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Ana Paula Salim, Nicolle Fridlund

Aula 00 - Prof.ª Nicolle

Notas técnicas sobre a ocorrência de doenças de notificação obrigatória


Os dados sobre a investigação da ocorrência de doenças de notificação obrigatória, imediata
ou não, são utilizados para elaboração de notas técnicas para divulgar e esclarecer
informações sobre investigações epidemiológicas em curso e medidas adotadas para
prevenção, controle e erradicação de focos.

Notificações semanais
O DSA encaminha aos SVEs, às SFAs, aos LANAGROs e ao PANAFTOSA, o resumo das
suspeitas de ocorrências notificadas na semana epidemiológica, referentes a doenças
vesiculares, hemorrágicas dos suídeos e encefalomielite equina. Também é encaminhada
comunicação semanal à União Europeia referente à ocorrência ou não de doenças
vesiculares.

LANAGROs: Laboratórios Nacionais Agropecuários – são os laboratórios oficiais do Ministério


da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

Comunicações mensais
Entre as notificações mensais destacam-se o Informe internacional, referente à condição
zoossanitária no país para doenças da WOAH de maior importância para o mercado
internacional, e o Boletim Epidemiológico da Raiva, que apresenta informações sobre o
número de casos de raiva no país, com diagnóstico clínico e laboratorial e atividades de
profilaxia.

Notificações semestrais para a WOAH


Representadas por informes epidemiológicos no sistema WAHIS.

WAHIS: Interface World Health Information Database – fornece acesso a todos os dados
contidos no novo Sistema Mundial de Informações sobre Saúde Animal da WOAH.

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2.2. REGISTRO DAS INVESTIGAÇÕES DE SUSPEITAS OU FOCOS DE DOENÇAS ANIMAIS

O REGISTRO da investigação de toda e qualquer suspeita ou caso provável ou confirmado


de doenças animais quando forem atendidos e investigados pelo médico veterinário oficial,
deve ser realizado no Formulário de Investigação de Doenças – Inicial (FORM IN), no caso
do primeiro atendimento, e no (FORM COM), no caso dos atendimentos complementares
realizados no estabelecimento.
Ainda há o FORM LAB - Formulário de colheita de amostras; e o FORM VIN - Formulário de
inspeção a estabelecimentos com vínculo epidemiológico.
Quanto às doenças de interesse dos programas sanitários (assuntos das nossas próximas
aulas), há formulários específicos, visando melhor detalhamento e especificidade das
investigações, como por exemplo, o FORM SV – Formulário de investigação clínica e
epidemiológica para síndrome vesicular.
Outro registro importante é o da vigilância de síndromes específicas. A notificação de
suspeitas e o acompanhamento de eventos sanitários baseados na vigilância sindrômica, a
partir da observação de conjuntos de sinais clínicos específicos, além de serem registradas
nos formulários FORM IN, FORM COM e outros específicos, também devem ser inseridas no
Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica – SivCont.
O serviço veterinário do Brasil utiliza quatro síndromes:

Síndrome vesicular, síndrome nervosa, síndrome hemorrágica dos suínos e síndrome


respiratória e neurológica das aves

Veja na Tabela abaixo quais são as doenças-alvo e quais os diagnósticos diferenciais:

Fonte: Sistema Nacional de Informação Zoossanitária – SIZ

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Sobre o SivCont:

Sistema, em versão WEB, que foi desenvolvido pelo PANAFTOSA, em 2004, e


representa um mecanismo para registro e análise de dados e informações, que
permite demonstrar que os sistemas nacionais de vigilância dos países participantes
possuem adequada sensibilidade e especificidade para assegurar a condição
sanitária do país em relação a determinadas doenças. Também fornece
transparência na troca de informações e possibilita às gerências do SVO avaliar os
procedimentos adotados em cada atendimento.

Veja abaixo uma representação esquemática do fluxo dos documentos de registro


da informação referente às ocorrências zoossanitárias de notificação obrigatória ao
serviço veterinário oficial:

DOE Fonte: Sistema Nacional de Informação Zoossanitária – SIZ


O Decreto 5.741, de 30 de março de 2006, inclui a obrigatoriedade de notificação de
doenças animais e reforça as responsabilidades dos diferentes segmentos dos setores
públicos e privados envolvidos.

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Segundo o Artigo 5º:


“Os participantes da cadeia produtiva estão obrigados a cientificar à autoridade competente, na forma por ela
requerida: (...)
III - ocorrência de alterações das condições sanitárias e fitossanitárias registrada em seus estabelecimentos,
unidades produtivas ou propriedades”.

A padronização nacional dos procedimentos para notificação obrigatória de doenças


animais para o SVO, que inclui a elaboração, manutenção e divulgação de lista das doenças
notificáveis, tem como objetivos:

▪ Uniformizar, orientar e aprimorar a notificação de doenças em animais,


melhorando a sensibilidade e especificidade da vigilância veterinária;
▪ Subsidiar a análise da situação de saúde animal no país;
▪ Respaldar a aplicação das medidas de vigilância, diagnóstico, prevenção,
controle e erradicação de doenças animais;
▪ Garantir o atendimento aos critérios de notificação recomendados pela WOAH;
▪ Validar a obtenção das informações requeridas para as notificações e relatórios
apresentados à WOAH (imediata, seguimento, semestral e anual);
▪ Apoiar o atendimento às obrigações para com os parceiros comerciais em
relação à notificação de determinadas doenças e na certificação sanitária para
exportação de animais e produtos.

As doenças de notificação obrigatória são selecionadas considerando os


seguintes critérios:
▪ requisitos de notificação internacional segundo a lista de doenças da WOAH
(veremos essa lista daqui a pouco na aula);
▪ presença ou ausência da doença no país, zona ou unidade federativa;
▪ características epidemiológicas e poder de disseminação;
▪ existência de programa sanitário oficial para prevenção, controle ou erradicação;
▪ risco para a saúde pública;
▪ impacto na pecuária e comércio de animais, seus produtos e subprodutos;
▪ importância estratégica para a produção pecuária nacional; e
▪ compromissos de certificação sanitária internacional.

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Portanto, há quatro CATEGORIAS, conforme prazo de notificação:

Categoria 1: doenças erradicadas ou nunca registradas no país, que requerem notificação


IMEDIATA de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial
Categoria 2: doenças que requerem notificação IMEDIATA de qualquer caso suspeito
Categoria 3: doenças que requerem notificação IMEDIATA de qualquer caso confirmado
Categoria 4: doenças que requerem notificação MENSAL de qualquer caso confirmado

As categorias 1, 2 e 3 referem-se às doenças que requerem


acompanhamento obrigatório do SVO pela necessidade de se aplicar medidas para
confirmação do diagnóstico, controle, prevenção e erradicação, seja para doenças exóticas,
emergenciais ou inseridas em programas de controle ou erradicação. Inclui, também,
doenças de ocorrência esporádica, que não têm sido notificadas nos últimos anos.
A categoria 4, por sua vez, é constituída de doenças que não são passíveis de aplicação de
medidas sanitárias obrigatórias pelo SVO, mas é desejável que sua ocorrência seja
monitorada devido a sua importância para a saúde animal ou saúde pública, e para atender
a requisitos de certificação sanitária.

Os Serviços Veterinários Oficiais dos Estados (SVEs) poderão incluir outras doenças de
interesse local ou regional, para monitoramento e vigilância da situação epidemiológica de
seus rebanhos.

No Brasil, a primeira lista de doenças animais foi publicada pelo


Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, instituído pelo Decreto
24.548, de 3 de julho de 1934. Desde então, a lista de doenças vem sendo
ampliada, conforme a implantação dos programas zoossanitários no país, e a
intensificação dos compromissos de certificação a organismos internacionais e a países
importadores de produtos pecuários brasileiros.

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A lista NACIONAL de doenças animais de notificação obrigatória foi atualizada por meio
da Instrução Normativa nº 50, de 24 de setembro de 2013, que veremos a seguir.

3.1. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 50/2013

Vamos ver agora o que a IN 50/2013 descreve:

§ 1o A notificação da suspeita ou ocorrência de doença listada no Anexo desta Instrução Normativa é


obrigatória para qualquer cidadão, bem como para todo profissional que atue na área de diagnóstico,
ensino ou pesquisa em saúde animal.
§ 2o A suspeita ou ocorrência de qualquer doença listada no Anexo desta Instrução Normativa deve ser
notificada imediatamente, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas de seu conhecimento, quando:
I - ocorrer pela primeira vez ou reaparecer no País, zona ou compartimento declarado oficialmente livre;
II - qualquer nova cepa de agente patogênico ocorrer pela primeira vez no País, zona ou compartimento;
III - ocorrerem mudanças repentinas e inesperadas nos parâmetros epidemiológicos como: distribuição,
incidência, morbidade ou mortalidade de uma doença que ocorre no País, Unidade Federativa, zona ou
compartimento; ou
IV - ocorrerem mudanças de perfil epidemiológico, como mudança de hospedeiro, de patogenicidade ou
surgimento de novas variantes ou cepas, principalmente se houver repercussões para a saúde pública.
§ 3o A notificação também deverá ser imediata para qualquer outra doença animal que não pertença à
lista do Anexo desta Instrução Normativa, quando se tratar de doença exótica ou de doença emergente que
apresente índice de morbidade ou mortalidade significativo, ou que apresente repercussões para a saúde
pública.
Art. 3o Os procedimentos, prazos, documentos para registro, fluxo, periodicidade de informações e outras
disposições necessárias para cumprimento desta Instrução Normativa devem seguir o estabelecido em
normas próprias da Secretaria de Defesa Agropecuária propostas pelo Departamento de Saúde Animal.

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Parágrafo único. O serviço veterinário oficial deverá manter os meios necessários para captação e registro
de notificações.

Art. 4o Independentemente da lista de que trata esta Instrução Normativa, a ocorrência de doenças animais
deve ser informada ao serviço veterinário oficial conforme exigências e requisitos específicos que constem
de certificados internacionais com objetivo de exportação.
Art. 5o A lista de doenças animais de que trata esta Instrução Normativa será revista por proposta do
Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, e publicada periodicamente,
considerando alterações da situação epidemiológica do País e mundial, resultados de estudos e investigações
científicas, recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal, ou sempre que se impuser o interesse
de preservação da saúde animal no País.

Doença Emergente: infecção ou infestação nova resultante da evolução ou modificação de um


agente patógeno existente, infecção ou infestação conhecida que se estende a uma nova área geográfica ou população,
um agente patógeno não identificado anteriormente ou uma doença diagnosticada pela primeira vez e que tem
repercussões importantes na saúde animal ou humana (Código Terrestre)

Note que a Instrução Normativa descreve que qualquer cidadão, organização ou instituição
que tenha animais sob sua responsabilidade ou que tenha conhecimento de casos suspeitos
ou casos confirmados de doenças animais, deve informar o fato ao SVO.

Vamos agora ver quais são as doenças descritas na lista da IN 50/2013:

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3.2. SITUAÇÃO SANITÁRIA DAS DOENÇAS DE ANIMAIS TERRESTRES NO BRASIL

Está disponível no site do MAPA (https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-


animal-e-vegetal/saude-animal/arquivos-sisa/Situacao_zoossanitaria_WAHID_Brasil_2020_1.pdf),
a lista com a situação sanitária das doenças de animais terrestres no Brasil, em 2020. Vamos
colocar aqui para você, para facilitar o estudo:

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Cada país membro compromete-se a notificar as doenças animais que detectar no seu
território.
A WOAH então divulga as informações para outros países, que podem tomar as medidas
preventivas necessárias. Essas informações também incluem doenças transmissíveis ao
homem e introdução intencional de patógenos.
As informações são enviadas imediatamente ou periodicamente, dependendo da
gravidade da doença.
Este objetivo aplica-se a ocorrências de doenças que ocorrem naturalmente e são causadas
deliberadamente. A divulgação é feita via e-mail, informações sobre doenças e a interface
do sistema mundial de informações sobre saúde animal (interface WAHIS).

Até 2004, a lista de doenças era dividida em lista A e B, porém, atualmente, a relação é
composta por uma lista única.
O objetivo de elaborar uma lista única foi para estar de acordo com a terminologia do
Acordo Sanitário e Fitossanitário da Organização Mundial do Comércio, classificando as
doenças como perigos específicos e atribuindo a todas as doenças listadas o mesmo grau
de importância no comércio internacional.
Para criar uma lista única de doenças de notificação obrigatória, a Organização definiu
critérios para examinar a inclusão ou não de uma determinada doença na lista única, que foi
aprovada em maio de 2004.
Para criar essa lista única de doenças de notificação obrigatória, a WOAH definiu critérios
para examinar a inclusão ou não de uma dada doença. Os critérios para incluir doenças na
lista da WOAH são detalhados nos Códigos Terrestre e Aquático.
A lista de doenças é revisada regularmente e, no caso de modificações adotadas pela
Assembleia Mundial de Delegados em sua Sessão Geral anual, a nova lista entra em vigor
em 1 de janeiro do ano seguinte.

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Uma das missões da WOAH é garantir a transparência e aprimorar o


conhecimento da situação mundial da saúde animal.

Sempre que ocorrer um evento epidemiológico importante em um País Membro, esse deve
informar a WOAH enviando uma Notificação Imediata (animais terrestres e aquáticos) que
inclua o motivo da notificação, o nome da doença, a espécie afetada, a área geográfica
afetados, as medidas de controle aplicadas e quaisquer testes laboratoriais realizados ou
em andamento.
Para melhorar o alcance e a eficiência do sistema de alerta precoce da WOAH, os Países
Membros devem notificar imediatamente à Sede os eventos de importância epidemiológica
de acordo com as razões estabelecidas no Código Sanitário dos Animais Terrestres para
animais terrestres e no Código Sanitário dos Animais Aquáticos para animais aquáticos
(Capítulos 1.1 – Artigos 1.1.3).

Capítulo 1.1 – Artigo 1.1.3 (motivos de notificação para animais terrestres)


Capítulo 1.1 – Artigo 1.1.3 (motivos de notificação para animais aquáticos)

Os principais trabalhos normativos produzidos pela WOAH são:


Código Sanitário para Animais Terrestres;
Manual de Testes Diagnósticos e Vacinas para Animais Terrestres;
Código Sanitário para Animais Aquáticos;
Manual de Testes Diagnósticos para Animais Aquáticos.

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A lista se divide em

ANIMAIS TERRESTRES
Várias espécies

Bovinos ==0==

Ovinos e caprinos

Equinos

Suínos

Aves

Lagomorfos

Abelhas

Outros animais

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Além das doenças listadas para os animais terrestres, a WOAH disponibiliza também a lista
para as doenças de notificação dos animais aquáticos, incluindo os peixes, crustáceos,
moluscos e anfíbios.

Peixes

Anfíbios

Crustáceos

Moluscos

Para acessar a lista completa, clique AQUI.

Portal WAHIS: Dados de Saúde Animal

Como aprendemos hoje, garantir a TRANSPARÊNCIA DA SITUAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE


ANIMAL é uma das principais missões da WOAH, portanto os países membros têm a
obrigação de enviar informações sobre sua situação de saúde animal, conforme a lista de
doenças de animais terrestres e aquáticos notificáveis que vimos acima.

A OIE-WAHIS (Sistema Mundial de Informação de Saúde Animal) é um banco de dados


abrangente e exclusivo por meio do qual informações sobre a situação da saúde animal em
todo o mundo são relatadas e divulgadas em todo o mundo.

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Os dados da OIE-WAHIS refletem as informações coletadas pelos Serviços Veterinários de


Países e Territórios Membros e não Membros sobre doenças listadas em animais domésticos
e animais selvagens, bem como sobre doenças emergentes e zoonoses.

Todas essas informações podem ser acessadas e visualizadas publicamente nesta interface.
OIE-WAHIS substitui e amplia significativamente a antiga interface da web chamada WAHIS,
fornecendo acesso a todos os dados relatados desde 2005.

Esta nova interface pública inclui ferramentas de extração de dados, ferramentas de


mapeamento interativo e painéis para apoiar a consulta de dados, visualização e extração
de dados de saúde animal oficialmente validados.

O sistema consiste em dois componentes:

• um sistema de alerta precoce para informar a comunidade internacional, por meio


de “mensagens de alerta”, de eventos epidemiológicos relevantes ocorridos nos
Países Membros, e
• um sistema de monitoramento para monitorar doenças listadas (presença ou
ausência) ao longo do tempo.

Era isso aí!

Conseguiu ter uma noção geral de como funciona todo esse mecanismo de notificações de
doenças?
Esperamos que esta aula tenha ajudado você a ter os conhecimentos gerais sobre o Sistema
Nacional de Informação Zoossanitária e quais são as Doenças de Notificação Obrigatória
estabelecidas pelo Brasil (IN 50/2013) e pela WOAH.

Vamos agora fazer algumas questões relacionadas ao tema que já caíram em concursos
anteriores, para treinar o que aprendemos hoje.

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QUESTÕES
1. Assinale a opção que relaciona corretamente uma doença de notificação
obrigatória com a espécie animal alvo, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
A) Gastroenterite transmissível / bovinos.
B) Scrapie / ovinos.
C) Colibacilose / suínos.
D) Aerossaculite / aves.
E) Encefalomielite por vírus Nipah / caprinos.

2. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, algumas doenças


detectadas nos animais em exames ante-mortem e post-mortem têm sua notificação de
caráter obrigatório, portanto devem ser notificadas em âmbito internacional. Em 2017, a
OIE atualizou a lista de doenças de notificação obrigatória. Com base nessa atualização,
indique a opção abaixo onde todas as doenças listadas são de notificação obrigatória.
A) Anaplasmose bovina, Piroplasmose equina, Gastroenterite transmissível em suínos e
Tuberculose bovina.
B) Triquinelose, Brucelose, Infecção por Seneca Valley Virus em suínos e Scrapie.
C) Infecção por vírus da doença de Newcastle, Peste Suína Africana, Babesiose Bovina e
Infecção por Fasciola hepática.
D) Sarna sarcóptica, Leucose bovina enzootica, Campilobacteriose genital bovina e
Aerossaculite em aves.
E) Infecção por vírus da gripe aviária, Encefalopatia Espongiforme Bovina, Doença de
Aujeszky e Leptospirose em equinos.

3. A Instrução Normativa 50 (IN 50/13), do Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento, altera a lista de doenças passíveis de aplicação de medidas de defesa
sanitária animal, conforme prevê o art. 61 do Decreto nº 24.458/34. As doenças presentes
na Lista de Notificação Obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial devem ser notificadas,
obrigatoriamente, por qualquer cidadão, bem como por todo profissional que atue na área
de diagnóstico, ensino ou pesquisa em saúde animal. A IN 50/13 divide as notificações em:
imediata – para casos suspeitos ou diagnosticados de doenças erradicadas ou nunca
registrada no País; imediata – para qualquer caso suspeito; imediata – para qualquer caso
confirmado; e, mensais – para qualquer caso confirmado. Assinale a alternativa que

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apresenta somente doenças que necessitam de notificação imediata ao Serviço


Veterinário Oficial quando da ocorrência de qualquer caso suspeito.
A) Língua azul, doença de Newcastle em aves e botulismo.
B) Antraz, loque americana das abelhas melíferas e mormo em equinos.
C) Estomatite vesicular, Scrapie em ovinos e caprinos e clamidiose aviária.
D) Raiva, loque europeia das abelhas melíferas e anemia infecciosa das galinhas.

4. A notificação obrigatória de algumas doenças dos animais objetiva evitar a grande


disseminação delas. São doenças de notificação obrigatória em bovinos, equinos, suínos e
aves, respectivamente:
A) raiva, mormo, peste suína clássica e brucelose.
B) febre aftosa, anemia infecciosa equina, peste suína clássica e gripe aviária.
C) mastite, anemia infecciosa equina, doença de Aujeszki e doença de Gumboro.
D) febre aftosa, mormo, peste suína clássica e febre catarral maligna.

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QUESTÃO RESPOSTA
1 B
2 A
3 B
4 B

1. Resposta letra “B”.


Conforme vimos na nossa aula, o MAPA publicou a Instrução Normativa nº 50, a qual traz
no seu anexo as doenças que são de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial,
composto pelas unidades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelos
Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Animal. Nesta relação, podemos observar as doenças
de múltiplas espécies e espécie-específicas.
Vamos ver o que está errado em cada alternativa:
Gastroenterite transmissível – doença de notificação obrigatória para suínos.
Colibacilose – doença de notificação obrigatória para aves.
Aerossaculite – não consta na relação.
Encefalomielite por vírus Nipah – doença de notificação obrigatória para suínos.

2. Resposta letra “A”.

A questão pede quais as doenças listadas que são de notificação obrigatória


pela OIE (atualmente WOAH). Essas informações estão disponíveis aqui:
https://www.woah.org/en/what-we-do/animal-health-and-welfare/animal-diseases/

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3. Resposta letra “B”.

Preste atenção, pois a questão pede qual alternativa apresenta somente


doenças que necessitam de notificação IMEDIATA quando da ocorrência de qualquer caso
SUSPEITO.
Vamos relembrar o que vimos em aula e aí fica fácil responder:

4. Resposta letra “B”.


Esta questão pede quais as doenças de notificação obrigatória nas espécies,
respectivamente. Ficou fácil agora responder, não é?

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CONCLUSÃO
Chegamos ao final da aula, na qual abordamos um tema muito bacana que inclui o Sistema
Nacional de Informação Zoossanitária no nosso país e as Doenças de Notificação Obrigatória
ao Serviço Veterinário Oficial. Vimos também a IN 50/2013 e a lista da WOAH, que
contemplam uma série de doenças de interesse nas várias espécies animais.
O objetivo foi de auxiliá-lo nos estudos, para entender como o sistema de notificações
funciona no Brasil e no mundo e quais são as doenças de maior relevância para a saúde
animal.
Esperamos que a aula tenha sido proveitosa para auxiliá-lo nesta caminhada.

Qualquer dúvida que tenha, estamos disponíveis no Fórum.

Por hoje é só...!

Até mais!
Ótimos estudos!

Professora Nicolle

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