Princípios Institucionaos Defensoria Pública

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 17

PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DEFENSORIA PÚBLICA

São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a


independência funcional.

São objetivos da Defensoria Pública:


I – a primazia da dignidade da pessoa humana e a redução das desigualdades sociais;
II – a afirmação do Estado Democrático de Direito
III – a prevalência e efetividade dos direitos humanos; e
IV – a garantia dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório

- É função da Defensoria Pública: executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de


sua atuação, inclusive quando devidas por quaisquer entes públicos, destinando-as a fundos
geridos pela Defensoria Pública e destinados, exclusivamente, ao aparelhamento da
Defensoria Pública e à capacitação profissional de seus membros e servidores;

A capacidade postulatória do Defensor Público decorre exclusivamente de sua nomeação e


posse no cargo público.

HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA DEFENSORIA NO BRASIL:


1897 -> O primeiro órgão público de assistência judiciária é criado no Brasil, na cidade do Rio
de Janeiro, por meio do Decreto nº 2457.
Obs: se a questão afirmar que o primeiro órgão foi criado no Distrito Federal, ou na capital do
Brasil, está correta essa afirmativa, pois nessa época, o Rio de Janeiro era a capital.
1934 -> A Constituição de 1934 foi a primeira a assegurar expressamente o acesso à justiça aos
necessitados por meio de "órgãos especiais" que deveriam ser criados para esse fim. Essa
previsão é uma das que mais caem em provas.
1937 -> A Constituição de 1937 omitiu a matéria.
1946 a 1969-> As Constituições de 1946 e de 1967, assim como a EC 1/1969, embora tenham
garantido a assistência judiciária aos necessitados, não repetiram o comando da Constituição
de 1934 de que deveria ser criado um órgão especial com essa incumbência.
1988 -> o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos", criando, para esse fim, a instituição Defensoria Pública.
Aqui vai uma DICA: Defensoria -> assistência juríDICA.
2004 -> As defensorias públicas dos ESTADOS conquistam autonomia funcional e
administrativa, além da iniciativa de sua proposta orçamentária - EC 45/2004
2012 -> A defensoria pública do DISTRITO FEDERAL alcança autonomia - EC 69/2012
2013 -> a DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO conquista idêntica autonomia - EC 74/2013
2014 -> A defensoria pública alcança um novo perfil constitucional, por meio da EC 80/2014. É
por meio dessa emenda, dentre outras mudanças, que são constitucionalizados os princípios
institucionais da Defensoria Pública e esta ganhou uma seção própria na Constituição.
Ressalte-se que esses princípios já estavam previstos na Lei Orgânica da Defensoria Pública;
com a EC nº 80/2014

MODELOS DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA


Sistema caritativo: denominado pro bono, era caracterizado pela atuação de profissionais sem
qualquer relação com o Estado. Em nosso país ele ainda é encontrado por meio da iniciativa
de advogados particulares que, imbuídos do espírito de solidariedade, prestam atendimento
às pessoas carentes de recursos, inclusive com amparo na legislação de regência da advocacia
Sistema Judicare: neste modelo temos advogados particulares prestando o serviço de
assistência judiciária, sendo remunerados pelo estado. Também é denominado de privado-
individualista - figura equivalente à advocacia dativa. Esse sistema ainda é identificado na
Justiça Federal brasileira e nos estados em que o serviço de Defensoria Pública não é integral.
Sistema salaried staff: também denominado de modelo público. No presente modelo temos
uma instituição que presta o serviço público de assistência jurídica integral e gratuita, por meio
de servidores públicos remunerados pelo Estado.
É o adotado no Direito brasileiro.

- A lei 1060/50 concebeu um sistema misto de assistência judiciária, atribuindo a tarefa


prioritariamente ao poder público, com participação subsidiária da OAB.

- A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,


incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados.

- Municípios podem instituir a prestação de assistência jurídica à população de baixa renda. A


prestação desse serviço público para auxílio da população economicamente vulnerável não
visa substituir a atividade prestada pela Defensoria Pública. O serviço municipal atua de forma
simultânea.

- A PEC que originou a EC 80/14 era conhecida como “PEC das Comarcas”, justamente pela
previsão desse artigo do ADCT, que prevê que - em 8 anos – todas (T-O-D-A-S) as unidades
jurisdicionais devem contar com Defensoria Pública, com prioridade para regiões com: maiores
índices de exclusão social e maior adensamento populacional.
O número de defensores deve ser proporcional à efetiva demanda pelo serviço e à respectiva
população do local.

- A DP foi institucionalizada com a CF/88 e organizada por meio da LC 80/1994. Até então, a
assistência judiciária, surgida no país há mais de um século, era prestada por advogados
dativos, membros do MP e órgãos ligados ao Poder Executivo.

- As regras de organização da Magistratura (promoção, ingresso no cargo, distribuição


imediata de processos, dentre outras), previstas no art. 93, CF/88, serão aplicadas, no que
couber, à Defensoria Pública.

- A Defensoria Pública passou a ter iniciativa privativa para apresentar projetos de lei sobre:
I) a alteração do número dos seus membros;
II) a criação e extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares, bem como a
fixação do subsídio de seus membros;
III) a criação ou extinção dos seus órgãos; e
Iv) a alteração de sua organização e divisão

Assistência judiciária: consiste no ato de assistir alguém judicialmente, isso é, o auxílio jurídico
prestado a determinada pessoa na esfera judicial.
Assistência jurídica: possui conotação bem MAIS AMPLA, abrangendo toda e qualquer
atividade assistencial concernente ou relacionada ao universo do Direito. Consiste no auxílio,
na ajuda ou no amparo prestado no campo jurídico - dentro ou fora de uma relação jurídica-
processual.
Gratuidade da justiça: constitui instituto jurídico de Direito Público que possui natureza
dúplice: manifesta natureza tributária quando dispensa a antecipação do pagamento das
custas stricto sensu, taxa judiciária e emolumentos notoriais ou resgistrários; e manifesta
natureza processual quando afasta o pagamento das despesas processuais de ordem civil e dos
honorários sucumbenciais.

A insuficiência de recursos - hipossuficiência - não se limita a aspectos econômicos → alberga


também a hipossuficiência jurídica, informacional e técnica.
- O direito fundamental à assistência jurídica é reconhecido, por parte da doutrina, como
integrante do direito ao mínimo existencial, tornando-o passível de controle judicial na
hipótese de omissão ou atuação insuficiente do Estado para efetivar o seu pleno exercício por
parte das pessoas necessitadas.

- Defensor público interamericano: previsão no art. 2ª do Regulamento da Corte


Interamericana e no art. 37 do Regulamento da corte (não é na convenção).
A atuação do Defensor Público no sistema interamericano independe da situação financeira.
Em casos de supostas vítimas sem representação legal devidamente credenciada, o Tribunal
poderá designar um Defensor Interamericano de ofício que as represente durante a
tramitação do caso.

- Quando o DP deixar de patrocinar ação, por entender ser manifestamente incabível ou


inconveniente aos interesses da parte sob seu patrocínio, deve comunicar o fato ao Defensor
Público-Geral, com as razões de seu proceder.

- São deveres dos membros da Defensoria Pública da União residir na localidade onde exercem
suas funções.

- Os membros da DPE possuem a prerrogativa de receber intimação pessoal em qualquer


processo ou grau de jurisdição, INCLUSIVE na esfera administrativa, contando em dobro todos
os prazos. Possuem a prerrogativa legal de não ser preso, senão por ordem judicial escrita,
salvo em flagrante, devendo a autoridade, em qualquer circunstância, fazer imediata
comunicação ao Defensor Público-Geral

- A Ouvidoria-Geral é órgão auxiliar da Defensoria Pública do Estado, de promoção da


qualidade dos serviços prestados pela Instituição. O ouvidor geral é escolhido dentre não
integrantes da carreira e compete: participar, com direito a voz (e NÃO VOTO) do Conselho
Superior da Defensoria Pública do Estado;

DA RECUSA DE ATUAÇÃO
Art. 10. A recusa de atuação pela Defensoria Pública dar-se-á nas seguintes hipóteses:
| - não caracterização da hipossuficiência financeira ou organizacional;
II - manifesto descabimento da medida pretendida ou inconveniência aos interesses da parte;
III - inexistência de hipótese de atuação institucional;
IV - foro intimo;
V- suspeição e impedimento;
VI - existência de advogado constituído;
VII - exteriorização de riqueza incompatível com a alegada hipossuficiência financeira.
- A recusa de atuação, nos casos dos incisos II, IV, V e VII, deve ser comunicada ao Defensor
Público-Geral; e, quando implicar descabimento de interposição de recursos, deverá ser
enviada justificativa à Corregedoria-Geral, salvo, nos casos de direito disponível, a existência
de declaração escrita do interessado em não recorrer na situação concreta.
NÃO ATUAR: COMUNICA AO DPG
NÃO RECORRER: COMUNICA AO CORREGEDOR
São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Estado, dentre outras que a lei local
estabelecer:
 Comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando estes se acharem
presos ou detidos, mesmo incomunicáveis, tendo livre ingresso em estabelecimentos policiais,
prisionais e de internação coletiva, independentemente de prévio agendamento;
 Não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante, caso em que a autoridade
fará imediata comunicação ao Defensor Púbico-Geral; (OBS: não tem qualquer previsão de ser
crime inafiançável.
 Ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-maior, com direito a privacidade, e,
após sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em dependência separada,
no estabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena.
 É vedado ao defensor público exercer atividade político-partidária enquanto atuar junto à
justiça eleitoral.
 É vedado exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou
acionista.
 Executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes de sua atuação, inclusive quando
devidas por quaisquer entes públicos, destinando-as a fundos geridos pela Defensoria Pública
e destinados, exclusivamente, ao APARELHAMENTO DA DEFENSORIA PÚBLICA e à capacitação
profissional de seus membros e servidores;

ONDAS RENOVATÓRIAS – NCI


 Necessitados (dificuldade econômica)
 Coletivo
 Inovação

1ª onda renovatória: assistência judiciária aos necessitados;


2ª onda renovatória: tutela coletiva;
3ª onda renovatória: simplificação procedimental e a adoção de métodos adequados de
solução de controvérsias;

- A primeira onda diz respeito à ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA AOS NECESSITADOS, estando, pois,
relacionada ao obstáculo econômico do acesso à justiça. Hoje, com a Constituição Federal de
1988, a assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos
está inserida no catálogo dos direitos e garantias fundamentais, mais precisamente no inciso
LXXIV do art. 5.º. A Defensoria Pública foi consagrada no art. 134 da Constituição como
“instituição essencial à função jurisdicional do Estado”, fazendo com que tais fatores
possibilitem uma redemocratização do acesso à justiça.
- A segunda onda refere-se à representação dos INTERESSES DIFUSOS e COLETIVOS
(COLETIVIZAÇÃO DOS DIREITOS) em Juízo e visa contornar o obstáculo organizacional do
acesso à justiça.
De fato, havia certos conflitos que, em razão de sua pequeneza, não eram levados ao
conhecimento do Poder Judiciário. Com isso surgia o que o professor Kazuo Watable chamou
de litigiosidade contida ou jurisdicionalidade reprimida, que consiste em tolher da apreciação
do Poder Judiciário as demandas de menor complexidade e sem muita repercussão social. O
processo coletivo se propõe a trabalhar essa litigiosidade contida, retirando do cidadão o ônus
de ingressar no Poder Judiciário com causas de reduzidos valores, mas que no plano coletivo
ostentam interesse social. Nesta esteira, não há razão para julgar várias ações individuais (que
seriam átomos) quando é possível julgamento coletivo (molécula).
- A terceira onda propugna que os magistrados abandonem o tradicional papel de mero
expectador para serem criativos e inovadores na condução do processo. Nesse sentido, deve o
magistrado, por meio da ação civil pública e das técnicas processuais colocadas à sua
disposição, fazer valer o seu poder geral de efetivação, buscando os meios idôneos para
prestar a tutela adequada, tempestiva e efetiva aos direitos transindividuais, de modo a
observar atentamente o cumprimento dos dispositivos do Código de Processo Civil. Esta onda
é também denominada de “o ENFOQUE DO ACESSO À JUSTIÇA”. Ela detém a concepção mais
ampla de acesso à justiça e tem como escopo instituir técnicas processuais adequadas e
melhor preparar estudantes e aplicadores do direito. Ela encontra-se intimamente ligada às
formas de AUTOCOMPOSIÇÃO DE LITÍGIOS.
A criação dos Juizados também está fundamentada nas chamadas ondas renovatórias de
acesso à justiça, notadamente a terceira, que, como dito, se notabiliza pelo incentivo à
autocomposição.

As funções institucionais da Defensoria Pública serão exercidas INCLUSIVE contra as Pessoas


Jurídicas de Direito Público.

A Lei Complementar n° 80/1994 prevê às Defensorias Públicas dos Estados eleição de


membros estáveis ao Conselho Superior e desde que não afastados da carreira.
A composição do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado deve incluir
obrigatoriamente o Defensor Público-Geral, o Subdefensor Público-Geral, o Corregedor-Geral
e o Ouvidor-Geral, como membros natos, e, em sua maioria, representantes estáveis da
Carreira, eleitos pelo voto direto, plurinominal, obrigatório e secreto de seus membros, em
número e forma a serem fixados em lei estadual.

Ouvidoria-Geral: compete promover atividades de intercâmbio com a sociedade civil;

Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado: compete manter atualizados os


assentamentos funcionais e os dados estatísticos de atuação dos membros da Defensoria
Pública, para efeito de aferição de merecimento;

O Conselho Superior é presidido pelo Defensor Público-Geral, que terá voto de qualidade,
exceto em matéria disciplinar.

As eleições serão realizadas em conformidade com as instruções baixadas pelo Conselho


Superior da Defensoria Pública do Estado. São elegíveis os membros estáveis da Defensoria
Pública que não estejam afastados da Carreira.

Da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado


- A Corregedoria-Geral é órgão de fiscalização da atividade funcional e da conduta dos
membros e dos servidores da Instituição.
- A Corregedoria-Geral é exercida pelo Corregedor-Geral indicado dentre os integrantes da
classe mais elevada da Carreira, em lista tríplice formada pelo Conselho Superior, e nomeado
pelo Defensor Público-Geral para mandato de 2 anos, permitida 1 recondução.
- O Corregedor-Geral poderá ser destituído por proposta do Defensor Publico-Geral, pelo voto
de dois terços do Conselho Superior, antes do término do mandato.
- A lei estadual poderá criar um ou mais cargos de Subcorregedor, fixando as atribuições e
especificando a forma de designação.
- À Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado compete:
I - realizar correições e inspeções funcionais;
II - sugerir ao Defensor Publico-Geral o afastamento de Defensor Público que esteja sendo
submetido a correição, sindicância ou processo administrativo disciplinar, quando cabível;
III - propor, fundamentadamente, ao Conselho Superior a suspensão do estágio probatório de
membro da Defensoria Pública do Estado;
IV - apresentar ao Defensor Publico-Geral, em janeiro de cada ano, relatório das atividades
desenvolvidas no ano anterior;
V - receber e processar as representações contra os membros da Defensoria Pública do Estado,
encaminhadoas, com parecer, ao Conselho Superior;
VI - propor a instauração de processo disciplinar contra membros da Defensoria Pública do
Estado e seus servidores;
VII - acompanhar o estágio probatório dos membros da Defensoria Pública do Estado;
VIII - propor a exoneração de membros da Defensoria Pública do Estado que não cumprirem as
condições do estágio probatório.
IX – baixar normas, no limite de suas atribuições, visando à regularidade e ao aperfeiçoamento
das atividades da Defensoria Pública, resguardada a independência funcional de seus
membros;
X – manter atualizados os assentamentos funcionais e os dados estatísticos de atuação dos
membros da Defensoria Pública, para efeito de aferição de merecimento;
XI – expedir recomendações aos membros da Defensoria Pública sobre matéria afeta à
competência da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública;
XII – desempenhar outras atribuições previstas em lei ou no regulamento interno da
Defensoria Pública.

- Por se tratar de função institucional da Defensoria Pública, o exercício da curadoria especial


não enseja o pagamento de honorários pelo curatelado - não hipossuficiente - à Defensoria
Pública. No entanto, se o curatelado restar vencedor na demanda, a parte vencida poderá ser
condenada a pagar honorários sucumbências à Defensoria Pública.
Se na ação que a DP atuar como curadora o réu vencer a demanda, serão devidos honorários à
DP.

O defensor público não faz jus ao recebimento de honorários pelo exercício da curatela
especial, por estar no exercício das suas funções institucionais, para o que já é remunerado
mediante o subsídio em parcela única. Todavia, caberão à Defensoria Pública, se for o caso, os
honorários sucumbenciais fixados ao final da demanda.

PRERROGATIVA DO PRAZO EM DOBRO


o A prerrogativa não se estende a advogados dativos, MAS APLICA-SE AOS escritórios de prática
jurídica das faculdades de Direito, POR EXPRESSA PREVISÃO LEGAL.
o NÃO DEVE SER CONTADO EM DOBRO O PRAZO DE DEZ DIAS REFERENTE À INTIMAÇÃO TÁCITA
DOS ATOS PROCESSUAIS ELETRÔNICOS.
o Conta em dobro prazo para a oposição de embargos à execução (prazo processual).
o Não conta em dobro o prazo de mandado de segurança (prazo material).
o DEVEM ser contados em dobro os prazos quando a Defensoria Pública, em atribuição atípica,
estiver atuando na defesa de pessoas economicamente ricas, UMA VEZ QUE A CONDIÇÃO DO
ASSISTIDO NÃO TEM RELEVÂNCIA PARA A CONTAGEM PRAZAL.
 Dado o fortalecimento constitucional da Defensoria, PERMANECE A aplicação, no tocante ao
prazo em dobro, a tese da inconstitucionalidade progressiva, ATÉ A EFETIVA CONCRETIZAÇÃO
DA ATUAÇÃO DEFENSORIAL.

- A intervenção da Defensoria Pública como custos vulnerabilis se dá pela Instituição em nome


próprio e em razão de seu interesse institucional.
Somente a Defensoria Pública pode intervir como custos vulnerabilis. Admite-se a intervenção
do custos vulnerabilis em qualquer processo no qual estejam sendo discutidos interesses de
vulneráveis. O custos vulnerabilis pode interpor qualquer espécie de recurso.
GARANTIAS DPE
 Independência Funcional
 Inamovibilidade
 Irredutibilidade de vencimentos
 Estabilidade (não possuem vitaliciedade)
MINEMONICO: III
Não confundir garantias com prerrogativas.
- São PRERROGATIVAS dos membros da Defensoria Pública do Estado, dentre outras que a lei
local estabelecer ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado Maior, com direito
a privacidade e, após sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em
dependência separada, no estabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena;

- O defensor público não precisa de procuração para atuar, salvo nos casos em que a lei exige
poderes especiais. São eles:
São casos em que a lei exige procuração com poderes especiais:
1) Artigo 39 do CPP (representação em ação pública condicionada)
2)Artigo 44 do CPP (ajuizar ação penal privada, inclusive a subsidiária da pública)
3) Artigo 55 do CPP (aceitar perdão do querelante)
4) Artigo 98 do CPP (suscitar suspeição do juiz)
5) Artigo 146 do CPP (arguir incidente de falsidade)
6) Artigo 105 do CPC (para receber citação inicial)
7) Artigo 105 do CPC (para confessar o fato)
8) Artigo 105 do CPC (para reconhecer procedência do pedido)
9) Artigo 105 do CPC (para transigir, fazer acordos em juízo)
10) Artigo 105 do CPC (para desistir da ação ou do recurso interposto)
11) Artigo 105 do CPC (para renunciar ao direito em demanda)
12) Artigo 105 do CPC (para receber os valores cobrados)
13) Artigo 105 do CPC (para dar quitação de pagamento de dívida)
14) Artigo 105 do CPC (para firmar compromisso em juízo)
15) Artigo 334, § 10, do CPC (audiência de conciliação)
16) Artigo 390, § 1º, do CPC (confissão espontânea)
17) Artigo 620, § 2º, do CPC (prestar primeiras e últimas declarações no inventário).

- Para aceitar um acordo o DP precisa da confirmação do assistido. Caso não consiga contato
com o mesmo deverá solicitar ao juiz a sua intimação pessoal.

Algumas Funções da DPE CE


 Patrocinar os direitos e interesses do consumidor necessitado lesado;
 Promover, junto aos cartórios competentes, o registro civil de nascimento e óbito das
pessoas carentes;
 Defender os praças da Polícia Militar, perante a Justiça Militar do Estado;
 Prestar assistência jurídica aos servidores públicos necessitados;

ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR


a) a Defensoria Pública-Geral do Estado;
b) a Subdefensoria Pública-Geral do Estado;
c) o Conselho Superior da Defensoria Pública Geral do Estado
d) a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado.

ÓRGÃOS DE ATUAÇÃO:
a) as Defensorias Públicas do Estado;
b) os Núcleos da Defensoria Pública do Estado.

ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO:
a) os Defensores Públicos do Estado.

ÓRGÃO AXULIAR: Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado

Conselho Superior da Defensoria Pública Geral do Estado:


- composto pelo Defensor Público-Geral, pelo Subdefensor Público-Geral, pelo Corregedor-
Geral e o Ouvidor-Geral, como membros natos e por 4 (quatro) representantes escolhidos
pela categoria, eleitos por voto direto, plurinominal, obrigatório e secreto de seus membros.
- O Conselho Superior é presidido pelo Defensor Público-Geral, que terá voto de qualidade,
exceto em matéria disciplinar.
- Os membros do Conselho Superior são eleitos para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma
reeleição.
- São elegíveis os membros estáveis da Defensoria Pública que não estejam afastados da
Carreira.
- São suplentes dos membros eleitos, de que trata o caput deste artigo, os demais votados, em
ordem decrescente, podendo qualquer membro desistir de sua participação no Conselho
Superior, exceto os membros natos, assumindo o cargo, imediatamente, o primeiro suplente.
- O presidente da entidade de classe de maior representatividade dos membros da Defensoria
Pública do Estado terá assento e voz nas reuniões do Conselho Superior.

Conselho Superior compete:


- elaborar em sessão secreta a lista tríplice para promoção por merecimento do membro da
Defensoria Pública Geral do Estado, para cada vaga, com ocupantes do primeiro terço da lista
de antiguidade e encaminhar ao Defensor Público-Geral, comunicando-lhe a ordem dos
escrutínios, o número de votos e quantas vezes os indicados entraram em listas anteriores
- recomendar ao Defensor Público-Geral a instalação de processo disciplinar contra membros e
servidores da Defensoria Pública Geral do Estado.
- decidir acerca dos casos de remoção e promoção;
- decidir sobre a avaliação do estágio probatório dos membros da Defensoria Pública Geral do
Estado, submetendo sua decisão à homologação do Defensor Público-Geral.
- autorizar o afastamento dos membros da Defensoria Pública Geral do Estado para
participação de cursos no exterior;
- decidir por voto de 2/3 (dois terços) de seus membros, acerca da destituição do Corregedor-
Geral;
- organizar os concursos para provimento dos cargos de carreira de Defensor Público e
elaborar o Regulamento e respectivo Edital e designa 2 (dois) representantes da Defensoria
Pública Geral do Estado que integrarão a comissão do concurso;
- Escolher o Ouvidor-Geral, dentre cidadãos de reputação ilibada, não integrante da carreira,
indicados em lista tríplice formada pela sociedade civil, para mandato de 2 (dois) anos,
permitida 1 (uma) recondução;
- Decidir, em grau de recurso, sobre matéria disciplinar, bem como os conflitos de atribuições
entre membros da Defensoria Pública Geral;

As decisões do Conselho Superior serão motivadas e publicadas, e suas sessões deverão ser
públicas, salvo nas hipóteses legais de sigilo, e realizadas, no mínimo, bimestralmente,
podendo ser convocada por qualquer conselheiro, caso não realizada dentro desse prazo.

A Defensoria Pública do Estado é organizada em carreira, com ingresso de seus integrantes na


classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, tendo por chefe o Defensor
Público-Geral, nomeado pelo Governador do Estado dentre membros estáveis da Carreira e
maiores de 35 (trinta e cinco) anos, escolhidos em lista tríplice formada pelo voto direto,
secreto, plurinominal e obrigatório de seus membros, para mandato de 2 (dois) anos,
permitida uma recondução.
Caso o Chefe do Poder Executivo não efetive a nomeação do Defensor Público-Geral nos 15
(quinze) dias que se seguirem ao recebimento da lista tríplice, será investido automaticamente
no cargo o Defensor Público mais votado para exercício do mandato.

Ouvidoria Geral: é órgão auxiliar com função de promoção da qualidade dos serviços
prestados pela Instituição. O ouvidor participa com direito a voz no Conselho Superior da
Defensoria Pública do Estado. Promove atividades de intercâmbio com a sociedade civil;
O Ouvidor-Geral será nomeado pelo Defensor Público-Geral do Estado. O cargo de Ouvidor-
Geral será exercido em regime de dedicação exclusiva, nas dependências da Defensoria
Pública Geral do Estado.

O ingresso na carreira dar-se-á na Entrância Inicial, ficando sujeito a estágio probatório de três
anos, cuja efetivação nas funções ocorrerá após a aprovação no processo de avaliação de
desempenho realizada por comissão especialmente instituída para essa finalidade.
- Os Defensores Públicos podem ser designados, em caráter excepcional e no interesse do
serviço público, para atuar em comarca de entrância diversa de sua titularidade.

No critério de antiguidade prevalecerá inicialmente, o de maior tempo de serviço prestado à


Defensoria Pública, seguido de maior tempo de serviço público estadual, o de maior tempo de
serviço público em geral e por último o mais idoso.

O membro da Defensoria Pública deverá entrar em exercício dentro de dez dias, contados da
data da posse, sob pena de ser declarada sem efeito.

Ao entrar em exercício, o membro da Defensoria Pública nomeado para o cargo, ficará sujeito
a estágio probatório por período de dois anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo.
O membro da Defensoria Pública não aprovado no estágio probatório será exonerado.

- Os cargos da carreira da Defensoria Pública serão providos por nomeação, remoção ou


promoção.
Verificada a vaga para remoção ou promoção, o Defensor Público-Geral expedirá, no prazo
máximo de sessenta dias, edital para preenchimento da vaga, salvo se ainda não instalado o
órgão de atuação.
Ocorrendo remoção, a vaga do removido destinar-se-á, obrigatoriamente, ao preenchimento
por promoção, excetuada a situação das vagas da classe de entrância inicial.

Remoção compulsória: para igual entrância, por motivo de interesse público, mediante
proposta do Defensor Público-Geral, ouvido o Conselho Superior e assegurada ampla defesa
em procedimento administrativo.

As promoções na carreira far-se-ão de entrância para entrância e da mais alta do 1º. Grau para
a de 2º Grau de Jurisdição, por antigüidade e merecimento, alternadamente, sendo exigido o
interstício de dois anos de efetivo exercício na entrância anterior, podendo o mesmo ser
dispensado quando não houver candidato com os necessários requisitos.

DEFENSOR PÚBLICO GERAL QUE NOMEIA DEFENSOR PROMOVIDO POR MERECIMENTO


Os mandados de segurança contra atos do Defensor Público-Geral serão processados e
julgados, originariamente, pelo Tribunal de Justiça do Estado.

- Após 5 anos tem 3 meses de licencia prêmio.


- LIP: 2 anos consecutivos
- casamento: 8 dias.
- O membro da Defensoria Pública poderá afastar-se do serviço, por luto, em virtude de
falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmãos, sogros, noras e genros, por período
de até oito dias, e por tio e cunhado, até 2 (dois) dias.

O membro da Defensoria Pública será aposentado:


I - compulsoriamente aos setenta anos de idade com proventos proporcionais ao tempo de
serviço;
II - voluntariamente, aos trinta e cinco anos para os homens e trinta para as mulheres com
proventos integrais;
- Os proventos da aposentadoria, serão revistos, na mesma proporção e na mesma data,
sempre que se modificar a remuneração dos membros da Defensoria Pública em atividade,
sendo, também, estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente
concedidos àqueles, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do
cargo ou função em que se deu a aposentadoria, conforme se dispuser em Lei.

Reintegração: decorrerá de decisão administrativa ou sentença judicial transitada em julgado,


é o retorno do membro da Defensoria Pública ao cargo, com ressarcimento dos vencimentos e
vantagens, com seus respectivos reajustes, deixados de perceber em razão do - Achando-se
provido o cargo no qual foi reintegrado o membro da Defensoria Pública, o seu ocupante
passará para a disponibilidade remunerada, até posterior aproveitamento.
- O membro da Defensoria Pública reintegrado será submetido a inspeção médica e, se
considerado incapaz, será aposentado compulsoriamente com as vantagens a que teria direito
se efetivada a reintegração.

Reversão: é o reingresso na carreira da Defensoria Pública, a pedido ou de ofício, quando


insubsistentes os motivos da aposentadoria.
A reversão far-se-á em vaga preenchível por merecimento na entrância ou cargo a que
pertencia o aposentado.
Não poderá reverter ao cargo o membro da Defensoria Pública aposentado que contar mais
de cinqüenta e cinco anos.
Na reversão “ex-ofício” não será obedecido o limite acima se a aposentadoria tiver sido
concedida por motivo de incapacidade física ou mental posteriormente sanada.

Aproveitamento: é o retorno à carreira do membro da Defensoria Pública posto em


disponibilidade.

O aproveitamento será voluntário ou por determinação do Defensor Público-Geral, no caso de


provimento de vaga na mesma Comarca em que o membro da Defensoria Pública estava
lotado.
Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de
disponibilidade e, no caso de empate, sucessivamente, o de maior tempo no serviço público
estadual e o de maior tempo no serviço público em gera
Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o membro da
Defensoria Pública não tomar posse no prazo legal, salvo no caso de doença comprovada em
inspeção médica.
Cabe ao Defensor Público:
- Representar ao Defensor Público-Geral sobre as irregularidades de que tenha conhecimento
em razão do cargo ou que ocorram nos serviços que lhe forem afetos;
- Apresentar ao Corregedor-Geral da Defensoria Pública relatório de suas atividades, com
dados estatísticos de atendimento e, se for o caso, sugerir providências tendentes à melhoria
dos serviços da Defensoria Pública no âmbito de sua atuação;
- interpor os recursos cabíveis para qualquer instância ou tribunal e promover revisão criminal,
sempre que encontrar fundamentos na Lei, jurisprudência ou prova dos autos, remetendo
cópias à Corregedoria-Geral;
- residir na comarca na qual servir, dela só podendo se ausentar nos dias úteis, com
autorização expressa do Defensor Público-Geral;

O Defensor Público NÃO exercer atividade político-partidária, enquanto atuar junto à Justiça
Eleitoral.
Os membros da Defensoria Pública estão impedidos de servir conjuntamente com Juiz de
Direito, Promotor de Justiça, Defensor Público ou Escrivão que sejam parentes, consangüíneos
ou afins, até o terceiro grau.

Os membros da Defensoria Pública são passíveis das seguintes sanções disciplinares:


I - advertência verbal ou por escrito; verbal ou escrito – Corregedor ou DPG
II - censura por escrito; por escrito em caso de reincidência de advertência -Corregedor ou DPG
III - suspensão por até noventa dias (e, enquanto perdurar, acarretará a perda dos
vencimentos e das vantagens decorrentes do exercício do cargo.). DPG
IV - remoção compulsória; DPG
V - demissão ou cassação de aposentadoria ou cassação de disponibilidade; - aplicada pelo Gov
VI - demissão, a bem do serviço público - aplicada pelo Gov

A penalidade de demissão a bem do serviço público será aplicada nas hipóteses de:
I - condenação por crime de responsabilidade contra a administração e a fé pública;
II - condenação à pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de autoridade ou
violação de dever inerente à função pública

- O Defensor Público-Geral ao instaurar o procedimento disciplinar, ou no seu curso, poderá


afastar o membro da Defensoria Pública, preventivamente, de suas funções, se houver
conveniência para a apuração dos fatos ou se for sugerido pelo Conselho Superior ou pelo
Governador do Estado, sem prejuízo de seus vencimentos, perdurando o afastamento até a
execução da decisão ou a absolvição. O afastamento preventivo será computado na
penalidade de suspensão eventualmente aplicada, obrigando-se o membro da Defensoria
Pública a restituir os vencimentos percebidos no período em que cumpriu a medida
acautelatória.

Extingue-se em cinco anos, a contar da data em que foram cometidas, a punibilidade das faltas
apenadas com as sanções previstas no Art. 116 desta Lei, à exceção do abandono de cargo que
é imprescritível enquanto perdurar o abandono.

É competente para instaurar sindicância ou processo administrativo-disciplinar o Defensor


Público-Geral, de ofício ou por sugestão do Corregedor-Geral, por recomendação do Conselho
Superior da Defensoria Pública e, em qualquer caso, por requisição do Governador do Estado.
- O Defensor Público-Geral ao tomar conhecimento de irregularidades no serviço público é
obrigado a determinar a apuração imediata, através de sindicância ou de processo
administrativo-disciplinar.
- Sempre que o ilícito praticado pelo membro da Defensoria Pública ensejar a imposição de
penalidade de suspensão por mais de trinta dias, de remoção compulsória, de demissão,
cassação de aposentadoria ou de disponibilidade, será obrigatória a instauração de processo
administrativo-disciplinar.
- Quando o infrator for Defensor de 2º Grau o procedimento será sempre acompanhado pelo
Corregedor-Geral da Defensoria Pública.

Sindicância:
I - como preliminar de processo administrativo-disciplinar, sempre que se fizer necessário;
II - quando não for obrigatória a realização de processo administrativo-disciplinar
A sindicância será processada na Corregedoria-Geral, por Comissão composta por três
membros de categoria igual ou superior a do sindicado, constituída pelo Corregedor-Geral,
devendo por ele ser presidida, quando a integrar. Deve terminar em 30 dias úteis prorrogável
por igual período (A inobservância deste prazo constitui mera irregularidade, insuceptível de
acarretar a nulidade do procedimento).
Procedimento: colhidas as informações, intima o DP para propor provas em 3 dias. Colhidas as
provas, intima o mesmo para apresentar defesa em 5 dias e após é proferida decisão.

PAD
 Instaurado pelo Defensor Público-Geral
 Prazo de 180 (cento e oitenta) dias, constituindo a inobservância deste, mera irregularidade
incapaz de invalidá-lo.
 Não sendo encontrado o processado ou ignorado o seu paradeiro, a citação far-se-á por edital
publicado na Imprensa Oficial, com prazo de 10 (dez) dias a contar da publicação, evitando-se
nesta divulgação dar a conhecer os motivos do processo.
 Após o interrogatório, o processado terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para apresentar a sua
defesa prévia e o rol de até cinco testemunhas.
 Se o processado não for encontrado, furtar-se à citação ou não comparecer a qualquer ato
para o qual tenha sido regularmente intimado, será considerado revel.
 Os atos e termos, para os quais não forem fixados prazos nesta Lei ou nas Leis subsidiárias, na
forma indicada nesta Lei, serão realizados dentro daqueles que o Presidente da comissão fixar
e determinar.
 No prazo de vinte dias úteis, contados do recebimento do processo, o Defensor Público-Geral
proferirá a decisão.
 Se a penalidade a ser aplicada não for da competência do Defensor Público-Geral, este, no
prazo de quinze dias, encaminhará os autos ao Governador, que decidirá em vinte dias úteis.
 O membro da Defensoria Pública que responder a processo disciplinar só será exonerado a
pedido ou aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o cumprimento da
penalidade, quando aplicada.
 Das decisões condenatórias proferidas pelo Governador do Estado ou pelo Defensor Público-
Geral caberá pedido de reconsideração no prazo de cinco dias do seu conhecimento.
 Admitir-se-á a qualquer tempo, a revisão do procedimento administrativo-disciplinar, sempre
que forem alegados fatos novos ou circunstâncias não apreciadas, suceptíveis de provar a
inocência do apenado.
 Concluída a instrução do processo de revisão, o requerente poderá apresentar suas alegações
finais, no prazo de cinco dias úteis.
 A comissão revisora, com ou sem as alegações do requerente, relatará o processo no prazo de
quinze dias úteis e o encaminhará à autoridade competente para o julgamento, no prazo de
quinze dias úteis do recebimento dos autos.
 Cinco anos após o trânsito em julgado da decisão que impuser penalidade disciplinar poderá o
infrator desde que não tenha reincidido, requerer sua reabilitação ao Conselho Superior da
Defensoria Pública.
 A reabilitação deferida terá por fim desconsiderar a penalidade imposta, exceto para efeito de
reincidência.

As eleições para a indicação do Defensor Público-Geral será feita 30 dias antes do término do
mandato.
- Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, salvo disposição em contrário.

- Empossados os membros natos do Conselho Superior da Defensoria Pública nos seus


respectivos cargos ou função de Chefia, o Defensor Público-Geral, no prazo de dez dias,
convocará as eleições para a escolha dos demais integrantes desse órgão colegiado e que
deverão ser realizadas decorridos trinta dias do Edital.

O Mandato de Injunção coletivo pode ser impetrado pela DP.


A DP pode ajuizar ACP de improbidade administrativa. O primeiro fundamento é o acesso da
justiça e pelo Microssistema de tutela coletiva. Outrossim, a CF e a LC 80 garante à DP todas as
prerrogativas para a efetivação da tutela coletiva (teoria dos poderes implícitos).

Cabe à DP defender servidores públicos DESDE que sejam NECESSITADOS.


A DP pode requerer a instauração de IRDR, bem como representar na Comissão
Interamericana de DH, inclusive contra o próprio Estado que atua.

Um dos objetivos da terceira onda renovatória é a prestação de assistência jurídica de forma a


prevenir disputas sociais, com foco na solução extrajudicial de conflitos.
Uma onda não substitui a outra, mas sim se complementam.

Temos ainda a 4ª onda de acesso a justiça e está ligado a valor justiça: como os operadores do
direito interpretam o ordenamento jurídico em prol de ideais éticos e de uma democracia
social. Abandona aspectos processuais e se baseia mais em aspectos materiais.
Por fim, temos a 5ª onda, que é a Globalização e Direitos Humanos.

Global Access to Justice Project:


 Busca revisitar algumas premissas do projeto de Florença
 Novos movimentos e modelos de acesso à justiça
 Destaque para as nações subdsenvolvidas ou em desenvolvimento
 Coordeadores gerais regionais, locais e temáticos.

Hstóricos das Constituiçoes:


1824 – outorgada, tinha uma religião oficial e tinha o poder moderador (imperador).
1891 – promulgada. Primeira Constituição republicana (advento da república). Teve influencia
do constitucionalismo liberal.
1934 – promulgada. Constituição social - Teve influencia do constitucionalismo social. De
forma inédita houve a previsão de assistência judiciária aos necessitados.
1937 – outorgada. Constituição a polaca. Inspiração na constituição polonesa e nazifacista.
NADA previu sobre a assistência judiciária aos necessitados.
1946 – promulgada. Trouxe de volta a previsão de assistência judiciária aos necessitados.
1967 e 1969 – outorgada e ditatorial. Retirou a obrigatoriedade do Poder Público em conceder
a assistência judiciária, estabelecendo tão somente que a assistência judiciária aos
necessitados deveria ser concedida na forma da Lei.
1988 – promulgada - Constituição Cidadã.
A assistência JURÍDICA integral e gratuita somente foi expressamente prevista na CF/88. A
partir da CF DE 88 não se fala mais em assistência judiciária, mais sim jurídica.

Para decorar se as CF foram outorgadas ou promulgadas lembrar que a primeira foi outrogada
e a segunda promulgada. No século 20 todas que terminam com par foram promulgadas e as
que terminam com impar foram outorgadas.

EC 45/2004: autonomia para DPE


EC 69: autonomia para DPDF
EC 74: autonomia DPU (reforçou a autonomia do DPDF).
EC 80: reforçou e ampliou o regime jurídico constitucional da DP destacando-se a conservação
normativa expressa dos princípios institucionais da UNIDADE, INDIVISIBILIDADE e
INDEPENDENCIA FUNCIONAL. Criou uma seção autônoma, passando a ter uma cessão própria.
Não há previsão de foro por prerrogativa de função e por de armar na EC 80. Estipulou o prazo
de 8 anos para reestruturação.

A autonomia administrativa e funcional da DPU é similar a DPE.

O número de defensores é proporcional à efetiva demanda e à respectiva população. No prazo


de 8 anos a União, Estados E DF deverão contar com defensores públicos em todas as
Unidades jurisdicionais (ATENÇÃO: não tem Município).

A DP é órgão de execução penal.


- O pacto São José da Costa Rica prevê que toda pessoa tem o direito irrenunciável de ser
defendido por Defensor.

- DP pode requerer audiência pública perante a Comissão interamericana, bem como


apresentar petições e atuar como amicus Curie.
- Defensor interamericano: em casos de supostas vítimas sem representação legal
devidamente credenciada, a Corte Interamericana de DH poderá designar um Defensor
Interamericano de ofício que as represente durante a tramitação do caso (não tem qualquer
relação com a hipossuficiencia).

DPU
- A Defensoria Pública da União tem por chefe o Defensor Público-Geral Federal, nomeado
pelo Presidente da República, dentre membros estáveis da Carreira e maiores de 35 (trinta e
cinco) anos, escolhidos em lista tríplice formada pelo voto direto, secreto, plurinominal e
obrigatório de seus membros, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução,
precedida de nova aprovação do Senado Federal.
- O Defensor Público-Geral Federal será substituído, em suas faltas, impedimentos, licenças e
férias, pelo Subdefensor Público-Geral Federal, nomeado pelo Presidente da República, dentre
os integrantes da Categoria Especial da Carreira, escolhidos pelo Conselho Superior, para
mandato de 2 (dois) anos.
- Cabe ao Defensor Público Geral da União aplicar a pena da remoção compulsória, aprovada
pelo voto de dois terços do Conselho Superior da Defensoria Pública da União, assegurada
ampla defesa;
- A composição do Conselho Superior da Defensoria Pública da União deve incluir
obrigatoriamente o Defensor Público-Geral Federal, o Subdefensor Público-Geral Federal e o
Corregedor-Geral Federal, como membros natos, e, em sua maioria, representantes estáveis
da Carreira, 2 (dois) por categoria, eleitos pelo voto direto, plurinominal, obrigatório e secreto
de todos integrantes da Carreira.
- 1º O Conselho Superior é presidido pelo Defensor Público-Geral, que, além do seu voto de
membro, tem o de qualidade, exceto em matéria de remoção e promoção, sendo as
deliberações tomadas por maioria de votos.
- Os membros natos tem sua participação obrigatória no Conselho, sendo que os demais
membros eleitos (defensores públicos federais não afastados) podem deixar o cargo quando
quiserem.
- compete ao Conselho Superior decidir acerca da destituição do Corregedor-Geral, por voto
de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa. Compete ainda indicar os 6 (seis)
nomes dos membros da classe mais elevada da Carreira para que o Presidente da República
nomeie, dentre esses, o Subdefensor Público-Geral Federal e o Corregedor-Geral Federal da
Defensoria Pública da União (mandato de 2 anos).
- O Corregedor-Geral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por proposta do
Defensor Público-Geral, pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior,
assegurada ampla defesa.
- A prestação de assistência judiciária pelos órgãos próprios da Defensoria Pública da União
dar-se-á, preferencialmente, perante o Supremo Tribunal Federal e os Tribunais superiores.
- Aos Defensores Públicos Federais incumbe, dentre outras funções, defender os acusados em
processo disciplinar e participar, com direito de voz e voto, do Conselho Penitenciário;

 Defensor Publico-Geral atuará junto ao Supremo Tribunal Federal.


 DP Especial perante STJ e tribunais superiores
 DP 1ª categoria: atuará perante os tribunais, turmas recursais,
 DP 2ª categoria: atuarão junto aos Juízos Federais, aos Juízos do Trabalho, às Juntas e
aos Juízes Eleitorais, etc.
- O concurso de ingresso realizarseá, obrigatoriamente, quando o número de vagas exceder a
um quinto dos cargos iniciais da carreira e, facultativamente, quando o exigir o interesse da
administração.
- O candidato aprovado ao concurso público para ingresso na carreira da Defensoria Pública
será nomeado pelo Presidente da República para cargo inicial da carreira, respeitada a ordem
de classificação e o número de vagas existentes.
- Os membros da Defensoria Pública somente poderão ser promovidos após dois anos de
efetivo exercício na categoria, dispensado o interstício se não houver quem preencha tal
requisito ou se quem o preencher recusar a promoção.
- Não poderá concorrer à promoção por merecimento quem tenha sofrido penalidade de
advertência ou suspensão, no período de um ano imediatamente anterior à ocorrência da
vaga, em caso de advertência, ou de dois anos, em caso de suspensão.
- Os membros da Defensoria Pública da União são inamovíveis, salvo se apenados com
remoção compulsória, na forma desta Lei Complementar.
- A remoção a pedido farseá mediante requerimento ao Defensor Publico-Geral, nos quinze
dias seguintes à publicação, no Diário Oficial, do aviso de existência de vaga.
- A remoção precederá o preenchimento da vaga por promoção.
- É assegurado o direito de afastamento para exercício de mandato em entidade de classe de
âmbito nacional, de maior representatividade, sem prejuízo dos vencimentos, vantagens ou
qualquer direito inerente ao cargo (O afastamento será concedido ao presidente da entidade
de classe e terá duração igual à do mandato, devendo ser prorrogado no caso de reeleição e é
contado como tempo de efetivo exercício).
São garantias dos membros da Defensoria Pública da União:
 I - a independência funcional no desempenho de suas atribuições;
 II - a inamovibilidade;
 III - a irredutibilidade de vencimentos;
 IV - a estabilidade;

Quando a DP atua em custos vulnerabilis ela atua em NOME PRÓPRIO. Na Ação coletiva ela
atua em legitimação extraordinária. Ela pode ainda agir como representante processual
(quando atua representando uma parte) ou com legitimação ordinária (quando ajuíza ação em
nome próprio para defender as suas prerrogativas institucionais).
Quando a DP atua como custos vulnerabilis ela tem ampla possibilidade recursal, não há
discricionariedade judicial quanto a sua atuação em um processo (atua independente de
autorização judicial). Somente depende da presença de um interesse institucional e autônomo,
que justifica a atuação em prol de defesa dos vulneráveis.
Por sua vez, o amicus Curie tem limitações recursais, a sua admissão judicial é discricionária e
os requisitos de ingresso tem que estar relacionados a relevância da matéria, a especificidade
do tema objeto da demanda e a repercussão social da controvérsia.

Custos Vulnerabilis: a sua atribuição pode ser por intervenção ou atuação.


Intervenção:
 Intervenção judicial com previsão expressa e específica: intimação da DP em ação
possessória com quando há número de pessoas sempre que se verifique
vulnerabilidade.
 Atuação: pode ser judicial ou extrajudicial.

Contra a decisão que indefere amicus Curie não cabe recurso, todavia, é possível um pedido de
reconsideração.

Com a nova redação do CPC bem como revogação de diversos dispositivos da lei 1050/60, os
estrangeiros não residente no país tem direito a justiça gratuita. Por sua vez, os estrangeiros
não residente no país que tenham pleiteado a justiça gratuita sob a égide da lei antiga não tem
direito de justiça gratuita.

- É permitida a edição de lei estadual definindo critérios para o atendimento de pessoas


jurídicas pela DP.

- A concessão de gratuidade NÃO afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas


processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência, todavia,
ficaram em condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executados se nos 5
anos subseqüentes ao transito em julgado demonstrar que deixou de existir a insuficiência.

O benefício da assistência gratuita engloba os emolumentos devidos a notários e


registradores. Insta frisar haver previsão no CPC de que, havendo dúvida fundada quanto ao
preenchimento atual dos pressupostos para a concessão da gratuidade, o notório ou
registrador, APÓS PRATICAR O ATO, pode requerer o juiz a revogação total ou parcial do
benefício ou a substituição pelo parcelamento, sendo o beneficiário citado para, em 15 dias,
manifestar sobre o requerimento.

Revogado o benefício de assistência judiciária gratuita, a parte pagará as despesas processuais


que tiver deixado de adiantar e em caso de má-fé pagará até o décuplo de seu valor a título de
multa, que será revertida em benefício da Fazenda Pública Estadual ou Federal e poderá ser
inscrita em dívida ativa.
Os efeitos da gratuidade da justiça produz efeito ex nunc (não retroage ao início do processo).
O Juiz NÃO pode indeferir de IMEDIATO a justiça gratuita, tendo que intimar.

Os membros da Defensoria Pública da União são passíveis das seguintes sanções:

I - advertência; só escrita - quem aplica é o PDG


II - suspensão por até noventa dias; reiteração de advertência - quem aplica é o PDG
III - remoção compulsória; quem aplica é o PDG
IV - demissão; Quem aplica é o PR
V - cassação da aposentadoria. Quem aplica é o PR
- Prescrevem em dois anos, a contar da data em que foram cometidas, as faltas puníveis com
advertência, suspensão e remoção compulsória, aplicandose, quanto às demais, os prazos
previstos em lei.

O conselho superior decide, por voto de dois terços de seus membros, acerca da destituição
do Corregedor-Geral. O conselho também indica os seis nomes dos membros da classe mais
elevada da carreira para que o Presidente da República nomeie, dentre estes, o Subdefensor
Publico-Geral e o Corregedor-Geral.
Presidente nomeia o corregedor para mandato de 2 anos mas o conselho superior pode
destituir antes do prazo por voto de 2/3 dos membros.

Núcleos da Defensoria Pública: são dirigidos por Defensor Publico-Chefe, designado pelo
Defensor Publico-Geral (não tem idade mínima). Tem que mandar relatório semestralmente (o
corregedor manda relatório anual – em janeiro).

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Defensoria


Pública do Estado, quanto à legalidade, legitimidade, aplicação de dotações e recursos
próprios e renúncia de receitas, será exercida pelo Poder Legislativo, mediante controle
externo e pelo sistema de controle interno estabelecido em lei.

As Defensorias Públicas da União, do Distrito Federal e dos Territórios e dos Estados adotarão
providências no sentido de selecionar, como estagiários, os acadêmicos de Direito que,
comprovadamente, estejam matriculados nos quatro últimos semestres de cursos mantidos
por estabelecimentos de ensino oficialmente reconhecidos. Os estagiários serão designados
pelo Defensor Publico-Geral, pelo período de um ano, podendo este prazo ser prorrogado por
igual período. O tempo de estágio será considerado serviço público relevante e como prática
forense.

Defensoria pude celebrar TAC. Em relação a Inquérito Civil pela lei somente pode o MP, mas
existem teses da DP defendendo que ela tem esta legitimidade. A DP pode requerer
instauração de IRDR e IAC.
Em regra, defensor dativo NÃO tem prazo dobrado, salvo se a sua nomeação for em razão de
convenio firmado com a OAB e a Defensoria.
- Lembrar que Defensor só responde civil e regressivamente por atos cometidos com dolo ou
fraude (não tem responsabilização por culpa).

Você também pode gostar