Admin, BJHR-340
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DOI:10.34119/bjhrv3n6-340
RESUMO
Introdução e Objetivos: A adolescência é um período que resulta numa série de transformações,
dentre as quais destaca-se a iniciação sexual. Diante disso, há o aumento da incidência de gravidez
nesse período. Esta situação tem sido considerada um problema de saúde pública devido aos riscos
materno-fetais que podem ser desencadeados pela gravidez precoce. Estes riscos podem afetar a vida
do bebê e da mãe no âmbito obstétrico, psicossocial e econômico. Este trabalho visa identificar na
literatura os riscos materno-fetais apresentados diante de uma situação de gravidez na adolescência
ABSTRACT
Adolescence is a period that results in a series of transformations, among which sexual initiation
stands out. In view of this, there is an increase in the incidence of pregnancy in this period. This
situation has been considered a public health problem due to the maternal-fetal risks that can be
triggered by early pregnancy. These risks can affect the life of the baby and the mother in the obstetric,
psychosocial and economic spheres. This work aims to identify in the literature the maternal-fetal
risks presented by a situation of teenage pregnancy
2 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O período da adolescência abrange dos 10 aos 19 anos, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS) delimitando a transição da infância à idade adulta. Nesse período ocorre
frequentemente a iniciação sexual, sendo um motivo de preocupação, pela possível contaminação
com doenças sexualmente transmissíveis ou gestações indesejadas. A gestação nesse grupo vem
sendo considerada um problema de saúde pública, podendo acarretar repercussões obstétricas,
problemas psicossociais e econômicos. Fatores estão associados ao aumento da incidência de
gravidez na adolescência como o não conhecimento da fisiologia da reprodução, a não-adoção ou uso
incorreto dos métodos contraceptivos, o início precoce da puberdade, a redução da idade da menarca
nas adolescentes. Quanto ao progresso da gestação existem referências a uma maior incidência de
anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, desproporção céfalo-pélvica, infecção
urinária, prematuridade, placenta prévia, sofrimento fetal agudo intra-parto, complicações no parto,
hemorragias e puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para amamentar,
entre outros). Foi demonstrada também maior chance de baixo peso ao nascer, definido pela OMS
como nascimento abaixo de 2.500g, sendo causa maior de morbimortalidade neonatal. A gestação e
a maternidade impõem um processo de amadurecimento na vida da adolescente. Além disso, elas
geram efeitos negativos no âmbito da qualidade de vida, com prejuízos profissional e pessoal. Um
estudo comparativo mostra que as adolescentes nulíparas nessa faixa etária completam o segundo
grau em um percentual de 95%, enquanto que, as que engravidam apenas 53% completam o segundo
grau. Um dos fatores observados de grande relevância negativa na qualidade de vida foi a reincidência
de gravidez na adolescência que age sobrecarregando a vivência da maternidade, mostrando que é
uma situação que merece atenção
1. YAZLLE, Marta Edna Holanda Diogenes; FRANCO, Rodrigo Coelho; MICHELAZZO, Daniela.
Gravidez na adolescência: uma proposta para prevenção. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
72032009001000001&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Sept. 2016.
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009001000001.
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
72032006000800001&lng=en&nrm=iso>. access on 24 Sept. 2016.
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032006000800001.
5. FERREIRA, Fernanda Marçal; HAAS, Vanderlei José; PEDROSA, Leila Aparecida Kauchakje.
Qualidade de vida de adolescentes após a maternidade. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 26, n. 3,
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21002013000300007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 24 set. 2016.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002013000300007