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19647

Brazilian Journal of health Review

A gravidez na adolescência e seus riscos associados: revisão de literatura

Adolescent pregnancy and its associated risks: literature review

DOI:10.34119/bjhrv3n6-340

Recebimento dos originais:11/11/2020


Aceitação para publicação:28/12/2020

Ana Lúcia Borges Cabral


Graduanda do Curso de Medicina, Universidade de Rio Verde/UniRV
E-mail:[email protected]

Andressa de Andrade Ribeiro


Graduanda do Curso de Medicina, Universidade de Rio Verde/UniRV
Endereço:[email protected]

Lucas Rodrigues Castilho de Lima


Graduando do Curso de Medicina, Universidade de Rio Verde/UniRV
E-mail:[email protected]

Lara Cândida de Sousa Machado


Orientadora, Profª Mestra, Departamento de Medicina /Universidade de Rio Verde/UniRV
E-mail:[email protected]

RESUMO
Introdução e Objetivos: A adolescência é um período que resulta numa série de transformações,
dentre as quais destaca-se a iniciação sexual. Diante disso, há o aumento da incidência de gravidez
nesse período. Esta situação tem sido considerada um problema de saúde pública devido aos riscos
materno-fetais que podem ser desencadeados pela gravidez precoce. Estes riscos podem afetar a vida
do bebê e da mãe no âmbito obstétrico, psicossocial e econômico. Este trabalho visa identificar na
literatura os riscos materno-fetais apresentados diante de uma situação de gravidez na adolescência

Palavras-chave: gravidez, adolescência, riscos, prematuridade, gestação.

ABSTRACT
Adolescence is a period that results in a series of transformations, among which sexual initiation
stands out. In view of this, there is an increase in the incidence of pregnancy in this period. This
situation has been considered a public health problem due to the maternal-fetal risks that can be
triggered by early pregnancy. These risks can affect the life of the baby and the mother in the obstetric,
psychosocial and economic spheres. This work aims to identify in the literature the maternal-fetal
risks presented by a situation of teenage pregnancy

Keywords: pregnancy, adolescence, risks, prematurity, pregnancy.

Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p.19647-19650. nov./dez. 2020. ISSN 2595-6825


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1 METODOLOGIA
Este trabalho consiste em uma revisão literária a partir da busca nos portais SciELO e Lilacs
realizada no mês de setembro de 2016. As palavras-chave utilizadas na busca foram gravidez,
adolescência, riscos e pré-natal. Os critérios de inclusão para os estudos encontrados foram à
abordagem dos riscos, epidemiologia e aspectos psicossociais em gravidezes de adolescentes, sem ou
com assistência pré-natal adequada. Foram excluídos artigos que demonstravam problemas
associados à gestação que não estavam diretamente relacionados com a gravidez precoce, como em
grávidas imunossuprimidas ou portadoras de neoplasia. Foram selecionados 15 artigos e uma cartilha
publicada pela Rede Nacional da Primeira Infância. Destes, apenas 5 referências foram selecionadas
de acordo com relevância e atualidade da pesquisa

2 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O período da adolescência abrange dos 10 aos 19 anos, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS) delimitando a transição da infância à idade adulta. Nesse período ocorre
frequentemente a iniciação sexual, sendo um motivo de preocupação, pela possível contaminação
com doenças sexualmente transmissíveis ou gestações indesejadas. A gestação nesse grupo vem
sendo considerada um problema de saúde pública, podendo acarretar repercussões obstétricas,
problemas psicossociais e econômicos. Fatores estão associados ao aumento da incidência de
gravidez na adolescência como o não conhecimento da fisiologia da reprodução, a não-adoção ou uso
incorreto dos métodos contraceptivos, o início precoce da puberdade, a redução da idade da menarca
nas adolescentes. Quanto ao progresso da gestação existem referências a uma maior incidência de
anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, desproporção céfalo-pélvica, infecção
urinária, prematuridade, placenta prévia, sofrimento fetal agudo intra-parto, complicações no parto,
hemorragias e puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para amamentar,
entre outros). Foi demonstrada também maior chance de baixo peso ao nascer, definido pela OMS
como nascimento abaixo de 2.500g, sendo causa maior de morbimortalidade neonatal. A gestação e
a maternidade impõem um processo de amadurecimento na vida da adolescente. Além disso, elas
geram efeitos negativos no âmbito da qualidade de vida, com prejuízos profissional e pessoal. Um
estudo comparativo mostra que as adolescentes nulíparas nessa faixa etária completam o segundo
grau em um percentual de 95%, enquanto que, as que engravidam apenas 53% completam o segundo
grau. Um dos fatores observados de grande relevância negativa na qualidade de vida foi a reincidência
de gravidez na adolescência que age sobrecarregando a vivência da maternidade, mostrando que é
uma situação que merece atenção

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3 CONCLUSÃO
Por ter incidência cada vez mais precoce, a gravidez e a maternidade na adolescência impõem
um processo de amadurecimento, entretanto têm se tornado tanto um problema psicossocial e
econômico quanto um problema de saúde pública. Nos âmbitos psicossociais e econômicos destacam-
se a redução da qualidade de vida dessas jovens, pela sobrecarga da vivência na maternidade e perda
do tempo de estudo acarretando na desistência de uma futura profissionalização, gerando uma
população feminina menos qualificada economicamente ou por causar uma redução na alta estima da
jovem, que passa a ter assim menor poder aquisitivo e ver seu corpo ter mudado drasticamente e
antecipadamente em um curto período de tempo. No que condiz com a saúde pública, como dito
acima, a gravidez na adolescência tem se tornado um problema, com aumento da morbimortalidade
tanto materna quanto fetal e neonatal.

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Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p.19647-19650. nov./dez. 2020. ISSN 2595-6825

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