245-Article Text-739-1-10-20190911

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 8

Revista de Ciências

Farmacêuticas
Básica e Aplicada Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2013;34(1):117-123
Journal of Basic and Applied Pharmaceutical Sciences
ISSN 1808-4532

Incidência bacteriana e perfil de resistência a


antimicrobianos em pacientes pediátricos de um
hospital público de Rondônia, Brasil
Vinicius Tadeu Ramos da Silva Grillo1,*; Thiago Gomes Gonçalves2; Joacy de Campos Júnior2; Nilson Cardoso Paniágua3;
Carolina Bioni Garcia Teles4

1
Acadêmico de Medicina da Faculdade São Lucas de Porto Velho-RO, Pesquisador Bolsista do Programa de Iniciação Científica da
Faculdade São Lucas (PIC/FSL).
2
Acadêmico de Medicina da Faculdade São Lucas de Porto Velho-RO.
3
Médico Pediatra, Preceptor do Internato da Faculdade São Lucas de Porto Velho-RO.
4
Professora Mestre e Pesquisadora Responsável pela Disciplina de Microbiologia do Curso de Medicina e Ciências Biológicas da
Faculdade São Lucas de Porto Velho-RO.

RESUMO 29,2%. Para evitar o crescimento da resistência dos


microrganismos e o uso empírico e indiscriminado de
As infecções de maiores preocupações dos profissionais antimicrobianos é necessária uma avaliação do perfil de
da área de saúde são as que ocorrem nas unidades resistência bacteriana que norteie a prescrição racional
que atendem pacientes mais suscetíveis à infecção e adequada destes fármacos.
- Pediatria, Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e Palavras-Chave: Pediatria. Resistência Microbiana a
Unidades Oncológicas. Dentre os fatores contribuintes Medicamentos. Infecção Hospitalar.
para altas taxas de infecções e mortalidade estão:
gravidade da doença, procedimentos que requerem INTRODUÇÃO
mais tempo e os invasivos, e longos períodos de
internação. Foi realizado um estudo de caráter As infecções de maiores preocupações dos
retrospectivo, transversal, não controlado nas unidades profissionais da área de saúde são as encontradas em
pediátricas – Clínicas Pediátricas, UTI Pediátrica e unidades que atendem pacientes mais suscetíveis à infecção,
Oncopediatria de um hospital público do Estado de como a Pediatria, Unidades de Terapia Intensiva (UTI)
Rondônia, Brasil. Ponderando-se o levantamento dos (Andrade et al., 2006), Unidades Oncológicas (Braga et al.,
resultados de culturas e antibiogramas isolados nas 2004), Unidades de Transplantes e Neonatologia (Boiça &
unidades pediátricas do hospital, no período de janeiro Bicudo, 2005; Chung et al., 2010; Viana et al., 2011).
a julho de 2010, foram analisados 313 antibiogramas. Segundo o Manual de Prevenção e Controle
Destes, 19,2% apresentaram crescimento bacteriano, de Infecção Hospitalar em Pediatria da ANVISA
dos quais a maior parte (38%) foram Hemoculturas. Os (2006), entre as bactérias de maior relevância clínica e
microrganismos mais comumente encontrados foram os epidemiológica encontram-se Staphylococcus aureus e
Bacilos Não Fermentadores (BNF) (28,3%), Escherichia Staphylococcus coagulase negativa, as bactérias da família
coli (25%) e Enterobacter spp. (20%). Algumas cepas Enterobacteriaceae como Klebsiella spp., Escherichia coli,
chamam a atenção com relação ao aparecimento de Enterobacter spp. e os microrganismos não fermentadores.
resistência, como as cepas de Pseudomonas aeruginosa, Vários são os fatores que contribuem para que essas
cuja resistência as cefalosporinas de terceira unidades tenham altas taxas de infecções e mortalidade,
geração foi analisada em mais de 90% e as cepas de entre eles: o meio ambiente hospitalar, principalmente o
Enterobacter spp., que apresentaram resistência aos de hospitais de ensino e universitários (Chung et al., 2010;
carbapenêmicos. A ala da Oncopediatria mostrou-se a Silveira et al., 2010; Lo et al., 2010; Rigatti, 2010; Viana
menos afetada com relação às outras, pois apenas 4% et al., 2011); A gravidade da doença, que é diretamente
das amostras coletadas para exame microbiológico proporcional ao risco de infecção, pois necessita de
obtiveram crescimento bacteriano, já em pacientes tratamentos mais complicados (Hoefel & Lautert, 2006;
da UTI Pediátrica houve crescimento bacteriano em Andrade et al., 2006; Almeida et al., 2007; Chung et al.,
2010); E os procedimentos demorados e invasivos, que
contribuem grandemente para a aquisição de infecções
(Almeida et al., 2007; Rigatti, 2010), além dos longos
períodos de internação (Braga et al., 2004; Andrade et al.,
Autor correspondente: Vinicius Tadeu Ramos da Silva Grillo - Rua 2006; Hoefel & Lautert, 2006; Chung et al., 2010).
Alexandre Guimarães, 1927 - Bairro Areal - CEP.76.804-373 - Faculdade
São Lucas - Departamento de Microbiologia - Porto Velho - RO - telefone: (69) Apesar da descoberta dos antibióticos na terapêutica
3211-8001 - celular: (69) 8105-5042 - e-mail: [email protected] médica permitir curar infecções que antigamente tinham
Incidência Bacteriana em Pacientes Pediátricos

100% de mortalidade (Braga et al., 2004), o tratamento que o paciente se encontrava, as amostras clínicas em que
antibioticoterápico errôneo é um fator de contribuição foram isoladas e o perfil de resistência aos antimicrobianos.
de infecções que mais se discute na atualidade, pois é Para a leitura dos resultados obtidos, considerou-
responsável pelo desenvolvimento de resistência bacteriana se como fidedignos os que possuíam antibióticos testados
(Carneiro et al., 2008; Pereira & Cunha, 2009; Rigatti, em mais de 50% das cepas bacterianas. Para a resistência
2010; Silveira et al., 2010; Viana et al., 2011). e suscetibilidade dos microrganismos utilizou-se a margem
A consequência da bactéria adquirir resistência é de 70% para classificar os microrganismos sensíveis ou
a falta de opções para serem utilizadas como tratamento resistentes aos antibióticos.
em últimos casos (Hoefel & Lautert, 2006), necessitando- A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e
se cada vez mais dos antimicrobianos de última geração Pesquisa da Faculdade São Lucas sob o número de processo
(Boiça & Bicudo, 2005) e o fato de que o processo de 512/10, autorizada pela Diretoria do Hospital, acompanhada
aparecimento da resistência bacteriana é muito rápido pelo coordenador da Pediatria, pelos biomédicos, técnicos
comparado ao processo de desenvolvimento de novos do laboratório e pelo diretor do Centro de Controle de
fármacos (Federico, 2006). Sob estas condições, os custos Infecções Hospitalares (CCIH) e do Setor de Microbiologia
de tratamento contra estas bactérias no sistema de saúde e do hospital.
nos próprios hospitais são mais acentuados (Silveira et al.,
2010). RESULTADOS
A resistência bacteriana pode ser adquirida pela
genética, por mutações ou por transferência de outra bactéria Foram analisados 313 antibiogramas, descartando
(Tavares, 2000). Estas causas estão ligadas à utilização os quais não tinham dados suficientes para a pesquisa.
indiscriminada, empírica e cotidiana de antimicrobianos As culturas eram provenientes de amostras isoladas de
(Andrade et al., 2006; Boiça & Bicudo, 2005; ANVISA, pacientes das unidades pediátricas do hospital, sendo
2006; Silveira et al., 2010). 142/313 (45,3%) das Clínicas Pediátricas I e II, 96/313
Para evitar o aumento da resistência bacteriana é (30,7%) da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e
necessário que haja uma vigilância na racionalização do 75/313 (24%) da Oncopediatria.
uso de antibióticos, principalmente os de largo espectro Dos 313 exames utilizados no presente estudo,
(Braga et al., 2004), na duração da terapia (Rigatti, 2010), 60 (19%) apresentaram crescimento bacteriano – 29
na posologia (Hoefel & Lautert, 2006), na indicação para nas Clínicas Pediátricas I e II, 28 na UTI Pediátrica e 3
a antibioticoterapia (Boiça & Bicudo, 2005; Silveira et al., na Oncopediatria – e 253 resultaram em ausência de
2010) e nas medidas preventivas-educativas. crescimento bacteriano (ACB) (80,8%). Dos resultados
A resistência das bactérias é resultado de como cada negativos, 6 cepas foram identificadas com presença de
comunidade médica utiliza os antimicrobianos (Viana et fungos, representando 1,9% do total de amostras.
al., 2011). Por este motivo, a caracterização da incidência As cepas isoladas e descritas nesta pesquisa foram
bacteriana e do seu perfil de resistência é base para a obtidas na maior parte de Hemoculturas (122), seguidas
antibioticoterapia dirigida e adequada (Rigatti, 2010). por Urocultura (89), Secreção (23) – de lesões, abscessos
O presente estudo tem por objetivo conhecer e e cistos, Líquor (19), Ponta de Cateter (18), Escarro (9),
analisar a frequência da biota nas unidades pediátricas Líquido Pleural (8), Coprocultura (7), Swab (7) e Outros
de um hospital público de Rondônia e determinar o seu (11) – líquido peritoneal, líquido ascítico e ponta de drenos.
perfil de resistência frente aos antimicrobianos para Diante das análises dos dados obtidos e considerando
nortear a antibioticoterapia dirigida e criteriosa e evitar o a classificação adotada pelo Setor de Microbiologia
uso indiscriminado e empírico de antibióticos. O estudo do hospital, os microrganismos com maior incidência
é voltado para as unidades pediátricas, pois são onde foram identificados como Bacilos Não Fermentadores
estão internados os pacientes com menor imunidade e as (BNF). Estes estavam presentes em 17/60 (28,3%) das
infecções ocorrem mais comumente. amostras biológicas analisadas, sendo que 47% dos BNF
compreendiam Pseudomonas aeruginosa. A segunda
MATERIAIS E MÉTODOS bactéria com maior prevalência entre as amostras foi a E.
coli identificada em 15 amostras (25%), principalmente em
Um estudo de caráter retrospectivo, transversal, não uroculturas 7/15 (46,7%). Outra bactéria com relevante
controlado, foi realizado no período de janeiro a julho de prevalência (20%) foi Enterobacter spp., encontradas em
2010, em um hospital público da cidade de Porto Velho- 12 amostras e prevalecendo também nas uroculturas 5/12
RO. Foi feito um levantamento de dados dos resultados (41,7%). Seguindo a ordem decrescente de frequência
de culturas e antibiogramas realizados nas unidades encontram-se os Staphylococcus, tanto o S. coagulase
pediátricas do hospital: Unidade de Terapia Intensiva negativa quanto o S. aureus foram encontrados em 5
Pediátrica, Oncopediatria e Clínicas Pediátricas I e II. amostras (8,3%) cada. Os demais microrganismos como
Para o teste de suscetibilidade dos microrganismos Klebsiella spp., Edwardsiella spp., Proteus vulgaris e P.
aos antimicrobianos, as amostras que chegavam ao mirabilis foram classificados como Outros (10%).
laboratório eram identificadas e processadas seguindo os Seguindo-se pela análise de suscetibilidade aos
protocolos do laboratório de microbiologia da CCIH do antimicrobianos, as Tabelas 1, 2, 3 e 4 apresentam o perfil
hospital, baseado na padronização proposta pelo National de sensibilidade dos BNF, E. coli, Enterobacter spp. e
Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS, Staphylococcus spp., respectivamente.
2003) e adotada pela ANVISA. Após a obtenção dos dados, Conforme a Tabela 1, a análise da resistência e
foram analisadas as bactérias encontradas, a unidade em sensibilidade dos BNF mostrou sensíveis Amicacina

118 Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2013;34(1):117-123


Incidência Bacteriana em Pacientes Pediátricos

(70,6%) e Imipenem (70,6%). As amostras isoladas Meropenem (75%), Ciprofloxacina (80%), Imipenem
mostraram-se resistentes (>70%) contra os seguintes (80%), Ofloxacina (83,3%), Levofloxacina (85,7%)
antimicrobianos: Aztreonam (75%), Clorafenicol (88,2%), e Nitrofurantoína (85,7). Com relação à resistência,
Cefotaxima (91,7%), Ceftriaxona (92,3%) e Sulfazotrim Sulfazotrim (75%) e Amoxicilina+Ácido Clavulânico
(100%), sendo que este último não inibiu o crescimento de (84,6%) obtiveram altos índices enquanto as cefalosporinas
nenhuma cepa. de terceira geração Cefotaxima, Ceftriaxona e Ceftazidima
De acordo com a Tabela 2, a análise da resistência obtiveram resistência moderada com 61,5%, 60% e 50%
e sensibilidade da bactéria E. coli mostrou que, dentre os respectivamente.
antibióticos com sensibilidade estão Norfloxacina (71,4%),

Tabela 1: Perfil de resistência e suscetibilidade dos Bacilos Não Fermentadores (n=17)

Nº (%) DE CEPAS TESTADAS


ANTIMICROBIANOS SIGLA Nº (%) DE CEPAS NÃO TESTADAS
RESISTÊNCIA SUSCETIBILIDADE

Amicacina AMI 05 (29,4%) 12 (70,6%) 00 (00,0%)


Aztreonam ATM 12 (75,0%) 04 (25,0%) 01 (05,9%)
Cefotaxima CTX 11 (91,7%) 01 (08,3%) 05 (29,5%)
Ceftazidima CAZ 11 (64,7%) 06 (35,3%) 00 (00,0%)
Ceftriaxona CRO 12 (92,3%) 01 (07,7%) 04 (23,6%)
Ciprofloxacina CIP 07 (43,8%) 09 (56,2%) 01 (05,9%)
Clorafenicol CLO 15 (88,2%) 02 (11,8%) 00 (00,0%)
Gentamicina GEN 07 (38,9%) 11 (61,1%) 00 (00,0%)
Imipenem IPM 05 (29,4%) 12 (70,6%) 00 (00,0%)
Levofloxacina LEV 08 (53,3%) 07 (46,7%) 02 (11,8%)
Meropenem MPM 07 (50,0%) 07 (50,0%) 03 (17,7%)
Ofloxacina OFX 00 (00,0%) 03 (100%) 14 (82,6%)
Piperacilina PIP 05 (55,6%) 04 (44,4%) 08 (47,2%)
Piperacilina+Tazobactam PIT 01 (33,3%) 02 (66,7%) 14 (82,6%)
Polimixina B POL 02 (28,6%) 05 (71,4%) 10 (59,0%)
Sulfazotrim SUT 11 (100%) 00 (00,0%) 06 (35,4%)
Tetraciclina TET 06 (50,0%) 06 (50,0%) 05 (29,5%)
Ticarcilina TIC 00 (00,0%) 04 (100%) 13 (76,7%)
Ticarcilina+Ácido Clavulânico TAC 01 (50,0%) 01 (50,0%) 15 (88,5%)

Tabela 2: Perfil de resistência e suscetibilidade da bactéria Escherichia coli (n=15)

Nº (%) DE CEPAS TESTADAS


ANTIMICROBIANOS SIGLA Nº (%) DE CEPAS NÃO TESTADAS
RESISTÊNCIA SUSCETIBILIDADE

Amicacina AMI 07 (50,0%) 07 (50,0%) 01 (06,7%)


Amoxicilina+Ácido Clavulânico AMC 11 (84,6%) 02 (15,4%) 02 (13,4%)
Ampicilina AMP 06 (85,7%) 01 (14,3%) 08 (53,6%)
Aztreonam ATM 04 (40,0%) 06 (60,0%) 05 (33,5%)
Cefotaxima CTX 08 (61,5%) 05 (38,5%) 02 (13,4%)
Ceftazidima CAZ 07 (50,0%) 07 (50,0%) 01 (06,7%)
Ceftriaxona CRO 09 (60,0%) 06 (40,0%) 00 (00,0%)
Ciprofloxacina CIP 03 (20,0%) 12 (80,0%) 00 (00,0%)
Clorafenicol CLO 08 (57,1%) 06 (42,9%) 01 (06,7%)
Ertapenem ERT 02 (15,4%) 11 (84,6%) 02 (13,4%)
Gentamicina GEN 07 (53,8%) 06 (46,2%) 02 (13,4%)
Imipenem IPM 03 (20,0%) 12 (80,0%) 00 (00,0%)
Levofloxacina LEV 01 (14,3%) 06 (85,7%) 08 (53,6%)
Meropenem MPM 03 (25,0%) 09 (75,0%) 03 (20,1%)
Nitrofurantoína NIT 01 (14,3%) 06 (85,7%) 08 (53,6%)
Norfloxacina NOR 02 (28,6%) 05 (71,4%) 08 (53,6%)
Ofloxacina OFX 01 (16,7%) 05 (83,3%) 09 (60,3%)
Sulfazotrim SUT 06 (75,0%) 02 (25,0%) 07 (46,9%)
Tetraciclina TET 04 (57,1%) 03 (42,9%) 08 (53,6%)

Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2013;34(1):117-123 119


Incidência Bacteriana em Pacientes Pediátricos

Observa-se na Tabela 3, que a análise da resistência Ciprofloxacina, Clindamicina, Clorafenicol e Eritromicina,


e sensibilidade da bactéria Enterobacter spp. mostrou a apesar de se mostraram 100% sensíveis, não foram testados
resistência com porcentagens de 72,7% ao Aztreonam e em 50% das amostras, sendo estes resultados pouco
75% de resistência à Cefotaxima. Quanto à suscetibilidade fidedignos e os microrganismos não foram classificados
das cepas, o antibiótico com a menor taxa foi o Meropenem como sensível a tais antibióticos. Com relação à resistência
(72,7%), seguido pelo Ciprofloxacina (75%), Ertapenem, foram observadas taxas de 70,0% de resistência à
Imipenem (80%), Norfloxacina e Ofloxacina com total Oxacilina, 83,3% à Penicilina e 100% de resistência
eficácia contra as amostras isoladas (100%). ao antibiótico Sulfazotrim, sendo que este último não
Verificando-se a Tabela 4, a análise da resistência inibiu o crescimento de nenhuma cepa. Os antibióticos
e sensibilidade dos Staphylococcus spp. mostrou 100% Norfloxacina e Ofloxacina, também obtiveram resultados
das cepas sensíveis à Rifampicina e à Vancomicina. pouco fidedignos, não sendo computados como resistentes.
Ainda sobre a sensibilidade, os antibióticos Azitromicina,

Tabela 3: Perfil de resistência e suscetibilidade da bactéria Enterobacter spp. (n=12)


Nº (%) DE CEPAS TESTADAS
ANTIMICROBIANOS SIGLA Nº (%) DE CEPAS NÃO TESTADAS
RESISTÊNCIA SUSCETIBILIDADE

Amicacina AMI 04 (33,3%) 08 (66,7%) 00 (00,0%)

Amoxicilina+Ácido Clavulânico AMC 08 (66,7%) 04 (33,3%) 00 (00,0%)

Aztreonam ATM 08 (72,7%) 03 (27,3%) 01 (08,3%)

Cefotaxima CTX 09 (75,0%) 03 (25,0%) 00 (00,0%)

Ceftazidima CAZ 05 (41,7%) 07 (58,3%) 00 (00,0%)

Ceftriaxona CRO 08 (66,7%) 04 (33,3%) 00 (00,0%)

Ciprofloxacina CIP 03 (25,0%) 09 (75,0%) 00 (00,0%)

Clorafenicol CLO 06 (54,5%) 05 (45,5%) 01 (08,3%)

Ertapenem ERT 02 (20,0%) 08 (80,0%) 02 (16,6%)

Gentamicina GEN 07 (63,6%) 04 (36,4%) 01 (08,3%)

Imipenem IPM 02 (20,0%) 08 (80,0%) 02 (16,6%)

Levofloxacina LEV 04 (36,4%) 07 (63,6%) 01 (08,3%)

Meropenem MPM 03 (27,3%) 08 (72,7%) 01 (08,3%)

Nitrofurantoína NIT 01 (33,3%) 02 (66,7%) 09 (74,7%)

Norfloxacina NOR 00 (00,0%) 06 (100%) 06 (49,8%)

Ofloxacina OFX 00 (00,0%) 07 (100%) 05 (41,5%)

Sulfazotrim SUT 07 (63,6%) 04 (36,4%) 01 (08,3%)

Tetraciclina TET 05 (45,5%) 06 (54,5%) 01 (08,3%)

Tabela 4: Perfil de resistência e suscetibilidade das bactérias Staphylococcus spp. (n=10)

Nº (%) DE CEPAS TESTADAS


ANTIMICROBIANOS SIGLA Nº (%) DE CEPAS NÃO TESTADAS
RESISTÊNCIA SUSCETIBILIDADE

Azitromicina AZT 00 (00,0%) 03 (30,0%) 07 (70,0%)

Ciprofloxacina CIP 00 (00,0%) 03 (30,0%) 07 (70,0%)

Clindamicina CLI 00 (00,0%) 02 (20,0%) 08 (80,0%)

Clorafenicol CLO 00 (00,0%) 04 (40,0%) 06 (60,0%)

Eritromicina ERI 00 (00,0%) 01 (10,0%) 09 (90,0%)

Gentamicina GEN 01 (10,0%) 02 (20,0%) 07 (70,0%)

Levofloxacina LEV 04 (40,0%) 02 (20,0%) 04 (40,0%)

Nitrofurantoína NIT 04 (40,0%) 04 (40,0%) 02 (20,0%)

Norfloxacina NOR 04 (40,0%) 00 (00,0%) 06 (60,0%)

Ofloxacina OFX 02 (20,0%) 00 (00,0%) 08 (80,0%)

Oxacilina OXA 07 (70,0%) 03 (30,0%) 00 (00,0%)

Penicilina PEN 05 (50,0%) 01 (10,0%) 04 (40,0%)

Rifampicina RIF 00 (00,0%) 07 (70,0%) 03 (30,0%)

Sulfazotrim SUT 06 (60,0%) 00 (00,0%) 04 (40,0%)

Tetraciclina TET 05 (50,0%) 04 (40,0%) 01 (10,0%)

Vancomicina VAN 00 (00,0%) 10 (100%) 00 (00,0%)

120 Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2013;34(1):117-123


Incidência Bacteriana em Pacientes Pediátricos

DISCUSSÃO incidências bacterianas em hemoculturas, já Viana et al.


(2011) mostraram os S. epidermidis mais frequentes neste
O exame com a maior taxa de crescimento tipo de cultura.
bacteriano foi a Urocultura, um forte indicativo para as Os resultados envolvendo a bactéria Enterobacter
Infecções do Trato Urinário (ITUs), assim descrito no com resistência aos antibacterianos da família dos
Manual de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar carbapenêmicos: Imipenem e Meropenem, 80% e 72,7%,
de Pediatria (ANVISA, 2006). Este Manual coloca a ITU respectivamente, destacam-se, visto que possuem excelente
como a infecção hospitalar mais comum em crianças, atividade contra espécies com β-lactamases de amplo
principalmente do sexo feminino, devido ao menor espectro (ESBL) e, sem estes antibióticos, apenas pode-se
comprimento do ureter comparado ao dos meninos. Das contar com outro antibiótico desta família, o Ertapenem que,
21 cepas positivas de uroculturas, o microrganismo mais apesar de ser muito mais ativo que Imipenem para cepas
frequente é a E. coli, identificada em 7 (33,3%) culturas, não produtoras de ESBL, estes mantém boa sensibilidade
seguido da bactéria Enterobacter spp. isolada em 5 (Livermore et al., 2001). Logo, é recomendado evitar a
(23,8%) amostras. Os resultados encontrados por Arruda utilização de cefalosporinas de terceira geração contra
et al. (2009), que analisaram ITUs do Hospital da Criança Enterobacter e tentar tratá-las com os carbapenêmicos,
de Uberaba-MG e os de Lo et al. (2010), que analisaram pois o Imipenem apresentou-se consideravelmente sensível
pacientes menores que 15 anos, reforçam os resultados (80%) e o Cefotaxima já possui um nível de resistência de
atuais colocando o microrganismo mais frequente a E. coli. 75%.
Outros autores também mostraram os mesmos resultados Considerando os Staphylococcus, estes foram
quanto à infecção urinária (Almeida et al., 2007; Carneiro identificados em 10 (16,7%) cepas e mostraram-se
et al., 2008; Silveira et al., 2010). totalmente sensíveis à Rifampicina e Vancomicina, sendo
Com relação ao perfil de suscetibilidade aos que a Rifampicina obteve sensibilidade bacteriana na análise
antimicrobianos, Silveira et al. (2010) mostraram que de Menezes et al. (2007). Já o antibiótico glicopeptídico
as amostras de E. coli isoladas foram 94,1% sensíveis Vancomicina obteve a mesma sensibilidade segundo os
à Nitrofurantoína e, no presente estudo, mostrou 85% estudos de Silva et al. (2006) e Viana et al. (2011), porém,
sensível a mesma. Lo et al. (2010) mostraram que a Melo et al. (2009) encontrou cepas de S. aureus resistentes
bactéria E. coli é sensível aos antibióticos Nitrofurantoína, ao mesmo antibiótico em um hospital universitário. Viana
Imipenem e Ciprofloxacina, com um perfil de sensibilidade et al. (2011) também observaram Staphylococcus sensíveis
acima de 98,2% e na presente análise as amostras desta a Oxacilina, o que difere dos estudos de Silva et al.
bactéria mostraram-se sensíveis 80% ou mais à esses (2006), Menezes et al. (2007) e os atuais resultados que
antibióticos. Estes dois autores apresentaram Ampicilina mostraram Staphylococcus resistentes à Oxacilina (ORS).
como o antibiótico em que há maior resistência das É preocupante a presença de ORS, porém está entre o
cepas de E. coli, visto que 61,3% das cepas analisadas percentual variante no país (Rigatti, 2010), frisando que
apresentaram resistência a este antimicrobiano, sendo que não é apenas um problema local e sim nacional, que vem
nos atuais resultados a mesma atingiu 85,7%. Carneiro et al. apresentando um crescimento substancial destas bactérias
(2008), Arruda (2009) e Almeida et al. (2007) apresentam nos últimos anos.
resultados que reforçam os encontrados no presente estudo Constatou-se que o hospital alvo deste estudo possui
ao caracterizar a E. coli sensível ao antibiótico Ceftriaxona peculiaridades no perfil de resistência dos microrganismos
e resistente à Ampicilina. ali encontrados. Esta análise acrescenta a afirmativa de que
Analisando-se os BNF, principalmente a bactéria cada região possui suas características que favorecem ou
P. aeruginosa, um dos principais patógenos de infecções inibem certos tipos de microrganismos, tornando-os mais
hospitalares, estiveram presentes em 8 das 17 cepas de BNF. ou menos comum.
Esta bactéria tem grande relevância clínica, principalmente Algumas cepas despertam preocupação com relação
quando associada a pacientes sondados, sendo a principal ao aparecimento de resistência, como a P. aeruginosa e
causadora de ITU no estudo de Lucchetti et al. (2005). Enterobacter spp, que apresenta padrões de resistência
O resultado obtido das amostras de BNF apresentou- elevados em todo o país. A ala da Oncopediatria mostrou-
se preocupante, visto que há resistência significativa se a menos afetada com relação às outras, visto que
(>90%) das P. aeruginosa em relação às cefalosporinas apenas 4% dos exames microbiológicos realizados
de terceira geração: Cefotaxima e Ceftriaxona. O estudo obtiveram crescimento bacteriano. Já em relação ao perfil
de Gräf et al. (2008) enfatiza os resultados atuais, pois de suscetibilidade geral dos microrganismos encontrados
encontraram cepas de P. aeruginosa multirresistentes, no presente estudo, é necessária uma avaliação pré-
devido à síntese de um grupo de β-lactamases – a metalo- antibioticoterápica para que se haja a terapia racional e
β-lactamase – um dos mecanismos de resistência de maior adequada e que evite a utilização empírica de antibióticos,
relevância na atualidade. consequentemente, dificultando a resistência da biota
Ponderando-se as hemoculturas, constituintes hospitalar.
de 39% dos exames, a presente pesquisa obteve poucas Estudos como este devem ser realizados com certa
cepas com crescimento bacteriano (5) e, destas, 2 eram de periodicidade, para que se possa controlar as taxas de
bactérias Enterobacter spp., 2 de BNF e 1 de S. coagulase resistência e utilizar-se destas bases microbiológicas para
negativa. Os resultados obtidos neste trabalho, com nortear a terapêutica médica. A CCIH do hospital deve estar
relação às hemoculturas, não apresentam cepas positivas intimamente relacionada com o corpo clínico para auxiliar
suficientes a serem comparadas. Um estudo de Silva et na terapêutica correta. Por ser o Norte, a região que possui
al. (2006) mostrou que os S. aureus estavam no topo das menos trabalhos com este intuito, são necessárias futuras

Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2013;34(1):117-123 121


Incidência Bacteriana em Pacientes Pediátricos

investigações para a definição de um perfil microbiológico hospital brasileiro de emergências. Rev Bras Ter Intensiva.
regional, que se difere de outras regiões, principalmente 2006;18(1):27-33.
Sul e Sudeste, pelas peculiaridades de cada uma.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
AGRADECIMENTOS Pediatria: prevenção e controle de infecção hospitalar.
Brasília: Ministério da Saúde, ANVISA; 2006. 116 p.
À Diretoria do hospital; Ao Coordenador da Pediatria
Arruda R. A frequência e a susceptibilidade de bactérias que
do hospital; Aos biomédicos e técnicos do laboratório; Ao
causam infecções do trato urinário no Hospital da Criança
Diretor do Centro de Controle de Infecções Hospitalares
Uberaba Minas Gerais. Rev AC&T Científica [Internet]
(CCIH) do hospital e ao Diretor do Setor de Microbiologia
2009 [citado 2011 nov. 20]; 4(1)1-23. Disponível em: http://
do hospital.
www.ciencianews.com.br/revistavirtual/microsoftword-
trabmicro2.pdf.
ABSTRACT
Boiça CM, Bicudo JN. Infecção, prematuridade, baixo
Bacterial incidence and resistance profile against the peso e uso de antibiótico em unidade de terapia intensiva
antibiotics in pediatric patients at a public hospital in neonatal. Rev Med Ana Costa [Internet] 2005 [citado
Rondônia, Brazil 2011 nov 20]; 11(1)1-3. Disponível em: http://www.
revistamedicaanacosta.com.br/11(1)/artigo_1.htm.
The most worrying infections for health professionals
are those that occur in hospital units that treat patients Braga KAM, Souza LBS, Santana WJ, Coutinho HDM.
particularly susceptible to infection - Pediatrics, Microrganismos mais frequentes em unidades de terapia
Intensive Care Unit (ICU) and Oncology Units. The intensiva. Rev Med Ana Costa [Internet] 2004 [citado
factors that contribute to high rates of infection and 2011 nov 20]; 9(4)71-74. Disponível em: http://www.
mortality are: severity of the disease, procedures that revistamedicaanacosta.com.br/9(4)/artigo_2.htm.
require more time and / or are invasive and long periods
of hospitalization. We conducted a retrospective, cross- Carneiro LC, Carvalhares TT, Pesquero MA, Quintana
sectional, uncontrolled study in the pediatric units - RC, Feitosa SB, Filho JE, Oliveira MAC. Identificação de
Pediatric Clinic, Pediatric ICU and Pediatric Oncology bactérias causadoras de infecção hospitalar e avaliação da
- in a public hospital in Rondonia, a state of Brazil. tolerância a antibióticos. Rev NewsLab. 2008:106-114.
Taking into account the survey results of cultures and
Chung JM, Oliveira ALL, Oliveira OA, Lopes FA, Chang
antibiograms of isolates taken in pediatric hospital units
MR. Ocorrência de infecções da corrente sanguínea na UTI
in the period from January to July 2010, 313 antibiograms
neonatal de hospital universitário de referência. Rev Panam
were analyzed. Of these, 19.2% had bacterial growth,
Infectol. 2010;12(2):7-11.
of which the majority (38%) were blood cultures. The
microorganisms most commonly found were non- Federico MP. Avaliação das prescrições médicas de
fermentative bacilli (28.3%), Escherichia coli (25%) and antibióticos para pacientes pediátricos em um hospital
Enterobacter spp. (20%). Some strains of bacteria gave público na Bahia. [Tese]. Feira de Santana: Departamento
cause for concern, due to the development of resistance, de Saúde, Universidade Estadual de Feira de Santana; 2006.
such as strains of Pseudomonas aeruginosa, more than
90% of which exhibited resistance to third generation Gräf T, Fuentefria DB, Corção G. Ocorrência de cepas de
cephalosporins, and the strain of Enterobacter spp., Pseudomonas aeruginosa multirresistentes produtoras de
which showed resistance to carbapenems. The unit of metalo-β-lactamase blaSPM-1 em amostras clínicas. Rev Soc
pediatric oncology proved to be the least affected of Bras Med Trop. 2008;41(3):306-308.
the three, since only 4% of the strains isolated there
showed bacterial growth, while in the ICU the bacterial Hoefel HHK, Lautert L. Administração endovenosa de
growth was found in 29.2% of the exams. To prevent antibióticos e resistência bacteriana: Responsabilidade
the increasing resistance of microorganisms found in da Enfermagem. Rev Eletr Enfermagem. [Internet] 2006
this hospital and the empirical and indiscriminate use [citado em 2011 nov 20];8(3)441-449. Disponível em:
of antibiotics, it will be necessary to assess the bacterial http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_3/v8n3a15.htm.
resistance profile, to guide rational and appropriate
prescribing of these drugs. Livermore DM, Oakton KJ, Carter MW, Warner M. Activity
Keywords: Pediatrics. Drug Resistance. Microbial. Cross of Ertapenem (MK-0826) versus Enterobacteriaceae with
Infection. Potent β-Lactamases. Antimicrob Agents Chemother.
2001;45(10):2831-2837.
REFERÊNCIAS Lo DS, Ragazzi SLB, Gilio AE, Martinez MB. Infecção
urinária em menores de 15 anos: etiologia e perfil de
Almeida MC, Simões MJS, Raddi MSG. Ocorrência de sensibilidade antimicrobiana em hospital geral de pediatria.
infecção urinária em pacientes de um hospital universitário. Rev Paul Pediatr. 2010;28(4):299-303.
Rev Ciênc Farm Básica Apl. 2007;28(2):215-219.
Lucchetti G, Silva AJ, Ueda SMY, Perez MCD, Mimica
Andrade D, Leopoldo VC, Haas VJ. Ocorrência de bactérias LMJ. Infecções do trato urinário? Análise da frequência
multiresistentes em um centro de Terapia Intensiva de e do perfil de sensibilidade dos agentes causadores de

122 Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2013;34(1):117-123


Incidência Bacteriana em Pacientes Pediátricos

infecções do trato urinário em pacientes com cateterização Silva CML, Sena KXFR, Chiappeta AA, Queiroz MMO,
vesical crônica. J Bras Patol Med Lab. 2005;41(6):383-389. Villar MCM, Coutinho HM. Incidência bacteriana em
hemoculturas. Rev NewsLab. 2006;132-144.
Melo GB, Melo MC, Carvalho KS, Gontijo Filho PP.
Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase negativos Silveira AS, Araújo MC, Fonseca FM, Okura MH,
resistentes à vancomicina em um Hospital Universitário Oliveira ACS. Prevalência e suscetibilidade bacteriana
Brasileiro. Rev Ciênc Farm Básica Apl. 2009;30(1):55-61. em infecções do trato urinário de pacientes atendidos no
hospital universitário de Uberaba. Rev Bras Anal Clin.
Menezes EA, Sá KM, Cunha FA, Ângelo MRF, Oliveira IRN, 2010;42(3):157-160.
Salviano MNC. Frequência e percentual de suscetibilidade
de bactérias isoladas em pacientes atendidos na Unidade Tavares W. Bactérias gram-positivas problemas:
de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Fortaleza. J Bras resistência do estafilococo, do enterococo e do
Patol Med Lab. 2007;43(3):149-155. pneumococo aos antimicrobianos. Rev Soc Bras Med
Trop. 2000;33(3):281-301.
National Committee for Clinical Laboratory Standards -
NCCLS. Performance Standards for Antimicrobial Disk Viana APP, Soares RS, Castro ARL, Kluczynik EM,
Susceptibility Tests; Approved Standard. 8th ed. Wayne: The Catão RMR. Incidência bacteriana em hemoculturas
National Committee for Clinical Laboratory Standards; de recém-nascidos e perfil de suscetibilidade frente aos
2003. 58 p. antimicrobianos. Rev BioFar. 2011;5(1):102-110.
Pereira EPL, Cunha MLRS. Avaliação da colonização
nasal por Staphylococcus spp. Resistentes à oxacilina
em alunos de enfermagem. J Bras Patol Med Lab. Recebido em 03 de março de 2012
2009;45(5):361-369.
Aceito para publicação em 02 de julho de 2012
Rigatti, F. Detecção da resistência à oxacilina e perfil de
sensibilidade de Staphylococcus coagulase negativos
isolados em um hospital escola. [Dissertação]. Santa
Maria: Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal
de Santa Catarina; 2010.

Rev Ciênc Farm Básica Apl., 2013;34(1):117-123 123

Você também pode gostar