Princípios Institucionaos Defensoria Pública
Princípios Institucionaos Defensoria Pública
Princípios Institucionaos Defensoria Pública
- A PEC que originou a EC 80/14 era conhecida como “PEC das Comarcas”, justamente pela
previsão desse artigo do ADCT, que prevê que - em 8 anos – todas (T-O-D-A-S) as unidades
jurisdicionais devem contar com Defensoria Pública, com prioridade para regiões com: maiores
índices de exclusão social e maior adensamento populacional.
O número de defensores deve ser proporcional à efetiva demanda pelo serviço e à respectiva
população do local.
- A DP foi institucionalizada com a CF/88 e organizada por meio da LC 80/1994. Até então, a
assistência judiciária, surgida no país há mais de um século, era prestada por advogados
dativos, membros do MP e órgãos ligados ao Poder Executivo.
- A Defensoria Pública passou a ter iniciativa privativa para apresentar projetos de lei sobre:
I) a alteração do número dos seus membros;
II) a criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares, bem como a
fixação do subsídio de seus membros;
III) a criação ou extinção dos seus órgãos; e
Iv) a alteração de sua organização e divisão
Assistência judiciária: consiste no ato de assistir alguém judicialmente, isso é, o auxílio jurídico
prestado a determinada pessoa na esfera judicial.
Assistência jurídica: possui conotação bem MAIS AMPLA, abrangendo toda e qualquer
atividade assistencial concernente ou relacionada ao universo do Direito. Consiste no auxílio,
na ajuda ou no amparo prestado no campo jurídico - dentro ou fora de uma relação jurídica-
processual.
Gratuidade da justiça: constitui instituto jurídico de Direito Público que possui natureza
dúplice: manifesta natureza tributária quando dispensa a antecipação do pagamento das
custas stricto sensu, taxa judiciária e emolumentos notoriais ou resgistrários; e manifesta
natureza processual quando afasta o pagamento das despesas processuais de ordem civil e dos
honorários sucumbenciais.
- São deveres dos membros da Defensoria Pública da União residir na localidade onde exercem
suas funções.
DA RECUSA DE ATUAÇÃO
Art. 10. A recusa de atuação pela Defensoria Pública dar-se-á nas seguintes hipóteses:
| - não caracterização da hipossuficiência financeira ou organizacional;
II - manifesto descabimento da medida pretendida ou inconveniência aos interesses da parte;
III - inexistência de hipótese de atuação institucional;
IV - foro intimo;
V- suspeição e impedimento;
VI - existência de advogado constituído;
VII - exteriorização de riqueza incompatível com a alegada hipossuficiência financeira.
- A recusa de atuação, nos casos dos incisos II, IV, V e VII, deve ser comunicada ao Defensor
Público-Geral; e, quando implicar descabimento de interposição de recursos, deverá ser
enviada justificativa à Corregedoria-Geral, salvo, nos casos de direito disponível, a existência
de declaração escrita do interessado em não recorrer na situação concreta.
NÃO ATUAR: COMUNICA AO DPG
NÃO RECORRER: COMUNICA AO CORREGEDOR
São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Estado, dentre outras que a lei local
estabelecer:
Comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando estes se acharem
presos ou detidos, mesmo incomunicáveis, tendo livre ingresso em estabelecimentos policiais,
prisionais e de internação coletiva, independentemente de prévio agendamento;
Não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante, caso em que a autoridade
fará imediata comunicação ao Defensor Púbico-Geral; (OBS: não tem qualquer previsão de ser
crime inafiançável.
Ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-maior, com direito a privacidade, e,
após sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em dependência separada,
no estabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena.
É vedado ao defensor público exercer atividade político-partidária enquanto atuar junto à
justiça eleitoral.
É vedado exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou
acionista.
Executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de sua atuação, inclusive quando
devidas por quaisquer entes públicos, destinando-as a fundos geridos pela Defensoria Pública
e destinados, exclusivamente, ao APARELHAMENTO DA DEFENSORIA PÚBLICA e à capacitação
profissional de seus membros e servidores;
- A primeira onda diz respeito à ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA AOS NECESSITADOS, estando, pois,
relacionada ao obstáculo econômico do acesso à justiça. Hoje, com a Constituição Federal de
1988, a assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos
está inserida no catálogo dos direitos e garantias fundamentais, mais precisamente no inciso
LXXIV do art. 5.º. A Defensoria Pública foi consagrada no art. 134 da Constituição como
“instituição essencial à função jurisdicional do Estado”, fazendo com que tais fatores
possibilitem uma redemocratização do acesso à justiça.
- A segunda onda refere-se à representação dos INTERESSES DIFUSOS e COLETIVOS
(COLETIVIZAÇÃO DOS DIREITOS) em Juízo e visa contornar o obstáculo organizacional do
acesso à justiça.
De fato, havia certos conflitos que, em razão de sua pequeneza, não eram levados ao
conhecimento do Poder Judiciário. Com isso surgia o que o professor Kazuo Watable chamou
de litigiosidade contida ou jurisdicionalidade reprimida, que consiste em tolher da apreciação
do Poder Judiciário as demandas de menor complexidade e sem muita repercussão social. O
processo coletivo se propõe a trabalhar essa litigiosidade contida, retirando do cidadão o ônus
de ingressar no Poder Judiciário com causas de reduzidos valores, mas que no plano coletivo
ostentam interesse social. Nesta esteira, não há razão para julgar várias ações individuais (que
seriam átomos) quando é possível julgamento coletivo (molécula).
- A terceira onda propugna que os magistrados abandonem o tradicional papel de mero
expectador para serem criativos e inovadores na condução do processo. Nesse sentido, deve o
magistrado, por meio da ação civil pública e das técnicas processuais colocadas à sua
disposição, fazer valer o seu poder geral de efetivação, buscando os meios idôneos para
prestar a tutela adequada, tempestiva e efetiva aos direitos transindividuais, de modo a
observar atentamente o cumprimento dos dispositivos do Código de Processo Civil. Esta onda
é também denominada de “o ENFOQUE DO ACESSO À JUSTIÇA”. Ela detém a concepção mais
ampla de acesso à justiça e tem como escopo instituir técnicas processuais adequadas e
melhor preparar estudantes e aplicadores do direito. Ela encontra-se intimamente ligada às
formas de AUTOCOMPOSIÇÃO DE LITÍGIOS.
A criação dos Juizados também está fundamentada nas chamadas ondas renovatórias de
acesso à justiça, notadamente a terceira, que, como dito, se notabiliza pelo incentivo à
autocomposição.
O Conselho Superior é presidido pelo Defensor Público-Geral, que terá voto de qualidade,
exceto em matéria disciplinar.
O defensor público não faz jus ao recebimento de honorários pelo exercício da curatela
especial, por estar no exercício das suas funções institucionais, para o que já é remunerado
mediante o subsídio em parcela única. Todavia, caberão à Defensoria Pública, se for o caso, os
honorários sucumbenciais fixados ao final da demanda.
- O defensor público não precisa de procuração para atuar, salvo nos casos em que a lei exige
poderes especiais. São eles:
São casos em que a lei exige procuração com poderes especiais:
1) Artigo 39 do CPP (representação em ação pública condicionada)
2)Artigo 44 do CPP (ajuizar ação penal privada, inclusive a subsidiária da pública)
3) Artigo 55 do CPP (aceitar perdão do querelante)
4) Artigo 98 do CPP (suscitar suspeição do juiz)
5) Artigo 146 do CPP (arguir incidente de falsidade)
6) Artigo 105 do CPC (para receber citação inicial)
7) Artigo 105 do CPC (para confessar o fato)
8) Artigo 105 do CPC (para reconhecer procedência do pedido)
9) Artigo 105 do CPC (para transigir, fazer acordos em juízo)
10) Artigo 105 do CPC (para desistir da ação ou do recurso interposto)
11) Artigo 105 do CPC (para renunciar ao direito em demanda)
12) Artigo 105 do CPC (para receber os valores cobrados)
13) Artigo 105 do CPC (para dar quitação de pagamento de dívida)
14) Artigo 105 do CPC (para firmar compromisso em juízo)
15) Artigo 334, § 10, do CPC (audiência de conciliação)
16) Artigo 390, § 1º, do CPC (confissão espontânea)
17) Artigo 620, § 2º, do CPC (prestar primeiras e últimas declarações no inventário).
- Para aceitar um acordo o DP precisa da confirmação do assistido. Caso não consiga contato
com o mesmo deverá solicitar ao juiz a sua intimação pessoal.
ÓRGÃOS DE ATUAÇÃO:
a) as Defensorias Públicas do Estado;
b) os Núcleos da Defensoria Pública do Estado.
ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO:
a) os Defensores Públicos do Estado.
As decisões do Conselho Superior serão motivadas e publicadas, e suas sessões deverão ser
públicas, salvo nas hipóteses legais de sigilo, e realizadas, no mínimo, bimestralmente,
podendo ser convocada por qualquer conselheiro, caso não realizada dentro desse prazo.
Ouvidoria Geral: é órgão auxiliar com função de promoção da qualidade dos serviços
prestados pela Instituição. O ouvidor participa com direito a voz no Conselho Superior da
Defensoria Pública do Estado. Promove atividades de intercâmbio com a sociedade civil;
O Ouvidor-Geral será nomeado pelo Defensor Público-Geral do Estado. O cargo de Ouvidor-
Geral será exercido em regime de dedicação exclusiva, nas dependências da Defensoria
Pública Geral do Estado.
O ingresso na carreira dar-se-á na Entrância Inicial, ficando sujeito a estágio probatório de três
anos, cuja efetivação nas funções ocorrerá após a aprovação no processo de avaliação de
desempenho realizada por comissão especialmente instituída para essa finalidade.
- Os Defensores Públicos podem ser designados, em caráter excepcional e no interesse do
serviço público, para atuar em comarca de entrância diversa de sua titularidade.
O membro da Defensoria Pública deverá entrar em exercício dentro de dez dias, contados da
data da posse, sob pena de ser declarada sem efeito.
Ao entrar em exercício, o membro da Defensoria Pública nomeado para o cargo, ficará sujeito
a estágio probatório por período de dois anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo.
O membro da Defensoria Pública não aprovado no estágio probatório será exonerado.
Remoção compulsória: para igual entrância, por motivo de interesse público, mediante
proposta do Defensor Público-Geral, ouvido o Conselho Superior e assegurada ampla defesa
em procedimento administrativo.
As promoções na carreira far-se-ão de entrância para entrância e da mais alta do 1º. Grau para
a de 2º Grau de Jurisdição, por antigüidade e merecimento, alternadamente, sendo exigido o
interstício de dois anos de efetivo exercício na entrância anterior, podendo o mesmo ser
dispensado quando não houver candidato com os necessários requisitos.
O Defensor Público NÃO exercer atividade político-partidária, enquanto atuar junto à Justiça
Eleitoral.
Os membros da Defensoria Pública estão impedidos de servir conjuntamente com Juiz de
Direito, Promotor de Justiça, Defensor Público ou Escrivão que sejam parentes, consangüíneos
ou afins, até o terceiro grau.
A penalidade de demissão a bem do serviço público será aplicada nas hipóteses de:
I - condenação por crime de responsabilidade contra a administração e a fé pública;
II - condenação à pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de autoridade ou
violação de dever inerente à função pública
Extingue-se em cinco anos, a contar da data em que foram cometidas, a punibilidade das faltas
apenadas com as sanções previstas no Art. 116 desta Lei, à exceção do abandono de cargo que
é imprescritível enquanto perdurar o abandono.
Sindicância:
I - como preliminar de processo administrativo-disciplinar, sempre que se fizer necessário;
II - quando não for obrigatória a realização de processo administrativo-disciplinar
A sindicância será processada na Corregedoria-Geral, por Comissão composta por três
membros de categoria igual ou superior a do sindicado, constituída pelo Corregedor-Geral,
devendo por ele ser presidida, quando a integrar. Deve terminar em 30 dias úteis prorrogável
por igual período (A inobservância deste prazo constitui mera irregularidade, insuceptível de
acarretar a nulidade do procedimento).
Procedimento: colhidas as informações, intima o DP para propor provas em 3 dias. Colhidas as
provas, intima o mesmo para apresentar defesa em 5 dias e após é proferida decisão.
PAD
Instaurado pelo Defensor Público-Geral
Prazo de 180 (cento e oitenta) dias, constituindo a inobservância deste, mera irregularidade
incapaz de invalidá-lo.
Não sendo encontrado o processado ou ignorado o seu paradeiro, a citação far-se-á por edital
publicado na Imprensa Oficial, com prazo de 10 (dez) dias a contar da publicação, evitando-se
nesta divulgação dar a conhecer os motivos do processo.
Após o interrogatório, o processado terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para apresentar a sua
defesa prévia e o rol de até cinco testemunhas.
Se o processado não for encontrado, furtar-se à citação ou não comparecer a qualquer ato
para o qual tenha sido regularmente intimado, será considerado revel.
Os atos e termos, para os quais não forem fixados prazos nesta Lei ou nas Leis subsidiárias, na
forma indicada nesta Lei, serão realizados dentro daqueles que o Presidente da comissão fixar
e determinar.
No prazo de vinte dias úteis, contados do recebimento do processo, o Defensor Público-Geral
proferirá a decisão.
Se a penalidade a ser aplicada não for da competência do Defensor Público-Geral, este, no
prazo de quinze dias, encaminhará os autos ao Governador, que decidirá em vinte dias úteis.
O membro da Defensoria Pública que responder a processo disciplinar só será exonerado a
pedido ou aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o cumprimento da
penalidade, quando aplicada.
Das decisões condenatórias proferidas pelo Governador do Estado ou pelo Defensor Público-
Geral caberá pedido de reconsideração no prazo de cinco dias do seu conhecimento.
Admitir-se-á a qualquer tempo, a revisão do procedimento administrativo-disciplinar, sempre
que forem alegados fatos novos ou circunstâncias não apreciadas, suceptíveis de provar a
inocência do apenado.
Concluída a instrução do processo de revisão, o requerente poderá apresentar suas alegações
finais, no prazo de cinco dias úteis.
A comissão revisora, com ou sem as alegações do requerente, relatará o processo no prazo de
quinze dias úteis e o encaminhará à autoridade competente para o julgamento, no prazo de
quinze dias úteis do recebimento dos autos.
Cinco anos após o trânsito em julgado da decisão que impuser penalidade disciplinar poderá o
infrator desde que não tenha reincidido, requerer sua reabilitação ao Conselho Superior da
Defensoria Pública.
A reabilitação deferida terá por fim desconsiderar a penalidade imposta, exceto para efeito de
reincidência.
As eleições para a indicação do Defensor Público-Geral será feita 30 dias antes do término do
mandato.
- Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, salvo disposição em contrário.
Temos ainda a 4ª onda de acesso a justiça e está ligado a valor justiça: como os operadores do
direito interpretam o ordenamento jurídico em prol de ideais éticos e de uma democracia
social. Abandona aspectos processuais e se baseia mais em aspectos materiais.
Por fim, temos a 5ª onda, que é a Globalização e Direitos Humanos.
Para decorar se as CF foram outorgadas ou promulgadas lembrar que a primeira foi outrogada
e a segunda promulgada. No século 20 todas que terminam com par foram promulgadas e as
que terminam com impar foram outorgadas.
DPU
- A Defensoria Pública da União tem por chefe o Defensor Público-Geral Federal, nomeado
pelo Presidente da República, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e
cinco) anos, escolhidos em lista tríplice formada pelo voto direto, secreto, plurinominal e
obrigatório de seus membros, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução,
precedida de nova aprovação do Senado Federal.
- O Defensor Público-Geral Federal será substituído, em suas faltas, impedimentos, licenças e
férias, pelo Subdefensor Público-Geral Federal, nomeado pelo Presidente da República, dentre
os integrantes da Categoria Especial da Carreira, escolhidos pelo Conselho Superior, para
mandato de 2 (dois) anos.
- Cabe ao Defensor Público Geral da União aplicar a pena da remoção compulsória, aprovada
pelo voto de dois terços do Conselho Superior da Defensoria Pública da União, assegurada
ampla defesa;
- A composição do Conselho Superior da Defensoria Pública da União deve incluir
obrigatoriamente o Defensor Público-Geral Federal, o Subdefensor Público-Geral Federal e o
Corregedor-Geral Federal, como membros natos, e, em sua maioria, representantes estáveis
da Carreira, 2 (dois) por categoria, eleitos pelo voto direto, plurinominal, obrigatório e secreto
de todos integrantes da Carreira.
- 1º O Conselho Superior é presidido pelo Defensor Público-Geral, que, além do seu voto de
membro, tem o de qualidade, exceto em matéria de remoção e promoção, sendo as
deliberações tomadas por maioria de votos.
- Os membros natos tem sua participação obrigatória no Conselho, sendo que os demais
membros eleitos (defensores públicos federais não afastados) podem deixar o cargo quando
quiserem.
- compete ao Conselho Superior decidir acerca da destituição do Corregedor-Geral, por voto
de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa. Compete ainda indicar os 6 (seis)
nomes dos membros da classe mais elevada da Carreira para que o Presidente da República
nomeie, dentre esses, o Subdefensor Público-Geral Federal e o Corregedor-Geral Federal da
Defensoria Pública da União (mandato de 2 anos).
- O Corregedor-Geral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por proposta do
Defensor Público-Geral, pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior,
assegurada ampla defesa.
- A prestação de assistência judiciária pelos órgãos próprios da Defensoria Pública da União
dar-se-á, preferencialmente, perante o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais superiores.
- Aos Defensores Públicos Federais incumbe, dentre outras funções, defender os acusados em
processo disciplinar e participar, com direito de voz e voto, do Conselho Penitenciário;
Quando a DP atua em custos vulnerabilis ela atua em NOME PRÓPRIO. Na Ação coletiva ela
atua em legitimação extraordinária. Ela pode ainda agir como representante processual
(quando atua representando uma parte) ou com legitimação ordinária (quando ajuíza ação em
nome próprio para defender as suas prerrogativas institucionais).
Quando a DP atua como custos vulnerabilis ela tem ampla possibilidade recursal, não há
discricionariedade judicial quanto a sua atuação em um processo (atua independente de
autorização judicial). Somente depende da presença de um interesse institucional e autônomo,
que justifica a atuação em prol de defesa dos vulneráveis.
Por sua vez, o amicus Curie tem limitações recursais, a sua admissão judicial é discricionária e
os requisitos de ingresso tem que estar relacionados a relevância da matéria, a especificidade
do tema objeto da demanda e a repercussão social da controvérsia.
Contra a decisão que indefere amicus Curie não cabe recurso, todavia, é possível um pedido de
reconsideração.
Com a nova redação do CPC bem como revogação de diversos dispositivos da lei 1050/60, os
estrangeiros não residente no país tem direito a justiça gratuita. Por sua vez, os estrangeiros
não residente no país que tenham pleiteado a justiça gratuita sob a égide da lei antiga não tem
direito de justiça gratuita.
O conselho superior decide, por voto de dois terços de seus membros, acerca da destituição
do Corregedor-Geral. O conselho também indica os seis nomes dos membros da classe mais
elevada da carreira para que o Presidente da República nomeie, dentre estes, o Subdefensor
Publico-Geral e o Corregedor-Geral.
Presidente nomeia o corregedor para mandato de 2 anos mas o conselho superior pode
destituir antes do prazo por voto de 2/3 dos membros.
Núcleos da Defensoria Pública: são dirigidos por Defensor Publico-Chefe, designado pelo
Defensor Publico-Geral (não tem idade mínima). Tem que mandar relatório semestralmente (o
corregedor manda relatório anual – em janeiro).
As Defensorias Públicas da União, do Distrito Federal e dos Territórios e dos Estados adotarão
providências no sentido de selecionar, como estagiários, os acadêmicos de Direito que,
comprovadamente, estejam matriculados nos quatro últimos semestres de cursos mantidos
por estabelecimentos de ensino oficialmente reconhecidos. Os estagiários serão designados
pelo Defensor Publico-Geral, pelo período de um ano, podendo este prazo ser prorrogado por
igual período. O tempo de estágio será considerado serviço público relevante e como prática
forense.
Defensoria pude celebrar TAC. Em relação a Inquérito Civil pela lei somente pode o MP, mas
existem teses da DP defendendo que ela tem esta legitimidade. A DP pode requerer
instauração de IRDR e IAC.
Em regra, defensor dativo NÃO tem prazo dobrado, salvo se a sua nomeação for em razão de
convenio firmado com a OAB e a Defensoria.
- Lembrar que Defensor só responde civil e regressivamente por atos cometidos com dolo ou
fraude (não tem responsabilização por culpa).