A Batalha de Gogue e Magogue U Thomas Icepdf

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 456

THOMAS ICE

A BATALHA DE
GOGUE E MAGOGUE

UMA INTERPRETAÇÃO DE
EZEQUIEL 38 & 39
EBOOK - 1ª EDIÇÃO - 2015
Traduzido do original em inglês: “An Interpretation
Interp retation of Ezekie
Ezekiell 38 &
39”- Série de Artigos Pre-Trib Research Center
El Cajon, CA 92021
92 021 – EU
EUA.
A.
Tradução: Jamil Abdalla Filh
Filhoo Revisão: Sé
Sérgio
rgio Homen
Homeni,i, IIone
one Haake,
Célia Korzanowski Edição: Arthur Reinke
Capa e Layout: Roberto Reinke Passagens da Escritura segundo a
versã
versãoo Alm
Almeid
eidaa Revis
Revisada
ada e Atualizada
tualizada – (SBB),
(SBB), exce
exceto
to quando
quando
indicado em contrário: Nova Versão Internacional - NVI, Almeida
Corrigida e Revisada Fiel – ACF ou Almeida Revista e Corrigida –
ARC.
Todos os direitos reservados
reservados para os países de llíngua
íngua portuguesa.
Copyright 2015 Actual Edições
Ebook ISBN
ISBN - 978-85-7720-113-6
978-85-7720 -113-6
R. Erechim, 978 – B. Nonoai
90830-000 – PORTO ALEGRE – RS/Brasil Fones (51) 3241-5050 e
0300 789.5152
www.chamada.com.br - [email protected]
[email protected]
.br
ÍNDICE
ÍN DICE
Introdução
Introdução
1. Real ou Apenas Imaginário?
Imaginário?
2. Ez
Ezeq
equi
uiel
el 38.1-2
38.1 -2
3. Ez
Ezeq
equiel
uiel 38.2
4. Ez
Ezeq
equiel
uiel 38.2 (cont.
(cont. 1)
5. Ez
Ezeq
equiel
uiel 38.2 (cont.
(cont. 2)
6. Ez
Ezeq
equi
uiel
el 38.2-4
38.2 -4
7. Ez
Ezeq
equiel
uiel 38.4
8. Ez
Ezeq
equi
uiel
el 38.4 (cont.)
( cont.)
9. Ez
Ezeq
equi
uiel
el 38.5-6
38.5 -6
10. Ezequiel
Eze quiel 38.6
11. Ezequi
Eze quiel
el 38.7-8
38.7 -8
12. Ezequiel
Eze quiel 38.8
13. Ezequi
Eze quiel
el 38.8-9
38.8 -9
14. Ezequiel
Eze quiel 38.10-12
38.10-12
15. Ezequiel 38.12-13
16. Ezequiel 38.13-16
17. Ezequiel 38.17-19
18. Ezequiel 38.20-23
19. Ezequiel 39.1-3
20. Ezequiel 39.4-6
21. Ezequiel 39.7-10
22. Ezequiel 39.11-13

23. Ezequiel 39.17-20


24. Vári
Vários
os Ponto
P ontoss de Vista
25. Vários Pontos de Vista – (continuação 1)
26. Vários Pontos de Vista – (continuação 2)
27. Vários Pontos de Vista – (continuação 3)
28. Armagedom?
29. No Fim do Milênio?
30. Ezequiel 38 e 39 - Resumindo
INTRODUÇÃO

A batalha contra Gogue


Gogue e Magogue, dedescrita
scrita
nos capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel, é um dos
aspectos mais debatidos no campo da profecia
bíblica. O comentarista bíblico Ralph Alexander
declarou que “um dos enigmas da profecia bíblica
que ainda perduram é o acontecimento que diz
respeito a Gogue e Magogue descrito em Ezequiel
38 e 39”.[1] Quase todos os aspectos dessa antiga
profecia têm sido objeto de debate, inclusive se seu
cumprimento ocorreu no passado ou se ainda
aguarda um cumprimento futuro. Quais são os

povos
teriamenvolvidos nessadaprofecia
com as nações e queComo
atualidade? relação eles
devemos interpretar as armas descritas nesse texto?
Caso se trate de um acontecimento futuro, em que
ocasião do cronograma profético isso deve se
cumprir? Aí está a razão pela qual pretendo fazer
uma análise meticulosa dessa importante passagem
bíblica.
1. REAL OU APENAS
IMAGINÁRIO?

Quando se lida com essa ou com qualquer


outra profecia bíblica, um dos primeiros
procedimentos cabíveis é o de verificar se Deus e
Ezequiel pretendiam que tal profecia realmente se
cumprisse na história. Em apoio à nossa convicção
de que todas as profecias da Bíblia foram
enunciadas com o intuito de se cumprirem ao
longo da história, constata-se que não há nada nessa
profecia que sugira o contrário. Entretant
Entretanto,
o, há uma
um a
corrente de interpretação, principalmente entre os
eruditos liberais, que defende a concepção de que a
passagem de Ezequiel (ou a maioria dos textos
proféticos) não foi pronunciada
pronunciada com o intuito de se
cumprir na história. Tal concepção é geralmente
denominada de idealismo. O idealista não crê que a
Bíblia indique o momento específico dos
acontecimentos, nem acredita que possamos prever
com precisão o tempo exato de sua ocorrência. Por
isso, os idealistas contemplam as passagens
proféticas como se fossem um mestre que ensina
verdadesàgrandiosas
aplicam nossa vida sobre Deus, as quais
na atualidade. se
Os idealistas
sustentam que a Bíblia usa passagens proféticas
para apresentar princípios inseridos “numa
mensagem que é universal e imutável. Essa
mensagem não se limita a nenhuma época ou local
específico, ainda que seus termos e expressões
retratem cenas de países que estão ao redor do mar
Mediterrâneo, bem como de outras localidades do
Oriente Médio”.[2]
Entre os defensores de uma interpretação
idealista e não-histórica da profecia bíblica,
encontra-se
encontra -se Brent
B rent Sandy,
Sandy, como
c omo se pode
p ode cconsta
onstatar
tar
em seu livro
l ivro Plowshares & Pruning Hooks (i.e.,
“Relhas de Arado e Podadeiras”).[3] Típico
daqueles que estão sob o feitiço da atual influência
pós-moderna, esse autor supervaloriza o processo
interpretativo à custa de se chegar a uma teologia
definida.. A duplicidade de Brent Sa
definida Sandy
ndy fica
evidente no seguinte excerto de seu livro: As
limitações da profecia como fonte de informação
para o futuro foram comprovadas
comp rovadas atra
através
vés ddee
exemplos extraídos de várias partes das Escrituras.
Ficou bem
profecia clarotranslúcido
é mais que o elemento predicativo
do que da A
transparente.
profecia é sempre exata no que pretende revelar,
mas raramente revelam informações que nos
permitam saber o futuro com antecedência. Figuras
de linguagem têm a função de descrever, não os
detalhes do que está para acontecer, mas sim a
seriedade do que vai acontecer.[4]
Numa postura tão típica daqueles evangélicos
que desejam classificar a profecia bíblica dentro de
uma categoria ou gênero literário específico
denominado “apocalíptico”, Sandy declara que “os
intérpretes devem evitar o julgamento de muitos
pormenores da profecia; do começo ao fim das
Escrituras há uma abundância de temas proféticos
inequívocos, centrados na segunda vinda de Jesus, o
Messias”.[5] Então,
Então, Sandy, conclui: “Se minhas
conclusões sobre a linguagem da profecia e da
apocalíptica estiverem corretas, todos os sistemas
de escatologia ficam sujeitos a uma reavaliação”.[6]
Isso não deve ser surpresa, uma vez que Brent
Sandy está preso a uma mentalidade pós-moderna
defensora de que a correta interpretação da
mensagem
combinaçãoescatológica
de todos osda Bíblia resulta
diferentes pontosdade vista
proféticos.[7]
Um aspecto claro na postura de Sandy e no
ponto de vista da “erudição” evangélica emergente
é o de que a profecia não deve ser interpretada
literalmente,
interpretado. como os dispensacionalistas
Eles alegam que isso se podeaconstatar
têm
principalmente porque as porções proféticas da
Bíblia são apocalípticas e seu propósito não era o de
serem interpretadas literalmente. Eles talvez não
sejam capazes de lhe dizer o que esses trechos das
Escrituras realmente significam, mas uma coisa eles
sabem: que profecia bíblica não deve ser
interpretada literalmente (ou seja, de acordo com a
abordagem histórica e gramatical) e que os textos
proféticos versam fundamentalmente sobre
conceitos e princípios,
p rincípios, não sobre acontecim
acontecimentos
entos
históricos que se cumprirão no futuro. “O
entendimento ‘mítico’ dessas nações e da profecia
que as relaciona
relac iona falha em nos transmitir o sentido
de um acontecimento concreto e literal que parece
ser justificado
justificado pelo que é descrito em Ezequiel –
especialmente
39”.[8] no que concerne aos capítulos 38–

VÁRIOS PONTOS
PONTOS DE VISTA
SOBRE A ÉPOCA EM QUE
ISSO SE CUMPRIRÁ O
ESPECIALISTA EM PROFECI
BÍBLICA, MARK HITCHCOCK,
COMENTA O SEGUINTE: “DE
LONGE, A QUESTÃO MAIS

POLÊMICA
EM QUE38–39
EZEQUIEL SE LEVANTA
É A D
OCASIÃO OU ÉPOCA QUE SE
DARÁ ESSA INVASÃO. É
UITO DIFÍCIL PRECISAR O
MOMENTO ESPECÍFIC
ESPECÍFICOO DA
INVASÃO”.[9]
Não há dúvida de que esse é o maior obstáculo
a vencermos na busca do entendimento dessa
passagem. Na verdade, as diferentes concepções são
denominadas de acordo com o ponto de vista de
alguém acerca da época em que esses
acontecimentos se cumprirão.

Entre os que crêem que a invasão liderada por


Gogue é histórica, há aqueles que acreditam que ela
á se cumpriu. O intérprete preterista Gary DeMar,
por exemplo, declara que “a batalha mencionada
em Ezequiel 38 e 39 é nitidamente um fato
antigo...”[10]
antigo ...”[10] Em que momento
m omento da história DeMar
acredita que ocorreu essa
e ssa batalha? Para surpresa
geral, DeMar e apenas alguns comentaristas
persistem na concepção de que os capítulos 38 e 39
de Ezequiel se cumpriram nos acontecimentos
registrados no capítulo 9 do livro de Ester,
aproximadamente em 473 a.C., durante os dias da
rainha Ester da Pérsia.[11] Os outros pontos de
vista que interpretam essa invasão como um
acontecimento histórico situam sua ocorrência
num momento
mome nto ainda
ainda futuro em relação aos nossos
dias.
Tim LaHaye e Jerry Jenkins,
Jenkins, em seu best-seller
intitulado Left Behind[12
[12]] (“Deixados Para Trás”),
situa essa invasão de Israel imediatamente antes do
Arrebatamento da Igreja. O ponto forte dessa
concepção é o de que ela propicia um
esclarecimento para a queima das armas de guerra
por sete anos,
Ezequiel 39.9. conforme
Entretanto,menciona
mTim
enciona o texto
LaHaye mededisse
pessoalmente que, apesar de retratar uma
interpretação pré-arrebatamento do texto de
Ezequiel 38 e 39 em seu romance
romance Be
Best-seller,
st-seller, ele
tende a situar esse texto depois do Arrebatamento,
mas antes da tribulação.
O próximo ponto de vista, o qual vem a ser o
que defendo na atualidade, é o de que os
acontecimentos descritos em Ezequiel 38 e 39 se
cumprirão
cump rirão após o Arrebatamento,
Arrebatamento, mas antes da
tribulação. Eles ocorrerão no in
intervalo
tervalo de dias,
semanas, meses
mese s ou anos entre o Arrebatamento e o
começo da tribulação de sete anos.[13] Essa
concepção proporciona uma harmonização
explicativa para os sete anos mencionados em
Ezequiel 39.9. Sempre tenho considerado que um
dos
qualpontos fortes
ela pode dessaoconcepção
preparar palco paraéoa cenário
maneira pela
bíblico da tribulação. Se a tribulação fosse
prontamente precedida por uma fracassada invasão
regional da terra de Israel, ou seja, uma invasão
empreendida pela Rússia e seus aliados islâmicos,
isso eliminaria grande parte da atual influência
russa e islâmica no mundo atual, o que permitiria o
surgimento de umaum a orientação mundial centrada na
Europa. Dessa forma, a tribulação chegaria ao seu
fim com um ataque de todas as nações do mundo
contra Israel em Armagedom. Isso também poderia
preparar o terreno para a reconstrução do templo
templ o
udeu em consequência de uma humilhação
islâmica.
Talvez a concepção mais amplamente
defendida e divulgada dentro da literatura
dispensacionalista seja a de que essa invasão
ocorrerá por volta da metade do período de sete
anos da tribulação. Essa posição geralmente
geralme nte
identifica a profecia de Ezequiel 38 e 39 como uma
invasão empreendida pelo rei do norte, a qual é
mencionada em Daniel 11.40. Outro
Outro importan
imp ortante
te
argumento baseia-se
eles habitarão na afirmação
seguramente de que
” (Ez 38.8), “...e todos
um resultado
da falsa paz promovida pelo Anticristo na primeira
metade do período da tribulação. Essa concepção
tem muitos aspectos a seu favor.
Um expressivo número de catedráticos da
Bíblia
Gogueacredita que seja
e Magogue o acontecimento envolvendo
sinônimo daquilo a que o
livro de Apocalipse faz alusão como a Campanha
do Armagedom
Armaged om (Ap 16.16).[14
16.16).[14]] Uma vez que o
Armagedom será uma enorme invasão do território
de Israel pouco antes da Segunda Vinda de Cristo e
a invasão de Israel, descrita em Ezequiel 38 e 39,
está prevista para o “fim dos anos” (Ez 38.8) e “nos
últimos dias” (Ez 38.16),
38.16), só pode se tratar do mesmo
acontecimento. Um ponto de vista parecido, mas
com ligeiras diferenças, é o de que a invasão
ocorrerá depois da Segunda Vinda, no intervalo
intervalo
entre a tribulação e o inicio do Milênio. O principal
argumento em favor dessa concepção é o de que
Israel estaria habitando em segurança (Ez 38.8)
38.8)..
O último dos principais pontos de vista é o de
que a batalha, mencionada em Ezequiel 38 e 39,
acontecerá no final do Milênio.
Mil ênio. O fundamento
dessa concepção é relevante porque o texto de
Apocalipse 20.7-9 faz referência a um conflito no
fim do
d o Milênio,
Milê nio, quando
quando Satan
Satanás
ás será solto. O
versículoo 8 afirma: “e [Satanás] sairá a seduzir as
versícul
nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e
M
Mag
agogu
ogue,
dessas é e,como
a fima de reu
reun
areia ni-la
i-las
do s para
mar pa
”.ra
A aforça
pel
peleja.
eja. O nú
dessenponto
úmero
de vista é óbvia, pois Gogue e Magogue são
especificamente mencionados no texto.
Em nosso próximo capítulo, iniciarei um
estudo sistemático do texto de Ezequiel 38 e 39,

enquanto
entender oanalisamos o assunto
que o Senhor queria que
dizenos
dizer ajudará a
r nesta
impressionante profecia. Maranata!
Maranata!

NOTAS
1
Ralph H. ALEXANDER, “A Fresh Look at Ezekiel 38 and 39”,
publicado
publicado no Journal of The Evangelical Theological
Theological
Society, vol.
vol. 17 ((edição
edição de verão, 1974),
1974) , p. 157.
2
Simon J. KISTEMAKER, “Revelation”, in: New Testament
Commentary , , Grand Rapids: Baker, 2001, p. 43.
3
D. Brent SANDY, Plowshares & Pruning Hooks: Rethinking
the Language of Biblical Prophecy and Apocalyptic ,
Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2002.
4
Sandy, Plowshares, p. 197.
5
Sandy, Plowshares, p. 203.
6
Sandy, Plowshares, p. 206.
7
Sandy, Plowshares, p. 250, nota de rodapé 14.
8
Jon Mark RUTHVEN, The Prophecy That Is Shaping History:
New
XulonResearch
Rese arch
Press, on p. 30. s Vision of the End, Fairfa
o n Ezekiel’s
2003, Ezekiel’ Fair fax,
x, VA:
VA:
9
Mark HITCHCOCK, Iran The Coming Crisis: Radical Islam, Oil
And The Nuclear Threat, Sisters,
Sister s, OR
OR:: Multnom
Multnomah,
ah, 2006,
2006 , p.
178.
10
Gary DEMAR, “Ezekiel’s Magog
Ma gog Invasion:
Invasion: Future or
Fulfilled?”, publicado no periódico Biblical Worldview
Magazine, vol. 22, edição de dezembro
dezembro de 20 2006,
06, p. 5.
11
Gary D EM
the Left
AR, End Times Fiction:
Behind
Behind Theolo gyFic
Theology tion: A Biblical
, Nashville: Thomas Consideration
Cons ideration
Nelson, 2001,of
p. 12-15.
12
Tim LAHAAYYE e Jerry J ENKINS, Left Behind: A Novel of the
Earth’s
Earth’ Las t Days , Wheaton,
s Last W heaton, IL: Tyn
Tyndal
dale,
e, 19
1995,
95, p. 9-15.
9- 15.
13
Arnold
Arnol d FRUCHTENBAUM defende este ponto de vista em seu
livro The Footsteps ofo f the Messiah:
Mes siah: A Study
Study of the
uence of Prophetic Events , Tustin,
Sequence
Seq Tustin, CA: Ariel
Arie l Min
Ministr
istries
ies,,

2003 p. 106-125.
14
Esse ponto de vista é defendido por Dave HUNT no livro
UNT livro Ho
Close Are We?, Eugene,
Eugene, OR: Har
Harvest
vest House,1992.
2. EZEQUIEL 38.1-2

“Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:


Filho do homem, volve o rosto contra Gogue, da
terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e
Tubal; profetiza contra ele”.

“Esta foi a última mensagem da série de seis


oráculos noturnos
noturnos anunciados por Ezequiel”,
Ezequiel ”,
comenta Ralph Alexander. “O foco central de todas
essas mensagens que Deus lhe revelara à noite era a
posse da terra de Israel. Essa série de oráculos
noturnos
notur nos foi enunciada a fim ded e encorajar os
exilados judeus com o fato de que Deus finalmente
removeria esses invasores e devolveria essa terra a
Israel”.[1] Uma mensagem realmente maravilhosa
para aqueles que na atualidade amam o povo de
Israel e ainda aguardam o dia em que ela há de se
cumprir!
Essa profecia se divide em duas partes
principais. Na primeira parte, Ezequiel revela a
invasão da terra de Israel por Gogue e seus aliados
(Ez
nos 38.1-16).
o juízo deADeus
segunda parte dessaa Gogue
que sobrevirá profeciae seus
revela-
confederados (Ez 38.17 – 39.16
39.16).
). Essa
impressionante profecia começa com a menção
feita por Ezequiel de que não fora sua ideia tratar
desse assunto da invasão de Gogue à Israel; pelo
contrário, fora Deus que decretara e comunicara
essa profecia por meio desta revelação verbal: “Veio
a mim a palavra do Senhor, dizendo...”.

“FILHO DO HOMEM...”
Ao longo de todo o seu livro, Ezequiel é
denominado de “filho do homem”. A expressão
“filho do homem” é usada 93 vezes no livro de
Ezequiel em referência ao próprio profeta e sua
primeira menção ocorre em Ezequiel 2.1. Por que
Ezequiel é chamado por Deus de “filho do homem”
tantas vezes nas ocasiões em que estava para
receber alguma revelação da parte do Senhor?
Parece que o termo “filho do homem” ressalta sua
humanidade em relação a Deus. Em outras
palavras, Deus é o Revelador enquanto Ezequiel, na
condição de ser humano, é o receptor da
mensagem d ivina
divina
seres humanos. que forma,
Dessa deve tran
transmitir
smitir aos
Ezequiel nosoutros
transmite a infalível profecia desses dois capítulos,
a qual certamente há de se cumprir.

“...VOLVE O ROSTO CONTR

GOGUE...”
Ezequiel é orientado a voltar seu rosto
“contra” Gogue. O dicionário léxico de hebraico
Brown, Driver & Briggs (BDB) explica que a palavra
hebraica traduzida por “contra” é uma preposição
que indica “movimento para certa direção ou
direção
físico ouem determinado
m ental)”.[2]
mental)”.[2 sentido
] O BDB (seja
acresc noainda
acrescenta
enta planoque
se esse “movimento para certa direção ou direção
em determinado sentido” for “de caráter hostil
dentro do contexto em que se encontra”, assume
uma conotação negativa e pode ser traduzido pelo
termo “contra”. Ezequiel recebe a ordem de mover
o seu rosto em direção à nação de Gogue, porque o
Senhor é contra ele. Mais adiante na frase, é dito a
Ezequiel: “profet
profetiza
iza contra
contra ele
ele”, ou seja, contra
Gogue. O sentido desse texto é o de que Deus incita
oopõe
ataque de Gogue a Israel, todavia o Senhor se
a Gogue e seus aliados. Mas apenas me diga:
Afinal, quem é Gogue? A identidade de Gogue tem
sido um assunto tremendamente debatido.
O nome próprio hebraico Gog (i.e., Gogue)
ocorre 12 vezes no Antigo Testamento Hebraico.[3]
Com exceção
dão nos de uma,
capítulos 38 e todas
39 do as suas
livro deocorrências
Ezequiel (Ezse
38.2,3,14,16,18; 39.1 (duas vezes), 39.11 (três vezes)
e 15). A única ocorrência fora do livro de Ezequiel é
a de 1Crônicas 5.4, que diz: “O filho de Joel:
Semaías, de quem foi filho Gogue, de quem foi filho
Simei”. Exceto por demonstrar que realmente se
trata de um nome próprio, a referência bíblica de
1Crônicas não contribui em nada para a nossa
análise desses capítulos de Ezequiel e não tem
nenhuma relação com o Gogue mencionado na
profecia de Ezequiel. A despeito de quem seja
Gogue, o contexto de Ezequiel revela que parece ser
uma pessoa, um líder e um governante contra
quem Ezequiel devia profetizar por ordem de Deus.
Em virtude do uso frequente de “Gogue” nessa
passagem, Mark Hitchcock declara: “concluímos,
portan
portanto,
to, que Gogue é a pessoa
importante dessa coalizão”.[4]
coaliz ão”.[4] ou a nação mais

Essa passagem afirma que Gogue é da “...terra


de Magogue...” Alguns dizem que Gogue é uma
referência ao Anticristo. Porém, Charles Feinberg
está correto ao declarar:
de clarar: “Quanto a isso não há o
menor indício
bíblicos”.[5] na Bíblia,
Alguns nem nos
sugeriram queescritos
Gogueextra-
é um
nome “arbitrariamente derivado do nome do país,
Magogue, mas isso não procede, porque o termo
Gogue ocorre em e m 1Crônicas
1Crônicas 5.4”.[6] “O nome
Gogue significa “elevado, supremo, uma elevação
ou uma montan
montanha ha alta”[7] As únicas referências
referê ncias ao
termo Gogue no livro de Ezequiel ocorrem nessa
passagem profética em estudo e, fora da Bíblia,
praticamente não existe nenhuma informação sobre
Gogue no registro histórico. Entretanto, as
Escrituras declaram que, ao liderar a invasão da
terra de Israel, Gogue virá do “...extremo norte...”
(Ez 38.6 – ACF). Louis Bauman cita o que L. Sale-
Harrison escreveu em seu livreto The Coming Great
Northern Confederacy (i.e., “A Futura Confederação
Poderosa do Norte”): “É interessante observar que a
própria palavra
Gogue’. Os termosCáucaso quer
‘Gogue’ dizer ‘Fortaleza
e ‘Chasan’ de
(i.e., fortaleza)
são as duas palavras orientais das quais deriva o
termo Cáucaso”.[8] Portanto, não parece
irrelevante fazer-se referência a Gogue dentro dos
limites territoriais da Rússia, pois é provável que
Gogue proceda dessa
d essa região No entanto,
entanto, quem seria
se ria
Gogue, então? Bauman afirma: “Sem dúvida a
Rússia fornecerá o homem – não o Anticristo –
que encabeçará aquela que é conhecida pela
maioria dos estudiosos da Bíblia como ‘a grande
confederação de nações do nordeste’ e a liderará até
o seu trágico destino
de stino n
nos
os montes da terra de Israel”.
[9] Hitchcock acredita que “a razão pela qual
Gogue foi destacado onze vezes por Deus nesses
capítulos se deve ao fato de que Gogue é o general
que comandará essa coalizão de nações na sua
portentosa campanha militar
mil itar contra Israel”.[10]
Hall Lindsey declara: “Gogue é o nome simbólico
do chefe da nação e Magogue é a sua terra. Ele
também é o príncipe de povos antigos
denominados Rôs, Meseque e Tubal”.[11] Arnold
Fruchtenbaum nos diz: “A identidade de Gogue só
poderá
invasão,ser revelada
porq
porque com não
ue ‘Gogue’
‘ Gogue’ precisão
é umna época
nome daquela
próprio,
mas trata-se de um título que designa o governan
governantete
de Magogue, assim como os termos ‘Faraó’, ‘Kaiser’
e ‘Czar’ foram títulos que designavam governantes,
não nomes próprios”.[12]

A TERRA DE MAGOG
MAGOGUE
UE O
TEXTO BÍBLICO AFIRMA QUE
GOGUE, O COMANDANTE DA
INVASÃO À TERRA DE
ISRAEL, É “
GOGUE”.DAOTERRA
MAGOGUE
MA NOMEDE
PRÓPRIO MAGOGUE OCORRE
QUATRO VEZES NO TEXTO
HEBRAICO DO ANTIGO
TESTAMENTO.[13] O TERMO
MAGOGUE É USADO DUAS
EZES NESSA PASSAGEM
É OBJETO DE NOSSA QUE
ANÁLISE (EZ 38.2; 39.6)
E OCORRE DUAS VEZES NAS
GENEALOGIAS (GN 10.2 1CR
1.5). O TEXTO DE GÊNESIS
10.2 DECLARA: “OS FILHOS
DE JAFÉ SÃO: GOMER,
MAGOGUE
MAGOGUE,, MA
MADADAI,
I, JA
JAVÃ,
TUBAL, MESEQUE E TIRAS”
PASSAGEM DE 1 CRÔNICAS . A
1.5 É BASICAMENTE UMA
REPETIÇÃO DA INFORMAÇÃO
GENEALÓGICA PROVENIENTE
DE GÊNESIS 10.2. O FATO
DE MAGOGUE OCORRER NA
TABELA DAS NAÇÕES (CF.
GÊNESIS 10)[14]
PROPORCIONA A BASE PARA
SE MAPEAR O DESLOCAMENTO
DE UM DOS MAIS ANTIGOS
DESCENDENTES PÓS-
DILUVIANOS DE NOÉ.
Parece que Ezequiel usa os nomes dos povos
originalme
originalmente
nte mencionados na tabela das nações,
relacionando esses povos ao lugar em que viviam
no sexto século a.C., época esta em que a profecia
de Ezequiel foi enunciada. Dessa forma, se
conseguirmos desvendar onde esses povos se
localizavam no sexto século a.C., seremos capazes
de desvendar quem seriam seus atuais
descendentes. Creio que conseguiremos cumprir
esse objetivo, a fim de sabermos quem estará
envolvido nessa batalha, caso esta ocorra em nossos
nossos
dias.
É honesto de nossa parte dizer que muitos
estudiosos da Bíblia e especialistas nas profecias
identificariam os descendentes de Magogue com o
antigo povo que conhecemos pelo nome de Citas.
Chuck Missler comenta que uma vasta coletânea de
historiadores antigos
antigos “identificou Magogue comc om os
Citas que habitavam o sul da Rússia no século 7
a.C.”.[15] Entre esse
Entre
Hesíodo, Josefo, essess antigos
Philo historiadores
e Heródoto.[16] estão:
Josefo viveu
no primeiro século d.C. e declarou: “Magogue deu
origem aos “Magogueanos”, assim chamados por
causa dele, mas denominados de Citas pelos
gregos”.[17]] Bauman nos diz que, depois ddoo
gregos”.[17
Dilúvio, Magogue
Magogue e seus descendentes devem ter
emigrado para o norte e que “os Magoguitas se
desdobraram em duas raças distintas; uma Jafeíta
ou européia
européi a e outra Turanian
Turanianaa ou asiática”.[18]
Quem eram os Citas? Edwin Yamauchi
menciona que os Citas se dividiram em dois
grupos; um mais estrito e outro mais amplo. “No
sentido estrito, os Citas eram as tribos que viveram
na região denominada por Heródoto de Citia (i.e.,
aquele território situado ao no
norte
rte do mar
m ar Negro)”,
comenta Yamauchi. “No sentido mais amplo, o
termo ‘Citas’
outras tribos pode se referir a algumas das muitas
tribos que habitavam nas vastas estepes da
da
Rússia, estendendo-se da Ucrânia no oeste até a
região da Sibéria no leste”.[19
le ste”.[19]]

NOTAS
1
Ra lph
Ralp h ALEXANDER, Ezekiel, Chicago: Moody Press, 1976, p.
118.
2
Francis BROWN, S. R. DRIVER, e C. A. BRIGGS, Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
3
Baseado
Base ado na pesquisa feita
f eita pelo programa de compu
computador
tador
ance , versão 6.4.
Accordance
Accord
4
Mark H ITCHCOCK, Aft
After
er The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 16.
5
Charles Lee FEINBERG, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:
Moody Press
Press,, 1969, p. 220.
6
FEINBERG, Ezekiel, p. 220.
7
HITCHCOCK, After The Empire, p. 17.
After
8
Louis S. BAUM AN, Russ
AUMAN Russian
ian Events in the Light of Bible
Prophecy, Nova York: Fleming H. Revell, 1942, p. 23.
9
BAUMAN, Russian Events
Events, p. 26.
10
HITCHCOCK , Aft er The Empire, p. 17.
After
11
Hal LINDSEY, The Late Great Earth, Grand Rapids:
Gre at Planet Earth
Zondervan Publishin
Publishing g House,
House , 191970,
70, p. 63.
12
Arnold
Arnol d FRUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah:
Mes siah: A Study of
Sequence of Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
the Sequence
(1982) 2003, p. 106.
13
Baseado
Base ado na pesquisa feita
f eita pelo programa de cocomp
mputad
utador
or
ance , versão 6.4.
Accordance
Accord
14
A tab
tabela
ela das nnações
ações é um termo usado usado ppara
ara descrever
descre ver o
registro dos descend
desce ndententes
es de Noé e de seus três filhos:
filhos:
Sem, Cam e Jaf J afé.
é. T
Todo
odo sserer human
humano o que se encontra no
planeta Terra descende de Noé e de seus três filhos. Se
conseguíssemos traçar nossa genealogia, a ponto de
retroceder ao máximo no registro, constataríamos que
todos nós descendemos de Noé através de Sem, ou de
Cam, ou dede Jafé.
J afé.
15
Chuck MISSLER, The Magog Invasion, Palos Verdes, CA:
W estern Front, 1995, p. 29.
16
MISSLER, Magog Invasion, p. 29-31.
17
Flavius JOSEPHUS, Antiq uities of the Jews, vol. 1, vi, i, citado
Antiquities c itado
por HITCHCOCK na obra Aft er The Empire, p. 19.
After
18
BAUM AN, Russian Events
AUMAN Events, p. 23.
19
Edwin M. YAMAUCH
AMAUCHII, Foes from the Northern Frontier, Grand
Rapids: Baker, 1982, p. 62.
3. EZEQUIEL 38.2

“...Filho do homem, volve o rosto contra Gogue,


da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de
Mesequ
M esequee e Tuba
Tubal;l; pprofetiz
rofetizaa cont
contra
ra ele”.
ele”.

Já vimos que o termo Magogue é uma


referência aos antigos Citas, ancestrais daqueles
povos que posteriormente se estabeleceram ao
longo das regiões leste e norte do mar Negro. “Os
descendentes do remoto Magogue – os Citas –
foram os primeiros
prime iros habitan
habitantes
tes do pl
planalto
analto da Ásia
central e, mais tarde, parte dessa população se
deslocou para a região norte do mar Negro. A terra
natall dos antigos
nata antigos Citas é atualmente
atualme nte ocupada por
repúblicas
repúblic as que constituíam a extinta União
Soviética, tais como a do
d o Cazaquistão, Quirguízia,
Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão e
Ucrânia”.[1] Mas quem é “o príncipe de Rôs”?
O ATAQUE A RÔS A
IDENTIDADE DE RÔS É UM
DOS ASSUNTOS MAIS
CONTROVERSOS E DEBATIDOS
DE TODA A PROFECIA
REFERENTE A GOGUE E
MAGOGUE, EMBORA NÃNÃO
O
DEVESSE SER ASSIM. CREIO
QUE QUANDO SE CONSIDERA
AS EVIDÊNCIAS,
EVIDÊNCIAS, A
ESMAGADORA MAIORIA DOS

INDÍCIOS APONTA
FATO DE QUE SEJAPARA
UMAO
REFERÊNCIA AOS RUSSOS
DOS DIAS ATUAIS.
CONTUDO, PRECISAMOS
PRIMEIRAMENTE ANALISAR
AS EVIDÊNCIAS
EVIDÊNCIAS ANTES
ANTES DE
CHEGAR A TAL CONCLUSÃO.
Como crítico de profecia, o preterista Gary
DeMar argumenta que “em Ezequiel 38.2 e 39.1, a
palavra hebraica ro’sh é traduzida como se fosse o
nome de uma nação. Acredita-se que essa nação
seja a Rússia porque a sonoridade do termo Rôs
assemelha-se à da palavra Rússia”.[2] Em seguida,
DeMar faz a seguinte citação: “Edwin M.
Yamaushi, notável historiador
h istoriador e arqueólogo cristão,
escreve que Rôs pode não ter nada a ver com a
atual Rússia”.[3] Num programa de rádio chamado
Bible Answer Man, que foi ao ar em outubro de
2002, o apresentador, Hank Hanegraaff, perguntou
a Gary DeMar o que ele achava da postura de Tim
LaHaye em identificar Rôs como Rússia, já que
essas duas palavras soam muito parecido. DeMar
respondeu: “A idéia de se utilizar uma palavra do
hebraico, que soa de modo semelhante a uma
palavra em inglês, para, com base nisso, criar toda
uma posição escatológica é... um absurdo”. Como
demonstrarei mais adiante, essa identificação da
palavra hebraica ro’sh com o nome Rússia não se
baseia em semelhança de sonoridade. Isso não
passa de um frívolo espantalho que DeMar constrói
para dar a impressão de que ele faz uma crítica
relevante ao ponto de vista que defendemos nessa
questão. Em seguida DeMar declara: “A melhor
tradução do texto de Ezequiel 38.2 é ‘ o príncipe
supremo (i.e. cabeça) de Meseque e Tubal’”.[4]

Norusso-islâmic
invasão que diz
russo respeito
-islâmica à possibilidade
a contra Isra
Israel de dos
el no fim uma
tempos, Marvin Pate e Daniel Hays afirmam
categoricamente o seguinte: “O termo bíblico Rôs
não tem nada a ver com a Rússia”.[5] Esses autores
posteriormente declaram de forma dogmática que
“essas posições não são bíblicas
bíblicas [...] um
umaa invasão da
terra de Israel por parte de uma coalizão islâmica
liderada pela Rússia não está para acontecer”.[6]
Uma questão crucial no processo de definir se
Rôs é ou não uma referência à Rússia está em
determinar se o termo hebraico ro’sh deve ser
entendido como um nome próprio (i.e., o ponto de
vista que o identifica com a Rússia)
R ússia) ou deve ser
se r
interpretado como um adjetivo (i.e., o ponto de
vista que não o identifica com a Rússia) e ser
traduzido em português pela palavra “chefe”.
Trata-se de um divisor de águas para todo aquele
que deseja entender corretamente esse texto das
Escrituras.

RAZÕES PELAS QUAIS RÔS É


UMA REFERÊNCIA À RÚSSIA
GORA GOSTARIA DE TRATAR
DAS RAZÕES PELAS QUAIS
RÔS DEVE SER
INTERPRETADO COMO UM
SUBSTANTIVO (I.E., UM
NOME) EM VEZ DE
ADJETIVO,
ADJETIVO , PARA E
ENTÃO
NTÃO
CONSIDERAR SE É OU NÃO
UMA REFERÊNCIA À RÚSSIA.
A PALAVRA
PALAVRA HEBRAICA
HEBRAICA RO’SH
SIMPLESMENTE SIGNIFICA
“CABEÇA”, “TOPO”,
“PRINCIPAL”, OU “CHEFE”.
[7] É UM TERMO BASTANTE
COMUM, MUITO USADO EM
TODAS AS LÍNGUAS
SEMÍTICAS. ELE OCORRE
CERCA DE 750 VEZES NO
ANTIGO TESTAMENTO
TESTAMENTO,,
JUNTAMENTE COM SUAS
RAÍZES E DERIVADOS.[8]
O problema
em Ezequiel podeéser
quetraduzida
a palavratanto que ocorre
ro’shcomo um
nome próprio quanto como um adjetivo. Várias
versões da Bíblia
Bíbl ia em inglê
inglêss traduzem o term
termoo ro’sh
como um adjetivo, ao usarem a palavra “chefe”. O
mesmo ocorre com as versões da Bíblia em
português. As versões AlAlmeid
meidaa Revista
Revista e Corrigi
Corrigida
da –
ARC, Nova Versão Internacional – NVI, Al
ARC Almeid
meidaa
Corrigida Fiel – ACF e A Bíbl
Bíblia
ia de Jeru
Jerusal
salém
ém adotam
essa mesma
me sma linha de tradução. Entretan
Entretanto,
to, as
versões Al
Almeid
meidaa Revista
Revista e Atual
Atualiza
izada
da – ARA e a
AR
Tradução Brasileira traduzem o termo ro’sh como
um nome próprio que indica certa localização
geográfica. O peso da evidência apóia a tradução
desse termo como um nome próprio, numa
confirmação da opção feita por estas últimas
traduções citadas. Há cinco argumentos em favor
dessa concepção interpretativa.
Em primeiro lugar, os eminentes catedráticos
em língua hebraica, C. F. Keil e Wilhelm Gesenius,
defendem a concepção de que a melhor tradução
do termo ro’sh em Ezequiel 38.2-3 e Ezequiel 39.1 é
a de um nome próprio que se refere a uma
localização geográfica.[9] Gesenius, que faleceu em
1842 e é considerado pela moderna erudição em
linguística como um dos mais notáveis catedráticos
da língua hebraica, demonstrou sua plena
convicção de que o termo Rôs (do heb. ro’sh),
referido em Ezequiel 38, é um nome próprio que
identifica a Rússia. Ele asseverou que a palavra Rôs,
em Ezequiel 38.2,3 e 39.1, é um “nome próprio que
designa uma nação do norte, menciona
me ncionada
da junto
com Meseque e Tubal;
T ubal; sem sombra
sombra de dúvida uma
referência aos Russos, os quais são citados pelos
escritores bizantinos do século X, sob o designativo
os Rôs, que habitavam ao norte do Tauro [...]
vivendo às margens do rio Rha (i.e., rio Volga)”.
[10]
Essa identificação feita por
p or Gesenius não pode
ser tratada com indiferença, como DeMar
tratá-la. Até onde se sabe, Gesenius nem mesmo tenta
era um pré-milenista. Ele não tinha nenhum
esquema escatológico do fim dos tempos ao qual se
apegar. No entanto, Gesenius declara sem hesitar
que o termo ro’sh, menciona
me ncionadodo nos capítulos 38 e
39 de Ezequiel, refere-se à Rússia. Na edição
original de seu léxico, publicada em latim, Gesenius
reserva quase uma página inteira
inteira de notas
notas que
tratam
tratam da
d a palavra Rôs e do pov Rôs citados em
povoo de Rôs
Ezequiel 38–39
38–39.. Essa página
p ágina de notas não const
constaa de
nenhuma das traduções do léxico de Gesenius em
inglês. Aqueles que discordam de Gesenius não
conseguiram refutar o considerável conjunto de
evidências que ele apresentou para demonstrar que
Rôs é a Rússia.[11] Eu não
não sei o que DeMar diria
acerca dessas evidências, já que em seus escritos ele
nunca comentou a respeito.
Em segundo lugar, a Septuaginta, que vem a
ser a tradução grega do Antigo Testamento,
Te stamento, traduz
o termo hebraico ro’sh pelo nome próprio Ros. Tal
fato é especialmente relevante porque a Septuaginta
foi traduzida apenas três séculos depois que o livro
de Ezequiel foi escrito (obviamente
próximo do original que qualquer traduçãomuito mais
moderna).[12]
moderna).[1 2] A tradução errônea que m muitas
uitas
versões modernas presentam do termo ro’sh como
mode rnas aapresentam
um adjetivo (i.e., “cabeça” ou “chefe”) remonta à
Vulgata Latina elaborada por Jerônimo, a qual só
surgiu por volta do ano 400 d.C.[13]
d.C.[13] James Price,
Price ,
titulado com um Ph.D. em língua hebraica pela
Universidade de Dropsie que, em termos
acadêmicos, é a mais proeminente universidade
udaica dos Estados Unidos, afirma o seguinte: “A
origem da tradução ‘...príncip
...príncipee e chefe de Meseque e
de Tubal’ remonta
rem onta à Vulgata Latina.
Latina. Os primeiros
tradutores da Bíblia para a língua
l íngua inglesa
dependeram demasiadamente da versão latina
quando precisavam de ajuda na tradução de textos
mais difíceis. É evidente que eles adotaram a opção
feita por Jerônimo no texto de Ez 38.2,3 e 39.1”.[14]
Price ainda explica a razão dessa tradução errônea
nos seguintes termos: Por volta do segundo século
d.C., a familiaridade com a antiga terra de Rôs
evidentemente diminuíra. O fato de que a palavra
hebraica ro’sh era de uso comum para designar o
conceito de “cabeça” ou “chefe”, influenciou Áquila
a interpretar ro’sh como um adjetivo, contrariando
a LXX [i.e., Septuaginta] e a normalidade das
convenções gramaticais. Jerônimo adotou o
precedente aberto por Áquila e, assim, restringiu
ainda mais o conhecimento
conhecim ento da antiga Rôs, ao
remover seu nome da Bíblia Latina.
Por volta do sexto
desconhecida século d.C.,
no Ocidente, a antiga
de modo queRôs
os já se tornara
primeiros totalmente
tradutores da
Bíblia para o inglês foram influenciados pela Vulgata Latina na
violação das normas gramaticais hebraicas ao traduzirem o texto de
Ezequiel 38–39. Depois que o precedente foi aberto em inglês, todas
as versões inglesas subseqüentes o perpetuaram até este século
[i.e., o século vinte], quando algumas versões modernas se tornaram
exceção. Esse antigo e errôneo precedente não deve ser
perpetuado.[15]
Clyde Billington explica o motivo pelo qual
Jerônimo contrariou
contrariou a esmagadora
esm agadora evidência para
optar por uma tradução que se desvia do padrão de
normalidade: O próprio Jerônimo admite que não
baseou sua decisão em considerações gramaticais!
Ao que parece, Jerônimo percebeu que a gramática
hebraica favorece a tradução “... príncipe de Rôs, de
Meseque e Tubal”, e não dá apoio à própria tradução
por ele feita nos seguintes termos: “... príncipe-
chefe de Mosoc
Mosochh et Thubal”. Contudo Jerônimo
negou-se a traduzir o termo hebraico ro’sh como
um nome próprio porque “não conseguimos
encontrarr nenhuma menção do nome dessa raça
encontra
[i.e., o povo de Rôs] em Gênesis, nem noutros
lugares das Escrituras, muito menos nos escritos de
Josefo”. Foi esse argumento não gramatical que
convenceu Jerônimo a adotar a opção feita por
Áquila de traduzir o termo ro’sh como um adjetivo
[i.e., “chefe”] em Ezequiel 38–39.[16]
Em terceiro lugar, muitos dicionários e
enciclopédias bíblicos, ao tratarem do termo Rôs,
apóiam a concepção de que se trata de um nome
próprio nas suas ocorrências em Ezequiel 38, a
exemplo do Novo Dicionário da Bíblia, do Wycliffe
Bible Dictionary e da International Standard Bible
Encyclopedia.
Em quarto lugar, o termo Rôs é mencionado,
pela primeira vez, em Ezequiel 38.2, para então ser
repetido em Ezequiel 38.3 e 39.1. Se o termo
hebraico ro’sh fosse simplesmente um título, é
muito provável que fosse omitido nestas duas
últimas ocorrências, visto que, na língua hebraica,
os títulos são geralmente
geralme nte abreviados quando
quando se
repetem.

NOTAS
1
Mark HITCHCOCK, AftAfter
er The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 23.
2
Gary DEMAR, Last Days Madness:
M adness: Obsession of the
Modern Church, Powder
Powder Springs, GA: American Vis Vision,
ion,
1999, p. 363.
3
DEMAR, Last Days Madness, p. 363. Citação extraída da
obra de Edwin M. YAMAUCH
AMAUCHII intitulada Foes from the
Northern Frontier:
Frontier: Invading Hordes from the Russian
Steppes, Grand Rapids: Baker Book House, 1982, p. 20.
4
DEMAR, Last Days Madness, p. 365.
5
C. Marvin PATE
ATE e J. Daniel HAYAYS, Iraq-B
Iraq-Babylon
abylon of the End
Times?, Grand Rapids: Baker Books, 2003, p. 69.
6
PATE e Hays, Iraq, p. 136.
ATE
7
Francis BROWN, S. R. DRIVER, and C. A. BRIGGS, Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
8
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 6.4.
Accordance
9
C. F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
Testament, traduzido por James Martin, reimpressão,
Grand Rapids: Eerdmans Publishing Company, 1982, p.
159.. Wilh
159 W ilhelm
elm GESENIUS, Geseniu
Gesenius’ s’ Hebrew-Chaldee
Hebre w-Chaldee
estame nt, reimpressão, Grand Rapids:
Lexicon to the Old Testament
Eerdmans Publishing Company, 1949, p. 752.
10
GESENIUS, Lexicon, p. 752.
11
Clyde E. BILLINGTON, Jr., “The Rosh People in History and
Prophecy (Part One)”, publicado no periódico Michigan
Theological Journal 3:1, edição de primavera, 1992, p. 62-
63.
12
As antigas
antigas tradu
traduções
ções gregas elab
elaboradas
oradas por Sí
Símmaco e
Teodócio
eodóci o também
também traduziram o termote rmo hebraico
hebraic o ro’sh,
mencio
men cionad
nado o em
e m Ez
Ezequiel
equiel 38–39, por um nome
nome próprio.
pró prio.
BILLINGTON, “The Rosh People in History and Prophecy (Part
One)”, p. 59.
13
Clyde E. BILLINGTON, Jr., “The Rosh People in History and
Prophecy (Part
(Pa rt Tw
Two)”
o)”,, publ
publica
icado
do no periódico
periódico,, Michigan
Theological Journal 3:1, edição de primavera, 1992, p. 54-
61.
14
James D. PRICE, “Rosh: An Ancient Land Known to Ezekiel”,
publica
publ icado
do no per
periódico
iódico Grace Theological Journal 6:1,
1985, p. 88.
15
PRICE, “Rosh:
“R osh: An Ancie
Ancient
nt Land
Land”,
”, p. 88.
16
BILLINGTON, “The Rosh People in History and Prophecy (Part
One)”, p. 60.
4. EZEQUIEL 38.2
(CONT. 1)
“FILHO
HOMEM, VOLVE O DO
ROSTO CONTRA GOG
GOGUE,
UE,
DA TERRA DE
MAGOGUE, PRÍNCIP
MAGOGUE, PRÍNCIPEE DE
RÔS, DE MESEQUE E
TUBAL; PROFETI
PROFETIZA
ZA
CONTRA ELE”.

Num quinto argumento,


argumento, a evidência
ev idência mais
contundente em favor da interpretação do termo
hebraico ro’sh como um nome próprio, é o simples
fato de que tal tradução é a mais precisa. G. A.
Cooke, um catedrático em hebraico, traduz o texto
de Ezequiel 38.2 desta forma: “...o governante de
Rôs, Meseque e Tubal”. Segundo
Segundo ele, esse “é o modo
mais natural de se traduzir o texto hebraico”.[1] Por
que essa seria a maneira mais natural de se traduzir
o texto hebraico? O termo ro’sh ocorre no estado
construto da sintaxe
sintaxe hebraica
he braica na relação com
Meseque e Tubal, formando uma seqüência
gramatical de três substantivos. Alguns preferem
dizer que ro’sh é um substantivo
substantivo que funciona
como um adjetivo, já que deveria haver uma
conjunção “e” se a intenção fosse a de constituir
uma seqüência de três substantivos. A mesmíssima
construção hebraica ocorre no texto de Ezequiel
38.8,, bem como em 27.13,
38.8 27.13, e nessas passagens os
gramáticos identificam claramente uma sequência
de três substantivo
substantivos,
s, ainda que origina
originalme
lmente
nte não
conste a conjunção “e” em todos os termos desses
dois textos. As gramáticas hebraica
he braica e árabe apóiam
o uso de ro’sh como um substantivo (veja, também,
Ezequiel 38.3 e 39
39.1).
.1). Na realidade, a sintaxe
hebraica exige que o termo ro’sh seja traduzido
como um substantivo.
substantivo. Nunca houve nenhum
precedente na gramática hebraica que possa ser
citado em favor da tradução do termo ro’sh como
um adjetivo.
adj etivo. Pelo
Pel o contrár
contrário,
io, na sintax
sintaxee he
hebraica
braica não
se pode quebrar a cadeia de construto dos três
substantivos
substan tivos que se encont
e ncontram
ram nesse tipo de
d e arranjo
gramatical.[2] Randall Price, outro erudito em
língua hebraica, declara:
de clara: “tanto no ââmbito
mbito
linguístico quanto no âmbito histórico, o
argumento em favor de se traduzir o termo ro’sh
por um nome próprio em vez de um adjetivo é
sólido e convincente”.[3]
convincente”.[3]
À luz de evidências tão contundentes, não é de
admirar que o catedrático em língua hebraica,
James Price, chegue à seguinte conclusão: Já foi
comprovado que ro’sh era um lugar bem conhecido
na antigüidade,
antigüidade, como
c omo atestam as numerosas e
variadas referências a esse nome na literatura
antiga. Também já foi demonstrado que a
ocorrência de um adjetivo entre um substantivo no
estado construto e seu nomen rectum é altamente
improvável, não havendo nenhum exemplo claro
de tal ocorrência na Bíblia Hebraica. Além do mais,
á ficou provado que a interpretação de ro’sh como
um substantivo está em perfeita harmonia com a
sintaxe e com a gramática da língua hebraica.
Conclui-se, portanto, que ro’sh não pode ser tratado
tratado
como um adjetivo nas referências que são feitas em
Ezequiel 38–39, mas deve ser interpretado como
um substantivo. Por isso, a única tradução
adequada da frase que se encontra em Ez 38.2,3 38.2,3 e
39.1 é: “... príncipe de Rôs,
R ôs, de Meseque
Mesequ e e Tubal”.[4]
Clyde Billington afirma que “os parâmetros da
língua hebraica [...] determinam que ro’sh seja
traduzido como um nome próprio, não como um
adjetivo, [...] Não obstante, é preciso
prec iso salientar que
os argumentos gramaticais em favor da tradução de de
ro’sh como um nome próprio nos capítulos 38 e 39
de Ezequiel são argumentos conclusivos que
realmente não deixam nenhuma abertura relevante
para um debate”.[5]
de bate”.[5] O qque
ue Gary DeMar diriad iria sobre
essas evidências? Eu não sei, já que nunca o vi fazer
qualquer referência a tais argumentos. DeMar é
meramente propenso a fazer declarações
dogmáticas contr
c ontrárias
árias a isso, sustentan
sustentandodo sua
posição sem fundamentá-la em evidências
concretas.
Portanto, após demonst
Portanto, rar que ro’sh deve ser
dem onstrar
traduzido como um nome próprio de âmbito
geográfico, nossa próxima tarefa é definir
de finir
geograficamente a que localidade se refere.
EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS E
GEOGRÁFICAS QUE
IDENTIFICAM RÔS COM A

RÚSSIA CLYDE
ESCREVEU UMABILLINGTON
SÉRIE DE
TRÊS ENSAIOS ACADÊMICOS
PARA UM JORNAL TEOLÓGICO
NOS QUAIS
QUAIS APRESE
APRESENTA
NTA
VASTA EVIDÊNCIA
EVIDÊNCIA
HISTÓRICA, GEOGRÁFICA E
TOPONÍMICA[6] DE QUE O
NOME RÔS [DO HEB. RO’SH]
NÃO SOMENTE
SOMENTE DEVE SER,
MAS REALMENTE
REALMENTE É
IDENTIFICADO COMO O POVO
RUSSO DA ATUALIDADE.[7]
NA APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO DE
DE SUA
PESQUISA ELE INTERAGE
COM OS MELHORES
COMENTÁRIOS E COM AS
MAIS DESTACADAS
DESTACADAS
AUTORIDADES
AUTORIDAD ES DE NOSSOS
NOSSOS
DIAS. BILLINGTON
COMENTA: “TAMBÉM FICA
CLARO QUE JERÔNIMO, AO
DECIDIR PELA TRADUÇÃO DE
RO’SH COMO UM ADJETIVO
EM VEZ DE UM NOME
PRÓPRIO, BASEOU SUA
DECISÃO NUM ARGUMENTO
AGRAMATICAL,
AGRAMATIC AL, A SABER,
SABER,
QUE UM POVO DENOMINADO
RO’SH NÃO É REFERIDO NA
BÍBLIA, NEM NOS ESCRITOS
DE JOSEFO”.[8] CONTUDO,
HÁ CONSIDERÁVEL
EVIDÊNCIA HISTÓRICA EM
FAVOR DO FATO DE QUE UM
LUGAR DENOMINADO RO’SH
ERA BEM CONHECIDO NO
MUNDO ANTIGO.
ANTIGO. AIN
AINDA
DA QUE
ESSA PALAVRA OCORRA NUM
VARIEDADE DE LÍNGUAS,
LÍNGUAS,
NAS QUAIS
QUAIS PODEM O
OCORRER
CORRER
DIVERSAS FORMAS DE
GRAFIA, É BASTANTE
EVIDENTE QUE O TERMO SE
REFERE AO MESMO POVO EM
QUESTÃO.
Na realidade, é muito provável que o nome
Rôs derive do nome Tiras, menciona
me ncionado
do na tabela
das nações, conforme consta
c onsta em Gênesis 10.2.
10.2.
Billington ressalta a tendência acádia de suprimir
ou alterar o som da letra “t” no início de um nome,
especialmente se a sonoridade da letra “t” inicial for
seguida pelo som da letra “r”. Se a letra “t” no início
do nome Tiras for suprimida, restará o termo
“Ras”.[9] É coerente que Ras ou Rôs seja
relacionado em Gênesis 10, uma vez que todas as
outras nações referidas em Ezequiel 38.1-6 já
tinham sido alistadas naquele texto. Isso significa
que é errônea a alegação feita por Jerônimo de que
ro’sh não ocorre na Bíblia nem nos escritos do
historiador Josefo. Se Tiras e seus descendentes são
aparentemente o mesmo povo que, mais tarde, veio
a ser denominado de Rôs, pode-se dizer, então, que
Rôs é aludido tant
tantoo na tabela das nações quanto
quanto nos
escritos de Josefo.
Rôs (ou Ras) é identificado nas inscrições
egípcias como um lugar que já existia em 2600 a.C.
Há uma inscrição egípcia posterior, datada
aproximadamente de 1500 a.C., que se refere a uma
terra chamada Reshu localizada ao norte do Egito.
[10] O nome geográfico Ro’sh (ou seus equivalentes
nos respectivos idiomas) é encontrado pelo menos
vinte vezes em outros docum
documentos
entos da antiguidade.
antiguidade.
Ocorre três vezes na Septuaginta (cuja sigla é LXX),
dez vezes nas inscrições do rei Sargão, uma vez no
cilindro de Assurbanipal, dez vezes nos anais de
Senaqueribe e cinco vezes nas inscrições das
tabuinhass ugaríticas.[11] Billington rastreia o povo
tabuinha p ovo
de Rôs, desde os seus registros históricos mais
remotos até os dias do profeta Ezequiel, já que tal
povo é mencionado várias vezes durante esse
período histórico.[12
histórico.[12]]
É evidente que Rôs ou Tiras era um lugar bem
conhecido nos dias de Ezequiel. No século VI a.C.,
época em que Ezequiel
Eze quiel escreveu sua profecia,
vários agrupamentos do povo de Rôs viviam numa
região situada ao norte do mar
m ar Negro. Ao nos
aproximarmos do século VIII a.C., Billington cita
uma série de referências históricas para demonstrar
que “há evidência sólida de que um dos
agrupamentos do povo de Rôs estava relacionado
com as monta
m ontanhas
nhas do Cáucaso”.[13]
Cáucaso”.[13] Acerca desse
mesmo período de tempo, Billington acrescenta:
“Até existe um documento cuneiforme da época do
reinado do rei assírio Sargão II (o qual governou
entre 722-705
722-705 a.C.)
a.C.) que, na verdade,
verdade , esp
especific
ecificaa os
nomes de todos os três povos [i.e., Rôs, Meseque,
Tubal] mencionados por Ezequiel nos capítulos 38
e 39”.[14] Billington conclui essa seção de sua
pesquisa histórica da seguinte maneira: Portanto,
nos registros assírios dos séculos IX – VII a.C. há
evidências históricas irrefutáveis em favor da
existência de um povo denominado Rôs/Rashu.
Essas mesmas fontes assírias também mencionam
Meseque e Tubal, nomes estes que aparecem junto
com o nome de Rôs em Ezequiel 38–39. É obvio
que os Assírios tinham conhecimento do povo de
Rôs, assim como Ezequiel os conhecia. Deve-se
salientar que Ezequiel escreveu o Livro de Ezequiel
apenas cerca de
d e 100 anos
anos após a escrita dos textos
te xtos
assírios que ainda existem e mencionam os povos
de Rôs, Meseque e Tubal.[15]

SERÁ QUE O NOME RÚSSIA


DERIVA DO NOME RÔS?
O antigo povo de Rôs, que numa retrospectiva
remonta a Tiras, um dos filhos de Jafé (Gn 10.2), e
que migrou para as montanha
montanhass do Cáucaso no sul
da Rússia, é uma das fontes genéticas da
composição étnica do povo russo atual. Contudo,
será que o nome Rússia é originário do termo
bíblico Rôs usado em Ezequiel 38.2? Já constatamos
que Marvin Pate e Daniel Hays afirmaram
categoricamente: “O termo bíblico Rôs não tem
nada a ver com
dois autores a Rússia”.[16]
é típica A afirmação
da mentalidade desses
de muitos
críticos atuais. Mas será que o peso da evidência
conduz realmente a tal conclusão? Não creio! Passo
a enunciar as razões pelas quais discordo.
Em primeiro lugar, precisamos estar cientes
de que o Antigo Testamento hebraico foi traduzido
para a língua grega durante o terceiro século a.C.,
tradução essa que ficou conhecida como
Septuaginta (cuja abreviatura é LXX). A Septuaginta
traduziu a palavra hebraica ro’sh em todas as suas
ocorrências no Antigo
Antigo Testame
Testamento
nto pela palavra
grega Ros (ou Rhos). A Igreja em seus primórdios
adotou com muita frequência a Septuaginta como
seu Antigo Testamento preferido. A Septuaginta até
hoje é usada nos países de fala grega como a
principal tradução do Antigo Testamento.
Billington nos diz: “Os primeiros escritores cristãos
ortodoxos gregos, fazendo uso do modo pelo qual a
Septuaginta transliterou
transliterou o nome hebraico ro’sh
[pelo termo Ros], identificaram o povo de Rôs,
citado nos capítulos 38 e 39 de Ezequiel, com a
etnia Rus localizada no norte da Rússia e da
Ucrânia”.[17] Esses povos seriam aqueles
Ucrânia”.[17] aquel es que
viviam próximo, mais
m ais precisamente
precisame nte ao nnorte,
orte, dos
povos de fala grega. Tamanha proximidade pode
significar que eles tinham total clareza acerca de
quem identificavam e, de fato, esses escritores os
identificaram como sendo o povo de Rôs.
Maranata!
NOTAS: 1
G. A. COOKE, A CRITICAL AND
AND EXEGETICAL
EXEGETICAL
COMMENTARY ON THE BOOK OF EZEKIEL, THE
INTERNATIONAL CRITICAL COMMENTARY, ORG.,
EDIMBURGO: T & T CLARK, 1936, P. 408-09.
JOHN B. T AYLOR
AYL OR CONCORDA COM COOKE AO AFIRMAR
QUE “SE UM NOME DE LUGAR PODE SER
CONFIRMADO, A MELHOR TRADUÇÃO SERIA, ENTÃO,
‘PRÍNCIPE DE RÔS, DE MESEQUE E DE TUBAL’”.
JOHN B. TAYL OR , EZEK
AYLOR EZEKIEL:
IEL: AN
AN INTRODUC
INTRO DUCTION
TION &
COM M ENTARY
COMM ENTARY,, TYNDALE
TYND ALE OLD
OL D TESTAMEN
TESTAMENTT
COMMENTARIES, ORG. GERAL, E D. J. WISEMAN,
DOWNERS GROVE, IL: INTER-VARSITY PRESS,
1969, P. 244. PORTANTO, ESSA VEM A SER A
TRADUÇÃO POR EXCELÊNCIA. PARA TER ACESSO A
UMA EXPLANAÇÃO MAIS DETALHADA E COMPLETA DO
EMBASAMENTO GRAMATICAL E FILOLÓGICO QUE
FAVORECE A TRADUÇÃO DE RÔS COMO UM NOME DE
LUGAR, VEJA: JAMES D. PRICE, “ROSH: AN
NCIENT LAND KNOWN
KN OWN TO EZEKIEL”, PUBLICADO NO
GRACE THEOLOGICAL JOURNAL 6:1, 1985, P. 67-
89.
2

Resumo
RUTHVENgramatical proveniente
, The Prophecy That Is da obra deHistory:
Shaping Jon MarkNew
Research
Rese Ezekiel’s Vision of the End, Fairfax, VA: Xulon
arch on Ezekiel’s
Press, 2003, p. 21-23.
3
Randal
Ra ndalll PRICE, “Ezekiel
“ Ezekiel”,
”, pu
publ
blicado
icado na obra or
organ
ganizada
izada por
Tim LAHAAYYE e Ed HINDSON, The Popular Bible Prophecy
Commentary , Eugene, OR: Harvest House Publishers,
2007, p. 190.
4
PRICE, “Rosh: An Ancient Land,”, p. 88-89.
5
Clyde E. BILLINGTON, Jr. “The Rosh People in History and
Prophecy”, Parte
Par te 1, pu
publ
blica
icado
do no Michigan Theological
Journal 3:1, Edição de Primavera, 1992, p. 56.
6
Toponímico se refere à ciência que estuda os nomes dos
lugares.
B
7 ILLINGTON
, “The Rosh People”, Parte 1, p. 55-65; Clyde E.
BILLINGTON, Jr., “The Rosh People in History and Prophecy”,
Parte 2, Michigan Theological Journal 3:2, Edição de
Outono, 1992, p. 144-75; Clyde E. BILLINGTON, Jr., “The
“The Rosh
Ros h
People in History and Prophecy”, Parte 3, Michigan
Theological Journal 4:1, Edição de Primavera, p. 36-63.
8
BILLINGTON, “The Rosh People”, Parte 1, p. 56.
9
BILLINGTON, “The Rosh
Ros h Peop
Peoplle”, Parte 2, p. 166-67.
B
10 ILLINGTON
, “The Rosh People”,
People”, Parte 2, p. 145-46.
11
PRICE, “Rosh: An Ancient Land”, p. 71-73.
12
BILLINGTON, “The Rosh People”,
People”, Parte 2, p. 143-59.
13
BILLINGTON, “The Rosh People”, Parte 2, p. 170.
14
BILLINGTON, “The Rosh People”, Parte 2, p. 170.
15
BILLINGTON, “The Rosh People”, Parte 2, p. 172.
16
C. Marvin PAT E e J. Daniel HAY
ATE AYS, Iraq – Babylon of the End
Times?, Grand Rapids: Baker Books, 2003, p. 69.
17
BILLINGTON, “The Rosh People”, Parte 3, p. 39.
5. EZEQUIEL 38.2
(CONT. 2)

“Filho do homem, volve o rosto contra Gogue,


da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de
Mesequ
M esequee e Tuba
Tubal;l; pprofetiz
rofetizaa cont
contra
ra ele”.
ele”.

Nos capítulos anteriores já verificamos que a


versão grega do Antigo Testamento traduziu
traduziu o
termo hebraico ro’sh como um nome próprio e o
identificou com
c om o povo que habitava na rregião
egião sul
da Rússia e na Ucrânia. Tal tradução indica que os
udeus de fala grega residentes no norte da África
acreditavam que Rôs era um nome próprio e se
referia a um povo conhecido. Após fornecer uma
quantidade
quant idade impressionante de informações parap ara
defender a concepção de que o antigo povo de Rôs
se identifica com os russos da atualidade, Clyde
Billington declara:
Portanto, é praticamente certo que o antigo povo a quem os gregos
denominavam de Tauroi / Tursenoi era idêntico ao povo conhecido
na Bíblia como “Tiras”. Esse mesmo povo de Tiras, mencionado em
Gênesis 10.2, também era conhecido em outras línguas por uma
variedade
por de os
exemplo, nomes que senomes:
seguintes baseavam no nome
Taruisha “Tiras”.hitita),
(em língua Observe,Turus /
Teresh (em egípcio), Tauroi Tursenoi (em grego) e Tauri Etruscan
(em latim).[1]
Em segundo lugar, Billington afirma: “A partir
de uma variedade de fontes, sabe-se que um povo
denominado Rôs ou Rus vivia na mesma área
próxima ao mar Negro, onde o povo p ovo Tauroi
habitava”.[2]] Bill
habitava”.[2 Billington
ington ainda
ainda nos diz que “os
primeiros escritores
e scritores cristãos bizantino
bizantinoss
identificaram o povo de Rôs, mencionado em
Ezequiel 38–39
38–39,, com um antigo agrupamento
populacional do sul da Rússia ao qual chamavam
de Ros”.[3] Além disso, temos a informação de que
“os gregos bizantinos
bizantinos usaram a grafia da LXX [i.e.,
da Septuaginta] para esse nome (i.e., Ros), porque
inquestionavelmente identificaram o povo Ros Rus
russo que vivia no sul da Rússia como o povo Rôs
mencionado em Ezequiel 38–39”.[4]
Em terceiro lugar, “é fato notório que o
primeiro Estado Russo foi fundado por um povo
conhecido como Varegues de Rus”.[5] Muitos
estudiosos da atualidade, como Edwin Yamauchi,
defendem a concepção de que o nome Rus, do qual
deriva o nome Rússia da atualidade, é uma palavra
finlandesa que se refere aos invasores suecos que
vieram do norte, não do povo Rôs que habitava no no
sul. Ele afirma que o designativo Rus só foi referido
naquela
naq uela re
região
gião a partir da Idade Média,
M édia, quando foi
trazido pelos
pel os Vikings.[6] En
Entretant
tretanto,
o, apesar de
de
Yamauchi ser um acadêmico respeitado, sua
conclusão dogmática está em franca oposição à
sólida evidência histórica exposta pelo catedrático
em língua hebraica Gesenius, bem como por James
Price e Clyde Billington
Billington..
Billington apresentou seis objeções à alegação
feita por Yamauchi de que Rus é originário do
norte e não do sul. Na primeira objeção, o uso
bizantino do termo Rus para se referir àqueles que
posteriormente vieram a ser chamados de russos
antecede em centenas de anos o argumento de que
é oriundo do norte. A segunda objeção baseia-se no
fato de que as fontes bizantinas
bizantinas nunca se referiram
a Rôs como um povo que imigrou do norte para o
sul. Eles “viveram por muito tempo na região do
mar Negro, da Rússia, da Ucrânia e da Criméia, e
nenhuma fonte bizantina
bizantina faz qualquer m
menção
enção de
que sua terra natal fosse a Escandinávia”.[7
Escandinávia”.[7]]
Na terceira objeção, uma vez que várias
formas de grafia referentes ao povo de Rôs foram
usadas no decorrer da história
hi stória e remontam ao
segundo século a.C., é muito improvável que os
finlandeses tenham inventado o nome Rus.
Na quarta objeç
objeção,
ão, “não há nenhuma razão
plausível que obrigasse o povo de Rôs a adotar o
nome estrangeiro finlandês “Ruotsi”, após migrar
para o sul da Rússia”.[8]
Na quinta
quinta objeção, “todos os eruditos
e ruditos da
atualidade concordam que os Varegues nunca se
denominaram “Rôs” (nem foram assim chamados
pelos
pel os outros povos) quando
quando viviam peperto
rto dos
finlandeses na Escandinávia”.[9]
Escandinávia”.[9]
Na sexta e última objeção, os registros
Bizantinos e Ocidentais indicam que houve um
povo localizado no sul da Rússia que já se
denominava “Rus”, muitos
m uitos anos antes
antes da invasão de
povos oriundos do norte.[10]
Quando se faz uma análise cuidadosa das
evidências históricas, fica claro que os Varegues
que migraram da Escandinávia para o sul da Rússia
eram denominados de “Rus” e já eram conhecidos
por esse nome muitos anos antes de se mudarem
para aquela região. Billington resume nos seguintes
termos: “como
“com o foi dem
demonst
onstrado
rado no argumento
acima, o povo Rus Varegue
Varegue recebeu esse nome em
decorrência do nome que designava
de signava o povo nativo,
nativo,
chamado Rôs, que em tempos remotos viveu no
território situado ao norte
norte do mar Negro. Em
outras palavras, houve dois povos chamados Rôs: o
povo original Rôs Sármata e o povo Varegue Rus”.
[11]

A fato
Rôs de essa se
altura,
referejáao
deve estar
atual claro
povo que As
russo. o termo
evidências,
evidê ncias, tanto gramaticais quanto
quanto históricas,
foram apresentadas. Essa é a razão pela qual eu
concordo com todas as conclusões de Billington,
quando declara:

1. O texto de Ezequiel 38–39 realmente


menciona um povo chamado Rôs que, nos Últimos
Dias, será aliado de Meseque, Tubal e Gogue.
2. Houve povos denominados Rôs que
viveram ao norte de Israel nas montanhas
montanhas do
Cáucaso e ao norte dos mares Negro e Cáspio.
3. Um dos povos denominados Rôs que
viviam ao norte de Israel, veio,
ve io, com o passar do
tempo, a se chamar “Russos”.

4. O )nome
heb. ro’sh que seRusso deriva
a nodotexto
e ncontra
encontr termo
de “Rôs” (do38–
Ezequiel
Eze quiel
39.
5. Portanto,
Portanto, fica cl
claro
aro que, nos Últimos Dias,
os povos russos estarão
e starão envolvidos na invasão da
terra de Israel junto com Meseque, Tubal e Gogue.
[12]
QUEM É MESEQUE?
Agora, volto-me para tarefa bem mais fácil de
identificar a quem o termo “Meseque” se refere. O
nome “Meseque” ocorre 10 vezes no Antigo

Testamento Hebraico,[13] o que inclui sua primeira


ocorrência na Tabela das Nações (Gn 10.2).
10.2). Em
Gênesis 10, Meseque é alistado como um dos filhos
de Jafé. A linhagem genealógica de Gênesis 10 se
repete por duas vezes no livro de Crônicas (1Cr
1.5,17).
1.5,17). Além das referências ffeitas
eitas no Salmo 120
120.5
.5
e em
e m Isaías 66.19, as outras ocorrências
ocorrências do nome
Mesequ
M esequee se encontram em Ezequiel (Ez 27.13;
32.26; 38.2,3; 39.1). Todas as referências feitas nos
capítulos 38 e 39 de Ezequiel agrupam “Rôs,

Meseque e Tubal”,
Isaías 66.19,
66.19, todaviatalnuma
comoordem
acontece
difeno texto
diferente.
rente. de
Mark
Hitchcock diz o seguinte:
Tudo o que se sabe no Antigo Testamento sobre Meseque é que ele
e seus parceiros, Javã e Tubal, negociavam com a antiga cidade de
Tiro, exportando escravos e utensílios de bronze em troca das
mercadorias de Tiro. É só isso que a Bíblia menciona sobre o
Meseque da antiguidade. No entanto, a história antiga tem muito a
nos dizer sobre o povo do Meseque da antiguidade e sua
localização.[14]
No passado, alguns estudiosos da Bíblia
ensinaram que Meseque é uma referência a Moscou
e, portanto, diz respeito à Rússia. Esse é o ponto de
vista da Bíblia de Scofield, de Harry Rimmer[15] e
de Hal Lindsey.[16] Sobre Meseque, Rimmer
afirma: “Seus descendentes vieram a ser chamados
de ‘Mushki’, de onde se origina o velho termo
‘Moscovitas’. Com o tempo, este último termo
passou a ser usado para
p ara designar todos os russos
oriundos de Moscou e seus arredores”.[17] A
identificação de Meseque com Moscou baseia-se
pura e simplesmente
simple smente numa semelhan
semelhança
ça de
sonoridade.
sonor idade. Não existe nenhum embasamento
em basamento real
e histórico que apoie essa concepção, pelo que deve
ser rejeitada.

Em sua dissertação sobre a tabela das nações,


Allan Ross, fundamentado nas informações
históricas e bíblicas, declara:
Tubal e Meseque sempre são mencionados juntos na Bíblia. Eles
são os representantes das nações militares
militares do norte que exportavam
escravos e cobre (Ezequiel
(E zequiel 27.13; 38.2; 39.1; 32.26 e Isaías
Isaías 66.19).
Heródoto situou a localização desses povos na costa norte do Mar
Negro (III, 94). Josefo os identificou como sendo os Capadócios [...]
Meseque deve se localizar na região dos montes Moschian próxima
à Armênia. Seu movimento migratório ocorreu em direção ao norte,
a partir do leste da Ásia Menor até o mar Negro.[18]
A região situada a sudeste do mar Negro
corresponde na atualidade ao território da Turquia.
Tu rquia.
Hitchcock comenta: “Em todos os momentos que
marcaram a história do povo de Meseque, eles
ocupavam o território que atualmente pertence à
nação da Turquia”.[19] Não
Não se trata de uma
conclusão polêmica, já que praticamente todos os
especialistas no assunto concordam com esse ponto
de vista.

QUEM É TUBAL?
O nome “Tubal” ocorre 8 vezes na Bíblia
Hebraica[20] (Gn 10.2; 1Cr 1.5; Is 66.19; Ez 27.13;
32.26; 38.2,3; 39.1). Na tabela das nações (Gn 10.2),
Tubal é identificado como o quinto filho de Jafé e
irmão de Meseque. Como já foi mencionado por
Ross, todas as vezes que a Bíblia faz referência a
Tubal, o nome deste é relacionado junto com o de
Meseque, tal como se verifica em Ezequiel 28.

Alguns mestres da profecia bíblica têm


ensinado que Tubal é a origem da atual cidade de
Tobolsk na Rússia. Esse ponto de vivista
sta se tornou
popular por influência da Bíblia de Scofield e de
vários outros
outros catedráticos. Entretanto,
Entretanto, como se deu
de u
no caso de Meseque, tal concepção se desenvolveu
a partir da semelhança fonética entre Tubal e
Tobolsk, carecendo, portanto, de um sólido
embasamento histórico. O registro histórico, à
semelhança do que ocorreu com Meseque, indica
que Tubal e seus descendentes imigraram para a
região situada a sudeste do mar Negro onde hoje se
localiza a Turquia. É evidente que os povos de
Meseque e Tubal formaram a base populacional do
país que na atualidade chamamos de Turquia.
Nos dias atuais, a Turquia é considerada um
país secularizado e laico. Contudo, a história da
Turquia revela um país que durante muito tempo
foi dominado pelo islamismo e que, por centenas
de anos, encabeçou o Império Muçulmano. A
Turquia está apenas a um passo de voltar à sua
herança política islâmica, o que proporcionaria
aquele ingrediente que faltava para se aliar com os
outros países muçulmanos que um dia invadirão
Israel. Maranata!
Maranata!

NOTAS
1
Clyde E. BILLINGTON, Jr., “The Rosh People in History and
Prophecy”, Parte 3, Michigan Theological Journal 4:1,
Edição
Edição de Primavera,
Primavera, 1993,
1993 , p. 42-44.
2
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 44.
3
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 48.
4
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 50.
5

6 B ILLINGTON
Edwin M. ,YOp. cit., Parte 3, p. 51.
AMAUCHII, Foes from the Northern Frontier , Grand
AMAUCH
Rapids, MI: Baker, 1982, p. 20.
7
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 52.
8
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 53.
9
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 53.
10
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 52-53.
11
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 57.
12
BILLINGTON, Op. cit., Parte 3, p. 62.
13
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computação Accorda
Accordance nce , versão 6.9.2.
14
Mark HITCHCOCK, Aft After
er The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 56.
15
Harry RIMMER, The Coming War and the Rise of Russia,
Grand Rapids: Eerdmans, 1940, p. 55-56.
16
Hal LINDSEY, The Late Great
Gre at Planet Earth, Grand Rapids:
Zondervan, 1970.
17
RIMMER, The Coming War, p. 55-56
55-56..
18
Alllen P.
Al P. ROSS, “The Table
Table of Nations in Genes is”,
Genesis”
dissertação apresentada para obtenção do título de ThD,
Dallas Theological Seminary
Seminary,, 197
1976,6, p. 204
204-05
-05..
19
Mark HITCHCOCK, Iran The Coming Crisis: Radical Islam, Oil,
And The Nuclear Threat, Sisters,
Sister s, OR
OR:: Multnom
Multnomah,ah, 2006,
2006 , p.
184.
20
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computação Accorda nce , versão 6.9.2.
Accordance
6. EZEQUIEL 38.2-4

“Filho do homem, volve o rosto contra Gogue,


da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de
Mesequ
M esequee e Tuba
Tubal;l; pprofetiz
rofetizaa cont
contra
ra ele e dize:
dize:
Assim
As sim ddiz
iz o Senhor
Senhor Deus:
Deus: Eis
Eis qu
quee eu so
souu con
contra
tra
ti, ó Gogue, príncipe de Rôs, de Meseque e
Tubal. Far-te-ei que te volvas, porei anzóis no
teu queixo e te levarei a ti e todo o teu exército,
cavalos
cava los e cavaleiros,
cavaleiros, todos vestidos de
armamento completo, grande multidão, com
pavês
pa vês e escudo,
escudo, emp
empuunhan
nhando do todos a espada”
espada”..

Agora que os participantes dessa invasão já


foram identificados no versículo 2, passo a
considerar aquilo que a Palavra do Senhor declara
sobre eles. Na primeira parte do versículo,
constatamos que Ezequiel é orientado a voltar seu
rosto na direção daquela coalizão de nações. Essa
declaração implica que se trata realmente de um
grupo de nações historicamente conhecidas. No
final do versículo 2 temos a informação de que
Ezequiel devia profetizar “...contra ele...”. O
pronome “ele” se refere a Gogue, o líder da invasão.
O verbo hebraico traduzido por “profetizar” é uma
palavra de uso comum e nesse contexto transmite a
noção de que Ezequiel estava para contar
antecipadamente a história futura de Gogue e da
coalizão de nações por ele encabeçada. A

preposição
comunica ahebraica
he braica
idéia traduzida
de que não sepor “contra”
trata de uma
profecia positiva e benéfica para Gogue e seus
aliados. Pelo contrário, tal profecia é contrária a
Gogue porque Deus se opôs a ele, como
confirmaremos gradativamente na continc ontinuação
uação
desse texto.

DEUS CONTRA GOGUE NO


VERSÍCULO 3, O SENHOR
SENHOR
DEUS MANDA EZEQUIEL
ANUNCIAR QUE ELE (I.E.,
DEUS) É CONTRA GOGUE. A
PREPOSIÇÃO “CONTRA”,
MENCIONADA
MENCIONA DA NO VER
VERSÍCULO
SÍCULO
3, É DIFERENTE DAQUELA
QUE É USADA NO VERSÍCULO
2. AQUI NO VERSÍCULO 3,
A PREPOSIÇÃO
PREPOSIÇÃO “CONTRA”
“CONTRA”
COMUNICA A IDÉIA DE
OVIMENTO, DE MODO QUE
AÇÃO DESSA
DESSA PROFE
PROFECIA
CIA
ENUNCIADA POR DEUS SE
DIRIGE CONTRA GOGUE. AS
DUAS PREPOSIÇÕES
MUITO SEMELHANTE
SEMELHANTESSÃO
S E
PARECE QUE AMBAS SÃO
USADAS PARA ENFATIZAR O
FATO DE QUE DEUS ESTÁ
CONTRA GOGUE. COMO
OBSERVAREMOS MAIS
ADIANTE NESSE
NESSE TEXTO,
TEXTO, É
PROVÁVEL QUE GOGUE PENSE
QUE É O GRANDE
ARTICULADOR
ARTICULA DOR DESSA
COALIZÃO PARA ATACAR
ISRAEL, MAS, NA
REALIDADE, É DEUS QUEM,
NO FIM DAS
DAS CONTAS,
CONTAS,
PROMOVE ESSE TREMENDO
ACONTECIM
ACONTECIMENTO
ENTO (CONFIRA
(CO NFIRA
OS VERSÍCULOS 4 E 8). A
DISPOSIÇÃO DE SE COLOCAR
CONTRA GOGUE, VERIFICAD
NOS VERSÍCULOS
VERSÍCULOS 2 E 3,
ABRE O CAMINHO
CAMINHO PARA
PARA O
CLARO PRONUNCIAMENTO QUE
DEUS FAZ NO VERSÍCULO 4.
“ANZÓIS NO TEU QUEIXO”
A primeira frase do versículo 4 diz: “Far-te-ei
que te volvas...”. A palavra hebraica traduzida por
“volvas” é shuv. Significa basicamente “mover-se na
direção oposta àquela em que antes se movia (...)
virar, voltar”.[1]
voltar”.[1] No contexto
contexto teológico, é a palavra
p alavra
clássica usada
u sada no Antigo Testamento para designar
a ação de “arrepender-se”, termo esse
freqüentemente usado por Jeremias. “O verbo, com
mais de 1.050
1.050 ocorrências, assume a 12ª posição
entre as palavras
no Antigo que ocorrem
Testamento”.[2] com mais
O sentido no freqüência
qual essa
palavra é tão freqüentemente
freqüenteme nte usada no Antigo
Testamento comunica a noção de arrependimento,
como no caso do arrependimento de Israel que
abandona
aban dona seus pecados
pec ados e se volta para o Senhor. É o
mesmo sentido no qual arrependimento é usado por
pregadores como
com o João Batista no Novo
Novo Testamento.
Te stamento.
De fato, no judaísmo ortodoxo da atualidade,
quando um judeu não praticante começa a praticar
sua religião, tal iniciativa é denominada “fazer o
shuvah” ou demonstra
de monstrarr “arrependimento”.
“arrependime nto”.
Entretanto,
Entreta nto, no contexto
contexto de Ezequiel
Ez equiel 38, a utilização
dessa forma intensiva do termo hebraico shuv (i.e.,
a raiz do tempo polpolel
el) em relação a Gogue não
significa um arrependimento religioso ou
espiritual, mas se refere a uma mudança nos planos

de alguém.
neste C. F.
capítulo KeilEzequiel
e em comenta39.2,
o seguinte:
o termo“Aqui
significa
desencaminhar ou levar ao desvio da atitude
anterior, a saber, induzir ao erro ou seduzir, no
sentido de instigar para que se tome uma iniciativa
perigosa”.[3] Que iniciativa poderia ser mais
perigosa do que a de entrar em guerra contra Deus
e contra Seu povo, Israel?
Uma vez que Deus expressa o desejo de que
Gogue rume para o sul e desça para atacar Israel, o
verbo hebraico natan é usado para explicar o meio
que Deus empregará para que isso ocorra. O
Senhor vai “por” ou “colocar” anzóis no queixo de
Gogue. Keil afirma o seguinte: “Gogue é retratado
como uma fera indomável que é obrigada a seguir
seu líder (cf. Is 37.29); assim, o conceito
transmitido é o de que Gogue se vê compelido a
obedecer ao comando de Deus contra a sua própria
vontade”.[4]
vonta de”.[4] Lawson Younger
Younger expl
explica
ica o significado
e uso da palavra hebraica traduzida por “anzol”
deste modo: Embora o significado literal do termo
hebraico hah seja “espinho”, no Antigo Testamento
esse termo é usado metaforicamente para designar

um
hah anzol.
é usadaNanomaioria
contextodemilitar
suas ocorrências,
para descrevera palavra
um
gancho (i.e., argola) que transpassa
transpassa o nariz ou a
bochecha dos cativos de guerra, como por exemplo:
de Senaqueribe, em cujo nariz Deus poria um anzol
(2Rs 19.28;
19.28; Is 37.29;
37.29; de Jeoacaz,
Je oacaz, que foi
f oi levado com
ganchos para a terra do Egito (Ez 19.4);
19.4); de
Zedequias, levado cativo para a Babilônia com
gancho (Ez 19.9); de Faraó, em cuja mandíbula
Deus engancharia anzóis (Ez 29.4);
29.4); e de Gogue, em
cujo queixo
quei xo Deus também poria anzóis (Ez 38.4).[538.4).[5]]
Assim como,
c omo, ao longo da história, todas as
hostes de inimigos de Israel não quiseram fazer
aquilo que Deus lhes ordenara, assim também
Gogue, a exemplo de Faraó, será levado a cumprir a
vontade
vontade de
d e Deus, m
mesmo
esmo que as intenções de
Gogue sejam diametralmente opostas, numa
comprovação da figura do anzol que Deus usa
nesse texto. Mark Hitchcock comenta: “Como uma
argola que transpassa
transpassa o nariz de um
u m cativo de
guerra ou como um grande
grande anzol enganchado nasnas
mandíbulas de um crocodilo, Deus desentocará
Gogue e seus aliados para que empreendam essa

invasão no exato
pronto para lidar momento em que
com eles. Deus Ele estiver
cumprirá o que
ordenou e agirá de acordo com o Seu cronograma”.
[6] Arnold Fruchtenbaum faz um resumo dessa
parte do texto, lembrando-nos do seguinte: Quem
está no controle é Deus; é Ele que promove a
invasão. Portanto,
Portanto, quando
quando se estuda esse texto,
deve-se
deve -se notar a soberan
soberania
ia de Deus nessa invasão.
Será o meio pelo qual Deus punirá a Rússia por
seus pecados. O principal pecado da Rússia é o seu
longo histórico de anti-semitismo, um problema
que até hoje perdura na Rússia.[7]

A MONTAGEM
MONTAGEM DO PALCO
PALCO NA
RÚSSIA E NO IRÃ DE QUE
ODO ALGUNS ASPECTOS DOS
PRIMEIROS VERSÍCULOS DE
EZEQUIEL 38 MONTAM
ATUALMENTE
ATUALMEN TE O PALC
PALCOO PARA
O FUTURO CUMPRIMENTO
DESSA PROFECIA? ENQUANTO
LGUNS PAÍSES ALIADOS DE
GOGUE APARECEM DE VEZ E
QUANDO NOS NOTICIÁRIOS,
A RÚSSIA E O IRÃ NNO
O
PRESENTE MOMENTO TÊM
FEITO “BASTANTE BARULHO”
E CHAMADO A ATENÇÃO NO
CENÁRIO GEOPOLÍTICO.
ALÉM DO MAIS, PARA
PARA
AQUELES QUE
QUE NÃO ESTÃO
ESTÃO
ATENTOS AO QUE AC
ACONTECE
ONTECE
NA TURQUIA,
TURQUIA, DEVE
DEVE-SE
-SE
DIZER QUE O PARLAMENTO
TURCO ESTÁ NA IMINÊNCIA
DE SER CONTROLADO PELA
ALA MUÇULMANA
MUÇULMANA RADICAL.
RADICAL.
SE OS MUÇULMANOS
RADICAIS CONSEGUIREM SEU
INTENTO, FARÃO COM QUE
TURQUIA RETORNE AO
DOMÍNIO ISLÂMICO, O QUE
SIGNIFICA DIZER ADEUS À
DEMOCRACIA.
Mart Zuckerman, editor do U. S. News &
World Report, declarou: “Numa entrevista
concedida há vários anos, o presidente russo
Vladimir Putin criticou a decisão dos Estados
Unidos de entra
e ntrarem
rem em
e m guerra
gue rra contra
contra o Iraque e
me disse o seguinte: ‘a verdadeira ameaça é o Irã’.
Ele estava certo, porém a Rússia passou a fazer
parte do problema,
proble ma, não da solução”.[8] Não é
nenhum segredo que a Rússia tem desempenhado o
papel de capacitar o Irã, a ponto de este chegar ao
topo do ranking de países traiçoeiros que ameaçam
provocar uma enorme desestabilização da presente

ordem mundial.
ainda mais “E a vendeu
real, pois Rússia tornou essa ameaça
as instalações da usina
nuclear de Bushehr ao Irã e assinou contratos
contratos para
vender mais equipamentos
e quipamentos a fim de angariar
angariar
recursos que financiem sua própria indústria
nuclear. É como um diplomata americano
declarou: ‘Esse negócio com o Irã é um tremendo
anzol preso no queixo da Rússia’”.[9]
R ússia’”.[9] O senhor
poderia repetir esta última afirmação? O diplomata
americano reiterou: “Esse negócio com o Irã é um
tremendo anzol preso no queixo da Rússia”. É
exatamente isso! O diplomata americano utilizou a
frase proveniente da profecia bíblica para descrever

o papel que a Rússia atualmente tem assumido na


sua relação com o Irã.
Alguns que desprezam nossa perspectiva da

profecia bíblica
do Império já disseram
Soviético (i.e., a que, emUnião
antiga face da
dasqueda
Repúblicas Socialistas Soviéticas), uma invasão
liderada pela Rússia parece muito pouco provável
do ponto de vista geopolítico. Contudo, é preciso
sempre ressaltar o fato de que essa profecia faz
menção a um ataque contra Israel liderado pela
Rússia, não pela União Soviética. Desde a queda do
Império Soviético, os russos contin
continuam
uam a manter
m anter
relações amistosas com a maioria dos países
islâmicos, principalmente com aquelas nações do
Oriente Médio. Do ponto de vista geopolítico, não
seria nenhuma surpresa ver a Rússia se unir aos

países
contraislâmicos,
Israel. como o Irã, num ataque-surpresa
Por mais de quinze anos tenho conjecturado
se o “anzol” que Deus usará no queixo de Gogue
(para levar uma Rússia relutante a descer num
ataque
ataq ue contr
c ontraa a terra de Israel)
Israel ) não poderia ser esta
situação hipotética que descrevi para o Hal Lindsey
em 1991,
1991, durante uma entrevista em rede nacional
nacional
de televisão,[10] no dia em que a primeira Guerra
do Golfo terminou: “Eu posso ver os muçulmanos
se dirigirem aos russos a fim de lhes dizer que os
Estados Unidos da América abriram um
precedente para que uma potência estrangeira
invada o Oriente Médio com o objetivo de corrigir
um erro percebido (os Estados Unidos já fizeram
isso de novo em anos recentes, quando invadiram o
Iraque e o Afeganist
Afe ganistão)”.
ão)”. Com base nisso, a Rússia
também
lide deveria
liderando-os
rando-os numaajudar seus
invasão
invasã amigos muçulmanos,
o avassaladora de Israel, a
fim de resolver o conflito no Oriente Médio em
favor dos países islâmicos. Seria esse o “anzol” no
queixo de Gogue? Só o tempo poderá dizer.
Entretanto, algo está acontecendo no Oriente
Médio e parece que as impressões digitais da Rússia
se encontram por toda parte. O que se sabe pela
predição bíblica é que tal coalizão e invasão
ocorrerão somente “... no fim dos anos” (Ez 38.8).
NOTAS 1 G. JOHANNES BOTTERWECK, HELMER RINGGREN, E
HEINZ-JOSEF FABR Y, ORGANIZADORES, THEOLOGICAL
ABRY
DICTIONARY OF THE OLD TESTAMENT [TDOT], VOL.
XIV, GRAND RAPIDS: EERDMANS, 2004, P. 464.
2
BOTTERWECK, RINGGREN, e FABRY, TDOT, vol. XIV, p. 472.
3
C. F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
Testament, traduzido por James Martin, reimpressão,
Grand Rapids: Eerdmans Publishing Company, 1982, p.
161.
4
KEIEIL
L, Ez
Ezekiel, Dan iel, p. 161.
ekiel, Daniel
5
Willem A. VANGEMEREN, org. or g. gera
geral,l, New International
Dictionary of Old Testam
Testament Exegesis , 5 vols.,
ent Theology & Exegesis
Grand
Gra nd Rapids: Zondervan, 1997, vol. 2, p. 44.
6
Mark HITCHCOCK, Aft After
er The Empire: Bible Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 104.
7
Arnold
Arnol d FRUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah: Mes siah: A Study of
Sequence of Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
the Sequence
(1982), 2003, p. 109.
8
Mortimer B. ZUCKERMAN, “Mosc “Moscow’
ow’s M ad Gamble,”, publicado
s Mad
no U. S. News & World Report Re port, edição eletrônica, 30 de
jjaneiro
aneiro de de 2006, p.
p. 1.
9
ZUCKERMAN, “Mosc“Moscow’ow’s Gam ble”, p. 1.
s Mad Gamble”
10
No programa de entrevistas “The Praise the Lord”, exibido
pela
pel a rede
r ede de TV Trinity Broadcasting
Broadca sting Network.
Network.
7. EZEQUIEL 38.4

“Far-te-ei que te volvas, porei anzóis no teu


queixo e te levarei a ti e todo o teu exército,
cavalos
cavalos e cavaleiros,
cavaleiros, todos vestidos de
armamento completo, grande multidão, com
pavês
pavês e escudo,
escudo, emp
empuunhan
nhandodo todos a espada”
espada”..

Ao analisarmos com mais profundidade esta


profecia, consta
c onstatamos
tamos que Deus porá
p orá an
anzóis
zóis no
queixo de Gogue, príncipe de Rôs, o qual, como já
verificamos, é uma referê
referência
ncia à Rússia dos dias
atuais.
russo queNesse
vai caso, Gogue
liderar parece
a nação russaser um indivíduo
e seus aliados
num ataque ao povo de Israel reagrupado em sua
terra. Essa é a situação que basicamente se pode
vislumbrar no cenário geopolítico da atualidade. O
palco já
j á está montado para tal ataque.

UMA VARA DE DISCIPLINA?


Talvez alguns argumentem que a invasão
liderada por Gogue já aconteceu na ocasião da
disciplina de Deus sobre Israel no século VI a.C.
Randall Price comenta o seguinte: O papel
desempenhado por Gogue, contudo, é diferente
daquele desempenhado pelos invasores do passado,
tais como os Assírios e Babilônios, os quais foram
denominados por Deus de “a vara da minha ira”
(cf. Isaías 10.5).
10.5). Por um lado, a ddecisão
ecisão intencional
de invadirdesejos
próprios (Ezequiel 38.11) (versículos
de Gogue é motivada12 pelos
e 13), por
outro lado, Gogue é compelido a invadir (como se
fosse puxado com anzóis presos à sua mandíbula;
cf. versículo 4) a fim de possibilitar uma
demonstração do poder e da intervenção de Deus
em favor de Israel perante as nações (versículos 21
e 23; Ez 39.27),
39.27), bem como perant
pe rantee o próprio
p róprio povo
de Israel (Ez 39.28).[1]
Dessa forma, parece improvável que essa
profecia se refira a uma ação disciplinar de Deus no
passado, quando Ele usou outras nações para
castigar Israel, a exemplo do que fez por intermédio
dos assírios (em 722 a.C.)
a.C.) contra o Reino do
d o Norte
[i.e., Israel] e por intermédio dos babilônios (em
586 a.C.) contra o Reino do Sul [i.e.,
[i.e. , Jud
Judá].
á]. Se este
fosse o caso, Deus não interviria em favor de Israel
como Ele o faz nesse texto de Ezequiel. A história
demonstra que, quando Deus utiliza uma nação
pagã para disciplinar Israel, Ele nunca intervém
para proteger o povo judeu durante tais invasões.

“...E TE LEVAREI A
TI...”
À medida que continuamos a olhar mais
atentamente para o texto de Ezequiel
Eze quiel 38.4,
percebemos que o Senhor, depois de por anzóis no
queixo de Gogue, há de levá-lo para fora de seu
território.. O verbo hebraico traduzido por “...eu
território
[Deus] te levarei a ti [Go
[Gogue]”
gue]” conjuga-se num
tempo cuja ação é causativa, numa implicação de
que Deus usará
u sará o anzol no queixo de Gogue para
desentocá-lo de seu lugar.[2] É preciso reiterar que
Gogue não instigaria
instigaria tudo isso, se Deus não
interviesse, tirando-o de seu território para levá-lo à
sua destruição final.
O PODERIO BÉLICO DE
GOGUE QUANDO GOGUE
ATACAR I
ISRAEL,
SRAEL, VI
VIRÁ
RÁ COM
TODO O SEU “...EXÉRCITO,
CAVALOS E CAVALEIROS...”. A
PALAVRA HEBRAICA

TRADUZIDA POR HAYIL


(DO HEB., “EXÉRCITO”
)
SIGNIFICA BASICAMENTE
“FORÇA OU PODER”[3],
DEPENDENDO DO QUE É
MENCIONADO NO CON
MENCIONADO CONTEXTO.
TEXTO.
É O PRINCIPAL TERMO
HEBRAICO USADO PARA
DESIGNAR “EXÉRCITO” NO
ANTIGO TESTAMENTO
TESTAMENTO,, MAS
TAMBÉM POSSUI O SENTIDO
ABSTRATO DE “FORÇA
“FORÇA”,
”,
“RIQUEZA”, OU, EM TERMOS
MAIS CONCRETOS,
CONCRETOS, “
“TROPAS
TROPAS
MILITARES”,[4]
MILITARE S”,[4] JÁ QUE É
PRECISO MUITO DINHEIRO
PARA SUSTENTAR UM
EXÉRCITO PODEROSO NO
CAMPO DE COMBATE. EM
EZEQUIEL 38.15, ESSA
PALAVRA É USADA
NOVAMENTE PARA DESCREVER
NOVAMENTE DESCREVER
GOGUE E SEUS ALIADOS,
DESTA VEZ ASSOCIADA COM
O ADJETIVO “PODEROSO”.
EM OUTRAS PALAVRAS, O
TERMO HEBRAICO HAYIL
TRANSMITE A IDÉIA DE
PODERIO MILITAR E SEU
CAMPO SEMÂNTICO NÃO SE
LIMITA AO CONCEITO DE
EXÉRCITO DA ANTIGUIDADE.

UMA VEZ QUE


“TODO(S)” O TERMO
É EMPREGADO
PARA QUALIFICAR A
PALAVRA “EXÉRCITO”, A
IMPLICAÇÃO É A DE QUE,
NÃO APENAS
APENAS UMA PARTE,
PARTE,
MAS O EXÉRCITO
EXÉRCITO INTEIRO
INTEIRO
VIRÁ PARA
PARA INVADIR
ISRAEL.
A próxima descrição literal é a de que esse
exército invasor contará com “cavalos e cavaleiros”.
O significado de “cavalos” é óbvio, ao passo que
“cavaleiros”, nesse contexto, seriam aqueles
soldados que montam cavalos para fins militares.
No Antigo Testamento, os cavaleiros sempre se
diferenciam daqueles soldados que conduzem bigas
[i.e., carros de guerra atrelados a cavalos]. Charles
Feinberg chega a esta conclusão: “A menção de
cavalos e cavaleiros não pode ser interpretada de
modo restritivo para dar a entender que esse
exército se constituiria
cavalaria”.[5] totaldeouFeinberg
A afirmação essencialmente
se de
fundamenta no fato de que o texto anteriormente
menciona “...todo o teu exército...”, o que incluiria
todos os elementos do poderio bélico daquele que
parte para o ataque. Se este for o caso, é possível
que a cavalaria tenha sido destacada e
especificamente mencionada por ser a força
ofensiva mais potente de um invasor nos dias de
Ezequiel. Além disso, cava
cavalos
los denot
denotam
am um mmeio
eio de
transporte,
transporte, enqua
e nquanto
nto cavaleiros denotam
d enotam os
próprios militares.
A última parte do versículo 4 relata o modo
pelo qual os militares estão paramentados: “...todos
vestidos bizarramente, congregação grande, com
escudo e rodela, manejando todos a espada”. Essa é
uma referência aos cavaleiros, os quais na sua
totalidade estão “vestidos bizarramente”. A palavra
hebraica, traduzida nessa versão de Al
Almeid
meidaa Revista
Revista
e Corrigida pelo termo “bizarramente” (do heb.,
miklol), é um vocábulo interessante que ocorre
somente aqui neste texto e em Ezequiel 23.12. Seu
significado é definido de forma variada, como, por
exemplo:
“com todo“magnificamente”,
tipo de armadura”.“com primor”
“Existe poucoou
consenso quanto
quanto à correta tradução desse termo”, já
que ele é usado apenas duas vezes. “Em ambas as
ocorrências, esse termo é utilizado num contexto
que retrata a esplêndida aparência dos militares.
Uma tradução mais literal poderia ser esta:
‘trajados por completo’ ou ‘totalmente equipados’”.
[6] Ou seja, esses invasores contarão com o melhor
equipamento bélico disponível naqueles dias; eles
não estarão
estarão mal armados para o seu intento. Além
de estarem bem equipados, eles virão em grande
número para o ataque a Israel.
O texto diz que esse imponente exército possui
“pa
pavês
vês e escudo
escudo” (ARA) para se proteger. A palavra
hebraica traduzida por “pavês” (do heb., tsinnah) se
refere a “um escudo grande que protege o corpo
inteiro”[7],
inteiro”[7 ], enquanto o termo traduzido
traduzid o por
“escudo” (do heb., magen) diz respeito a um
“escudo menor ou broquel que o guerreiro maneja
para se defender”.[8] Esses equipamentos bélicos
exemplificam a excelente conc ondição
dição de armamento
armamento
que os invasores de Israel terão à sua disposição.
Keil assinala:
o escudo maior“Além das armas
e o escudo defensivas,
menor, eles a saber,
empunharão espadas na qualidade de armas
ofensivas”.[9] A palavra hebraica herev, traduzida
por “espada”, “pode designar dois armamentos: 1) a
adaga de dois gumes (i.e., fios) ou espada curta (Jz
3.16,21)
3.16 ,21);; e 2) a espada curva de um único fio
f io ou
espada longa”.[10] Uma vez que esses soldados
estarão montados em cavalos, faria mais sentido
supor que a espada descrita nesse texto seja a
espada longa, a qual já tem sido historicamente o
armamento predileto da cavalaria. A espada curta
não seria uma arma muito eficaz ao ser manejada
de cima de um cavalo. “O versículo demonstra que
Javé (do heb.,
he b., YHWH) está trazendo Gogue
totalmente armado”.[11] Quanto maior o oponente
maior a chance de que Israel reconheça que está
encalacrado numa situação humanamente
hum anamente
impossível. Uma situação impossível requer uma
intervenção divina. Assim, Deus será muito mais
glorificado quando destruir por completo os
invasores de Israel.

E QUANTO AOSconcepção
Os críticos da nossa ARMAMENTOS?
futurista de
interpretação dessa passagem aponta
ap ontam
m para o fato
de que o texto afirma que os invasores serão
cavaleiros nas suas montarias, os quais usam, como
armamento, espadas e lanças, “indicadores de uma

batalha antiga
preterista GarydaDeMar.
era pré-industrial”,[12]
p ré-industrial”,[12] insiste
insiste o
Sem lidar com outros
detalhes desse texto, DeMar afirma que essa
profecia já se cumpriu e fundamenta seu
argumento apenas nos tipos de arma mencionados
me ncionados
na passagem. “As armas são antantigas,
igas, porque a
batalha ocorreu na antigüidade”.[13]
antigüidade”.[13] Mas, eme m que
ocasião do passado tal profecia se cumpriu? DeMar,
aparentando um semblante sério, persiste em dizer
que ela se cumpriu nos dias de Ester.[14]

John
de vista Walvoord
bélico admite
moderno, o seguinte:
se guinte:
é evidente que “Do
são ponto
armamentos antiquados.
antiquados. Isso, certamente, gegera
ra um
problema”.[15] Entretanto, sem abandonar os
princípios da interpretação literal, Walvoord
sustenta que há uma solução para esse problema.
Ele alista estas três sugestões propostas: A primeira
é a de que Ezequiel faz uso de uma linguagem que
lhe era familiar – as armas que eram comumente
utilizadas na sua época – com o intuito de prever
armamentos modernos. O que ele está dizendo é
que quando esse exército vier, mostrar-se-á
totalmente equipado com armas de guerra. Tal

interpretação também
diz que eles [i.e., tem problemas.
os habitantes de Israel]Ousariam
texto nosas
hastes de madeira das lanças, os arcos e flechas,
como combustível para acender o fogo. Se essas
armas são símbolos, seria difícil acender fogo de
verdade com
c om algo simbólic
simbólicoo [...]
Umaa segunda solução sugere que essa batalha seria precedida por
Um
um acordo
seria de desarmamento
necessário entre as nações.
recorrer secretamente Seprimitivas
às armas esse for odecaso,
fácil
fabricação para que um ataque-surpresa
ataque-surpresa fosse concretizado. TTal
al
concepção permitiria que esse texto fosse interpretado de modo
literal.
Uma terceira solução se baseia na premissa de que o atual uso de
mísseis de guerra chegará a tal ponto de desenvolvimento naqueles
dias, que os mísseis rastrearão e se dirigirão contra qualquer
quantidade considerável de metal. Sob tais circunstâncias, seria
necessário abandonar o uso de armas de metal, substituindo-as por
armas de madeira, tal como está indicado no texto pelas armas
primitivas. Qualquer que seja a explicação, a interpretação mais
plausível é a de que a passagem se refira a armas reais, colocadas
em uso com urgência por causa das circunstâncias peculiares

daquele momento.[16]
NOTAS 1 RANDALL PRICE, COMENTÁRIOS NÃO
PUBLICADOS SOBRE AS PROFECIAS DE EZEQUIEL,
2007, P. 42.
2
Francis BROWN, S. R. DRIVER e C. A. BRIGGS, Hebrew and
English Lexicon
L exicon of estam ent, Lond
o f the Old Testament, Londres
res:: Oxford,
Oxfor d,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
3
G. Johannes BOTTERWECK e Helmer RINGGREN, orgs.,
Theological
Theologica
Rapids: l Dictionary
Eerdmans, of the
1980, Old T
p. 349. Testam
estamentent, vol. IV,
IV, Grand
Gr and
4
BOTTERWECK e RINGGREN, TDOT, vol. IV,IV, p. 353.
35 3.
5
Charles Lee FEINBERG, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:
Moody Press,
Press , 1969, p. 220-21.
6
R. Laird HARR
ARRIIS, Gleason L. ARCHER, Jr., e Bruce K. W AL TKE,
ALTKE
orgs. , Theologica
Theologicall Wordbook
Wordboo k of the Old Testam
Testamentent, 2
vols., Chicago: Moody Press, 1980, vol. 1, p. 442.
7
BROWN, DRIVER, e BRIGGS, Hebrew Lexicon, edição eletrônica.
8
BROWN, DRIVER, e BRIGGS, Hebrew Lexicon, edição eletrônica.
9
C. F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
Testament, traduzido por James Martin, reimpressão,
Grand Rapids: Eerdmans Publishing Company, 1982, p.
162.
10
G. Johannes BOTTERWECK e Helm H elmer er Ringgren,
Ringgren, orgs.,
or gs.,
Theologicall Dictionary of the Old T
Theologica Testam ent, vol. V, Grand
estament
Rapids: Eerdmans, 1986, p. 155.
11
John W. W EVERS, The New Century Bible Bible Commentary:
Comm entary:
Ezekiel, Grand Rapids: Eerdmans, 1969, p. 202.
12
Gary DEMAR, Last Days Madness:
M adness: Obsession of the
Modern Church, PowderPowder Springs,
Springs, GA:G A: American Vision,
Vis ion, p.
367.
13
Gary DEMAR, “Ezekiel’s Magog Invasion: Future or
Fulfilled?” Pub
Publicado
licado na revis
revista
ta Biblical Worldview
Magazine, vol. 22, edição de Dezembro de 2006, p. 6.
14
DEMAR, Last Days Madness, p. 368-69; 368- 69; veja tamb
também,
ém, Gary
DEMAR, End Times Fiction: A Biblical Cons Consideration
ideration of the
Left Behind Theolo gy, Nashv
Behind Theology Nas hvill
ille:
e: Thomas NeNelson,
lson, 2001, p.
12-15.
15
John F. W ALALVOO RD, The Nations in Prophecy , Grand Rapids:
VOORD
Zondervan, 1967,
1967 , p. 1
115.
15.
16
W AL
ALVOO
VOORDRD, The Nations, p. 115-
115-16.16.
8. EZEQUIEL 38.4

(CONT.) “FAR-TE-EI
QUE TE VOLVAS, POREI
NZÓIS NO TEU QUEIXO
QUEIXO
E TE LEVAREI A TI E
TODO O TEU EXÉRCITO,
CAVALOS E
CAVALEIROS, TODOS
VESTIDOS
RMAMENTODE
COMPLETO,
COMPL ETO, GRANDE
MULTIDÃO,
MULTI DÃO, COM PAVÊS
E ESCUDO,
EMPUNHANDO
ESPADA”. TODOS A

Ao continuarmos
continuarmos a analisar essa desc
descrição
rição do
armamento e do meio de transporte que Gogue e
seus aliados invasores usarão, temos de deixar o
próprio texto nos dizer o que significa. “O ataque
real das tropas russas é retratado numa
numa nítida
imagem”, declara William Hull, que ainda
descreve: “Tanques de guerra excelentes,
tran
transportes
sportes mecanizados
mec anizados de tropas, armas
poderosas e todo o equipamento bélico de última
geração se movem como uma onda avassaladora
que invade a terra”. Hull conclui dizendo:
“Ezequiel o retrata assim: ‘... montados todos a
cavalo... ’. Aqui, de novo, os estudiosos da Bíblia se
equivocam quando enfatizam aquilo em que
estarão montados, em vez de enfatizarem o fato de
que eles estarão montados”.[1] Randall Price
observa que alguns “consideram tais termos
‘profeticamente
‘profeticame nte anacrônicos’
anacrônicos’ (ou
fenomenológicos), já que Ezequiel não tinha
nenhum referencial para descrever armamentos
desta era futura”.[2] Esse é um ponto de vista que
outrora cheguei a defender, como mencionarei
mais adiante.
Gary DeMar faz uma crítica a tal abordagem
interpretativa, quando diz: “Se alguém como Tim
LaHaye for fiel à sua reivindicação de literalidade,
terá de admitir que aquele ataque russo,
reproduzido por ele e Jerry Jenkins na série
“Deixados Para Trás”, devia ser uma representação
literal dos elementos da batalha, tal como foram
retratados em
prossegue: Eze quiel
Ezequiel
“Como é que38Hitchcock,
e 39”.[3] DeMar
Ice e LaHaye
podem saber que isso era realmente o que o
Espírito Santo quis dizer, se o texto é
suficientemente claro em não apresentar nenhum
adereço moderno?”[4] Talvez o que vou dizer
surpreenda a alguns, mas creio que DeMar esteja
fundamentalmente certo
c erto ao nos criticar nesse
ponto, apesar de estar comprovadamente
equivocado acerca de tantos outros aspectos da
profecia registrada em Ezequiel 38 e 39.

A INTERP
INTERPRETAÇÃO
RETAÇÃO L
LITERAL
ITERAL
BERNARD RAMM, QUE NÃO
SERIA MUITO SIMPÁTICO À
NOSSA CONCEPÇÃO
CONCEPÇÃO DE
DE
INTERPRETAÇÃO DA
PROFECIA BÍBLICA, CITA
WEBSTER PARA
PARA DEFINIR
DEFINIR O
QUE VEM A SER LITERAL
NOS SEGUINTES
SEGUINTES TERMOS:
TERMOS: “É
A CONSTRUÇÃO
CONSTRUÇÃO E
IMPLICAÇÃO NATURAIS OU
HABITUAIS DE UM ESCRITO
OU EXPRESSÃO; AQUILO QUE
SEGUE O SENTIDO COMUM E
EVIDENTE DAS PALAVRAS; O
QUE NÃO É ALEGÓRICO OU
METAFÓRICO”.[5] C
METAFÓRICO”.[5] CHARLES
HARLES
RYRIE ELABORA UMA AMPLA
DEFINIÇÃO DO QUE VEM A
SER INTERPRETAÇÃO
LITERAL, ENUNCIANDO-A D
SEGUINTE FORMA: ISSO, ÀS
VEZES, É CHAMADO D DE
E
PRINCÍPIO HISTÓRICO-
GRAMATICAL DE
INTERPRETAÇÃO, JÁ QUE O
SIGNIFICADO DE CADA
PALAVRA É DETERMINADO
POR CONSIDERAÇÕES
GRAMATICAIS E
HISTÓRICAS. ESSE
PRINCÍPIO TAMBÉM PODE
SER DENOMINADO DE
INTERPRETAÇÃO NORMAL,
VISTO QUE
QUE O SIGNI
SIGNIFICADO
FICADO
LITERAL DAS PALAVRAS É O

ACESSO NORMAL
NORMAL
COMPREENSÃO EM PARA
PAR A SUA
TODAS AS
LÍNGUAS. TAMBÉM PODE SER
CHAMADO DE INTERPRETAÇÃO
CLARA E SIMPLES PARA QUE
NINGUÉM TENHA DE ACEITAR
A NOÇÃO EQUIVOCAD
EQUIVOCADAA DE
QUE O PRINCÍPIO DE
INTERPRETAÇÃO LITERAL
DESCONSIDERA AS FIGURAS
DE LINGUAGEM. TODOS OS
SÍMBOLOS, FIGURAS DE
LINGUAGEM E TIPOS SÃO
INTERPRETADOS DE FORMA
CLARA NESSE MÉTODO E
ELES, DE MODO NENHUM,
SÃO ANTAGÔNICOS À
INTERPRETAÇÃO LITERAL.
AFINAL DE
DE CONTAS
CONTAS,, A
PRÓPRIA EXISTÊNCIA DE
QUALQUER SENTIDO NUMA
FIGURA DE LINGUAGEM
DEPENDE DA REALIDADE DO
SIGNIFICADO LITERAL DOS
TERMOS RELACIONADOS. AS
FIGURAS MUITAS VEZES
TORNAM O SENTIDO MAIS
CLARO, GRAÇAS AO
SIGNIFICADO LITERAL,
NORMAL, SIMPLES E CLARO
QUE ELAS TRANSMITEM AO
LEITOR.[6]
O comentarista
literalista E. R. Craven
(assim chamado) assinala:
não é aquele queO nega o
fato de que a linguagem figurada e os símbolos são
usados em profecia. Também não é aquele que
nega a realidade de que grandiosas verdades
espirituais estão demonstradas
de monstradas nos
nos textos
proféticos; ele simplesmente mantém a postura de
que as profecias devem ser interpretadas de modo
normal (i.e., de acordo com as leis de linguagem
aprendidas) como qualquer outra declaração é
interpretada, ou seja, aquilo que é nitidamente
figurativo sendo considerado como tal”.[7]
David Cooper apresenta uma definição
clássica do princípio hermenêutico de interpretação
literal na sua “Regra Áurea de Interpretação”, que
diz: “Quando o sentido claro de um texto das
Escrituras se enquadra
e nquadra dentro do bom senso, não
procure outro sentido; portanto,
portanto, interprete cada
cad a
palavra em seu sentido simples, comum, habitual e
literal, a menos que os fatos do contexto imediato,
estudados à luz de passagens correlatas e de
verdades fundamentalmente
f undamentalmente óbvias, indiquem
nitidamente o contr
c ontrário”.[8
ário”.[8]] Em outras palavras,
precisa
qualquerhaver uma base
declaração literária
para que umano palavra
texto deou frase
não seja interpretada literalmente. Deixa-se o uso
da interpretação literal somente quando se pode
demonstrar que uma figura de linguagem ou uma
metáfora faz mais sentido em determinado
contexto do que o sentido simples, claro e literal.
Em suma, o dito de Cooper afirma que uma palavra
ou frase deve ser interpretada literalmente, a não
ser que haja
haj a uma razão no texto para interpretá-la
como uma figura de linguagem ou uma metáfora.
Mathew Waymeyer fornece uma regra prática
muito útil ao declarar: “Para que seja considerada
simbólica, a linguagem em questão precisa
apresentar: 1) algum grau de absurdez, quando
interpretada literalmente; e, 2) algum grau de
clareza, quando interpretada simbolicamente”.[9]
simbolicam ente”.[9]

O SIGNIFICADO LITERAL SE
OS TERMOS “EXÉRCITO”,
“CAVALOS E CAVALEIROS”,
“PAVÊS E ESCUDO” E
“ESPADA”, ENCONTRADOS
NESSE TEXTO,
TEXTO, NÃO PARECE
FIGURAS DE LINGUAGEM,
NEM SÍMBOLOS,
SÍMBOLOS, A

COERÊNCIA
EXIGE QUEINTERPRETATIV
TAL BATALHA
SEJA LUTADA COM ESSAS
ARMAS. ESSES
ESSES ARMA
ARMAMENTOS
MENTOS
DE GUERRA NÃO PODEM SER
INTERPRETADOS COMO
SÍMILES DE ARMAMENTOS
MODERNOS PORQUE NÃO
NÃO HÁ
INDICADORES TEXTUAIS DO
TIPO “COMO” OU
“SEMELHANTE A”. NÃO
PARECE HAVER NENHUMA
FIGURA DE LINGUAGEM QUE
DE VEZ EM QUANDO OCORRA
SEM O USO DE “COMO” OU
“SEMELHANTE A”. POR
EXEMPLO, JESUS DECLAROU:
“EU SOU A PORTA”, “EU SOU
O PÃO DA VIDA”, ETC.
EMBORA ESSAS EXPRESSÕES
EM SI E POR SI MESMAS
NÃO SEJAM
SEJAM FIGURA
FIGURAS
S DE
LINGUAGEM, FICA CLARO,
NOS SEUS RESPECTIV
RESPECTIVOS
OS
CONTEXTOS, QUE JESUS AS
USAVA METAFORICAMENTE.
CONTUDO, NÃO HÁ NADA NO
CONTEXTO DE EZEQUIEL 38
QUE APONTE PARA O FATO
DE O PROFETA EZEQUIEL
PREVER ARMAMENTOS
MODERNOS,
MODERNOS , AINDA Q
QUE
UE USE
UMA TERMINOLOGIA
CONHECIDA DE SUA ÉPOCA.
Durante a el
Durante elabora
aboração
ção desta série sobre
Ezequiel 38 e 39, enquanto refletia de forma mais
crítica sobre a interpretação literal e sua relação
com essa passagem, passei a discordar da afirmação
que eu e Mark Hitchcock fizemos, quando
dissemos o seguinte: “Ezequiel se expressou numa
linguagem que as pessoas do seu tempo podiam
entender.
enten der. Se ele tivesse falado de aviões de caça
MIG-29, de mísseis disparados a laser, de tanques
de guerra e de fuzis de assalto, esse texto não faria o
menor sentido até a chegada do século vinte”.[10]
Sou forçado a concordar com DeMar
De Mar quando diz:
“É preciso forçar demais a leitura e interpretação da
Bíblia para fazer com que o texto de Ezequiel 38 e
39 se encaixe dentro das realidades militares atuais
que incluem aviões
armamentos a jato, mísseis,
atômicos”.[11
atômicos”.[11]] Apesarexplosivos e
de crer que
DeMar esteja certo nessa afirmação, isso não
significa que sua conclusão esteja correta. Ele
declara:
decl ara: “As armas são antigas porque
porque a batalha
ocorreu na antigüidade”.[12]
antigüidade”.[12] De ffato
ato esses
armamentos eram usados na antigüidade, mas
alguns deles são usados até hoje. Além disso,
DeMar ignora muitos fatos textuais ou não
interpreta literalmente aquelas expressões
cronológicas como “depois de muitos dias” (Ez
38.8), sobretudo, “no fim dos anos” (Ez 38.8) e “nonoss
últimos dias” (Ez 38.16)
38.16),, expressões
exp ressões estas que
consideraremos mais adiante em nossa análise.
Creio que o intérprete futurista Paul Lee Tan
colocou muito bem a questão nos seguintes termos:
Algumas profecias, quando descrevem batalhas
escatológicas, predizem que os armamentos
utilizados nesses combates serão arcos e flechas,
bigas e cavalos, além de lanças e escudos. Seria o
caso de interpretá-las literalmente? Se formos
rigorosamente fiéis ao cenário próprio do estilo
profético, temos de considerar que essas armas são
as mesmas a serem
escatológico. usadas
Elas não no ser
podem contexto
equiparadas aos
dispositivos bélicos modernos que são muito
diferentes, a exemplo da bomba-H ou dos aviões a
ato supersônicos. O interessante
interessante é que os
equipamentos bélicos referidos na profecia, apesar
de existirem há séculos, não se tornaram obsoletos.
O cavalo, por exemplo, ainda é usado como arma
de guerra em certos tipos de terreno.[13]
Sem ter a pretensão de ser dogmático nessa
questão, creio que a concepção que mais faz sentido
é a que ouvi do pastor Charles Clough,[14] numa
aula gravada em fita cassete por volta do fim da
décadaa de 1960 ou no início
décad início da ddécada
écada de
d e 1970
1970.. Na
época, Clough era um meteorologista capacitado e
experiente que sustentava a concepção de que os
acontecimentos do período da Tribulação
poderiam danificar os modernos sistemas de
armamento a ponto de torná-los
torná-los inoperantes. Mais
tarde, Clough trabalhou
trabalhou por quase 25 anos como
meteorologista do exército dos Estados Unidos,
onde pesquisou o impacto das condições
atmosféricas sobre os sistemas de armamento. Ele
ainda defendeo aquela
Price explica mesma
seguinte: concepção
Entretanto, se asaté hoje.
condições
ou o local do combate impedirem o uso de uma
tecnologia bélica mais avançada, não há nenhuma
razão pela qual essas armas rudimentares não
possam ser usadas numa batalha futura. Os
combates que são travados em certos terrenos
acidentados do Oriente Médio, a exemplo da região
montanhosa
montan hosa do Afeganistão
A feganistão (cf., Ez 39.2
39.2-4),
-4), têm
obrigado exércitos da atualidade a usarem cavalos;
outrossim, arcos e flechas continuam a ser
utilizados em vários campos de combate. Além
disso, se a batalha ocorrerá no período da
Tribulação, as condições preditas para esse
momento da história, tais como atividade sísmica,
chuvas de meteoro, aumento dos efeitos solares,
entre outras catástrofes
catástrofes cósmic
cósmicas
as e terrestres
(Mateus 24.7; Apocalipse 6.12-14; 8.7-12; 16.8-9,18-
21), poderiam causar tantos transtornos ambientais
que a tecnologia atual (dependente da orientação
por satélite, de sistemas computadorizados e de
estabilidade meteorológica) falharia por completo.
Em tais condições, a maioria de nossas armas
modernas seria inútil e De
teriam de substituí-las. armas mais rudimentares
qualquer forma, não há
nenhuma razão para relegar esse texto ao passado,
com base num suposto anacronismo de linguagem.
[15]
NOTAS WILLIAM L. H ULL , ISRAEL: KEY TO
1

PROPHECY, GRAND RAPIDS: ZONDERVAN, 1957, P.


35-36 (A ÊNFASE É DO AUTOR ORIGINAL).
2
Ra ndalll PRICE, Comentários não publicados das profecias de
Randal
Ezequiel,
Ezequ iel, 2007,
2007 , p. 42.
3
Gary DEMAR, “Ezekiel’
“Ezekiel’ss Magog
M agog Invasion:
Invas ion: Future or
Fulfilled?”, publ
publica
icado
do na revis
revista
ta Biblical Worldview
Magazine, vol. 22, edição de Dezembro de 2006, p. 4.
4
DEMAR, “Ezekiel’s Magog Invasion,”, p. p. 6 (a ênfase
ênfas e em
itálico é do autor original).
5
Bernard RAMM, Protestant Biblical Interpretation, 3ª Ed,
Grand
Gra nd Rapids: Baker, 1970
1970,, p. 119.
119.
6
Charles C. RYRIE, Dispensationalism, Chicago: Moody,
(1965),
(1965 ), 1995, p. 80-81 (a ênfas
ênfase e em itálico
itálico é do autor
autor
original).
7
E. R. CRAVEN e J. P. LANG
ANGEE, orgs. Comm
Commentary
entary on the
the Holy
Scriptures: Revelation, Nova York: Sc Scribner,
ribner, 1872, p. 98 (a
(a
ênfase em itálico é do autor original).
8
David L. COOPER, The World ‘s Greatest Library Graphically
Illustrated, Los Angeles: Biblical Research Society, (1942),
1970, p. 11.
9
Matthew W AAYYMEYER
MEYER, Revelation 20 and the Millennia
M illenniall
Debate, The Woodlands, TX: Kress Christian Publications,
2004, p. 50 (a( a ênfas
ênfasee em itálico
itálico é do autor
autor origin
or iginal).
al).
10
Mark HITCHCOCK and Thomas ICE, The Truth Behind Left
Behind: A Biblical Tim es, Sisters, OR:
Biblical View of the End Times
Multnom
Mul tnomahah Press,
Pres s, 22004,
004, p. 47.
47 .
11
DEMAR, “Ezekiel’s Magog Invasion”, p. 4.
12
DEMAR, “Ezekiel’s Magog Invasion”, p. 6.
13
Paul Lee TAN, The Interpretation of Prophecy, Winona
Lake, IN: Assurance Publishers, 1974, p. 223.
14
Naquela época, Charles A. C LOUGH era pastor da Lubbock
Bible Church na cidade de Lubbock, Texas, EUA.
15
PRICE, Com
Co mentários não publicados
publicados de Ezequiel
Ezequiel,, p. 42.
9. EZEQUIEL 38.5-6

“...persas e etíopes e Pute com eles, todos com


escudo e capacete; Gômer e todas as suas tropas;
a casa de Togarma, do lado do Norte, e todas as
suas tropas, muitos povos contigo”.

Os versículos 5 e 6 completam a relação de


aliados que atacarão Israel sob a liderança
lide rança de
Gogue. A identidade do primeiro aliado parece
estar muito clara, já que seu antigo nome é
amplamente conhecido ao longo da história, até
mesmo nosdadias
habitantes
habitan tes atuais.
antiga Os “epersa
Pérsia persass” eram
constit uem aosmaioria
c onstituem
populacional do país que atualmente se denomina
Irã. O consenso entre os intérpretes futuristas da
profecia bíblica converge para o fato de que a Pérsia
histórica corresponde inequivocamente ao Irã da
atualidade. Mark Hitchcock comenta o seguinte:
“O nome Pérsia, escrito
esc rito nos anais
anais de toda a história
h istória
pe lo nome Irã, um termo de
antiga, foi substituído pelo
antiga,
uso estrangeiro, em março de 1935”[1
1935”[1].
].

IRÃ E RÚSSIA QUALQUER


PESSOA QUE VEM
ACOMPANHANDO
ACOMPANHA NDO O
NOTICIÁRIO
NOTICIÁR IO DESSES
ÚLTIMOS ANOS ESTÁ CIENTE
DA RELAÇÃO AMISTOSA E
CORDIAL QUE A RÚSSIA E O
IRÃ TÊM MANTIDO. A
RÚSSIA SE TORNOU A
FORNECEDORA DE MUITOS
DOS ELEMENTOS QUE O IRÃ
PRECISA PARA DESENVOLVER
SUA BOMBA NUCLEAR. É
EVIDENTE QUE O IRÃ
ALMEJA CONTROLAR
CONTROLAR TODO O
ORIENTE MÉDIO PARA QUE
POSSA PROPAGAR SUA
CONCEPÇÃO ISLÂMICA E
CONSIGA ALCANÇAR SEU
OBJETIVO DE UNIFICAR O
MUNDO MUÇULMANO
MUÇULMANO SOB
SOB O

GOVERNO DE
AUTORIDA DE,UMA
AUTORIDADE, ÚNICA
UM L
LÍDER
ÍDER
IRANIANO. EM VÁRIAS
OCASIÕES, TODOS PUDERAM
OUVIR O EX-PRESIDENTE
IRANIANO, MAHMOUD
AHMADINEJAD,
AHMADINEJ AD, DECLARAR
DECLARAR
SEU DESEJO DE FAZER
ISRAEL SUMIR DO MAPA.
NOS ÚLTIMOS
ÚLTIMOS QUINZE
QUINZE ANOS,
TODOS OS GOVERNOS
ISRAELENSES AFIRMARAM
REITERADAMENTE QUE O IR
É A MAIOR AMEAÇA A
ISRAEL. HOJE EM DIA,
MUITOS SE
SE PERGUN
PERGUNTAM
TAM

SOBRE A POSSIBILIDADE
ISRAEL SER FORÇADO ADE
AGIR PREVENTIVAME
PREVENTIVAMENTE,
NTE,
TALVEZ COM A COOPERAÇÃO
DOS ESTADOS UNIDOS, PAR
ELIMINAR O POTENCIAL
NUCLEAR DO IRÃ ANTES
ANTES QUE
ESSE PROJETO CHEGUE AO
SEU OBJETIVO CONCRETO DE
PRODUZIR ARMAS
NUCLEARES. A RESPOSTA
NUCLEARES. RESPOSTA
CERTA A ESSA INDAGAÇÃO
AINDA PERMANECE
PERMANECE
DESCONHECIDA E É POUCO
PROVÁVEL QUE ALGUM DOS
NOVOS PRESIDENTES
PRESIDENTES QUEIR

SE ENVOLVER
EMPREITADA NUMA
DESSAS.
Há uma grande probabilidade de que o Irã seja
o aliado-chave da Rússia, quando esta comandar o
ataque de invasão a Israel nos últimos dias. Talvez o
Irã se aproveite dessa nova postura belicosa que o
presidente russo Vladimir Putin demonstra para
com os países do Ocidente, especialmente em
relação ao Estados Unidos. Independente do modo
pelo qual esses acontecimentos se desdobrem no
futuro, uma coisa é certa: os russos e o Irã
desenvolvem no presente momento aquele tipo de
relação que pode facilmente culminar na iniciativa
de invadir Israel, tal como o profeta Ezequiel
predisse.[2]

ETIÓPIA A VERSÃO DA
BÍBLIA QUE COSTUMO USAR
NA LÍNGUA
LÍNGUA INGLESA,
INGLESA, TH
THEE
NEW AMERICAN STANDARD
BIBLE, TRADUZ O TERMO
HEBRAICO CUSH POR
ETIÓPIA. MUITAS
TRADUÇÕES DA BÍBLIA EM
INGLÊS APENAS
TRANSLITERARAM O
VOCÁBULO ORIGINAL PELO
TERMO “CUSH” [N. DO T.:
A EXEMPLO
EXEMPLO DA ANT
ANTIGA
IGA
TRADUÇÃO BRASILEIRA QUE
TRANSLITEROU A PALAVRA
ORIGINAL PELO TERMO
“CUS”]. O VOCÁBULO CUSH
OCORRE 29 VEZES NA
BÍBLIA HEBRAICA.[3] O
TEXTO DE GÊNESIS 2.13
MENCIONA UM TERRITÓRIO
TERRITÓRIO

ANTEDILUVIANO
ANTEDILU
DENOMINAVA VIANO
CUXE.QU
QUE
E TRÊS
AS SE
OCORRÊNCIAS DESSE TERMO
NA TABELA DAS NAÇÕES
[CF., GN 10] SE REFEREM
A CUXE QUE
QUE ERA
DESCENDENTE DE CAM. A
MAIORIA DAS OUTRAS
OUTRAS
OCORRÊNCIAS SE ENCONTRA
NOS LIVROS
LIVROS DE ISAÍAS
ISAÍAS E
EZEQUIEL (13 VEZES),
REFERINDO-SE À MESMA
REGIÃO MENCIONADA NO
TEXTO DE EZEQUIEL 28.5.
UM DICIONÁRIO LÉXICO DE
HEBRAICO AFIRMA QUE O

TERMO CUSHS DIZ


ÀS “TERRAS
“TERRA RESPEITO
DO NILO,
NIL O, AO
SUL DO EGITO, IMPLICANDO
A NÚBIA E O NORT
NORTE E DO
SUDÃO, O PAÍS QUE É
BANHADO PELO SUL DO MAR
VERMELHO”.[4]
VERMELHO ”.[4]
Outro dicionário
dicionário dec lara que Cush “se refere à
declara
região imediatamente ao sul e a leste do Egito,
incluindo a atual Núbia, o Sudão e a Etiópia dos
escritores clássicos”.[5]
localiza claramente Dessa forma,
o território a Bíblia
de Cuxe ao sul do
Egito, onde se encontra a atual nação do Sudão.
Hoje em dia, o Sudão é um dos países
muçulmanos mais nação
comenta: “A atual militantes do mundo.
do Sudão Hitchcock
é um dos únicos
três países islâmicos no mundo inteiro que mantêm
um governo muçulmano militante”.[6] Eu fiquei
surpreso ao saber que “o Sudão é o país de maior
extensão territorial
territorial do
d o continente
continente africano e que
possui uma população de 26 milhões de
habitantes”.
habitan tes”. É interessante
interessante observar que o Irã e o
Sudão se tornaram aliados muito
mu ito próximos nos
últimos vinte anos. Esses dois países celebraram
acordos comerciais, fizeram alianças militares e o
Irã ainda coordena bases de treinamento terrorista
terrorista
no território sudanês.[7] O Sudão foi o país que
protegeu
1991 e abrigou
a 1996, Osama
Osama
antes que Bin Laden
ele fosse para ono período de
de
Afeganistão.
[8] Se
Se tomarmos por base esse alinhamento
al inhamento de
nações que vemos
vem os nos dias atuais, não seria
surpresa nenhuma conjecturar que o Sudão será
um aliado que vem do sul para invadir a terra de
Israel nos últimos dias, junto com a Rússia, o Irã e
outros povos.
PUTE PUTE É OUTRA
TRANSLITERAÇÃO DO TERMO
ORIGINAL HEBRAICO E
OCORRE APENAS SETE VEZES
NO ANTIGO
ANTIGO TESTAMENTO.[9]
TESTAMENTO.[9]
POR DUAS VEZES É USADO
NO REGIS
REGISTRO
TRO GENEA
GENEALÓGICO
LÓGICO
PARA SE REFERIR AO FATO
DE QUE PUTE É UM DOS
DESCENDENTES DE CAM (GN
10.6; 1CR 1.8). NAS
OUTRAS CINCO
OCORRÊNCIAS, ESSE NOME É
USADO PELOS PROFETAS
PARA SE REFERIREM A PUTE
COMO UMA NAÇÃO,
GERALMENTE NO CONTEXTO
MILITAR, A EXEMPLO
EXEMPLO DO
QUE ENCONTRAMOS NO TEXTO
DE EZEQUIEL 38. UM
DICIONÁRIO LÉXICO
HEBRAICO AFIRMA: “É

PROVÁVEL
MESMO QUEQUE NÃO MAS
PUTE, SEJASEO
REFIRA À LÍBIA”.[10]
“PARECE QUE DESDE A
ÉPOCA EM QUE FOI ESCRIT
A ANTIGA CRÔNICA DA
BABILÔNIA, ‘PUTU’ ERA
UMA TERRA ‘LONGÍNQUA’,
SITUADA A OESTE DO
EGITO, A QUAL NA
ATUALIDADE
ATUALIDADE
CORRESPONDERIA À LÍBIA”.
[11] “NA OCASIÃO DESSA
INVASÃO”, ASSINALA
RANDALL PRICE, “ESSES
PAÍSES ESTARÃO NA

COMPANHIA
NAÇÕES DEEZ
(CF.,
(CF., OUTRAS
38.5)
38.5)
QUE REPRESENTAM AS
OUTRAS TRÊS DIREÇÕES DA
BÚSSOLA, A SABER: A
PÉRSIA (O ATUAL IRÃ) QUE
VEM DO LESTE;
LESTE; CUXE
CUXE (O
NORTE DO SUDÃO) QQUE
UE VEM
DO SUL; E PUTE (A ATUAL
LÍBIA) QUE VEM DO
OESTE”.[12]
Tal como o Irã e o Sudão, a Líbia é um país
islâmico radical, que, até pouco tempo, foi
comandado por um ditador, o coronel Muamar
Kadafi. Semelhante
Semel hante ao Irã, Kadafi tent
tentou
ou
desenvolver armas nucleares no passado, mas
alegava que já tinha abandon
abandonado
ado suas tentativas de
produzi-las. Hitchcock faz a seguinte observação:
“A nação da Líbia
de terrorismo e detem sido uma
problemas fonte
tanto inin
ininterrupta
para o terrupta
Ocidente
quantoo para Israel. Certamente
quant Ce rtamente a Líbia não perderia
a oportunidade de unir forças com o Sudão, o Irã, a
Turquia e com as repúblicas muçulmanas da
extinta União
União Soviética para eesmagar
smagar o Estado
Judeu”.[13]

EQUIPADOS PARA MATAR O


VERSÍCULO
VERSÍCUL O 5 TERMI
TERMINA
NA COM
ESTA DECLARAÇÃO:
“...TODOS COM ESCUDO E
CAPACETE”. JÁ
ERIFICAMOS NO VERSÍCULO
4 QUE A PALAVRA HEBRAIC
TSINNÁ, TRADUZIDA POR
“PAVÊS” [ARA] OU POR
“ESCUDO” [ARC], REFERE-
SE A “UM GRANDE ESCUDO

QUE PROTEGE O CORPO


INTEIRO”.[14] NO
VERSÍCULO
VERSÍCUL O 4 ESTÁ
ESCRITO: “...GRANDE
MULTIDÃ
MULTIDÃO
O, COM PAVÊS E
ESCUDO...”, PORÉM O
VERSÍCULO 5 AFIR
VERSÍCULO AFIRMA:
MA:
“...COM ESCUDO E
CAPACETE...”. O TERMO
HEBRAICO KOBÁ SE REFERE
A UM “CAPACETE”
“CAPACETE” QUE
GERALMENTE ERA FEITO DE
BRONZE.[15] TODAS AS
SEIS[16] OCORRÊNCIAS
DESSE VOCÁBULO NO ANTIGO
TESTAMENTO HEBRAICO

DENOTAM UM POR
ETAL USADO CAPACETE DE
SOLDADOS
PARA SE PROTEGEREM NUM
CONFRONTO MILITAR.
ASSIM, ESSE
ESSE TEXTO
DESTACA O FATO DE QUE
“TODOS” OS INVASORES,
PORTANDO ARMAMENTOS
BÉLICOS, ESTARÃO BEM
EQUIPADOS PARA SUA
INVASÃO À TERRA DE
ISRAEL. PRICE DIZ QUE
ESSA PASSAGEM BÍBLICA
RETRATA UM CENÁRIO NO
QUAL “ISRAEL SE
ENCONTRARÁ INDEFESO,

‘CERCADO’
POR TODOS OSDELADOS”.[17]
INIMIGOS
GÔMER O NOME GÔMER, QUE
É UMA TRANSLITERAÇÃO DO
VOCÁBULO ORIGINAL,
OCORRE CINCO VEZES NO
ANTIGO TESTAMENTO
TESTAMENTO
HEBRAICO,[18] SEM CONTAR
AQUELAS OCORRÊNCI
OCORRÊNCIAS
AS QUE
DESIGNAM A ESPOSA
TEIMOSA E INFIEL DO
PROFETA OSÉIAS. COM
EXCEÇÃO DO USO FEITO
PELO PROFETA EZEQUIEL,
TODOS OS DEMAIS USOS DO
NOME GÔMER
GÔMER SE ENC
ENCONTRAM
ONTRAM

NOS REGISTROS
REGISTROS
GENEALÓGICOS (CF., GN
10.2-3; 1CR 1.5-6). NA
“TABELA DAS NAÇÕES” (GN
10.2; 1CR 1.5), GÔMER É
MENCIONADO COMO UM
MENCIONADO UM DOS
FILHOS DE JAFÉ. A
QUESTÃO É A SEGUINTE:
ONDE OS DESCENDENTES DE
GÔMER RESIDEM NOS DIAS
ATUAIS? “SEUS
DESCENDENTES SÃO
NORMALMENTE
NORMALME NTE
IDENTIFICADOS COMO
CIMÉRIOS, UM POVO QUE
SOBE AO PALCO DA

HISTÓRIA
A.C., NO SÉCULODOVIII
ORIUNDO
ORIUNDO
TERRITÓRIO SITUADO AO
NORTE DO MAR NEGR
NEGRO”.[19]
O”.[19]
JON RUTHVEN ELABOROU UM
MAPA QUE LOCALIZA GÔMER
E SEUS DESCENDENTES COMO
UM POVO QUE SE
ESTABELECEU NA REGIÃO AO
NORTE DOS
DOS MARES N
NEGRO
EGRO E
CÁSPIO.[20] TODAVIA, OS
DESCENDENTES DE GÔMER
FORAM EXPULSOS DESSA
REGIÃO E SE DIRIGIRAM
PARA “...O TERRITÓRIO D
CAPADÓCIA, QUE

TUALMENTE
REGIÃO CORRESPONDE
CENTRAL E CENTRO-
NORTE DA TURQUIA. O
HISTORIADOR JOSEFO
REFERIU-SE AO POVO DA
GALÁCIA COMO
DESCENDENTES DE GÔMER.
ELE AFIRMOU QUE O POVO
QUEM OS GREGOS CHAMAVAM
DE GÁLATAS ERAM OS
GOMERITAS”.[21] HOJE EM
DIA, ESSES “GOMERITAS”
VIVEM NA PARTE CENTRO-
CENTRO-
OESTE DA TURQUIA.
PORTANTO, OS
DESCENDENTES DE GÔMER,

JUNTAMENTE
OUTROS POVOSCOM
QUEALGUNS
AINDA
TEMOS DE CONSIDERAR,
APONTAM PARA
PARA O FATO
FATO DE
QUE A ATUAL TURQUIA SE
TORNARÁ UM DOS ALIADOS
QUE INVADIRÃO A TERRA DE
ISRAEL.
O texto bíblico afirma: “...Gômer e todas as
suas tropas...”. A partir de declarações
anteriormente feitas nessa profecia, já estava claro
que muitas nações sobrevirão contra Israel
Israel e, neste
ponto, fica evidente que os descendentes de Gômer
farão parte dessa
de ssa aliança invasora. Maranat
Maranata!
a!
NOTAS 1
MARK HITCHCOCK, AFTE
AFTER
R THE EMPIRE:
EMPIRE: BIBLE
BIBLE
PROPHECY IN LIGHT OF THE FALL OF THE SOVIET
UNION, WHEATON, IL: TYNDALE HOUSE
PUBLISHERS, 1994, P. 72.
2
Para ter acesso
aces so a dois livros
livros mais recent
rec entes
es que enfoc
enfocam
am os
aconteciment
acontecim entos
os atuais
atuais na sua relação com a invasão
imposta
imposta por Gogu
Go guee e Magogu
Magogue, e, veja: Mar
Markk HITCHCOCK, Iran
The Coming
Com ing Crisis: Radical Islam, Oil, And The Nuclear
Threat, Sisters,
Sister s, OR
OR:: Mul
Multnom
tnomah,
ah, 2006;
2006 ; bem como, Joel
Jo el C.
ROSENBERG, Epicent
Epicenter:
er: Why The Current
C urrent Rumblings in The
Middle
Midd Your Future, Carol Stream, IL:
le East Will Change Your
Tyndale
Tyndale Ho
House
use Publishers
Publishers,, 2006.
20 06.
3
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance
4
Ludwig KOEHLER e Wal
Wa lter BAUMG
AUMGART NER, The Hebrew and
ARTNER
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament, eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
5
R. Laird HARR
ARRIIS, Gleason L. ARCHER, Jr., e Bruce K. W ALTKE,
ALTKE
organizadores, Theological Wordbook of the Old
Testament, 2 vols., Chicago: Moody Press, 1980, vol. 1, p.
435.
6
HITCHCOCK, Aft er The Empire, p. 79. Pelo menos essa era a
After
situação em 1994.
7
HITCHCOCK, Aft er The Empire, p. 79-83.
After
H ,
8 ITCHCOCK Iran The Coming Crisis
, p. 185.
9
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance
10
KOEHLER e BAUMG
AUMGARTNER, The Hebrew Lexicon, versão
ARTNER

11
Heletrônica.
ITCHCOCK , Iran The Coming Crisis, p. 185.
12
Randal
Ra ndalll PRICE, “Ezekiel”, publicado no The Popular Bible
Prophecy Commentary:
Comm entary: Understanding
Understanding the Meaning of
Every Prophetic Passage, organizado por Tim LAHAY
AYE e Ed
HINDSON, Eugene, OR: Harvest House Publishers, 2006, p.
191.
13
HITCHCOCK , After The Empire, p. 85-86
After 85-86..
14
Francis B ROWN, S. R. DRIVER, e C. A. BRIGGS, Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
15
BROWN, DRIVER, e BRIGGS, Hebrew Lexicon, edição eletrônica.
eletrônica.
16
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance
17
PRICE, “Ezekiel”, p. 191.
18
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance
19
HARR
ARRIIS, ARCHER, e WAL TKE, Theological Wordbook, vol. 1, p.
ALTKE
168.
20
Jon Mark RUTHVEN, The Prophecy That Is Shaping
Shaping Histo
History:
ry:
New Research on Ezekiel’s Vision of the End, Fairfax, VA:
Xulon Press, 2003, p. 81.
21
HITCHCOCK , Aft er The Empire, p. 62.
After
10. EZEQUIEL 38.6

“Gômer e todas as suas tropas; a casa de


Togarma, do lado do Norte, e todas as suas
tropas, muitos povos contigo”.

Ainda existe uma última etnia alistada entre


aquelas que, junto com Gogue, marcharão para
atacar Israel. A última relacionada nesse texto é
Beth-Togarmah.

BETH-TOGARMAH OU “CASA
DE TOGARMA”
Beth-Togarmah é a transliteração
transliteração inglesa de
duas palavras do texto original hebraico. Beth é o
te xto original
termo hebraico normalmente utilizado para
designar “casa” ou “lugar de” e ocorre mais de duas
mil vezes na Bíblia Hebraica.[1] Togarmah é um
substantivo
substantivo que ocorre 4 vezes
vez es na Bíblia He
Hebraica.
braica.
[2] O nome Togarma é usado por duas vezes no
registro genealógico para se referir a um dos filhos
de Gômer (Gn 10.3; 1Cr 1.6). As duas outras
ocorrências desse termo se encontram em Ezequiel
(Ez 27.14; 38.6). O prefixo hebraico Beth só é usado
nessas duas ocorrências em Ezequiel para formar o
termo composto que se traduz por “casa de
Togarma”. O texto de Ezequiel 27.14 se refere ao
comércio desenvolvido por esse povo quando diz:
“Os da casa de Togarma, em troca das tuas
mercadorias, davam cavalos, ginetes e mulos”. Na
verdade, “Heródoto a menciona [i.e., Togarma]
pela fama de seus cavalos e mulas”.[3]
Mark Hitchcock comenta o seguinte: “A
maioria dos estudiosos da Bíblia
B íblia e da
d a história an
antiga
tiga
relaciona a Togarmaum
Hitita de Tegarma, bíblica com a antiga
importante centrocidade
urbano
situado no leste da
d a Capadócia (atual Turquia)”.[4]
Jon Mark Ruthven concorda, ao declarar:
“Indivíduos da ‘casa de Togarma’ podem ter feito
parte dos dois grandes movimentos
m ovimentos migratórios
afetitas em direção ao extremo norte, ocorridos
respectivamente no segundo e primeiro milênios
a.C., e podem ter sido incorporados à matriz
populacional das atuais Rússia e Turquia”.[5]
Hitchcock traça o movimento migratório de
Togarma da seguinte forma: Togarma era o nome
tanto de um distrito quanto de uma cidade
localizada na fronteira de Tubal, a leste da
Capadócia. Togarma ficou conhecida na história
por diferentes designativos, tais como: Tegarma,
Tagarma e Takarama.
T akarama. Os ant
antigos
igos assírios se
referiram a essa cidade pelo
referiram pel o nome de TTil-gari
il-garimmu.
mmu.
Um dos mapas da The Cambridge Ancient History
situa Til-garimmu na fronteira nordeste de Tubal, a
saber, na região nordeste
nordeste da atual Turquia.
T urquia.
Gesenius, o erudito em língua hebraica, identificou
Togarma como uma nação do norte, onde cavalos e
mulas são abundantes, localizada
localiz ada na ant
antiga
iga
Armênia. O antigo território da Armênia situa-se
atualmente dentro dos limites territoriais da
Turquia.[6]
Hitchcock conclui: “Contudo, ainda que os
eruditos demonstrem uma leve divergência quanto
à localização exata da antiga Togarma, eles sempre
a identificam como uma cidade ou um distrito que
se situava dentro
d entro do território na
nacional
cional da T
Turquia
urquia
dos dias
di as atuais”.[7]

É interessante
nação árabe observar que não há nenhuma
árabe entre as nações que se aliarão à Rússia
para invadir Israel. Entretanto,
Entretanto, todos esses
e sses aliados
aliad os
da Rússia são países islâmicos ou muçulmanos. O
Irã não é uma nação árabe;
árabe; ppelo
elo contrário,
contrário, os
iranianos são persas.

“...DO LADO DO NORTE...


A passagem bíblica afirma que “a casa de
Togarma” vem “...do lado do norte...”. Essa frase se
compõe de duas palavras no original hebraico. A
palavra traduzida por “norte” significa exatamente
isso, ao passo que a palavra traduzida pela
expressão “do lado do” comunica a idéia de
“extremo”, “região
“re gião longín
longínqua”
qua” ou parte mais
distante de qualquer referencial mencionado no
contexto.[8]] A associação dessas duas
contexto.[8 du as palavras na
mesma frase ocorre por cinco vezes na Bíblia
Hebraica (Sl 48.3; Is 14.13; Ez 38.6,15; 39.2). Sua
ocorrência em Isaías se encontra n
numa
uma das cinco
c inco
afirmações futuras de Satan
Satanás
ás na ocasião de sua

rebelião contra Deus “Tu dizias no teu coração: Eu


subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o
meu trono e no monte da congregação me assentarei,
nas extremidades do Norte”. O salmista declara o
seguinte sobre Jerusalém: “Seu santo monte, belo e
sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte Sião,
ara os lados do Norte, a cidade do grande Rei ”. O
monte Sião ficava no limite norte
norte da antiga
Jerusalém. Os outros três usos dessa associação de
palavras se encont
e ncontram
ram nos capítulos 38 e 39 de
Ezequiel. As outras duas ocorrências em Ezequiel
38 e 39 se referem a Gogue nos seguintes termos:
“Virás, pois, do teu lugar, dos lados do Norte, tu e
muitos povos contigo, montados todos a cavalo,
rande
ran de multidã
multidãoo e poderoso eexército
xército” (Ez 38.15);
“Fa
Far-te-ei
r-te-ei qu
quee te volvas e te conduzirei,
conduzirei, far-te-ei sub
subir
ir
dos lados do Norte e te trarei aos montes de Israel ”
(Ez 39.2).
39.2). Por isso, o texto menciona
m enciona que a “casa de
Togarma” (i.e., Beth-Togarmah) vem das partes
remotas do norte, assim como Gogue, que é a
Rússia dos dias atuais, também virá dessa região.
Hitchcock levanta a seguinte questão: “Se a Rússia é
o ponto geográfico mais distante ao norte
norte de Israel,
será que essa afirmação significa que Togarma
procederá da extinta União Soviética?”. Ele mesmo
responde à sua indagação: “A resposta a essa
pergunta é não. Forçar uma localização geográfica
para Togarma que seja totalmente incoerente com
o testemunho claro
cl aro da história antiga
antiga seria uma
grave distorção das evidências. Além do mais, a
Turquia da atualidade se encaixa nitidamente na
descrição que o texto faz porque se localiza no
extremo norte da Terra Prometida”.[9]
“...E TODAS AS SUAS
TROPAS...”
A última parte do versículo 6 afirma que a casa
de Togarma virá das bandas do norte
norte com “...todas
as suas tropas, muitos povos contigo”. O vocábulo
hebraico traduzido por “tropas” é usado por seis
vezess no Antigo
veze Antigo Testame
Testamento
nto Hebraico e todas as
suas ocorrências se encontram no livro de Ezequiel
(Ez 12.14; 17.21; 38.6,9,22; 39.4).[10] Com exceção
de dois usos dessa palavra, todas as demais
ocorrências aparecem em Ezequiel 38 e 39. Alguns
eruditos declaram que esse vocábulo diz respeito a

uma “asa” ou um “parâmetro”,[11] porém nesses


contextos citados o termo se refere nitidamente a
tropas militares. Alguns sugerem que essa palavra
pode ter
te r a conotação de tropas no flanco ou nas alas
de uma unidade militar e seria uma expressão
idiomática hebraica
he braica para designar todo o
contingente do exército de algum povo ou de
alguém. O ponto relevante é que se alguém leva
suas tropas a se posicionarem até os flancos,[12]
flancos,[12]
isso implica utilizar todo o contingente de
infantaria que alguém poderia arregimentar. Assim,
a tradução mais clara e coerente dessa palavra
originall hebraica
origina he braica é “tropas” (no sentido de forças
armadas).
A última frase do versículo 6 deixa claro que a
soma total da casa de Togarma incluirá muitos
povos com ele. Essa frase ocorre outras duas vezes
na Bíblia Hebraica, ambas em Ezequiel 38
(versículos 9 e 15). O versículo 9 se refere à coalizão
inteira que atacará Israel,
Israel, ao passo
p asso que, no versículo
15, os “muitos povos” se referem aos países
participantes da coalizão que será comandada por
Gogue. O uso da expressão “...muitos povos
contigo...” nos versículos 9 e 15 apresenta uma leve
diferença do versículo 6, pois nos versículos 9 e 15 a
construção da frase vem precedida da conjunção
“e”. A frase no versículo 6 não apresenta a
conjunção “e” o que implica em que a expressão
“...muitos povos contigo” se encontra em aposição
[i.e., como
c omo aposto] à frase anterior “...e todas as suas
tropas...”. Portanto, a frase “...muitos povos contigo”
é uma descrição das tropas que a casa de Togarma
trará em sua companhia
comp anhia para o ataque
ataque a Israel.
FALANDO FRANCAMENTE
AGORA QUE TERMINAMOS
TERMINAMOS A
ANÁLISE DA
DA RELAÇÃO
RELAÇÃO DE

POVOS
RÚSSIAQUE
NO SE UNIRÃO
ATAQUE QUEÀ
ESTA COMANDARÁ CONTRA
ISRAEL, PERCEBEMOS QUE
QUATRO DOS NOMES
RELACIONADOS NESSE TEXTO

DE EZEQUIEL SÃO
ANCESTRAIS
ANCESTRA IS DAQUE
DAQUELAS
LAS
ETNIAS QUE ATUALMENTE
CONSTITUEM A POPULAÇÃO
DA TURQUIA. TODOS OS
QUATRO, MESEQUE, TUBAL,

GÔMER E A
TOGARMA, CASA
SÃO DE
FORTES
INDICADORES DE QUE A
TURQUIA SERÁ UM DOS
PAÍSES-MEMBROS DESSA
COALIZÃO DIABÓLICA. MAS,
DIANTE DO ALINHAMENTO
DAS NAÇÕES NOS DIAS
TUAIS, SERIA POSSÍVEL O
ENVOLVIMENTO DA TURQUIA
NESSA ALIANÇA?
ALIANÇA?
Hoje em dia, a Turquia não se encontra
alinhada com a Rússia e com o Irã por ter se
tornado tecnicamente um Estado secular com uma
herança muçulmana após o colapso do império
Turco-Otomano no final
final ddaa Primeira Guerra
Mundial. Já faz tempo que a Turquia se tornou
membro da OTAN [i.e., Organização do Tratado
do Atlântico
identificar Norte]
não com ae Ásia,
tem expressado
mas com a oEuropa,
desejo de se
muito provavelmente por razões econômicas. A
Turquia é um país cuja menor parte do território se
encontra na
na Europa e a maior parte está situada na
Ásia. Além disso, a Turquia já solicitou
oficialmente o ingresso como país-membro da
União Européia, onde qualquer pessoa que esteja
num dos seus países-membros pode se deslocar
livremente para outra localidade que se encontre
dentro limites geográficos da União Européia. Os
demais países-membros estão preocupados porque
temem que, se for admitida
admitida como membro da
União Européia, a Turquia
T urquia possa se tornar um
canal através do qual os muçulmanos se

desloc ariam para inundar o restante


deslocariam restante da Europa com
c om
a sua presença. Embora a Turquia continue no
processo de cump
cumprirrir requisitos para ingressar
ingressar na
União Européia, é praticamente certo que no fim
tal ingresso seja rejeitado. A partir do momento
que forem rejeitados pela União Européia, os turcos
vão buscar alinhamento com a Rússia, bem como c omo
com seus países-irmãos islâmicos.
Nos últimos anos contemplou-se a emergência
de uma maioria islâmica no Parlamento da Turquia
e o seu atual primeiro-ministro é muçulmano. A
dissolução da
d a antiga Un
União
ião Soviética envolveu a
independência destas cinco repúblicas islâmicas:
Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão,
Quirguistão,
Turcomenistão e Tajiquistão. Hitchcock salienta
que “a Turquia tem sido atraída por essas ex-
repúblicas soviéticas e tem se aproximado delas por
razões econômicas, além de manter fortes laços
lingüísticos e étnicos com tais países. Todos esses
países falam variações do idioma turco, com
exceção do Tajiquistão, onde a língua se assemelha
ao farsi iraniano”.[13
iraniano”.[13]] A Turquia
T urquia se considera
c onsidera o
desenvolvedor econômico dos vastos recursos
naturais que se encontra
naturais encontramm nesses
nesse s cinco novos
países, tais como: ouro, prata, urânio, petróleo,
carvão e gás natural. Depois de ser desprezada pela
Europa, a Turquia terá motivos de sobra para
entrar numa aliança com a Rússia e com suas
nações-irmãs muçulmanas, o que deixará o palco
preparado para o cumprimento dessa profecia.
Maranata!
NOTAS 1
DE ACORDO COM UMA PESQUISA REALIZADA
TRAVÉS DO PROGRAMA DE COMPUTADOR
ANCE, VERSÃO 7.3, ESSE TERMO OCORRE
ACCORDANCE
ACCORD
2.047 VEZES.
2
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
comput
comp utador
ador Acc
Accordan
ordance,
ce, versão 7.3.
3
S. Fisch, Ezekiel: Hebrew Text & English translation with an
Introduction
Int Com mentary, Londres: The
roduction and Commentary T he Soncino
Press,, 1950, p. 182.
Press
4
Mark Hitchcock,
of the
After
After The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 63.
5
Jon
Jo n Mark Ruth
R uthven,
ven, The Prophecy That Is Shaping History:
New Research
Rese arch on Ezekiel’s Vision of the End, Fairfa
o n Ezekiel’s Fair fax,
x, VA:
VA:
Xulon Press, 2003, p. 102.
6
Hitchcock, Aft er The Empire, p. 63-64
After 63-64..
7
Hitchcock, Aft er The Empire, p. 64.
After
8
Ludwig Koehler e Walter Baumgartner, The Hebrew and
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,

Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.


9
Hitchcock, After The Empire, p. 64-65
After 64-65..
10
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance
11
Koehler e Baumgartner, Hebrew Lexicon, versão eletrônica.
eletrônica.
12
C. F. Keil, Ezekiel, Daniel, Comm
Commentary
entary on the Old
Old
Testament, traduzido
traduzido para o ingl
inglês
ês por James
J ames Martin;
Mar tin;
reim
rei mpress
pressão;
ão; Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 161.
13
Hitchcock, Aft er The Empire, p. 66.
After
11. EZEQUIEL 38.7-
8

“Prepara-te, sim, dispõe-te, tu e toda a multidão


do teu povo que se reuniu a ti, e serve-lhe de
guarda
gu
fimarda.
dos. anos,
dos Depois
Depoi
an s desmuitos
os, virás
virá mu itos dia
à terra dias,
ques,seserás
que recuvvisita
isitado;
recuperou
peroudo;
dannoo
espada, ao povo que se congregou dentre muitos
povos
pov os sobre os mon
montes
tes de Israel,
Israel, que
que sempre
sempre
estavam desolados; este povo foi tirado de entre
os povos, e todos eles habitarão seguramente”.

Os seis primeiros versículos da profecia


registrada no capítulo 38 de Ezequiel delineiam
“quem” estaria envolvido numa invasão ao
território de Israel, enqua
e nquanto
nto os versículos 7 a 9
informam onde e quando esse acontecimento

ocorrerá. Essa nova seção (versículos 7-9) começa


com uma provocação da parte de Deus a Gogue e
sua coalizão, a fim de se certificar que eles estejam
realmente
realme nte prontos
prontos para invadir Israel.

DEUS PROVOCA GOGUE O


ERSÍCULO 7 COMEÇA COM O
MESMO VERBO
VERBO HEBR
HEBRAICO
AICO
USADO DE FORMA REPETIDA
E CONSECUTIVA NA FRASE.
O VERBO “PREPARAR” ESTÁ
DISPOSTO DESSA FORMA NA
MESMA FRASE
FRASE COM A
FINALIDADE DE
INTENSIFICAR SEU
SIGNIFICADO. EM OUTRAS
PALAVRAS, DEUS ESTÁ
AVISANDO A GOGUE E A

SEUS ALIADOS QUE É BOM


ESTAREM CERTOS DE QUE SE
PREPARARAM AO MÁXIMO
PARA SEU ATAQUE A
ISRAEL, PORQUE, NO
FUNDO, TRATA-SE DE UM

ATAQUE A DEUS, SI
SITUAÇÃO
TUAÇÃO
ESSA PARA A QUAL SERES
HUMANOS NUNCA ESTÃO
REALMENTE PREPARADOS.
CHARLES FEINBERG
COMENTA: “COM NOTÓRIA E
ABSOLUTA IRONIA,
EZEQUIEL SOLICITA QUE
GOGUE ESTEJA PLENAMENTE
PREPARADO PARA ESSE
CONFRONTO E QUE TOME
PROVIDÊNCIAS PARA QUE
SEUS ALIADOS ESTEJAM CO
TUDO PRONTO PARA A
OCASIÃO”.[1]
A última frase do versículo 7 diz: “...e serve-lhe
de guarda”. O substantivo
substantivo hebraico traduzido por p or
“guarda” significa “sentinela” ou “vigia” e no modo
em que se encontra tem a conotação de “manter
vigilância”, “montar guarda fortemente
fortemente armada” e
“ficar de
d e prontidão
prontidão”.[2]
”.[2] O Senhor provoca Gogue
ainda mais, quando o desafia, como líder da
coalizão, a garantir que está vigilante e que guarda
os exércitos que a ele se aliaram a fim de protegê-
los contra qualquer mal que lhes sobrevenha. É
uma sarcástica advertência feita a Gogue e seus
comparsas, porque, apesar de se reunirem com o
propósito de varrer Israel do mapa, eles é que serão
destroçados.
DEPOIS DE MUITOS DIAS

Quando Ezequiel inicia o versículo 8 e diz:


“Depois de muitos
muitos dias, se rás visitado...”, fica
serás
evidente que a soberania de Deus continua a ser o
tema de maior destaque dessa profecia. Em última
análise, toda essa operação é idéia de Deus e,
conforme Ele mesmo declarou no versículo 4:
“...porei anzóis no teu queixo e te levarei a ti e todo o
teu exército...”, eles serão levados a investir contra
Israel. Agora Ezequiel afirma que Deus está
convocando Gogue
Gogue e sua coalizão para um ataq
ataque
ue a
Israel de modo que se cumpra o propósito do
Senhor. “O coração do homem traça o seu caminho,
mas o Senhor lhe dirige os passos” (Provérbios 16.9).
A exata expressão hebraica, traduzida pela frase
“depois de muitos dias”, só ocorre mais uma vez no
Antigo Testamento, em Josué 23.1: “E sucedeu que,
muitos dias depois que o Senhor dera repouso a Israel
de todos os seus inimigos em redor, e sendo Josué já
velho e entrado em dias” (ACF e ARC). Uma vez
que o contexto governa o tempo proposto numa
frase adverbial temporal, fica claro que os “muitos
dias” mencionados no contexto do livro de Josué se
referem a alguns anos, porque todos esses muitos

dias” se passaram durante o tempo de vida de


Josué. Uma frase hebraica semelhante é usada por

quatro
11.1; Is vezes
24.22;no
Jr Antigo Te stamento
Testamento
13.6); três (1Rs 18.1;
dessas quatro 18.1; Ec
ocorrências se assemelham à que é usada em Josué
23.1,, porém a que ocorre em Isaías 24.22
23.1 24.22 se
encontra dentro
dentro de um
u m contexto
c ontexto escatológico,
nestes termos: “Naquele dia, o Senhor castigará, no
céu, as hostes celestes, e os reis da terra, na terra.
Serão ajuntados como presos em masmorra, e
encerrados num cárcere, e castigados depois de muitos
dias. A lua se envergonhará, e o sol se confundirá
quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião e
em Jerusalém; perante os seus anciãos haverá glória”
(Isaías 24.21
24.21-23).
-23). C. F. Keil,
Keil , ao escrever
escre ver no sécul
séculoo

dezenove,
lembran
lem çaafirmou:
brança tão forte “A
de primeira
d e Isaías cláusula
24.22 traz uma
que a ação nessa
passagem dificilmente poderia ser confundida; de
modo que Ezequiel usa essas palavras no mesmo
sentido que Isaías usou”.[3] O contexto faz nítida
referência a um acontecimento futuro que, até
agora, não e xpressão “depois de muitos
não ocorreu. A expressão
dias , que se encontra no versículo 22, é uma

provável referência ao período de mil anos revelado


em Apocalipse 20.2-7.

A duração do tempo, indicada na frase “ depois


de muitos dias”, é determinada por fatores presentes
no contexto, os quais claramente apontam para um
período mais longo que o tempo de vida de um ser
humano. Em breve, quando eu fizer uma análise
das outras expressões que indicam tempo nesse
contexto, verificaremos que “o texto é enfático ao
demonst
dem onstrar
rar que essa invasão e suas consequências
foram previstas muito
mui to tempo antes”.[4] Keil
comenta: “a expressão ‘depois de muitos dias’, isto
é, após um longo tempo [...] significa apenas o
decurso de um período prolongado; [...] trata-se do
fim dos dias, do último tempo, não do futuro em
geral, mas do futuro final, daquele período
messiânico em que se concretizará o Reino de
Deus”.[5] Feinberg declara o seguinte: “O
referencial de tempo indicava que o ataque do
inimigo não ocorreria
ocorreria por um longo período de
tempo. Os acontecim
acontecimentos
entos aqui preditos não
deviam ser esperados para o período da vida de
Ezequiel, nem para os dias de seus

contemporâneos”.[6]

“NO FIM DOS ANOS”


A frase “depois de muitos dias” não é o único
indicador da época em que tal invasão ocorrerá. No
texto original hebraico, essa expressão temporal é
imediatamente seguida pela frase “...no fim dos
anos...”. Ambas as frases devem se referir ao mesmo
período de tempo. À semelhança da expressão
expressão
anterior,, se esta
anterior e sta última não está qualificada por
p or algo
como, por exemplo, os últimos dias da vida de uma
pessoa, só pode se referir a todo o período da
história. Uma expressão quase idêntica é usada no
versículoo 16 desse mesm
versícul mesmoo capítulo, quando Deus
declara: “...Nos últimos dias, hei de trazer-te contra a
minha terra...”. Em todo o Antigo Testamento, a
expressão “no fim dos anos” só ocorre neste texto de
Ezequiel. Contudo, se a expressão “nos últimos dias”
é usada no versículo 16 para descrever o mesmo
acontecimento, pode-se concluir com segurança
que a expressão “nos últimos dias”, usada com mais
frequência, tem significado análogo à expressão “no
im dos anos . Tal conclusão baseia se no fato de

que as frases “depois de muitos


muitos dias” e “no fim dos
anos” ocorrem atreladas no versículo 8. Feinberg

esclarece:
enunciado“onareferencial
expressão cronológico foi claramente
‘no fim dos anos ’, que é
equivalente à expressão ‘nos últimos dias’ do
versículoo 16
versícul 16”.[7]
”.[7]
Quando se faz umaum a pesquisa no Antigo
Testamento sobre o uso de terminologia
semelhante à expressão “no fim dos anos”,
mencionada em Ezequiel 38.8, encontramos três
outras frases correlatas.[8]
correlatas.[8] Selecionei
Selec ionei dentre essas
frases aquelas ocorrências que possuem significado
profético, cujo cumprimento ainda acontecerá no
futuro. A primeira expressão é “nos últimos dias”
(Dt 4.30; 31.29; Is 2.2; Jr 23.20, 30.24, 48.47, 49.39;
49.39;
Ez 38.16; Dn 2.28, 10.14; Os 3.5; Mq 4.1); a outra
expressão é “tempo do fim” (Dn 8.17,19; 11.27,35,40;
11.27,35,40;
12.4,9,13
12.4,9,13).
). O fato de Ezequiel
Ez equiel utilizar as três
expressões (i.e., “depois de muitos dias”, “no fim dos
anos” e “nos últimos dias”) oferece forte
embasamento para a concepção de que essa batalha
se dará num tempo ainda vindouro. Randall Price
comenta: Embora a expressão últimos dias possa

se referir ao período da Tribulação, não é uma


terminologia técnica específica para designá-la,
pois os parâmetros contextuais e a variedade de
usos lhe permitem ser empregada
em pregada em diferentes
diferentes
sentidos”.[9] Assim, as frases que mencionam a
expressão “últimos dias” se referem à septuagésima
semana da profecia de Daniel (a saber, o período da
Tribulação), ao reino milenar de Cristo (i.e., o
Milênio) e também podem se referir a alguns
acontecimentos que hão de ocorrer imediatamente
antes da Tribulação, como, por exemplo, a invasão
de Israel promovida por Gogue e Magogue. Mark
Hitchcock assinala: “Essas frases são usadas no
Antigo Testamento por quinze vezes ao todo.
Sempre são empregadas em referência ao período
da Tribulação (Dt 4.30; 31.29) ou ao Milênio (Is 2.2;
Mq 4.1). Ainda que tais expressões não
identifiquem o momento específico dessa invasão,
indicam claramente que tal ocasião acontecerá num
período de tempo que, da perspectiva de nossos
dias, ainda é futuro”.[10]
futuro”.[10]
“TERRA QUE SE RECUPEROU

DA ESPADA”
A próxima frase desse texto declara: “...virás à
terra que se recuperou da espada...”. A terra para a
qual Gogue e seus aliados se dirigirão a fim de
invadir é, sem sombra de dúvida, a terra de Israel. É
interessante que esse texto descreve a terra de Israel
como uma terra que se recuperou da espada. O
termo hebraico traduzido por “recuperou” é um
verbo geralmente
“virar-se”, utiliz
utilizado
ar” ouado
“re tornar”
“retorn para designar o ato
ato de
“arrepender-se”.[11]
“arrepende r-se”.[11]
Portanto,
Portan to, o sentido no qual aqui se usa o ve
verbo
rbo
hebraico shuv é o de aludir a um povo que outrora
estava na terra de Israel; foi removido dessa terra,
mas agora foi trazido de volta à terra de onde é
oriundo. Nesse caso, eles foram trazidos de volta ou
retornaram
retorna ram à terra de Israel. Em toda a história
mundial, sabe-se que os judeus são o único povo
que foi removido de sua terra natal, ficou disperso
entre a maioria das nações e voltou para sua terra
natal. Isso explica a razão pela qual a versão que uso
da Bíblia em inglês (The New American Standard
Bible – NASB)
palavra traduziu
“restore” [N. do esse verbo
T.: Em hebraico pela
português:

“restaurar, recuperar, reconstituir, restabelecer”].


Em outras palavras, os judeus
ju deus estão
e stão retornando
retornando à
sua terra natal, onde essa recuperação tem se
cumprido e onde muitas outras predições bíblicas
ainda se cumprirão.
c umprirão. Maranata!
Maranata!
NOTAS CHARLES LEE FEINBERG, THE PROPHECY
1

EZEKIEL, CHICAGO: MOODY PRESS, 1969, P.


OF EZEKIEL
221.
2
Ludwig Koehler e Walter Baumgartner, The Hebrew and
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
3
C. F. Keil, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
Testament, traduzido
traduzido para o ingl
inglês
ês por James
J ames Martin,
Mar tin,
reim
rei mpress
pressão;
ão; Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 162.
4
Jon
Jo n Mark Ruth
R uthven,
ven, The Prophecy That Is Shaping History:
New Research
Rese arch on Ezekiel’s Vision of the End, Fairfa
o n Ezekiel’s Fair fax,
x, VA:
VA:
Xulon Press, 2003, p. 123.
5
Keil, Ezekiel, p. 163.
6
Feinberg, Ezekiel, p. 221.
7
Feinberg, Ezekiel, p. 221.
8
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance
9
Randall Price, Comentários Não Publicados Sobre as
Profecias de Ezequiel, 2007, p. 40.
10
Mark
of theHitchcock,
Fall of the Aft
After
er The
Soviet Empire:
Union Bible Prophecy
, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd in Ho
Tyndale
ale Light
House
use

Publishers, 1994, p. 126.


11
Koehler e Baumgartner, Hebrew Lexicon, versão eletrônica.
12. EZEQUIEL 38.8

“Depois de muitos dias, serás visitado; no fim


dos anos, virás à terra que se recuperou da
espada, ao povo que se congregou dentre muitos
povos
povos sobre os mon
montes
tes de Israel,
Israel, que
que sempre
sempre
estavam
os povos,desolados;
e todos eleseste povo foiseguramente”.
habitarão tirado de entre

O verso 8 é o mais longo versículo de Ezequiel


38–39 e descreve o momento em que essa invasão
da terra de Israel acontecerá. Nesse versículo, há
um total de sete frases descritivas que nos
informam a ocasião em que esse episódio ocorrerá.
Já analisamos as primeiras três frases e verificamos
que essa invasão se dará “depois de muitos
muitos dias”, “no
im dos anos” e quando a terra de Israel se recuperar
...da espada . É preciso ter em mente o fato de que

esse acontecimento só ocorrerá quando todos os


sete indicadores descritos nessas frases estiverem

presentes ao mesmo tempo.


ISSO SE CUMPRIU NA ÉPOC
DE ESTER?
O intérprete preterista Gary DeMar propôs
uma interpretação muito esquisita quanto à época
em que a invasão comandada por Gogue teria
ocorrido. Ele argumenta que a batalha descrita em
Ezequiel 38–39 já se cumpriu em 473 a.C., nos dias
da rainha Ester da Pérsia, por ocasião
oc asião dos
acontecimentos descritos no capítulo 9 do livro de
Ester.[1]

DeMar alega que os paralelos entre


mencionada em Ezequiel 38–39 e a batalha a batalha
mencionada no livro de Ester são “inequívocos”.[2]
Há um monte de problemas nessa concepção e o
menor deles não se encontra nas sete frases de
Ezequiel 38.8. Na comparação da profecia de
Ezequiel com o relato de Ester, certas similaridades
escassas não determinam tal relação de

cumprimento; pelo contrário, o grande número de


diferenças evidencia que a concepção de DeMar é

impossível. Ao que
DeMar defenda umparece, o único
ponto de motivoesse,
vista como paraé seu
que
desejo obsessivo de evitar qualquer profecia de
cumprimento futuro referente à nação de Israel.
Tal obsessão cega seus olhos para o claro
significado desse texto.
Abaixo relaciono algumas incoerências mais
evidentes e problemáticas desse ponto de vista:
Ezequiel 38–39: Ester 9:
– A terra de Israel é invadid
invadidaa (38.1
(38.16)
6) por
po r – Os judeus
judeu s são atacados nas cidades
cida des de todo
umaa coalizão de vários exércitos.
um exércitos. Os inimigos o im pério Persa (127 proví
províncias;
ncias; Et 9.30) por
tombam nos montes de Israel (39.4). Gogue, supostas
supost as gangues de pessoas inimigas, não
o líder dessa invasão, é enterrado em Israel exércitos,
exércit os, e se defendem (9.2). Os inim
inimigos
igos são
(39.11). m ort
ortos
os em todo o Império Persa.
– Durant
Duran te um período de set
se te meses,
m eses, os – Não há necessidade
n ecessidade de lim par a terra,
erra , porque
porqu e
judeus sepultarão
sep ultarão os corpo
corposs dos inim igos os cadáveres não se encontram
encontram em Israel.
invasores para limpar
lim par a terra de Israel
(39.12).
– Os invasores
invasor es são dest
de struídos
ruídos por um – Os agressores
agr essores são m ortos pelo próprio
pró prio povo
po vo
terremot
errem otoo arrasador na terra de Israel, por judeu, auxiliados
a uxiliados por governantes
govern antes locais das
lutas
lutas int
internas,
ernas, por pragas,
prag as, bem como
com o por fogo províncias (9.3-5).
que cai do céu (38.19-22). Deus destrói os
inimigos de Israel de modo
m odo sobrenatural.
– Os invasores
invasor es vêm do extremo
extrem o oeste, como
com o – O território do Império
Impé rio Persa nnão
ão incluía essas
a antiga Pute (atual Líbia; Ez 38.5) e do
do regiões. Sua extensão territorial no extremo oeste
ext
extrem
remoo norte, ccom
citas. omoo Magogue,
M agogue, a terra
terra dos chegava até Cuxe
extremo norte (atualaté
chegava Sudão; Et 8.9)
a região e no
situada
abaixo do mar Negro e do mar Cáspio.

– Deus envia fogo sobre


sob re M agogue
agogu e e nos – Não há nada
n ada que
qu e se assem elhe a isso em
em
que habitam nas ilhas (39.6). Ester 9.

Uma importante pergunta que podemos


levantar a essa altura é a seguinte: Se o texto de
Ezequiel 38–39 se cumpriu através dos
acontecimentos descritos em Ester 9, por que isso
passou despercebido nos dias de Ester? Por que não
há nenhuma menção dessed esse eextraor
xtraordinário
dinário
cumprimento da profecia de Ezequiel no livro de
Ester? A resposta
relatados em Esteré 9mais
mnão
ais do
sãoque óbvia. Os fatos
o cumprimento de
Ezequiel 38–39. Na realidade, um importante
feriado judaico, chamado Purim (Et 9.20-32), foi
instituído a partir do que se passou
p assou naquele
naquele
episódio mencionado em Ester. É um festivo
feriado anual que celebra o livramento efetuado por
Deus para tirar Israel das mãos de seus inimigos. A
celebração do Purim inclui a leitura pública do livro
de Ester, porém não existe nenhuma tradição
desenvolvida, ou de que se tenha notícia, na qual os
udeus façam a leitura de Ezequiel 38–39 como se
houvesse alguma relação com a observância dessa
festa. Se o texto
cumprido de Ezequiel 38–39
nos acontecimentos tivesseem
narrados se Ester, o

povo judeu, sem dúvida, teria desenvolvido


desenvolvido uma
tradição ritual de ler também a passagem de

Ezequiel nessa celebração.


Além disso, por que não existe nenhum
erudito judeu que ao longo da história tenha
reconhecido tal cumprimento profético? O
consenso entre os comentaristas judeus sempre foi
o de que a profecia acerca de Gogue refere-se a
acontecimentos previstos para o tempo do fim.
Para falar a verdade, essa batalha é o ponto focal de
sua concepção profética escatológica, a qual,
segundo eles, se cumprirá imediatamente antes da
chegada do Messias. Rafael Eisenberg, um rabino
da atualidade, faz o seguinte resumo da tradição
udaica no que diz respeito à batalha de Gogue
descrita em Ezequiel:
Nossos profetas e sábios predisseram que, antes da chegada do
Messias, o Império Perverso, Roma (que, como já demonstramos, é
a Rússia dos dias atuais), recuperará sua antiga grandeza. Nos dias
pré-Messiânicos, a Rússia se expandirá e conquistará o mundo
inteiro, de modo que seu governante, “o qual será tão perverso
quanto Hamã”, se levantará e conduzirá as nações do mundo todo
até Jerusalém a fim de aniquilar Israel [...] Naquele momento, os
milagres
mil agres de
inimigos portentosos
Israel e a que executarão
destruição a grande
final do Impériovingança
Perverso,contra os

convencerão o mundo de que somente Deus é o Juiz e Governante


do Universo.[3]
Outra razão simples pela qual podemos
entender que essa invasão ainda se dará no futuro é
o fato de que nenhum acontecimento semelhante
aos que estão descritos em Ezequiel 38–39 já
ocorreu no passado. Apenas considere o seguinte:
Em que ocasião histórica se pode dizer que Israel
foi invadido por todas aquelas nações alistadas
ali stadas no
texto de Ezequiel
Ez equiel 38.1-6?
38.1-6? Ou ainda: Quando
Quando foi que
Deus destruiu um exército invasor dessa natureza,
com fogo e enxofre lançados do céu, com pestes,
terremotos e lutas autodestrutivas entre os soldados
invasores (Ez 38.19-22)?
A resposta é: Nunca. Esse é o motivo pelo qual
Ezequiel descreve uma invasão
acontecerá no futuro, até mesmoque ainda
mesm o para o nosso
referencial de tempo. Agora passaremos a examinar
os últimos quatro indicadores do versículo 8.

“POVO QUE SE CONGREGOU


DENTRE MUITOS POVOS”

A quarta frase descritiva afirma: “...ao povo que


se congregou dentre muitos povos sobre os montes de

Israel...”. A
tradução deexpressão
um único“vocábulo
ao povo que se congregou
hebraico, ӎa
o verbo
qabats que significa “reunir”, “congregar
“c ongregar”” ou
“ajuntar”. Trata-se do termo geralmente usado para
designar a ação de coletar algo, como, por exemplo,
os produtos agrícolas no tempo da colheita. Nesse
texto, o verbo se encontr
e ncontraa flexionado no tempo
hebraico Pual [4] e no modo particípio, o que nesse
contexto implica, por elipse, que Deus é Quem
trouxe esse povo de volta e os congregou na terra
de Israel. Mas, de onde Ele os ajuntou?
Deus os ajuntou dentre muitas nações. A
palavra traduzida por “nações” é o termo hebraico
de uso comum ‘a m, usado por cerca de 3.000
‘am
vezes[5]
veze s[5] no Antigo
Antigo Testamento
Testame nto e significa
simplesmente “povo, povos, nação ou nações”.[6]
Charles Feinberg ressalva: “Isso não pode ser referir
ao exílio babilônico; pelo contrário, refere-se a uma
dispersão mundial”.[7] C. F. Keil concorda e
acrescenta: “A expressão ‘congregou dentre muitos
povos’ também aponta para uma realidade muito

além do exílio babilônico, a saber, a dispersão de


Israel pelo mundo todo, um fato que só ocorreu

depois da segundasedestruição
Esses repatriados de Jerusalém”.[8]
estabeleceriam “...sobre os
montes
mon tes de Israel”. Jerusalém é uma cidade situada
nos montes de Israel. Por conseguinte, desde 1967 1967 o
novo Estado de Israel assumiu o controle da antiga
cidade conhecida como Jerusalém.

“QUE SEMPRE ESTAVAM


DESOLADOS”
A quinta frase descritiva afirma: “...que sempre
estavam desolados...”. Mas, o que estava em
contínua desolação? Essa frase faz alusão à terra de
Israel que esteve continuamente desolada. O termo
hebraico traduzido por “desolados” ocorre 50 vezes
no Antigo Testamento,[9] com especialidade nos
livros proféticos para se referir às ruínas de
Jerusalém, de Israel e, por
p or vezes, do Egito, como
resultado do juízo de Deus. O advérbio “ sempre”
modifica o termo “desolados” e transmite a idéia de
prosseguir sem interrupção, continuamente .[1
.[10]
0]
O rabino Fisch explica o seguinte: “O termo

hebraico aqui traduzido por ‘sempre’ significa ‘por


um longo tempo’, implicando o período do exílio”.

[11
[11]
] Porém,
anos de exílioque
na exílio? Seriaouuma
Babilônia referência
re ferência
se refere aos 70
aos quase
2.0000 anos
2.00 anos de exílio mundial
m undial que a maior
m aior parte da
população judaica ainda experimenta? Feinberg
assevera: “Isso diz respeito a um período de tempo
mais longo do que os setenta ano anoss de exílio na
Babilônia”.[12]
Babilônia”.[1 2] Keil também comenta que nesse
texto “o termo ‘sempre’ denota um período de
devastação da terra [de Israel] muito mais longo do
que durou a devastação imposta pelos caldeus”.[13]
NOTAS
1
Gary DeMar,
De Mar, End Times Fiction: A Biblical Consideration
Cons ideration of
The Left Behind Theology , Nashvil
Na shville:
le: Thomas
Thomas Nelson
Ne lson
Publishers, 2001, p. 12-15.
2
DeMar, End Times Fiction, p. 13.
3
Rafael Eisenberg, A Matt
Ma tter
er of Return: A Penetrating
Analysis of Yisrael’s Afflictions Alternatives ,
Afflictions and Their Alternatives
Jer usalém:: Feldheim
Jerusalém Feldheim Pu
Publ
blishers
ishers,, 1980,
198 0, p. 155,citado
155 ,citado na
obra de Randall Price, The Temple and Bible Prophecy: A
Definitive Lookat Its Past, Present, and Future, Eugene,
OR: Harvest
Har vest House, 2005, p. 459. Para um umaa visão geral
das concepções
Israel, descrita emjud
udaicas
aicas sobre
Ezequiel 38–39,a invasão
invasão
veja de Gogue
a obra Goguea
de Price,
The Templ
Templee and
a nd Bibl
Bible
e Prophecy
Pr ophecy,, p. 45
458-
8-61
61..
4
O tempo verbal hebraic
hebraico o Pual denota uma qualidade de ação
intensiva na voz pass
passiva.
iva.
5
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance
6
Ludwig Koehler e Walter Baumgartner, The Hebrew and

Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000., versão eletrônica,


eletrônica,
Aramaic
Arama ic Lexicon of the Old Testament
estam ent
7
Charles Lee Feinberg
Feinberg, The Prophecy of Ez ekiel, Chicago:
Ezekiel
Moody Press
Press,, 1969, p. 222.
8
C. F. Keil, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
Testament, traduzido
traduzido para o ingl
inglês
ês por James
J ames Martin,
Mar tin,
reim
rei mpress
pressão;
ão; Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 164.
9
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.3.
Accordance

10
Francis Brown, S. R. Driver, e C. A. Briggs , Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
11
Rabbi Dr. S. With
Translation Fisc h,
Fisch, Ezekiel: Hebr
An Introduc
H ebrew
Introduction
ew Text
Text & English
tion and Comme ntary,
Com mentary
Londres:
Lond res: The Soncino
Soncino Press
Press,, 1950, p. 254.
12
Feinberg, Ezekiel, p. 222.
13
Keil, Ezekiel, p. 164.
13. EZEQUIEL 38.8-
9

“Depois de muitos dias, serás visitado; no fim


dos anos, virás à terra que se recuperou da
espada,
povos
pov ao povo
os sobre mque
os mon se de
ontes
tes congregou
Israel, qudentre
Israel, que sempmuitos
e sempre
re
estavam desolados; este povo foi tirado de entre
os povos, e todos eles habitarão seguramente.
Então, subirás, virás como tempestade, far-te-ás
como nuvem que cobre a terra, tu, e todas as
tuas tropas, e muitos povos contigo”.

As últimas duas das sete frases descritivas que


se encontram no versículo 8 serão
se rão analisadas
analisadas a
partir de agora. Essas frases proporcionam a
estrutura que nos permite apontar com mais
m ais

precisão a época em que essa invasão ocorrerá.

“TIRADO DE ENTRE OS
POVOS”
A sexta frase descritiva do versículo 8 declara:
“este povo foi tirado de entre os povos...”. O termo
hebraico va
vavv disjuntivo no início da construção
dessa frase mantém uma relação de contraste com a
frase anterior: “...ao povo que se congregou dentre
muitos povos sobre os montes de Israel, que sempre
estavam desolados...”. No hebraico o sujeito é
feminino e só pode se referir à terra.[1] O sentido é
o seguinte: O povo da terra de Israel (ou seja, os
udeus). Esse sentido apóia a posição fortemente
polêmica de que, na concepção divina, o povo a
quem pertence a terra de Israel é o povo judeu.
O verbo hebraico yat sa’ é usado mais de mil
yatsa’
vezess no Antigo
veze Antigo Testame
Testamento
nto e significa “sair de”
(“vir para fora”) ou “ir adiante” (“avançar para
algum lugar”).[2] Neste caso, porém, o verbo se
encontra no tronco
tronco verbal hebraico do Hofal, que
implica uma qualidade de ação causativa na voz

passiva e significa que o povo judeu “foi trazido” ou


“foi tirado” de entre as nações, não por si mesmo,

mas por alguém


“alguém”? que ào conclusão
Chega-se trouxe. Quem seria
de que esseé o
Deus
agente da passiva e, portanto, é Aquele que faria
com que os judeus fossem trazidos de volta à terra
de Israel. Nesse texto, a locução verbal “...foi
tirada...” dá apoio à concepção latente de que Deus
controla soberanamente
soberanamente todas as nações – tanto
tanto
Israel quanto os gentios. Os gentios são destacados,
no início do versículo 8, como aqueles que, ao
serem “visitados”, receberiam uma convocação para
invadir a terra de Israel. Os judeus, por sua vez, são
destacados nessa frase descritiva, como objeto do
cuidado de Deus, pois é Ele quem, de fato, os traz

de volta à sua Terra Prometida.


No texto hebraico, essa frase descritiva é
formada apenas por três palavras e literalmente
expressa o seguinte: “mas é tirada de entre os povos”.
[3] Ao fazer-se uma leitura disso no seu contexto,
como sempre se deve fazer na leitura de qualquer
texto, percebe-se que a expressão “é tirada”, da
frase literal acima, faz referência à terra e mantém

relação com a segunda parte da frase anterior, que


diz: “...os montes de Israel,
Israel, qu
quee se
sempre
mpre estavam
estavam

Israel pode”.serNesse
desolados... caso,
tirada de que
de entre osmaneira
povos oua nações
terra dee
ser trazida de volta? Isso só faz sentido se a
referência for ao povo que é trazido de volta à terra,
razão pelo que a maioria dos tradutores da Bíblia
acrescenta o termo “povo”, num esforço de tornar
mais claro
cl aro o sentido do texto original
original hebraico.
he braico.

“E TODOS ELES HABITARÃO


SEGURAMENTE”
A última frase descritiva declara: “...e todos eles
habitarão seguram ente”. No texto original, tal frase
seguramente
também é formada apenas por três palavras
hebraicas e conclui essa longa sentença. O verbo
hebraico yas havv é usado por mais de mil vezes no
yasha
Antigo Testamento e, em geral, significa “assentar”,
“permanecer”,
“permanece r”, “habitar ou morar”.[4] Por isso que
em muitas traduções da Bíblia em inglês se usa o
verbo “viver” (do inglês: to live), para diferenciar
aquilo que alguém faz quando permanece por um
período de tempo em determinado lugar ou

território daquilo que alguém faz quando está


apenas visitando.

A próxima palavra
pal avra hebraica é o substantivo
betah, traduzido pelo advérbio “seguramente”. Tem
havido muita discussão sobre o exato significado
dessa palavra
pal avra no contexto
contexto em que se encont
e ncontra.
ra. Os
dicionários léxicos da língua hebraica informam
que esse vocábulo, em geral, significa “segurança”

ou “convicção”,
“convicção”,
semântico e explicam
se assemelha quepalavra
ao da seu campo
“confiança”.
[5] No texto hebraico, esse termo freqüentemente é
usado no “caso construto”
construto” com o verbo “habitar”, a
exemplo deste texto de Ezequiel, e ocorre 160 vezes
em toda a Bíblia Hebraica.[6] É usado nos livros de
Levítico e Deuteronômio como uma promessa feita
pelo Senhor de que, se o povo judeu obedecer à Lei
de Deus, Ele fará com que a nação de Israel habite
em segurança na sua terra (Lv 25.18,19; 26.5; Dt
12.10).
12.10). Esse termo é usado em todos os livros
históricos e proféticos do Antigo Testamento como
um referencial que serve para aferir se Israel está ou
não habitando
essa habita
frase éndo emem
usada segurança
Jeremiasna49.31,
terra.num
Na realidade,
contexto

de invasão semelhante ao de Ezequiel 38, onde se


lê: “Levantai-vos, ó babilônios, subi contra uma nação

que
tem habita
portas,em
nem paz e confiada,
ferrolhos; eles diz o Senhor;
habitam a sósque
”. Énão
o
mesmo sentido no qual o termo foi usado em
Ezequiel 38.8
38.8.. “Entretanto,
“Entretanto, esse sentido geral
muitas vezes apresenta uma amplitude semântica
negativa [...] para indicar uma falsa segurança”.[7]
O contexto apóia a conotação de falsa fal sa segurança
nesta ocorrência do termo, em face da iminente
invasão. Por outro lado, é possível que o termo não
seja usado no sentido ilusório de falsa segurança,
porque Deus vai livrar miraculosamente a nação de
Israel.
Alguns intérpretes tentaram igualar a noção de
habitar seguramente com habitar pacificamente.
Eles dizem que essa pas
passagem
sagem descreve uma
situação na qual Israel se encontra em paz com
todos os seus vizinhos e nenhum destes representa
uma ameaça para os judeus. Não se pode confirmar
essa noção pelo significado da palavra hebraica
betah, nem pelocomenta
Fruchtenbaum contextoodessa passagem.
seguinte: Arnold
“Em nenhum

lugar desse texto há qualquer alusão de que Israel


estaria vivendo em paz. Pelo contrário, a descrição

ésegurança,
de que Israel estaria
o que simplesmente
significa ‘confiança’,habitando
a despeitoem
de
quanto dure um estado de guerra ou de paz. Nas
várias descrições que essa passagem aprese
apresenta
nta so
sobre
bre
Israel, pode-se comprovar que todas são verídicas
na realidade do Estado de Israel atual”.[8]

A última
traduzida pela palavra hebraica
expressão dessa
“...todos frase
eles...”. Afoi
quem se
refere essa expressão? Só pode se referir a todos
aqueles que estiverem vivendo em segurança na
terra de Israel. Todos os que voltaram para os
montes de Israel habitam seguros. Charles Feinberg
conclui: “Por fim eles são retratados como
indivíduos que habitam em segurança; todos eles
vistos assim, sem medo
m edo de uma invasão ou de uma
deportação”.[9] Isso prepara o palco para os
comentários do próximo versículo, onde Deus
novamente se dirige a Gogue e a seu exército
invasor.
GOGUE SOBE AO ATAQUE

PERCEBE-SE QUE A AÇÃO


MENCIONADA
MENCIONA DA NO VER
VERSÍCULO
SÍCULO
9 OCORRERÁ A PARTIR DO
MOMENTO QUE TODA
TODASS AS
CONDIÇÕES ESTABELECIDAS
NO VERSÍCULO
VERSÍCULO 8 SE
CUMPRIREM. “JUSTAMENTE
QUANDO MENOS SE ESPERA E
SEM O MENOR AVISO, O
INIMIGO DESCERÁ NUMA
INVESTIDA CONTRA OS
EXILADOS QUE RETORNARAM,
COMO UMA TEMPESTADE
REPENTINA”.[10] O VERBO
HEBRAICO TRADUZIDO POR
“SUBIRÁS” É MUITO COMUM

E SE TORNA UMA EXPRESSÃO


IDIOMÁTICA QUANDO É
USADO NO CONTEXTO
MILITAR EM
EM QUE ALGUÉM
ALGUÉM
SOBE PARA UMA BATALHA OU
, AINDA, NUMA REFERÊNCI
À TERRA DE ISRAEL,
ISRAEL ,
QUANDO ALGUÉM SOBE, A
DESPEITO DA DIREÇÃO DO
MOVIMENTO
MOVIMENT O DESSA P
PESSOA.
ESSOA.

UMA TEMPESTADE
DENSAS COM
NUVENS DUAS
SÍMILES SÃO USADAS PARA
DESCREVER O MODO PELO
QUAL A INVASÃO LIDERADA
POR GOGUE OCORRERÁ. A

PRIMEIRA SÍMILE É “VIRÁS

COMO TEMPESTADE
DICIONÁRIO ”. UM
LÉXICO
HEBRAICO AFIRMA QUE O
USO DA PALAVRA
“TEMPESTADE” NESSE TEXTO
“SIGNIFICA REALMENTE
‘UMA TEMPESTADE QUE
IRROMPE DE FORMA
VIOLENTA E REPENT
REPENTINA’”.
INA’”.
[11] ASSIM, A INVASÃO DE
ISRAEL POR GOGUE SERÁ
REPENTINA E INESPERADA
COMO UMA TEMPESTADE QUE
SE FORMA RAPIDAMENTE E,
LOGO EM SEGUIDA, LIBERA

SUA FÚRIA NUMA IRRUPÇÃO


QUE PEGA MUITA GENTE
DESPREVENIDA.
A segunda símile descreve o tamanho do
exército invasor na sua extensão e amplitude. O
verbo hebraico kassot [forma léxica: kassah] é usado
somente onze vezes na Bíblia Hebraica e possui a
conotação de nãode
com o propósito apenas “cobrir”, Dessa
ocultá-lo.[12] mas cobrir
formaalgo
vemos que o tamanho numérico dos exércitos
exé rcitos
invasores
invasores comandados
c omandados por Gogue será tão grande
que suas tropas cobrirão a terra a tal ponto de não
ser possível ver o solo sobre o qual elas se movem.

“...tu,Ae última
todas asfrase
tuasdescritiva do versículo
tropas, e muitos declara:
povos contigo ”.
O pronome “tu” refere-se ao próprio Gogue. Como
foi descrito
desc rito no capítulo anterior,
anterior, Gogue virá com
todas as suas tropas. Em outras palavras, Gogue não
estará sozinho, pois contará com a expressiva
cooperação de diversos povos, já mencionados
anteriormente,
anteriormente, como
c omo aliados nessa invasão à terra

de Deus, Israel. O rabino Fisch salienta que a


mesma descrição é usada no texto de Jeremias 4.13,
que
seus diz: “Eiscomo
carros, aí que sobe o destruidor
tempestade; os seus como
cavalosnuvens;
são os
mais ligeiros do que as águias. Ai de nós! Estamos
arruinados!”. Fisch, então, conclui que essa
descrição feita no texto de Ezequiel “é uma figura
do poderio e da aparência pavorosa dos exércitos
de Gogue que se aproximam”.[13] Feinberg afirma
que “a terra será coberta e sufocada pela imensa
multidão dos seguidores de Gogue, tal como uma
nuvem que encobre o território abaixo
abaixo del
dela.
a. Gogue
tomará todas as providências para ter muitos
aliados e para contar com um número suficiente de
mercenários que lhe possibilitem concretizar seu
plano satânico”.[14]
de surpresa, É possível
mas o Senhor Deusque
de Israel
Israel seja
nuncapego
“...dormita, nem dorme...”. Ele está de guarda e
lutará a favor de Israel quando essa terrível força
invasoraa vinda do norte surgir de repente
invasor rep ente na
história. Afinal de contas, o Senhor Deus de Israel é
quem dará início a esses acontecimentos ainda
futuros. Maranata!

NOTAS 1 A ÊNFASE EM ITÁLICO


ITÁL ICO É ORIGINAL;
RABINO DR. S. FISCH, EZEKIE
EZEKIEL:
L: HEBREW TEXT &
ENGLISH TRANSLATION
TRANSLATION WITH AN INTRODUC
INTRO DUCTION
TION AND

COMMENTARY , LONDRES: THE SONCINO PRESS,


1950, P.254-55.
2
Ludwig Koehler e Walter Baumgartner, The Hebrew and
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
3
Fisch, Ezekiel, p. 254.
4
Francis Brown, S. R. Driver, e C. A. Briggs, Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,

5 1907, edição
Brown, Driver, elet
eletrônica.
rônica.Hebrew Lexicon, edição eletrônica;
e Briggs,
bem como, Koehler
Koehler e Baum
Ba umgartner,
gartner, Hebrew Lexico
Lexicon, n,
versão el
e letrônica.
6
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
comput
comp utador
ador Acc
Accordan
ordance,
ce, versão 7.4.2.
7
G. Johannes Botterweck, e Helmer Ringgren, orgs.,
Theologicall Dictionary of the Old T
Theologica Testam ent, vol. II, Grand
estament

8 Rapids:
Arnol
Arnold Eerdmans,
d Frucht
Fruchtenb aum,1977,
enbaum p. 89. of the Messiah:
, Footsteps Mes siah: A Study of
Sequence of Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
the Sequence
(1982)) 2003,
(1982 20 03, p. 1
117.
17.
9
Charles Lee Feinberg, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:
Moody Press
Press,, 1969, p. 222.
10
Feinberg, Ezekiel, p. 222.
11
Koehler e Baumgartner, Hebrew Lexicon, versão eletrônica.
eletrônica.
12
Brown, Driver,
Brown, Dr iver, e Brigg
Bri ggs,
s, Hebrew Lexicon, edição eletrônica;
eletrônica;
bem como, Koehler
Koehler e Baum
Ba umgartner,
gartner, Hebrew Lexico
Lexicon,
n,

versão el
e letrônica.
13
Fisch, Ezekiel, p. 255.
14
Feinberg, Ezekiel, p. 222.
14. EZEQUIEL
38.10-12

“Assim diz o Senhor Deus: Naquele dia, terás


imaginações no teu coração e conceberás mau
desígnio; e dirás: Subirei contra a terra das
aldeias sem muros, virei contra os que estão em
repouso, que vivem seguros, que habitam, todos,
sem muros e não têm ferrolhos nem portas; isso
a fim de tomares o despojo, arrebatares a presa
e levantares a mão contra as terras desertas que
se acham habitadas e contra o povo que se
congregou dentre as nações, o qual tem gado e
bens e habita no meio da terra”.

Os versículos 10 a 13 registram
registram as intenções
dos invasores. O Deus da Bíblia não tem a menor

dificuldade de conhecer os pensamentos e


intenções da mente e do coração de uma pessoa
(Hbalguém.
de 4.12-13)
4.12-13) para,que
Ainda assim, nos revelar
revel
o Senhor ar as“motivações
ponha ...anzóis no
[...] queixo...” de Gogue para trazer os invasores
invasores à
terra de Israel, o processo do pensamento humano
se revela nessa parte do texto.

MÁS INTENÇÕES
INTENÇÕES A
EXPRESSÃO “O SENHOR DEUS”
É UM DESIGNATIVO QUE
DENOTA “O SOBERANO
SENHOR DAS NAÇÕES”.[1]

EXPRESSÃO “ NAQUELE
É UMA REFERÊNCIA AODIA”
TRECHO ANTERIOR QUE
MENCIONA O FATO DE
ISRAEL ESTAR NOVAMENTE
ESTABELECIDO NA SUA

TERRA, ALÉM DE FAZER


LUSÃO AO MOMENTO EM QUE
A INVASÃO OCORRERÁ. É
NAQUELE DIA
DIA QUE
“...TERÁS IMAGINAÇÕES NO
TEU CORAÇÃO...”. O TERMO
HEBRAICO TRADUZIDO POR
“IMAGINAÇÕES” É DAVAR,
UM SUBSTANTIVO MUITO
USADO QUE, DEPENDENDO DO
CONTEXTO, SE TRADUZ EM
GERAL POR “PALAVRA”,
“DISCURSO” OU “COISA”.
[2] NESSE CONTEXTO EM
QUESTÃO, O VOCÁBULO QUE
MELHOR TRADUZ
TRADUZ ESSA
ESSA

PALAVRA HEBRAICA “NÃO


SERIA O TERMO
‘PALAVRAS’, MAS, SIM,
‘COISAS’ QUE VÊM À MENTE
DELE. OS VERSÍCULOS 11 E
12 NOS DIZEM QUE COISAS
SERIAM ESSAS”.[3]
LÍNGUA HEBRAICA NÃO A
POSSUI UMA PALAVRA QUE
DESIGNE “MENTE”, APESAR
DE SER ESTE O TERMO
USADO NA TRADUÇÃO
INGLESA [I.E., THE NEW
AMER
AM ERIC
ICAN
AN ST
STANDAR
ANDARD
D BIBLE;
BIBLE
O TERMO INGLÊS “MI ND”]
MIND
DA QUAL FAÇO CITAÇÕES E

TODOS OS CAPÍTULOS DESS


SÉRIE DE ESTUDOS. ESSE É
SEGURAMENTE O SENTIDO D
PALAVRA HEBRAICA LEVAV,
QUE FOI TRADUZIDA POR
“MENTE” [N. DO T.:
INCLUSIVE EM ALGUMAS
TRADUÇÕES DA BÍBLIA EM
PORTUGUÊS] E QUE
SIGNIFICA BASICAMENTE
“HOMEM INTERIOR” OU
“CORAÇÃO”.[4] DESSE
MODO, A ATIVIDADE
INTERNA DE PENSAR FOI
ATRIBUÍDA
ATRIBUÍD A AO “COR
“CORAÇÃO”.
AÇÃO”.
NO CONTEXTO
CONTEXTO DESSA

PASSAGEM, O TEXTO FAZ


ALUSÃO A COISAS QUE
QUE SE
PASSARÃO NO HOMEM
INTERIOR, AS QUAIS
SERIAM “PENSAMENTOS”.
O versículo 10 se conclui com a frase “...e

conceberás
se compõe mau desígnio
de três ”. No
palavras texto original
hebraicas. tal frase
f rase
“Conceberás ”
é o verbo hebraico hashav que significa “tecer” e,
quando diz respeito ao coração ou à mente,
comunica a idéia de elaborar, maquinar ou
conceber um plano.[5] O substan
substantivo
tivo procede
exatamente da mesma raiz do verbo. Nesse caso,
uma tradução literal expressaria a idéia de
“conceber pensamentos”. Contudo, se a terceira
palavra dessa frase é um adjetivo que significa
“mau”,[6] não resta mais dúvida de que o sentido
desse texto se refere a um plano maligno concebido
contra o povo escolhido de Deus, Israel. Portanto,
esse
geralversículo
de atacarparece nos dizer
Israel seja que, embora a do
um desdobramento idéia

plano soberano de Deus (Ez 38.4),


38.4), os detalhes
detalhe s são
concebidos e desenvolvidos na mente de Rôs e de
seus comparsas
caracterizar invasores.
como Em virtude
uma conspiração oude se
plano
humano, Rôs e seus aliados agressores são
responsabilizados.

A REVELAÇ
REVELAÇÃO
ÃO DO PLANO
PLANO A
TRAMA MALIGNA É
DESVENDADA NO VERSÍCULO
11. OS PENSAMENTOS
PERVERSOS DE RÔS
ANUNCIAM:
ANUNCIAM : “SUBIREI CONTRA
A TE
TERRA
RRA DA
DAS ALDE
ALDEIIAS SEM
SEM
ROS...”. O VERSÍCULO 11
MUR
MU
RELATA A PERCEPÇÃO DE
RÔS ACERCA DO
REAGRUPAMENTO DE ISRAEL
NAQUELE MOMENTO DA
DA

HISTÓRIA. NÃO HÁ NENHUM


RAZÃO PARA SE PENSAR QUE
A DESCRIÇÃO
DESCRIÇÃO FEITA POR
RÔS É INCORRETA. O VERBO
ORIGINAL TRADUZIDO POR
“SUBIR” É UM TERMO MUITO
COMUM NO HEBRAICO E QUER
DIZER “ASCENDER, SUBIR”.
É COMUMENTE USADO EM
REFERÊNCIA A ALGUÉM QUE
SE DIRIGE À TERRA DE
ISRAEL OU À JERUSALÉM
ORIUNDO DO EXTERIOR. NÃO
EXISTE NENHUMA NUANCE
MILITAR NO CAMPO
SEMÂNTICO DESSE

VOCÁBULO.[7] NESSE
VOCÁBULO.[7] NESSE
TEXTO, A TERRA DE ISRAEL
É DESCRITA DESTAS QUATRO
SEGUINTES MANEIRAS: 1)
“...TERRA DAS ALDEIAS SEM
MUR
MU ROS...”; 2) “...OS QUE
ESTÃO EM REPOUSO...”; 3)
“...QUE VIVEM SEGUROS...”;
E, 4) “...QUE HABITAM,
TODOS, SEM MUROS E NÃO TÊM
FERROLHOS de Israel como”.
NEM PORTAS...
A primeira caracterização uma
terra de aldeias sem muros implica que eles não
construirão muralhas de proteção ao redor de suas
aldeias como nos tempos antigos. Randall Price
comenta o seguinte: “Só a Cidade Antiga de
Jerusalém tem um fora
cidade permanece murodesse
e a parte
muromoderna da do
desde o fim

século dezenove”.[8] Isso provavelmente significa


que a nação de Israel ficará sem proteção contra
invasor
invasores,
es, já
finalidade jde
á que, nos tempos
se construir antigos,Oessa
muralhas. era Fisch
rabino a
declara: “Israel não terá feito nenhum preparativo
no sentido de construir muros ao redor das cidades
para se precaver
prec aver contra algum ataque”.[9]
A segunda frase descreve um povo que está

em repouso.
um povo queOestáparticípio
“quieto,hebraico shaqat retrata
calmo, tranqüilo e
descansando”.[10]
descansando”.[1 0] Esse verbo foi usado com
freqüência nos livros de Josué e Juízes para
salientar a tranqüilidade
tranqüilidade e o descanso
d escanso resultantes
das vitórias militares de Israel sobre os cananeus, à
medida que os hebreus conquistavam a terra sob a
liderança de Josué.[11] Tal termo diz respeito a
serenar ou descansar de conflitos militares. O
terceiro termo hebraico é betah que ocorre no
versículoo 8. Já verificamos anteriormente que essa
versícul
palavra se refere a Israel vivendo em segurança, o
que implica
imp lica confian
c onfiança.[12
ça.[12]]
A quarta caracterização retrata todos
todos eles
el es
vivendo sem muros, sem ferrolhos e sem portas. Já

vimos antes que viver literalmente


lite ralmente sem muros
implica que nenhuma de suas cidades ou vilas terá
aquilo
exércitoque os antig
antigos
invasor. os construíam
Essa para conter
imagem é reforçada pelaum
informação de que eles não terão ferrolhos, nem
portas, obviamente porque suas cidades
cidade s não terão
muros. Ferrolhos e portas eram dispositivos de
defesa muito importantes localizados nas muralhas
das cidades da antiguidade.
O que isso significa em relação à invasão? Em
primeiro lugar, essa passagem apresenta a situação
da perspectiva de Gogue, o qual pensa que Israel
não se encontra devidamente protegido e, por isso,
está vulnerável a um ataque-surpresa. Em segundo
lugar, Price salienta que “a segurança de Israel se
baseia no poderio de suas forças armadas, as quais
são consideradas dentre as melhores do mundo e já
têm defendido o país contra adversidades
avassaladoras em várias invasões ocorridas no
passado”.[13] Em terceiro lugar, tais condições
nunca se concretizaram na história de Israel em
momento
se referir aalgum do passado,
um tempo de modo
ainda futuro, quejásó pode
como

verificamos pela xpressões “depois de


p ela análise das eexpressões
muitos dias” e “no fim dos anos” (Ez 38.8).
38.8). Keil
assevera: “Esta descrição
também aponta do modo
para tempos de vidaque
posteriores de vão
Israel
muito além da época do exílio na Babilônia”.[14]

EM BUSCA DE DINHEIRO NO
VERSÍCULO
VERSÍCUL O 12, DEUS
DEUS
REVELA DUAS RAZÕES QUE
EXPLICAM A MOTIVAÇÃO DE
GOGUE AO INVADIR ISRAEL
NO FUTURO.
FUTURO. TAIS RAZÕES
RAZÕES
SÃO INDICADAS POR ESTAS
DUAS ORAÇÕES ADVERBIAIS
DE FINALIDADE: A
PRIMEIRA É: “...A FIM DE
TOMARES O DESPOJO...”; A
SEGUNDA É: “...ARREBATARES

A PRESA...”. EM AMBOS OS
PRESA...

CASOS O ATEXTO
UTILIZA MESMAHEBRAICO
PALAVRA
POR DUAS VEZES, A SABER,
UM VERBO NO MODO
INFINITIVO SEGUIDO POR
UM SUBSTANTIVO CONSTRUTO
O VERBO, A FIM DE EXPOR
O MOTIVO DE GOGUE PARA
ESSA INVASÃO.
A primeira frase: “...a fim de tomares o
despojo...”, procede da palavra-raiz hebraica shalal e
significa “reunir-se ou ajuntar-se com a finalidade
de roubar ou saquear”.[1
saquear”.[15]5] Porta
Portanto,
nto, uma vez que o
verbo e o substantivo
substantivo originam-se
originam-se da mesm
mesmaa raiz
hebraica, seu significado seria algo como “despojar
o despojo”.
desp ojo”. No entan
e ntanto,
to, essa constr
c onstrução
ução gramatical
não soa bem em outras línguas. A construção
pleonástica hebraica seria traduzida com mais

propriedade pela expressão “apreender o despojo”,


mesmo que na tradução se perca a noção de que
ambas as palavras originais procedem da mesma
raiz hebraica.
A segunda frase pleonástica hebraica,
traduzida por “...arrebata
...arrebatares
res a presa...”, procede da
raiz hebraica bazaz e significa “saquear, pilhar,
despojar,
despoj ar, roubar”.[16
roubar”.[16]] Dessa forma, o sentido
se ntido em
hebraico seria: “espoliando
original comunica a idéia deodividir
espólio”. O termo
o espólio ou
despojo apreendido num ataque ou conquista
militar. Assim, o motivo claro para essa invasão é
de obter riqueza e bens materiais. Charles Feinberg
assinala o seguinte: “O inimigo, ávido pela riqueza
de Israel, embarcará numa campanha de
dominação militar que visav isa o lucro”.[17]
O restante
restante do versículo
ve rsículo 12 reforça as duas
declarações de abertura referentes à motivação de
Gogue para invadir Israel. Uma terceira
terce ira oração
adverbial de finalidade afirma: “...para tornares a
tua mão contra os lugares desertos que se acham
resentemente habitados, e contra o povo que foi
congregado dentre as nações, o qual adquiriu gado e

bens...” (Tradução Brasileira). A noção de “alguém


tornar a sua mão contra” projeta a imagem de uma
pessoa que em
da direção dá uma viradapara
que estava de 180 graus, mudando
empreender um
ataque na outra direção. Isso é descrito no versículo
10, à medida que Gogue elabora um plano maligno,
porém deve ser visto como um instrumento
humano que faz parte de todo aquele processo
originalme
origina lmente
nte iniciado pel
peloo próprio Deus (Ez 38.2-
38.2-
4). A imagem retratada na última parte do versículo
12 piora a situação dos maus pensamentos de
Gogue, por fazer alusão
al usão ao retorno
retorno de Israel à sua
terra, a qual, durante a ausência dos judeus, ficara
desolada e desértica, mas, com o regresso deles, se
tornaa uma terra produtora de riqueza,
torn riquez a, a tal ponto
de Gogue
la para e seus
tomar aliados
essa invasores
riqueza para si. quererem
Israel já invadi-
sobreviveu mais de 2 mil anos de dispersão entre as
nações e Deus tem trazido os judeus de volta à sua
terra, na qual eles se tornam altamente produtivos e
prósperos, para que Gogue e seus aliados sejam
instigados a atacá-los
atacá-los ccom
om o intuito de roubar as
riquezas recém-adquiridas de Israel. Maranata!

NOTAS MERRILL F. UNGER,


1
UNGER , UNGER’S
COMMENTARY ON THE OLD TESTAMENT,
CHATTANOOGA, TN: AMG PUBLISHERS, (1981)
2002, P. 1578.
2
Francis Brown, S. R. Driver, e C. A. Briggs, Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
3
C. F. Keil, Ezekiel,
Ezekiel, Daniel, Comme
Com mentary
ntary on the Old
Testament, traduzido
traduzido para o ingl
inglês
ês por James
J ames Martin;
Mar tin;
reim
rei mpress
pressão,
ão, Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 164.
4

5 Brown,, Driver,
Brown
Ludwig Dr iver, eeBrigg
Koehler BrWalter
iggs,
s, Hebrew Lexicon, edição eletrônica.
Baumgartner, The eletrônica.
Hebrew and
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
6
Brown,, Driver,
Brown Dr iver, e Brigg
Br iggs,
s, Hebrew Lexicon, edição eletrônica.
eletrônica.
7
Koehler e Baumgartner, Hebrew Lexicon, versão el e letrônica.
8
Randall Price,
Pric e, Comentários Não Publicados Sobre as
Ezequiel, 2007, p. 40.
Profecias de Ezequiel
9
S. Fisch, Ezekiel:Hebrew Text & English Translation With An
Introduction
Int Com mentary, Londres: The
roduction and Commentary T he Soncino
Press, 1950, p.255.
10
Brown,, Driver,
Brown Dr iver, e Brigg
Bri ggs,
s, Hebrew Lexicon, edição eletrônica.
eletrônica.
11
Ver: Josué 11.23; 14.15; Juízes 3.11,30; 5.31; 8.28.
12
Ver, Thom
Thomas as Ice, “Ezekiel
“ Ezekiel 38 and 39, Part XIII,” no periódico
perió dico
Pre-Trib
Pre-T Pers pectives , edição de Fevereiro de 2008, p. 6-
rib Perspectives
7.
13
Price, Comentários Não Publicados de Ezequiel, p. 40-41.

14
Keil, Ezekiel, p. 165.
15
Koehler e Baumgartner, Hebrew Lexicon, versão eletrônica.
16
Brown,, Driver,
Brown Dr iver, e Brigg
Bri ggs,
s, Hebrew Lexicon, edição eletrônica.
eletrônica.
17
Charles Lee Feinberg, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel , Chicago:
Moody Press
Press,, 1969, p. 222.
15. EZEQUIEL
38.12-13

“...isso a fim de tomares o despojo, arrebatares a


presa e levant
levantares
ares a mã
mãoo contra
contra as
as terras
desertas que se acham habitadas e contra o povo
que se congregou dentre as nações, o qual tem
gado
gado e bens
bens e habita
habita no
no meio dada terra.
terra. Sabá
Sabá e
Dedã, e os mercadores de Társis, e todos os seus
governa
gov ernadores
dores rapa
rapaces
ces te dirã
dirão:
o: Vens
Vens tu pa
para
ra
tomar o despojo? Ajuntaste o teu bando para
arrebatar a presa, para levar a prata e o ouro,
para
pa ra toma
tomarr o gado
gado e as possessões,
possessões, para
para saq
saquuear
grand
gra ndes
es despojo
despojos?”
s?”

Por duas vezes o livro de Ezequiel menciona


que Israel e Jerusalém habitam no centro da terra.
“meio
Assim
Assim
dasdi
diznações
z o Senhor
Senhor Deus:
Deuque
e terras s: Esta
Esestão
ta é Jeru
Jerusal
ao salém;
ém;dela
redor pu
pu-la no
no
” (Ez

5.5). O rabino Fisch afirma: “Baseando-se em


5.5).
Ezequiel, Dante situa Jerusalém no centro do
mundo, tendo
colunas de o rio Ganges
Hércules comoalimite
como limite a leste
oeste”.[1] e as
Israel
e sua cidade principal, Jerusalém, foram criados
por Deus e posicionados no centro da Terra para
que possam ser uma luz para as nações, conforme o
Senhor expressara o desejo de usar essa nação para
propagar Sua mensagem pelo mundo inteiro. O
rabinoo Fisch assinala: “Jerusalém
rabin “Je rusalém foi instituída para
ser o centro de irradiação do conhecimento de
Deus para
p ara todos os povos”.[2] É nesse contexto
c ontexto qque
ue
a passagem de Ezequiel 38.12 faz alusão ao fato de
que a nação de Israel se situa “...no meio da terra...”.

ISRAEL:
MUNDO O CENTRO DO
NA TRADUÇÃO QUE
COSTUMO USAR DA BÍBLIA
EM INGLÊS, A THE NEW
AMER
AM ERIC
ICAN
AN ST
STANDAR
ANDARD
D BIBLE,
BIBLE
A PALAVRA
PALAVRA HEBRAICA
HEBRAICA

TRADUZIDA POR “MUNDO” É,


NA REALIDADE,
REALIDADE, O TERMO
TERMO
GERALMENTE USADO PARA
DESIGNAR “TERRA”. O
TERMO HÁ’ARETZ OCORRE
MAIS DE 2.500
2.500 VEZES
VEZES NO
ANTIGO TESTAMENTO
TESTAMENTO
HEBRAICO[3] E É USADO E
CINCO SENTIDOS BÁSICOS:
1) SOLO, TERRA; 2) UMA
DETERMINADA ÁREA DE
TERRA; 3) UM TERRITÓRIO
OU PAÍS; 4) TODO O
PLANETA TERRA; 5) AS
PROFUNDEZAS DA TERRA OU
MUNDO SUBTERRÂNEO
SUBTERRÂNEO.[4]
.[4]

NESSE CONTEXTO
CONTEXTO DE
EZEQUIEL TRATA-SE DE UM
CLARA REFERÊNCIA À TERR
INTEIRA. É IMPORTANTE
SALIENTAR QUE O TEXTO
ORIGINAL UTILIZA A
PALAVRA “TERRA” EM VEZ
DE “MUNDO”, JÁ QUE A
PALAVRA “MUNDO” PODE
DENOTAR A DIMENSÃO
POPULACIONAL, NÃO A
DIMENSÃO GEOGRÁFICA
TERRITORIAL. ESSE TEXTO
ENFATIZA O FATO DE ESTAR
SITUADO NO CENTRO DE
TODA A EXTENSÃO

TERRITORIAL DA TERRA – O
UMBIGO GEOGRÁFICO. O
VOCÁBULO HEBRAICO
TRADUZIDO POR “MEIO” OU
“CENTRO” SIGNIFICA
LITERALMENTE “O UMBIGO”,
[5] TAL “COMO O UMBIGO
SE SITUA NO CENTRO DO
CORPO HUMANO”.[6]
Por que a localização de Israel é mencionada
nesse trecho da passagem? Concordo com esta
opinião do rabino
rabino Fisch: “Isso é mencionado
me ncionado para
enfatizar a malignidade do plano de Gogue. Este
habita no extremo norte,
norte, a uma
um a grande distância da
terra de Israel, de modo que o povo judeu não
poderia ter nenhum projeto agressivo contra ele”.
[7] C. F. Keil faz eco dessa concepção do rabino
Fisch, descrevendo a como um dos dois motivos
pelos quais Gogue e seus aliados intentam a

invasão: Essa expressão figurada precisa ser


explicada a partir do texto de Ezequiel 5.5: “...Esta é
Jerusalém; pu-la
ao redor dela ”. Onoumbigo
meio das
nãonações e terras
é o tipo que estão
de figura de
linguagem que denote as montanhas,
montanhas, mas significa
o território situado no meio dad a Te
Terra.
rra. Portanto,
Portanto,
trata-se da terra mais gloriosa e mais ricamente
abençoada; por conseguinte, os que lá habitam
h abitam
ocupam a posição mais exaltada entre as nações.
Nesse caso, o desejo cobiçoso de se apoderar dos
bens do povo de Deus e a inveja de sua posição
exaltada no centro do mundo são os motivos que
impelem Gogue a ingressar na sua empreitada
predatória contra o povo que vive em profunda
paz.[8]
A crença de que Israel possui um status
especial e se encontra numa exclusiva localização
global, elucida esta famosa declaração rabínica,
resultante dessas duas passagens do livro de
Ezequiel: Assim como o umbigo se encontra no
centro do corpo humano, assim também a terra de
Israel é o umbigo
do mundo, do mundo
de modo [...] situada
que Jerusalém no no
se situa centro

centro da terra de Israel;


Israel ; o Santuário
Santuário se situa no
centro de Jerusalém
J erusalém;; o Santo dos San
Santos
tos se situa no
centro do Santo
centro do Santuádos
Santuário;
rio;Santos;
a Arca
Santo s; da
e a Aliança
Aped
liança
pedra se situa no
ra fundamental
diante do Santo dos Santos,
Santos, porque a partir deladel a o
mundo foi fundado.[9]
Muitos comentaristas que já analisaram esse
texto enfatizam que, do ponto de vista humano, o
lucro econômico
empreendida por éGogue.
o únicoEntretanto,
motivo da essa
invasão
última
frase do versículo 12 deixa claro que eles também
invadirão aquela invejaa do status especial
aquela terra por invej
que Deus conferiu a Israel e, por conseguinte, de
sua exclusiva localização geográfica.

SABÁ E DEDÃ QUEM SÃO


SABÁ E DEDÃ? “NÃO É
DIFÍCIL IDENTIFICAR SAB
E DEDÃ. ELES SE
LOCALIZAM NO PAÍS QUE
ATUALMENTE
ATUALMENT E SE DENOMINA
DENOMINA

ARÁBIA SAUDITA”.
SAUDITA”.[10]
[10]
ARNOLD FRUCHTENB
FRUCHTENBAUM
AUM
ESCLARECE: “SABÁ E DEDÃ
SÃO DISTRITOS SITUADOS
NO NORTE DA ARÁBI
ARÁBIA”.[11]
A”.[11]
CONFORME É INDICADO NO
CONTEXTO DESSA PASSAGEM,
ESSES DOIS POVOS ERAM
CONHECIDOS POR SUA
TIVIDADE COMERCIAL, DAÍ
SEU INTERESSE EM QUE O
VIZINHO ISRAEL S SEJA
EJA
INVADIDO POR GOGUE, A
SABER, “...PARA TOMAR O
DESPOJO...”. RANDALL PRICE
LOCALIZA SABÁ NO QUE

HOJE SE CONHECE COMO


IÊMEN, SITUANDO-O NA
REGIÃO SUL DA PENÍNSULA
ARÁBICA E LOCALIZ
LOCALIZAA DEDÃ
NA ATUAL ARÁBIA SSAUDITA.
AUDITA.
[12] A DESPEITO DE SUA
LOCALIZAÇÃO EXATA NA
PENÍNSULA ARÁBICA, NÃO
PARECE HAVER NENHUMA
DÚVIDA DE QUE SEJA UMA
REFERÊNCIA À ARÁBIA
SAUDITA E TALVEZ A
OUTROS PAÍSES ÁRABES QUE
OCUPAM ATUALMENTE AQUEL
PENÍNSULA.
TÁRSIS O TEXTO REVELA

QUE SABÁ E DEDÃ ESTÃO E


PERFEITA SINTONIA COM
“...OS MERCADORES DE TÁRSIS,
E TODOS OS SEUS
GOVERNADORES RAPACES...”.
O QUE SIGNIFICA A FRASE:
“OS MERCADORES DE TÁRSIS”?
SEMELHANTE ÀQUELES DE
SABÁ E DEDÃ, O TEXTO
INFORMA QUE ELES SÃO
NEGOCIANTES
NEGOCIANT ES OU
COMERCIANTES. MAS ONDE
TÁRSIS SE LOCALIZAVA?
Ao que parece, Társis era uma rica
comunidade comercial situada num dos extremos
do mundo mediterrâneo. Társis é o antigo nome
de Tartessos,
T artessos, situada na Espanha
Espanha dos dias atuais”.

[13] Essa concepção é corroborada por obras


clássicas de referência da língua hebraica.[14] Por
exemplo, Ludwig Koehler e Walter Baumgartner
afirmam o seguinte no seu dicionário léxico da
língua hebraica: “Estes apontam para a Espanha
com sua riqueza em recursos minerais. Társis pode
ter sido uma cidade localizada na região da foz do
rio Guadalquivir. Apesar de algumas variações, esse
é provavelmente o ponto de vista mais aceito na
atualidade”.[15] “Lemos frequentemente
frequenteme nte no Antigo
Testamento a expressão “navios de Társis”, numa
referência a embarcações de grande porte para
navegação em alto mar (Ez 27 27.25)
.25),, que
transportavam
tran sportavam todo tipo de carga
c arga preciosa,
especialmente metais como prata e ouro (1Rs 10.22;
22.49; 2Cr 9.21;e chumbo
ferro, estanho Is 60.9; Jr(Ez
10.9; Ez 38.13), além de
27.12)”.[16]
O Dr. Barry Fell, professor em Harvard,
elaborou um estudo exaustivo sobre essas questões
e sua relação com as atividades na América pré-
colombiana. O Dr. Fell declara o seguinte: Na
Bíblia
Társis”temos
eram aasinformação de que os “navios
maiores embarcações de de
marítimas

que se tem conhecimento no mundo semítico e


esse designativo acabou por ser aplicado a qualquer
navio
naviosgrande
grande para
de Társis setravessias
tornarammarítimas
proverbiais[...]
comoos uma
expressão de poderio marítimo [...]
Não é improvável que os mercadores de Társis tenham alguma
relação com a migração transatlântica dos celtas, quando vieram
para a América. Na verdade, James Whittall, com quem discuti a
decifração das inscrições de Tartessos aqui nos Estados Unidos,
U nidos,
acha que os celtas americanos foram propositalmente trazidos para
cá pelos fenícios, os quais desejavam fomentar o desenvolvimento
de comunidades mineradoras
mineradoras dedicadas à exploração dos recursos
naturais americanos, para que pudessem comercializar com essas
comunidades. Se essa hipótese estiver correta, as embarcações de
Tartessos certamente desempenharam um importante papel na
migração dos celtas para a Nova Inglaterra.[17]
Parece ser uma base relevante para dar apoio à

concepção decom
relacionados que os
os navegadores
mercadores de Társisque
fenícios estão
viveram há 3 mil anos. Tais mercadores
obviamente estabeleceram entrepostos comerciais
espalhados ao longo
l ongo das diversas rotas que
percorriam. O Dr. McBirnie talvez esteja muito
certo quando conclui o seguinte: Foi somente nos
últimos seis anos que se lançou bastante luz sobre a
localização
localiz ação histórica da antiga Társis. Ensaios

acadêmicos publicados em revistas arqueológicas e


livros escritos antes disso, parecem ter valor
bastante limitado.
mais do que Emapesar
ajudam, algunsdo
casos, confundem
prestigio de seus
autores. As razões da certeza nessa identificação se
encontram
encontra m nas recentes
rece ntes descobertas arqueológicas
que confirmam o fato de que os especialistas do
passado estavam corretos durante todo o tempo
quando identificaram Társis como uma potência
colonizadora situada na Europa Ocidental, com
sede na Espanha.[18]
Assim, a expressão “mercadores de Társis”
parece se referir à comunidade
comunidade comercial e
marítima dos fenícios, que há 3 mil anos se situava
na Espanha, durante
durante a ép
época
oca do rei Salomão. Nos
últimos 500 anos, os mercadores de Társis se
desdobraram naquelas que hoje são as nações
mercantilistas da Europa Ocidental, tais como: a
Espanha, a Holanda e a Grã-Bretanha. Hitchcock
conclui nos seguintes termos: “Társis, ou a Espanha
da atualidade, pode ter sido usada por Ezequiel
para
quaisrepresentar todas vai
a Arábia Saudita as nações
se unirocidentais com
para revelar as
essa

invasão [...] É muito provável que Ezequiel tenha


usado a longínqua colônia de Társis no extremo
oestetempos”.[19]
dos para tipificar
tipific arMaranata!
o império
impé rio do Anticristo no fina
finall
NOTAS 1
S. FISCH, EZEKIEL: HEBREW TEXT &
ENGLISH TRANSLATION
TRANSLATION WITH AN INTRODUC
INTRO DUCTION
TION AND
COMMENTARY, LONDRES: THE SONCINO PRESS,
1950, P. 25.
2
FISCH, Ezekiel, p. 25.
3
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
4
Ludwig KOEHLER e Wal
Wa lter BAUMG
AUMGART NER, The Hebrew and
ARTNER
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
5
KOEHLER e BAUM
AUMGAR TNER, Hebrew Lexicon, versão el
GART e letrônica.
6
FISCH, Ezekiel, p. 25.
7
FISCH, Ezekiel, p. 25.
8
F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Comm
C.Testament , traduzido
Commentary
traduzido para o ingl
entary on the
inglês
the Old
ês por James
J ames Martin;
Mar tin;
rei mpress
reim pressão,
ão, Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 166.
9
Midrash
Midra sh Tanchuma,
Tanchuma, Qedoshim
Qedos him..
10
Mark HITCHCOCK, AftAfter
er The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL:T
IL:Tynd
yndale
ale House
Ho use
Publishers, 1994, p. 100.
11
d FRUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah:A
Arnold
Arnol Mes siah:A Study of
Sequence of Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
the Sequence

(1982) 2003, p. 111.


12
Randal
Ra ndalll PRICE, “Ezekiel”, publicado
publicado na obra de Tim LaHaye
LaH aye e
Ed Hindson,
Hindson, orgs.,
or gs., The Popular Bible Prophecy
Commentary , Eugene, OR: Harvest House Publishers,
2007, p.191.
13
HITCHCOCK , Aft er The Empire, p.
After p. 100-101
100-101..
14
Veja: Francis BROWN, S. R. DRIVER, e C. A. BRIGGS, orgs., The
New Brown-Driver-Briggs
Brown-Driver-Brigg s Hebrew
Hebr ew Lexicon of the
the Old
Testament, Nova York: Oxford University Press, edição
revisada, 1977, p. 1076-77;
1076- 77; e W ilhel
ilhelm
m GESENIUS, Gesenius’
Hebrew & Chaldee Lexicon, Grand
Gr and Rapids: Eerdman
Eerdmanss
Publishing Company, 1949, p. 875.
15
KOEHLER e BAUMG
AUMGART NER, Hebrew Lexicon, versão eletrônica.
ARTNER
16
R. Laird HARR
ARRIIS, Gleason J. ARCHER, Jr., e Bruce K. Waltke,
orgs., Theologic
Theological al Wordbook
Wordboo k of the Old Testam ent, 2 Vols.,
Testament,
Chicago: Moody
Moody Press, 1980, II:981.
17
Barry FELL, Americ
America a B. C., Nova York:
York: Pocket
Poc ket Books, 1976
19 76
(1989), p. 93-94.
18
W. S. MCBIRNIE, Antichrist, Dallas: Acclaimed
Acclaim ed Books, 1978,
p. 62.
19
HITCHCOCK , Aft er The Empire, p. 101
After
16. EZEQUIEL
38.13-16

“...Sabá e Dedã, e os mercadores de Társis, e


todos os seus governadores
governadores rapaces te dirão:
Vens tu para tomar o despojo? Ajuntaste o teu
bando para arrebatar a presa, para levar a prata
e o ouro, pa
para
ra tomar o gado e as possessões,
possessões,
para
pa ra saqu
saquear
ear gran
grandes
des desp
despojos?
ojos? P
Porta
ortant
nto,
o, ó filho
filho
do homem, profetiza e dize a Gogue: Assim diz o
Senhor Deus: Acaso, naquele dia, quando o meu
povoo de Israel habit
pov habitar
ar segu
seguro, não
não o saberás
saberás tu?
tu?
Virás, pois, do teu lugar, dos lados do Norte, tu e
muitos povos contigo, montados todos a cavalo,
grand
gra ndee mu
multidã
ltidãoo e poderoso exército;
exército; e su
subirá
biráss
contra o meu povo de Israel, como nuvem, para
cobrir a terra. Nos últimos
últimos dias, hei de trazer-te
contra a minha terra, para que as nações me
conheçam a mim, quando eu tiver vindicado a
minha santidade em ti, ó Gogue, perante elas”.

Ao que parece, Sabá, Dedã e os mercadores de


Társis são claramente uma comunidade comercial
que não está envolvid
envolvidaa na invasão, mas questiona,
de fora, a motivação dos invasores. “Vens tu para
tomar o despojo? Ajuntaste o teu bando para
arrebatar a presa, para levar a prata e o ouro, para
tomar o gado e as possessões, para saquear grandes
despojos?” Apesar de todo esse questionamento, eles
também deixam transparecer o que se passa no seu
íntimo e revelam as mesmas intenções dos
invasores,
invasor es, as quais também estão expressas no
versículoo 12
versícul 12..

O OBJETIVO DOS INVASORES


UMA VEZ QUE A MAIOR
PARTE DO LINGUAJAR DOS
INVASORES SE EXPRESSA NO
VERSÍCULO
VERSÍCUL O 12, NÃO RESTA
NENHUMA DÚVIDA
DÚVIDA DE QUE,
EM TERMOS
OBJETIVO DOSHUMANOS, O É
INVASORES

O DE ROUBAR A RIQUEZA DE
ISRAEL. AO LONGO DOS
ANOS, MUITOS
MUITOS
COMENTARISTAS DA BÍBLIA
TÊM ESPECULADO SOBRE
AQUILO QUE
QUE PERTENCE
PERTENCE A
ISRAEL E QUE SERIA
OBJETO DO DESEJO DOS
INVASORES. ALGUNS DELES
JÁ ALEGARAM QUE SERIA A
RIQUEZA MINERAL DO MAR
MORTO, O RESERVATÓRIO
RESERVATÓRIO
MAIS RICO
RICO EM SAIS
MINERAIS DO MUNDO.
CONTUDO, ARNOLD
FRUCHTENBAUM, RESSALVA O

SEGUINTE: “A RÚSSIA
TAMBÉM PODERIA OBTER OS
RECURSOS MINERAIS DO MAR
MORTO SE INVADISSE A
JORDÂNIA”.[1] QUAISQUER
QUE SEJAM OS FATORES
ESPECÍFICOS, UMA COISA É
CERTA: A DESCRIÇÃO
CUMULATIVA DOS
ERSÍCULOS 12 E 13 DEIX
CLARO QUE ISRAEL TEM
RIQUEZA E QUE ELES
INVADIRÃO O TERRITÓRIO
DE ISRAEL PARA SE
APODERAREM
APODERAR EM DESSA
RIQUEZA.

Não há dúvida nenhuma de que Israel é, de


longe, o país mais rico daquela região. Hoje em dia,
oprodutiva
Estado dequeIsrael demonstra
cresce serpesquisa
através de uma economia
e
desenvolvimento na área de tecnologia. Além disso,
em termos agrícolas, Israel é provavelmente o país
mais produtivo do mundo per capita. Já faz longo
tempo que Israel mantém a hegemonia na
comercialização de diamantes e é o líder mundial
na produção de produtos farmacêuticos genéricos.
A Wikipedia declara que “Israel é considerado um
dos países mais avançados do sudoeste da Ásia no
que se refere ao desenvolvimento econômico e
industrial [...] No ranking mundial das nações que
mais possuem empresas startup [N. do T.: Uma
empresa com custos de manutenção muito
mas que consegue crescer rapidamente e gerar baixos,
lucros cada vez maiores], Israel classifica-se em
segundo lugar (só perde para os Estados Unidos),
além do fato de ser o país, situado fora da América
do Norte, que conta com o maior número de
empresas participantes da NASDAQ .[2]
Independente dos atrativos específicos que

instiguem tal invasão, esse texto bíblico deixa claro


que Israel será invadido com o propósito de
roubarem suas riquezas.
PROFECIA CONTRA GOGUE
UMA NOVA SEÇÃO COMEÇA
COM OS VERSÍCULOS 14-16.
DEUS UTILIZOU A
EXPRESSÃO “FILHO DO
HOMEM” POR 93 VEZES
NESTE LIVRO
LIVRO PARA SE
REFERIR AO PROFETA
EZEQUIEL.[3] SEGUNDO C.
F. KEIL, ESSA EXPRESSÃO
“DENOTA O HOMEM PELA
PERSPECTIVA DE SUA
CONDIÇÃO NATURAL [...]
IMPLICA A FRAQUEZA E

FRAGILIDADE DO HOMEM EM
CONTRASTE COM DEUS”.[4]
O RESTANTE DESSE
VERSÍCULO É UMA
REPETIÇÃO DE FRASES QUE
JÁ ANALISAMOS, COM
EXCEÇÃO DE UMA QUE DIZ:
“...NÃO O SABERÁS TU?” ESSA
FRASE É A TRADUÇÃO DE
APENAS DUAS
DUAS PALA
PALAVRAS
VRAS
HEBRAICAS. O VOCÁBULO
ORIGINAL TRADUZIDO POR
“NÃO” OCORRE NO COMEÇO
DESTA FRASE: “A ACA
CASO
SO,,
NAQUELE DIA, QUANDO O MEU
POVO DE ISRAEL...”. APESAR

DO TERMO ORIGINAL
TRADUZIDO POR “NÃO”
OCORRER NO MEIO DESSA
PASSAGEM, ESTÁ
RELACIONADO
GRAMATICALMENTE COM A
OUTRA PALAVRA ORIGINAL,
OU SEJA, O VERBO
HEBRAICO “SABER”, E
EXERCE A FUNÇÃO DE NEGÁ-
LO. KEIL EXPLICA COM
PRECISÃO NOS SEGUINTES
TERMOS: “TU SABERÁS, OU
PERCEBERÁS, QUE ISRAEL
HABITA SEGURO, LIVRE DE
QUALQUER EXPECTATIVA DE

UMA INVASÃO HOSTIL”.[5]


O RABINO FISCH FAZ ECO
ÀS PALAVRAS
PALAVRAS DE KEIL
KEIL E
DIZ: “A SITUAÇÃO DE PAZ
E CONFIANÇA DE ISRAEL O
DEIXOU DESPREVENIDO, DE
ODO QUE TU O ESCOLHERÁS
PARA SER TUA VÍTIMA”.[6]
CHARLES FEINBERG
CONSIDERA A “SUPOSTA
SEGURANÇA” DE ISRAEL E
AFIRMA: “NÃO HÁ A MENOR
DÚVIDA DE QUE SE TRATA
DE UMA PERGUNTA
RETÓRICA. O SENHOR
DEMONSTROU PLENO

CONHECIMENTO DO FATO DE
QUE GOGUE ESTARÁ CIENTE
DA SITUAÇÃO POLÍTICA DE
ISRAEL, PARA TER A
CERTEZA DE QUE DEVE
ATACAR”.[7]
ATACAR”. [7]
O Senhor continua a se dirigir a Gogue e
declara: “Virás, pois, do teu lugar...”. Onde é o lugar
de Gogue? Como estáe stá registrado no versículo 6,
Gogue é oriundo “...do extremo norte...” (cfe., Nova
Versão Internacional
Internacional – NVI). Já analisamos essa
frase quando explicamos o versículo 6 e a expressão
hebraica é a mesma
neste, exceto tanto
pelo fato naquele
de que versículohebraica
a preposição quanto
de origem, traduzida por “do”, ocorre apenas
ape nas no
versículoo 15
versícul 15,, ao passo que no versículo 6 ela está
e stá
implícita. Essa mesma expressão ainda aparece no
texto de Ezequiel 39.2. Assim, o texto por três vezes
destaca o fato de que Gogue virá das partes mais
remotas do norte. Jon Ruthven assinala: “É
impressionante que uma tribo do povo ‘ meschera’,

cujo território incluía a área da atual cidade de


Moscou, capital do tradicional povo ‘Rus’, situa-se
precisamente ao norte de Israel”.[8] Se alguém
traçar uma linha reta vertical partindo de Jerusalém
em direção ao Polo Norte, passará muito perto de
Moscou. Na realidade, o único país que se localiza
no extremo norte, a partir do referencial geográfico
de Israel, é a Rússia. A região sul da Rússia começa
ao norte do mar Negro, de modo que a Rússia é o
único país cujo
cuj o território inteiro
inteiro está situado ao
nortee do mar Negro. Já que não temos m
nort muitas
uitas
opções, “é uma chance em uma”, fica evidente que
Gogue é a Rússia, fato esse que confirma a outra
informação obtida até o presente momento
mom ento na
análise de Ezequiel 38.
O restante
restante do versículo
ve rsículo 15 menciona o fato de
que Gogue virá com um exército enorme que
engloba muitos povos aliados a ele. Eu já analisei
esses termos em versículos anteriores dessa mesma
passagem.
POR QUE EU, SENHOR?
O versículo 16 conclui a seção na qual Deus

esclarece a “razão” pela qual Ele agirá


soberanamente
soberana mente na história para que a invasão de
Gogue a Israel se concretize. Esse versículo deixa
claro que o Senhor Deus de Israel vê essa invasão
liderada por Gogue como um ataque direto contra
Ele mesmo. Deus assevera a Gogue: “...subirás
contra o meu povo de Israel...”; “...hei de trazer-te
contra a minha terra...”; e, ainda, “...para que as
nações me conheçam a mim...” (grifo do autor em
negrito). Gogue descerá para invadir o imóvel de
propriedade de Deus, “como uma nuvem encobre a
terra”. Charles Dyer considera o seguinte: “Esse
espantoso exército passará por cima de todos os
obstáculos sem o menor esforço, tal como uma
nuvem que se move pelo céu”.[9] Essa será a
realidade até que Deus tome a decisão de intervir
em favor do Seu povo e da Sua terra.
Independente do que o mundo pensa e do que
os meios de comunicação vão dizer sobre Israel
naquele dia, o Senhor Deus declara que a nação
invadida é, conforme Suas próprias palavras, “o
meu povo de Israel”. Como o apóstolo Paulo escreve
acerca de Israel no Novo Testamento: “Deus não

rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu...”


(Rm 11.2). Baseado em quê Paulo podia fazer tal
afirmação? Ele pôde dizer isso “...porque os dons e a
vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29). No
entanto,
entan to, muitas pessoas
pe ssoas em nossos dias sofrem sob
o efeito ilusório e falso da “Teologia da
Substituição”, cuja concepção propõe que Deus
substituiu “o meu povo de Israel” pela Igreja. É
evidente que a Igreja, composta pelos eleitos de
Deus dentre os judeus e os gentios, também é o
povo de Deus na presente era. Contudo, Deus não
extinguiu o Israel étnico e naciona
nacional,l, pelo
p elo ccontr
ontrário,
ário,
Ele tornará
tornará a concentrar Sua atenção no povo judeu
após o Arrebatamento da Igreja.
O Senhor também chama a terra de Israel de
“a minha terra”. Em outras palavras, Seu povo de
Israel estará vivendo em Sua terra, que também se
denomina Israel, nos últimos dias,
d ias, quando Gogue
Gogue e
seu bando descerão
desc erão para atacá-los. Portanto,
Portanto, esse
texto deixa muito claro que um ataque contra o
povo de Deus e contra a terra de Deus é um ataque
contra o próprio
apesar de Deus.
Israel ser pegoEssa é a razãoepela
de surpresa estarqual,

desprevenido, Deus intervirá para defendê-lo. Com


que finalidade Ele defenderá Seu povo e Sua terra?
Ele os defenderá, segundo Suas próprias palavras,
“...para que as nações me conheçam a mim, quando
eu tiver vindicado a minha santidade em ti, ó Gogue,
erante elas” (Ez 38.16).
Essa seção do texto se encerra com a
declaração do propósito de Deus, que é o alvo final
eumsupremo, de trazer
ataque contra Gogue
o Seu povopara
“nosque empreenda
últimos dias” (Ez
38.14).
38.1 4). O objetivo de Gogue, do ponto de vista
humano, já foi f oi verificado
verific ado anteriormente (Ez 38.10-
38.10-
13),, mas o propósito supremo é o de ensinar as
13) as
nações a reconhecerem o Senhor. Isso se
concretizará quando Deus Se utilizar de Gogue para
demonst
dem onstrar
rar Sua santidade perante as nações,
enquanto
enquan to o mundo inteiro observa. Deus De us vai
mobilizar Gogue, tal como c omo le
levanto
vantouu a Faraó na
ocasião do Êxodo, para mostrar Seu poder e
santidade quando Ele, logo em seguida, o abater.
Fisch declara: “Embora tenhamos a informação de
que o propósito
motivado da campanha
pelo desejo cobiçosomilitar de Gogue
de destruir seja
e tomar

o despojo, tal ato foi projetado na sabedoria de


Deus para levar a humanidade à constatação de que
Ele é o Rei
R ei do universo”.[10]
universo”.[10] Portanto,
Portanto, a intenção
intenção
de Deus em tudo isso é a de demonstrar não só
quem Ele é, mas também aquilo que Ele valoriza
neste mundo. Ele é um Deus santo que deu aquela
terra a Israel e que conhece a maneira certa de
proteger Seu povo. Que todos nós aprendamos essa
lição. Maranata!
Maranata!
NOTAS 1
ARNOLD FRUCHTENBAUM , FOOTSTEPS OF THE
MESSIAH: A STUDY OF THE SEQUENCE OF PROPHETIC
EVENTS, TUSTIN, CA: ARIEL PRESS, (1982),
2003, P. 111.
2
W ikipédia,
ikipédia, acessado
acess ado em 13 de
de maio de 2008.
3
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
4

F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
C.Testament , traduzido
traduzido para o ingl
inglês
ês por James
J ames Martin;
Mar tin;
reim
rei mpress
pressão,
ão, Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 47.
5
KEI L, Ezekiel, p. 167.
EIL
6
S. FISCH, Ezekiel: Hebrew Text & English Translation With An
Introduction
Int Com mentary, Londres: The
roduction and Commentary T he Soncino
Press,, 1950, p. 256.
Press
7
Charles
Moody Lee FEINBERG
Press,
Press , 1969,,p. 224. Ezekiel, Chicago:
The Prophecy of Ezekiel

8
Jon Mark RUTHVEN, The Prophecy That Is Shaping History:
New Research
Rese arch on Ezekiel’s Vision of the End, Fairfa
o n Ezekiel’s Fair fax,
x, VA:
VA:
Xulon Press, 2003, p. 39.
9
Charles H. DYER, “Ezekiel”, publicado no The Bible
Knowledge Commen
Com mentary:tary: Old Testam ent, organ
Testament or ganizado
izado por
John F. W AL
ALVOO
VOORDRD e Roy
Ro y B. ZUCK, Colorado Springs, CO:
Victor Books, 1985, p. 1301.
10
FISCH, Ezekiel, p. 257.
17. EZEQUIEL
38.17-19

“Assim diz o Senhor Deus: Não és tu aquele de


quem eu disse nos dias antigos, por intermédio
dos meus servos, os profetas de Israel, os quais,
então, profetizaram, durante anos, que te faria
vir contra eles? Naquele dia, quando vier Gogue
contra a terra de Israel, diz o Senhor Deus, a
minha indignação será mui grande. Pois, no
meu zelo, no brasume do meu furor, disse que,

naquele
Israel”. dia, será fortemente sacudida a terra de

À medida que entramos em mais uma seção


desse texto profético, verificamos que o Senhor se
dirige novamente a Ezequiel para predizer a futura
vitória
38.1
38.17-23de). Deus
7-23). Pela sobre Gogue
Pel a quinta últimeaseus
e última aliados
vez no (Ez 38,
capítulo

essa profecia é identificada como a palavra do


Senhor. Mark Hitchcock lembra o seguinte: “Em
Ezequiel 38–39 lemos por sete vezes estas mesmas
palavras: ‘Ass
Assim
im di
dizz o Senhor Deus’ (Ez
Senhor Deus
38.1,10,14,17;
38.1,10,14 ,17; 39.1,17,25). O refrão
refrão ‘diz o Senhor
Deus’ ainda ocorre por oito vezes. Fica evidente que
Deus não deseja que percamos de vista este fato:
Trata-se da Sua Palavra”.[1] Essa profecia começa
com a pergunta feita pelo Senhor a Gogue. Tal
indagação decorre do d o versículo
versícul o anterior (Ez 38.16)
38.16) e
diz respeito à forma pela qual o próprio Deus
vindicará Sua santidade
santidade aos olhos de Gogue e das
nações.

MAS, QUAL
QUAL É A PER
PERGUNTA?
GUNTA?
É como se Deus estivesse provocando Gogue
com essa pergunta, a qual revela a absoluta
confiança de Deus no resultado desse encontro.
Nessa seção do texto profético (Ez 38.17
38.17-23),
-23), Deus
responde às perguntas: “O quê?” e “Como?”. A
primeira pergunta,
p ergunta, “O quê?”, é respondida nos
versícul
versículos
os 17 e 18,
“Como?”, é respondidaao passo que a segunda pergunta,
pergunta
re spondida nos versículos 19 a 23. A ,

pergunta que confronta Gogue


Gogue é a seguinte: “Não és
tu aquele de quem eu disse nos dias antigos, por
intermédio dos meus servos, os profetas de Israel, os
quais, então, profetizaram, durante anos, que te faria
vir contra eles?”. A construção gramatical hebraica
leva o leitor a esperar por uma resposta afirmativa.
[2] Mas, então, onde se encontram
encontram as outras
profecias do
d o Antigo Testamento às quais o Senhor
se refere nesse texto? Randall Price responde a essa
indagação nos seguintes termos: A declaração
introdutória
intro dutória desta derrota (cf. versículo
ve rsículo 17) parece
implicar que já havia alguma predição anterior
sobre a invasão liderada por Gogue nos escritos de
outros profetas. Entretanto,
Entretanto, a ambiguidade desta
expressão “não és tu aquele...” (apesar de estar
subentendido, desde o versículo 16, que esse texto
se refere a Gogue), proferida por Deus no passado
remoto, revela que a referência está em aberto para
outros “Gogues”
“Gogues” típic
típicos,
os, cujas aç
ações
ões contra Israel
incitaram uma poderosa demonstração de força da
parte de Deus. O exército de Gogue se constituirá
de tropas multinacionais e algumas das nações nele
representadas são alvo de profecias específicas

pronunciadas contra
contra elas pe
pelos
los antigos profetas de
Israel, a exemplo de: Cuxe/Etiópia (Isaías 18.1-7) e
Arábia (Isaías 21.13-17). Contudo, não há nenhuma
necessidade de qualquer referência direta feita a
Gogue por algum dos antigos profetas de Israel,
porque todos os invasores de outrora
outrora foram tipos
que apontam para Gogue e seus aliados como seu
antítipo.[3]

No versículo
resposta à pergunta18,“Oo quê?”,
Senhorreferente
continuaàSua
invasão da
terra de Israel por Gogue, ao asseverar: “...a minha
indignação subirá às minhas narinas...” [conforme a
Tradução Brasileira]. O Senhor utiliza três palavras
hebraicas para descrever Sua reação a essa invasão
da terra de Israel. Pela ordem em que elas ocorrem
no texto hebraico, verificamos que a primeira
palavra é ‘alah, um verbo hebraico de uso comum
que ocorre mais de d e 1.200 vezes no Antigo
Testamento Hebraico[4] e significa “ascender,
escalar, exaltar, elevar”,[5] mas nesse contexto se
traduz por subirá .
A segunda palavra
pal avra é o substantivo hebraico
hema’, que significa “calor, peçonha ou veneno (de

animais), fúria, ira, raiva”[6],


raiva”[6], todavia nessa
passagem é traduzido por “indignação”. Esse
vocábulo ocorre 120 vezevezess na Bíblia Hebraica e a
maioria das suas ocorrências diz respeito à ira
humana ou divina (110 vezes).[7] O uso de hema’
em referência à ira humana ocorre apenas 25 vezes,
ao passo que esse termo hebraico é usado por 85
vezess para se referir à ira divina e a maioria das
veze
ocorrências se encontra no livro de Ezequiel (31
vezes).[8
veze s).[8]] Assim, verificamos
ve rificamos que ira justa do
Senhor se acumula e é liberada na história como
Sua indignação divina.
A terceira e última palavra hebraica utilizada
peloo Senhor nessa frase é o substantivo ‘af, que
pel
significa “nariz, face,
face , narina, ira”,[9]
ira”,[9] o qual ocorre
oc orre
155 vezes no Antigo Testamento
Te stamento Hebraico[1
Hebraico[10]0] e se
traduz nessa frase pela expressão “minhas narinas”.
Os substantivos hebraicos ocorrem não apenas no
singular ou no plural, mas também podem se
apresentar na forma dual. “Quando o termo se
refere ao nariz, a forma singular é usada; todavia,
quando ocorre na forma dual, diz respeito à face ou
às narinas”.[11] Aqui nesse contexto, a indignação

do Senhor se expressa pela forma dual, numa


ênfase, portanto, às narinas, as quais se tornam
muito evidentes em alguns animais quando ficam
nervosos e começam a resfolgar pelas narinas,
bufando de raiva. Então, os termos hema’ e ‘ af são
classificados juntos em referência a Deus aqui nessa
frase, de forma que a expressão denota o tipo mais
forte da ira de Deus, aquele tipo de indignação que
leva à ação. Keil descreve tal ocorrência como uma
“expressão de antropopatismo, a saber, ‘minha ira
sobe até o meu nariz’ [...] A explosão de ira se
mostra na respiração intensa, quando
quando o homem
hom em
encolerizado inspira e expira pelo nariz”.[12] A
nítida mensagem desse texto é a de que Deus
chegou ao limite de Sua paciência e, a partir
daquele momento, Seus atos de indignação jorrarão
jorrarão
contra Gogue
Gogue e seus aliados.

COMO ISSO VAI ACONTECER?


A última seção do capítulo 38 (versículos 19-
23) inicia com uma revelação feita pelo Senhor
sobre a atitude que terá para defender Seu povo,
Israel. A primeira parte do versículo 19 declara:

“...no meu zelo, no brasume do meu furor...”. Mais


uma vez, essa frase contém três importantes
palavras hebraicas no texto original, as quais
demonst
dem onstram
ram que o dicionário
d icionário léxico não esgotou o
campo semântico dos termos no versículo anterior,
quando descreveu a grande indignação dirigida
contra Gogue
Gogue e os outros invasores.
invasores. A primeira
palavra é o substant
substantivo
ivo hebraico qin’ah, traduzido
por “zelo”, que ocorre 17 vezes no Antigo
Testamento Hebraico e a maioria das ocorrências
se encontra em Ezequiel (7 vezes).[13] Seu
significado básico é o de “zelo” por algo (nesse caso,
o zelo de Deus por Sua valiosa propriedade neste
mundo, Israel), bem como o “ciúme” e a
“indignação” que se manifestam
m anifestam quando outra
pessoa tenta invadir e tomar posse daquela
propriedade.[14] Chega-se a uma compreensão
mais clara da atitude do Senhor para com Seu povo
e Sua terra, a terra de Israel, dois capítulos antes,
onde se lê no livro de Ezequiel o seguinte:
“Portanto, assim diz o Senhor Deus: Certamente, no
ogo do meu zelo [i.e., “ciúme”], falei
falei contra
contra o resto
resto
das nações e contra todo o Edom. Eles se apropriaram

da minha terra, com alegria de todo o coração e com


menosprezo de alma, para despovoá-la e saqueá-la.
Portanto, profetiza sobre a terra de Israel e dize aos
montes
mon tes e aos outeiros, às correntes e aos vales: Assim
diz o Senhor Deus: Eis que falei no meu zelo [i.e.,
“ciúme”] e no meu furor, porque levastes sobre vós o
opróbrio das nações” (Ezequiel 36.5-6;
36.5-6; grifo do autor
em negrito).
negrito).

O mesmo ciúme que Deus expressa no


capítulo 36 se consuma em Ezequiel 38.19, no que
se refere à esposa de Javé, Israel. Charles Feinberg
afirma: “A paciência de Deus se esgotaria com as
repetidas tentativas dos inimigos de aniquilar
aniquilar Israel.
O próprio Senhor se encarregará da destruição dos
inimigos de Israel, não optando pela ajuda de
nenhum agente secundário por se tratar de um
uízo cabal e irreversível”.[15]
O segundo substantivo que encontramos nessa
passagem é o vocábulo hebraico ‘esh, que significa
“fogo” e foi traduzido
traduz ido por “brasume”.[16] A
terceira palavra do texto hebraico é ‘ evrah, que foi
traduzida por “furor”[1
“ furor”[17]
7] no versículo 19 e está
numa relação de construto com o termo

“brasume”. Quando considerados juntos, esses dois


termos formam a declaração mais forte sobre a ira
de Deus que se pode obter – é ardente, pegando
fogo. “Essas palavras expressam a intensidade da
demonstração de vingança da parte de Deus contra
os invasores de Sua terra (‘meus montes’; Ez 38.21)”.
[18]
Mas, então, o que o “brasume do... furor” de
Deus o leva a declarar?
dia, será fortemen
fortemente Deus “... disse que, naquele
te sacudida a terra de Israel”. A
expressão “naquele dia” se refere ao dia em que
Gogue e seus comparsas invadirão a terra de Israel.
Nessa ocasião, Deus
De us contr
c ontra-atacará
a-atacará os intrusos ao
infligir um terrível terremoto na terra de Israel.
Price explica: De acordo com os versículos 19b-21,
um terremoto divinamente decretado será tão
severo que desorientará
d esorientará as
as tropas multinacionais de
Gogue e as levará a um estado de confusão a ponto
de guerrearem entre si. Ao que parece, esse
terremoto vai deflagrar depósitos vulcânicos
naquela
naquela re
região,
gião, os quais lançarão uma chuva de
rocha derretida e de enxofre incandescente (lava
vulcânica) sobre o exército de Gogue, de modo que

as tropas inimigas sejam totalmente destruídas


antes que possam desferir um único ataque a Israel
(versículo 22).[19]
Maranata!
NOTAS 1
MARK HITCHCOCK, AFTER THE E
EMPIRE:
MPIRE: BIBLE
BIBLE
PROPHECY IN LIGHT OF THE FALL OFTHE SOVIET
UNION, WHEATON, IL:TYNDALE HOUSE PUBLISHERS,
1994, P. 174.
2
C. F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old

Testament, traduzido
traduzid
rei
reimmpress
pressão,
ão, G randoRapids:
Grand para o ingl
inglês
Eerês
Eerdm por
ansJames
dmans JPubl
ames Martin;
Mar tin;
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 168.
3
Randal
Ra ndalll PRICE, Comentários Não Publicados Sobre as
Ezequiel, 2007, p. 42.
Profecias de Ezequiel
4
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
5
Francis BROWN, S. R. DRIVER, e C. A. BRIGGS, Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres,, edição
eletrônica.
6
Ludwig KOEHLER e Wal
Wa lter BAUMG
AUMGART NER, The Hebrew and
ARTNER
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
7
G. Johannes BOTTERWECK e Helmer RINGGREN, orgs.,
Theologicall Dictionary of the Old T
Theologica Testam ent, vol. IV,
estament IV, Grand
Gr and
Rapids: Eerdmans, 1980, p. 462.
8
BOTTERWECK e RINGGREN, Theological Dicti onary, vol. IV, p.
D ictionary
464.

9
KOEHLER e BAUM
AUMGAR
GARTN ER, Hebrew Lexicon, versão el
TNER e letrônica.
10
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
11
Willem A. VANGEMEREN, org. geral, New International
Dictionary of Old Testam
Testament Exegesis , 5 vols.,
ent Theology & Exegesis
Grand
Gra nd Rapids: Zondervan, 1997, vol.1, p. 463.
12
KEIL, Ezekiel, p. 169.
EIL
13
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
14
Definição originária de Koehler e Baumgartner, Hebrew
Lexicon, versão el
e letrônica.
15
Charles Lee FEINBERG , The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:
Moody Press
Press,, 1969, p. 225.
16
KOEHLER e BAUMG
AUMGART NER, Hebrew Lexicon, versão eletrônica.
ARTNER
17
KOEHLER e BAUMG
AUMGART NER, Hebrew Lexicon, versão eletrônica.
ARTNER
18
Randal
Ra ndalll PRICE, “Ezekiel”, publicado
publicado na obra de Tim LaHaye
LaH aye e
Ed Hindson,
Hindson, orgs.,
or gs., The Popular Bible Prophecy
Commentary , Eugene, OR: Harvest House Publishers,
2007, p. 193.
19
PRICE, Comentários Não Publicados Sobre Ezequiel, p. 42.
18. EZEQUIEL
38.20-23

“...de tal sorte que os peixes do mar, e as aves do


céu, e os animais do campo, e todos os répteis
quee se arrasta
qu arrastamm sobre a terra, e todos os homens
que estão sobre a face da terra tremerão diante
da minha presença; os montes serão deitados
abaixo, os precipícios se desfarão, e todos os
muros desabarão por terra. Chamarei contra
Gogue a espada em todos os meus montes, diz o
Senhor
contra oDeus; a espadaContenderei
seu próximo. de cada um comse voltará
ele por
meio da peste e do sangue; chuva inundante,
grand
grandes
es pedra
pedrass de sara
saraiva
iva,, fogo e enxofre
enxofre fa
farei
rei
cair sobre ele, sobre as suas tropas e sobre os
muitos povos que estiverem com ele. Assim, eu
me engrandecerei, vindicarei a minha santidade
e me darei a conhecer aos olhos de muitas
nações; e saberão que eu sou o Senhor”.

Em conseqüência do terremoto que ocorrerá


na terra de Israel, já descrito no versículo 19, o
versícul o 20 most
versículo mostra
ra o reflexo da grandiosidade dos
atos poderosos do Senhor por toda parte, tanto nos
céus quanto
quanto na terra. Em todas as três esferas
esfe ras de
ação – terra, mar e ar – em toda parte da criação de
Deus, as criaturas saudarão reverentemente a
demonstração do poder do Senhor em favor de Sua
nação eleita, Israel.

TREMOR, ESTRONDO E
DESLIZAMENTO A ORDEM
NATURAL E AMBIENTAL DO
AR, DA TERRA
TERRA E DOS
DOS CÉUS
SERÁ GRANDEMENTE
TRANSTORNADA PELA
DEMONSTRAÇÃO DE PODER DO
SENHOR NO TERRITÓRIO DE
ISRAEL. ESSE
CARACTERIZA TEXTO
A REAÇÃO

HUMANA AO QUE DEUS

EXIBIRÁ PORTENTOSAMENTE
NA TERRA DE ISRAEL
ISRAEL, ,
DESTA MANEIRA: “...E TODOS
OS HOMENS QUE ESTÃO SOBRE A
FACE DA TERRA TREMERÃO
DIANTE DA MINHA
PRESENÇA...”. CHARLES
FEINBERG ASSINALA: “A
SEQÜÊNCIA SERÁ, EM

PRIMEIRODEPOIS
TERREMOTO; LUGAR,VÊM:
O
ANARQUIA NAS TROPA
TROPASS
INVASORAS, A PESTE E OS
DESASTRES NATURAIS. O
VIOLENTO ABALO SÍ
SÍSMICO,
SMICO,

PROVOCADO POR DEUS NA

TERRA, AFETARÁ
DIMENSÕES TODAS AS
DA NATUREZA,
TANTO A NATUREZA ANIMAD
QUANTO A INANIMADA”.[1]
GOGUE, ARMADO ATÉ OS
DENTES, ATACARÁ ISRAEL,
MAS DEUS,
DEUS, COM UMA
“SIMPLES” SACUDIDA DO
SOLO, FARÁ COM QUE AS
TROPAS INVASORAS SEJAM
TOTALMENTE EXTERMINADAS.
ESSA PASSAGEM BÍBLICA
DEIXA CLARO QUE A
EXCELÊNCIA DAS FORÇAS
ARMADAS DE
DE ISRAEL E DE

SEUS MODERNOS ARMAMENTOS

(INCLUSIVE
NUCLEARE
NUCLEARES) ARMAS
S) NÃO TEM
TEM
NENHUMA RELAÇÃO
RELAÇÃO COM
COM A
DESTRUIÇÃO DE GOGUE E
SEUS ALIADOS.
As últimas três frases do versículo 20
descrevem com mais detalhes o “terremoto na terra
de Israel”. Em conseqüência desse abalo sísmico,
“...os montes
montes serão
serão deitados abaixo, os precipícios se
desfarão, e todos os muros desabarão por terra”. O
texto já tinha feito alusão ao fato de que a invasão
empreendida por Gogue acontecerá “ ...sobre
montes de Israel...” (v. 8). Se um exército inimigo os
quiser ultrapassar a barreira natural
natural ddas
as montanhas
de Israel para entrar no
no território israele
israelensense precisa,
primeiramente, encontrar uma passagem ou um
atalho. Nas guerras que o atual Estado de Israel teve
de enfrentar desde sua fundação, essa tem sido uma
pedra de tropeço para o exército sírio e de outros
países árabes, quando tentaram atacar o território

israelense. Eles têm enfrentado grande dificuldade


de atravessar aquelas m
monta
ontanhas.
nhas. Entretanto,
Entretanto, nessa
invasão predita, Deus, não as forças de defesa de
Israel (em inglês: Israel Defense Forces – IDF), é
Quem destruirá por completo o inimigo, a partir do
momento em que o terremoto do Senhor
literalmente puxar o tapete de debaixo dos pés
daqueles invasores. Não há dúvida de que isso vai
eliminar
elim inar uma gran
grandede parcela
p arcela das tropas invasoras.

“FOGO AMIGO”
No contexto das guerras
gue rras atuais, quando
alguém mata acidentalmente outro soldado do
mesmo exército, tal fato é chamado de “fogo
amigo”. Eu li recentemente que nos campos de
combate da atualidade o percentual de mortes por
“fogo amigo” é de 20 por cento, em virtude do
grande poder de fogo dos exércitos modernos. O
versículoo 21 deixa abso
versícul absolutamente
lutamente clclaro
aro que a única
matança que os invasores da terra de Israel farão
sob o comando de Gogue será o massacre de seus
próprios companheiros de armas. O Senhor Deus
afirma: “Chamarei contra Gogue a espada em todos

os meus montes [...] a espada de cada um se voltará


contra o seu próximo”. Ao que parece, diante da
confusão gerada no terremoto ordenado pelo
Senhor e do terrível abalo das montanhas de Israel,
os exércitos de Gogue vão amargar uma
assombrosa quantidade
quantidade de “fogo amigo” naquele
momento em que o Senhor os conturbar,
conturbar, lev
levando-
ando-
os a se voltarem
vol tarem um contra o outro.
outro.

Imagine o terrível constrangimento


constrangimento e a
humilhação que o povo de Gogue vai amargar na
sua própria terra, quando descobrir que as forças de
defesa de Israel nem precisaram entrar em
combate, porque grande parte dos soldados de
Gogue e de seus aliados se matou mutuamente.
Após uma análise mais aprofundada, os aliados de
Gogue vão constatar
constatar que lutaram, na verdade
verdade,,
contra o Deus de Israel e, por isso, não tiveram a
mínima chance! No entane ntanto,
to, esse não é o único
meio que Deus utilizará
utiliz ará para derrotar os
os invasores.
DEUS PERTURBA GOGUE O
PAI DO CHAMADO “ROCK

CRISTÃO” OU “MÚSICA

EVANGÉLICA LARRY
CONTEMPORÂNEA”,
NORMAN, MORREU NO ANO DE
2008. EU COSTUMAVA OUVIR
SUAS MÚSICAS E UMA DAS
MINHAS FAVORITAS
FAVORITAS SE
DENOMINAVA SIMPLESMENTE
OSESS [EM PORTUGUÊS:
MOSE
M
“MOISÉS”]. A LETRA DA
MÚSICA SE
SE REFERE À
OCASIÃO EM QUE MOISÉS
TIROU OS FILHOS DE
ISRAEL DO EGITO,
CONDUZINDO OS À TERRA
PROMETIDA. UMA DAS

ESTROFES DESSA MÚSICA

DIZ O SEGUINTE:
SABIA MOISÉS
QUE DEUS ESTAVA
FALANDO COM ELE.
Por isso, partiu para o Egito com força e vigor; então Moisés
perturbou o Faraó; ele o perturbou e o perturbou...
até que conseguisse a libertação do seu povo.
Ele usou moscas perturbadoras de verdade![2]
Assim como Deus se utilizou de moscas
m oscas
perturbadoras para irritar o Faraó na ocasião do
Êxodo, Ele novamente fará uso de “moscas
perturbadoras de verdade”, bem como de peste,
para perturbar Gogue e seus exércitos, só que, desta
vez, com o intuito de proteger Seu povo de d e uma
invasão. Além do terremoto e do “fogo amigo”, o
Senhor usará outros
outros meios
me ios para derrota
de rrotarr os
inimigos de Israel, conforme é mencionado no
versículoo 22
versícul 22:: “Contenderei com ele por meio da peste
e do sangue; chuva inundante, grandes pedras de
saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele, sobre as
suas tropas e sobre os muitos povos que estiverem com
ele”.

O substantivo
substantivo hebraico traduzido por “peste”
“p este” é
usado para designar uma epidemia, como, por
exemplo, a “Peste Bubônica”, que pode ser causada
pela picada de um inseto.[3] Contudo, nesse caso,
não seriam as moscas nem os mosquitos que lhes
causariam doenças; pelo contrário: Deus é quem
vai perturbá-los. Junto com a palavra “peste”
“pe ste” foi
usado outro substantivo
substantivo hebraico, traduzido por
“sangue”, que, no contexto em que se encontra, faz
alusão a “sangue derramado
d erramado violentamente”[4] na
ocasião do juízo de Deus. O verbo principal, que
governa todas as ações mencionadas no versículo
22, é o termo hebraico traduzido nessa passagem
pela palavra “contenderei”. Portanto,
Portanto, esse texto
mostra que toda a peste, chuva torrencial, granizo,
fogo e enxofre são juízos de Deus contra Gogue e
seus comparsas invasores. A primeira metade do
versículoo nos diz que o Senhor cont
versícul contenderá
enderá em juízo
contra os invasores, utilizando-se da pestilência que
causará o derramamento de sangue ou a morte do
exército de Gogue. A segunda parte do versículo
parece revelar os diferentes tipos de peste que
provocarão a morte dos inimigos de Deus e de

Israel. Assim como no Êxodo de Israel ao sair do


Egito, o Senhor miraculosamente fará cair do céu a
chuva torrencial, o granizo, o fogo e o enxofre sobre
os invasores no momento em que atacarem Israel.
É provável que as pedras de granizo atinjam
exclusivamente os inimigos de Deus e de Israel, a
exemplo do que se percebe em Apocalipse 16.21,
pela reação hostil de blasfemarem contra Deus.
Além disso, não somente enxofre, mas também
fogo cairá do céu
cé u para atingir as pessoas. Fogo e
enxofre foram os únicos elementos usados por
Deus para destruir as cidades de Sodoma e
Gomorra (Gênesis
(Gênesis 19.24
19.24),
), porém,
porém , aqui neste caso, o
que se tem é uma mistura de fogo com chuva
torrencial. Essa será uma inacreditável combinação
de pragas destruidoras que levarão os invasores da
terra de Israel à morte. Eu me pergunto: Será que a
Organização
Organ ização das
d as Nações Unidas (ONU) ou algum
órgão semelhante vai se reunir em conselho para
votar pela condenação de Deus por esses atos?
A GLÓRIA DE DEUS GOGUE
ATACARÁ ISRAEL MO
MOTIVADO
TIVADO

PELA VISÃO ARROGANTE DE

ENALTECER
GLÓRIA. SUA PRÓPRIA
ENTRETANTO, DEUS
É AQUELE QUE VAI GANHAR
A TREMENDA
TREMENDA NOTORIEDADE
NOTORIEDADE
EM TODOS ESSES
ACONTECIMENTOS. O
ACONTECIMENTOS.
VERSÍCULO 23 DECLARA:
DECLARA:
“A
ASSIM
SSIM,, EU ME
ENGRANDECEREI, VINDICAREI A
MIANHA
MINHCOANHEC
CONHSANTI
SAN TIDA
ERDADE
ECE DE OLH
AOS
AOS E LHOS
O ME
MEOS
DAR
DARE
DEEI
DE
MUIT
MU ITA
AS NA
NAÇÕE
ÇÕES; E SABE
SABERÃ
RÃOO
QUE EU SOU O SENHOR”.
O Senhor concretizará três objetivos
específicos ao derrotar essa coalizão de exércitos
que atacará a Sua terra, Israel.
Israel. Essas três lições
liçõe s

objetivas de Deus são ensinadas com o uso de três


verbos hebraicos. Em primeiro
prim eiro lugar, Deus se
“engrandecerá” através desses acontecimentos,
como expressa o verbo hebraico ga gadal
dal, conjugado
no tempo hitpael que implica uma ação reflexivo-
pal avra ga
intensiva. A raiz da palavra gadal
dal significa “tornar-
se grande”. No tronco he braico hitpael, tem o
tronco hebraico
sentido de “magnificar-se” ou “demonstrar que é
grande”.[5]] É exatamente isso que o Senhor Deus
grande”.[5
de Israel fará, quando
quando derrotar sozinho todo esse
enorme exército que virá contra Israel. Deus
acrescentará mais essa evidência à longa lista de
feitos extraordinários que Ele realizou desde o
passado (por exemplo, a Criação, o Dilúvio, o
Êxodo, etc.), pela qual Deus tem provado
historicamente, tanto no tempo quanto no espaço, a
Sua grandeza.
Em segundo lugar, o Senhor utiliza o termo
qadash, outro verbo hebraico no tempo hitpael.
Acredita-se que a raiz da palavra qadash significaria
“cortar”, daí decorre o significado básico de
“separar” para uso especial. O termo “santo” (do
heb. qadosh) tem direta relação etimológica com

qadash e transmite a idéia de separar algo do uso


comum para aplicá-lo em ocasiões especiais. Usado
nesse texto no tronco hebraico hitpael, o termo
significaria “revelar-se ou mostrar-se como santo”.
[6] No
No contexto dessa passagem o termo notifica
que o Senhor provará ao mundo que Ele é santo,
separado de todos os outros seres de modo especial,
e que Ele é o único e verdadeiro Deus, pois

ninguém
altura, teráé capaz de fazer
feito contra os aquilo quedeEle,
inimigos a essa
Israel.
Em terceiro lugar, Deus se pronuncia com o
termo hebraico yad
yada‘a‘, um verbo muito usado que
significa “saber” ou “vir a conhecer”, em geral
através da experiência ou da interação com alguém
ou alguma coisa. Nesse caso, o termo yad a‘ ocorre
yada‘
no tempo hebraico nifal cujo sentido se expressa na
voz passiva ou reflexiva.[7]
refl exiva.[7] Nesse
Nesse ccontexto
ontexto,,
portanto, a palavra exprime a noção de que Deus
deseja que o mundo venha a conhecer ou perceba
que Ele é o Senhor Deus de Israel, sob o efeito da
ocorrência desses
desse s fatos. Maran
M aranata!
ata!
1
NOTAS CHARLES LEE FEINBERG, THE PROPHECY OF
EZEKIEL, CHICAGO: MOODY PRESS, 1969, P. 225-

26.
2
Larry NORMAN, “Mose
“Mo ses”
s”,, lançada no álb
álbum
um Upon This Rock,
Nova York: Capitol Records, 1969.
3
Ludwig KOEHLER e Wal
Wa lter BAUMG
AUMGARTNER, The Hebrew and
ARTNER
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
4
KOEHLER e BAUM
AUMGAR
GARTNER, Hebrew Lexicon, versão el
TNER e letrônica.
5
KOEHLER e BAUM
AUMGAR
GARTNER, Hebrew Lexicon, versão el
TNER e letrônica.
6
KOEHLER e BAUM
AUMGAR
GARTNER, Hebrew Lexicon, versão el
TNER e letrônica.
7
KOEHLER e BAUM
AUMGAR
GARTNER, Hebrew Lexicon, versão el
TNER e letrônica.
19. EZEQUIEL 39.1-
3

“Tu, pois, ó filho do homem, profetiza ainda


contra Gogue e dize: Assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe de
Rôs, de Meseque e Tubal. Far-te-ei que te volvas
e te conduzirei, far-te-ei subir dos lados do
Norte e te trarei aos montes de Israel. Tirarei o
teu arco da tua mão esquerda e farei cair as tuas
flechas
flech as da tua
tua m
mão
ão di
direita”
reita”..

Enquanto escrevo (N.Ed.: ano de 2008) esta


seção de nossa análise sobre a futura campanha
militar de Gogue contra Israel, acabamos de
constatar
constat ar o ataque da Rússia
R ússia à Geórgia com o
intuito de assumir o controle do sul da Ossétia,
uma província
p rovíncia situada no território
território da Geórgia. A
Rússia também bombardeou várias cidades

importantes em toda a Geórgia e enviou


e nviou sua
infantaria
infantaria mecanizada para invadir e ocupar
oc upar
determinados territórios localizados dentro dos
limites geográficos da Geórgia. Essa é a primeira
vez que a Rússia invade outro país, desde a invasão
do Afeganist
Afe ganistão
ão na década de 19
1970
70 pela antiga União
Soviética. Por que os russos empreenderam essa
invasão agora? A Stratfor Intelligence Report

apresenta
Geórgia é ao seguinte análise: ePortan
retorno público Portanto,
to,da
notório a guerra
Rússiana
à
posição de grande
grande potência.
p otência. Isso não é algo que
aconteceu de repente, pelo contrário, é um
processo que se desdobra desde que Putin assumiu
o poder e que, nos últimos cinco anos, tem se
intensificado cada vez mais. Em parte isso tem a ver
com o aumento do poderio russo, mas tem muito
mais a ver
ve r com o fato
f ato de que as guerras
gue rras no O
Oriente
riente
Médio deixaram os Estados Unidos em
desequilíbrio e com menos recursos. Como já
escrevemos anteriormente, esse conflito criou uma
anela de oportunidade. O objetivo da Rússia é usar

tal janela de oportunidade


reconhecimento pararealidade
de uma nova exigir o em toda

aquela região, enquanto os


os Estados Unidos se vê
vêem
em
amarrados em outra região e dependem da Rússia.
Essa guerra está muito longe de ser uma surpresa.
Ela já tinha sido arquitetada há meses. Porém, os
alicerces geopolíticos dessa guerra vêm sendo
construídos desde 199
1992.
2. A Rússia durante muitos
séculos tem se mostrado como um império. Estes
últimos 15 anos, ou um pouco
pouc o mais, não

correspondem a uma
representam uma nova realidade,
anomalia que devia mas
ser corrigida.
Agora essa anomalia realmente está sendo
corrigida.[1]
Com isso não quero dizer que esse
acontecimento da guerra
gue rra na Geórgia
Geórgia se enquadre
diretamente no contexto da invasão de Gogue à
terra de Israel; todavia, parece ser um
acontecimento relevante na sinalização de que o
“urso Russo” voltou a ficar à espreita. Quando se
unta essa invasão do território da Geórgia ao fato
de que a Rússia retomou os vôos de seus aviões
bombardeiros Bear Tu-95 ao longo da fronteira
americana, perto do Alasca,[2] acrescentando-se,
ainda, o fato de que Putin ameaçou instalar mísseis

novamente em Cuba,[3] percebe-se que a Rússia é


muito mais agressiva e anti-ocidental do que tem
aparentado nos
nos últimos quinze anos. Tudo isso
pode ser indício de que a Rússia, após um período
de dormência, esteja agora interessada em agressão
militar.
Os críticos da posição, que defende o
cumprimento futuro da profecia referente a Gogue
e Magogue, ridicularizam, muitas vezes, a
possibilidade de que isso ocorra por causa do
colapso da
d a antiga União
União Soviética (eu nunca vi
nenhuma exigência textual de que a Rússia tenha
de liderar a União Soviética como condição para
que essa profecia se cumpra. O fato de que a Rússia
continua a existir como nação é a única condição
requerida nessa profecia).
Gary North declarou o seguinte: “A Rússia foi
o principal candidato.
c andidato. Contudo,
Contudo, de
depois
pois de 1991,
1991,
ficou difícil defender esse ponto de vista por razões
óbvias. O colapso da União Soviética criou um
grande problema para os teólogos do
Dispensacionalismo e seus autores populares”.[4] É
evidente que a atual tentativa da Rússia, de ter a

hegemonia sobre a Geórgia, não implica que Putin


está tentando recriar o antigo Império Soviético.
Isso realmente é sinal de que a Rússia, detentora de
muita riqueza gerada pela produção de petróleo
nos últimos anos, procura se rearmar para que
possa ser a maior potência daquela região.
Friedman esclarece: Putin não queria restaurar a
União Soviética; o que ele realmente queria era

restabelecer a esfera
região da antiga Uniãode Soviética.
influênciaPara
dos russos na
conseguir
isso, ele tinha que fazer duas coisas. Em primeiro
lugar, tinha que devolver ao exército russo a
credibilidade como força de combate, pelo menos
no contexto daquela
daquela região. Em segundo lugar,
Putin tinha que provar
p rovar que as garan
garantias
tias ocidentais,
ocide ntais,
inclusive a adesão como membro da OTAN, não
significavam nada diante do poderio russo. Ele não
queria um confron
c onfronto
to direto com as tropas da
OTAN, mas queria enfrenta
e nfrentarr e derrota
de rrotarr uma força
militar que, de fato, estivesse estreitamente
alinhada com os Estados Unidos da América e que

contasse com o apoio


dos americanos, bélico,fosse
bem como auxílio e orientação
abertamente vista

como uma
um a nação sob a proteção dos Estados
Unidos. A Geórgia era a escolha perfeita.

EZEQUIEL 39
Ao completarmos nossa análise e comentário
do capítulo 38 do livro de Ezequiel, viramos, agora,
a página para estudarmos o capítulo 39 dessa
extraordinária
extraordinária profecia. Arnold Fruchtenbaum
comenta que o princípio de interpretação, por ele
denominado de Lei de Recorrência
Recorrência, se aplica no
capítulo 39.[5] Ele descreve esse princípio nos
seguintes termos: Essa lei considera o fato de que,
em algumas passagens das Escrituras, ocorre o
relato de um acontecimento seguido de um
segundo relato do mesmo acontecimento, este
último mais detalhado do que o primeiro. Nesse
caso, a situação quase sempre envolve dois blocos
de texto bíblico. O primeiro bloco de texto
apresenta a descrição de um acontecimento
conforme ele ocorre em seqüência cronológica. Em
seguida, vem um segundo bloco de texto que trata
do mesmo acontecimento e do mesmo período de
tempo, apresentando, contudo, mais detalhes do

que se passa
p assa no transcurso
transcurso daquele acontecim
acontecimento.
ento.
[6]
Fruchtenbaum afirma que Ezequiel 39 “repete
uma parte do relato apresentado no primeiro bloco
de texto e acrescenta outros detalhes referentes à
destruição do exército invasor”.[7] Talvez o Senhor
repita algumas profecias com o fim de deixar
realmente bem entendida a importância daquilo
que Ele está dizendo. Nesse caso, a profecia
referente a Gogue ganharia dupla importância
im portância por
causa dessa ênfase. O segundo pronunciamento da
profecia sobre a invasão liderada
lide rada por Gogue se
conclui em Ezequiel 39.16. O trecho de Ezequiel
39.1-6 é a primeira seção desse capítulo que reitera
a informação acerca do local dessa destruição.

O SEGUNDO VERSÍCULO,
IGUAL AO PRIMEIRO
EZEQUIEL, QUE É CHAMADO
DE “FILHO DO HOMEM” NO
VERSÍCULO
VERSÍCUL O UM, RE
RECEBE
CEBE

ESTA ORDEM: “...PROFETIZA


AINDA
AIND A CONT
CONTRARA GOGUE
GOGUE E DIZE
DIZE::
ASSI
ASSIM
M DIZ
DIZ O SEN
SENH
HOR DEUS:
DEUS: EIS
EIS
QUE EU SOU CONTRA TI, Ó
GOGUE, PRÍNCIPE DE RÔS, DE
MESE
ME SEQ
QUE E TTUBAL””. ESSE
UBAL
TEXTO É UMA REPETIÇÃO
IDÊNTICA DAQUILO QUE
ESTÁ REGISTRADO EM
EZEQUIEL 38.3, SOBRE O
QUE JÁ FIZ COMENTÁRIOS
NAQUELA RESPECTIVA
RESPECTIVA SEÇÃO
DE NOSSA ANÁLISE. POR
QUE FOI REPETIDO? CREIO
QUE O CONTEÚDO DO
ERSÍCULO 1 É EXATAMENTE

O MESMO QUE SE ENCONTRA

NOMOSTRAR
CAPÍTULO
CAPÍTULOQUE38, PARA
É UMA
PROFECIA REFERENTE ÀS
MESMAS ENTIDADES
ENTIDADES E
ACONTECIMENTOS
ACONTECI MENTOS JÁ
PREDITOS NA SEÇÃO
ANTERIOR.
ANTERIOR . É POR ESSA
RAZÃO QUE O SENHOR, APÓS
ESTABELECER A LIGAÇÃO
DISSO COM O CAPÍTULO
ANTERIOR EM EZEQUI
EZEQUIEL
EL
39.1, PASSA A
ACRESCENTAR
ACRESCEN TAR MAIS
INFORMAÇÕES SOBRE ESSE
ACONTECIMENTO
ACONTECIM ENTO NO TEXTO

DE EZEQUIEL 39.3-6.
O versículo
te conduzirei, 2 declara:
far-te-ei subir “dos
Far-te-ei queNorte
lados do te volvas
e te e
trarei aos montes de Israel”. Esse versículo parece
ser a síntese do que está escrito em Ezequiel
38.4,6,8
38.4 ,6,8 e 15, sobre o que já fiz comentários em
seção anterior de nossa análise. C. F. Keil faz esta
observação: “Então, os elementos essenciais do
capítulo 38.4-15 são são resumidos breveme
brevemente
nte no
versículoo 2”.[8
versícul 2”.[8]] Charles Feinberg afirma: “A
declaração sobre fazer com que Gogue se “volva”
(v.2) traz consigo a idéia de compulsão”.[9]
Entretanto, a frase “...e te conduzirei...
conduzirei...” não ocorre
no capítulo anterior. Na realidade, o texto de
Ezequiel 39.2 é a única referência na qual
é usado em todo o Antigo Testamento Hebraico.esse verbo
[10]] O termo transmite a idéia básica ddee “c
[10 “caminhar
aminhar
ao lado de”,[11] como alguém que caminha ao lado
de um animal,
animal, a exemplo
exempl o de um cão, conduzindo-o
conduzindo-o
pela coleira. Esse verbo está conjugado no tempo
hebraico Piel que determina
de termina uma ação intensiva na
voz ativa. Assim, a imagem
im agem que esse texto retrata é
a do Senhor conduzindo Gogue e seus aliados até os

montes de Israel, como se conduz um animal pela


coleira. A passagem não deixa a menor dúvida de
que a suprema causa motivadora dessa invasão, a
despeito da ação humana, é a vontade soberana de
Deus.

O DESARMAMENTO DE GOGUE
O VERSÍCULO TRÊS
ASSEVERA:
ASSEVERA : “TIRAREI O TEU
RCO DA TUA MÃO ESQUERDA E
FAREI CAIR AS TUAS FLECHAS
DA TUA MÃO DIREITA”.
AMBAS AS FRASES
EXPRESSÕES SÃ
SÃOO
IDIOMÁTICAS
HEBRAICAS QUE RETRATAM
AÇÃO DO SENHOR,
SENHOR, NÃO
NÃO DE
ISRAEL, AO DESARMAR
GOGUE, ARRANCANDO DAS

MÃOS DELE
DELE O ARCO, QUE É

UMA AOS
ALUSÃO ÀS ARMAS
SISTEMAS DE
SISTEMAS OU
ARMAMENTO
ARMAMENT O DE GOGUE
GOGUE
(SEJAM ELES QUAIS
FOREM). O SENHOR TAMBÉM
VAI TIRAR
TIRAR A MUNI
MUNIÇÃOÇÃO
USADA POR GOGUE DURANTE
ESSA FUTURA INVASÃO, TAL
COMO AFIRMA: “...E FAREI

CAIR
OAS
MÃO
MÃ TUAS
DIR
DIREITAFLECHAS
EITA DA TUA
”. EM TERMOS
SIMPLES E CLAROS, O
SENHOR DESARMARÁ GOGUE
PARA DEFENDER A NAÇÃO DE
ISRAEL. KEIL EXPLICA:

“NA TERRA DE ISRAEL, O


SENHOR VAI GOLPEAR
ARMAS DE GOGUE PAR
PARAAS
A
ARRANCÁ-LAS
ARRANCÁ- LAS DE S
SUAS
UAS
MÃOS, I.E.,
I.E., TORNANDO-O
TORNANDO-O
INCAPAZ DE COMBATER
[...] ENTREGANDO GOGUE E
TODO O SEU EXÉRCITO POR
PRESA DESTINADA À
MORTE”.[12]
MORTE”.[ 12]

visãoAssim, o capítulo
panorâmica
panorâmica e um39 começa
resumo
resum o decom
m umacoisas
muitas
uitas breve
que já tinham sido reveladas no capítulo anterior. O
Senhor assegura Sua intensa vigilância sobre essa
futura batalha na qual
qual Ele
El e protegerá Seu povo.
Além disso, podemos testemunhar a postura atual
de alguns dos atores que vão desempenhar seu
papel nessa terrível invasão, tais como a Rússia e o
Irã que já têm manifestado a sua beligerância.

Maranata!
NOTAS 1
GEORGE FRIEDMAN, “THE RUSSO-GEORGIAN
AR AND THE BALANCE
BAL ANCE OF POWER”, PUBLICADO NO
STRATFOR GEOPOLITICAL INTELLIGENCE REPORT,
EDIÇÃO DE 12 DE AGOSTO DE 2008, ATRAVÉS DO
SITE: WWW.STRATFOR.COM.
2
“Russia’s Bear bomber
bomber returns”,
returns”, edição eletrônica da BBC
News, veiculada no dia 10 de setembro de 2007, através
do site: www.news.bbc.co.uk/2/hi/europe/6984320.stm .
3
“Putin eyes renew
r enewed
ed Russ
Russian
ian ties with Cub
Cuba”
a”,, edição
eletrônica
através doda CNN, veiculada no dia 4 de agosto de 2008,
site:
http://w
http://www
ww.cnn.com
.cnn.com/2008/WORLD/europe
/2008/WORLD/europe/08/04/russia.cu
/08/04/russia.cu
4
Gary NORTH, “The Unann
U nannounced
ounced Reas
Reason
on Behind Ameri
American
can
Fundamentalism’s [& Virtually All Evangelicalism] Support for
the State of Israel”,
Isr ael”, pub
publicado
licado em 19 de Julho
Julho de 2000,
20 00,
através do site: www.tks.org/GaryNorth.htm .
5
Arnold
Arnold FRUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah:
Mes siah: A Study of

the Sequence
Sequence
(1982), Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
of 6.
2003, p.
6
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 6. Fruchtenbaum classifica as
seguintes
seguintes passagens
passa gens bíblicas
bíblicas com
co mo e
exem
xempl
plos
os da Lei de
Recorrência: Gênesis 1 e 2; Isaías 30 e 31; Ezequiel
Ezequiel 38 e
39; Apocalipse
Apocalipse 17 e 18.
7
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 6.
8
C. F. KEIL
EIL, “Ezekiel, Daniel”, Comm
Commentary
entary on the Old
Old

Testament
rei
reimmpress , traduzido
pressão,traduzid
ão, G randoRapids:
Grand para o ingl
inglês
Eerês
Eerdm por
ansJames
dmans JPubl
ames Martin,
Mar tin,
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 171.

9
Charles Lee FEINBERG, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:
Moody Press
Press,, 1969, p. 228.
10
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
11
Ludwig KOEHLER e Wal
Wa lter BAUMG
AUMGARTNER, The Hebrew and
ARTNER
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
12
KEIL, Ezekiel, p. 171.
EIL
20. EZEQUIEL 39.4-
6

“Nos montes de Israel, cairás, tu, e todas as tuas


tropas, e os povos que estão contigo; a toda
espécie de aves de rapina e aos animais do
campo eu te darei, para que te devorem. Cairás
em campo aberto, porque eu falei, diz o Senhor
Deus. Meterei fogo em Magogue e nos que
habitam seguros nas terras do mar; e saberão
que eu sou o Senhor”.

O texto de Ezequiel 38.8 faz a seguinte


declaração a Gogue, como líder dos invasores:
“...virás à terra que se recuperou da espada, ao povo
que se congregou dentre muitos povos sobre os montes
de Israel, qu
quee semp
sempre
re estava
e stavam
m desolados...”. Em
contrapartida, como está escrito em Ez 39.4, Deus
fará a Gogue o seguinte: “Nos montes de Israel,

cairás...”. Gogue pretende fazer uma coisa, mas


Deus, ao defender Israel, Seu povo, faz com que o
desenlace seja totalmente diferente do que Gogue
pretendia.

PRESA FÁCIL O VERBO


HEBRAICO TRADUZIDO POR
“CAIR” É UM TERMO COMUM
QUE NESSE CONTEXTO
SIGNIFICA TOMBAR EM
COMBATE. POR SER USADO
DE FORMA CORPORATIVA
PARA SE REFERIR A TODAS
AS FORÇAS
FORÇAS ARMADAS
INVASORAS, I.E., “...TU, E
TODAS AS TUAS TROPAS, E OS
POVOS QUE ESTÃO
CONTIGO...”, ESSE TERMO

DESIGNA A DERROTA DOS


EXÉRCITOS INVASORES.[1]
OS VOCÁBULOS “TROPAS” E
“POVOS” JÁ FORAM USADOS
ANTERIORMENTE
ANTERIOR MENTE EM EZ
38.6. PELO CONTEXTO
ANTERIOR,
ANTERIOR , FICA EV
EVIDENTE
IDENTE
QUE ESSA “QUEDA” DOS
INIMIGOS RESULTA DA
INTERVENÇÃO MIRACULOSA
DE DEUS EM FAVOR DE
ISRAEL. ARNOLD
FRUCHTENBAUM DESCREVE OS
MONTES DE
DE ISRAEL DA
SEGUINTE FORMA: ELES SE
ESTENDEM AO LONGO DA

REGIÃO CENTRAL DO PAÍS,


COMEÇANDO NO EXTREMO SUL
DO VALE DE JEZREEL, NA
ALTURA DA
DA CIDADE DE
JENIN (DENOMINADA NA
BÍBLIA DE EN-GANIM), E SE
PROLONGAM NA DIREÇÃO SUL
ATÉ DESAPARECERE
DESAPARECEREMM AO
NORTE DE BERSEBA NNO
O
NEGUEBE. É NESSES MONTES

QUE SE
FAMOSAS SITUAVAM
CIDADES AS
BÍBLICAS
DE DOTÃ, SIQUÉM,
SAMARIA, SILÓ, BETEL,
I, RAMÁ, BELÉM, HEBROM,
DEBIR E, SOBRETUDO, A

CIDADE DE JERUSALÉM, QUE


PARECE SER OBJETIVO
EXÉRCITO INVASOR. DO
Aqui temos outro exemplo da maneira pela qual a “Guerra dos Seis
Dias” definiu o cenário para o cumprimento da profecia. Até à
“Guerra dos Seis Dias”, todos os montes de Israel, com exceção de
uma pequena cadeia montanhosa da Jerusalém Ocidental, estavam
completamente nas mãos dos árabes jordanianos. Somente a partir
de 1967 é que os montes de Israel passaram a se localizar em
Israel, montando, assim, o palco para o cumprimento dessa profecia.
[2]
Visto que Deus é quem trará esse exército
invasor,, Ele também aproveitará a ocasião para
invasor
alimentar as Suas criaturas com a carne desses
es. “...a toda espécie de aves de rapina e aos
invasores.
invasor
animais do campo eu te darei, para que te
devorem...”. O verbo “dar” é usado aqui no sentido
de “preparar, oferecer, colocar” perante alguém.[3]
Nessa frase, o verbo hebraico é conjugado no
tempo “perfeito profético”,[4] implicando que,
apesar de o texto se referir a um acontecimento
futuro, é mais bem traduzido como se já tivesse
ocorrido, a saber, “eu te dei”. O motivo pelo qual
Deus usou o perfeito profético está no fato de que,

quando o Senhor prediz algum acontecimento, a


ocorrência deste é tão certa que pode ser declarado
como se já tivesse acontecido, ainda que esteja
previsto para o futuro. Dessa forma, o Senhor
oferecerá os inimigos de Israel como uma refeição
para as aves e animais, à semelhança de um garçom
que prepara a mesa e serve um banquete aos
convidados. A menção feita às “aves” e “animais do
campo” dizArespeito
cadáveres. às criaturas
expressão que”comerão
“toda espécie modificaos
especificamente a referência feita às aves.[5]
Charles Feinberg faz a seguinte observação: Devido
à enorme carnificina, os sepultamentos
sep ultamentos não serão
uma prioridade, nem estarão na ordem do dia. O
Senhor já decidiu que os restos mortais fiquem à
disposição das aves de rapina e dos animais
selvagens. Essa ausência de sepultamento era
repugnante, especialmente no Oriente Médio. A
imagem retratada no versículo 4 antecipa o que é
declarado com mais detalhes nos versículos 17-20.
[6]
O versículo 5 expande o conteúdo do versículo
4 e emprega um jogo de palavras ao usar a palavra

“campo”. No mesmo campo em que os animais


selvagens vagueiam o Senhor destruirá os exércitos
de Gogue, a saber, “em campo aberto”. Os invasores
nunca chegarão aos centros populacionais de Israel
para atacá-los; em vez disso, eles morrerão
literalmente “...sobre a face do campo...
campo...” (ARC).
Trata-se de uma expressão idiomática que designa
campo “aberto”. Eles tombarão em campo aberto
simplesmente
declarou que éporque o Senhor
assim que Deus Tudo
eles cairão. de Israel
o que
Deus comanda na natureza acontece como Ele
ordena; de igual modo, todas as sentenças de juízo
do Senhor Deus se cumprirão.

“FOGO... NAS TERRAS DO


MAR”
O versículo 6 assevera: “M
Meterei
eterei fogo em
Mag
Magogu
oguee e nos qu
que habita
habitam
m segu
seguros nas
nas terras
terras do
mar; e saberão que eu sou o Senhor”. A palavra
hebraica traduzida por “fogo”
“f ogo” é o substantivo mais
comum para designar “fogo”, usado por 376 vezes
em todo o Antigo Testamento.[7] O verbo hebraico
traduzido por “meter” se encontra no tempo Piel

que denota uma ação intensiva da parte de Deus. O


termo “fogo” também foi usado num contexto
anteriormente próximo, junto com “...chuva
torrencial,, grandes pedras de saraiva
torrencial saraiva,...
,... e eenxofre...
nxofre...”
(Ez 38.22). Se “fogo e enxofre
enxofre” são usados numa
descrição semelhante, pode-se concluir que o
Senhor empregará fogo e enxofre da mesma forma
que usou no caso de Sodoma e Gomorra (Gn
19.24).
Alguns intérpretes da Bíblia entendem que o
cumprimento dessa profecia se dará por meio de
um ataque nuclear. Por exemplo, o catedrático em
Bíblia, Chuck Missler, declara
decl ara o seguinte
seguinte em seu
comentário sobre esse versículo: “Alguns analistas

acham
ataque
ataq que oeartexto
ue nuclear
nucl comsugere a possibilidade
mísseis deis.um
intercontinenta
intercontinentais. Em
face da atual proliferação de armas nucleares no
mundo todo, tal perspectiva é assustadoramente
plausível”.[8] O problema que vejo na relação de
um ataque nuclear com esse versículo é que o texto
bíblico enfatiza claramente que o próprio Deus
enviará fogo do céu. A passagem afirma: “E enviarei
um fogo sobre Magogue e entre os que habitam

seguros nas ilhas...” (Ez 39.6 – ARC).


ARC ). O texto que
está diante de nós demonstra nit nitidamente
idamente que o
próprio Deus enviará fogo sobre os invasores num
ato de juízo. Em nenhum lugar o texto menciona
que o Senhor usará agentes desvinculados da
coalizão invasora para executarem Seus juízos. Ao
invés disso, Deus já demonstrou, ao longo de toda a
história, que é absolutamente capaz de cumprir
sozinho aquilo que predisse nessa profecia.
Eu creio que nas ocasiões em que a Bíblia
assevera que Deus ou um anjo executa um juízo, tal
afirmação deve ser interpretada como indício de
que Deus, na verdade, é Quem realiza diretamente
aquele feito. Minha convicção é a de que essas

declarações bíblicasreferências
las como possíveis não nos permitem interpretá-
à atividade humana,
a exemplo de uma guerra nuclear que caracteriza a
ação do homem contra o próprio homem. Os
primeiros cinco selos de juízo, descritos em
Apocalipse 6, seriam
seriam um exemplo da maneira pela
qual Deus utiliza agentes humanos para
executarem uma sentença de juízo. Entretanto, o
texto bíblico mostra que todo o restante dos selos,
sel os,

as trombetas e as taças de juízo são efetuados


diretamente por Deus, usando, muitas vezes, Seus
anjos para executarem esses ffeitos
eitos sobrenaturais.
sobrenaturais.
Aqui temos um importante aspecto bíblico, a saber:
Deus é Aquele que realiza essas coisas, visto que
Deus é Quem declara
decl aradament
damentee utiliza meios
me ios
sobrenaturais
sobrenat urais para alcançar esses fins,
f ins, tal como Ele
El e
agiu no caso de Sodoma e Gomorra,
Gomorra, na ocasião do
Êxodo
durantedeo Israel
período doda
Egito, e ainda (Apocalipse
Tribulação agirá muitas4-19).
vezes
O texto bíblico diz: “[Eu, o Senhor] M Meterei
eterei fogo em
Mag
M agogu
oguee e nos qu
que habita
habitam m segu
seguros nas
nas terras
terras do
marr”. Portanto o texto afirma com clareza
ma cl areza que
Deus executará isso diretamente, já que não há
nenhuma menção de agentes humanos. Observe
que a ênfase geral de toda essa passagem bíblica é a
que o próprio Senhor age contra Gogue Gogue em favor de
esc rito: “Eis
Israel (Ez 39.1-7). No versículo 1 está escrito:
que eu sou contra ti, ó Gogue...”. No versículo 2:
“Fa
Far-te-ei
r-te-ei qu
quee te volvas...”. No versículo 3: “Tirarei o
teu arco da tua mão esquerda...”. No versículo 4:
““...eu te darei,
...porque paradiz
eu falei, queo te devorem
Senhor ”. ”.No
Deus Noversículo
versículo5:

6: “M
Meterei
eterei fogo em Magogu
agoguee [...] e saberão que eu
sou o Senhor”. No versículo 7: “Farei conhecido o
meu santo nome no meio do meu povo de Israel e
nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e as
nações saberão que eu sou o Senhor, o Santo em
Israel”. Em outras palavras, Deus realiza tudo isso
de modo que Ele mesmo receba a notoriedade e a
glória.
O fogo de juízo
j uízo que o Se
Senhor
nhor enviará
enviará sobre “as
terras do mar” é provavelmente uma referência à
destruição da terra natal de Gogue, i.e. Magogue, e
das longínquas terras natais
natais de seus aliados
al iados (“as
terras do mar”; cfe., Ez 26.15,18; 27.3,6-7,15,35), que
habitam seguros nesses lugares. A suprema lição

será a de ensiná-los
acreditam que isso seque Ele àé destruição
refira Deus. Alguns
de todas as
terras litorâneas
litorâneas ou de todas as nações do mundo
que habitam em segurança. Tal concepção é
improvável pelo fato de que o foco de todo esse
texto se concentra em Gogue e sua coalizão de
invasores. A lógica do Senhor nesse caso é a
seguinte: Gogue e seus aliados atacam os
moradores de Israel “...que vivem segu
seguros...
ros...” (Ez

38.8,11);; então, Deus responde eem


38.8,11) m retaliação
retaliaç ão contra
a terra natal
natal dos invasores, onde o texto
te xto diz: “...que
habitam seguros...” (Ez 39.6) ou onde
onde supunham,
sup unham, na
sua arrogância,
arrogância, que estavam seguros.
Fruchtenbaum assinala que a derrota de Gogue
“fará com que a Rússia deixe de ser uma força
política influente nas questões internacionais”.[9
internacionais”.[9]]
Assim, aos olhos do mundo, Israel parecia
destinado à aniquilação
de uma poderosa emmas
coalizão, c onseqüência
conseqüência do ataque
o Senhor interveio
em defesa de Israel e virou a mesa sobre os
inimigos, destruindo as terras de origem dos
invasores, as quais estes supunham estar em
segurança. Maranata!
NOTAS 1
LUDWIG KOEHLER E WALTER BAUM
AUMGAR
GARTNE
TNERR, THE

HEBREW AND ARAMAIC LEXICON OF THE OLD


TESTAMENT, VERSÃO ELETRÔNICA, LEIDEN,
HOLANDA: KONINKLIJKE BRILL, 2000.
2
(Grifo do autor original em itálico) Arnold FRUCHTENBAUM,
Footsteps of the Messia
M essiah:
h: A Study of the Sequence
Sequence of
Prophetic Events, Tustin, CA: Ariel Press, (1982), 2003, p.
114.
3
KOEHLER e BAUM
AUMGAR
GARTNER, Hebrew Lexicon, versão el
TNER e letrônica.
4
Rabino Dr. S. FISCH, Ezekiel: Hebr
H ebrew
ew Text
Text & English
Translation With An Introduc
Introduction
tion and Comme ntary,
Com mentary
Londres:
Londres: The Soncino
Soncino Press
Press,, 1950, p. 259.

5
C. F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
Testament, traduzido
traduzido para o ingl
inglês
ês por James
J ames Martin;
Mar tin;
reim
rei mpress
pressão;
ão; Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 171.
6
Charles Lee FEINBERG, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:
Moody Press
Press,, 1969, p. 229.
7
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
8
Chuck MISSLER, The Magog Invasion, Palos Verdes, CA:
W estern Front, 1995, p. 179.
9
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 115.
21. EZEQUIEL 39.7-
10

“Farei conhecido o meu santo nome no meio do


meu povo de Israel e nunca mais deixarei
profana
profanarr o meu santo
santo nome;
nome; e as
as naçõ
nações
es saberão
saberão
que eu sou o Senhor, o Santo em Israel. Eis que
vem e se cumprirá, diz o Senhor Deus; este é o
dia de que tenho falado. Os habitantes das
cidades de Israel sairão e queima
queimarão,
rão, de todo, as
armas,
arma s, os escudos, os paveses, os arcos, as
flechas,
flech
com as, osisto
tudo bastõ
bastões
es sete
por de mão
mã o e as
anos. Nãolanç
lanças;
as; fa
trarãofarão
rão fog
fogo
lenha o
do
campo, nem a cortarão dos bosques, mas com as
armas acenderão fogo; saquearão aos que os
saquearam e despojarão aos que os despojaram,
diz o Senhor Deus”.

Por que o Senhor Deus de Israel trará Gogue


Gogue e

seu exército esmagador para atacar Israel naquele


momento da história? A principal declaração de
propósito, que abrange
abrange toda essa ppassagem
assagem bíblica,
é apresentada nos versículos 7 e 8, onde está escrito:
“Farei conhecido o meu santo nome no meio do meu
ovo de Israel...”; em conseqüência disso, Deus
assegura: “...nunca mais deixarei profanar o meu
santo nome...” (Ez 39.7). O fato de Deus ser
se r santo é
algo muito
isso seja im portante
importan te para
tremendamente Ele próprio,em
desvalorizado ainda que
nossos
dias, até mesmo nos círculos cristãos que se
denominam evangélicos. O mais provável é que
exista uma relação entre a mudança de
comportamento nacional de Israel e a restauração
dessa nação marcada por sua conversão,
c onversão, conforme
conforme
foi descrito
desc rito anteriormente
anteriormente no capítulo 37. Esses
versículos
versícul os reafirmam a iniciativa divina acerca
dessa invasão e elaboram sobre a queda de Gogue e
sobre os propósitos de Deus.[1]
Deu s.[1]
SANTO, SANTO, SANTO POR
TRÊS VEZES O TERMO

HEBRAICO QADOSH,
TRADUZIDO POR “SANTO”, É
USADO NO VERSÍCULO 7;
POR DUAS VEZES OCORRE N
EXPRESSÃO “...O MEU SANTO
NOME...” E AINDA OCORRE
UMA VEZ NA EXPRESSÃO
“...O SANTO DE ISRAEL”. ESSA
PALAVRA HEBRAICA
SIGNIFICA “SEPARADO PAR
USO ESPECIAL; TRATADO
COM RESPEITO; RETIRADO
DO USO COMUM”.[2] PARECE
QUE A OCORRÊNCIA
ENVOLVENDO GOGUE E
MAGOGUE ACONTECERÁ
ACONTECERÁ

NAQUELE MOMENTO DA
DA
HISTÓRIA EM QUE O SENHOR
ESTIVER PARA INTERVIR N
ORDEM HISTÓRICA COM A
FINALIDADE DE SANTIFICAR
SUA REPUTAÇÃO, BEM COMO
A REPUTAÇÃO
REPUTAÇÃO DE ISRAEL,
ISRAEL,
ENTRE AS NAÇÕES DESTE
MUNDO. E.
E. W.
HENGSTENBURG ASSINALA O

SEGUINTE: O SANTO
DE DEUS (V. 7) É NOME
SEU
CARÁTER, DECORRENTE DE
SUAS ANTIGAS
MANIFESTAÇÕES
MANIFESTA ÇÕES AO LONGO
DA HISTÓRIA, COMO DEUS,

NO PLENO SENTIDO D
DOO
TERMO, O ABSOLUTO,
TRANSCENDENTEMENTE O
GLORIOSO, SEPARADO
INCONDICIONALMENTE DE
TODA FALSIDADE E
IMPOTÊNCIA. DEUS TORNA
SEU NOME CONHECIDO NO
MEIO DE SEU POVO QUANDO
ESTE COMPROVA DE NOVO O

CARÁTER
DEUS; HISTÓRICO
QUANDO DE
ELE CONCEDE
A SEU POVO
POVO A VIT
VITÓRIA
ÓRIA
SOBRE O MUNDO IDÓLATRA,
QUE SE ENFURECE CONTRA
ELES. DEUS PROFANARIA

SEU NOME SE ABANDONASSE


CONTINUAMENTE SEU POVO
NAS MÃOS DO MUNDO
IDÓLATRA, TAL COMO
FIZERA NA ÉPOCA DO
PROFETA POR CAUSA DA
APOSTASIA
APOSTASI A DELES.
DELES.[3]
[3]
É através da evidente intervenção miraculosa
em favor do Seu povo que Deus restaura o
relacionamento tenso com Israel. O Senhor declara:
“...nunca mais deixarei profanar o meu santo
nome...” (Ez 39.7).
39.7). O verbo hebraico halal, que
nesse texto foi traduzido por “profanar”, significa
significa
basicamente “poluir, corromper, macular ou
profanar”.[4]
profanar ”.[4] Nesse contexto
c ontexto,, o verbo ocorre no
tempo hebraico do Hifil, que denota
d enota ação causativa.
Assim, o termo significa permitir que seja
profanado ou maculado”.[5] Deus não mais
permitirá que Seu santo nome
nome ou Sua reputação
seja profanada, nem pelo Seu próprio povo, nem

pelas nações do mundo todo. Charles Feinberg


explica: O verdadeiro caráter de Deus ficará visível
em seu devido esplendor, tanto por ser justo quanto
por ser poderoso. Tal ênfase brota desse conceito
que permeia todo o livro de Ezequiel porque esse é
o plano de Deus em toda a história e não existe
concepção mais importante do que essa em todo o
universo. O que traz estabilidade e valor para a vida
sobre a terra
Deus de é a verdade
santidade, determinante
sabedoria, de que um
amor e verdade
executa contin
c ontinuamente
uamente Sua bendita vontade em
todo o universo e entre as inteligências por Ele
criadas.[6]
Se na mente de alguém pairava alguma dúvida

sobre a certeza do
acontecimentos cumprimento
preditos, desses
o versículo 8 reitera sua
inevitabilidade, já que o próprio Deus cuidará para
que tudo isso se cumpra, como está escrito: “Eis que
vem e se cumprirá, diz o Senhor Deus; este é o dia de
que tenho falado . Na verdade, é provável que em
toda a Bíblia não exista outra passagem que dê
d ê tanta
ênfase à certeza do cumprimento de um fato
predito, como esse texto de Ezequiel 38–39. Charles

Feinberg declara o seguinte: “Talvez haja alguns


que, de fato, pensem que as coisas podem ser
alteradas ou manipuladas do jeito que eles querem.
Para esses, chega a mensagem de que não há como
escapar do que foi predito, pois é tão certo como se
á tivesse acontecido. Quando Deus prediz algo, Ele
também deixa patente que pode concretizar aquilo
que predisse”.[7] Os seres humanos podem até
pensar
verdadeque são os atores
é revelada, principais,
constat
constata-se mas squando
a-se que Deus
Deu é a forçaa
motriz de todos os acontecimentos.
Qual será o impacto sobre a nação de Israel
quando contemplar a glorificação de Deus em
todos esses acontecimentos? É evidente que “ocorre

um reavivamento
muitos em Israel, ao
judeus se convertam fazendo com que
Senhor”.[8]

QUEIMANDO POR SETE ANOS


O QUE SE QUER DESTACAR
NESSA PASSAGEM,
PASSAGEM, QUANDO
QUANDO
SE REFERE À QUEIMA DOS

DESPOJOS DE GUERRA, NOS


VERSÍCULO
VERSÍCULOSS 9 E 10?
10 ? “AO
INVÉS DE SIMPLESMENTE
DESTRUIR AS ARMAS DE
GUERRA, ESTAS SERÃO
USADAS COMO COMBUSTÍVEL
EM BENEFÍCIO DOS
ISRAELENSES”.[9] POR QUE
ELES QUEIMARIAM AS ARMAS
AO INVÉS DE APENAS

ELIMINÁ-LAS?
PRICE RANDALL
SUGERE O SEGUINTE:
“ESSA IRÔNICA DEPOSIÇÃO
DE ARMAS PROJETADAS PAR
MATAR AS PESSOAS SERÁ
CONSIDERADA UM DESPOJO

“...AOS QUE OS DESPOJARAM...


[I.E., PRETENDIAM
DESPOJÁ-LOS]” (V.10B).
[10] O VERSÍCULO 10
INDICA QUE, DURANTE ESSE
PERÍODO DE SETE ANOS, OS
ISRAELENSES NÃO
PRECISARÃO USAR OS
RECURSOS NATURAIS DE SEU
TERRITÓRIO COMO
COMBUSTÍVEL, POIS “NÃO
TRARÃO LENHA DO CAMPO,
NEM A CORTARÃO DOS
BOSQUES, MAS COM AS ARMAS
ACE
ACEND
NDEERÃO
RÃO FOGO
FOGO;; SAQ
SAQUEARÃ
UEARÃO
O
AOS
AOS QUE
QUE OS SA
SAQ
QUEARA
UEARAM ME

DESPOJARÃO AOS QUE OS


DESPOJARAM, DIZ O SENHOR
DEUS” (EZ 39.10).
O fato de que essas armas serão queimadas por
sete anos fornece um indicador de tempo que
poderia nos ajudar a discernir o momento, dentro

do cronograma
batalha ocorrerá.profético de Deus,dizem
Fruchtenbaum que essa
o seguinte:
“Esses sete meses de
d e sepultamento dos corpos
corpos e
sete anos de queima das armas são cruciais para
que se possa definir com precisão o momento em
que essa invasão acontecerá. Para que uma
concepção interpretativa esteja correta, deve
obrigatoriamente satisfazer às exigências
obrigatoriamente e xigências impostas
por esses sete meses e sete anos”.[11]
Creio que essa invasão liderada por Gogue se
dará provavelmente depois do Arrebatamento da
Igreja, mas antes do início da Tribulação. Um dos
principais fatores que fundamentam minha
convicção é o período de sete anos mencionado
neste trecho dessa passagem bíblica. Parece pouco

provável que essa queima das armas por sete anos


passe para o período de mil anos do Reino, após a
Segunda Vinda do Senhor Jesus. O Dr. Price
Pric e
explana sobre essas questões nos seguintes termos:
Se essa batalha acontecesse depois do
Arrebatamento, mas antes do início da
septuagésima semana profética de Daniel, haveria
bastante tempo e liberdade de movimento, ainda
durante a primeira
período de metade da Tribulação
tempo caracterizado por aquela(i.e. o
falsa
paz oferecida a Israel na aliança firmada pelo
Anticristo), para o cumprimento dessa tarefa. Além
disso, a alusão de que não haverá necessidade de
cortar e recolher lenha dos bosques (versículo 10)
faria mais sentido se esse episódio ocorresse antes
da primeira trombeta apocalíptica de juízo, quando
a terça parte de todas as árvores será queimada
(Apocalipse 8.7). Se essa batalha estivesse prevista
para acontecer em algum momento do período da
Tribulação, as pessoas não teriam tempo de
Tribulação, as pessoas não teriam tempo de
concluir essa tarefa antes da ferrenha perseguição
que ocorrerá
(cf. Mateus
M nos -22),
últimos
ateus 24.16-22),
24.16 42domeses
quando
quan daquele período
o Remanescente
Rem anescente

Judeu se verá forçado a fugir para o deserto a fim


escapar do
d o sanguiná
sanguinário
rio ataque satân
satânico
ico (Apocalipse
(Apocal ipse
12.6).
12.6). Embora não haja nenhuma razão que impeça impe ça
a queima das armas durante o Reino Milenar, já
que outras armas serão convertidas em utensílios
ute nsílios
produtivos e pacíficos
p acíficos no Mil
Milênio
ênio (Isaías 2.4),
2.4), a
renovação da natureza
natureza e o aumento da
produtividade, característicos desse período (Isaías
27.6; Zacariascontra
argumentar 8.12; tal
Miquéias 4.4), poderiam
necessidade
necessidade.[12
.[12]]
Quando se considera o momento da
ocorrência dessa batalha, é preciso levar em conta
quatro observações
observações fundamentais.[1
f undamentais.[13]3] Em prim
primeiro
eiro
lugar, o povo de Israel deveria estar de volta à sua
terra e seessa
situação constituir
que já n
novamente
é ovamente comoem
realidade hoje nação,
dia. Em
segundo lugar, os locais que ficaram desolados
dentro do próprio território de Israel deveriam ser
habitados, exatamente como tem acontecido nos
dias atuais. Em terceiro lugar, “Israel deveria
habitar em ‘aldeias sem muros’, uma boa descrição
dos kibutzim da atualidade”.[14
atualidade ”.[14]] Em quart
quartoo lugar,
Israel deveria “habitar seguro”. Fruchtenbaum

afirma: “Em todo esse texto, não existe nenhuma


alusão a que Israel estaria vivendo em paz. Em vez
disso, o texto menciona que Israel estaria vivendo
‘em segurança’, termo esse que originalmente
significa ‘com confiança’, a despeito de ocorrer
durante um estado de guerra ou de paz”.[15]
Ao que parece, apesar de eu acreditar que essa
batalha vai ocorrer após o Arrebatamento e antes
do início da Tribulação, o palco, no entanto, já está
montado em nossos dias para que os
acontecimentos preditos se cumpram. A Rússia já
está novamente à espreita e a Pérsia (i.e., o Irã) é
um dos seus aliados mais chegados. O mundo se
aproxima a cada dia desse iminente confronto.
confronto.
Maranata!
NOTAS1
LAMAR EUGENE COOPER, SR., THE NEW
AMERICAN COMMENT
COM MENTARY EZEKIEL, NASHVILLE, TN:
ARY, EZEKIEL
BROADMAN & HOLMAN PUBS., 1994, P. 341.
2
Ludwig KOEHLER e Wal
Wa lter BAUMG
AUMGART NER, The Hebrew and
ARTNER
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
3
E. W. HENGSTENBURG, The Prophecies of The Prophet Ezekie
Ezekie
Elucidated , Minneapolis: James Publications, (1869),
1976, p. 341.
4
Francis BROWN, S. R. DRIVER, e C. A. BRIGGS, Hebrew and

English Lexicon estam ent, Londres


Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
5
KOEHLER e BAUMAUMGAR
GARTN
TNER
ER, Hebrew Lexicon, versão el e letrônica.
6
Charles Lee FEINBERG, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:
Moody Press
Press,, 1969, p. 229.
7
FEINBERG, Ezekiel, p. 229.
8
Arnold
Arnold FRUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah:
Mes siah: A Study of
Sequence of Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
the Sequence
(1982),
(1982 ), 2003,
200 3, p. 1
115.
15.
9
Randal
Ra ndalll PRICE, “Ezekiel
“ Ezekiel”,
”, pu
publ
blicado
icado na obra or
organ
ganizada
izada por
Tim LAHAAYYE e Ed HINDSON, The Popular Bible Prophecy
Commentary , Eugene, OR: Harvest House Publishers,
2007, p. 194.
10
Randal
Ra ndalll PRICE, “Comentários Não Publicados Sobre as
Profecias
Profe cias de EzEzequ
equiel
iel”,
”, 200
2007, 7, p. 43.
11
(Grifo do autor original em itálico) FRUCHTENBAUM, Footsteps,
p. 117.
12
PRICE, “Comentários Não Publicados”, p. 43.
13
Essas observações são feitas f eitas por
por FRUCHTENBAUM, em
Footsteps, p. 117.
14
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 117.
15
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 117.
22. EZEQUIEL
39.11-13

“Naquele dia, darei ali a Gogue um lugar de


sepultura em Israel, o vale dos Viajantes, ao
oriente do mar; espantar-se-ão os que por ele
passa
pa ssarem.
rem. NNele,
ele, sepu
sepultarão
ltarão a Gog
Goguue e a todas
todas as
suas forças e lhe chamarão o vale das Forças de
Gogue. Durante sete meses, estará a casa de
Israel a sepultá-los, para limpar a terra. Sim,
todo o povo da terra os sepultará; ser-lhes-á
memorável o dia em que eu for glorificado, diz o
Senhor Deus”.
A matan
m atança
ça que o Senhor executará quando
defender Israel do ataque de Gogue e suas tropas
será tão grande e expressiva que o texto bíblico

emprega dez versículos para descrever o processo


de limpeza
lim peza e de sepultamento dos cadáveres
cadáveres após a
batalha (Ez 39.11-20). O plano de Gogue,
arquitetado
arquiteta do para culminar
cul minar na morte física da nação
de Israel, será invertido por Deus de tal maneira
que proporcione uma oportunidade de vida
espiritual para Israel (Ez 39.25
39.25-39).
-39).

O TÚMULOMOROU
FAMÍLIA DE GOGUE NOSSA
POR CINCO
ANOS NA CIDADE DE
FREDERICKSBURG,
IRGÍNIA, EUA, EM MEADOS
DA DÉCADA DE 1990. À
MEDIDA QUE
QUE A PESSOA
PESSOA SE
FAMILIARIZA COM ESSA
CIDADE, UMA DAS
PRIMEIRAS COISAS QUE SE
NOTA É UM MORRO, ONDE
ONDE

CERCA DE 10 MIL SOLDADOS


DA UNIÃO FORAM
ENTERRADOS, QUE LÁ SE
ENCONTRA COMO UM
MEMORIAL EM HONRA AOS
ESFORÇOS DESSES SOLDADOS
NA BATALHA
BATALHA DE
FREDERICKSBURG, DURANTE
A GUERRA CIVIL NORTE-
NORTE-
AMERICANA.
AMERICAN A. NO COM
COMEÇO
EÇO EU

E PERGUNTAVA
SOLDADOS POR QUE DO
CONFEDERADOS OS
NORTE FORAM
FORAM ENTERRADOS
ENTERRADOS
NO SUL. POR FIM, ENTENDI
A RAZÃO PELA QUAL
AQUELES SOLDADOS
SOLDADOS FORAM

SEPULTADOS NUMA
LOCALIDADE DO SUL
ESTADOS UNIDOS. ADOS
CARNIFICINA NA REFERIDA
BATALHA FOI TÃO
DESMEDIDA QUE, EM SÃ
CONSCIÊNCIA, NÃO HAVIA
MEIOS DE TRASLADAR
TRASLADAR OS
RESTOS MORTAIS PARA SEUS
RESPECTIVOS LARES NOS

ESTADOS
DESTINODO NORTE. UM
SEMELHANTE
AGUARDA OS SOLDAD
SOLDADOS
OS QUE
INVADIREM ISRAEL DURANTE
A FUTURA INVASÃO
LIDERADA POR GOGUE.

Assim como aqueles soldados invasores,


oriundos dos estados do norte dos EUA foram
sepultados exatamente onde tombaram, na Batalha
de Fredericksburg, assim também acontecerá a
Gogue e suas hordas, conforme está escrito:
“Naquele dia, darei ali a Gogue um lugar de sepultura
em Israel...“ (Ezequiel 39.11a). Lembre-se do
contexto de todo esse episódio que envolve Gogue e
Magogue. Em primeiro
anzol no queixo de Goguelugar,
e deéseus
o Senhor que
aliados põede
a fim
trazê-los à terra de Israel (Ez 38.12). Da perspectiva
humana, Gogue é motivado pela ambição de tomar
o despojo de Israel (Ez 38.12), mas o propósito
divino nessa invasão é o de glorificar a Deus e
santificar o Nome do Senhor (Ez 38.23). Portanto, o
propósito de Deus se cumprirá, ao passo que a
intenção de Gogue será frustrada e os invasores
serão despojados para a glória de Deus. Assim
como o local de sepultamento em Fredericksburg é
um memorial em honra aos soldados da União
mortos naquela batalha, assim também o túmulo de
Gogue, dentro
testemunho do território
daquilo que Deusde poderosamente
Israel, será
se rá um

efetuou.

O texto
memorial serámenciona
“...o vale que a localização
dos Viajantes, ao desse
oriente do
mar...”. “A quantidade de cadáveres será tão grande
que somente um vale profundo comportaria os
restos mortais deles”.[1] Em que lugar de Israel se
situa esse vale? Segundo Fruchtenbaum, “o lugar
desse sepultamento será num dos vales situados a
leste do mar Mediterrâneo, o que indicaria um
local no vale do Jordão,
J ordão, ao norte
norte do Mar M Morto,
orto,
lugar esse que será devidamente renomeado no
futuro”.[2] Charles Dyer acrescenta o seguinte: O
vale no qual o exército de Gogue será sepultado fica
na parte leste (i.e., “ao oriente do”) do Mar Morto,
dentro
vale dosdo
Viajterritório
antes, ao da
Viajantes, atualdoJordânia.
oriente mar... A frase “ser
mar...”, poderia ...o
traduzida como um nome próprio. É possível que
seja uma referência aos “montes de Abarim”,
situados a leste do mar Morto, os quais Israel
atravessou na sua jornada
jornada para a TeTerra
rra Prometida
(cf. Nm 33.48).
33.48). Se for esse o caso,
c aso, o enterro de
Gogue será no vale de Abarim, do outro lado da
parte israelense do Mar Morto, na terra de Moabe.

Contudo, o sepultamento será em Israel pelo fato


de que Israel teve o domínio desse território
durante alguns períodos de sua história (cf. 2Sm
8.2; Sl 60.8).[3]
Depois dessa batalha e do sepultamento, o
texto afirma: “Ele bloqueará o caminho dos
viajantes...” (NVI). Isso significa que o acesso será
obstruído por uma enorme quantidade de corpos
dos soldados mortos, a ponto de impedir o
caminho, dificultando a passagem dos viajantes por
aquele local espantoso.[4] Randall Price comenta:
“A matança será tão grande que os cadáveres do
exército de Gogue entulharão um vale inteiro,
bloqueando a passagem dos viajantes por aquela
localidade”.[5] A localização
sepultamento indica desse lugar
que o provável de dos
trajeto
invasores começa a partir do norte; segue em
direção ao sul até o vale do Jordão; eles chegam à
margem norte do mar Morto com o intuito de se
deslocarem na direção oeste até Jerusalém. O
Senhor vai destroçar
de stroçar os invasores quando
começarem a se mover para o oeste em direção da
Sua cidade, Jerusalém.

39.11b está escrito: “...e ali sepultarão a


Em Ez 39.11b
Gogue e a toda a sua multidão, e lhe chamarão o vale
da multidão de Gogue [do heb. Hamon-Gogue]”
(ARC). Essa multidão de invasores chegará a seu
fim num vale, onde provavelmente as equipes de
sepultamento
sepul tamento apenas cobrirão
cobrirão os corpos com terra,
formando um cemitério pelo enterro em massa. O
termo hebraico hamon significa “multidão” ou
“aglomeração”.[6] Assim, “uma nova cidade será
edificada com vista para o cemitério”,[7] que se
chamará pelo nome “multidão de Gogue” para
celebrar esse tremendo acontecimento na história.

SETE MESES DE

SEPULTAMENTO
SETE “DURANTE
MESES, ESTARÁ A CASA DE
ISRAEL A SEPULTÁ-LOS, PARA
LIMPAR A TERRA” (EZ
39.12). A EXPRESSÃO
“CASA DE ISRAEL” SE REFERE

AO POVO JUDEU QU
QUEE JÁ
OLTOU À SUA TERRA NATAL
(EZ 38.8) E ATUALMENTE
IVE NA TERRA PROMETIDA.
O POVO JUDEU TERÁ DE
ENTERRAR OS CADÁVERES
“...PARA LIMPAR A TERRA”.
QUAIS SÃO OS REQUISITOS
JUDAICOS PARA QUE TAL
LIMPEZA SEJA REALIZADA?
PRICE PROCEDIMENTOS
SEGUINTES APONTA OS
ADOTADOS ATUALMENTE
ATUALMENTE EM
ISRAEL QUE TÊM RELAÇÃO
COM ESSE TEXTO: COM BASE
NESSE VERSÍCULO,
VERSÍCULO, OS

RABINOS ESTABELECERAM,
POR INFERÊNCIA, A
DECISÃO JUDICIAL (NO
HEB. HALACHÁ) DE QUE
TODAS AS SEPULTURAS
DEVEM SER MARCADAS. NO
ESTADO DE ISRAEL DOS
TEMPOS MODERNOS, UM
GRUPO NÃO-GOVERNAMENTAL
DE JUDEUS ORTODOXOS,
CONHECIDO PELO ACRÔNIMO
HEBRAICO ZACA (QUE
SIGNIFICA:
IDENTIFICAÇÃO DAS
VÍTIMAS DE DESAST
DESASTRES”),
RES”),
É DESIGNADO PARA REMOVER

CUIDADOSAMENTE TODOS OS
RESTOS MORTAIS HUMANOS
PÓS UM ATENTADO SUICID
À BOMBA, A FIM DE
RESTAURAR A ORDEM E
EVITAR A IMPUREZA
CERIMONIAL NA TERRA DE
ISRAEL. SEGUNDO A LEI
JUDAICA (I.E. HALACHÁ),
OS MORTOS DEVEM SER
ENTERRADOS IMEDIATAMENTE
PORQUE OS CADÁVERES (OU
MESMO ALGUNS
ALGUNS POU
POUCOS
COS
OSSOS) SÃO FONTE DE
CONTAMINAÇÃO RITUAL PAR
A TERRA (CF.
(CF. NM 19.11-
19.11-

22; DT 21.1-9). A
PASSAGEM DE EZEQUIEL
36.17-21 JÁ ESTABELECER
A RELAÇÃO ENTRE PUREZA
PUREZA
CERIMONIAL E SANTIDADE
DIVINA, DE MODO QUE O
TEXTO AQUI NESTE TRECHO
MENCIONA POR TRÊS VEZES
NECESSIDADE DE “LIMPAR
A NECESSIDADE
A TERRA” (VERSÍCULOS 12,
14 E 16).[8]
O texto afirma que esse processo de
sepultamento durará sete meses. Por que vai
demorar tanto tempo para que essa tarefa seja
concluída? Em primeiro lugar, porque o número
imenso de invasores mortos simplesmente fará com
que a própria tarefa de sepultamento seja
assustadoramente morosa. Em segundo lugar, sem

dúvida nenhuma Fruchtenbaum está correto


quando declara: “Uma vez que os exércitos serão
destruídos nos montes de Israel, muitos corpos
cairão nas fendas escarpadas, o que dificultará sua
localização. Isso exigirá que o governo autorize o
uso de equipamentos especiais durante sete meses,
a fim de que esses corpos sejam localizados e
sepultados naquele específico vale”.[9]

COMEMORAÇÃO DO
SEPULTAMENTO “SIM, TODO O
POVO DA TERRA OS
SEPULTARÁ...” (EZ 39.13A).
ESSA DECLARAÇÃO DÁ
SUSTENTAÇÃO AO FATO DE
QUE O MASSACRE SOFRIDO
PELAS TROPAS INVASORAS
SERÁ TÃO DEVASTADOR QUE
TODO O POVO DA TERRA DE

ISRAEL VAI TER DE SE


MOBILIZAR PARA EN
MOBILIZAR ENTERRAR
TERRAR
OS CORPOS. AO QUE
PARECE, A POPULAÇÃO
GERAL DE ISRAEL
PRECISARÁ DEIXAR SEUS
EMPREGOS NORMAIS PARA
REALIZAR ESSA TAREFA
(VEJA: EZ 39.14-16).
TALVEZ A POPULAÇÃO EM

GERAL TENHA DE SE
ENVOLVER NA LIMPEZA
INICIAL ATÉ QUE
ESPECIALISTAS ASSUMAM A
TAREFA E CONCLUAM TODO O
TRABALHO.[10] O FATO DE

QUE ESSA LIMPEZA SERÁ


TRABALHOSA E DEMORADA
PODE EXPLICAR A RAZÃO
PELA QUAL UMA CIDADE
SURGIRÁ NAQUELA
LOCALIDADE, COM VISTA
PARA O VALE. NOS ESTADOS
UNIDOS, QUANDO SE
DESCOBRE PETRÓLEO EM
DETERMINADO LUGAR OU

QUANDO ACONTECE
“CORRIDA UMA
DO OURO”,
CIDADES SURGEM
SUBITAMENTE NAS
PROXIMIDADES DO LOCAL DE
INTERESSE. POR

SEMELHANTE MODO, PODE


SER QUE O SURGIMENTO
SÚBITO DA CIDADE QUE SE
CHAMARÁ HAMONÁ (I.E.,
“FORÇAS” OU “MULMULTIDÕESS”)
TIDÕE
SEJA MOTIVADO PELA
NECESSIDADE
NECESSID ADE DE SE
CONSTRUIR UM ACAMPAMENTO
DE BASE PARA AS PESSOAS
QUE TRABALHAREM NESSE
SEPULTAMENTO.
Esse projeto de sepultamento envolvendo todo
o povo de Israel, segundo diz o texto, “...ser-lhes-á
memorável o dia em que eu for glorificado, diz o
Senhor Deus” (Ez 39.13).
39.13). A expressão
exp ressão hebraica
traduzida por “ser-lhes-á memorá
memorável
vel” se encontra no
caso construto relacionando “para eles” com
para
“memorável”. O vocábulo traduzido por

“memorável” é um termo hebraico comum[11] que,


em geral, se traduz pela palavra “nome”. Todavia,
nesse contexto, o sentido desse termo traz
nitidamente a noção de “tornar célebre um nome”
ou “tornar-se
“tornar-se famoso”.[12
famoso”.[12]] Essa é a razão pela
pel a qual
o termo “memorável” é uma excelente tradução da
palavra hebraica Shem (i.e., “nome”) nesse
contexto. Assim, depois desse processo de enterro,
adecomemoração do sepultamento,
Israel, se tornará célebre naquelefeita
dia.pelo
Maispovo
do
que isso, o texto diz que é por causa da fama e do
renome de Seu povo que o Senhor Deus será
glorificado através desses acontecimentos. Por que,
do ponto de vista de Deus, isso será visto como um
episódio glorioso e honroso para o Senhor? Será
visto como algo glorioso porque, através desse
acontecimento, Deus provará para Israel e para
todas as nações do mundo que Ele, o Senhor Deus
de Israel, é capaz de manter as promessas que fez
ao povo de Sua Aliança, Israel. M
Maran
aranata!
ata!

NOTAS 1
ROBERT JAMI
AMIESO N, A. R. FAUS
ESON SET , ET AL..,
AUSSET
A COMMENT
COM MENTARY
ARY, CRITICAL AND
AND EXPLANA
EXPLANATORY
TORY,, ON THE

OLD AND NEW TESTAMENTS, OAK HARBOR, WA:


LOGOS RESEARCH SYSTEMS, INC., 1997, EZEQUIEL

39.11.
2
Arnold
Arnold G. FRUCHTENBAUM, The Footsteps of the Messiah:
Mess iah: A
Sequence of Prophetic Events, edição
Study of the Sequence
revisada, Tustin, CA: Ariel Ministries, 2003, p. 116.
3
(Grifo
(Grif o do autor origin
original)
al) Charl
Charles
es H. DYER, “Ezekiel”, publicado
na obra organizada por John F. W AL ALVOORD e Roy B. ZUCK,
VOORD
The Bible Knowledge Commen
Com mentary:
tary: An Exposition
Exposition of the
Scriptures, Old T
Testam ent, Wheaton
estament W heaton,, IL: Victor Books,
1983-1985, p. 1302.
4
DYER, “Ezekiel”, p. 1302.
5
Randal
Ra ndalll PRICE, “Ezekiel
“ Ezekiel”,
”, pu
publ
blicado
icado na obra or
organ
ganizada
izada por
Tim LAHAAYYE e Ed HINDSON, The Popular Bible Prophecy
Commentary , Eugene, OR: Harvest House Publishers,
2007, p. 194.
6
Ludwig KOEHLER e Wal Wa lter BAUMG
AUMGART NER, The Hebrew and
ARTNER
Aramaic
Arama estam ent, versão eletrônica,
ic Lexicon of the Old Testament eletrônica,
Leiden, Holanda: Koninklijke Brill, 2000.
7
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 117.
8
Randal
Ra ndalll PRICE, “Comentários Não Publicados Sobre as
Profecias
Profe cias de EzEzequ
equiel
iel”,
”, 200
2007,7, p. 44.
9
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 116.
10
DYER, Ezekiel, p. 1302.
11
Ocorre 864 vezes, segundo pesquisa realizada através do
programa de computador
computador Accorda nce , versão 7.4.2.
Accordance
12
KOEHLER e BAUMG
AUMGART
ARTNER
NER, The Hebrew and Aramaic Lexicon
Lexicon,
versão el
e letrônica.

23. EZEQUIEL
39.17-20

“Tu, pois, ó filho do homem, assim diz o Senhor


Deus: Dize às aves de toda espécie e a todos os
animais do campo: Ajuntai-vos e vinde, ajuntai-
vos de toda parte para o meu sacrifício, que eu
oferecereii por vós, sacrifício gran
oferecere grande
de nos montes
de Israel; e comereis carn
carnee e bebereis sangue.
sangue.
Comereis a carne dos poderosos e bebereis o
sangue dos príncipes da terra, dos carneiros, dos
cordeiros, dos bodes e dos novilhos, todos
engordados em Basã. Do meu sacrifício, que
oferecerei por vós, comereis a gordura até vos
fartardes
fartardes e bebereis
bebereis o sang
sanguue até vos
vos
embriagardes. À minha mesa, vós vos fartareis
de cavalos e de cavaleiros, de valentes e de todos
os homens de guerra, diz o Senhor Deus”.

Esse texto emprega uma quantidade enorme


de terminologia referente aos aspectos da limpeza
que acontecerá logo depois da batalha na qual Deus
aniquilará
aniq uilará Gogue (Ez 39.9-20)
39.9-20).. “As
“A s prim
primeiras
eiras
instruções tratam da deposição
de posição das armas (v. 9-10),
9-10),
as quais devem ser queimadas como combustível
[...] As instruções seguintes (Ez 39.11-20
39.11-20)) tratam da
devida destinação dada aos corpos dos soldados do
exército de Gogue que forem mortos”.[1]
MEU SACRIFICIO
SACRIFICIO O DR.
RANDALL PRICE ASSINALA O
SEGUINTE: “PODE SER QUE
DUAS FASES DE ELIMINAÇÃO
SEJAM CONSIDERADAS NESS
PASSAGEM. A PRIMEIRA
FASE DE ELIMINAÇÃO SERI
AQUELA REALIZADA
REALIZADA PELOS
NIMAIS SELVAGENS
SELVAGENS QUE SE
JUNTARÃO PARA REDUZIR OS

CADÁVERES A ESQUELETOS
(V.18-20)”. ESSA SERIA
FASE QUE ESTÁ SOB NOSSA
ANÁLISE NESTE
NESTE MOMENTO.
MOMENTO.
PRICE ACRESCENTA: “ENTÃO
OS OSSOS DO INIMIGO
SERÃO DEVIDAMENTE
ENTERRADOS POR ‘...TODO O
POVO DA TERRA...’”.
(V.13).[2]
No versículo 17, o Senhor Deus manda
m anda que o
profeta Ezequiel convoque toda espécie de aves e de
feras do campo, de modo que venham de toda
parte e se ajuntem para, nas próprias palavras do
Senhor: ...o meu sacrifício, que eu oferecerei por vós,
sacrifício grande nos montes de Israel...”. Nesse caso,

éprofeta,
o Senhor,
quepor intermédio
arrebanha essa da palavra
quant idadedo
quantidade Seu de
enorme
animais para se banquetearem com o que Ele lhes

oferece. Parece que o Senhor revela um propósito


irônico nessa passagem. A ironia está no fato de que
anteriormente
anterior mente Gogue e seus exércitos
e xércitos atacaram
Israel com o objetivo declarado: “...a fim de tomares
o despojo, arrebatares
arrebatares a presa...” (Ez 38.12). No
entanto,
entan to, pela
pel a intervenção do Senhor, Gogue
Gogue e seus
aliados se tornam a presa sobre a qual os animais
selvagens e aves se banqueteiam. Keil faz o seguinte
comentário: “Junto com o recolhimento das
que posteriormente serão queimadas, ocorrerá o armas
espólio do inimigo que tombou na batalha (v.10b);
(v.10b);
nessa ocasião, os israelitas farão com o inimigo
aquilo que este queria fazer com eles (Ez 38.12), de
modo que o povo de Deus se apossará da riqueza
de seus inimigos (cf. Jr 30.16)
30.16)”.[3]
”.[3]
O Senhor denomina o massacre sofrido pelos
invasores de “meu sacrifício” oferecido às aves e
animais do campo. O Senhor afirma que oferecerá
em sacrifício essa refeição, para, então, chamá-la de
um “...sacrifício grande
grande nos montes de Israel”. Assim,
a palavra hebraica traduzida por “sacrifício” é usada
por três vezes no versículo 17. Fisch, um rabino
udeu, menciona que judeus traduzem esse termo

por “festa ou banquete”, mas seu significado literal


é “sacrifício”. “As duas idéias estão interligadas,
pois geralmente
geralme nte uma se tornava
tornava ocasião para a
outra. Para um israelita, o sacrifício, aqui descrito, é
uma paródia sombria do verdadeiro sacrifício, já
que os ‘convidados’ beberão o sangue, um ritual
absolutamente proibido em Israel”.[4]

O CARDÁPIOOOCARDÁPIO
ESPECIFICA SENHOR
QUE SERÁ OFERECIDO AOS
ANIMAIS CARNICEIR
CARNICEIROS
OS E
AVES QUE PARTICIPARÃO
PARTICIPARÃO
DESSE BANQUETE. ENTRE AS
OPÇÕES DESCRITAS PELO
SENHOR ESTÃO “A CARN
CARNE
E
DOS PODEROSOS” E O
“TERRA
SANGUE DOS PRÍNCIPES
” (EZ 39.18). O DA

TERMO HEBRAICO TRADUZIDO


POR “PODEROSOS” É A
FORMA PLURAL DA PALAVRA
HEBRAICA QUE SE TRADUZ
POR “FORTE” E SIGNIFICA:
“HOMEM PODEROSO, HOMEM
FORTE OU HOMEM VALENTE;
I.E., AQUELE QUE, ALÉM
DE FORTE, TEM PODER
POLÍTICO OU PODERIO
ILITAR”.[5] PORTANTO,
TEXTO FAZ REFERÊNCIA AO
TROPAS MILITARES DE
ELITE, COMO OS SOLDADOS
DE NOSSAS FORÇAS
ESPECIAIS DE COMBATE. O

OUTRO TERMO HEBRAICO QUE


DENOTA UM LÍDER HUMANO
SIGNIFICA LITERALMENTE
“LÍDER, GOVERNANTE,
CHEFE, PRÍNCIPE, I.E.,
AQUELE QUE
QUE GOVERNA
GOVERNA OU
REGE UM GRUPO, SEJA ELE
ESCOLHIDO POR SUA
CAPACIDADE, SEJA POR
LINHAGEM SANGUÍNEA”.[6]
EM OUTRAS PALAVRAS, NÃO
APENAS OS MILITARES DE
ELITE SERÃO ANIQUILADOS,
MAS TAMBÉM
TAMBÉM SEUS
GOVERNANTES. O TEXTO
HEBRAICO PODERIA APENAS

TER MENCIONADO OS
PRÍNCIPES, O QUE
BASTARIA PARA QUE
ENTENDÊSSEMOS QUE É UMA
REFERÊNCIA AOS PRÍNCIPES
DA TERRA. ENTRETANTO, A
EXPRESSÃO “DA TERRA” FOI
REGISTRADA PROVAVELMENTE
PARA INDICAR QUE OS
MELHORES DA TERRA FORAM
DESTRUÍDOS PELO
GOVERNANTE DO CÉU E DA
TERRA, A SABER, O
PRÓPRIO SENHOR.
Ao descrever a matança de Seus inimigos, o
Senhor faz uso da terminologia de um banquete
sacrificial e equipara a carnificina humana com os

animais que freqüentemente eram oferecidos em


sacrifício durante os cultos de Israel no Templo. Só
que dessa vez, a verdadeira oferta sacrificada são os
inimigos de Israel, os quais serão servidos aos
animais do campo
camp o e aos pássaros. “Era normal que
as pessoas matassem e comessem os animais
sacrificados. Aqui, todavia, os homens dos exércitos
de Gogue serão mortos e oferecidos em sacrifício;
eles é que serão comidos pelos animais”.[7] “Os
animais mencionados estão numa relação figurada
com as diferentes categorias de homens mortos”.[8]
“Para dar o devido destaque a essa concepção, as
aves de rapina e animais predadores são
convocados por Deus a se reunirem para a refeição
que lhes foi preparada”. A cena aqui retratada de
uma refeição sacrificial se baseia em Isaías 34.6 e
Jeremias 46.10. Em harmonia com essa imagem, os
inimigos abatidos são descritos como animais
engordados para o sacrifício, carneiros, cordeiros,
bodes e novilhos; sobre isso, Grotius salientou
corretamente que “essas espécies de animais,
geralmente utilizadas nos sacrifícios, devem ser
interpretadas como diferentes estirpes de homens,

a saber, governantes, generais e soldados, como o


Dicionário Caldeu também menciona”.[9]
Esta frase: “...todos engordados
engordados em Basã” se
refere primeiramente a um “animal cevado”, ou
seja, um mamífero relativamente jovem (em geral,
da espécie bovina), selecionado para consumo
dentre os animais desmamados.[10] Em segundo
lugar, Basã diz respeito ao “território fértil limitado
pelo rio Jaboque ao sul, pelo mar da Galiléia a
oeste, e por uma linha imaginária que se dirige para
o leste desde o monte Hermom ao norte até a
cordilheira do Haurã, a leste”.[11] Como ressalta
Charles Feinberg: “Basã era um território famoso
pela excelência de suas pastagens e pelo gado bem
nutrido”.[12] Hoje
colinas de Golã, emem dia, vai
Israel, se você viaja até
constatar queasé a
principal região onde o gado pasta nos campos e
onde a pecuária mais se desenvolve.
O versículo 19 também revela aspectos
irônicos. Gogue e seus comparsas atacam Israel
com omas,
terra, propósito de disso,
ao invés saquear e levar
eles é queosão
despojo da
derrotados
e despojados. Nesse caso, Gogue e seus exércitos

proporcionarão a gordura e o sangue com os quais


proporcionarão
os animais e as aves ficarão enfastiados e
embriagados. Para tanto, é preciso haver um
excesso de comida e de bebida. Pois é exatamente
isso que vai acontecer nessa ocasião da derrota de
Gogue nos montes de Israel.
O versículo 20 afirma: “À min
minha
ha mesa,
mesa, vós
vós vos
artareis...”. Feinberg comenta o seguinte: “O
banquete sacrificial, mencionado no versículo 19, é
referido no versículo 20 como ‘minha mesa’ porque
é o Senhor que oferece o banquete. É uma imagem
que comunica muito bem a idéia de grande
carnificina, de juízo merecido e de condenação
irrevogável”.[13] Dessa maneira, aquilo que foi dito
simbolicamente no versículo
a carne dos poderosos 18,o asangue
e bebereis saber:dos
“Comereis
ríncipes da terra, dos carneiros, dos cordeiros, dos
bodes e dos novilhos...”, o versículo 20 reafirma
literalmente: À min
minhaha mesa,
mesa, vós
vós vos fartarei
fartareiss de
cavalos e de cavaleiros, de valentes e de todos os
homens de guerra...”. Mais uma vez fica evidente
que o foco dessa passagem se concentra no fato de
que nosso Soberano
Soberano Senhor é Aquele que tem o

controle da história, bem como é Aquele que


superintende todo esse acontecimento, ainda que
Gogue e seus aliados tenham seus motivos para tal
invasão. O texto afirma
afirma que eessa
ssa mensagem na
íntegra é uma declaração do “...Senhor Deus”, o Rei
que governa tanto
tanto o céu como a terra.

CONCLUSÃO APESAR DO
CAPÍTULO 39 DE EZEQUIEL
AINDA TER NOVE
VERSÍCULOS
VERSÍCUL OS ATÉ O SEU
FIM, A PROFECIA DA
BATALHA DE GOGUE E
MAGOGUE TERMINA NO
NO
VERSÍCULO
VERSÍCUL O 20. O DR.
PRICE EXPLICA O
SEGUINTE: AS ALUSÕES À
GUERRA DE GOGUE
ENCERRAM-SE NO VERSÍCULO

22, DE MODO QUE O FOCO


DA PASSAGEM SE VOLTA
EXCLUSIVAMENTE PARA O
LIVRAMENTO QUE DEUS
EFETUOU EM FAVOR DE SEU
POVO NO PASSADO E PARA
DEVOÇÃO DOS ISRAELITAS
AO SENHOR QUANDO ELES
ELES
FUTURAMENTE FOREM
RESTAURADOS. OS
VERSÍCULO
VERSÍCULOS
VERSOS DE S 21 E
DE TRANSIÇ 22
2
TRANSIÇÃO2 SÃO
ÃO QUE
REITERAM O PROPÓSITO
DIVINO PARA A DERROTA DE
GOGUE, A SABER, FORNECER
INFORMAÇÃO REVELADORA

SOBRE DEUS PARA AS


NAÇÕES (V.21)
(V.21) E PARA
ISRAEL (V.22).[14]
Durante as próximas eetapas
Durante tapas de nossa análise,
este autor usará as informações reunidas nas etapas
anteriores para aplicá-las ao mundo
contemporâneo ou ao mundo futuro, nas diversas
possibilidades que fluem indutivamente do texto.
Algumas questões que precisam ser levantadas são
as seguintes: Quando, onde, por que e o que deve
acontecer para que essa profecia se cumpra
futuramente na história. Maranata!
NOTAS 1
RANDALL PRICE, “EZEKIEL”, PUBLICADO NA
OBRA ORGANIZADA POR TIM LAHAYE E ED HINDSON,
THE POPULAR BIBLE PROPHECY COMMENTARY,
EUGENE, OR: HARVEST HOUSE PUBLISHERS, 2007,
P. 194.
2
PRICE, “Ezekiel”, p. 194.
3
Carl Friedrich KEIL
EIL e Franz D ELITZSCH, Comm
Commentary
entary on the
the
Old Testament, Peabody, MA: Hendrickson, 2002, vol. 9, p.
338.
4
Rabbi
Translation
ISCH, Ezekiel: Hebr
Dr. S. FWith An Introduc
H ebrew
Introduction
ew Text
Text & English
tion and Comme ntary,
Com mentary
Londres:
Lond res: The Soncino
Soncino Press
Press,, 1950, p. 262.

5
James SWANSON, Dictionary of Biblical Languages With
Semantic Doma
Do mains:
ins: Hebrew (Old Testam ent), edição
Testament)

eletrônica,
eletrônica,
1997, DBLH Oak H
Harbor:
1475, arbor:
#1. Logos Research
Rese arch System
Systems, s, Inc.,
6
SWANSON, Dictionary of Biblical Languages, DBLH 5954, #1.
7
John F. W AL
ALVOO RD, Roy B. ZUCK e DALLAS THEOLOGICAL
VOORD
SEMINARY, The Bible Knowledge Commentary: An
Exposition of the Scriptures , Wheaton
W heaton,, IL: Victor Books,
1983–1985,
1983–19 85, vol.
vol. 1, p. 1302.
8
Charles Lee FEINBERG, The Prophecy of Ezekiel
Ezekiel, Chicago:

Moody Press
Press,, 1969, p. 231.
9
KEI L e DELITZSCH, Commentary , vol. 9, p. 339.
EIL
10
Swanson, Dictionary of Biblical Languages, DBLH 5309.
11
Robert Laird HARR ARRIIS, Gleason Leonard ARCHER e Bruce K.
W AL TKE, Theologica
ALTKE Theologicall Wordbook
Wordboo k of the Old Testame nt,
Testament
edição eletrônica, Chicago: Moody
Moody Press,
Press , 1980–1999,
1980–1 999, p.
137.
12
FEINBERG, Ezekiel, p. 231.
F ,
13 EINBERG Ezekiel
, p. 231.
14
PRICE, “Ezekiel”, p. 194.
24. VÁRIOS PONTOS
DE VISTA

Depois de completar essa análise e visão geral

do texto referente
questão de Ezequiel
ao 38–39.20,
momento volto-me para a
em que esse
episódio acontecerá
acontece rá ou aconteceu na história. Quais
seriam os diversos pontos de vista referentes ao
momento exato da ocorrência dessa campanha
militar? Há, no mínimo, sete diferentes pontos de
vista acerca da ocasião do cumprimento
cum primento da batalha
de Gogue e Magogue.
Os sete pontos de vista nem sequer levam em
conta as outras possibilidades que surgem dentro
de uma
um a abordagem interpretativa historicista e
idealista. Não vou considerar essas duas
perspectivas de interpretação pelo fato de que o
sistema interpretativo historicista em grande parte
á está morto, exceto
exce to por alguns grupos sectários

que o advogam, ao passo que o método


interpretativo idealista, por sua própria definição,
de finição,
se recusa
rec usa a analisar a cronologia
cronologia dos
acontecimentos proféticos. Isso deixa o estudante
da Bíblia com duas opções muito claras, a saber: a
concepção de um cumprimento no passado ou a
concepção de um cumprimento no futuro.
Aqueles que acreditam que essa profecia se
cumpriu no passado são chamados de preteristas,
os quais defendem dois pontos de vista. O primeiro
ponto de vista, sustentado por Gary DeMar e
alguns poucos preteristas, defende a concepção de
que essa batalha já se cumpriu nos acontecimentos
descritos no capítulo 9 do livro de Ester.[1] Assim,
ele acredita que essa profecia se cumpriu no quinto
século a.C., durante o reinado do rei persa Xerxes I
(486–465 a.C.). Embora existam outros sub-pontos
de vista dentro do preterismo, o segundo ponto de
vista é o de que a maioria dos preteristas entende
que essa profecia se cumpriu no segundo século
a.C., na ocasião em que os sírios invadiram a
Palestina e foram derrotados por Judas Macabeu”.
[2]

O outro grupo representativo é formado por


aqueles que acreditam que essas profecias ainda se
cumprirão
cump rirão no futuro,
futuro, apesar dos diferentes
d iferentes pontos
de vista. O primeiro ponto de vista defende a
concepção de que a profecia referente a Gogue se
cumprirá antes do período da Tribulação (embora
seja pouco provável, poderia ocorrer antes do
Arrebatamento da Igreja).[3] Um segundo ponto de
vista entende que esses acontecimentos
acontecim entos preditos
ocorrerão durante a primeira metade da
Tribulação, quase no momento central desse
período.[4] O terceiro ponto de vista sustenta que o
Armagedom e a invasão liderada por Gogue são o
mesmoo acontecimento, o qual ocorrerá na ocasião
mesm
da Segunda Vinda.[5
V inda.[5]] O quarto ponto de vista
defende a concepção de que esses acontecimentos
se darão no começo do Milênio.[6] O último ponto
de vista propõe que essa invasão liderada por
Gogue acontecerá no fim do Milênio.[7]
M ilênio.[7]
CUMPRIU-SE NO PASSADO?
Após analisar os dois pontos de vista que
defendem um cumprimento no passado, tenho de

confessar que, dentre as sete concepções


apresentadas, a concepção menos provável é a que
DeMar defende, quando alega que a invasão
liderada por Gogue se cumpriu nos dias da rainha
Ester. DeMar afirma que as predições de Ezequiel
38–39 se cumpriram “literalmente” naqueles
acontecimentos descritos no capítulo 9 do livro de
Ester, durante os dias da rainha Ester da Pérsia, em
cerca de 470 a.C. DeMar declara que as
semelhanças entre a batalha descrita em Ezequiel
38–39 e os fatos relatados no livro de Ester são
“inconfundíveis”.[8] Porém
Porém DeMar, na sua
interpretação literal, não leva em conta uma série
de diferenças claras entre os textos de Ezequiel 38–
39 e Ester 9. Uma simples leitura dessas duas
passagens bíblicas comprova que esses textos não
podem estar descrevendo o mesmo acontecimento.
Abaixo relaciono algumas das incoerências
mais evidentes e problemáticas do ponto de vista de
DeMar, numa análise comparativa que demonstra
sua impossibilidade:
Ezequiel 38–39 Ester 9
A terra
erra ddee Is
Israel
rael é iinv
nvad
adid
idaa (3
(38.
8.16
16)) por
por uma Os jude
judeus
us são aattacad
acados
os na
nass ci
cida
dade
dess de
de

coalizão de vários exércitos.


exércitos. Os inimigos
inim igos tom
tombam
bam todo o império Persa (127 províncias; Et 9.30)
nos m ont
ontes
es de Israel (39.4). Gogue,
Gogu e, o líder dessa por supostas gangues de pessoas inimigas,
invasão, é enterrado em Israel (39.11). não exércit
exércitos,
os, e se defendem (9.2). Os
inimigos
Persa. são mortos em todo o império
Durante um período
Durante período de sete
sete m eses, os judeus Não há necessidade de limpar a terra,
sepultarão
sepultarão os corpos dos inimigos invasores para porque os cadáveres não se encontram em
limpar a terra de IIsrael
srael (39.12). Israel.
Os invasores são destruídos
destruídos por um terrem ot otoo Os agressores são mort
m ortos
os pelo próprio
arrasador na terra de Israel, por lutas internas povo Judeu, auxiliados por governantes
governantes
(aliados que lutam entre si), por pragas, bem locais das províncias (9.3-5).
como por fogo e enxofre que caem do céu
(38.19-22). Deus dest
de strói
rói os inim igos de Israel
sobrenaturalmente.
Os invasores vêm
vêm do extrem
extremoo oest
oeste,
e, como
com o a O território do império Persa não incluía
antiga Pute (atual Líbia; Ez 38.5) e do extremo essas regiões. Sua extensão territorial no
norte, como M agogue, a terra dos CitCitas.
as. extremo oeste chegava até Cuxe (atual
Sudão; Et 8.9) e no extremo norte chegava
at
atéé a região situada
situada abaixo do m ar Negro e
do mar Cáspio.
Deus mete fogo em Magogue e nos que Não há nada que se assemelhe a isso em
habitam
habitam nas ilhas (39.6). Ester 9.

O texto de Ezequiel
invasão-surpresa claramente
que envolve descreve uma
exclusivamente a
terra de Israel, ao passo que o texto de Ester 9 se
refere aos judeus dispersos por todas as 127
províncias do Império
Imp ério Persa (Ester 9.30), os quais
sabiam o dia exato (o “... dia treze do duodécimo mês
que é o mês de Adar...”, conforme Ester 9.1) em que
o edito do rei seria executado. Na profecia de
Ezequiel não há nenhuma menção de que alguém

seja morto por enforcamento, como Hamã e seus


dez filhos foram sentenciados e mortos numa forca
(Ester 9.13).
9.13). Por que a terra de Israel nem sequer é
mencionada no texto de Ester 9, masm as a capital
persa, Susã, e os nomes de muitas outras
localidades do Império Persa são referidos? Na
profecia de Ezequiel, a Pérsia é um dos invasores de
Israel que serão
se rão aniquilados
aniquilados pelo
pe lo Senhor, ao passo
que no relato de Ester, o rei da Pérsia e muitos
outros persas auxiliaram os judeus a se defenderem
e derrotarem os antissemitas, num acontecimento
histórico que ocorreu na Pérsia.
Além disso, se tomarmos por base o capítulo 9
de Ester, não se pode dizer que os judeus que
viviam enaviviam
nações Pérsiatranquilos
tinham sido
nareagrupados dentre
terra de Israel, comoas
Ezequiel claramente descreve. Ao invés disso, os
udeus, mencionados no livro de Ester, estavam
comprometidos com a luta que requeria a coragem
da rainha Ester. Essas diferenças
dif erenças são tão distintas
como o dia e a noite.
Uma importante pergunta que poderíamos
levantar a essa altura é a seguinte: Se a profecia de

Ezequiel 38–39 se cumpriu literalmente durante


aqueles acontecimentos registrados em Ester 9, por
que ninguém percebeu isso nos dias de Ester? Por
que não houve nenhuma menção no livro de Ester
a esse grande cumprimento da profecia de
Ezequiel? E mais, por que não houve sequer um
erudito judeu naquela época (ou posteriormente)
que reconhecesse tal cumprimento profético?
A resposta é mais do que óbvia. Os
acontecimentos relatados em Ester 9 não são o
cumprimento histórico da profecia de Ezequiel 38
– 39. Para falar a verdade, um importante feriado
udaico, chamado Purim foi instituído a partir
daquele episódio ocorrido nos dias de Ester (Et
9.20-32).
festivo queTrata-se
comemorade um feriado anual
o livramento muito por
efetuado
Deus ao tirar Israel das mãos de seus inimigos. A
celebração do Purim inclui a leitura pública do livro
de Ester, porém não existe nenhuma tradição que
tenha se desenvolvido, ou de que se tenha notícia,
na qual os judeus façam a leitura de Ezequiel 38–
39, como se houvesse alguma relação com a
observância dessa festa. Se o texto de Ezequiel 38–

39 tivesse se cumprido nos acontecimentos


narrados em Ester, o povo judeu, sem dúvida, teria
desenvolvido uma tradição ritual de ler também a
passagem de Ezequiel durante essa celebração.
Felizmente, o texto de Ezequiel efetivamente
nos informa
informa o momento
mom ento em que essa invasão há de
acontecer. Em Ezequiel 38.8, o profeta declara que
essa invasão ocorrerá especificamente “no fim dos
anos” [ou “nos últimos anos”]. É a única ocorrência
dessa expressão hebraica em todo o Antigo
Testamento.
Outra expressão semelhante a essa ocorre mais
adiante, no versículo 16 desse mesmo capítulo: “[...]
Nos últimos dias, hei de trazer-te contra a minha
terra...” (grifo do autor). Essa expressão é usada no
Antigo Testamento para se referir ao último
momento da angústia de Israel ou à restauração
definitiva de Israel para participar do Reino
Messiânico (veja: Is 2.2; Jr 23.20; 30.24; Oséias 3.5;
Miquéias 4.1). Semelhantemente, a expressão “no noss
últimos dias”técnico
é um termo que ocorre norefere
que se texto de
ao Ezequiel
fim dos 38.16
tempos, segundo esclarece o catedrático em língua

hebraica Horst Seebass. Seebass afirma que essa


expressão diz respeito ao “modo pelo qual a
história chegará ao seu ponto culminan
culm inante,
te, nesse
caso, ao seu resultado
re sultado final”.[9] Portanto,
Portanto, Ezequiel
nos informa que essa invasão ocorrerá no momento
final da história, em preparação para o
estabelecimento do reino messiânico de Cristo.
Outra razão muito simples, pela qual podemos
entender que essa
e ssa invasão ainda ocorrerá no
no futuro,
se encontra no fato de que nenhum acontecimento
acontecim ento
parecido (nem de longe) com aqueles que estão
descritos em Ezequiel 38–39 já se deu no passado.
Pare para pensar um pouco. Quando a terra de
Israel foi invadida por
p or todas aquelas nações
relacionadas em Ezequiel 38
38.1-6?
.1-6? Ou, ain
ainda,
da,
quando foi que Deus destruiu um exército invasor
como esse, utilizando-se de fogo e enxofre vindos
do céu, pragas, terremotos e lutas internas entre os
próprios invasores (Ez 38.19-22)?
A resposta é: Nunca! Aí está a razão pela qual
oepisódio
profetaque,
Ezequiel descreve
até mesmo essa
para invasão
nós, ainda como um
é futuro.
O único possível motivo para que DeMar e outros

preteristas relacionem os fatos registrados em Ester


9 com os acontecimentos profetizados em Ezequiel
38–39 é a sua busca desesperada de evitar a
possibilidade de que se considere um cumprimento
ainda futuro para essa profecia, pois isso
prejudicaria as concepções que eles já propuseram
e publicaram de um cumprimento no passado.

CONCLUSÃO
A cena de uma invasão maciça da terra de
Israel no fim dos tempos, pelos povos mencionados
no texto de Ezequiel,
Eze quiel, nunca foi vista na história,
apesar das alegações em contrário. Desde a época
da profecia de Ezequiel,
Eze quiel, nenhum
nenhum epepisódio
isódio da
história remota de Israel até os dias atuais sequer
chega perto de uma correlação ou encaixe com
aqueles detalhes registrados em Ezequiel 38 – 39
(muito menos o que consta
c onsta em Ester 9). Por isso,
partindo-se do pressuposto óbvio de que uma
profecia deve se cumprir literalmente,
literalmente, eessa
ssa profecia
referente à invasão liderada por Gogue deve
aguardar um cumprimento que, mesmo da
perspectiva de nossos dias, ainda se dará no futuro.

Assim, o texto profético de Ezequiel 38–39 retrata


uma futura invasão de Israel no fim dos tempos,
imposta pela Rússia e seus aliados, como o Irã e
outros povos citados (todos esses, na atualidade, são
nações islâmicas que menosprezam e odeiam
Israel). Maranata!
NOTAS
1
Veja: Gar
Garyy DEMAR, End Times Fiction: A Biblical
ideration of the Left Behind Theology , Nashville:
Consideration
Cons
Thomas
Thom as Nelson, 2001,
200 1, p. 12-15;
12- 15; veja tamb
também:
ém: DEMAR, Last
Days Madness:
M adness: Obsession of the the Modern Church , Powder
Springs, GA: American Vision, 1999, p. 368-69. DeMar
segue a mesma linha de pensamento do seu colega
preterista Jam
Ja mes JJordan,
ordan, na
na obra que este es
escreveu
creveu
intitulada: Esther: In Covena nt History,
In the Midst of Covenant
Niceville, FL: Biblical Horizons, 1995.
2
Jay ROGERS
Israel?”, , “Does
artigo the Bible
publicado empredict
abril dea 1997
Russian invasion
no site da of
Internet:
http://w
http://www
ww.f
.forerun
orerunner.com/predv
ner.com/predvestnik/X0058_Rus
estnik/X0058_Russia_Isra
sia_Isra
aces sado em 12 d
acessado de
e março de 2009.
3
Veja: Arnold G. FRUCHTENBAUM, The Footsteps of
o f the
Messiah
Me Sequence of Prophetic Events,
ssiah:: A Study of the Sequence
edição revisada; Tustin, CA: Ariel Ministries, 2003, p. 117-
125. Veja, também, como Tim L AHAY E e Jerry JENKINS
AYE
retrataram
retratar am esses aconteciment
acontecimentosos em sua
sua obra Left Behind:
A Novel
Nove l of the Earth’s Last Days , Wheaton, IL: Tyndale,
Earth’s
1995.
4
Veja: Mark HITCHCOCK , Iran – The Coming Crisis: Radical
Islam, Oil, and The Nuclear Threat, Sisters, OR:
Multnomah,
Multnom ah, 2006,
200 6, p. 177-89
177 -89..
5
Veja:
Vej a: Louis
Lo uis S. BAUMAN, Russ
Russian
ian Events in the Light of Bible
Prophecy, Nova York: Fleming H. Revell, Company, 1942,
p. 174-75
174-75..
6
Veja: Arno C. GAEBELEIN, The Prophet Ezekiel, Nova York:
Our Hope, 1918, p. 252-55.

7
Veja: Ralph ALEXANDER, Ezekiel, Chicago: Moody Press,
1976, p. 127-29.
8
DEMAR, End Times Fiction, p. 13.
9
Horst SEEBASS, Theologica
Theologicall Dictionary of the Old T Testam ent,
estament
organizado por G. Johannes BOTTERWECK e Helm H elmer
er
RINGGREN, traduzido para o inglês por John T. Willis; Grand
Rapids: Will
W illiam
iam B. Eerdm
Eerdmans,
ans, 1977,
19 77, vol. 1, p. 21
211-1
1-12.
2.
25. VÁRIOS PONTOS
DE VISTA –
(CONTINUAÇÃO 1) O
SEGUNDO PONTO DE
ISTA PRETERISTA,
OU SEJA, A
CONCEPÇÃO DE QUE
S PREDIÇÕES
REGISTRADAS NO
TEXTO DE EZEQUIEL
38–39 SE CUMPRIRAM

NO PASSADO,
DEFENDE A

PERSPECTIVA DE QUE
ESSA PROFECIA “SE
CUMPRIU NO SÉCULO
II A.C., QUANDO OS
SÍRIOS INVADIRAM
PALESTINA E FORAMA
DERROTADOS POR
JUDAS MACABEU”.[1]
UM INTÉRPRETE
PRETERISTA AFIRMOU
QUE ESSA É A

CONCEPÇÃO
MPLAMENTE MAIS

DIFUNDIDA E
DEFENDIDA PELA
AIORIA DOS
PRETERISTAS,
PORÉM, AO
PESQUISAR EM MINHA
BIBLIOTECA PESSOAL
E NOS SITES
PRETERISTAS DE
AIOR EXPRESSÃO,
EXPRESSÃO,
NÃO ENCONTREI

PRATICAMENTE
NENHUM PRETERISTA
PRETERISTA

QUE TENHA ESCRITO


LGO SOBRE O
SIGNIFICADO DESSA
PROFECIA. COMO
SEMPRE, MUITOS
PRETERISTAS
RGUMENTAVAM QUE
TAL PROFECIA NÃO
SIGNIFICA AQUILO
QUE OS INTÉRPRETES
FUTURISTAS DIZEM

QUE ELA SIGNIFICA,


AS ESSES

PRETERISTAS
RARAMENTE TÊM
TEMPO PARA NOS
EXPLICAR COM
DETALHES O QUE
ELES CRÊEM QUE
ESSA PASSAGEM
BÍBLICA SIGNIFICA.
É MUITO DIFÍCIL
CHAR UM
COMENTÁRIO BÍBLICO

SEQÜENCIAL,
ESCRITO POR UM

INTÉRPRETE
PRETERISTA, QUE
COMENTE PALAVRA
POR PALAVRA DAS
ESCRITURAS SEGUNDO
PERSPECTIVA
PRETERISTA. NESSE
CASO, COMENTAREI
EM LINHAS GERAIS
OS PONTOS DE VISTA
QUE ELES ADVOGAM.

UM CUMPRIMENTO PROFÉTICO
NO SÉCULO
SÉCULO II A.C.
Max King, um preterista convicto, fez o
seguinte comentário sobre a identidade de Gogue e
Magogue: “Ezequiel faz uso desses nomes para se
referir ao poder dos Selêucidas, especialmente
espec ialmente
quando atingiu
atingiu o seu apogeu nos dias de Antíoco
Epifânio”.[2]] Em se
Epifânio”.[2 seguida,
guida, Max King acrescentou
acresce ntou
uma nota de rodapé citando o amilenista que não é
preterista, William
Willi am Hendrikson,[3] para apoiar
apoiar sua
afirmação. Dessa forma, sem fornecer muitos
detalhes, os que advogam essa concepção acreditam
que “a opressão imposta ao povo de Deus por
‘Gogue e Magogue’
de Ezequiel, é uma
à terrível referência,
perseguição feita no
imposta porlivro
Antíoco Epifânio, governan
gove rnante
te da
d a Síria”.[4]
Diferente daquela concepção de Gary DeMar que
analisamos na seção anterior,
anterior, esse último pponto
onto de
vista admite, pelo
pe lo me
menos,
nos, que os invasores
invasores
realmente sobrevirão à terra de Israel, como se
observa na profecia de Ezequiel. O intérprete
preterista Vic Reasoner declara o seguinte: “O

contexto de Ezequiel estava descrevendo a


insurreição dos Macabeus no Século II antes de
Cristo”.[5]
Embora seja verdade que Antíoco Epifânio,
governante
governan te da Síria, invadiu Israel no Século II a.C.,
pouquíssimas semelhanças existem entre essa
invasão e aquela que foi predita nessa passagem de
Ezequiel. Para começar, a invasão inicial de Israel
empreendida por Antíoco foi bem sucedida de
modo que ele conseguiu oprimir o povo judeu. Só
depois de um período de vida sob o domínio
opressor da Síria que a revolta dos Macabeus teve
início e, por fim, foi vitoriosa. Na descrição da
invasão de Gogue à terra de Israel, o texto de
Ezequiel não indica em nenhum momento que os
invasores
invasores obteriam algum êxito na sua tentativa,
muito menos que conseguiriam estabelecer um
período de ocupação da terra de Israel. Na profecia
de Ezequiel, o Senhor destroça os exércitos
invasores no momento em que eles invadem Israel.
A principal característica da Revolta dos Macabeus
foi a nítida participação do elemento humano como
instrumento para derrotar
derrotar os Selêucidas
Selêuc idas que

ocupavam a terra de Israel, ao passo que, na


profecia de Ezequiel, Deus não utiliza seres
humanos para derrotar Gogue e seus exércitos; em
vez disso,
d isso, Ele próprio
p róprio os derrota através
através de atos
miraculosos (Ez 38.21-22).
A revolta dos Macabeus não ocorreu depois de
um reagrupamento internacional dos judeus na sua
terra, vindos de todas as partes do mundo, como é
o que vai acontecer no episódio da invasão de Israel
liderada por Gogue. Além disso, se orgulho
nacionalista judaico estava em alta durante a
revolta dos Macabeus, tal orgulho nacionalista nã
nãoo
fará parte do avivamento espiritual que sucederá ao
povo Judeu, em consequência do livramento que o
Senhor lhes concederá na ocasião do ataque de
Gogue (Ez 38.23).
38.23). Quando
Quando foi que Deus meteu
me teu fogo
“...em Magogue e nos que habitam seguros nas terras
do mar...”, de modo que Magogue e as nações
chegassem a reconhecer o que Deus afirma de Si
mesmo: “...eu sou o Senhor” (Ez 39.6)? Em que
ocasião os Judeus da época dos Macabeus
queimaram, por sete anos, as armas de guerra ou
enterraram, por sete meses, os cadáveres dos

invasores (Ez 39.9-16)? Essas coisas todas não


aconteceram, de fato, no Século II a.C., nem em
época alguma, o que nos leva a concluir que ainda
estão por se cumprir
c umprir no futuro. O exército invasor,
predito em Ezequiel, virá “...dos últimos confins do
norte...” (Ez 38.15; TB – Tradução Brasileira), não
do norte próximo, onde a Síria se localiza. Ezequiel
afirma que essa invasão acontecerá “...no fim dos
anos...” (Ez 38.8) e “...nos últimos dias...” (Ez 38.16).
Se o ponto de vista que defende um cumprimento
profético no período dos Macabeus estivesse
correto, isso teria ocorrido a cerca de 2.20
2.2000 anos
atrás, na metade dad a história humana, não no fim
desta, muito menos nos últimos dias.

É curioso que a ampla maioria dos Judeus


Ortodoxos da atualidade está convencida de que a
campanha militar de Gogue e Magogue é um
acontecimento que ainda ocorrerá no futuro. Se
essa profecia realmente tivesse se cumprido no
Século II a.C., os rabinos judeus, desde aquela
época até os dias de hoje, teriam reconhecido tal
cumprimento profético. Em vez disso, os detalhes
dessa famosa batalha não se cumpriram em

momento nenhum do passado, mas aguardam seu

cumprimento literal no futuro.


A CONCEPÇÃO
CONCEPÇÃO PRÉ-
TRIBULACIONISTA À MEDID
QUE MUDO A DIREÇÃO DE
NOSSA ANÁLISE,
ANÁLISE, DE
DEIXANDO
IXANDO
OS PONTOS DE VISTA QUE
PROPÕEM UM CUMPRIMENTO
DESSE TEXTO DE EZEQUIEL
NO PASSADO
PASSADO PARA AAQUELES
QUELES

PONTOS DE
DEFENDEM VISTADE
A IDÉIA QUE
QUE
ESSA INVASÃO LIDERADA
POR GOGUE SE CUMPRIRÁ NO
FUTURO, A PRIMEIRA
CONCEPÇÃO COM A QUAL NOS
DEPARAMOS PROPÕE QUE

ESSE ACONTECIMENTO
OCORRERÁ ANTES DO
PERÍODO DA TRIBULAÇÃO.
MAIORIA DOS QUE A
ADVOGAM
DVOGAM
ESSE PONTO DE VISTA
ACREDITA QUE A RE
REFERIDA
FERIDA
INVASÃO SE CUMPRIRÁ
DEPOIS DO ARREBATAMENTO
DA IGREJA, MAS ANTES DO
INÍCIO DA TRIBULAÇÃO,
DURANTE O INTERVALO DE
TEMPO QUE PODE SER DE
DIAS, SEMANAS, MESES, OU
ATÉ MESM
MESMO,
O, DE AL
ALGUNS
GUNS
NOS. NO ENTANTO,
ENTANTO, ALGUNS
QUE TAMBÉM ADVOGAM O

PONTO DE VISTA DE UM
CUMPRIMENTO AINDA
FUTURO, ADMITEM A
POSSIBILIDADE DE QUE
ESSE ACONTECIMENTO
PROFÉTICO SE CUMPRA
ANTES MESMO
MESMO DO
ARREBATAMENTO.
ARREBATAM ENTO.
Creio que este último ponto de vista é o que
faz mais sentido, apesar de admitir a existência de
alguns problemas nessa concepção para os quais
ainda não encontro respostas satisfatórias. Na
realidade, um dos aspectos que geram mais dúvida
nessa concepção é o que se refere ao momento
exato desse acontecimento no cronograma
cronograma
profético de Deus. Não estou totalmente satisfeito
com nenhum dos possíveis pontos de vista acerca
do momento
história. Contem
udo,que
Contudo, atéessa
stabatalha
eesta etapa deseminhas
cumprirá na
pesquisas, encontro-me firmemente posicionado

no campo do cumprimento pré-tribulacionista

dessa profecia
não tenha referente
a resposta paraa Gogue,
algumasembora eu ainda
p erguntas
perguntas que se
levantam.
Se fizéssemos um levantamento dos pontos de
vista que 25 anos
anos atrás
atrás eram defe
defendidos
ndidos pelos
intérpretes futuristas sobre o momento em que se
cumprirá a profecia de Ezequiel 38 e 39, a
concepção nitidamente predominante seria a de
que esse episódio profético se cumprirá
aproximadamente na metade do período da
Tribulação. Naquela época, proeminentes
especialistas em profecia bíblica, tais como, Hal
Lindsey, John Walvoord, J. Dwight Pentecost e
Charles Ryrie, defendiam claramente esse ponto de
vista. Porém, na atualidade, eu
e u diria que o ponto de
vista mais amplamente
amplam ente aceito pelos
pel os especialistas
espec ialistas em
profecia bíblica
bíblica é aquele
aquele que defende um
cumprimento pré-tribulacionista dessa profecia
referente a Gogue e Magogue. Entre os que
advogam essa concepção se incluem: Chuck Smith,
Chuck Missler, Arnold Fruchtenbaum, Randall
Price, Tim LaHaye e Joel Rosenberg. A seguir,

menciono alguns dos argumentos que alicerçam

essa concepção.
Em primeiro lugar, Fruchtenbaum descreve a
concepção pré-tribulacionista de interpretação
desse texto de Ezequiel nos seguintes termos: [...] a
invasão russa ocorrerá
ocorrerá antes que a Tribulação dede
fato comece. A partir do texto de Ezequiel 38.1–
39.16,
39.16, tal ponto de vista chega
che ga a certas conclusões.
Em primeiro lugar, que Israel seria estabelecido
antes da Tribulação e estaria habitando
habitando em
segurança. Em segundo lugar, que a aliança liderada
pela Rússia invadiria Israel durante esse momento
de segurança que antecede à Tribulação. Em
terceiro lugar, que essa aliança seria destruída
dentro do território de Israel, antes da Tribulação.
[6]
Essa concepção dá ênfase ao fato de que, na
ocasião dessa invasão, o povo de Israel já terá sido
trazido de volta e reagrupado na sua terra,
retornando das nações para onde foi espalhado pelo
poder da
d a espada (Ez 38.8,12)
38.8,12).. Isso significa que, na
época da invasão liderada por Gogue, os Judeus
terão acabado de retornar à terra de Israel, após

terem sido enviados para o exílio entre as nações

pela forçaocorridas
romanas da espada,
nosque seriam
anos as invasões
70 d.C. e 135 d.C.
respectivamente. Essa é a atual situação do Estado
de Israel da modernidade. Fruchtenbaum declara:
Depois ded e 1.900 anos,
anos, 46 invasões e da Guerra da
Independência, aquela terra voltou a ser judaica e
está livre da dominação estrangeira. Os Judeus que
hoje vivem em Israel vieram de aproximadamente
80 a 90
90 países diferentes.
dif erentes. Os lugares que estavam
continuamente
continua mente abandonados
abandonados e desertos, agora são
habitados (Ez 38.8,12
38.8,12).
). Hoje em
e m dia,
d ia, os israelenses
estão reconstruindo seus lugares antigos,
antigos,
transformando-os em modernas cidades e

metrópoles.[7]
Talvez o argumento mais forte em favor desse
ponto de vista refira-se ao fato de que, se esse
acontecimento for pré-tribulacionista (isto é, se
ocorrer antes do período da Tribulação
T ribulação vindoura),
haverá tempo suficiente para
p ara enterrar
enterrar os mortos
durante sete meses
me ses (Ez 39.12) e para queimar os
armamentos de guerra durante sete anos (Ez 39.9
39.9).
).
Fruchtenbaum, mais uma vez, explica: Situar essa

invasão no começo do período da Tribulação não

causa
meses nenhum
preditos problema namas
na profecia, relação
geracom os sete na
problemas
relação com os sete anos também preditos. Isso
implicaria um momento no qual Israel estará em
fuga e não terá tempo de concluir a queima das
armas [...] o ponto de vista que defende um
cumprimento antes do período da Tribulação é a
única concepção que não entra em conflito nem
com os sete meses, nem com os sete anos preditos.
Segundo esse ponto de vista, os Judeus
continuariam
continua riam a habitar na sua Terra
Te rra após essa
invasão e permaneceriam lá até a metade do
período da Tribulação. Assim, os sete meses de

sepultamento não não


sete anos também se constituem
entram emnum conflito.
conflito com Os
essa
interpretação, pois eles começariam antes da
Tribulação e, se necessário, poderiam se estender
até a metade desse período. Segundo esse ponto de
vista, tal invasão deve ocorrer, no mínimo, três anos
e meio (ou mais tempo) antes do início da
Tribulação.[8]
Randall Price, um dos defensores da

concepção pré-tribulacionista de interpretação

desse texto,
diferente mostra
sobre uma
aquele nuancedeum
período setepouco
anos da
queima das armas de guerra, quando afirma: Se os
“sete anos” durante os quais Israel queimará as
armas das nações derrota
de rrotadas
das forem os “sete anos”
do período da Tribulação (Daniel 9.27; Apocalipse
11.2), esse fato, junto com a realidade do cemitério
de Gogue e da multidão de mortos (Ezequiel 39.11-
16),, servirá de testemunho, durante toda a
16)
Tribulação, da promessa do juízo universal das
nações, bem como da completa restauração de
Israel pela evidência da intervenção divina na
ocasião do Segundo Advento de Cristo.[9]
Cristo.[9]
1

NOTAS
RUSSIAN JAY ROGERS,
INVASION OF “DOES THE BIBLE
ISRAEL?”, PREDICT A
ARTIGO
PUBLICADO EM ABRIL DE 1997 NO SITE DA
INTERNET:
HTTP://WWW
HTTP://WWW.FORERUNNER.COM
.FORERUNNER.COM/PREDVE
/PREDVESTNIK
STNIK/X0058
/X0058
CESSADO EM 12 DE MARÇO DE 2009.
2
Max R. KING, The Cross and The Parousia of Christ: The
Two Dimensions Of One Age-Changing Eschaton,
Warren, OH: The Parkman Road Church of Christ, 1987, p.
235.
3
William HENDRIKSON, More than Conquerors: An
Interpretation of the Revela tion, Grand Rapids:
the Book of Revelation

Baker Book House, 1982, p. 193-95.


193-9 5. Por sua
s ua vez,
vez,
Hendrikson declara que sua interpretação é a mesma que
consta na
St. John, 2obra E. W. HENGSTENBERG, The Revelation of
vols.,de1851.
4
HENDRIKSON, More than Conquerors
Conquerors, p. 193.
5
Vic REASONER, A Fundamental
Fundam ental Wesleyan Commen
Com mentary
tary on
Revelation , Evansville, IN: Fundamental Wesleyan
Publishers, 2005, p. 482.
6
Arnold
Arnold G. FRUCHTENBAUM, The Footsteps of the Messiah:
Mess iah: A
Sequence of Prophetic Events, edição
Study of the Sequence
revisada, Tustin, CA: Ariel Ministries, 2003, p. 121.
7
FRUCHTENBAUM, Footsteps, p. 121.
8
(Grifo
(Grif o do autor origin
original),
al), FRUCHTENBAUM, Footsteps, p.
p. 122-23.
122-23 .
9
Randal
Ra ndalll PRICE, “Ezekiel
“ Ezekiel”,
”, pu
publ
blicado
icado na obra or
organ
ganizada
izada por
Tim LaHaye
LaH aye e Ed Hindson,
Hindson, The Popular Bible Prophecy
Commentary , Eugene, OR: Harvest House Publishers,
2007, p. 192.
26. VÁRIOS PONTOS
DE VISTA –
(CONTINUAÇÃO 2) O
RGUMENTO EM FAVOR
DA INTERPRETAÇÃO
DE QUE A INVASÃO
LIDERADA POR GOGUE
E MAGOGUE OCORRERÁ
DEPOIS DO
RREBATAMENTO, MAS
NTES DO PERÍODO
PERÍODO
DA TRIBULAÇÃO,
BASEIA-SE NA

INFORMAÇÃO
FORNECIDA PELO
PRÓPRIO TEXTO DE
QUE ESSA INVASÃO
CONTECERÁ “DEPOIS
DE MUITOS DIAS” E
“NO FIM DOS ANOS”
(EZ 38.8), BEM
COMO “NOS ÚLTIMOS
DIAS (EZ 38.16).
TAIS EXPRESSÕES
SÃO INDICADORES

CRONOLÓGICOS QUE
SITUAM ESSES
CONTECIMENTOS
QUASE NO FIM DA
HISTÓRIA, POR
SEREM FRASES QUE
SE REFEREM
EXCLUSIVAMENTE AO
PERÍODO DA
HISTÓRIA MUNDIAL.
EM TODO O ANTIGO
TESTAMENTO, A
EXPRESSÃO “NO FIM

DOS ANOS” (OU,


“NOS ÚLTIMOS ANOS”)
OCORRE SOMENTE
NESSA PASSAGEM,
PASSAGEM,
PORÉM, SE A
EXPRESSÃO “NOS
ÚLTIMOS DIAS” É
USADA NO VERSÍCULO
16 PARA DESCREVER
O MESMO
CONTECIMENTO,
CONCLUI-SE COM

SEGURANÇA QUE A
FRASE “NOS ÚLTIMOS
DIAS”, USADA COM
AIS FREQUÊNCIA,
FREQUÊNCIA, É
SINÔNIMA DA
EXPRESSÃO “NO FIM
DOS ANOS”. TAL
CONCLUSÃO SE
BASEIA NO FATO DE
QUE AS EXPRESSÕES
“DEPOIS DE MUITOS
DIAS” E “NO FIM DOS

NOS” SÃO USADAS


SEQUENCIALMENTE
JUNTAS NO
ERSÍCULO 8.
CHARLES FEINBERG
FIRMA: “O
REFERENCIAL DE
TEMPO FOI
NITIDAMENTE
DECLARADO NA
EXPRESSÃO ‘NO FIM
DOS ANOS’ QUE É

EQUIVALENTE À
EXPRESSÃO ‘NOS
ÚLTIMOS DIAS’ DO
ERSÍCULO 16”.[1]

Ao fazermos uma pesquisa em todo o Antigo


Testamento, à procura da ocorrência de
terminologia semelhante a essa expressão “no fim
dos anos” de Ezequiel 38.8
38.8,, encontramos três outras
frases correlatas.[2] Eu selecionei apenas aquelas
referências bíblicas nas quais essas expressões
ocorrem num sentido profético, cujo cumprimento
ainda acontecerá no futuro. A primeira expressão é
traduzida por “no fim dos dias” ou “nos últimos
dias” (cf. Dt 4.30; 31.29; Is 2.2; Jr 23.20; 30.24; 48.47;

49.39;
últimaEz 38.16; Dn
expressão 2.28; 10.14;
é traduzida porOs“tempo
3.5; Mqdo4.1);
fim”a
(Dn 8.17,19; 11.27,35,40;
11.27,35,40; 12.4,9,13). O fato de

Ezequiel fazer uso de três expressões (“depois de


muitos dias”, uma
proporciona “no fim dosainda
base ” e “nos
anosmais para adias”)
últimos
forte
concepção de que essa batalha acontecerá numa
ocasião ainda futura.
Randall Price explica o seguinte: “Embora a
expressão ‘no fim dos dias’ possa se referir ao

período da Tribulação,
terminologia específica não
parasedesignar
trata de esse
umaperíodo,
pois a estrutura contextual e as variedades de uso
permitem que tal expressão seja empregada de
diferentes maneiras”.[3] Port
Portanto
anto,, as referências
que essas frases fazem aos últimos dias ou ao fim
dos dias podem designar a septuagésima semana da
profecia de Daniel, ou seja, o período da
Tribulação, bem como podem ser alusões ao reino
milenar de Cristo (i.e., o Milênio) ou mesmo a
certos acontecimentos que podem se cumprir
imediatamente antes da Tribulação, tais como a
invasão liderada por Gogue e Magogue. Mark

Hitchcock assinala:
todo por quinze “Essas
vezes expressões
no Antigo são usadas
Testamento. Elasao
são sempre empregadas para se referir ora ao

período da
d a Tribulação
Tribulaç ão (Dt 4.30)
4.30) ora ao Milênio
Milê nio (Is

2.2; Mq 4.1).
4.1). Ainda
especifiquem que essas
o momento frases
f rases
exato não
da invasão, elas são
indicadores claros de um período de tempo que,
pelo referencial de nossos dias, ainda se cumprirá
no futuro”.[4]
Por esse motivo, a predição de que esse

acontecimento
dos ocorrerá
anos da história, no fim dos
possibilita dias ou no
a concepção defim
um
cumprimento pré-tribulacionista, pois considera
que essa invasão pode acontecer depois do
Arrebatamento, mas imediatamente antes do início
daquele período de sete anos da Tribulação. Na
verdade, o texto assevera que essa invasão resultará
numa ocasião para que se cumpra o que Deus
afirma: “Farei conhecido o meu santo nome no meio
do meu povo de Israel...” (Ezequiel 39.7). Esse pode
ser o estímulo inicial para que milhares de Judeus
se convertam a Cristo durante a primeira metade
do período da Tribulação que logo se seguirá.

ALGUMAS OBJEÇÕES ALGUNS


TÊM LEVANTADO OBJEÇÕES

QUANTO À CRONOLOGIA
APRESENTADA NESSE PONTO
APRESENTADA
DE VISTA, POR SE
BASEAREM EM CERTAS
AFIRMAÇÕES
AFIRMAÇÕE S ENCONTRADAS
ENCONTRADAS
EM EZEQUIEL 38.11. ESSE
TEXTO DESCREVE A TERRA
DE ISRAEL, NA OCASIÃO
DESSA INVASÃO, DE QUATRO
MANEIRAS, A SABER: 1)
“...A TERRA DAS ALDEIAS SEM
MUR
MU ROS...”; 2) “...OS QUE
ESTÃO EM REPOUSO... ; 3)
“...QUE VIVEM SEGUROS...”;

“...QUE
MU
MUR ROS EHABITAM,
TÊMTODOS,
NÃO TÊM FERR
FERROLSEM
OLH
HOS

NEM PORTAS...”.
A primeira caracterização de Israel como uma
terra de aldeias sem muros implica que eles não
construirão muralhas de proteção ao redor de suas
aldeias, como se fazia nos tempos antigos.
Entretanto,
Entreta nto, alguns alegam que Israel construiu
recentemente o muro de separação para se manter
afastado da população árabe. Nesse caso, isso
implicaria que a situação de Israel na atualidade
não condiz com esse aspecto requerido no texto.
Price faz a seguinte observação: “Só a área da
cidade denominada de Jerusalém Antiga possui um
muro e a cidade moderna está situada fora dos

limites desse
[5] Talvez issomuro desde que
signifique o final dos idos
a nação de 1800”.
de Israel
estará desprotegida quanto a uma invasão,
invasão, já
j á que
esse era o propósito de se construir muralhas nos
tempos antigos. O rabino
rabino Fisch decl
d eclara:
ara: “Israel não
terá tomado nenhuma medida preventiva contra
ataques, mediante a construção de muros ao redor
de suas cidades”.[6] Nos dias atuais, é evidente que
nenhuma muralha da antiguidade teria a mínima

condição de proteger qualquer cidade contra a

invasão de dizer
texto quer um exército moderno.
que Israel Empreocupado
não estará vez disso, o
com sua defesa e será surpreendido por esse ataque.
Isso, porém, não descarta o que ocorre em Israel
nos dias atuais. A maior parte desse muro de
separação que recentemente foi construído é, na
realidade, uma cerca projetada para separar judeus
de árabes. Tal muro não ofereceria real proteção,
caso um exército moderno resolvesse invadir.
A segunda frase caracteriza a população de
Israel como pessoas que estão em repouso. O
particípio hebraico saqat descreve um povo qu quee
está “tranquilo,
“tranquilo, eem
m descanso
de scanso e sereno”.[7] Esse
verbo foi usado com frequência nos livros de Josué
e de Juízes para destacar a tranquilidade ou o
descanso resultante das vitórias militares de Israel
sobre os Cananeus, à medida que os israelitas
conquistavam
conquista vam aquela terra
te rra sob o comando de Josué
Josué..
[8] O termo significa estar tranquilo
tranquilo ou descansado

no que diz
admitir que,respeito
dentre aasconflitos militares. Tenho
quatro descrições que de
parecem corresponder com a atual situação de

Israel, essa segunda caracterização é a menos


provável
realidadeem nossos
num futurodias. Talvezou
próximo elaimediatamente
se torne
antes do Arrebatamento da Igreja. Não precisaria
muito para que essa situação viesse a se concretizar
no Estado de Israel dos tempos modernos.
A terceira expressão descritiva é a tradução do

termo
38.8. Oshebraico
38.8. que foidausado
betahléxicos
dicionários línguaem Ezequiel
hebraica
informam que esse vocábulo, em geral, significa
“segurança” ou “convicção”, e explicam que seu
campo semântico se assemelha ao da palavra
“confiança”.[9]] No texto hebraico, esse termo
“confiança”.[9
frequentemente é usado no caso construto com o
verbo “habitar”, a exemplo deste
d este texto de Ez
Ezequiel,
equiel,
e ocorre 160 vezes em toda a Bíblia Hebraica.[10] É
usado nos livros de Levítico e Deuteronômio como
uma promessa feita pelo Senhor de que, se o povo
udeu obedecer à Lei de Deus, Ele fará com
com que a
nação de Israel habite
h abite em segurança na sua terra

(Lv 25.18,19;
todos os livros26.5; Dt 12.10).
históricos Esse termo
e proféticos do éAntigo
usado em
Testamento como um referencial que serve para

aferir se Israel está ou não habitando


habitando em segurança
na terra.
ias Na
Jeremias
Jerem 49.3realidade,
49.31, essa frase
1, num contexto
c ontexto deéinvasão
usada em
semelhante ao de Ezequiel 38, onde se lê o seguinte:
“Levantai-vos, ó babilônios, subi contra uma nação
que habita em paz e confiada, diz o Senhor; que não
tem portas, nem ferrolhos; eles habitam a sós”. É o
mesmo sentido no qual o termo foi usado em
Ezequiel 38.8
38.8.. “Entretanto,
“Entretanto, esse sentido geral
muitas vezes apresenta uma amplitude semântica
negativa [...] para indicar uma falsa segurança”.[11]
segurança”.[11]
O contexto apóia a conotação de falsafal sa segurança
nesta ocorrência do termo, em face da iminente
invasão. Por outro lado, é possível que o termo não
seja usado
porque novai
Deus sentido
livrarilusório de falsa segurança,
miraculosamente a nação de
Israel.
Alguns intérpretes tentaram igualar a noção de
habitar “seguramente” com habitar “pa
pacific
cificam entee”.
ament
Eles dizem que essa pas
passagem
sagem descreve uma

situação
todos os na
seusqual Israel esenenhum
vizinhos encontradestes
em paz com
representa
uma ameaça para os Judeus. Não se pode confirmar

essa noção pelo significado da palavra hebraica


betah, nem pelocomenta
Fruchtenbaum contextoodessa passagem.
seguinte: Arnold
“Em nenhum
lugar desse texto há qualquer alusão de que Israel
estaria vivendo em paz. Pelo contrário, a descrição
é de que Israel estaria simplesmente habitando em
segurança, o que significa ‘confiança’, a despeito de
quanto dure um estado de guerra ou de paz. Nas
várias descrições que essa passagem aprese
apresenta
nta so
sobre
bre
Israel, pode-se comprovar que todas são verídicas
na realidade do Estado de Israel atual”.[12]
A quarta caracterização retrata todos
todos eles
el es
vivendo sem muros, sem ferrolhos e sem portas. Já
vimos antes que viver literalmente
lite ralmente sem muros
implica que nenhuma de suas cidades ou vilas terá
aquilo que os antig
antigos
os construíam para conter um
exército invasor. Essa imagem é reforçada pela
informação de que eles não terão ferrolhos [i.e.,
trancas],
trancas], nem portas, obviamente porque suas
cidades não terão muros. Ferrolhos e portas eram

dispositivos de defesa
localizados nas muito
muralhas dasimportantes
cidades da
antiguidade.

O que isso significa em relação à invasão? Em


primeiro lugar,de
da perspectiva essa passagem
Gogue, o qualapresenta a situação
pensa que Israel
não se encontra devidamente protegido e, por isso,
está vulnerável a um ataque-surpresa. Em segundo
lugar, Price salienta que “a segurança de Israel se
baseia no poderio de suas forças armadas, as quais
são consideradas dentre as melhores do mundo e já
têm defendido o país contra adversidades
avassaladoras em várias invasões ocorridas no
passado”.[13]] Em terceiro
passado”.[13 terce iro lugar, tais condições
nunca se concretizaram na história de Israel em
momento algum do passado, de modo que só pode
se referir a um tempo ainda futuro, como já
verificamos
muitos dias” pela
peela
“noanálise
fim dosdas eexpressões
anos xpressões
38.8“).depois
” (Ez 38.8). Keil de
assevera: “Esta descrição do modo de vida de Israel
também aponta para tempos posteriores que vão
muito além da época do exílio na Babilônia”.[14]
NOTAS CHARLES LEE FEINBERG, THE PROPHECY OF
1

EZEKIEL, CHICAGO: MOODY PRESS, 1969, P. 221.


2
Baseado
computadorem pesquisa realizada
Accordance
Accord ance , versãoatravés
7.3. do programa de
3
Randal
Ra ndalll PRICE, Comentários Não Publicados Sobre as

Ezequiel, 2007, p. 40.


Profecias de Ezequiel
4
Mark HITCHCOCK, AftAfter
er The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 126.
5
PRICE, Comentários Não Publicados de Ezequiel, p. 40.
6
S. FISCH, Ezekiel: Hebrew Text & English translation with an
Introduction
Int Com mentary, Londres: The
roduction and Commentary T he Soncino
Press,, 1950, p. 255.
Press
7
Francis BROWN, S. R. DRIVER, e C. A. BRIGGS, Hebrew and
English Lexicon estam ent, Londres
Le xicon of the Old Testament Londres:: Oxford,
1907, edição elet
eletrônica.
rônica.
8
Confira os seguint
seguintes
es textos:
textos: JJosué
osué 11.23;
11.23; 14.15; Juízes
Juízes
3.11,30; 5.31; 8.28.
9
BROWN, DRIVER, e BRIGGS, Hebrew Lexicon, edição eletrônica;
bem como, KOEHLER e BAUMG AUMGART NER, Hebrew Lexicon,
ARTNER
versão el
e letrônica.
10
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 7.4.2.
Accordance
11
G. Johannes BOTTERWECK, e Helmer RINGGREN, orgs.,
Theologicall Dictionary of the Old T
Theologica Testam ent, vol. II, Grand
estament
Rapids: Eerdmans, 1977, p. 89.
12
Arnold
Arnold FRUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah:
Mes siah: A Study of
Sequence of Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
the Sequence
(1982)) 2003,
(1982 20 03, p. 1
117.
17.
13
PRICE, Comentários Não Publicados de Ezequiel, p. 40-41.
14
C. F. KEIL
EIL, Ezekiel, Daniel, Commentary on the Old
Testament , traduzido
traduzido para o ingl
inglês
ês por James
J ames Martin,
Mar tin,
reim
rei mpress
pressão;
ão; Grand
G rand Rapids: Eer
Eerdm
dmans
ans Publ
Publishing
ishing
Company, 1982, p. 165.

27. VÁRIOS PONTOS


DE VISTA –
(CONTINUAÇÃO 3) AO
CONTINUAR MINHA
DEFESA DA
CONCEPÇÃO PRÉ-
TRIBULACIONISTA/PÓS
RREBATAMENTO
CERCA DA OCASIÃO
EM QUE SE CUMPRIRÁ
BATALHA DE GOGUE
E MAGOGUE,
EXPRESSO MINHA

CRENÇA DE QUE A
SITUAÇÃO DE ISRAEL
NO PRESENTE
OMENTO, MEADOS DO
NO DE 2009, É
UITO SEMELHANTE
O QUE ESTÁ
DESCRITO NA
PASSAGEM DE
EZEQUIEL, COM
EXCEÇÃO DA
REFERÊNCIA FEITA
EM EZEQUIEL 38.11,

DE QUE ISRAEL
ESTARÁ “...EM
REPOUSO...” NO
INSTANTE EM QUE
ESSA INVASÃO
OCORRER. O
PARTICÍPIO
HEBRAICO SHAQAT
DESCREVE UM POVO
QUE ESTÁ
“TRANQÜILO, EM
DESCANSO E

SERENO”.[1] ESSE
TERMO SIGNIFICA
“ESTAR TRANQÜILO”
OU “DESCANSADO” NO
QUE DIZ RESPEITO A
CONFLITOS
ILITARES, O QUE
NÃO PARECE SER A
SITUAÇÃO DE ISRAEL
NOS DIAS ATUAIS.
ATUAIS.
EM VEZ DISSO,
OCORRE EXATAMENTE
O CONTRÁRIO, JÁ

QUE A NAÇÃO VIVE


EM CONSTANTE
CONFLITO COM SEUS
INIMIGOS. RON
RHODES, UM DOS QUE
CONCORDAM COMIGO
QUANTO AO MOMENTO
EXATO EM QUE SE
DARÁ ESSA INVASÃO,
DECLARA O
SEGUINTE: “A
PALAVRA HEBRAICA
USADA NESSE TEXTO

TRANSMITE A IDÉIA
DE ESTAR TRANQÜILO
OU SERENO. NOS
DIAS ATUAIS, PODE
TÉ SER QUE ISRAEL
DESFRUTE DE CERTO
SENSO DE SEGURANÇA
EM VIRTUDE DE SEU
GRANDE PODERIO
ILITAR, MAS A
NAÇÃO NÃO SE
ENCONTRA ‘EM
REPOUSO’ NAQUELE

SENTIDO DESCRITO
POR EZEQUIEL”.[2]
JÁ QUE TODOS OS
PONTOS DE VISTA
TÊM PROBLEMAS, EU,
TÉ AGORA, NÃO
ENCONTREI UMA
RESPOSTA QUE
EQUACIONE ESTA
ÚLTIMA
INCONGRUÊNCIA NA
CONCEPÇÃO QUE
DVOGO. SÓ POSSO

DIZER QUE É
PROVÁVEL QUE ALGUM
CONTECIMENTO
OCORRA DEPOIS DO
RREBATAMENTO, MAS
NTES AINDA DA
TRIBULAÇÃO,
DURANTE O QUAL
ISRAEL VENHA A SE
ENCONTRAR NA
CONDIÇÃO ACIMA
DESCRITA.

Outro argumento
argumento que se desdobra
d esdobra
logicamente desse antes
invasão ocorresse pontodadeTribulação
vista é o dee que se essa
resultasse
na destruição da Rússia, do Irã e de seus comparsas
muçulmanos não-árabes, teria de se percorrer um
longo caminho para erradicar o Islã, eliminando
e liminando a
ameaça que este representa no cenário atual. Isso
criaria no mundo uma lacuna de poder da qual o
Anticristo, líder do ressurgido Império Romano, se
aproveitaria.
Além disso, a Tribulação
Tribulação começa com uma
tentativa
tentativa de invadir Israel na qual Deus intervirá
em favor de Seu povo. Dessa forma, Deus preparará
o palco para os acontecimentos subseqüentes. A
tentativa
tentativa feita por Gogue de acabar com Israel no
início da Tribulação será frustrada e essa é uma
lição que o Anticristo terá aprendido no final da
Tribulação. Em virtude da intervenção e proteção
de Deus, o Anticristo chegará à conclusão de que é
preciso reunir todos os exércitos do mundo para

acabar com
Segunda a nação
Vinda de Israel.
gloriosa, Entretanto,
Entreta
o próprio nto,intervirá
Jesus na Sua
novamente, dessa vez, na ocasião de Sua volta

pessoal e visível para proteger a todo remanescente


Judeu que a essa altura terá se convertido a Cristo.
A CONCEPÇÃO
CONCEPÇÃO MIDI-
TRIBULACIONISTA A
SEGUNDA CONCEPÇÃO
FUTURISTA ACERCA DO
MOMENTO EXATO EM QUE SE
CUMPRIRÁ A INVASÃO DE
GOGUE E MAGOGUE SUSTENT
QUE TAL INVASÃO SE DARÁ
EM ALGUM INSTANTE DA
METADE DA SEPTUAGÉSIMA
SEPTUAGÉSIMA
SEMANA DA PROFECIA DE
DANIEL, GERALMENTE
CONHECIDA COMO
TRIBULAÇÃO. ESSA É A
CONCEPÇÃO MAIS

AMPLAMENTE ACEITA POR


AMPLAMENTE
AQUELES QUE
QUE ACREDITAM
ACREDITAM
QUE ESSE ACONTECIMENTO
OCORRERÁ NUM TEMPO QUE,
PARA NÓS, AINDA É
FUTURO. ENTRE OS QUE
ADVOGAM ESSA MESMA
MESMA
CRONOLOGIA DA INVASÃO
LIDERADA POR GOGUE E
MAGOGUE ESTÃO OS
SEGUINTES: JOHN F.
WALVOORD,[3]
WALVOORD ,[3] PAUL
BENWARE,[4] J. DWIGHT
PENTECOST,[5] MARK
HITCHCOCK,[6] E HAL
LINDSEY.[7] SE EU NÃO

CRESSE QUE A CAMPANHA


MILITAR DE GOGUE
OCORRERÁ EM ALGUM
MOMENTO ENTRE
ENTRE O
RREBATAMENTO E O INÍCIO

DAESSE
TRIBULAÇÃO, APOIARIA
ÚLTIMO PONTO DE
VISTA.
Alguns que defendem essa concepção
acreditam que a invasão encabeçada por Gogue
acontecerá imediatamente antes do ponto médio
daquele período da Tribulação, enquanto outros
crêem que essa invasão ocorrerá imediatamente
depois do ponto médio da septuagésima semana da
profecia de Daniel. Outros, ainda, advogam que
não se deve assumir uma posição quanto ao
momento exato dessa invasão, mas apenas ter uma
compreensão de que, em termos gerais, ela vai
ocorrer na metade do período da Tribulação.
Mesmo assim, esses pontos de vista são geralmente

agrupados como uma única perspectiva.

“O REI DO NORTE”
Essa concepção pode se tornar muito
complicada quando seus defensores tentam
estabelecer uma ligação entre a profecia de Ezequiel
38–39 e outras passagens bíblicas, como,
com o, por
exemplo, Danielmencionados
acontecimentos 11.40-45. Umanovez que os11 de
capítulo
Daniel são claramente previstos para ocorrer
dentro do período da Tribulação e que “o rei do
Norte” (Dn 11.40)
11.40) é considerado uma referência
refe rência ao
Gogue da profecia de Ezequiel, isso situa o
momento da invasão no no ponto med
mediano
iano da
Tribulação de sete anos.[8] O grande problema
dessa concepção é que o “rei do Norte”, referido em
Daniel, não é o Gogue da profecia de Ezequiel.
A expressão “rei do Norte” é usada por sete
vezess no Antigo
veze Antigo Testame
Testamento
nto e todas as suas
ocorrências se encontram em Daniel 11 (versículos
6, 7, 11, 13, 15, 40).[9] Quase todos os intérpretes
futuristas acreditam que a profecia registrada em
Daniel 11.1-35
11.1-35 se cumpriu
cum priu no passado,

especificamente no segundo século a.C. Os reis do


Norte e do
referem Sul, mencionados
claramente nosentre
ao “conflito versículos 1-35 se
os Ptolomeus
e Selêucid
Sel êucidas
as (Dn 11.5-20)
11.5-20).. Os Ptolomeus, que
governaram o Egito, eram chamados de reis ‘do
Sul’. Os Selêucidas,
Sel êucidas, que governaram a Síria ao norte
norte
de Israel, eram chamados de reis ‘do Norte’”.[10] O
último uso da expressão “rei do Norte” ocorre no
versículoo 40
versícul 40,, dentro de um contexto alusivo ao
futuro. John MacArthur declara: “Aqui o texto
menciona a grande batalha final na qual o último
exército que vem do Norte contra-ataca a última
potência africana que vem do Sul. O Anticristo não não
permitirá tal retaliação e aproveitará a
oportunidade para revidar
ambos os exércitos e vencer,
referidos, derrotando
como está registrado
nos versículos 41s.”.[11] Portanto, não é provável
que a expressão o rei do Norte seja uma referência
à invasão liderada por Gogue, predita em Ezequiel
38 e 39. A expressão “o rei do Norte” não é sinônima
sinônima
da expressão “...do extremo norte...” (Ez 38.6;
conforme a Nova Versão
Ve rsão Intern
Internacional
acional – NVI),
principalmente porque as outras seis ocorrências da

expressão “o rei do Norte” se referem claramente ao


rei da Síria.
Outras objeções à prática de estabelecer uma
relação de correspondência entre essas duas
passagens bíblicas se baseiam nas diferenças
gritantes entre a invasão descrita em Ezequiel e a
batalha descrita em Daniel. Embora ambas estejam
prevista
11.40), opara
textoacontecer “no tempo
bíblico afirma que “do rei do” (Dn
...ofim... Sul
lutará
lu tará com ele, e o rei do Norte arremeterá contra
ele...” (Dn 11.40).
11.40). Trata-se de uma batalha que
envolve o rei do Sul e o rei do Norte, o qual
“...entrará nas terras, e as inundará, e passará” (v.
40b).
40b ). Isso não tem o mesmo
me smo sentido do texto de
Ezequiel 39.4, onde se verifica que Gogue invadirá
Israel, bem como será totalmente destruído nos
montes de Israel. A passagem de Daniel relata que
eles entrariam em combate na terra de Israel,
atravessariam
atravessaria m o território israelense e avançaria
avançariam m
para outros países. Na realidade,
realidade , o texto alista Israel
como
11.41).um dos países invadidos nessa ocasião (Dn

OUTRAS OBJEÇÕES ARNOLD


FRUCHTENBAUM RELACIONA
OUTROS ARGUMENTOS
CONTRÁRIOS A ESSE PONTO
DE VISTA: EM SEGUNDO

LUGAR, É DIFÍCIL
COMPREENDER O MOTIVO
PELO QUAL DEUS
INTERVIRIA EM FAVOR DE
ISRAEL NESSE MOMENTO DA
HISTÓRIA E, LOGO DEPOIS,
PERMITIRIA O
DESENCADEAMENTO DOS
ACONTECIMENTOS
ACONTECIM ENTOS QUE
QUE SE

DARÃO DURANTE
METADE A SEGUNDA
DO PERÍOD
DO PERÍODOO DA

TRIBULAÇÃO , CAUSANDO U
GRANDE DANO A ISRAEL.
EM TERCEIRO LUGAR [...] É
UM EQUÍVOCO IDENTIFICAR
“O REI DO NORTE”,
MENCIONA
MENCIONADODO EM DA
DANIEL
11.40, COM O GOGUE NIEL
REFERIDO EM EZEQUIEL
38.1–39.16. AO LONGO DE
TODO O LIVRO DE DANIEL
SÃO FEITAS REFERÊNCIAS
AO REI DO SUL E AO REI DO
NORTE. A PRIMEIRA
EXPRESSÃO, “REI DO SUL”,
SE APLICA COERENTEMENTE
AO EGITO, INCLUSIVE A

REFERÊNCIA FEITA NO
VERSÍCULO 40. A OUTRA
OUTRA
EXPRESSÃO SE APLICA
COERENTEMENTE À SÍRIA,
EXCETO QUANDO OS

PROPOSITORES DESSE PONTO


DE VISTA PASSAM A
NALISAR O VERSÍCULO 40;
ELES, ENTÃO, ATRIBUEM A
REFERÊNCIA FEITA NESSE
VERSÍCULO À RÚSSIA E,
ASSIM, IDENTIFICA
IDENTIFICAMM ESSA
PASSAGEM COM O TEXTO DE
EZEQUIEL 38 E 39. PORÉM,
TANTO O CONTEXTO QUANTO
A COERÊNCIA
COERÊNCIA EXIGIRIAM
EXIGIRIAM

QUE A REFERÊNCIA FEITA


NO VERSÍCULO
VERSÍCULO 40 SE
SE
APLIQUE À SÍRIA. A
INVASÃO MENCIONADA EM
DANIEL 11.40 É DIFERENTE

DA INVASÃO
EZEQUIEL DESCRITA
38 E EM
39. TRATAR
TODAS AS OCORRÊNCIAS DA
EXPRESSÃO “O REI DO NORTE”
NO LIVRO DE DANIE
DANIELL COMO
UMA REFERÊNCIA À SÍRIA
E, ENTÃO, CONSIDERAR DN
11.40 COMO A ÚNICA
EXCEÇÃO QUE SE REFERE À
INVASÃO LIDERADA PELA
RÚSSIA SÓ PARA ENCAIXÁ-

LO CRONOLOGICAMENTE NA
METADE DO
DO PERÍOD
PERÍODOO DA
TRIBULAÇÃO, É UMA
EXEGESE INCOERENTE E
EQUIVOCADA. EM QUARTO

LUGAR, ESSE PONTO


VISTA FALHA
FALHA NO DE
EQUACIONAMENTO DO
PROBLEMA DOS SETE MESES
E DOS SETE ANOS. ESSA
CONCEPÇÃO MIDI-
TRIBULACIONISTA DE
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO
OBRIGARIA QUE OS SETE

MESES DE SEPULTAMENTO
SEPULTAM
DOS INIMIGOS ENTO
MORTOS

OCORRESSE NA SEGUNDA
METADE DA TRIBULAÇÃO,
TRIBULAÇÃO,
UMA OCASIÃO EM QUE OS
JUDEUS ESTARÃO EM FUGA E
NÃO TERÃO CONDIÇÕES DE

ENTERRARQUANTO
MORTOS, SEUS PRÓPRIOS
QUANTO MAIS
MAIS OS
CORPOS DOS INVASORES
RUSSOS [...] A SITUAÇÃO
DOS JUDEUS NA METADE DO
PERÍODO DA TRIBULAÇÃO
NÃO PERMITIRÁ
PERMITIRÁ UM TEMPO
DE SETE MESES DE
SEPULTAMENTO, MUITO
MENOS A CONSTRUÇÃ
CONSTRUÇÃOO DE
UMA CIDADE. NO QUE SE

REFERE AOS SETE ANOS DE


QUEIMA DOS ARMAMENTOS,
ESSA CONCEPÇÃO
INTERPRETATIVA TAMBÉM
EXIGIRIA QUE OS JUDEUS

QUEIMASSEM
INIMIGOS AS ARMAS ADOS
DURANTE
SEGUNDA METADE DA
TRIBULAÇÃO, QUANDO, NA
REALIDADE, ESTARÃO
FUGINDO DA SUA TERRA.
ALÉM DO MAIS, TAL PONTO
DE VISTA OBRIGARIA QUE
ELES CONTINUASSEM ESSA
QUEIMA DURANTE O
ILÊNIO, POR MAIS 3 ANOS

E MEIO, O QUE É
INCOERENTE COM A
PURIFICAÇÃO QUE O
ESSIAS EFETUARÁ NAQUEL
TERRA E COM A RENOVAÇÃO

RESULTANTE. DURANTE
SEGUNDA METADE DA A
TRIBULAÇÃO, AS AFLIÇÕES
QUE OS JUDEUS
ENFRENTARÃO CERTAMENTE
OS LEVARIAM À TENTATIVA
DE PRESERVAR ESSAS ARMAS
E MANTÊ-LAS EM SEU
PODER, EM VEZ DE QUEIMÁ-
LAS.[12]
Em outras palavras, a fundamentação
fundame ntação
principal dos proponentes de tal concepção para

situarem o momento dessa batalha na metade do


período
do texto da
de Tribulação
Daniel combaseia-se
a passagemna suposta relação
de Ezequiel. No
entanto,
entan to, se a referida
ref erida relação
relaç ão se prova incongruente
e ilógica, não há motivo relevante para se apoiar a
interpretação de um cumprimento midi-
tribulacionista do acontecimento predito no texto
de Ezequiel.
NOTAS 1 FRANCIS BROWN, S. R. DRIVER, E C. A.
BRIGGS, HEBREW AND ENGLISH LEXICON OF THE OLD
TESTAMENT, LONDRES: OXFORD, 1907, EDIÇÃO
ELETRÔNICA.
2
Ron RHODES, Northern Storm Rising: Russia, Iran, and the
Israel,
Emerging End-Times Military Coalition Against Israel
Eugene, OR: Harvest House Publishers, 2008, p. 173.
3
John F. W AL
ALVOORD, The Nations in Prophecy , Grand Rapids:
VOORD
Zondervan, 1967, p. 113-
113-15.
15.
4
Paul N. BENWARE, Understanding End Times Prophecy,
edição revisada e expandida, Chicago: Moody Press, 2006,
p. 310-12
310-12..
5
J. Dwight PENTECOST, Things To Come
C ome:: A S
Study
tudy in Biblical
Eschatology , Grand Rapids: Zondervan, 1958, p. 344-55.
6
Mark HITCHCOCK, Iran The Coming Crisis: Radical Islam, Oil,
And The Nuclear Threat, Sisters, OR: Multnomah, 2006,
pp.. 184-8
pp 184-86,
6, 202.
7
Hal LINDSEY e C. C. CARLSON, The Late Great
ARLSON Grea t Planet Earth,
Earth
Grand Rapids: Zondervan, 1970, p. 153-pp. 153-63.

8
Veja a obra de HITCHCOCK, Iran The Coming Crisis, p. 202;
bem como a obra de LINDSEY, Late Great, p. 157-60.
157-6 0.
9
Baseado em pesquisa realizada através do programa de
computador Accord ance , versão 8.1.3.
Accordance
10
John F. W AL
ALVOO RD, Roy B. ZUCK e Dallas Theological
VOORD
Seminary, The Bible Knowledge Commentary: An
Exposition of the Scriptures , Wheaton
W heaton,, IL: Victor Books,
1983–1985,
1983–19 85, vol.
vol. 1, p. 1368.
11
John MACARTHUR, Jr., The MacArthur Study Bible, edição
Mac Arthur Study
eletrônica, Nashville: Word Publishers, 1997, Dn 11.40.
12
(Ênfase do autor original em itálico) Arnold G. FRUCHTENBAUM,
The Footsteps of
o f the Mes
Messiah:
siah: A Study
Study of the Sequence of
Prophetic Events, edição revisada; Tustin, CA: Ariel
Ministries, 2003, p. 118-19.
28. ARMAGEDOM?

O ponto de vista que defende a concepção de


que a batalha descrita em Ezequiel 38 e 39
acontecerá no fim do período da Tribulação e que
ela corresponde à campanha militar do
Armagedom, não é amplamente aceito hoje em dia.
Na realidade, dentre os que eu conheço
pessoalmente, a única pessoa que advogava esse
ponto de vista era Dave Hunt.[1
H unt.[1]] Louis Bauman e
Harry Ironside, mestres especializados na Bíblia

que vivedos
viveram
alguns ramque
naquela geração
adotaram essaanterior à nossa, são
concepção
interpretativa.[2]
Não há dúvida de que o Armagedom se
constituirá numa grande invasão do território de
Israel (mais especificamente, de Jerusalém) por

tropas internacionais,
internepisódio
Tribulação, acionais,esse
ao fim
quedo período
p eríodo ada
envolverá
intervenção pessoal de Jesus Cristo em defesa e

proteção de Israel. Há semelhanças gerais entre a


batalha
batalha descrita na passagem
do Armagedom, de Ezequiel
porém, 38 e 39 e a
são as diferenças
entre elas que se tornam decisivas na comprovação
de serem ou não a mesma batalha.
A primeira diferença marcante é a de que os
invasores mencionados em Ezequiel procedem de
determinados países,
mundo. Já no caso donão de todas asonações
Armagedom, Senhordo
declara: “...eu ajuntarei todas as nações para a peleja
contra Jerusalém...” (Zc 14.2). Portanto, o
acontecimento relacionado com Gogue se
configura numa invasão de âmbito regional, ao
passo que o Armagedom envolve todos os países do
mundo que se aliam para uma investida contra
Jerusalém. Trata-se de uma gritante diferença.
A segunda diferença marcante é observada por
Fruchtenbaum, ao comentar
come ntar qque
ue “a invasão,
descrita em Ezequiel, vem do norte, mas no
Armagedom, a invasão procede de todo o planeta
Terra”.[3]
A terceira diferença marcante é a de que a

invasão liderada por Gogue foi claramente predita


para ocorrer
“...em repou num momento em que Israel estiver
so...” (Ez 38.8,11,14) e habitar “seguro”
repouso...
(Ez 38.11) na sua terra. Em toda a história de Israel,
é provável que não haja um período de tempo mais
ameaçador e perigoso do que aquele momento do
final da Tribulação e dos acontecimentos relativos
ao Armagedom. Isso dificilmente se encaixa na
descrição feita no texto de Ezequiel.
A quarta diferença marcante é salientada por
Mark Hitchcock, quando declara que “o texto de
Ezequiel não menciona a ocorrência de nenhuma
batalha militar além do fato de que os próprios
invasores
invasor es matarã
m atarãoo uns aos outros. A destruição
d estruição se
dará fundamentalmente por intervenção divina,
através de uma convulsão cataclísmica da natureza
(Ez 38.20-23).
38.20-23). Na conflagração do A Armagedom,
rmagedom,
haverá uma intensa bat
batalha
alha entre o Senhor,
acompanhado de Seus exércitos, e as nações
reunidas para lutarem contra Ele, durante a qual o
Rei dosSua
sai da reisboca
matará Seus inimigos
e triunfará como ocom
triunfará a espada
grande que
vencedor
ve ncedor
(Ap 19.11-15)”.[4
19.11-15)”.[4]] Em outras palavras, cada uma

dessas duas passagens bíblicas em estudo descreve


situações
que contrasta
contrastantes
se tratam ntescampanhas
de duas que comprovam
comp rovam o fato de
militares
totalmente diferentes.
A quinta diferença marcante se verifica neste
comentário de Fruchtenbaum: “O propósito da
invasão Russa é o de tomar o despojo; o propósito
da Campanha do Armagedom é o de destruir todos
os Judeus”.
A sexta diferença
dife rença marcante, na contin
continuação
uação do
comentário de Fruchtenbaum, é a de que “no
contexto da invasão mencionada em Ezequiel há
um protesto
p rotesto contra
contra tal invasão; na Campanha do
Armagedom nãodohámundo
todas as nações nenhum protesto,
e stão
estão porque
envolvidas”.[5]
A sétima diferença marcante é a seguinte: Se
essas duas campanhas militares fossem uma única e
mesma batalha, não haveria tempo suficiente para
que Israel enterrasse seus inimigos mortos (i.e. 7

meses), nem7 anos;


guerra (i.e. para queimar os,12).
armamentos
c f. Ez 39.9,12)
cf. 39.9 de o
. O texto bíblico
bíblic
implica que o reino de mil anos [i.e. o Milênio] terá

seu início setenta e cinco dias depois da volta de


Cristo e seu começo
que resultou ocorrerádaapós
do julgamento uma limpeza
Tribulação do
(Is 2.1-4;
65.17-25; Dn 12.11-12).
12.11-12).
A oitava diferença marcante entre essas duas
batalhas é observada por Ron Rhodes, ao afirmar
que “no Armagedom, a Besta é quem comanda a
campanha
que Gogue daé oinvasão
líder do(Apocalipse 19.19)
19.19),
exército invasor , ao passo
referido na
profecia de Ezequiel” (Ezequiel 38.7).
A nona diferença, na sequência da observação
de Ron Rhodes, é a seguinte: “Os exércitos reunidos
para o Armagedom entram em formação de
combate
que contra
não se Jesus
verifica na Cristo (Apocali
(Apocalipse
coalizão militarpse
que19.19),
19.19)
vem ,doo
norte, conforme registra o livro de Ezequiel”.[6]
Quanto mais se percebe as diferenças entre
esses dois acontecimentos, mais se constata que eles
não podem ser o mesmo episódio. Os detalhes de

cada uma dessas


encaixam. Talvezocorrências simplesmente
essa seja a razão pela qualnão se
praticamente nenhum intérprete evangélico da

atualidade advoga esse ponto de vista. A maioria


dos que defendem aessa
cronologicamente concepção
profecia de igualar
de Ezequiel 38 e 39
com o Armagedom, como se fossem
fossem o mesmo
me smo
acontecimento, é formada por intérpretes da Bíblia
que viveram no passado.

NO COMEÇO DO MILÊNIO?
MILÊNIO?
A quarta concepção de interpretação futurista
situa cronologicamente os acontecimentos descritos
desc ritos
em Ezequiel 38 e 39 no começo do Milênio. Esse
também não é um ponto de vista amplamente
aceito. O Dr. Elliott Johnson, professor do Dallas
Ell iott Johnson,
Theological Seminary (i.e. Seminário Teológico de
Dallas) apresentou um ensaio teológico em defesa
dessa concepção perante o Pre-Trib Study Group
(i.e. Grupo de Estudos Pré TTribulacionistas)
ribulacionistas) no
no ano
de 1993, intitulada “The Time Placement of Ezekiel
37–39” (i.e. “A Localização Cronológica da Profecia
de Ezequiel 37–39”). Arno Gaebelein também
advogou
atrás, no esse p onto de vista,
ponto
seu comentário há cerca
do livrocede
rcaEzequiel.[7]
de 100 anosDe
todas as concepções de interpretação futurista, esta

última me parece a menos provável pelas razões a


seguir.
Em primeiro lugar, pelo que está escrito nos
capítulos 13 e 25 de Mateus (veja, também: Jr
25.32-33; Ap 19.15-18), sabe-se que nenhum
descrente terá permissão de entrar no Milênio [i.e.
o reino milenar de Cristo]. “As
Assim
sim será na
consumação
maus dentre do século:esairão
os justos, os anjos,
os lançarão na efornalha
separarão os
acesa; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 13.49-
50). “Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita
[i.e. os crentes]: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai
na posse do reino que vos está preparado desde a
undação do mundo” (Mt 25.34). “Então, o Rei dirá
também aos que estiverem à sua esquerda [i.e. os
descrentes]: Apartai-vos de mim, malditos, para o
ogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt
25.41).
25.41). Assim, fica
fic a absolutamente claro que os
Judeus e Gentios vivos, que entrarem no Milênio
com seus corpos mortais, constituirão a população
inicial
crentesdo
emReino,
Cristo.composta deem
Ninguém, 100sãpor cento de
consciência,
sugeriria que Gogue pode ser um crente em Cristo

que comandará um poderoso exército de crentes


num ataque
invasores só apodem
Israel durante o Milênio.
Mil ênio.
ser descrentes, Portanto,
Portan
o que, se a to, os
invasão ocorresse
ocorresse no Milênio,
Mil ênio, exigiria centenas de
anos para que essas pessoas nascessem e chegassem
à quantidade numérica descrita em Ezequiel. Isso
não parece factível.

Em segundo
2.4 elimina lugar, porque
a possibilidade “ohaja
de que textouma
de Isaías
guerra
durante o reino milenar de Cristo. Só no fim do
Milênio é que irromperá uma guerra, quando
Satanás
Satan ás for solto de sua prisão de m
milil anos
(Apocalipse 20.7-9)”.[8
20.7-9)”.[8]]

Emdiante
sentido, terceiro
daslugar, porqueem
condições não faz odurante
vigor menoro
Milênio, conceber a noção de que a terra de Israel
estaria contaminada por sete meses, após ser
invadida por Gogue (Ez 39.12), quando, na
realidade, a terra estará limpa e purificada.

Em quarto
de Isaías lugar,que
9.4-5 prediz Rhode
Rhodess assinala
todas as armasque
de“o texto
guerra
serão destruídas logo depois da inauguração do

Reino Milenar de Cristo, de modo que a coalizão


militar que ve
vem
armamento”.[9] m do norte
norte não teria nenhum

Essa concepção de que a invasão comandada


por Gogue ocorrerá no começo do Milênio tem
pouquíssimo embasamento, exceto pelo aspecto
isolado de que Israel estará vivendo em paz naquele
momento
que vem doemnorte.
que for
De invadido
fato, essapela coalizão
situação militar
de paz será
a condição de Israel no início e durante todo o
Milênio, porém, além dessa semelhança, não existe
nenhuma similaridade entre o começo do Milênio e
essa profecia de Ezequiel prevista para se cumprir
nos “...últim
...últimos
os dias...”.

NO FIM DO
DO MILÊNIO?
MILÊNIO?
A última concepção de interpretação futurista
propõe que a invasão liderada por Gogue e
Magogue se cumprirá no final do Milênio, na
ocasião daquela breve rebelião mencionada em
Apocalipse 20.7-10. O ponto forte dessa concepção
é o fato de que os nomes de Gogue e Magogue são
especificamente citados nesse texto, como está

escrito: “Quando, porém, se completarem os mil anos,


Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir
nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e as
Mag
M agogu
ogue,
e, a fim de reu
reunni-la
i-lass para
para a pel
peleja.
eja. O nú
número
dessas é como a areia do mar. Marcharam, então,
ela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos
santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu
e os consumiu” (Ap 20.7-19).
Um expressivo número de intérpretes da
Bíblia acredita que a situação descrita nesse texto
indica o momento exato em que se cumprirá a
profecia de Ezequiel.[10] O erudito evangélico,
Ralph Alexander, um dos defensores desse ponto
de vista, declara o seguinte: A maioria dos
comentaristas da Bíblia entende que esses
acontecimentos preditos em Ezequiel 38–39 se
cumprirão depois do Milênio, conforme é descrito
em Apocalipse 20.7-10. A força do argumento em
favor dessa posição está na explícita referência a
Gogue e Magogue no texto de Apocalipse 20.8. O
uso desses
êniotermos
do Milênio
Mil precisa
certamente ser explicado.
se enquadraria
enquadrar ia noOrequisito
contexto
textual da habitação pacífica, próspera e segura de

Israel na sua terra. A restauração já teria


acontecido.
testemunharAs nações estariam
a rebelião presentes
de “Gogue”. para
Por certo
haveria tempo suficiente para o sepultamento dos
corpos e para
p ara a queima das armas.[11]
Paul Tanner também defende esse ponto de
vista nos seguintes
seguintes termos: Já
J á que existe uma
importante
confron
confronto bataque
batalha
to esse lha oprevista
pre vista para
apóstolo o final
João do Milênio,
relacionaMil
comênio,
Gogue e Magogue, por que não entender que se
trata da mesma batalha mencionada em Ezequiel
38–39? Um aspecto em comum entre essas duas
batalhas é que ambas dirigem seu ataque a Israel.
Isso proporciona o desfecho perfeito que dá sentido
à história bíblica. No texto
te xto de Gn 15.18-21,
15.18-21, Deus se
compromete, por meio de uma aliança, a fazer de
Israel uma nação e a dar aos Judeus essa terra
especial. No fim do Milênio quando for solto,
Satanás empreenderá um último e desesperado
esforço para aniquilar Israel, a menina
me nina dos olhos de
Deus. Se conseguisse
de cumprir a promessafazer
quecom que Deus
fez para Israel,deixasse
Satanás
derrotaria os propósitos de Deus e, assim,

conquistaria a vitória final.[12]


1 DAVE HUNT,
NOTAS HOW CLOSE
CLO SE ARE
ARE WE? COMPELLING
EVIDENCE
EVIDENCE FOR THE SOON RETURN C HRIST, EUGENE,
R ETURN OF CHRIST
OR: HARVEST HOUSE PUBLISHERS, 1993, P. 267-70.
2
Louis S. BAUM AN, Russ
AUMAN Russian
ian Events in the Light of Bible
Prophecy, Nova York: Fleming H. Revell Company, 1942, p.
180-89; Harry A. IRONSIDE, Ezekiel the Prophet, Neptune,
NJ: Loizeau
L oizeauxx Broth
Brothers
ers,, 1949, p. 265.
3
Arnold
Arnol d G. FRUCHTENBAUM, The Footsteps of the Messiah:
Mess iah: A
Sequence of Prophetic Events, edição
Study of the Sequence
revisada; Tustin, CA: Ariel Ministries, 2003, p. 119.
4
Mark HITCHCOCK, AftAfter
er The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 130.
5
FRUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah, p. 119.
6
Ron RHODES, Northern Storm Rising: Russia, Iran, and the
Emerging End-Times Military Coalition Against IsraelIsrael,
Eugene, OR: Harvest House Publishers, 2008, p. 187.
7
Arno C. GAEBELEIN, The Prophet Ezekiel, Nova York: Our
Hope, 1918, p. 252-55.
8
RHODES, Northern Storm
Storm Rising, p. 189.
9
RHODES, Northern Storm
Storm Rising, p. 189.
10
Por exemplo, A. B. DAVI DSON, The Book of Ezekiel,
AVIDSON
Cambridge: Cambridge University Press, 1892, p. 301;
Henry L. ELLISON, Ez
Ezekiel:
ekiel: The Mes sage,
The Man and His Message

Gra
Grand
nd Rapids: Eerdman
Eerdmans, s, 1959,
1 959, p. 133; J. Paul T
“Rethinking Ezekiel’s Invasion By Gog”, publicado no
ANNER
ANNER,

periódico Journal of the Evangelical Theological Society,


março de 1996, vol.
vol. 39, p. 29-45.

11
Ralph H. ALEXANDER, “Ezekiel”, publicado
publicado na obra de Fra
Frank
nk E.
Gaebelein, org. geral,
gera l, The Expositor’s Bible Commentary,
12 vol., Grand
Gra nd Rapids: Zondervan, 1986, vol. 6, p. 940.
12
TANNER, “Rethinkin
ANNER “ Rethinking”,
g”, p. 45.
29. NO FIM DO
ILÊNIO?

O último ponto de vista sobre o momento em


que ocorrerá a invasão de Gogue à terra de Israel
defende a concepção de que, segundo o
cronograma profético de Deus para o fim dos
tempos, tal invasão acontecerá no fim do Milênio.
Após ter apresentado essa concepção no capítulo
anterior, passarei, agora, a expor uma série de
motivos que demonstram a falha desse ponto de
vista na interpretação
interpretação do texto de Eze
Ezequiel
quiel 38–39,
sobretudo porque o final do Milênio redunda no
fim da história e no começo da eternidade.

DIFERENÇAS NO PROCESSO
DE ESTUDO BÍBLICO,
QUANDO SE NOTA UMA OU
AIS SEMELHANÇAS
SEMELHANÇAS EM
EM DOIS

TEXTOS DISTINTOS, É
MUITO COMUM
COMUM CHEGA
CHEGAR-SE
R-SE À
CONCLUSÃO DE QUE ESSES
DOIS TEXTOS SE REFEREM
AO MESMO ACONTECI
ACONTECIMENTO.
MENTO.

ÉREFIRAM
POSSÍVEL
AO QUE SE
MESMO
ACONTECIMENTO
ACONTECI MENTO COMO
COMO
TAMBÉM É POSSÍVEL QUE
NÃO SE REFIRAM.
REFIRAM. QUANDO
QUANDO
SE PENSA QUE EXISTEM
SEMELHANÇAS ENTRE
PASSAGENS BÍBLICAS, É AÍ
QUE AS DIFERENÇAS ENTRE
OS RESPECTIVOS TEXTOS SE
TORNAM AINDA MAIS

IMPORTANTES. EM GERAL,
QUANDO EXISTEM MUITAS
DIFERENÇAS ENTRE DOIS OU
MAIS TEXTOS
TEXTOS BÍBLI
BÍBLICOS,
COS, O
MELHOR QUE
QUE SE TE
TEMM A

FAZER É ASSUMIR
CONCLUSIVAMENTE QUE
ESSES VÁRIOS TEXTOS SE
REFEREM A ACONTECIMENTOS
DISTINTOS. CREIO QUE
ESSE SEJA O CASO DA
ANÁLISE COMPARAT
COMPARATIVA
IVA
ENTRE OS TEXTOS DE
POCALIPSE 20 E EZEQUIEL
38–39. PARA QUE SE
CHEGUE À CONCLUSÃO DE

QUE ESSAS DUAS PASSAGENS


BÍBLICAS FAZEM
REFERÊNCIA AO MESMO
CONTECIMENTO, É PRECISO
QUE AS DIFERENÇAS ENTRE

ESSES TEXTOS SEJAM


PRIMEIRAMENTE
HARMONIZADAS.
Arnold Fruchtenbaum identifica estas duas
objeções a esse ponto de vista, as quais considera

irreconciliáveis:
importantes a essaContudo, há duas
concepção. objeções
A primeira dizmuito
respeito ao fato de que a invasão predita em
Ezequiel vem do norte; a invasão predita em
Apocalipse vem de todas as partes do mundo. A
segunda alega que esse ponto de vista também
falha em solucionar o problema dos sete meses e
sete anos. Esta Terra atual será
se rá aniquilada
aniquilada logo
depois da invasão mencionada em Apocalipse, de
modo que não haveria tempo
tem po (nem lugar!)
lu gar!) para
para os

sete meses de sepultamento, muito menos para os


sete anos de queima das armas. Isso exigiria que o
referido sepultamento e a referida queima
continuassem
continua ssem dentro
d entro da nova ordem,
ordem, a do Estado
Eterno.[1]
A primeira objeção levantada por
Fruchtenbaum implica que a invasão sob o
comando decomo
de Ezequiel Gogueum é claramente
punhado depredita
naçõesno livro
(i.e., uma
invasão regional)
regional) que vêm do norte, ao passo que o
ataque a Jerusalém é predito como uma invasão de
muitos indivíduos que procedem de todas as
nações do mundo, significando, portan
p ortanto,
to, que a
invasão registrada em Apocalipse vem de todas as
direções. O texto de Ezequiel menciona que Gogue,
um ser humano, será o líder da invasão predita pelo
profeta, ao passo que o próprio
p róprio Sat
Satanás
anás (i.e., um ser
se r
de natureza angelical) será o líder do episódio
predito em Apocalipse 20. John Walvoord
concorda com isso e declara que “não existe nada
no contexto de Ezequiel 38–39 que se assemelhe
batalha mencionada em Apocalipse”.[2] Walvoord à
levanta a seguinte pergunta: “Então, por que o

apóstolo João utiliza a expressão ‘Gogue e


Magogu
Mag e’?”. Afinal, isso seria um ponto forte dessa
ogue’
concepção. O próprio Walvoord responde a sua
pergunta nos seguintes termos: As Escrituras não
explicam essa expressão. Para falar a verdade, tal
expressão pode ser tirada da frase sem causar
qualquer alteração no sentido da mesma.
mesm a. No texto
de Ezequiel 38, Gogue era o governante e Magogue
era o povo governado, de modo que ambos estavam
em rebelião contra Deus e eram inimigos de Israel.
Talvez esses termos possam ser usados em sentido
simbólico, assim como alguém pode se referir à
vida de uma pessoa diz dizendo
endo que ela ppassou
assou por um
“Waterloo”. Em termos históricos, esse nome diz
respeito à derrota de Napoleão em Waterloo, na
Bélgica, mas pode representar simbolicamente
qualquer desastre de grandes proporções. Aqui
nesse texto de Apocalipse, os exércitos vêm
motivados pelo mesmo espírito de oposição a Deus
que se encontra na passagem de Ezequiel 38.[3]

Ao que
levantada porme parece, a segunda
Fruchtenbaum objeçãonum
se constitui
problema insuperável para o referido ponto de

vista. Embora Paul Tanner, um dos defensores


de fensores
desse ponto de vista, afirme, em termos gerais, que
“certamente haveria tempo hábil para o
sepultamento dos corpos e para a queima das
armas”,[4] ele não fornece nenhum detalhe mais
específico sobre esse assunto. Ralph Alexander faz
uso de uma generalização semelhante quando
declara que “haveria, sem dúvida, tempo suficiente
para o sepultamento dos corpos e para a queima
das armas”.[5] Dessa forma, acho que Alexander
teria de pressupor um período de sete anos cuja
ocasião se estenderia para além dos mil anos
preditos em Apocalipse 20. Entretanto, o texto de
Ezequiel 39.1
39.122 afirma que o propósito do
sepultamento dos inimigos mortos é “...para limpar
a terra”. Por que a terra precisaria ser limpa ou
purificada, se no final do Milênio já haverá uma
estrondosa destruição dos céus e da terra por fogo?
O fluxo do texto de Apocalipse deixa claro que
Satanás e todos aqueles que participarem da
rebelião mundial contra Deus sofrerão um juízo
instantâneo
instantâneo que lhes sobrevirá de imed
imediato.
iato. Então,
Então,
há uma mudança de cenário nos próximos

versículos
versícul os de Apoc
Apocalipse
alipse 20, v. 11-15
11-15,, para focalizar
a cena do Julgamento
J ulgamento do Grande Trono Branco,
seguida pela cena do “...novo céu e nova terra...” nos
capítulos 21 e 22. O texto de Apocalipse 21.1
acrescenta a seguinte frase: “...pois o primeiro céu e a
rimeira terra passaram...”.

DESTRUIÇÃO POR FOGO NO


TEXTO ORIGINAL DE
APOCALIPSE,
APOCALIP SE, HÁ D
DUAS
UAS
PALAVRAS GREGAS QUE
REQUEREM UMA ATENÇÃO
ESPECIAL. A PRIMEIRA
ENCONTRA NO TEXTO DESE
APOCALIPSE 20.9, QUANDO
APOCALIPSE
DIZ QUE “...DESCEU, PORÉM,
FOGO DO CÉU E OS
CONSUMIU”, OU SEJA,
CONSUMIU AQUELAS PESSOAS

QUE VIERAM DE TODAS AS


NAÇÕES DA TERRA E QUE
QUE
SITIARAM A CIDADE DE
JERUSALÉM. A PALAVRA
GREGA TRADUZIDA POR

“CONSUMIU ” É O VERBO
KATAPHAGO, CUJO
SIGNIFICADO GERAL É O DE
“CONSUMIR PELO ATO DE
COMER; DEVORAR”. UM
DICIONÁRIO LÉXICO DA
LÍNGUA GREGA ENQUADRA O
USO QUE O TEXTO DE
APOCALIPSE
APOCALIP SE 20.9 FAZ

DESSA PALAVRA
CAMPO DENTRO
SEMÂNTICO DE DO

“DESTRUIR COMPLETAMENTE”
E, “NO QUE SE REFERE AO
FOGO: CONSUMIR OU
QUEIMAR ALGUÉM”.[6] A
CLARA IMPLICAÇÃO DESSA

PALAVRA ÉCADÁVERES
RESTARÃO A DE QUE PARA
NÃO
SEREM SEPULTADOS, PORQUE
AQUELAS PESSOAS
PESSOAS
MENCIONADAS
MENCIONA DAS NO T
TEXTO
EXTO
SERÃO QUEIMADAS E,
PORTANTO, CONSUMIDAS
PELO FOGO QUE DEUS
ENVIARÁ DO CÉU. POR
ISSO, A OCORRÊNCIA DESS
PALAVRA NÃO PERMITE

NENHUMA RELAÇÃO COM


AQUELE PERÍODO
PERÍODO DO
DOSS SETE
ANOS DE PURIFICAÇ
PURIFICAÇÃOÃO DA
TERRA DE ISRAEL PREVISTO
NA PROFECIA
PROFECIA DE EZEQUIEL.
EZEQUIEL.
A outra palavra grega se e
encont
ncontra
ra em
Apocalipse 21.1 que diz: “Vi novo céu e nova terra,
ois o primeiro céu e a primeira terra passaram...”. O
termo “papassaram” é a tradução do verbo grego
ssaram
arerhomai que significa basicamente “ir embora;
partir; perecer”. O dicionário léxico da língua grega
afirma que no contexto dessa passagem a palavra
tem o sentido de “descontinuar um estado ou
condição; desaparecer”.[7] Esse texto bíblico,
untamente com Apocalipse 20.9, alicerça o
conceito de que os céus e a Terra, que agora
existem, serão destruídos quando o período de mil
anos chegar ao fim, fato esse que impede o
cumprimento
39.9-16
39.9 dos detalhes preditos em
-16 no mesmo momento histórico de Ezequiel
Apocalipse 20 e que, portanto, inviabiliza a

concepção proposta por esse último ponto de vista.


Além do mais, a passagem bíblica de 2Pedro
3.10-13 se refere à futura destruição dos céus e terra
atuais, numa linguagem sincronizada com o que
está escrito em Apocalipse 20 e 21. “Virá,
entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os
céus passa rão com estrepitoso estrondo, e os
passarão
elementos se desfarão abrasados; também a terra e
as obras que nela existem serão atingidas. Visto que
todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis
ser tais como os que vivem em santo procedimento e
iedade, esperando e apressando a vinda do Dia de
Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão
desfeitos, e os elementos
elementos abrasados se derreterão.
Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos
novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.
Grande parte
Grande p arte do vocabulário usado no texto de
Apocalipse também se encontra em 2Pedro. Nesse
caso, chega-se à conclusão de que essa passagem de
2Pedro 3 é uma
um a expansão do que o apóstolo João
viu e registrou em Apocalip
Apocalipse.
se. Isso significa que,
depois dos mil anos do reinado de Cristo, este
planeta Terra em que vivemos será queimado e

totalmente destruído. Talvez isso explique a razão


pela qual Deus enviará fogo do Céu sobre os
rebeldes que sitiarem Jerusalém, já que tal ato
divino seria a primeira etapa da destruição total do
planeta Terra.
Te rra. Portan
Portanto,
to, não há como forçar uma
interpretação de que os detalhes da invasão
mencionada em Ezequiel se refiram ao mesmo
acontecimento predito em Apocalipse.

MAIS ALGUMAS
ALGUMAS DIFE
DIFERENÇAS
RENÇAS
QUANTO MAIS EU ANALISO
COMPARATIVAMENTE OS
DETALHES DO TEXTO DE
EZEQUIEL COM O TEXTO DE
POCALIPSE 20.7 10, MAIS
EU PERCEBO QUE OS
ACONTECIMENTOS
ACONTECI MENTOS PR
PREDITOS
EDITOS

NESSAS
BÍBLICAS PASSAGENS
PASSAGENS
SÃO NITIDAMENTE

DIFERENTES. OUTRO
DETALHE VERIFICADO NO
TEXTO DE EZEQUIEL, QUE
NÃO FAZ O MENOR SSENTIDO
ENTIDO
À LUZ DE APOCALIP
APOCALIPSE
SE 20,

É O FATO DE QUE GOGUE


SEUS ALIADOS NA INVASÃOE
SERÃO SEPULTADOS PELOS
ISRAELENSES NUM VALE
QUE, SEGUNDO O TEXTO, SE
LOCALIZA A LESTE DO MAR
MEDITERRÂNEO.
MEDITERRÂ NEO. CHARLES
CHARLES
DYER ACRESCENTA O
SEGUINTE: O VALE ONDE O
EXÉRCITO DE GOGUE SERÁ
SEPULTADO SE LOCALIZA

“AO ORIENTE” DO MAR


MORTO, NUM
NUM TERRITÓRIO
TERRITÓRIO
QUE ATUALMENTE PERTENCE
À JORDÂNIA.
JORDÂNIA. NA FR
FRASE
ASE “O
VALE DOS VIAJANTES”,
VIAJANTES”, A
EXPRESSÃO
VIAJANTES”
VIAJANTE “DOS
S” PODE SER
INTERPRETADA COMO UM
NOME PRÓPRIO
PRÓPRIO HEBRAICO.
HEBRAICO. É
POSSÍVEL QUE SE REFIRA
AOS “MONTES
“MONTES DE AB
ABARIM”,
ARIM”,
SITUADOS A LESTE DO MAR
MORTO, OS QUAIS ISRAEL
ISRAEL
ATRAVESSOU
ATRAVESS OU NO SEU
PERCURSO PARA A TERRA
PROMETIDA (CF. NM

33.48). SE FOR ESSE O


CASO, O SEPULTAMENTO DE
GOGUE OCORRERÁ NO VALE
DE ABARIM, DO OUTRO LADO
DA PARTE DO MAR MORTO
QUESABER,
PERTENCE A ISRAEL,
NA TERRA DE
MOABE. CONTUDO,
CONTUDO, O TEXTO
DE EZEQUIEL DIZ QUE O
SEPULTAMENTO SERÁ “EM
ISRAEL”, PELO FATO DE QUE
ISRAEL DETEVE O CONTROLE
DAQUELA REGIÃO DURANTE
ALGUNS PERÍODOS
PERÍODOS DE
DE SUA

HISTÓRIA (CF. 2SM 8.2;


SL 60.8).[8]

Essa falta de sincronia entre os detalhes das


duas passagens bíblicas examinadas
e xaminadas demonstra que
elas não tratam do mesmo acontecimento.
Por que o Senhor determinaria que Israel
fizesse do local de sepultamento de Gogue um
memorial para as futuras gerações, se Ele já sabia
que estava prestes a queimar e destruir todo o
planeta? Isso não faz sentido! Mark Hitchcock
salienta que “esses capítulos estão inseridos num
contexto que prediz a restauração de Israel (Ez 33–
39), vindo, em seguida, uma descrição do Templo
que existirá no Milênio e dos sacrifícios que nele
serão oferecidos
oferecid os (Ez 40–48)
40–48).. A invasão, registra
registrada
da
nos capítulos 38 e 39, faz parte da restauração de
Israel, a qual, em termos cronológicos, se cumprirá
antes que o Reino Milenar de Cristo seja
oficialmente estabelecido.[9]
NOTAS 1
ARNOLD G. F RUCHTENBAUM , THE FOOTSTEPS OF
THE MESSIAH: A STUDY OF THE SEQUENCE OF
PROPHETIC EVENTS, EDIÇÃO REVISADA; TUSTIN,
CA: ARIEL MINISTRIES, 2003, P. 121.
2
John F. W AL
ALVOO
VOORD
RD, Roy B. ZUCK e DALLAS THEOLOGICAL
SEMINARY., The Bible Knowledge Commentary: An
Exposition of the Scriptures , Wheaton
W heaton,, IL: Victor Books,
1983 – 1985), vol. 2, p.
p. 981.

3
W AL
ALVOO
VOORDRD, The Bible Knowledge Commentary , vol. 2, p.
981.
4
J. Paul TANN ER, “Rethink
ANNER “R ethinking
ing Ez
Ezekiel’s
ekiel’s Invasion By GGog”,
og”,
publicado
pub licado no Journal of the Evangelical Theological
Society, March 1996, vol. 39, p. 45.
5
Ralph H. ALEXANDER, “Ezekiel
“ Ezekiel”,
”, publicado
publicado na obra
o bra o
organizad
rganizada
a
por Frank E. GAEBELEIN, The Expositor’s Bible Commentary,
12 vol., Grand
Gra nd Rapids: Zondervan, 1986, vol. 6, p. 940.
6
William ARNDT, Frederick W. DANKER e Wal Wa lter BAUER, A
Greek -English Lexicon
Greek-English Le xicon of the New Testam
Testament
ent and Other
Early Christian Literature, 3ª edição, Chicago: Univ
Univers
ersity
ity of
Chicago Press, 2000,
2000 , p. 532.
7
ARNDT, DANKER e BAUER, A Greek-English
Greek -English Lexicon, p. 103.
8
(Grifo
(Grif o do Aut
Autor
or Original),
Original), Charles
Charles H. D YER, “Ezekiel”,
publicado na obra organizada por John F. W AL ALVOO RD e Roy
VOORD
B. ZUCK, The Bible Knowledge
Knowledge Commen
Com mentary:
tary: An E
Exposition
xposition
of the Scriptures,
Scriptures , Old Testam ent, Wheaton, IL: Victor
Testament
Books, 1983–1985, p. 1302.
9
Mark HITCHCOCK, AftAfter
er The Empire: Bible
Bible Prophecy in Light
of the Fall of the Soviet Union, Wheaton,
W heaton, IL: Tynd
Tyndale
ale Ho
House
use
Publishers, 1994, p. 134.

30. EZEQUIEL 38 E
39 - RESUMINDO

Nesta última etapa de


d e nossa análise da invasão
de Gogue e seus aliados à terra de Israel, conforme
foi predita nos capítulos 38 e 39 do livro de
Ezequiel, quero resumir minhas conclusões, as
quais já foram apresentadas e defendidas ao longo
desse tratamento
tratamento interpretativo detalhado que
dedicamos a essa passagem bíblica. Não

reapresentarei
quais discordo;osaopontos de vista
invés disso, e aspectos
mostrarei umados
sinopse de minhas conclusões sobre esse texto.
OS ATORES
Os invasores parecem ser uma coligação de
muçul manos, não oriundos
muçulmanos, oriundos de ppovos
ovos árabes,
liderada por um russo. O texto declara que Gogue,
o líder dessa coalizão, é oriundo “da terra de
Mag
M agogu
oguee”, além de se referir a ele como “prín
príncip
cipee de
Rôs” (Ez claramente
referem 38.2). Essasaexpressões desc ritivas
descritivas
um líder russo que se
comandará a invasão.
Na seqüência de nossa análise, examinei a lista
de invasores que se juntarão a Gogue como aliados.
Meseque e Tubal sempre são citados juntos na
Bíbliase(Ez
hoje 38.3). como
conhece Eles viviam
vivi am naquele
Turquia. território
A Pérsia é que
facilmente identificável porque foi mencionada por
várias vezes na Bíblia e corresponde atualmente ao
país denominado
de nominado Irã (Ez 38.5).
38.5). A Etiópia é
identificada pelo nome Cuxe, transliterado da
palavra hebraica Kush, um povo que habitava no
território imediatamente ao sul do Egito, onde o
país do Sudão se localiza na atualidade (Ez 38.5).
Pute se situa nas proximidades do Sudão e

corresponde ao país que hoje se conhece como


Líbia (Ez 38.5).
38.5). Os atuais descende
descendentes
ntes de Gômer e
de Bete-Togarma são identificados como etnias que
também habitam hoje em dia nas regiões central e
oeste do territór
te rritório
io da Turquia.
T urquia. O exército invasor
virá do norte,
norte, numa investida para atacar Isra
Israel.
el.
É possível que outras nações, não identificadas
especificamente como “atores nesse palco” da
tentativa de invadir Israel, também venham a se
envolver. Também é possível que certos povos
identificados em Ezequiel se esparramem para
dentro do território de países adjacentes. Temos
um exemplo disso nos Curdos, um grupo étnico
que se encontra espalhado em regiões do Irã, da
Turquia e do Iraque.
A SITUAÇÃO
SITUAÇÃO DE IS
ISRAEL
RAEL
O texto bíblico nos informa que, no momento
dessa invasão, Israel já terá se recuperado da espada
(Ez 38.8), o que só pode se referir à sua situação
atual ou a alguma ocasião depois de nossos dias.
Essa recuperação da espada deve ter relação com as
derrotas judaicas nos anos
anos 70 d.C. e 135-13
135-1366 d.C.,

quando a longa Diáspora dos Judeus teve início e


também deve estar relacionada com o
reagrupamento de Israel “...que se congregou dentre
muitos povos...” (v. 8). Em conjunto com as
expressões “...depois de muitos
muitos dias...” e “...no fim
dos anos...” (Ez 38.8), parece claro que o texto faz
alusão a um episódio que ainda vai acontecer no
futuro, provavelmente associado com o período da
Tribulação.
Esse texto prediz que toda a nação de Israel
estaria “...habitando seguramente...” na sua terra
quando a invasão ocorrer
ocorrer (Ez 38.8).
38.8). Creio que esse
fato seja o maior desafio à concepção, por mim
defendida, de que essa invasão acontecerá depois
do Arrebatamento da Igreja, mas antes do começo
da 70ª semana profetizada por Daniel, a saber, antes
da Tribulação vindoura. Alguns intérpretes têm
tentado igualar o conceito de viver “seguramente”
com o de viver “pacificamente”. Tais intérpretes
afirmam que essa passagem descreve uma situação
em que Israel estaria vivendo em paz com todos os
países vizinhos e que nenhum destes seria uma
ameaça para os judeus. Essa interpretação não tem

nenhuma sustentação no significado da palavra


pal avra
hebraica betah, nem é apoiada pelo contexto da
passagem. Arnold Fruchtenbaum comenta o
seguinte:
Em nenhum lugar desse texto há qualquer alusão de que Israel
estaria vivendo em paz. Pelo contrário, a descrição é de que Israel
estaria simplesmente habitando em segurança, o que significa
“confiança”, a despeito de quanto dure um estado de guerra ou de
paz. Nas várias descrições que essa passagem apresenta sobre
Israel,
Israel, pode-se comprovar
com provar que todas são verí
verídicas
dicas na reali
realidade
dade do
Estado de Israel atual.[1]
Ao que parece, o texto indica que Israel já
estaria de volta à sua terra e que certo período de
tempo já teria decorrido, pois os judeus são
descritos na passagem como um povo que habita
seguro
riquezana suaque
essa terra
seráe que produziu
o motivo grandealiados
dos povos riqueza,
para invadir (Ez 38.10 12). Não há dúvida ded e que
essa é a situação de Israel hoje em dia. Na realidade,
diante da atual crise econômica mundial, Israel tem
se saído melhor do que qualquer outra nação.

O MOMENTO EXATO
Como salientei anteriormente, creio que a
invasão terá relação com o período da Tribulação,
razão pela qual acredito que o ataque dessa coalizão
invasoraa se dará após o Arrebatamento, mas antes
invasor
da Tribulação.
Tribul ação. O Arrebatamento encerra a Era da
Igreja, porém não marca o início da Tribulação
propriamente dita. O período de sete anos da
Tribulação começará no exato momento em que o
Anticristo, oriundo
oriundo do Império
Im pério Romano
revitalizado, fizer uma aliança para proteger Israel
(Dn 9.24-27).
9.24-27). Portanto,
Portanto, o intervalo ddee te
tempo
mpo pode
ter a duração de alguns dias, semanas, meses ou
anos, a fim de que o palco esteja totalmente pronto
para os acontecimentos que se sucederão nesse
período de sete anos.
O texto de Ezequiel 39.9 prediz o seguinte: “Os
habitantes das cidades de Israel sairão e queimarão,
de todo, as armas, os escudos, os paveses, os arcos, as
lechas, os bastões de mão e as lanças; farão fogo com
anos”. O fato de que essas armas
tudo isto por sete anos”
serão queimadas por sete anos fornece um

indicador de tempo que poderia nos ajudar a


discernir o momento,
mom ento, dentro do cronograma
cronograma
profético de Deus, em que essa batalha ocorrerá.
Fruchtenbaum diz o seguinte: “Esses sete meses de
sepultamento dos corpos e sete anos de queima das
armas são cruciais para que se possa definir com
precisão o momento em que essa invasão
acontecerá. Para que uma concepção interpretativa
esteja correta, deve obrigatoriamente satisfazer às
exigências impostas por esses sete meses e sete
anos”.[2] Parece pouco provável que essa queima
das armas por sete anos passe para o período de mil
anos do reino, após a Segunda Vinda do Senhor
Jesus. O Dr. Price explana sobre essas questões nos
seguintes termos:
Se essa batalha acontecesse depois do Arrebatamento, mas antes
do início da septuagésima semana profética de Daniel, haveria
bastante tempo e liberdade de movimento, ainda durante a primeira
metade da Tribulação (i.e. o período de tempo caracterizado por
aquela falsa paz oferecida a Israel na aliança firmada pelo Anticristo),
para o cumprimento dessa tarefa. Além disso, a alusão de que não
haverá necessidade de cortar e recolher lenha dos bosques (v. 10)
faria maisapocalíptica
trombeta sentido se esse episódio
de juízo, ocorresse
quando a terçaantes
parte da primeira
de todas as
árvores será queimada (Apocalipse 8.7). Se essa batalha estivesse
prevista para acontecer em algum momento do período da

Tribulação, as pessoas não teriam tempo de concluir essa tarefa


antes da ferrenha perseguição que ocorrerá nos últimos 42 meses
daquele período (cf. Mateus 24.16-22), quando o Remanescente
Judeu se verá forçado a fugir para o deserto a fim escapar do
sanguinário ataque satânico (Apocalipse 12.6). Embora não haja
nenhuma razão que impeça a queima das armas durante o Reino
Milenar, já que outras armas serão convertidas em utensílios
produtivos e pacíficos no Milênio
M ilênio (Isaías
(Isaías 2.4), a renovação da
natureza e o aumento da produtividade, característicos desse
período
período (Isaías
(Isaías 27.6; Zacarias 8.12; M iquéias 4.4), poderiam
argumentar contra tal necessidade.[3]
O Dr. Ron Rhodes escreveu há pouco tempo
um livro excelente sobre o texto de Ezequiel 38 e
39, intitulado Northern Storm Rising [i.e.
“Tempestade que Vem do Norte”][4]. O Dr.
Rhodes compara a atual preparação para os

acontecimentos preditosnegras
ajuntamento de nuvens na profecia
antes de Ezequiel
antes uma ao
tempestade. É isso mesmo! Hoje em dia, temos
testemunhado os preparativos
prep arativos e o posicionamento
político-ideológico das nações que foram preditas
na profecia para invadir Israel.
Os últimos anos testemunharam a
aproximação entre o Irã e a Rússia, os quais têm se
empenhado
emp enhado juntos para ajudar o Irã a se tornar

uma potência nuclear. Não há a menor dúvida de


que a Rússia capacitou
c apacitou o Irã a construir seu reator
nuclear e de que os russos têm ajudado os iranianos
tantoo a desenvolverem
tant de senvolverem quan
quanto
to a montarem bombas
atômicas. Pela primeira vez na história foi noticiado
que a Rússia e o Irã planejam realizar exercícios
militares em
e m cconjunto
onjunto.[5]
.[5] Nã
Nãoo há como se
equivocar quanto
quanto ao objetivo do progra
p rograma
ma nuclear
nucle ar
iraniano, pois, o ex-presidente do Irã, Mahmoud
Ahmadinejad, fez declarações, por inúmera
inúmerass vezes,
sobre sua intenção de varrer Israel do mapa.
Em face da atual situação entre Israel e Irã, se
conjecturarmos que o momento dessa invasão
poderia estar próximo, talvez um dos “...anzóis no...
queixo...” de Gogue pudesse ser um ataque
israelense às instalações nucleares do Irã. Somente
um ataque bem sucedido de Israel poderia
proporcionar uma sensação de segurança, ainda
que temporária, já que afastaria a ameaça nuclear
iraniana. No entanto, o Irã poderia apelar para a
Rússia e seus aliados, alegando que já chegara a
hora de se envolverem no conflito, a fim de
aniquilarem os judeus “...que vivem seguros...” na

sua terra e tomarem os despojos durante essa


investida. Afinal, o Irã poderia se queixar para a
Rússia, a outra superpotência do mundo, que os
Estados Unidos já intervieram naquela região, pelo
menos duas vezes
ve zes nos últimos 20 an
anos
os e ainda se
encontram em operação militar no Oriente Médio.
Por que a Rússia não poderia fazer o mesmo em
favor de seus aliados?
Hoje em dia a Turquia não se encontra
alinhada com a Rússia e com o Irã por ter se
tornado tecnicamente um Estado secular com uma
herança muçulmana após o colapso do Império
Turco-Otomano no final
final ddaa Primeira Guerra
Mundial. Já faz tempo que a Turquia se tornou
membro
mem bro da OTAN [Organização
[Organização do Tratado
T ratado do
Atlântico Norte] e tem expressado o desejo de se
identificar, não com a Ásia, mas com a Europa,
muito provavelmente por razões econômicas. A
Turquia é um país cuja menor parte do território se
encontra na
na Europa e a maior parte está situada na
Ásia. Além disso, a Turquia já solicitou
oficialmente o ingresso como país-membro da
União Européia, onde qualquer pessoa que esteja

num dos seus países-membros pode se deslocar


livremente para outra localidade que se encontre
dentro dos limites geográficos da União Européia.
Os demais países-membros estão preocupados
porque temem que, se for admitida como membro
da União Européia, a Turquia
Tu rquia possa se tornar
tornar um
canal através do qual os muçulmanos se
deslocariam
desloc ariam para inundar o restante
restante da Europa com
c om
a sua presença. Embora a Turquia continue no
processo de cump
cumprirrir requisitos para ingressar
ingressar na
União Européia, é praticamente certo que no fim
tal ingresso seja rejeitado. A partir do momento
que forem rejeitados pela União Européia, os turcos
vão buscar alinhamento com a Rússia, bem como c omo
com seus países-irmãos islâmicos.
Nos últimos anos contemplou-se a emergência
de uma maioria islâmica no Parlamento da Turquia
e o seu atual primeiro-ministro é muçulmano. A
dissolução da
d a antiga Un
União
ião Soviética envolveu a
independência destas cinco repúblicas islâmicas:
Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão,
Quirguistão,
Turcomenistão e Tajiquistão. A Turquia se
considera o desenvolvedor econômico dos vastos

recursos naturais que se encontram nesses cinco


novos países, tais como:
c omo: ouro, prata, urânio,
petróleo, carvão e gás natural. Depois de ser
desprezada pela Europa, a Turquia terá motivos de
sobra para entrar
entrar numa aliança com a Rússia
R ússia e com
c om
suas nações-irmãs muçulmanas, o que deixará o
palco preparado para o cumprimento dessa
profecia. Marana
Maranata!
ta!
NOTAS
1
Arnol
Arnoldd F RUCHTENBAUM, Footsteps of the Messiah:
Mes siah: A Study of
Sequence of Prophetic Events , Tustin, CA: Ariel Press,
the Sequence
(1982)) 2003,
(1982 20 03, p. 1
117.
17.
2
(Grifo do autor original em itálico) FRUCHTENBAUM, Footsteps,
p. 117.
3
Randal
Ra ndalll PRICE, “Comentários Não Publicados Sobre as
Profecias
Profe cias de Ez
Ezequ
equiel
iel”,
”, 200
2007,
7, p. 43.
4
Ron RHODES, Northern Storm Rising: Russia, Iran, and the
Israel,
Emerging End-Times Military Coalition Against Israel
Eugene, OR: Harvest House Publishers, 2008.
5
DEBKAfile,
DEBKA file, “Russia’s first
fir st Pers
Persian
ian Gulf
Gulf naval
naval p
prese
resence
nce
coordinated with Tehran”, publicado em 2 de junho de 2009
no site da Internet:
Internet: www2.debka.com/headline.php?
hid=6095.

Você também pode gostar