Melhor Amen To
Melhor Amen To
Melhor Amen To
MARINGÁ
PARANÁ - BRASIL
MAIO – 2012
MONISE THAÍS HERPICH
MARINGÁ
PARANÁ - BRASIL
MAIO - 2012
FOLHA DE APROVAÇÃO
ii
Aos meus pais maravilhosos, Eliani Marilei Freitag e Guido Herpich, pelo exemplo de
seres humanos amorosos, éticos, humildes, serenos e honestos.
Aos meus avós, Mário Abílio Freitag e Augusto Herpich, pela influência, desde
criança, em admirar tudo que reflete no nome “Agronomia” e por hoje me dedicar e
amar a minha profissão.
A toda a minha família, pelo total apoio, por sempre acreditar na minha capacidade e
principalmente pelo amor e respeito.
Com amor dedico.
iii
AGRADECIMENTOS
iv
bolsa de estudos, no período anterior ao recebimento de bolsa da Capes, permitindo
que eu me mantivesse em Maringá e adquirisse conhecimentos valiosos para minha
vida profissional.
Finalmente, a todos os que de alguma forma contribuíram para a realização
deste trabalho e que estarão sempre em meu coração.
v
BIOGRAFIA
vi
SUMÁRIO
viii
LISTA DE QUADROS
ix
LISTA DE FIGURAS
x
RESUMO
xi
ABSTRACT
The production of double-haploids (DH) being used by maize companies due to the
possibility of reducing time and cost spent in obtaining inbred lines. The
implementation of routine production of double haploids lines in maize breeding
programs in Brazil depends on the establishment of efficient protocols. This work was
conducted with two objectives: 1) evaluate the efficiency of obtaining double-haploid
lines in maize using two inductors and five methods of chromosome doubling; 2)
identify SSR markers to assist phenotypic selection of haploid plants or DH. To this
end, was evaluated the efficiency in induction of haploids using hybrid of maize
breeding program of Coodetec and the inductors of haploidy Stock 6 and KHI,
thereby obtaining seeds/plants genotyping haploids. To the chromosome duplication
was used five methods, and colchicine used as antimitotic agent. The identification of
haploids or DH was performed by phenotypic analysis and the use of microsatellite
molecular markers (SSR). The inductor of haploidy KHI presented the best
performance in the induction of genotyping haploids of maize. The methods of
chromosome duplication had low efficiency, requiring thus of optimizing protocols.
The used of microsatellite molecular markers shown to be efficient to identify the
haploids plants or DH, supporting phenotypic selection.
xii
1. INTRODUÇÃO
1
2. REVISÃO DE LITERATURA
2
Após a abertura das espiguetas, na antese, as anteras sofrem ruptura de
uma de suas extremidades, a fim de permitir a saída dos grãos de pólen. A duração
total da floração de um pendão em um campo de milho pode variar de 10 a 20 dias.
Temperaturas elevadas podem encurtar estes períodos, enquanto temperaturas
mais amenas podem prolongá-los (Goodman e Smith, 1987). Em um pendão,
existem milhares de anteras. Cada antera produz, em média, 400 grãos de pólen e
cada planta produz milhões de grãos de pólen, o que possibilita uma enorme
eficiência do processo de polinização. Os grãos de pólen são transportados,
predominantemente, pelo vento, possibilitando a polinização cruzada (Luna et al.,
2001; Ramalho e Silva, 2004).
A inflorescência feminina, denominada espiga, ocorre por diferenciação das
gemas existentes nas axilas foliares do colmo. É constituída de palhas, sabugo e
flores femininas. A palha envolve firmemente a inflorescência, de modo que cada
bainha foliar é originada de um único nó. À medida que as bainhas surgem, uma se
sobrepõe à outra (Viana et al., 1999). O sabugo é um eixo ao longo do qual se
encontram reentrâncias ou alvéolos, nos quais se desenvolvem as espiguetas. Estas
estão dispostas aos pares, formando um espiral em torno do sabugo, o que faz com
que o número de fileiras de grãos presentes na espiga normalmente seja um número
par. A flor é parcialmente envolvida pela lema e pela pálea, apresentando um pistilo
funcional com ovário basal único e estilo longo.
O estilete se caracteriza por ser um filamento de conexão entre o estigma e
o ovário. O ovário situa-se na parte basal da flor, aderido ao sabugo, e é constituído
pela parede do ovário e do óvulo. O óvulo, por sua vez, tem na sua constituição, o
funículo, integumentos, micrópila, nucela e saco embrionário (Dumas e Mongensen,
1993).
O conjunto formado pelo estilo e estigma é denominado de cabelo ou barba
da espiga e fornece umidade aos grãos de pólen capturados, os quais germinam e
emitem o tubo polínico por meio de um poro germinativo. O estilo-estigma tem
tamanho variável, podendo atingir até 45 cm de comprimento (Mercer, 2001).
Os estilos e estigmas permanecem receptivos logo após a sua emergência
até por volta de 14 dias, dependendo das condições climáticas. Apenas a flor
superior de cada espigueta é funcional, pois a inferior geralmente encontra-se
atrofiada. A fecundação de todas as flores da espiga só será verificada se a
polinização for efetuada entre o sétimo e nono dia, aproximadamente. Quando não
3
fecundados, os estilos-estigmas começam a secar a partir da extremidade após o
período de alongamento (Cárcova et al., 2003).
4
espécie (2n=20). O outro núcleo espermático funde-se aos dois núcleos polares de
tal modo que, posteriormente, essa estrutura triplóide forma o endosperma (Veit et
al., 1993).
A dupla fertilização resulta na formação do zigoto e do endosperma. O zigoto
origina o embrião híbrido, que contém 50% da informação dos cromossomos de
origem paterna e 50% de origem materna. Já no endosperma, 66,66% dos
cromossomos são de origem materna e apenas 33,33%, paterna (Veit et al., 1993).
5
abscisão” ou “camada preta”, indicando que o grão se encontra completamente
formado, atingindo a maturidade fisiológica (Vieira et al., 1995).
A camada externa da semente é o pericarpo, que deriva da parede do ovário
e pode ser incolor, vermelho, marrom, laranja ou variegado (Paterniani e Miranda
Filho, 1987).
A ponta da semente é a parte remanescente do tecido que conecta a
semente ao sabugo e permite uma rápida absorção de umidade. Dentro da semente,
está o endosperma e o embrião, sendo o endosperma responsável por
aproximadamente 85% do peso total do grão, o embrião 10% e o pericarpo 5%
(Kiesselbach, 1949).
O embrião é proveniente do crescimento e diferenciação do zigoto. Está
posicionado em uma depressão da face superior do endosperma perto da base da
semente. Nele se encontram as estruturas que originarão uma nova planta e que
serão ativadas quando esta for colocada em condições favoráveis à germinação
(Paterniani e Filho 1987). O embrião é constituído por um eixo embrionário e pelo
cotilédone. O eixo embrionário é constituído por várias estruturas: a plúmula ou
epicótilo, que se situa na extremidade superior, e origina as primeiras folhas. A
plúmula é envolta por uma bainha protetora chamada coleóptilo. Na extremidade
inferior, encontra-se a radícula, da qual serão originadas as raízes, inicialmente
envoltas por uma bainha chamada de coleorriza (Mercer, 2001).
O endosperma é triplóide, originado da fusão de dois núcleos femininos e
um núcleo masculino. Com exceção da(s) sua(s) camada(s) mais externa(s)
constituída(s) por uma ou algumas camadas de células de aleurona, o endosperma
é constituído principalmente de amido e pode apresentar cor branca, amarela ou
laranja (Brieger e Blumenschein, 1966).
As sementes de milho mantêm um alto nível de viabilidade (95-100%) por
até 6 anos em condições secas e frias. A redução do teor de umidade para menos
de 12% permite que a semente mantenha a viabilidade enquanto congelada
(Purseglove, 1972).
6
autofecundação e a utilização de duplo-haplóides para futura produção de híbridos
(Barbosa, 2009).
Existem diferentes fatores que interferem direta ou indiretamente no
progresso a ser obtido por seleção, merecendo destaque a intensidade de seleção,
as propriedades genéticas da população e as condições de ambiente (Paterniani e
Filho, 1987).
No Brasil, as pesquisas de melhoramento genético de milho iniciaram em
1932. O lançamento do primeiro híbrido duplo ocorreu em 1946 e o surgimento do
primeiro híbrido simples, em 1952. A tecnologia do milho híbrido explora a heterose
ou o vigor híbrido, oriunda do cruzamento de duas ou mais linhagens homozigotas.
Estas linhagens são obtidas após 6-7 gerações de autofecundação (Fancelli, 1994).
Nos últimos anos, o Brasil lidera os investimentos no desenvolvimento de
híbridos de milho tropical. É um mercado altamente competitivo. O milho híbrido
ocupa lugar de destaque entre as contribuições da ciência para a sociedade e tem
sido responsável por expressivos aumentos na produtividade dessa importante
cultura em todo o mundo (Barbosa, 2009).
A superioridade dos genótipos heterozigotos em relação aos demais foi
descoberta na cultura do milho no início do século XX. A partir de então, vários
estudos foram conduzidos, viabilizando a produção e a utilização comercial de
sementes híbridas. O sucesso dos programas de melhoramento de milho depende
do desenvolvimento de linhagens. Essas linhagens representam uma fonte
fundamental para os estudos em genética e melhoramento. Além de seu uso
extensivo na produção de híbridos, as linhagens são importantes nos estudos de
diversidade genética e desenvolvimento de mapas de ligação (Hallauer, 1990).
As considerações acima permitem concluir que a obtenção de linhagens a
serem utilizadas na obtenção de híbridos com alto desempenho produtivo,
representa uma das principais metas do melhoramento de milho (Miranda Filho e
Viégas, 1987).
7
e restaura a fertilidade. Esta planta, chamada duplo-haplóide, será totalmente
homozigota, uma vez que cada cromossomo terá sua cópia exata. Uma planta ou
semente obtida a partir de uma planta DH autopolinizada pode ser denominada
como planta duplo-haplóide. Uma planta é considerada DH se ela for fértil, mesmo
que toda a parte vegetativa da planta não consista das células com o grupo
duplicado de cromossomos. Por exemplo, uma planta será considerada uma planta
DH se contiver gametas viáveis, mesmo se for quimérica (Moraes-Fernandes, 1990).
A técnica de obtenção de linhagens DH de milho tem sido estudada
principalmente para reduzir o tempo na síntese de linhagens, nos programas de
melhoramento de milho. Além disso, a técnica requer menor área experimental nos
campos de melhoramento, resultando em economia de recursos da empresa
(Milach, 2007).
Segundo Strahwald e Geiger, 1988, a tecnologia permite que o melhorista
realize o testcross com linhagens homozigotas em vez de fazê-lo utilizando material
que ainda apresenta segregação.
8
As plantas/sementes são posteriormente tratadas com agentes que duplicam o
genoma, como a colchicina, obtendo-se, em apenas uma geração, indivíduos
totalmente homozigotos (Barbosa, 2009).
9
independentemente do genótipo (Lashermes e Beckert, 1988; Chalyk, 1994;
Deimling, 1997; Bordes, 1997).
10
androgenéticos (Kermicle, 1969) como também haplóides de origem materna,
gimnogenéticos (Alekcevetch, 2011).
Incluem-se ainda como linhagens indutoras de haploidia para milho a MHI e
M741H, que produzem haplóides de origem materna (Eder et al, 2002), e os
indutores RWS (Roeber e Geiger, 2005), KEMS (Deimling e Geiger, 1997), KMS e
ZMS (Chalyk, 1994).
Na literatura estudada, não foi observado a presença do sintético indutor de
haploidia KHI como foco de pesquisa.
Para facilitar a identificação de sementes ou plantas haplóides/DH, fazendo
com que ocorra assim um melhor êxito na seleção fenotípica das plantas de
interesse, pode-se utilizar o marcador morfológico dominante do sistema R-navajo
(R1-nj), presente no loco R do cromossomo 10. Com este tipo de seleção ocorre,
portanto, a diminuição do número de indivíduos diplóides, os quais não são de
interesse.
O sistema desenvolvido por Nanda e Chase (1966) utiliza um parental
masculino denominado “Purple embryo Marker” ou “PEM, com a presença do gene
R1-nj, caracterizado por promover a pigmentação com antocianina no endosperma e
no embrião nas sementes diploides (Figura 1). Nas sementes haplóides, a
pigmentação está presente somente no endosperma, ficando com o embrião branco,
natural de sementes de milho (Nanda e Chase, 1966).
É importante ressaltar que o gene R1-nj apresenta algumas limitações, como
a dificuldade de isolamento de alguns genótipos haplóides, causada pela presença
de genes dominantes existentes no milho, C1-I, C2-Idf e In1-ID, que inibem a síntese
de antocianina (Figura 2) (Coe Junior, 1994).
Para que um marcador de antocianina funcione em milho, a ação de vários
alelos precisa ser considerada. A produção de pigmentos de antocianina em tecidos
de milho inclui os produtos de genes estruturais e reguladores. Genes estruturais,
tais como A1, A2, Bz1, Bz2 e C1, codificam as enzimas biossintéticas da via
metabólica. Os genes reguladores de antocianina encaixam-se em duas classes de
fatores de transcrição, C1/Pl1 e R1/B1, os quais interagem para ativar a transcrição
dos genes estruturais. Mais especificamente, a expressão de antocianina no grão
requer um alelo determinador de coloração no loco C1, tal como C1 ou C1-S (Cone
et al., 1986).
11
O C1-S é dominante ao alelo C1 de tipo selvagem e apresenta pigmentação
intensificada (Cone et al., 1986). A expressão de C1, ao contrário, é dependente do
gene Vp1, que codifica um fator de transcrição que está envolvido na expressão de
genes durante a germinação de sementes. A especificidade da expressão de C1 em
grãos ocorre porque a expressão de Vp1 é limitada ao endosperma (aleurona) e
embrião (Hattori et al., 1992).
Um alelo, para ser útil no rastreamento haplóide/diplóide, deve conferir
coloração em ambos, endosperma (aleurona) e embrião. Coe et al. (1988) listaram
três tipos de alelos que conferem coloração em ambos, o R1-nj, R-scm e B-peru. O
R1-nj é o mais comumente usado para rastreamento haplóide/diplóide de sementes
maduras (Nanda e Chase, 1966).
Estudos demonstraram a possibilidade de aumentar a taxa de indução de
haploidia, utilizando linhagens indutoras de clima temperado que chegam a produzir
até 10% a 12% de haplóides, porém, com grande variação de acordo com o
genótipo empregado (Shatskaya et al., 1994). Após a obtenção e identificação das
mesmas, faz-se então a diploidização cromossômica (Milack, 2007).
O indutor de haploidia de origem de clima temperado, linhagem W23, produz
de 1% a 3% de grãos haplóides, o que teoricamente resulta em 2 a 6 haplóides
numa espiga contendo 200 grãos (Kermicle, 1969).
Lashermes e Beckert (1988) utilizaram marcadores fenotípicos para
identificar haplóides, mais especificamente os genes da ausência de lígula e glossy
(lg1, lg2 e gl1). Dependendo do genótipo, verificaram uma variação de 0,4 a 2,4% na
frequência de indução. Além disto, desenvolveram novas linhagens indutoras.
Produziram e avaliaram 29 linhagens e híbridos de linhagens indutoras com Stock 6.
Os autores observaram uma alta correlação entre as capacidades de indução das
gerações F2 e F3.
Chalyk (1994) avaliou plantas haplóides obtidas por meio do cruzamento com
um indutor ZMS durante dois anos (604 plantas no primeiro ano e em 1030 plantas
no segundo). Estimou a fertilidade de plantas haplóides, ou seja, a frequência de
duplo-haplóides espontâneos, e concluiu que a maioria das plantas haplóides é
macho estéril. Por outro lado, encontrou uma taxa de diploidização espontânea
variando entre 3,3 e 3,6%.
12
2.5.4. Duplicação cromossômica
14
exemplos: marcadores RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism) e os
marcadores minissatélites, também conhecidos como VNTR (Variable Number of
Tandem Repeats). Os marcadores pertencentes ao grupo 2 são obtidos por
amplificação de DNA, incluem-se, neste grupo, marcadores RAPD (Random
Amplified Polymorphic DNA), SCAR (Sequence Characterized Amplified Regions),
STS (Sequence Tagged Sites), SSR (Simple Sequence Repeats, também
denominados microssatélites) e AFLP (Amplified Fragment Length Polymorphism)
(Pinto, 2009).
Entre os marcadores moleculares inclusos no grupo 2, destacam-se os SSR
ou microssatélites. Os marcadores baseados em microssatélites estão sendo
desenvolvidos para aplicações de mapeamento genético em culturas de grande
expressão, tais como soja, arroz, milho e trigo. Tendo em vista a sua expressão co-
dominante e o seu multialelismo, possuem um grande conteúdo de informação de
polimorfismo (Pinto, 2009).
De acordo com Wrigley e Batey (1995), a eficiência de um marcador decorre
de pelo menos seis atributos: (a) não ser afetado pelo ambiente e pelo estádio de
desenvolvimento das plantas; (b) permitir alto grau de discriminação entre genótipos
e baixo dentro do genótipo; (c) compreender métodos rápidos e fáceis de execução;
(d) não estar sujeito à variação entre laboratórios; (e) apresentar ligação com
informações sobre caracteres qualitativos; e (f) possibilitar a utilização de testes
estatísticos objetivos para detectar misturas e o coeficiente de similaridade entre
genótipos.
Em virtude de atenderem a todos esses requisitos, numerosos microssatélites
foram desenvolvidos para milho e são hoje amplamente utilizados nessa cultura
(Sibov et al., 2003).
As vantagens oferecidas pelos marcadores moleculares, em relação aos
marcadores morfológicos, justificam o seu uso cada vez mais intensivo como
ferramenta cotidiana em programas de melhoramento de milho (Pinto, 2009).
A utilização dos marcadores moleculares como apoio na identificação de
indivíduos haplóides/duplo-haplóides tem sido demonstrada em estudos sobre o
assunto (Silva, 2009; Alekcevetch, 2010, Barbosa, 2009), uma vez que, na avaliação
fenotípica, observam-se algumas falhas na seleção de sementes ou plantas
haplóides e duplo-haplóides.
15
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Local
16
(presença de antocianina no endosperma e ausência no embrião); b) sementes
híbridas (presença de antocianina no endosperma e no embrião); c) contaminantes
(sementes que não apresentaram antocianina).
Após a identificação das sementes potencialmente haplóides, foram
selecionadas nove populações (seis cruzadas com o indutor Stock 6 e três cruzadas
com o indutor KHI). Aquelas populações que apresentaram maiores porcentagens
de sementes potencialmente haplóides induzidas e que apresentaram sementes
com boa qualidade (sem ataque de pragas, doenças e vigorosas), foram
selecionadas e suas sementes cultivadas, após dois meses do plantio as plantas
geradas foram avaliadas fenotipicamente e molecularmente como haplóides ou DH
(critérios de avaliação fenotípica item 3.5).
Foi utilizado o método descrito por Gayen et al. (2010), com algumas
modificações. Inicialmente, 104 sementes potencialmente haplóides das seis
populações obtidas do indutor Stock 6 foram submetidas à desinfestação em álcool
17
70% durante 20 minutos, seguindo do mesmo tempo em hipoclorito de sódio
comercial 50%, acrescentando-se três gotas de tween 20. As sementes foram
lavadas três vezes com água destilada e autoclavada, ficando imersas por 48 horas.
Este procedimento também foi aplicado em 154 sementes de três populações
obtidas do indutor KHI. Após esse período, as sementes apresentavam-se
intumescidas, permitindo a realização de um corte no pericarpo e endocarpo, logo
acima do embrião (Figura 1), com a finalidade de aumentar a absorção da solução
de colchicina pelo embrião. As sementes foram imersas em solução de colchicina
0,06%, contendo 0,5% de dimetil sulfóxido (DMSO) por 15 horas. Completado este
período, as sementes foram lavadas três vezes em água corrente e semeadas em
vasos, em casa de vegetação, contendo, cada vaso, um substrato formado por uma
mistura de solo, areia e matéria orgânica, na proporção de 6:1:1.
18
3.4.4. Tratamento 4: imersão das plântulas em colchicina
19
3.6. Identicação de plantas haplóides ou DH através de marcadores SSR
20
O DNA de amostras de folhas de plantas potencialmente haplóides ou duplo-
haplóides foi extraído também de acordo com o protocolo descrito acima. A
quantificação do DNA foi realizada em gel de agarose 0,8%.
Para as reações de PCR, utilizaram-se 30 ng de DNA, 3 mM de MgCl2, 2
mM de Tris, 5 mM de KCl, 250 µM de DNTP, 0,4 µM de cada primer (senso e
antisenso) e uma unidade de Taq DNA Polimerase, em um volume final de 20 µl.
As reações de PCR foram realizadas em um programa touchdown com 40
ciclos de amplificação. Este consistiu de quatro minutos iniciais para desnaturação a
94°C, seguido de 10 ciclos de 94°C por 20 segundos; 65°C por 20 segundos
(diminuindo-se 1oC a cada ciclo) e 72°C por 20 segundos e 30 ciclos a 94°C por 20
segundos; 55°C por 20 segundos e 75°C por 20 segundos. Por fim, foi realizada
uma etapa final de 72°C por 10 minutos. As amplificações foram realizadas em
termoclicador Veriti 96 (Applied Biosystems).
Os fragmentos amplificados foram separados em gel de agarose 3%,
corados com brometo de etídio (0,5µg mL-1), utilizando-se tampão de corrida SB
0,5X. A visualização dos fragmentos foi feita em aparelho de fotodocumentação
Vilber Loumat (Marne-la-Vallee, França), sob luz ultravioleta.
Para identificar polimorfismos entre os genitores, 120 marcadores SSR
foram testados. Para a identificação de plantas haplóides ou duplo-haplóides, foram
utilizados primers com alelos em homozigose e polimórficos entre os parentais de
cada população.
No processo de caracterização dos indivíduos, as plantas potencialmente
haplóides ou duplo-haplóides, com genótipo heterozigoto para estes marcadores,
foram consideradas como híbridos entre a população F1 e o indutor de haploidia. As
plantas com genótipo homozigoto para estes marcadores foram consideradas como
haplóides ou duplo-haplóides.
As informações obtidas da análise molecular foram utilizadas para comparar
com a caracterização fenotípica.
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A B
Figura 2 – A: Expressão de antocianina nas sementes. B: Sementes sem expressão
de antocianina.
22
endosperma e embrião sem coloração foram classificadas como potencialmente
haplóides.
A B C
Figura 3 - A) semente híbrida, B) potencialmente haplóide e C) semente sem
expressão de antocianina - indutor Stock 6.
23
haploidia serem diferentes para os dois indutores pode ter influenciado no número
de sementes potencialmente haplóides obtidas.
Sementes
Total de Potencialmente
Indutor Populações potencialmente
sementes haplóides (%)
haplóides
P1 8908 144 1,61
P2 7108 99 1,39
P3 5074 148 2,91
P4 7848 69 0,87
P5 5661 33 0,58
P6 5407 53 0,98
P7 7590 38 0,50
P8 5351 6 0,11
P9 6165 42 0,68
P10 6113 12 0,20
Stock 6 P11 5275 19 0,36
P12 1344 7 0,52
P13 6875 16 0,23
P14 4364 10 0,23
P15 6185 11 0,18
P16 4231 21 0,50
P17 5267 6 0,11
P18 5264 4 0,08
Total 104030 1033 0,99
P19 4833 543 11,23
P20 5404 189 3,49
P21 4956 100 2,01
P22 5540 96 1,73
P23 3357 63 1,87
P24 4482 43 0,95
P25 2575 67 2,60
P26 5646 7 0,12
P27 3189 3 0,09
KHI
P28 6740 7 0,10
P29 7743 110 1,42
P30 6223 311 5,00
P31 7585 16 0,02
P32 2232 30 1,34
P33 5886 17 0,29
P34 4071 7 0,17
P35 1885 0 0,00
P36 1768 0 0,00
Total 84115 1609 1,91
24
Para haver a confirmação do estado de haploidia por meio da análise
fenotípica, as sementes potencialmente haplóides selecionadas foram então
cultivadas e, como já mencionado, foi realizada após dois meses a avaliação
fenotípica das plantas potencialmente haplóides geradas, estas referentes às nove
populações selecionadas. Observou-se que as populações cruzadas com o indutor
KHI apresentaram maior número de plantas com características haplóides (Quadro
2), evidenciando a diferença na eficiência dos dois indutores utilizados.
25
observação pode ser levada em consideração ao se realizar a seleção dos melhores
genótipos maternos a serem empregados neste sistema de produção de DH, pois o
melhorista, ao utilizar espigas com intensidade de antocianina forte em suas
sementes, a exemplo deste caso, pode estar tendo vantagens quanto ao número de
sementes potencialmente haplóides obtidas.
26
Figura 5 - Plantas haplóides oriundas do cruzamento com o genitor KHI.
27
Alekcevetch (2010), ao testar dois indutores de haploidia, Stock 6 e W23,
obteve 0,0117% e 0,3359% de plantas haplóides gimnogenéticas, respectivamente.
Os resultados obtidos foram satisfatórios quando comparados com trabalhos
relacionados à indução de haploidia em milho.
28
sugeridas, deve-se mencionar a redução da concentração de colchicina, o uso
preventivo de defensivos e a redução na profundidade dos cortes feitos em
sementes e coleóptilos.
Plantas possíveis
haplóides 64 41,5 44 28,5 80 51,9 2 1,3 133 86,3
germinadas
29
Os resultados apresentados no Quadro 4 permitem novamente observar que
a germinação foi maior nos tratamentos em que as sementes e plântulas não foram
submetidas a qualquer tipo de corte antes da aplicação de colchicina (tratamentos 1,
3, e 5).
Quando utilizada nos demais tratamentos, a colchicina pode ter apresentado
efeito de toxidade nas sementes e plântulas.
Considerando os dois indutores e o total de plantas que receberam os
tratamentos de duplicação, 26 plantas foram selecionadas como DH por meio da
análise fenotípica das plantas estabelecidas (Quadro 3 e 4).
Utilizando a colchicina na duplicação cromossômica, Bordes et al. (1997)
verificaram que a recuperação da fertilidade masculina variou de 30 a 60%, de
acordo com o número de haploides detectados. Segundo os autores, a taxa de
recuperação de progênie foi influenciada pela base genética. O híbrido identificado
como DGT apresentou resultados melhores do que o híbrido CGT. O período de
crescimento também teve uma influência sobre a recuperação de espigas férteis. Os
autores observaram letalidade em plantas a uma taxa de 4,4 a 13,9% após a
utilização da colchicina no tratamento de duplicação. Nesse tratamento, as plântulas
foram imersas até a base em solução de 1,5 g de colchicina por litro, durante três
horas, em temperatura ambiente. Após este período, as plântulas foram transferidas
para vasos contendo substrato e aquelas que apresentaram pólen foram
autofecundadas. Estes resultados comparados com os obtidos neste trabalho foram
superiores quanto ao número de DH produzidos.
O tratamento 1 apresentou números próximos aos demais tratamentos,
sendo em alguns casos melhores, como quando comparados aos tratamentos 2 e 3
(Stock 6) e tratamento 4 (KHI).
Chase et al. (1952) relataram a obtenção de DH espontâneos a uma taxa de
10. Essa diferença pode decorrer da capacidade específica de resposta do genótipo
utilizado.
Considerando a variação nos resultados descritos até o momento pela
literatura e a escassa disponibilidade de informações metodológicas, é possível
concluir que outros protocolos alternativos devem ser testados para otimizar a
duplicação cromossômica das plantas, tendo em vista um maior sucesso na
obtenção de DH.
30
4.3. Seleção de plantas haplóides por meio de marcadores SSR
31
As plantas haplóides ou DH foram identificadas visualmente através da
produção de pólen e confirmadas por meio dos marcadores SSR (Quadro 7).
P3 1 2 3 4 5 6 7
Figura 7 - Padrão obtido com o marcador umc 1797 para plantas oriundas do
cruzamento entre Stock 6 e P3 - 1, 2, 3, 4, 5 e 7: híbridos; 6: haplóide ou DH.
KHI P21 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Figura 8 - Padrão obtido com o marcador bnlg 1031 para plantas oriundas do
cruzamento entre KHI e P21. 1, 2, 3, 4, 7, 8, 9, 12, 15 e 18: híbridos; 5, 6, 10, 11, 13,
14, 16 e 17: haploides ou DH.
P2 58 6 3 3
P3 80 2 2 2
P4 35 7 2 2
P5 10 3 3 3
P6 35 3 2 2
P20 85 70 70 58
P21 18 10 8 8
33
4.4. Comparação dos três métodos de seleção e obtenção de sementes DH
34
populações induzidas pelo KHI apresentou menor número de falso-positivos. Logo,
de acordo com este critério, o uso do indutor KHI foi mais vantajoso que o emprego
dos outros indutores.
O número de plantas selecionadas fenotipicamente como haplóides/DH foi
semelhante ao da análise molecular, evidenciando a importância da avaliação
fenotípica e do uso dos marcadores, que contribuíram para aumentar a eficiência da
seleção.
Figura 10 - Avaliação dos três métodos de seleção de haplóides para o indutor KHI.
35
vegetação, colaborando para a rápida inviabilidade do pólen. Observou-se também
que muitos pendões tornaram-se secos antes que as polinizações fossem
finalizadas.
As 19 plantas restantes identificadas fenotipicamente como DH, foram
híbridas na análise molecular (Quadro 3 e 4).
A única planta autofecundada caracterizada fenotipicamente e
molecularmente como DH pertenceu à P19 (Figura 2), que produziu uma espiga
contendo 51 sementes, das quais 30 apresentaram antocianina e 21 apresentaram
tegumento amarelo, característica das sementes do genitor feminino (Figura 12). O
motivo da presença de algumas sementes contendo expressão de antocianina
possivelmente se deve à contaminação de alguns estilos-estigmas com pólen
externo. Por outro lado, aquelas que apresentaram coloração normal, a exemplo do
genitor fêmea, foram devido à autofecundação da planta da população P19
constatada fenotipicamente e molecularmente como DH.
36
5. CONCLUSÕES
37
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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