4 Sistemas+de+governo
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408-80
Sistemas de
governo
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Oliveira, Julio
SST Sistemas de governo / Julio Oliveira
Ano: 2020
nº de p.: 11
Sistemas de governo
APRESENTAÇÃO
Nesse momento, estudaremos a organização do Estado Brasileiro a partir da análise
do modelo federativo adotado. Assim, destacaremos a opção pelo modelo de Estado
Democrático de Direito centrado em uma Constituição Federal enquanto a norma
principal e que disciplina as questões que fundamental o Estado. Na sequência,
veremos que o Texto Constitucional confere autonomia aos entes e, salvo exceções,
veda o processo de intervenção. Veremos que a Constituição reserva matérias
específicas e sobre as quais cada ente tem o poder de legislar. Por fim, verificaremos
que a opção do Legislador Constituinte foi estabelecer construir um modelo estatal que
se estabeleça na observação doprincípio da predominância do interesse.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
BRASILEIRO
O Estado brasileiro é organizado sob a forma de Federação, construído por meio de
repartição. Esse modelo é decorrente do processo de desfragmentação do Império,
que era o Estado unitário, que deu origem a unidades federadas autônomas.
Assim, compõem a federação brasileira a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios (BULOS,2015).
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Saiba mais
Documentário: 30 anos da Constituição
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ENTES DA FEDERAÇÃO
A CFRB/88 é o elemento jurídico que une todos os entes da Federação. Tal
característica pode ser observada quando da análise do art. 60, do §4º, inciso III,
que estabelece que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente
a abolir a separação de poderes (BRASIL, 1988).
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Reflita
Você já parou para pensar a razão de existir na constituição norma
que explicitamente impeça a abolição do princípio federativo?
É a União que confere o aspecto unitário à organização federal brasileira. Por sua vez,
os Estados federados conferem a tendência disjuntiva do Estado. Todo Estado Federal
pressupõe a existência de elementos unitários e federativos (disjuntivos). É a síntese
jurídica de um processo político-social, caracterizado pelo embate entre os elementos
unitários e disjuntivos, que dá atônica da forma de Esta- do federal (SILVA, 2013).
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Curiosidade
John Dickinson escreveu o texto que serviu de base para
o documento que ficou conhecido como os “Artigos da
Confederação”, aprovado em 1.777. Conservador e moderado, tal
documento estabelecia um elo muito fraco entre as 13 colônias
britânicas norte-americanas. Uma união com poderes centra-
lizados era muito difícil de consolidar, uma vez que a luta
pela independência foi justamente para se libertar de uma
opressão exercida pelo poder centralizado da Grã Bretanha
(DRIVER, 2006)
Novidade, porém, inaugurada pelo texto de 1988 sem qualquer precedente, foi a
inclusão dos municípios no enlace federativo. Para Bulos (2015), alçar o município à
categoria de ente federativo afigura-se um traçado anômalo e peculiar, estabelecido
pela Constituição de 1988.
Silva (2013) é ainda mais duro nas suas críticas. Afirma, de forma categórica, que
o Município é de todo irrelevante no conceito de Federação brasileira. Prossegue
aduzindo que não há uma Federação de municípios no Brasil e que eles na verdade
são uma divisão política do território dos Estados; não da União.
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REPARTIÇÃO DA COMPETÊNCIA
Agra (2014) atribui à repartição de competência a principal característica da forma
federativa de Estado, pois desempenha missão sensível para o federalismo, que é
evitar atritos entre os entes federados.Definir quais matérias devem ficar a cargo da
competência dos entes federativos não é trabalho fácil. Segundo Silva (2013),
Observe-se que, por mais minuciosa que tenha sido a Carta de 1988, ainda existem
conflitos entre os componentes da Federação, surgidos em função da defesa de
suas autonomias.
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A divisão de poder é fundamental para que cada ente desenvolva ações mais
focalizadas dentro da sua delimitação geográfica. Tais atos devem estar norteados
pelo princípio do interesse público que para Silva (2013) é:
Retomando análise do princípio, observa Bulos (2015) que esse não resolve
todas as situações que lhe são colocadas, em razão da dificuldade ou mesmo
da impossibilidade de se determinar, em algumas hipóteses, qual é o interesse
predominante, como os problemas relacionas à Amazônia, ao polígono da seca e ao
Vale do São Francisco.
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FECHAMENTO
Nessa Unidade estudamos verificamos que a Constituição Federal de 1988 optou
por um sistema federativo. Assim, o poder estatal foi dividido entre os três entes da
federação: união. Estados e municípios. Esses estão ligados por um conjunto de
características em comum e devem observar o princípio da predominância do
interesse público.
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REFERÊNCIAS
AGRA, W. de M. Curso de direito constitucional. 8. ed. Rio de Janeiro:Forense, 2014.
ARAÚJO, L. A. D.; NUNES JUNIOR, V. S. Curso de direito constitucional. 22. ed. São
Paulo: Verbatim, 2017.
MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. G. Curso de direito constitucional. 12. ed. São Paulo:
Saraiva, 2017.
SILVA, J. A. Curso de direito constitucional positivo. 37. ed. São Paulo: Malheiros, 2013.
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