Cuidados de Enfermagem Prestados A Adolescentes Com Vírus Da Imunodeficiência Humana

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CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRESTADOS A ADOLESCENTES

COM VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA


Larissa de Freitas Xavier ¹
Thaisnara Rocha dos Santos ²
Luana Ibiapina Cordeiro 3
Maria Lúcia Duarte Pereira 4

EIXO 5: Enfermagem em saúde da criança e do adolescente.


INTRODUÇÃO

A adolescência é uma fase de grandes mudanças físicas e emocionais,


trazendo também o início das relações sexuais. Os adolescentes vivem em constante
exposição às situações de riscos, trazendo fragilidade e agravos, como as Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST). Em meio essas infecções, evidencia-se a
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), uma vez que é uma doença
ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), no qual o sistema
imunológico é atingido (BRASIL, 2015).

O Ministério da Saúde através do boletim epidemiológico relata que entre os


homens, de modo específico entre 15 e 19 anos de idade, nos anos entre 2006 a 2015
a taxa da infecção do vírus HIV triplicou (de 2,4 para 6,9 casos/100 mil hab.). Além
disso, os dados epidemiológicos mostram que as mulheres, de modo geral, sofreram
uma redução em quase todas as idades, com exceção para as adolescentes entre 15
e 19 anos de idade que contém uma cifra de 12,9% de aumento de 2006 a 2015.

O tratamento para o controle da Carga Viral (CV) do HIV é uma das prioridades
em saúde. Porém, existe a presença de percalços que não permite a obtenção de
uma qualidade de atenção à saúde, que muitas vezes é causada pela ausência de
diálogo governamental sobre o assunto (NASCIMENTO, 2014).

Contudo, à medida que os tratamentos consolidam sua eficácia, manter o


procedimento saudável se torna mais difícil, ou seja, a falta de certeza dos riscos e
benefícios criam novos problemas, mostrando que as pessoas precisam de mais
1. Graduanda de enfermagem da Universidade Estadual do Ceará - UECE
2. Graduanda de enfermagem da Universidade Estadual do Ceará – UECE
3. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde (PPCCLIS) – UECE
4. Pós-doutorado em Psicologia Social – JOHHANES KEPLER UNIVERSITÃT
E-mail do autor: [email protected]
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acompanhamento holístico não só do que apenas destinados ao controle na adesão
aos regimes terapêuticos e a realização de exames laboratoriais. Diante disso, torna-
se indispensável aos profissionais de saúde realizarem cuidados relacionados a essa
infecção, em especial, aos enfermeiros por possuírem um papel preponderante frente
ao estabelecimento de habilidades e conhecimentos pedagógicos em atividades com
vistas ao controle, prevenção e educação em relação à transmissão do HIV
(TEIXEIRA; OLIVEIRA, 2014). Com isso, surgiu o interesse em iniciar uma revisão
integrativa da literatura, tencionando demonstrar quais os cuidados de enfermagem
prestados a adolescentes com HIV/AIDS.

OBJETIVO

Analisar e reconhecer, nas produções científicas, os melhores métodos e


técnicas de cuidados que os enfermeiros proporcionam aos adolescentes com
HIV/AIDS, ao visar uma melhor qualidade de vida.

METODOLOGIA

O estudo corresponde uma revisão integrativa, a qual realiza análises e


observações por meio de conhecimentos já desenvolvidos em pesquisas relacionadas
a um tema específico, o que permite novos aprendizados por meio de resultados
mostrados em pesquisas anteriores. Neste trabalho, houve a identificação do tema e
seleção da questão de pesquisa: Quais os cuidados de enfermagem prestados a
adolescentes com HIV/ aids, a fim de melhorar a qualidade de vida? O levantamento
literário ocorreu no período de fevereiro a abril de 2019 nas seguintes bases de dados:
Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da saúde (LILACS) na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Utilizou-se dos
seguintes Descritores em Saúde (DecS): enfermagem and HIV and adolescentes. Os
critérios de inclusão foram artigos completos e disponíveis na íntegra de modo online,
no período de 2014 a 2019, no idioma português. Os critérios de exclusão: artigos que
não foram capazes de responder à questão da pesquisa. Durante a busca na base de
dados foram encontrados 695 artigos, sendo 36 na SciELO e 659 na LILACS. Por
meio da leitura dos resumos disponíveis e de acordo com os critérios foi excluído 20
artigos da SciELO e 628 da LILACS. Dentre os 47 artigos restantes que foram lidos,
apenas foram selecionados 07 artigos.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com Koerich (2015), ao discutir sobre a revelação diagnóstica,


muitos profissionais abordam que há uma dificuldade por parte de alguns
adolescentes ao conhecerem sobre a sua situação de saúde atual, como também, há
uma certa resistência que a maioria dos pais demonstram, ao sentirem-se culpados
pela infecção do vírus ao seu filho, seja pela falta de atenção para com ele na forma
de um diálogo mais próximo, por exemplo. Com isso, os profissionais de enfermagem
procuram estimular a família e ao jovem, a fim de obter uma relação de transparência
diante o quadro viral, como também, orientar o adolescente para que tenha uma
melhor compreensão ao participar de modo efetivo ao seu tratamento
(VASCONCELOS, 2014).

Diante disso, os cuidados proporcionados em saúde são evidenciados numa


relação entre indivíduos, visando conseguir a melhoria do grau de saúde e qualidade
de vida dessa população, ou seja, é de competência do profissional de enfermagem
ter a sensibilidade para detectar os comportamentos e atitudes diante a inserção
social, incentivo na prática de atividades físicas, orientações sobre alimentação
saudável, além de oferecer informações sobre a doença, visto as suas emoções e
sentimentos, ao oferta-lo apoio psicológico (SILVA, 2016).

Com isso, tem-se o intuito por parte do enfermeiro, estabelecer uma interação
com o paciente para ajudá-lo na busca de métodos de adequação diante dessa nova
realidade de vida, através do acompanhamento de rotina da CV. No caso de jovens
que desejam engravidar, o profissional de saúde realiza um acompanhamento acerca
da quantidade de vírus presente no organismo junto a um planejamento familiar, a fim
de realizar uma gravidez saudável a (o) parceira (o) e ao bebê (PEREIRA, 2016;
NOGUEIRA, 2015).

CONCLUSÃO

É de extrema importância que o enfermeiro execute a sua função, de tal maneira


que o jovem possa se sentir capaz de ser ouvido e inserido socialmente, pois possui
profissionais capazes de orientarem e estimularem à adesão medicamentosa, como
também, na busca da sexualidade, pois foram-lhes ofertados quanto a importância do
uso de preservativo na prevenção de transmissão e reinfecção, como também, no

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acompanhamento de rotina da carga viral, para jovens que possuem o desejo de
engravidar.

REFERÊNCIAS

KOERICH, C. et al. Gestão de cuidado de enfermagem ao adolescente que vive com


HIV/AIDS. Esc Anna Nery. n.19, v.1, p. 115-123, 2015. Disponível
em:<http://www.scielo.br/pdf/ean/v19n1/1414-8145-ean-19-01-0115.pdf>.
Ministério da Saúde. Departamento de DST, aids e hepatites virais: Aids no
Brasil, Brasília, 2015. Disponível em:<http://www.aids.gov.br/pt-br.>.
NASCIMENTO, J.A. et al. Percepções de clientes com HIV/Aids sobre a cartilha para
o autoexame ocular. Rev Enferm UERJ. n.22, v.6, p. 748-752, 2014. Disponível
em:<http://www.facenf.uerj.br/v22n6/v22n6a04.pdf>.
NOGUEIRA, V.P.F. et al. Cuidado em saúde à pessoa vivendo com HIV/AIDS:
representações sociais dos enfermeiros e médicos. Rev. Enfer. UERJ. n.23, v.3,
p.331-337, 2015.Disponível em:<http://www.facenf.uerj.br/v23n3/v23n3a07.pdf>.
PEREIRA, F.C.C. Processo de trabalho do enfermeiro no atendimento a pessoa
vivendo com HIV/AIDS na estratégia saúde da família. 2016. 92f. Dissertação
(Mestrado em Enfermagem) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Natal,2016. Disponível
em:<https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22432A >.
SILVA, C.B. et al. Atenção à saúde de criança e adolescente com HIV: comparação
entre serviços. Rev Bras Enferm. n.69,v.3,p. 522-531, 2016. Disponível em:
<https://www.scielo.br/pdf/reben/v69n3/0034-7167-reben-69-%20030522.pdf>.
TEIXEIRA, E.; OLIVEIRA, D.C.Representações sociais de educação em saúde em
tempos de AIDS. Rev. Bras. Enfer.Brasília. n.67, v.5,set-out,2014.Disponível
em:<https://www.redalyc.org/html/2670/267032830020/>.
VASCONCELOS, M.F. et al. Finalidades dos cuidados paliativos voltados para o
paciente com HIV/aids: estudo com enfermeiros. J Res Fundam Care Online. n.6,
v.3, p.1058-1067, 2014. Disponível
em:<https://www.redalyc.org/html/5057/505750623019/>.

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