
O segundo exemplo considera uma cozinha com a largura (L) de 3,0 m e o comprimento (C) de 3,8 m.
Tem-se, então:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,0) + (2 x 3,8)
P = 6 + 7,6
P = 13,6m
Em relação a cozinhas, a NBR 5410 orienta que as tomadas sejam instaladas a cada 3,5m ou fração
de perímetro. Assim, o valor do perímetro (13,6m) será dividido por 3,5
n = 13,6 ÷ 3,5
n = 3,88
Esse resultado indica uma tomada para cada um dos três primeiros 3,5 m do perímetro, o que
resultará em três tomadas e mais uma para os 0,88m (fração) restantes, totalizando assim quatro
TUGs na cozinha.
Deve-se considerar 600VA para as três primeiras tomadas e 100VA para cada uma das tomadas
excedentes:
P = (3 x 600) + 100
P = 1.800 + 100
P = 1900VA
Observação
Para cada tomada prevista, a potência deve ser de, no mínimo, 100VA em cada uma. Esta será a
carga mínima de potência nos demais cômodos ou dependências.
Seguindo as normas e a boa prática das instalações elétricas, não se deve esquecer que em todo e
qualquer projeto, o cliente deve ser consultado e, sempre que possível, deverá ser instalada uma
quantidade maior de pontos de tomada de uso geral que o valor mínimo calculado indica. Assim, evita-
se a utilização de extensões e benjamins, reduzindo o desperdício de energia e evitando comprometer
a segurança da instalação.
A quantidade de aparelhos que utiliza tomadas de uso específico é determinada de acordo com o
número de aparelhos cuja utilização conhecemos, antecipadamente, e que estarão fixos numa
determinada posição no ambiente. Os aparelhos utilizados nestas tomadas são, em geral, chuveiro,
torneira elétrica, secadora e lavadora de roupas, microondas etc.
Observação
A potência nominal é a potência indicada na identificação do aparelho, ou em sua especificação
contida no manual de instalação.
Como em cada cômodo, estes aparelhos já possuem local pré-determinado, deve-se prever suas
tomadas instaladas a, no máximo, 1,5m de cada equipamento.
Deve-se lembrar, ainda, que para circuitos que contêm chuveiros, torneiras e aquecedores, é
conveniente considerar uma potência maior, pois estes podem ser facilmente trocados pelo usuário da
residência.
Para fins de estudo desta unidade, consideraremos o circuito elétrico como sendo o conjunto de
Observação
A instalação elétrica seja ela residencial, comercial ou industrial, deve ser subdividida em circuitos
terminais, pois isso facilita a manutenção e reduz a interferência entre eles.
A norma NBR 5410 estabelece alguns critérios para a divisão da instalação elétrica em circuitos
terminais. Segundo esses critérios, deve-se:
Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de TUGs, procurando limitar a corrente total
do circuito a 10A.
Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento que possua corrente nominal
superior a 10A.
Limitar a potência total para 1.270VA em instalações 127V e 2.200 VA em 220V.
Em linhas gerais, pode-se dizer que deverá haver, no mínimo, três circuitos terminais em uma
instalação predial:
Um para iluminação;
Um para tomadas de uso geral
Um para tomada de uso específico (chuveiro).
Uma boa recomendação é separar um pouco mais os circuitos terminais utilizando os seguintes
critérios:
o Para os circuitos de iluminação, pode-se separá-los em área social e área de serviço:
Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
Serviço: copa, cozinha, área de serviço e área externa.
o Para os circuitos de tomada de uso geral, tem-se:
Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
Serviço 1: Copa.
Serviço 2: Cozinha.
Serviço 3: Área de serviço.
o Para os circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter:
Uma tomada para o chuveiro elétrico.
Uma tomada para cada equipamento que possua corrente maior que 10A.
Para resumir, pode-se dizer que haverá um circuito independente para cada carga que possua
corrente nominal superior a 10A, havendo, portanto, apenas uma tomada e um dispositivo de proteção
para o referido circuito.
Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases
de modo que se obtenha o melhor equilíbrio possível.
Para melhor compreender como fazer essa distribuição de circuitos, estude cuidadosamente os
exemplos a seguir.
Exemplo 1
Consideremos uma casa com dois dormitórios, uma sala, uma copa, uma cozinha, uma área de
serviço e um banheiro, cujo proprietário é muito preocupado com segurança e uso responsável de
energia. Por isso, solicitou que o projeto da instalação elétrica seja realizado dentro dos parâmetros da
norma, sem economias “porcas”. Quais cargas de tomada específica é possível prever nesta
residência e quantos serão os circuitos correspondentes?
Antes do início do projeto, o dono da residência informou ao projetista a previsão dos seguintes
equipamentos que o profissional anotou em sua planilha:
1 - Nos dormitórios haverá um aparelho de ar condicionado em cada um (220V, 5 A) e um computador
(127V, 4A) em um deles.
2 - Na sala e na copa e na copa não haverá nenhuma tomada de uso específico.
3 - Na cozinha haverá uma geladeira (127V, 4A), um forno de microondas (127V, 7A) e uma torneira
elétrica (220V, 20A).
Na área de serviço serão instaladas uma lavadora (127V, 6A) e uma secadora (127V, 12A).
No banheiro haverá um aquecedor para a torneira da pia (220V, 20A) e um chuveiro (220V, 32A).
Seguindo as exigências da NBR 5410, o projetista concluiu que haverá um circuito para cada
equipamento que possua corrente acima de 10A, ou seja:
Circuito 1 - Uma torneira elétrica da cozinha (20A);
Circuito 2 - Um chuveiro elétrico no banheiro (32A);
Circuito 3 - Um aquecedor para a torneira da pia do banheiro (20A);
Circuito 6 - uma secadora (12A);
Os circuitos restantes foram assim agrupados:
Circuito 4 – dois aparelhos de ar condicionado para os dormitórios (2 x 5A);
Circuito 5 – uma geladeira (4A) e um forno de microondas (7A) na cozinha.
Circuito 7 - uma lavadora (6A), na lavanderia.
Circuito 8 – Computador (4A) e demais TUGs dos dormitórios;
Circuito 9 – TUGs da sala e copa.
Observe que cada cliente terá gostos e necessidades específicas. Assim, o exemplo dado acima é
apenas uma sugestão. Em uma residência com a mesma quantidade de cômodos, é possível eliminar
alguns circuitos e cargas conforme seja conveniente ou, ainda, acrescentar mais alguns circuitos, de
acordo com as necessidades do cliente.
Considerando que cada circuito alimentará uma determinada carga, correspondente à soma dos
equipamentos ligados ao circuito, dizemos que cada circuito terá sua potência total a ser suprida.
Não se deve esquecer que a potência elétrica tem uma relação direta com a tensão e a corrente
utilizadas, sendo obtida pela fórmula:
P=VxI
Nessa expressão:
P = Potência elétrica
V = Tensão elétrica
I = Corrente elétrica
Isto significa que basta multiplicarmos o valor da tensão pelo valor da corrente para que se obtenha o
valor da potência.
Todavia, é preciso lembrar que, normalmente, nos equipamentos são indicados apenas os valores de
tensão e potência, isso significa que para se obter o valor da corrente deve-se utilizar a uma outra
expressão:
I=P÷V
Por exemplo, se o cliente tiver um forno de microondas que consome 900W, com tensão de 127V, a
sua corrente elétrica será:
I=P÷V
I = 900 ÷ 127
I = 7A
A partir do valor da corrente de cada circuito é que se define a bitola do condutor e o dispositivo de
proteção – nesse caso, um disjuntor – mais adequado para a proteção desse condutor.
Exemplo 1
Imaginemos, em uma residência, um circuito de iluminação que atenda:
1 – a dois dormitórios: 2 x 160VA
2 – à sala: 100VA
3 – ao banheiro: 100VA
3 – ao hall: 100VA
Exemplo 2
Um banheiro deverá ter um TUE para um chuveiro dos mais modernos e completos que possui um
regulador de temperatura que atinge a potência máxima de 7.500W. Para determinar sua corrente, é
preciso lembrar que todo circuito alimentador para chuveiros tem a tensão de 220V. Assim:
I=P÷V
I = 7.500 ÷ 220
I = 34,0 A
Apenas após calcular a corrente de cada circuito é que é possível especificar os condutores e o
disjuntor adequados.
Observação
Dimensionar a fiação de um circuito é definir a bitola dos cabos alimentadores do circuito de forma que
seja garantido que a corrente que circular por ele, durante um tempo ilimitado, não provocará
superaquecimento.
Até agora, foram fornecidos exemplos de cálculos sem a colocação dos circuitos nos respectivos
diagramas e ambientes contidos em um planta. Nesta última parte do texto-base, será demonstrado
como organizar os dados para depois transpô-los para os diagramas inseridos na planta. A planta é a
mesma que foi usada na unidade 1.
FIGURA 5
Como se trata de uma planta com vários cômodos, é necessário utilizar uma tabela auxiliar para
organizar todos os valores dimensionados por cômodo. Veja a tabela, já contemplando as tomadas de
uso específico.
Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala
Dormitório
Cozinha 3000
2200
Lavanderia
2400
Garagem
Banheiro 5600
Corredor
Como esse valor de área (13,4m²) é superior a 6m², considera-se 100VA e efetua-se o cálculo da área
restante:
13,4m² - 6m² = 7,4m²
Como 7,4m² correspondem a um valor maior que 4m², acrescenta-se mais 60VA de potência. O valor
restante, ou seja, 3,4m2 estão abaixo de 4m² e não é considerado. Por isso, considera-se como valor
mínimo de potência de iluminação na sala, apenas os dois primeiros valores:
100VA + 60VA = 160VA
Agora que o dimensionamento foi realizado, basta completar a tabela. Veja como ficou:
Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala 13,4 160
Dormitório
Cozinha 3000
2200
Lavanderia
2400
Garagem
Banheiro 5600
Corredor
Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala 13,4 160
Dormitório 10,2 160
Cozinha 12,45 160 3000
2200
Lavanderia 10,5 160
2400
Garagem 5,075 100
Banheiro 4,73 100 5600
Corredor 2,15 100
Veja a planta com os pontos de iluminação identificados e localizados em seus respectivos cômodos.
FIGURA 6
O próximo passo é dimensionar as tomadas de uso geral de acordo com a NBR 5410. Para melhor
entendimento, vamos analisar cada cômodo separadamente. Veja como ficou:
Sala: como a área é superior a 6m2, a potência de tomadas deve ser dimensionada através do
perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 4) + (2 x 3,35)
P = 8 + 6,7
P = 14,7m
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 5m ou fração de perímetro,
a sala deverá possuir no mínimo três tomadas de 100VA. Veja como ficou a tabela.
Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala 13,4 160 14,7 3x100VA -
Dormitório 10,2 160
Cozinha 12,45 160 3000
2200
Lavanderia 10,5 160
2400
Garagem 5,075 100
Banheiro 4,73 100 5600
Corredor 2,15 100
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 5m ou fração de perímetro,
o dormitório deverá possuir no mínimo três tomadas de 100VA.
Cozinha: para a cozinha, a potência de tomadas deve ser dimensionada através do perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 4,15) + (2 x 3)
P = 8,3 + 6
P = 14,3m
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 3,5m ou fração de
perímetro, a cozinha deverá possuir no mínimo cinco tomadas. As três primeiras de 600VA e as duas
restantes serão de 100VA.
Lavanderia: para a lavanderia, a potência das tomadas deve ser dimensionada através do perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,50) + (2 x 3)
P = 13m
Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 3,5m ou fração de
perímetro, a lavanderia deverá possuir no mínimo quatro tomadas. As três primeiras de 600VA e a
restante será de 100VA.
Corredor e garagem: a NBR 5410 estabelece pelo menos uma tomada de 100VA em cada cômodo.
Banheiro: a NBR 5410 estabelece pelo menos uma tomada perto do lavatório com potência de
600VA. Agora veja como ficou a tabela completa:
Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
2200
Lavanderia 10,5 160 13 3x600 e 1x100
2400
FIGURA 7
O próximo passo é dividir todas as cargas em circuitos terminais. Para isso será utilizada uma tabela
para organizar as informações. Veja a tabela:
Para estabelecer o(s) circuito(s) de iluminação é necessário calcular a potência total de iluminação da
casa:
P = 160 + 160 + 160 + 160 + 100 + 100 + 100
P = 940VA
Como a potência não ultrapassou 1270VA, apenas um circuito alimentará toda a iluminação da casa: é
o circuito 1. Veja como ficou a tabela.
Agora é a vez das tomadas de uso geral. Como as tomadas da cozinha e da lavanderia não podem
estar no mesmo circuito dos outros cômodos, vamos dividi-las em 3 circuitos:
• No circuito 2 ficarão duas tomadas de 600VA e uma tomada de 100VA da cozinha;
• No circuito 3 ficarão duas tomadas de 600VA e uma de 100VA da lavanderia;
• No circuito 4 ficarão uma tomada de 600VA da lavanderia, uma tomada de 600VA e uma de
100VA da cozinha.
Veja como ficou a tabela.
O próximo passo é somar a potência dos demais cômodo e verificar se a potência não ultrapassa
1270VA:
P = sala + dormitório + garagem + corredor + banheiro
P = 300 + 300 + 100 + 100 + 600
P = 1400VA
Agora, basta destinar um circuito para cada tomada de uso específico de acordo com a previsão dos
equipamentos a serem instalados na casa.
2 Cozinha - 1300 -
3 Lavanderia - 1300 -
Cozinha
4 - 1300 -
Lavanderia
Sala
Dormitório
5 - 800 -
Garagem
Corredor
6 Banheiro - 600 -
7 Banheiro - - 5600
8 Cozinha - - 3000
9 Lavanderia - - 2200
10 Lavanderia - - 2400
Veja como ficou a planta com a divisão de circuitos, mas ainda sem o dimensionamento dos
condutores pois esse assunto será estudado na próxima unidade.
FIGURA 8
Neste ponto, vamos interromper o estudo do dimensionamento das instalações elétricas, porque se
trata de um assunto bastante complexo e que, por isso, foi dividido em duas partes. Na próxima
unidade, você estudará o dimensionamento dos condutores, eletro dutos e dispositivos de proteção.
Por enquanto, dedique-se ao firme estudo desta unidade, fazendo os exercícios com muita atenção
para poder seguir em frente sem tropeços.
Bons estudos!
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Para a complementação do estudo desse assunto, é importante que você consulte catálogos técnicos
fornecidos por fabricantes desses dispositivos, nos quais é possível obter informações técnicas que
permitem dimensionar e especificar os dispositivos de acordo com os parâmetros do circuito.
Dispositivos de proteção
Os dispositivos de proteção dos circuitos elétricos podem ser divididos em quatro tipos:
• interruptores de corrente de fuga;
• fusíveis;
• disjuntores;
• relês térmicos.
Desde dezembro de 1997, é obrigatório, em todas as instalações elétricas de baixa tensão no Brasil, o
uso do chamado dispositivo DR nos circuitos elétricos que atendam aos seguintes locais: banheiros,
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço e áreas externas.
O dispositivo DR é um interruptor de corrente de fuga automático que desliga o circuito elétrico caso
haja uma fuga de corrente que coloque em risco a vida de pessoas e animais domésticos e a
instalação elétrica.
Isso garante a segurança contra choques elétricos e incêndios. Apesar de se ter a sensação de
choque em caso de contato da fase com o corpo humano, não há risco de vida, caso o circuito seja
protegido por esse dispositivo.
(Figuras 1 e 2)
FIGURA 1 FIGURA 2
FIGURA 3 FIGURA 4
FIGURA 5
Ideal: IDR = 0
Real: IDR ≠ 0 (correntes naturais de fuga)
Atuação: IDR = I∆n (corrente diferencial residual nominal de atuação) (Figura 6)
FIGURA 6
Ele deve ser ligado de modo que todos os condutores do circuito, inclusive o neutro, passem pelo
interruptor. Isso permite a comparação entre as correntes de entrada e de saída e o desligamento da
alimentação do circuito em caso de fuga de corrente.
Aplicações
• falha em aparelhos elétricos (eletrodomésticos);
• falha na isolação de condutores;
• circuitos de tomadas em geral;
• campings, laboratórios, oficinas, áreas externas;
• proteção contra riscos de incêndios de origem elétrica;
• canteiros de obra.
Observação
O DR não desobriga o uso das proteções contra sobrecorrentes nem dispensa o aterramento das
massas.
Veja exemplos de esquemas de ligação para interruptores de corrente de fuga nas ilustrações a
seguir: (Figuras 7 e 8)
FIGURA 7 FIGURA 8
Há interruptores projetados para operar com correntes de fuga de 500mA, porém eles só protegem as
instalações contra riscos de incêndio, não oferecendo segurança contra riscos pessoais.
Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos de proteção destinados a interromper circuitos pelos quais esteja
circulando uma corrente de curto-circuito ou sobrecarga de longa duração.
Há vários modelos de fusíveis, de diversos fabricantes. Os mais usuais são os do tipo cartucho, faca,
diazed e NH. (Figura 9)
FIGURA 9
Os fusíveis são formados por um corpo de material isolante, normalmente fibra prensada ou porcelana
no qual está inserido um fio fusível de chumbo, cobre ou prata, que uma vez fundido por sobrecarga ou
curto-circuito, interrompe a corrente do circuito.
Os fusíveis são construídos para várias intensidades de correntes e tensão máxima de serviço até
600 V.
O fio fusível existente no interior do fusível, chamado de elo fusível, ou lâmina fusível, é o condutor
que se funde dentro do fusível e interrompe a corrente do circuito quando há sobrecarga de longa
duração ou curto-circuito. (Figura 10)
FIGURA 10
Quando ocorrer a queima do elo fusível, o dispositivo deverá se substituído por outro de mesma
característica.
Esses fusíveis são ideais para a proteção de circuitos com semicondutores (diodos e tiristores).
Como exemplo desses circuitos podemos citar motores elétricos, as cargas indutivas e as cargas
capacitivas em geral.
Os fusíveis de efeito retardado mais comumente usados são os NH e DIAZED. (Figuras 11)
FIGURA 11
Fusíveis NH
Os fusíveis NH suportam elevações de tensão durante um certo tempo sem que ocorra fusão.
Eles são empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente e onde existam cargas indutivas e
capacitivas.
Sua construção permite valores padronizados de corrente que variam de 6 a 1000 A. Sua capacidade
de ruptura é sempre superior a 70 kA com uma tensão máxima de 500 V.
Construção
Os fusíveis NH são constituídos por duas partes: base e fusível.
Nela são fixados os contatos em forma de garras às quais estão acopladas molas que aumentam a
pressão de contato. (Figura 12)
FIGURA 12
O fusível possui corpo de porcelana de seção retangular. Dentro desse corpo, estão o elo fusível e o
elo indicador de queima, imersos em areia especial.
Nas duas extremidades do corpo de porcelana existem duas facas de metal que se encaixam
perfeitamente nas garras da base. (Figura 13)
FIGURA 13
O elo fusível é feito de cobre em forma de lâminas vazadas em determinados pontos para reduzir a
seção condutora. O elo fusível pode ainda ser fabricado em prata.
Fusíveis DIAZED
Os fusíveis DIAZED podem ser de ação rápida ou retardada.
Os de ação rápida são usados em circuitos resistivos, ou seja, sem picos de corrente.
Os de ação retardada são usados em circuitos com motores e capacitores, sujeitos a picos de
corrente.
Esses fusíveis são construídos para valores de, no máximo, 200 A. A capacidade de ruptura é de 70
kA com uma tensão de 500 V.
Construção
O fusível DIAZED (ou D) é composto por: base (aberta ou protegida), tampa, fusível, parafuso de
ajuste e anel.
A base é feita de porcelana dentro da qual está um elemento metálico roscado internamente e ligado
externamente a um dos bornes. O outro borne está isolado do primeiro e ligado ao parafuso de ajuste,
como mostra afigura a seguir. (Figura 14)
FIGURA 14
A tampa, geralmente de porcelana, fixa o fusível à base e não é inutilizada com a queima do fusível.
Ela permite inspeção visual do indicador do fusível e sua substituição mesmo sob tensão. (Figura 15)
FIGURA 15
O parafuso de ajuste tem a função de impedir o uso de fusíveis de capacidade superior à desejada
para o circuito. A montagem do parafuso é feita por meio de uma chave especial. (Figura 16)
FIGURA 16
O anel é um elemento de porcelana com rosca interna, cuja função é proteger a rosca metálica da
base aberta, pois evita a possibilidade de contatos acidentais na troca do fusível. (Figura 17)
FIGURA 17
FIGURA 18
O fusível possui um indicador, visível através da tampa, cuja corrente nominal é identificada por meio
de cores e que se desprende em caso de queima.
O elo indicador de queima é constituído de um fio muito fino ligado em paralelo com o elo fusível. Em
caso de queima do elo fusível, o indicador de queima também se funde e provoca o desprendimento
da espoleta.
FIGURA 19
Instalação
Os fusíveis DIAZED e NH devem ser colocados no ponto inicial do circuito a ser protegido.
Os locais devem ser arejados para que a temperatura se conserve igual à do ambiente. Esses locais
devem ser de fácil acesso para facilitar a inspeção e a manutenção.
A instalação deve ser feita de tal modo que permita seu manejo sem perigo de choque para o
operador.
Dimensionamento do fusível
A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal da rede, a malha ou circuito que se
pretende proteger. Os circuitos elétricos devem ser dimensionados para uma determinada carga
nominal dada pela carga que se pretende ligar.
A escolha do fusível deve ser feita de modo que qualquer anormalidade elétrica no circuito fique
restrita ao setor onde ela ocorrer, sem afetar os outros.
Para se dimensionar um fusível, é necessário levar em consideração as seguintes grandezas elétricas:
• corrente nominal do circuito ou ramal;
• corrente de curto-circuito;
• tensão nominal.
Disjuntores
Disjuntores são dispositivos de manobra e proteção com capacidade de ligação e interrupção de
corrente quando surgem no circuito condições anormais de trabalho, como curto-circuito ou
sobrecarga. (Figura 20)
FIGURA 20
eletroímã
alavanca de acionamento
(liga-desliga)
caixa moldada de
material isolante
relê
eletromagnético
mecanismo
de disparo
relê bimetálico
entrada saída
extintor de arco
FIGURA 21
O disjuntor inserido no circuito funciona como um interruptor. Como o relê bimetálico e o relê
eletromagnético são ligados em série dentro do disjuntor, ao ser acionada a alavanca liga-desliga,
fecha-se o circuito que é travado pelo mecanismo de disparo e a corrente circula pelos dois relês.
(Figura 22)
FIGURA 22
Havendo uma sobrecarga de longa duração no circuito, o relê bimetálico atua sobre o mecanismo de
disparo abrindo o circuito. Da mesma forma, se houver um curto-circuito, o relê eletromagnético é que
atua sobre o mecanismo de disparo abrindo o circuito instantaneamente.
Quando ocorrer o desarme do disjuntor, basta acionar a alavanca de acionamento para que o
dispositivo volte a operar, não sendo necessária sua substituição como ocorre com os fusíveis.
Quanto às características elétricas, os disjuntores podem ser unipolar, bipolar e tripolar; normalmente
para correntes de 2 A, 4 A, 6 A, 10 A, 13 A, 16 A, 20 A, 25 A, 32 A, 40 A, 50 A, 63 A, 70 A, 80 A e
outras. (Figura 23)
FIGURA 23
Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a posição ligada e houver um
curto-circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.
Observação
O disjuntor deve ser colocado em série com o circuito que irá proteger.
O tempo de disparo da proteção térmica (ou contra sobrecarga) torna-se mais curto quando o disjuntor
trabalha em temperatura ambiente elevada. Isso ocorre normalmente dentro do quadro de distribuição.
Por isso, é necessário dimensionar a corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especificações
do fabricante, e considerando também essa situação.
Características Técnicas
Corrente nominal (In): valor eficaz da corrente de regime contínuo que o disjuntor deve
conduzir indefinidamente, sem elevação de temperatura acima dos valores especificados.
Corrente convencional de não atuação (Ina): valor especificado de corrente que pode ser
suportado pelo disjuntor durante um tempo especificado (tempo convencional).
Temperatura de calibração: temperatura na qual o disparador térmico é calibrado.
Normalmente são utilizadas as temperaturas de 20, 30 ou 40ºC. (Figura 24)
FIGURA 24
Tensão nominal (Un): valor eficaz da tensão pelo qual o disjuntor é designado e no qual são
referidos outros valores nominais. Esse valor deve ser igual ou superior ao valor máximo da
tensão do circuito no qual o disjuntor será instalado.
Capacidade de interrupção (Icn): valor máximo que o disjuntor deve interromper sob
determinadas tensões e condições de emprego. Esse valor deverá ser igual ou superior à
corrente presumida de curto-circuito no ponto de instalação do disjuntor.
Curvas de disparo: as curvas de disparo B, C e D correspondem à característica de atuação
do disparador magnético, enquanto que a do disparador térmico permanece a mesma.
(Figura 25)
B: 3 a 5 x In
C: 5 a 10 x In Existem ainda as curvas Z, K, MA.
C: 10 a 14 x In
FIGURA 25
Relês térmicos
Esse componente é também denominado de relê bimetálico. Sua função básica é proteger motores ou
outros equipamentos contra aquecimento demasiado produzido por sobrecarga. Protege também os
motores trifásicos em caso de funcionamento bifásico, ou seja, se faltar uma fase por um motivo
qualquer, o motor continuará funcionando, mas ocorrerá uma elevação da corrente das outras duas
fases. Essa elevação da corrente provocará um aquecimento do relê, interrompendo o circuito.
O relê térmico é constituído basicamente de um bimetal, contato fixo, contato móvel e elemento de
arraste conforme ilustração a seguir. (Figura 26)
FIGURA 26
O bimetal é formado pela união de dois metais com coeficientes de dilatação diferentes. Quando esse
bimetal é aquecido, pela elevação da corrente, curva-se acionando o contato fechado, abrindo-o.
NBR 12523/92
Fusível Disjuntor Relê térmico
(item 3.21.1) (item 3.13.5) (item 3.15.21)
Observação
Antes de substituir ou rearmar qualquer dispositivo de proteção, deve-se sanar as causas que
provocaram a interrupção do funcionamento do circuito elétrico.
Introdução
Aprendeu, também, a dividir a instalação em circuitos terminais e a calcular a corrente a ser suprida
pelos circuitos. Esse dado auxilia na escolha dos condutores e dispositivos de proteção adequados a
cada circuito.
Dimensionamento de condutores
O dimensionamento de condutores tem por objetivo a determinação do valor da sua seção nominal
(bitola), de modo a poder transportar a corrente necessária ao funcionamento do circuito, sem que haja
sobreaquecimento nos condutores.
A NBR 5410/04 especifica os condutores em mm2 e estabelece as seções mínimas dos condutores
de um circuito em função do uso. A seção mínima foi estabelecida, de forma a atender às condições
mínimas de utilização e de segurança contra esforços mecânicos.
Seção mínima do
2
Tipo de instalação Função do circuito condutor (mm ) -
material
1,5 – Cu
Circuito de iluminação
10 – Al
Condutores Circuito de tomadas (TUE 2,5 – Cu
isolados e TUG) 10 – Al
Instalações fixas em Circuito de sinalização e
0,5 - Cu
geral circuito de controle
10 – Cu
Circuito de força (TUE)
10 - Al
Condutores nus
Circuito de sinalização e
4 – Cu
circuito de controle
Observe que através da tabela, a NBR 5410/04 estabelece que, para um circuito de iluminação,
utilizando condutores isolados, a seção mínima do condutor de cobre é de 1,5mm2, ou seja, mesmo se
você for alimentar uma simples lâmpada de 100W/127V, deve utilizar, no mínimo, o condutor com
seção de 1,5mm2. Para um circuito de tomadas de uso geral, a seção mínima do condutor de cobre é
de 2,5mm2.
A NBR 5410/04 também estabelece a seção mínima dos condutores neutro e de aterramento, de
acordo com as seguintes tabelas:
Seção dos condutores fase Seção mínima do condutor Seção mínima do condutor de
2 2 2
(mm ) neutro (mm ) proteção (mm ) (aterramento)
A mesma seção do condutor A mesma seção do condutor
1,5 a 16
fase fase
A mesma seção do condutor
25 16
fase
A mesma seção do condutor
35 16
fase
A mesma seção do condutor
50 25
fase
A mesma seção do condutor
70 35
fase
A mesma seção do condutor
95 50
fase
A mesma seção do condutor
120 70
fase
A mesma seção do condutor
150 70
fase
Seção dos condutores fase Seção mínima do condutor Seção mínima do condutor de
2 2 2
(mm ) neutro (mm ) proteção (mm ) (aterramento)
A mesma seção do condutor A mesma seção do condutor
1,5 a 16
fase fase
A mesma seção do condutor
25 16
fase
35 25 16
50 25 25
70 35 35
95 50 50
120 70 70
150 70 70
Para o dimensionamento dos condutores, a NBR 5410/04 estabelece dois critérios. São eles:
• Dimensionamento pelo critério da máxima condução de corrente;
• Dimensionamento pelo critério da queda de tensão admissível nos condutores.
Neste texto, será utilizado o critério da máxima condução de corrente, devido a sua maior utilização
em projetos elétricos prediais e residenciais. Para obter informações sobre o critério da queda de
tensão admissível nos condutores, você deverá consultar os textos complementares.
Para realizar o dimensionamento dos condutores pelo critério da máxima condução de corrente, é
necessário seguir as seguintes etapas:
• Calcular a corrente elétrica de cada circuito (corrente de projeto);
• Determinar o fator de agrupamento de cada circuito;
• Calcular a corrente corrigida de cada circuito;
• Determinar o condutor em função da máxima capacidade de condução de corrente.
Pelo critério de dimensionamento por meio da máxima condução de corrente, será analisada, a
corrente elétrica de cada circuito. Para isto, deve-se determinar o valor da corrente para a qual será
dimensionado o condutor. Esse valor é determinado de corrente de projeto (IB), e para cada circuito
ela é determinada por meio da seguinte expressão:
IB = P ÷ V
Observe como se calcula a corrente de projeto de um circuito de iluminação que foi projetado com
900VA de potência alimentado por uma tensão de 127V:
IB = P ÷ V
IB = 900 ÷ 127
IB = 7,08A
Observe agora, como é calculada a corrente de projeto de um circuito de tomada de uso específico,
que alimenta um chuveiro de 5600W com 220V.
IB = P ÷ V
IB = 5600 ÷ 220
IB = 25,45A
Fator de agrupamento
A corrente de projeto indica qual é, por exemplo, a corrente elétrica que será transportada pelo
condutor quando o chuveiro estiver ligado. Essa corrente elétrica que passa pelo condutor localizado
dentro do eletroduto provoca um aquecimento. Esse aquecimento é dissipado dentro do eletroduto e
quanto maior for a quantidade de circuitos dentro do eletroduto, menor será a capacidade desse
eletroduto de dissipar esse calor, o que causa o superaquecimento do circuito.
O fator de agrupamento de condutores é a valor utilizado para efetuar a correção da corrente elétrica.
O fator de agrupamento é um valor numérico estabelecido em função do agrupamento de circuitos no
pior trecho do projeto. Observe a tabela a seguir:
2 0,80
3 0,70
4 0,65
5 0,60
6 0,57
8 0,52
9 a 11 0,50
12 a 15 0,45
16 a 19 0,41
≥20 0,38
Para utilizar a tabela, você deverá identificar o circuito cujo fator de agrupamento deverá ser calculado.
Em seguida, deverá seguir todo o trajeto desse circuito e identificar em qual trecho do percurso há um
maior agrupamento de outros circuitos.
Para calcular o valor da corrente corrigida (Ic) de um circuito, basta aplicar a seguinte fórmula:
Ic = IB ÷ f
Para melhor explicar como calcular a corrente corrigida dos circuitos, são apresentados a seguir
alguns exemplos.
Exemplo 1
O circuito 1 de uma casa alimenta o circuito de iluminação com 1000VA de potência elétrica. Supondo
que no trajeto deste circuito do projeto elétrico, na pior situação, ele seja instalado junto com outros
dois circuitos no eletroduto próximo ao quadro geral, qual é a corrente elétrica corrigida (Ic) deste
circuito?
2 0,80
3 0,70
Como o circuito 1 está agrupado com mais dois circuitos no interior do eletroduto, o fator de
agrupamento para 3 circuitos agrupados no interior do eletroduto é 0,70. Assim, f = 0,70.
Exemplo 2
O circuito 2 de uma casa alimenta o circuito do chuveiro com 5600VA de potência elétrica. Supondo
que no trajeto deste circuito no projeto elétrico, na pior situação, ele seja instalado junto com outro
circuito no eletroduto próximo ao quadro geral, qual é a corrente elétrica corrigida (Ic) do circuito 2?
Como o circuito 2 está agrupado com mais um circuito no interior do eletroduto, o fator de
agrupamento para 2 circuitos agrupados no interior do eletroduto é 0,80. Assim, f = 0,80.
Para dimensionar corretamente os condutores a serem empregados na instalação, além dos cálculos
que você já aprendeu a fazer, é necessário conhecer, agora, qual é a corrente elétrica que os
condutores suportam, sem que haja sobreaquecimento suficiente para danificar a sua isolação. A NBR
5410/04, estabelece os valores de corrente para os condutores em função do modo como serão
instalados. A tabela a seguir, fornece os valores nominais de capacidade de condução de corrente,
para condutores isolados, instalados no interior de eletrodutos plásticos embutidos em alvenaria ou
eletrodutos metálicos aparentes.
2
Seções nominais (mm ) Corrente do condutor (A)
1,5 15,5
2,5 21
4,0 28
6,0 36
10,0 50
16,0 68
25,0 89
35,0 110
50,0 134
70,0 171
Na tabela, observe que um condutor, com seção de 1,5 mm2, suporta 15,5A e, um condutor, com 4,0
mm2, suporta 28A.
Agora que você já sabe qual é a seção mínima do condutor de cada circuito em função do uso, sabe
como calcular a corrente corrigida de um circuito e também sabe qual a máxima corrente que os
condutores suportam de acordo com a NBR 5410/04. Para escolher a correta seção do condutor a ser
utilizado no projeto, basta seguir a seguinte expressão:
IZ ≥ IC
A expressão significa que o condutor escolhido deve possuir uma capacidade de condução de corrente
maior ou igual à corrente corrigida. Nela, IC é a corrente corrigida e IZ é a capacidade de condução de
corrente.
Veja os exemplos que mostram como definir a capacidade de condução de corrente dos condutores.
Exemplo 1
Qual é a seção do circuito 1 de uma residência que possui as seguintes características:
- Circuito de iluminação;
- Potência de 800VA;
- Tensão do circuito igual a 127V;
- 2 circuitos agrupados no interior do eletroduto.
Como o circuito 1 está agrupado com mais um circuito no interior do eletroduto, o fator de
agrupamento para 2 circuitos no interior do eletroduto é 0,80. Assim, f = 0,80
Para determinar a seção do condutor a ser utilizado, é necessário consultar a tabela referente à
capacidade de condução de corrente dos condutores. Pela NBR 5410/04, não é permitido utilizar um
condutor com seção menor que 1,5mm2, que, pela tabela de capacidade de condução de corrente de
condutores, suporta até 15,5A. Então, o condutor a ser utilizado é o de 1,5 mm2.
Exemplo 2
Qual são as seções dos condutores dos circuitos 1, 2 e 3 da planta mostrada a seguir, para uma
tensão de 127 V (fase-neutro) e 220 V (fase-fase)?
FIGURA 1
Circuito Corrente
Fator de Corrente
Tensão Potência de Seção dos
agrupamento corrigida
Nº Tipo (V) (VA) ou (W) projeto condutores
(f) (Ic)
(IB)
Agora, vamos preencher a tabela com o número de cada circuito, o tipo (iluminação, TUG ou TUE), a
tensão e a potência de cada um. Veja como ficou a tabela:
Circuito Corrente
Fator de Corrente
Tensão Potência (VA) de Seção dos
agrupamento corrigida
Nº Tipo (V) ou (W) projeto condutores
(f) (Ic)
(IB)
1 Ilum. 127 200
2 TUG 127 300
3 TUE 220 4400
Agora, é preciso calcular a corrente de projeto (IB). Para isso, basta dividir a potência pela tensão de
cada circuito. Veja como ficou a tabela:
Circuito Corrente
Fator de Corrente
Tensão Potência (VA) de Seção dos
agrupamento corrigida
Nº Tipo (V) ou (W) projeto condutores
(f) (Ic) (A)
(IB) (A)
1 Ilum. 127 200 1,57
2 TUG 127 300 2,36
3 TUE 220 4400 20
Agora, para determinar o fator de agrupamento, deve-se observar a planta, e verificar a pior situação
de cada circuito, ou seja, analisar o caminho que cada circuito percorre na planta para indicar qual o
seu maior agrupamento. Veja como ficou a tabela:
Circuito Corrente
Fator de Corrente
Tensão Potência (VA) de Seção dos
agrupamento corrigida
Nº Tipo (V) ou (W) projeto condutores
(f) (Ic) (A)
(IB) (A)
1 Ilum. 127 200 1,57 0,80
2 TUG 127 300 2,36 1,00
3 TUE 220 4400 20 0,80
Observe que a pior situação do circuito 1, está no trecho entre o quadro geral e a lâmpada. No trecho,
existem dois circuitos agrupados, o circuito 1 e o circuito 3, como para o circuito 3 também é a pior
situação, ou seja, dois circuitos agrupados no interior do eletroduto, o fator de agrupamento para o
circuito 1 e para o circuito 3 é 0,80.
Observe agora que, para o circuito 2, o fator de agrupamento é 1,00, pois em todo o seu percurso na
planta, ele não divide espaço com nenhum outro circuito.
O próximo passo, é calcular a corrente corrigida. Para isso, basta dividir a corrente de projeto (IB) pelo
fator de agrupamento (f). Veja como ficou a tabela:
Circuito Corrente
Fator de Corrente
Tensão Potência (VA) de Seção dos
agrupamento corrigida
Nº Tipo (V) ou (W) projeto condutores
(f) (Ic) (A)
(IB) (A)
1 Ilum. 127 200 1,57 0,80 1,96
2 TUG 127 300 2,36 1,00 2,36
3 TUE 220 4400 20 0,80 25
Note que a corrente do circuito 2 não sofreu alteração. Isso ocorre devido a sua característica de estar
sozinho no interior do eletroduto.
Agora o passo final é definir qual é a seção dos condutores a serem utilizados em cada circuito.
Lembre-se de que para circuitos de iluminação, a seção mínima estabelecida pela NBR 5410/04 é
1,5mm2 e para circuitos de tomadas, a seção mínima é de 2,5mm2.
Para o circuito 1, a corrente corrigida é 1,96A. Para este valor de corrente, um condutor de seção igual
a 0,50mm2 seria suficiente, mas devido à exigência da NBR 5410/04 que também se preocupa com
esforços mecânicos, a seção do condutor a ser utilizada será de 1,5mm2.
Para o circuito 2, também ocorre a mesma situação, já que o circuito possui um valor pequeno de
corrente, mas em função do uso do circuito, a seção a ser utilizada será de 2,5mm2.
Para o circuito 3, é preciso tomar cuidado para determinar a seção do condutor a ser utilizado, pois a
NBR 5410/04 estabelece a seção mínima de 2,5mm2, mas este condutor suporta até 21A, inferior à
corrente corrigida. Para solucionar este problema, basta utilizar o condutor com seção de 4mm2, que
suporta até 28A.
Circuito Corrente
Fator de Corrente
Tensão Potência (VA) de Seção dos
agrupamento corrigida
Nº Tipo (V) ou (W) projeto condutores
(f) (Ic) (A)
(IB) (A)
2
1 Ilum. 127 200 1,57 0,80 1,96 1,5mm
2
2 TUG 127 300 2,36 1,00 2,36 2,5mm
2
3 TUE 220 4400 20 0,80 25 4mm
Dimensionamento de eletrodutos
Para o correto dimensionamento dos eletrodutos de uma instalação elétrica, é necessário definir a
taxa de ocupação do eletroduto a ser utilizado. A taxa de ocupação é o percentual máximo da área do
eletroduto que pode ser ocupada pelos condutores. A taxa de ocupação pode variar entre 40% e 53%
em função da quantidade de condutores que serão instalados.
A taxa de ocupação mais utilizada é a de 40%, pois é utilizada quando serão instalados 3 ou mais
condutores no interior do eletroduto.
Para simplificar o dimensionamento, utiliza-se uma tabela, que a partir do número de condutores e a
seção do maior condutor de cada trecho, fornece o tamanho nominal do eletroduto. Veja a tabela:
Exemplo 1
Determinar o diâmetro do eletroduto para os condutores fase e neutro de 1,5mm2 e duas fases e um
terra de 4mm2.
Neste trecho de eletroduto passam cinco condutores e a seção do maior condutor é 4mm2. Veja como
localizar o valor na tabela.
Exemplo 2
Determinar o diâmetro do eletroduto para os condutores fase e neutro de 1,5mm2, fase, neutro e terra
de 2,5mm2 e duas fases e um terra de 4mm2.
Neste trecho de eletroduto passam oito condutores e a seção do maior condutor é 4mm2. Veja como
encontrar o valor na tabela:
Dispositivos de proteção
A NBR 5410/04 estabelece que “os condutores devem ser protegidos por um ou mais dispositivos de
seccionamento automático contra sobrecargas e curto-circuitos”.
Isso significa que a corrente do disjuntor tem que ser maior ou igual à corrente corrigida e ao mesmo
tempo, ser menor ou igual à capacidade de condução de corrente do condutor.
Para dimensionar o valor da corrente do disjuntor do circuito 1, deve-se escolher um disjuntor com
corrente superior ou igual a 1,96A (IC) e menor ou igual a 15,5A (IZ). Veja a definição:
1,69 ≤ In ≤ 15,5
Para a escolha do disjuntor existe a opção de 10A ou 15A, porém vamos indicar um disjuntor de 15A
para dar uma “folga” ao circuito e proteger os condutores. O circuito poderá, também, alimentar mais
lâmpadas.
O disjuntor será o de 25A, pois não são fabricados disjuntores de 26A, 27A ou 28A. Veja como ficou a
tabela:
faz a distribuição dos circuitos da instalação elétrica. O quadro geral de força e luz é o centro de
distribuição, pois:
• Recebe os condutores que vêm do medidor;
• Contém os dispositivos de proteção;
• Distribui os circuitos terminais que farão a alimentação de toda a intalação.
FIGURA 2
Em cada quadro de distribuição, deverá ser prevista uma capacidade de reserva que permita
ampliações futuras. Essa capacidade deverá ser compatível com a quantidade e tipo de circuitos
efetivamente previstos inicialmente.
De acordo com a NBR5410/04, esta previsão de reserva deverá obedecer aos seguintes critérios:
• quadros com até 6 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 2 circuitos;
• quadros de 7 a 12 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 3 circuitos;
• quadros de 13 a 30 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 4 circuitos;
• quadros acima de 30 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 15% dos circuitos.
Agora que você já estudou todas as informações e os exemplos deste texto, faça os exercícios que o
ajudarão a transformar tudo isso em conhecimento.
Bom trabalho!