PPP - Final - 2019

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1

PREFEITURA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL
“SANTA TEREZINHA”

É COM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO QUE A


ESCOLA RESGATA VALORES PROMOVENDO EDUCAÇÃO
E ENSINO DE QUALIDADE.

CAMETÁ/PA
2019
2

E.M.E.I.F. SANTA TEREZINHA

É COM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO QUE A ESCOLA RESGATA


VALORES PROMOVENDO EDUCAÇÃO E ENSINO DE QUALIDADE

Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal de


Ensino Infantil e Fundamental “Santa Terezinha”,
instrumento mobilizador, direcionador, articulador das
ações educacionais, culturais, organizativas e
didáticas. Trata-se de um instrumento para dirimir as
questões de ordem técnico-pedagógica, de gestão e
coordenação pedagógica escolar, envolvendo
docentes, discentes, servidores, pais e/ou responsáveis
no encaminhamento, assessoramento,
acompanhamento e a avaliação desse projeto.

_________________________________
DIRETOR

_____________________ _____________________
VICE- DIRETORAS

_____________________ _____________________
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

CONSELHO ESCOLAR
_______________________________
PRESIDENTE
_______________________________
SECRETÁRIO
_______________________________
TESOUREIRO

CAMETÁ/PA
2019
3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................6
3 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA.........................................................................................8
4 ANÁLISE HISTÓRICA CONTEXTUAL DA E.M.E.F. SANTA TEREZINHA............9
4.1 Servidores de Apoio e Profissionais do Magistério............................................................11
4.2 Alunos Matriculados em 2019............................................................................................12
4.3 Dimensão da Escola............................................................................................................13
4.4 Espaços estruturais .............................................................................................................13
5 CONTEXTUALIZAÇÃO DA REALIDADE ESCOLAR...............................................14
5.1 Aspectos Externos a escola.................................................................................................14
5.2 Aspectos Internos a Escola..................................................................................................16
6 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS...........................................................................21
6.1 Gestão e Coordenação Pedagógica....................................................................................21
6.2 Estudantes...........................................................................................................................23
7 RELAÇÃO UNIDADE EDUCATIVA X FAMÍLIAS X SISTEMA...............................24
8 PLANEJAMENTO FINANCEIRO...................................................................................24
9 CONCEPÇÕES PPP: CONCEPÇÃO DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA..............27
9.1 Concepção de Cultura.........................................................................................................28
9.2 Concepção de Homem........................................................................................................31
9.3 Concepção de Educação Fiscal...........................................................................................32
9.4 Concepção de Educação......................................................................................................33
9.5 Concepção de Escola...........................................................................................................34
9.6 Concepções de Avaliação...................................................................................................34
9.7 Concepções de Trabalho: a Essência Humana....................................................................34
9.8 Concepções de Inclusão......................................................................................................36
9.9 Concepções de Impacto Ambiental.....................................................................................37
9.10 Concepções de Sociedade.................................................................................................38
9.11 Concepções de Mundo......................................................................................................40
9.12 Concepções de Ciência.....................................................................................................41
9.13 Concepções de Ensino e Aprendizagem...........................................................................42
9.14 Concepções do Conhecimento (Senso Comum)...............................................................42
4

9.15 Concepções do Conhecimento (Científico)......................................................................42


9.16 Concepções do conhecimento científico: contextualizando com o P.P.P. cidadania,
educação e valores.....................................................................................................................43
10 AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA........................................................................................44
11 FINALIDADES DA UNIDADE EDUCATIVA..............................................................45
12 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA ORGANIZACIONAL DA
UNIDADE EDUCATIVA: GESTÃO DEMOCRÁTICA....................................................46
13 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA UNIDADE EDUCATIVA..........................48
13.1 Missão...............................................................................................................................48
13.2 Perspectiva........................................................................................................................48
13.3 Valores..............................................................................................................................48
13.4 Currículo...........................................................................................................................48
14 ESTRUTURA EDUCACIONAL......................................................................................50
14.1 Currículo: a organização do trabalho pedagógico na educação infantil...........................50
14.1.1 Conceito de educação infantil........................................................................................51
14.2 Fundamentação da proposta curricular do ensino fundamental........................................52
14.3 Fundamentação da proposta curricular do curso de educação de jovens e adultos (EJA) 53
14.4 Sistema de Avaliação........................................................................................................55
14.5 Objetivos Educacionais.....................................................................................................55
14.6 Metas.................................................................................................................................56
14.7 Ações.................................................................................................................................57
15 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS
LETIVOS E NÃO LETIVOS.................................................................................................57
16 PLANO DE AÇÃO............................................................................................................59
17 PROGRAMAS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA........................................................60
18 O QUE SE ALMEJA ALCANÇAR.................................................................................60
19 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................61
REFERÊNCIAS......................................................................................................................62
5

1- INTRODUÇÃO
“Não se constrói um Projeto sem uma direção Política, um
norte, um rumo. Por isso, todo Projeto Pedagógico da Escola é
também Político”.
(Moacir Gadotti)

Baseada na lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, a Escola Municipal de


Ensino Fundamental Santa Terezinha preocupou-se com a realidade educacional da qual está
inserida, por isso desde 2009 acentuou ainda mais os seus pensamentos na construção de uma
proposta que viabilizasse os trabalhos pensados para esta instituição.
Sabe-se que o Projeto Político Pedagógico é um instrumento que direciona as ações da
escola. Segundo Azevedo (2004, p. 2) é “um instrumento fundamental para a efetiva
construção e instalação da democracia social entre nós”. Pois, na sua essência envolve as
práticas numa reflexão caracterizada na perspectiva de vida, na formação do cidadão, nos
objetivos a serem alcançados. Mesmo que a realidade seja marcada por inúmeros problemas, é
compromisso da escola que a população usufrua de uma educação de qualidade.
Dessa forma, o Projeto Político Pedagógico, de acordo com Kuroski (2008), busca
definir a identidade da instituição educacional para que esta possa ofertar educação, e
educação com qualidade. E para a sua elaboração, a escola tem feito frequentemente reuniões
e discussões, pois a concepção nova de gestão democrática de instrumento de participação e
Construção da Autonomia da escola ainda causa polêmicas, há quem considere o método da
escola tradicional a forma ideal de ensinar e aprender, porém a política educacional prima por
saberes e busca de Conhecimento.
Contemporaneamente, saiu-se de uma tradição histórica de centralização das decisões
escolares, em 1988 a gestão democrática da educação tornou-se um dos princípios da
educação na constituição brasileira. Para Kuroski (2008), esta perspectiva busca resgatar o
caráter público da sua administração.
Os princípios participativos refletem na eleição de diretores escolares e os conselhos
escolares; da garantia da liberdade de expressão e de pensamento; da criação e de organização
coletiva escolar e da abertura para a luta por condições materiais para a aquisição e
manutenção dos equipamentos escolares bem como por salários dignos a todos os
profissionais da educação.
Com relação ao Conselho Escolar, a escola Santa Terezinha vem abrindo espaço de
construção e reconstrução na perspectiva que ele tem o papel de contribuir para que o
6

Estabelecimento de Ensino consiga superar suas dificuldades em busca do sucesso


educacional. Segundo Navarro (2004), é deliberativo, consultivo fiscal e mobilizador.
Diante do exposto, o Projeto Político Pedagógico (PPP) de uma Unidade Escolar tem a
Função de instrumento de referência para as tomadas de decisões assegurando-as, desde que
estas, sejam aprovadas pelo Conselho Deliberativo Escolar.
Nesse sentido, a escola Santa Terezinha vem desenvolvendo projetos como: Aulas de
Reforço, Meio Ambiente, Leitura, Discussão de temas relacionados à violência, sexualidade,
saúde, valores morais e familiares, etc., com o intuito de inserir seus educandos na vida social;
além das palestras, reuniões com temas transversais, pois é do conhecimento de todos os
problemas que abrangem a sociedade brasileira e o município de Cametá.
A realidade percebida seja no âmbito social, cultural, nas diversidades ou diferenças
econômicas, acabam sendo mais visíveis na escola, por este motivo, é de fundamental
importância a construção de projetos pedagógicos que busquem referências e com
perspectivas democráticas e participativas, colaborando sempre para a formação de um
cidadão questionador da realidade, com capacidade de análise crítica, valorizando sua vida e
sua cultura, contribuindo para o meio ambiente e adotando atitudes de solidariedade.
Assim, o maior desafio da escola Santa Terezinha através do Projeto Político
Pedagógico é conseguir o sucesso educacional, definir a identidade de nossos educandos e
garantir a oferta de uma educação de/com qualidade.

2- JUSTIFICATIVA

No Brasil, a luta em favor da redemocratização instaurada nos anos 1980,


reconheceu a importância da participação popular, principalmente nas tomadas de decisão
relacionadas à educação. O princípio da gestão democrática tornou-se um preceito
constitucional, por ser uma exigência ética e política, sendo que a LDB/1996 foi à primeira lei
a dispensar atenção particular à gestão escolar, com isso, os desafios foram lançados para se
organizar e desenvolver o ensino aprendizagem.
A escola Santa Terezinha preocupa-se com o processo educativo que vem
desenvolvendo e para que este processo seja assegurado, recorre à construção do Projeto
Político Pedagógico com propostas que discorram entre o pedagógico, o político, o financeiro
e o administrativo.
7

Sabe-se que para garantir a unidade da prática escolar, exige-se além de sala de aula,
que todos conheçam a realidade no qual a escola está inserida, bem como o trabalho que se
desenvolve na escola. Segundo Zanini (2008) o Projeto Político Pedagógico é o instrumento
de identificação “capaz de romper com barreiras causadoras do isolamento entre os segmentos
escolares, conferindo uma postura contextualizada e conciliadora das mais diversas questões
de ordem educativa e social no cotidiano escolar”.
Assim, para que se obtenha a qualidade do ensino não precisa de “modelos” ou
“esquemas”, pois a prática educativa não se restringe apenas a aprendizagem dos estudantes,
ela tem um sentido duplo em que todos aprendam e todos ensinam, na verdade é um processo
de construção do conhecimento.
A escola deve adaptar-se a sua realidade de acordo com o Projeto Político Pedagógico
independente de qualquer decisão política ou exigência legal, como destaca Zanini (2008), a
proposta pedagógica é o “norte” da escola, definindo o caminho que uma determinada
comunidade busca para si e para quem se agrega em seu entorno.
Para que se alcance com mais êxito os objetivos propostos no PPP deve-se adequar os
espaços do laboratório de informática, refeitório, melhorar as salas de aulas (sugestão: instalar
centrais de ar condicionado), fazer melhorias na quadra de esporte (cobertura e arquibancada,
para um melhor aproveitamento das atividades físicas e motoras), auditório para realização de
reuniões, eventos semestrais e festas comemorativas.
Aproveitar os saberes dos educandos nas criações artísticas e culturais, bem como de
pessoas da comunidade, demonstra que é possível produzir e socializar conhecimentos,
também são metas a serem alcançadas pela escola. De acordo com Amorim (2009), produzir
conhecimentos é a contribuição que o ser humano adquire através de experiências e
convivências dos antepassados e o meio social onde vivem. A feira pedagógica, durante anos,
demonstrou o quanto os alunos e seus professores criavam e apresentavam suas produções em
diferentes formas de aprender fazer e mostrar talentos que se ocultavam na “contra capa de
saberes”, pois, a escola deve criar oportunidades para garantir a produção dos conhecimentos
nos educandos.
Assim, aproveitar espaços e saberes é reconhecer e valorizar a cultura dos educandos e
da comunidade onde a escola está inserida. Portanto, a E.M.E.I.F. Santa Terezinha, com a
ressignificação do Projeto Político Pedagógico, pretende traçar metas, organizar as ações
pedagógicas na sala de aula e no restante da escola e assim construir um processo educativo
considerando a igualdade, a qualidade e a gestão democrática, pois estes são instrumentos
essenciais para gerir o cotidiano escolar.
8

3- IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

NOME: ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL


(E.M.E.I.F.) “SANTA TEREZINHA”
CÓDIGO DA ESCOLA NO CENSO ESCOLAR: INEP 15547574
LOCALIZAÇÃO:
 ENDEREÇO: Travessa Fleurídes Farias Bangoin, nº 600 / Nova Cametá.
 MUNICÍPIO: Cametá
 E-MAIL: [email protected]
 CÓDIGO DO MUNICÍPIO: 68.400-000
 ESTADO: Pará
ENTIDADE MANTENEDORA
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMETÁ/SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO
CNPJ: 05.105.283/0001-50

CURSOS OFERTADOS OU ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA


Educação Infantil Ensino Fundamental - EJA
Ensino Fundamental de 09 anos

TIPO DE ATO QUE CRIOU A ESCOLA


A Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental “Santa Terezinha” foi criada
através da LEI Nº 011 de 03 de Julho de 2001 (através de abaixo assinado com a sugestão
dos seguintes nomes: Escola Municipal de Ensino Fundamental Nova Cametá e Escola
Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Santa Terezinha, sendo este último aprovado
pela maioria das pessoas consultadas, (conforme documento em anexo), e aprovado na
câmara Municipal de Cametá através do Projeto de Lei Nº 023 de 2001, conforme
documento em anexo).

ATO QUE AUTORIZOU O FUNCIONAMENTO DA ESCOLA


A E.M.E.I.F. “SANTA TEREZINHA” ainda não tem resolução de autorizada para
9

seu funcionamento. Porém, está em processo de autorização na CEE/PA (Conselho


Estadual de Educação do Pará), aguardando resolução de processo.
4- ANÁLISE HISTÓRICA CONTEXTUAL DA E.M.E.I.F. SANTA TEREZINHA.

A Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Santa Terezinha, está localizada


no Estado do Pará, Município de Cametá, zona urbana, Bairro Nova Cametá, fazendo frente
com a Travessa Fleurídes Farias e fundo com a Passagem Natal, lado esquerdo com a Rua
Valda Valente e lado direito com a Rua Gonçalo Jorge. Devido ao bairro ter sido originado de
um processo de invasão seu nome a princípio era “Invasão”, porém, Nova Cametá resultou de
uma consulta popular entre moradores.
Nesta consulta popular foram ouvidas 120 famílias e os nomes apresentados foram:
Nova Cametá, Nova Jerusalém, Cabanagem e Riozinho. Saindo vitoriosa a sugestão Nova
Cametá, com 60,15 %. A população que habita no bairro excede a 4.675 pessoas sendo que no
ano de 2010 matricularam-se na escola (1.000) alunos, 2011 (1.038) e 2012 (1.100), estes
90% são moradores do bairro e outros são de bairros vizinhos, rodovia BR 422 – Transcametá
e estrada do Ajó.
Devido ao crescimento populacional do bairro, as famílias oriundas das diversas
regiões de Cametá contam com outros benefícios adquiridos do poder público através das
reivindicações dos moradores. Possui luz elétrica, água encanada, PFS (Posto da Família
Saudável), CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), entre outros.
O espaço ocupado hoje tem uma característica de elevação onde se concentra a
maioria da população e na parte “baixa” um menor número de famílias. O bairro possui
pequenos produtores, comerciantes, vendedores ambulantes e pessoas que desempenham toda
e qualquer atividade do cotidiano.
Pode-se dizer que transformar a realidade em que a escola está inserida não é tarefa
fácil, é necessário trabalhar de maneira coletiva, primando pela conscientização, por isso que
além de ser um bairro periférico, sua formação histórica advém de um processo de invasão,
cuja origem dos habitantes é de diferentes áreas do município, e que vivem basicamente do
comércio informal (feirantes, vendedores, ambulantes, lavradores, estivadores, domésticos,
etc;) assim sendo, percebem-se carências do saber formal nas famílias.
A perspectiva da vida digna decorre das políticas através de projetos do bairro e para o
bairro, assim, os anseios de um futuro de transformação de melhoria de vida e cidadania,
pairam na formação de crianças, jovens e adultos. Segundo Freire (2004), ser cidadão é ser
10

político, capaz de questionar, criticar, reivindicar, participar, ser militante e engajado,


contribuindo para a transformação de uma ordem social injusta e excludente.
No entanto, a luta pela construção de uma escola para o bairro decorre desde 1997
com a escola denominada de Invasão; 1998 de escola Invasão II; 1999 passou a legalidade de
EMEF de Invasão e no ano de 2000 passou a chamar-se de EMEF Santa Terezinha.
Sabe-se que, as turmas iniciaram a partir da iniciativa de uma moradora, que em 1997
percebeu a falta de escola no bairro Nova Cametá e saiu de casa em casa efetuando uma pré-
matrícula das crianças que não tinham acesso à escola, com a listagem pronta apresentou ao
prefeito da época, o qual aceitou a proposta, sendo que foram formadas três turmas
multisseriadas e contratado três professores.
O local onde começou a funcionar a escola era conhecido como “Escola de Invasão”,
uma casa coberta com palha e chão batido, (era tão precário que quando chovia alagava tudo),
em 1999 o local tornou-se pequeno para a demanda educacional, por isso mudaram-se para
outro local conhecido como “Espaço do Brega”, era um barracão onde nos finais de semana
promovia-se festas. O Sistema de Ensino passou de multisseriado para seriado, cada Professor
tinha uma turma. Assim, foi necessário um Diretor, um Secretário e auxiliares de Serviços
Gerais.
Com o crescimento da população do bairro, a comunidade escolar reuniu-se diversas
vezes e solicitou ao Gestor Municipal a construção de uma escola que atendesse com
dignidade os educandos do bairro Nova Cametá.
No ano de 2000 inaugurou-se a Escola Municipal de Ensino Fundamental de Invasão,
localizada na Travessa Fleurides de Farias, nº 600, onde antes funcionava o campo de futebol
“Norte Brasileiro”.
O prédio possuía 08 (oito) salas de aulas funcionando nos horários da manhã,
intermediário, tarde e noite, 06 (seis) banheiros para alunos e alunas, uma diretoria com
banheiro uma secretaria com banheiro. No ano de 2011, a Escola passou por uma reforma
geral e ampliação onde foram construídas: (02) duas salas de aula totalizando 10 (dez) salas
de aula, reforma dos banheiros masculinos e femininos equipados com estrutura para
Acessibilidade (próprios para Pessoas Com Deficiências Físicas - Cadeirantes) e 01 (um)
banheiro para a Educação Infantil, uma extensa área de Lazer e Recreações, uma Sala dos
Professores, uma de Informática (equipada com 17(dezessete) computadores completos, 02
(duas) centrais de ar, 01 (uma) Biblioteca adequada com livros Didáticos, Pedagógicos e
Diversificada, construção de uma Quadra Poliesportiva, e uma Caixa D’água, etc.
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A Reinauguração da Escola Santa Terezinha, deu-se no dia nove (09) de dezembro de


2011, e apresenta infraestrutura adequada em todos os sentidos para que os Alunos tenham
Ensino-Aprendizagem de Qualidade!
Após a Reforma no ano de 2011, o espaço conta com Educação Infantil, Ensino
Fundamental de Nove Anos, além da modalidade da Educação de Jovens e Adultos. Pode-se
afirmar que a escola atualmente possui 944 alunos distribuídos em 11 (onze) turmas pela
Manhã; 08 (oito) turmas no turno do Intermediário; 11 (onze) turmas no turno da Tarde e 03
(três) turmas no turno da Noite, sendo a Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Assim, é fundamental que haja iniciativa e participação de todas que acreditam na
mudança pela educação. Acreditamos que o conhecimento não se troca, socializa-se. E o
resultado de uma ação compartilhada, aumenta a participação de todos e, o mais importante,
reduz a exclusão na gestão escolar, garantindo o sucesso na aprendizagem.
Valorizando saberes, e acima de tudo, elevando a autoestima do educando, a escola
alcançará seus objetivos educacionais. Portanto, ressignificar o P.P.P. é um grande desafio,
visto que se encontram as dificuldades nos atores envolvidos com a educação, na prática
educativa e na própria solução para a Educação de Qualidade; no entanto, a perspectiva de
inovação e busca do conhecimento são de fundamental importância.
Segundo Cury (2006) não há quem não saiba da importância e da necessidade do
acesso aos conhecimentos e as competências que só a educação escolar pode propiciar para
qualquer modalidade de inserção social. Nesse sentido almeja-se melhorar o ambiente escolar
e valorizar o conhecimento tanto formal como informal, pois, são os saberes expressos da
cultura da comunidade escolar que representam a EMEIF Santa Terezinha.
Atualmente a Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental “Santa Terezinha”
assim se constitui:

4.1 SERVIDORES DE APOIO E PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO.

TURNO DE QUALIFICAÇÃO
CARGO/FUNÇÃO QUANTIDADE
EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Graduação em Pedagogia
Ciências Naturais e pós em
DIRETOR 01
Ciências da Educação e
Mestrado em Andamento.
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- Graduação em Ciências
Naturais/habilitação em
VICE-DIRETORA 02 Ciências Biológicas,
Mestrado em andamento.
- Graduação em Pedagogia.
SECRETÁRIO (TÉCNICO
Nível Médio e Curso Técnico
EM SECRETARIADO 01
em Gestão Escolar)
ESCOLAR)
AGENTE Todos com Formação de
07
ADMINISTRATIVO Nível Superior.
Nosso quadro de professores
PROFESSORES 38 conta com 90% com nível
superior.
Ambos com graduação em
SUPERVISOR ESCOLAR 02
Pedagogia.
AGENTE DE APOIO
06 Todos possuem Nível Médio.
SEGURANÇA
Nível Superior em
AGENTE DE PORTARIA 02
Andamento.
AGENTE DE SERVIÇOS
05 Nível Médio Completo.
GERAIS
Nível Médio Completo e
MANIPULADOR DE
01 Curso Técnico de
ALIMENTOS
Manipulação de Alimentos.
TÉCNICO EM
Nível Médio e Técnico em
ALIMENTAÇÃO 01
Alimentação escolar
ESCOLAR

4.2 ALUNOS MATRICULADOS EM 2019

A Escola Santa Terezinha conta com 747 alunos regularmente matriculados,


distribuídos nos turnos da manhã, intermediário, tarde e noite; nas modalidades Educação
Especial, Educação Infantil, Ensino Fundamental de Nove Anos e Educação de Jovens e
Adultos (EJA).
13

4.3 DIMENSÃO DA ESCOLA

A Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Santa Terezinha possui dimensão


territorial correspondente a uma área total de 4.758m2. Distribuída em três subáreas:

Área construída: corresponde um total de 2.061m2, está distribuída em: 10 salas de aula; uma
biblioteca; uma sala dos professores; uma sala da coordenação pedagógica; duas salas
administrativas; uma sala dos professores; uma sala do AEE; copa; refeitório; banheiros
masculinos e femininos com acessibilidade para pessoas com deficientes; sala de informática
inativa; duas passarelas que possibilitam o acesso as suas dependências, atualmente o sistema
de abastecimento de água está inativo, uma vez que a caixa d’água foi furtada da escola, tendo
um Boletim de Ocorrência para comprovar o ato ilícito, e uma quadra poliesportiva com
acessibilidades.

Área verde: abrange um total de 382m2.

Área não construída: corresponde um total de 2.305m2.

4.3 ESPAÇOS ESTRUTURAIS

INFRA ESTRUTURA
ACESSO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
( X ) SIM ( ) NÃO ( ) MAIS OU MENOS ( ) EM ANDAMENTO
BANHEIROS COM ACESSIBILIDADE
( ) SIM ( ) NÃO ( X ) MAIS OU MENOS ( ) EM ANDAMENTO
CALÇADA DE PASSEIO
( ) SIM ( X ) NÃO ( ) MAIS OU MENOS ( ) EM ANDAMENTO
ESTACIONAMENTO
( ) SIM ( X ) NÃO ( ) EM ANDAMENTO ( X ) Sem Previsão
PARA-RAIO
( ) SIM ( X ) NÃO ( ) EM ANDAMENTO ( X ) Sem Previsão
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CISTERNA
( ) SIM ( X ) NÃO ( ) EM ANDAMENTO ( X ) Sem Previsão
REDE TELEFÔNICA
( ) SIM ( X ) NÃO ( ) EM ANDAMENTO ( ) Sem Previsão
REDE DE ESGOTO
( ) SIM ( X ) NÃO ( ) EM ANDAMENTO ( ) Sem Previsão
TIPO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
( X ) Público ( ) Privado ( ) Próprio ( ) Alugado
REDE DE ENERGIA
( X ) Público ( ) Privado ( ) Próprio ( ) Alugado
VIA DE ACESSO A ESCOLA
( X ) Carro ( X ) Bicicleta ( X ) Moto ( ) Barco, canoa, rabeta ( ) Outros.
Descreva o que é: Ônibus Escolar.
EQUIPAMENTO CONTRA INCÊNDIO
( ) Existe ( X ) Não Existe ( ) Não funciona ( ) Não tem importância

5- CONTEXTUALIZAÇÃO DA REALIDADE ESCOLAR.

5.1 ASPECTOS EXTERNOS A ESCOLA.

ASPECTOS A SEREM
CONTEXTUALIZAÇÃO
ANALISADOS
O bairro, como já citado, é formado por uma área “baixa”
que conta com várias plantações nativas de Euterpe
MEIO AMBIENTE Oleracea (açaizeiro). A outra área ainda é carente de
arborização, pois com a popularização do bairro, muitas
árvores e plantações se perderam.

A população atendida pela escola é caracterizada por


CARACTERIZAÇÃO DA
famílias que são oriundas de áreas ribeirinhas, e aquelas
POPULAÇÃO
oriundas da área da estrada.

ATIVIDADES O município de Cametá tem sua base econômica


ECONÔMICAS MAIS alicerçada no comércio informal, (feirantes, ambulantes, e
15

COMUNS NO MUNICÍPIO outros), bem como, também formados por funcionários


DE CAMETÁ públicos municipais, estaduais e federais.
SITUAÇÃO DA As moradias são na sua maioria de alvenaria contrastando
HABITAÇÃO E MORADIA com a realidade de casas feita de madeira.
O bairro de Nova Cametá é precário de saneamento
SAÚDE E SANEAMENTO
básico, o que pode ocasionar problemas de saúde de
BÁSICO
grande proporção.
TIPO DE TRANSPORTES E O transporte utilizado pelos alunos é a bicicleta e a
MEIOS DE motocicleta.
COMUNICAÇAO Os meios de comunicação de maior uso é o celular.
No que tange à segurança, no entorno da escola ainda é
pouco assistido de segurança pública, as pessoas ficam, a
SEGURANÇA
mercê de pessoas que voltam suas atividades para a
ilegalidade.
A grande maioria das famílias que fazem parte do bairro
trabalham no comércio informal, ganhando uma renda per
capita que varia de meio a um salário mínimo e famílias
EMPREGO/DESEMPREGO
assistidas pelos programas sociais do governo federal
/SALÁRIOS
(bolsa família, seguro defeso e outros). Em muitos casos
sofrem com o desemprego que atinge grande parte da
população brasileira.
O bairro infelizmente é carente de espaços que possam
servir para recreação, esporte e lazer. As crianças quando
LAZER, ESPORTE E
querem se divertir ou praticar atividades
RECREAÇÃO.
recreativas/esportivas acabam por solicitar o espaço da
escola.
O bairro conta com organizações comunitárias,
ORGANIZAÇÕES
representantes de bairro, representantes de igrejas em
DIVERSAS
geral e associações.
A escola oferece aos moradores do bairro educação
EDUCAÇÃO: NÍVEIS,
básica nas modalidades: Educação especial, Educação
MODALIDADES E
Infantil, Ensino Fundamental de 09 Anos e Educação de
ETAPAS.
Jovens e Adultos (EJA).
5.2 ASPECTOS INTERNOS A ESCOLA
16

CARACTERIZAÇÃO DAS DEPENDÊNCIAS EXISTENTES NA ESCOLA:


CONDIÇÕES, EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E NECESSIDADES

EQUIPAMENTOS E
DEPENDÊNCIAS CONDIÇÕES NECESSIDADES
MATERIAIS
 40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 02 Ventiladores de  Regular  Substituir os
parede ventiladores
Sala de aula A
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
 40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 03 Ventiladores de  Bom  Substituir os
parede ventiladores
Sala de aula B
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
Sala de aula C  40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 02 Ventiladores de  Bom  Substituir os
parede ventiladores
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
17

sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
 40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 01 Ventiladores de  Precário  Substituir os
parede ventiladores
Sala de aula D
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
 40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 02 Ventiladores de  Bom  Substituir os
parede ventiladores
Sala de aula E
 01 quadro branco por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 armário  Bom  Nenhuma.
 40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 03 Ventiladores de  Bom  Substituir os
parede ventiladores
Sala de aula F
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
Sala de aula G  40 carteiras  Bom  Nenhuma.
18

 01 mesa  Bom  Nenhuma.


 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 02 Ventiladores de  Bom  Substituir os
parede ventiladores
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
 40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 02 Ventiladores de  Bom  Substituir os
parede ventiladores
Sala de aula H
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
 40 carteiras  Bom  Nenhuma.
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeira  Bom  Nenhuma.
 02 Ventiladores de  Bom  Substituir os
parede. ventiladores
Sala de aula I
por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 01 quadro branco  Bom  Nenhuma.
Sala de aula J  11 mesas e 37  Precário  Substituir
Educação Infantil cadeirinhas mesas e
cadeirinhas.
 20 carteiras  Bom  Substituir por
carteiras
19

 01 mesa  Bom adequadas à


 01 cadeira  Bom Educação
 03 Ventiladores de  Bom Infantil.
parede  Substituir os
 01 quadro branco  Bom ventiladores
 02 armário  Bom por centrais de
ar, de acordo as
dimensões da
sala de aula.
 Substituir o
quadro branco.
 05 mesas  Excelente  Nenhuma.
 06 cadeiras  Excelente  Nenhuma.
 01 central de ar  Excelente  Nenhuma.
Sala da Direção
 03 armários  Excelente  Nenhuma.
 01 impressora  Excelente  Nenhuma.
 1 banheiro  Regular  Manutenção.
 02 mesas  Bom  Nenhuma.
 06 cadeiras  Bom  Nenhuma.
 01 central de ar  Excelente  Nenhuma.
 02 armários  Excelente  Acréscimo de
mais um
armário.
 02 computadores  Regular  Manutenção e
acréscimo de
Secretaria
mais um
computador.
 01 impressora  Bom  Conserto e
manutenção da
 01 bancada com impressora.
divisórias  Excelente  Nenhuma.
 8 estantes  Excelente  Nenhuma.
 1 banheiro  Precário  Manutenção.
Sala de Professores  01 mesas.  Excelente.  Nenhuma.
20

 Excelente
 15 cadeiras  Regular.  Nenhuma.
 01 central de ar.  Bom.  Manutenção.
 08 armários  Bom.  Manutenção.
 01 bancada com 6  Compras de
divisórias para computadores
computadores  Bom
 01 Bebedouro  Nenhuma
 01 mesa  Bom  Nenhuma.
 01 cadeiras.  Bom  Nenhuma.
 16 carteiras  Bom  Nenhuma.
 35 cadeiras de  Bom  Nenhuma.
plástico
Biblioteca  02 central de ar.  Bom.  Manutenção.
 01 armário;  Bom.  Nenhuma.
 05 estantes  Bom.  Nenhuma.
 01 bancada com 06  Bom  Nenhuma.
divisórias
 01 tatame  Regular  Aquisição
Laboratório de
 Desativado  Reativação
informática .
Banheiros para alunos  02 banheiros.  Precário.  Manutenção.
 01 quadra de  Precário.  Em projeto de
Quadra de esportes
esportes. reconstrução.
 02 freezers.  Precário.  Manutenção
Copa/cozinha  01 geladeira.  Precário.  Manutenção
 01 fogão industrial.  Precário.  Manutenção
 09 mesas com  Regular.  Aquisição e
Refeitório
bancos acoplados. Manutenção.
 03 sanitários  Precário.  Manutenção.
Masculino  01 banheiro  Desativado  Reativação.
 02 mictório  Precário  Manutenção.
Feminino  03 sanitários  Precário  Manutenção
21

Sanitários  01 banheiro  Desativado  Reativação


Masculino  01 passarela  Excelente.  Nenhuma.
para  01 corrimão para  Excelente.  Nenhuma.
Acessibilidad acessibilidade
e
Feminino para  01 passarela  Excelente  Nenhuma
Acessibilidad  01 corrimão para  Excelente  Nenhuma
e acessibilidade
Banheiro  01 Sanitário  Bom  Manutenção
Feminino e
para  01 Pia  Excelente  Nenhuma
Masculino
professores  01 Espelho  Excelente  Nenhuma

6- CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS

6.1 GESTÃO E COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

O pedagogo é o profissional habilitado por lei e formação a preparar, administrar e


avaliar currículos, programas escolares, além de estabelecer vínculos entre instituições de
ensino, comunidade, familiares dos alunos e autoridades do setor educativo.
Assim, o trabalho do pedagogo na escola enquanto gestão e coordenação pedagógica
possuem papéis diferenciados a serem desempenhados. Na área da gestão, o diretor e vice-
diretor escolar, devem gerenciar o sistema de ensino cabendo a eles elaborarem as políticas
educacionais dentro de um contexto sócio-político-cultural, visando condições adequadas
(materiais e ambientais) para a formação dos alunos.
É necessário que a equipe da gestão escolar além de dominar o trabalho técnico,
conheça também o contexto sócio-político-cultural da sociedade na qual a escola e seus
sujeitos estão inseridos, propondo soluções adequadas às mais variadas situações que forem
surgindo. Sendo que não deve ser somente de responsabilidade do diretor e vice a
responsabilidade pela administração escolar, embora o corpo docente tenha funções
diferentes, todos estão envolvidos direta ou indiretamente com a administração escolar,
inclusive o educando e a sociedade. Cabendo cada um desempenhar seu papel enquanto
sujeito responsável pelo processo educacional.
22

O pedagogo ocupa um amplo espaço na organização do trabalho pedagógico, sendo


um articulador no processo de formação cultural que se dá no interior da escola. Sua presença,
é fundamental na organização das práticas pedagógicas e consequentemente na efetivação das
propostas. É o mediador no processo ensino - aprendizagem, de forma a garantir a
consistência das ações pedagógicas e administrativas.
O papel do pedagogo enquanto supervisor escolar é auxiliar o corpo docente, visando
aperfeiçoar o desempenho deste na utilização dos recursos didáticos, na metodologia de
transmissão do conteúdo, e por fim, propor qual o tipo de avaliação que proporcione
resultados mais significativos ao desenvolvimento dos educandos.

A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no


aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (...), na análise e
compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos,
ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e trabalho
em sala de aula (LIBÂNIO, 2000, p.54).

O supervisor deve conhecer os problemas, necessidades e recursos existentes na


escola, assistindo o aluno e toda a equipe que está envolvida no processo ensino-
aprendizagem (professores, familiares e a sociedade), propondo alternativas que visem à
redução da evasão escolar e o acesso de todos à escola, tornando-a igualitária e democrática, e
assim propor alternativas eficazes, que atendam às necessidades da escola onde atua.
Assim, para que o pedagogo desempenhe sua função com competência é necessário
além da formação, que ele tenha condições adequadas de trabalho. Isso significa dizer que é
preciso observar o número de alunos que o pedagogo pode atender sem comprometer a
qualidade do processo.

Numa escola com o número elevado de alunos em proporção a orientadores


(...) ocorre certamente o atendimento de uns poucos alunos, ficando a
maioria deles sem receber os benefícios da orientação educacional
(LIBÂNIO, 2000, p. 27).

Portanto, é evidente que a atuação do pedagogo na escola contribui com o processo


ensino-aprendizagem, resultando em mudança de atitude do corpo docente e dos educandos,
cujo resultado final é a melhoria no desempenho. Sendo que, o pedagogo precisa aceitar sua
parcela de responsabilidade e compromisso com a equipe de professores, pois, não há uma
ação única que venha proporcionar melhoras no processo de ensino-aprendizagem, mas, todas
23

as funções didáticas são importantes para a concretização interdependentes, pois buscam um


alvo comum: o sucesso do educando.

6.2 ESTUDANTES

Como já citado neste documento, a escola Santa Terezinha é oriunda de processo de


invasão, por famílias que na sua grande maioria tem suas origens na área ribeirinha e área de
estrada (BR 422).
Estas famílias têm como base de sustento a pesca artesanal, o cultivo e extração do
açaí, no que se refere à área ribeirinha. Já as famílias localizadas as margens da BR 422, tem
como cultura econômica o plantio e cultivo da mandioca para a produção de farinha. Também
tem como complementação de renda, bolsa família e seguro defeso.
Essas famílias almejam, com a mudança realizada para a sede da cidade, alcançar uma
educação de qualidade para os filhos, trabalho remunerado para o sustento das famílias, bem
como poder realizar a oferta de uma vida estável para as famílias.
A escola atende os discentes que estão na faixa de 04 a 12 anos (educação especial,
infantil e ensino fundamental de 09 anos), adolescentes de 12 a 17 anos (ensino fundamental
de 09 anos) e adultos de 18 a 35 anos, estes são atendidos pela Educação de Jovens e Adultos
(EJA). Na maioria dos casos os educandos não escolhem o turno que desejam estudar, mas
procuram se adequar aos horários e demandas que a escola oferece, ou seja, no turno da
manhã e intermediário são prioridades dos estudantes.
No início as crianças e suas famílias, não solicitavam transporte para seu
deslocamento até a escola, porém com o crescimento populacional do bairro, hoje já se faz
necessário o uso de transportes escolares (ônibus) para que a escola atenda a todas as crianças
que moram afastados do bairro no qual a instituição está inserida. Muitas famílias optam por
matricular seus filhos na E.M.E.I. F. Santa Terezinha por ser uma escola de médio porte, que
atende a várias modalidades de ensino tais como a educação especial, infantil, ensino
fundamental de 09 anos e EJA. Estes fatores acabam sendo decisivos na hora de escolher a
escola que os filhos vão estudar.
A escola é a oportunidade que os alunos têm de “crescer na vida”, através de uma
educação de qualidade, a oportunidade de conseguir um bom emprego para ajudar os seus
pais no sustento da família. E neste sentido que a E.M.E.I.F. Santa Terezinha vem nos últimos
anos tentando mudar a realidade do IDEB da escola, mas entendemos que esta reversão
positiva da realidade escolar, é um trabalho contínuo de todos os envolvidos no processo
24

ensino e aprendizagem de nossas crianças e adolescentes. Sendo assim, a escola apresenta o


seguinte quadro no que se refere ao IDEB: no ano de 2015/2017 o IDEB da E.M.E.I.F. Santa
Terezinha atingiu a marca de 3.6, sendo que a escola queria atingir a média de 4.5. Esperamos
que nos próximos anos que consiga atingir a média que ora fora traçada para a escola.

7- RELAÇÃO UNIDADE EDUCATIVA X FAMÍLIAS X SISTEMA

A relação da escola com as famílias dos seus educandos é considerada boa, visto que
nas reuniões que a instituição costuma realizar os pais se referem à mesma como sendo muito
importante na vida de seus filhos. Porém, os envolvidos no espaço escolar, ainda tem o
desafio de tornar estas reuniões mais atrativas para as famílias, visto que ainda não atingimos
percentual de pais que desejamos enquanto escola que atende aproximadamente 783
educandos. Ocorrendo estas mudanças positivas na participação das famílias na educação dos
seus filhos, estreitaremos relações com o sistema no qual ambos estão inseridos, conseguindo
assim, com que a instituição educativa oferta educação com qualidade.
Para a escola, ter uma boa relação com as famílias dos educandos e com o sistema no
qual está inserida, é de fundamental importância para que consiga desenvolver um trabalho de
excelência na oferta da educação, pois quando estas instâncias conseguem manter uma relação
saudável, o processo ensino e aprendizagem dos educandos fluem de maneira positiva.
A escola tem tentado através de iniciativas como palestras, projeto (Família/Escola),
exposições de trabalhos, festas em comemoração ao dia das mães, em comemoração ao dia
dos pais, reuniões mensais, fazer uma aproximação com as famílias dos educandos, que na
medida do possível comparecem nos eventos citados.

8- PLANEJAMENTO FINANCEIRO

COMO SE APLICAM OS RECURSOS QUE A ESCOLA RECEBE?

De 2015 a 2019 a EMEIF Santa Terezinha não recebeu recursos referentes aos
programas: O PDDE (programa dinheiro direto na escola) e por isso, atualmente a escola é
mantida financeiramente com ajuda voluntaria, de funcionários, de alguns eventos (festival do
chocolate, festa junina, bazar, e saraus literários e parcerias (empresários).
25

COMO SE PLANEJA OS RECURSOS?

Os recursos para serem gastos são discutidos através de reuniões democráticas com a
representação das categorias do Conselho Escolar, direção e comunidade escolar.

QUAL O IMPACTO NA APRENDIZAGEM ESCOLAR DOS ALUNOS?

Não havendo esses repasses de recursos, dificultou o trabalho pedagógico para a


melhoria da aprendizagem dos nossos discentes.

INSTITUIÇÕES AUXILIARES A ESCOLA: CONSELHO ESCOLAR

Podemos pensar na educação como o principal pilar em que se apoia o grau de


desenvolvimento social de uma nação. Não se pode negar que a gestão democrático-
participativa é altamente necessária para que a escola tenha condições mínimas de responder
aos anseios da sociedade, na formação do indivíduo para o trabalho e para a vida. Uma das
instâncias de vivência democrática na escola e na comunidade é o Conselho Escolar.
O Conselho monitora dirigentes escolares, assegurando a qualidade do ensino. Pode
estabelecer metas, planos educacionais, o calendário escolar e aprovar o Projeto Pedagógico
da escola. Também cuida da situação financeira da escola, definindo planos de aplicação de
recursos e normas para a prestação de contas.
Apesar de possuírem essas linhas gerais, suas funções variam: os Estados são os
responsáveis por estabelecer as atribuições gerais dos Conselhos, mas, nem todas as unidades
da federação têm legislação sobre o assunto: pais, representantes de alunos, professores,
funcionários, membros da comunidade e diretores da escola.
A forma de escolha e o número de membros variam de escola para escola. Como são
autônomas, as instituições devem estabelecer suas próprias regras de eleição e o tamanho dos
mandatos, dentro do previsto na legislação estadual.
Na maioria dos Estados com regras, os mandatos são fixados entre um e dois anos. Os
representantes são eleitos por suas próprias categorias e o diretor é um membro nato do
Conselho.
O MEC sugere reuniões mensais dos Conselhos. Além dessas reuniões, também são
importantes as assembleias-gerais, que contam com a participação de todos da comunidade
escolar e não somente dos membros eleitos.
26

A atitude de formar um Conselho pode partir dos educadores, dos alunos ou da


comunidade ligada à escola. Pode haver legislação municipal ou estadual que estabelece
regras para a criação dos Conselhos. Por isso, é importante procurar a orientação da Secretaria
de Educação da sua cidade ou Estado.
O MEC ajuda diretamente as escolas por meio do Programa Nacional de
Fortalecimento dos Conselhos Escolares da Secretaria de Educação Básica. No site oficial do
programa, há 13 cadernos e materiais disponíveis para download. Voltados para diversos
aspectos da formação dos Conselhos, eles explicam as diferentes possibilidades para o
funcionamento e as diversas áreas de atuação deles.
Pais, com vontade de participar do Conselho devem procurar a direção da escola para
se informar sobre as regras e o período para a eleição dos seus membros. Os Conselhos
também costumam fazer reuniões abertas para aqueles que desejam se envolver sem participar
das eleições.
Como cada escola tem suas particularidades, a primeira iniciativa para o
funcionamento do Conselho é a elaboração de um regimento interno e de um regimento
escolar que atenda às necessidades da comunidade e dos educadores locais.
O regimento interno tratará da organização do Conselho. Ele determina a forma como
são eleitos os membros, as suas atribuições e a regularidade das reuniões. No regimento
escolar, estão às normas que regem a escola como um todo. Eles podem ser redigidos na
assembleia-geral, onde todos os membros da comunidade podem ser ouvidos e votar.
Desde o ano de 2016, o conselho escolar da E.M.E.I.F. Santa Terezinha estava
inoperante, somente no final do segundo semestre do ano de 2019, o Conselho Escolar
recebeu recursos e a equipe realizou os planejamentos iniciais.

GRÊMIO ESTUDANTIL

Grêmio estudantil é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse
dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. O grêmio
é o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Atuando nele, você defende
seus direitos e interesses e aprende ética e cidadania na prática. Ele permite que os alunos
discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente
escolar como na comunidade. O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem,
cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
27

O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola. Ele


permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação, tanto no
próprio ambiente escolar como na comunidade. Também um importante espaço de
aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
É importante deixar claro que um de seus principais objetivos é contribuir para
aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua instituição de ensino, organizando
campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e
participem – junto com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores – da
programação e da construção das regras e normas, dentro da instituição de ensino, o grêmio
também tem a função de expor as ideias e opiniões dos alunos dentro da administração da
instituição de ensino.

9- CONCEPÇÕES PPP: CONCEPÇÃO DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Em cinco séculos de história, a experiência de africanos e de seus descendentes foi


sendo consolidada nos mais diversos aspectos da sociedade brasileira. Genericamente, a
alusão à influência africana na cultura brasileira é sempre ressaltada como uma das mais
sólidas demonstrações do quanto seria impossível falar de cultura brasileira sem mencionar as
matrizes africanas que a compõe. Nessas situações genéricas, as alusões giram, tipicamente,
em torno da contribuição da cultura africana na música, na língua falada e escrita, na
culinária, nas festas populares celebradas desde os tempos coloniais, linguagem corporal e,
especialmente, a existência das religiões de matriz africana. Sem dúvida, essas contribuições
constituem uma sólida verdade, sendo não só citada como detalhadamente estudada há várias
gerações.
No entanto, para além dessas referências muitas outras, igualmente integrantes da
cultura nacional, receberam a influência da larga presença numérica de afrodescendente no
Brasil, como também, da experiência singular da escravidão que esse grupo experimentou por
mais de 350 anos. Se nos colocarmos minimamente distantes das áreas de influência já
consolidadas e nos colocarmos receptivos a outro conjunto de áreas (e temáticas), poderemos,
então, nos dar conta do quão extenso e profundo foi, e continua sendo, a influência da
experiência afrodescendente na sociedade brasileira – na economia, na política, nos
relacionamentos sociais e, por exemplo, nas histórias das instituições brasileiras.
28

Essa influência é marcante por distintos aspectos, na economia, por exemplo, não há
como negar o fato dos afrodescendentes terem sido, como escravos, o grupo que alavancou as
impressionantes fortunas agrárias no país e que, por consequência, as habilitou à posição de
lideranças políticas – na colônia, no império e, também, na república. Assim, e não por acaso,
compreende-se por que as situações de rebeldia e levantes da população escrava nos anos que
precederam à abolição da escravidão foram acompanhadas pelas elites agrárias grande temor.
Como problema ou como solução os escravos e os afrodescendentes foram alvo de
preocupações estratégicas da elite dirigente brasileira e não seria incorreto afirmar que as
decisões tomadas, no longo do tempo, em relação à essa parcela da população tiveram forte
impacto sobre as realizações sociais, econômicas e políticas sobre esse grupo e, também, para
o conjunto da sociedade brasileira.
É este espírito de reconhecimento, revisão e inclusão que a Lei 10.639, de 09 de
janeiro de 2003, busca empreender ao tornar “obrigatório o ensino sobre História e Cultura
Afro-brasileira” nas grades curriculares dos ciclos fundamental e médio ministrados nas redes
oficiais e públicas do país. Em detalhes, a legislação prevê que o conteúdo programático
inclua a “história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra
brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil” e a inclusão no
calendário escolar, do dia 20 de Novembro, aniversário de morte de Zumbi dos Palmares
(1695), como “Dia Nacional da Consciência Negra”. Obviamente, uma tarefa como essa não
constitui um desafio fácil de ser superado, mas indica, ao menos, um caminho de promoção
de uma parcela significativa da população brasileira, mais precisamente 45% da população –
76 milhões de pessoas (2001) – e, depois da Nigéria, o país com maior população de origem
africana no mundo.
Traduzir esse interesse no âmbito de um projeto político-pedagógico escolar, com
caráter informativo e educativo, também não constitui uma tarefa fácil, como se sabe que as
abordagens selecionadas nesse marco conceitual constituem, apenas, algumas considerações
que deveriam ser levadas em conta na sua condução e que refletem, em grande medida, o
esforço de organizações do movimento negro, ativistas e pesquisadores de várias áreas e
diversas gerações empenhadas em melhor abordar a diversidade étnica e racial que caracteriza
a sociedade brasileira.

9.1 CONCEPÇÃO DE CULTURA


29

Ruth Benedict definiu certa vez em uma de suas obras que a Cultura é “como uma
lente através do qual o homem vê o mundo”. Ao que parece, somos hoje vítimas de uma
severa e perigosa miopia.
De acordo com Geertz (1973), em sua própria definição, cultura é um padrão,
historicamente transmitido, de significados incorporados em símbolos, um sistema de
concepções herdadas, expressas em formas simbólicas, por meio das quais os homens se
comunicam, perpetuam e desenvolvem seus conhecimentos e suas atitudes acerca da vida.
Reforça-se para nós o entendimento de que a cultura é matéria fundamental e
imprescindível ao desenvolvimento humano no sentido em que ela realiza e reproduz o modo
de agir e pensar dos indivíduos e das sociedades.
Assim, a cultura popular local, por ser oriunda das relações profundas entre a
comunidade do lugar e o seu meio (natural e social), retrataria uma espécie de simbiose entre
o homem e seu entorno, implicando num tipo de consciência e de materialidade social que
evidencia o grau de afeição ou apego dos indivíduos em relação ao lugar onde habitam. A
cultura erudita de um lugar – tida como de caráter mais global - ao incorporar elementos da
cultura popular define o grau de autoestima de um povo na medida em que este reduz sua
necessidade de importação de cultura “estrangeira” em benefício do estabelecimento, também
por parte da classe dominante, de uma relação de afetividade com seu lugar de origem e com
a multiplicidade de suas gentes e manifestações.
A nosso ver, definir uma fronteira entre cultura popular e erudita seria algo sem
propósito em relação à temática trabalhada na medida em que queremos crer que é justamente
na supressão ou, ao menos, na redução de tais diferenças que repousam os primeiros passos
para o tão almejado caminho do desenvolvimento de nosso município.
No caso da cidade de Cametá, o reconhecimento e valorização de nossa cultura e
identidade própria – de natureza popular/erudita - são vitais para nossa própria sobrevivência
enquanto sociedade. Não se quer aqui postular uma política educativa/cultural de caráter
etnocêntrica que anule – como se isso fosse possível e (ou) viável – elementos externos em
benefício somente daquilo que nos é mais peculiar, sob o risco de propalarmos em nosso meio
o germe do racismo e da intolerância. No entanto, não podemos continuar a assistir passivos
ao desenrolar de uma situação que caminha para nos afastar de nós mesmos, subvertendo
aquilo que outrora diferenciava o “nós” dos “outros”.
Este momento de “estranhamento” que há poucas décadas atrás permeava nosso
contato com povos de culturas diferentes, hoje faz parte do cotidiano de nossas escolas, em
especial na zona urbana de Cametá e dos demais municípios da Amazônia Tocantina. No
30

entanto, longe de ter sido invadida por levas de migrantes como facilmente se observa em
outras regiões do Pará, a Amazônia Tocantina teve em suas malhas urbanas um processo de
inchaço ou favelização resultante das levas de ribeirinhos expulsos pelos impactos ambientais
resultantes da implantação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí - UHE. Escassez de peixes,
contaminação das águas, progressivo açoriamento dos rios, doenças e males alimentados
também por décadas de (des)governos oligárquicos que pouco se preocuparam – ou se
preocupam - em gerar e gerir políticas públicas em quantidade e qualidade suficientes para
atender minimamente estas populações.
Surge e se enraíza de forma progressiva e acentuada na Amazônia Tocantina uma
clara dicotomia Campo X Cidade. Embora sejam “parentes” ou filhos da mesma aldeia,
nossos jovens são um reflexo triste de uma supervalorização dos saberes e fazeres urbanos em
detrimento da cultura ribeirinha, rural, rotulada como defasada e inútil para a tarefa de nos
encaminhar para o “futuro” como se este fosse um ente já posto, alheio as nossas ações e
anseios.
Nessa lógica, as culturas ribeirinhas, caboclas, campesinas e urbanas deixam de se
amalgamar gerando o que outrora entendíamos como sendo nossa identidade local. Ao
contrário, nos espaços sociais – e as escolas são lócus privilegiados para tais observações – os
indivíduos e suas práticas culturais são cotidianamente avaliados, incorporados ou apartados
do meio que os cerca num clima de tensão constante. Longe de serem estudadas, debatidas e
entendidas como práxis resultantes de realidades diferentes, as práticas culturais dos
indivíduos são classificadas como mais ou menos adequadas, isto na melhor das hipóteses. Na
maioria dos casos o que se observa são atitudes xenófobas frente ao “outro”.
O que nos causa grande estranhamento e nos oprime sobremaneira é perceber que,
para grande maioria de nossos jovens, em especial, a figura do “outro”, longe de obedecer a
quesitos de distanciamento geográfico, não é a do “estrangeiro”, do que vem de longe, mas,
incrivelmente, o “outro” é aquele que simplesmente ousou atravessar os nossos rios ou sair do
seio da floresta para se inserir na malha urbana na busca de melhores condições de
(sobre)vivência. Tal fato se assenta firmemente na nova lógica capitalista que postula o
“ponto” de referência do indivíduo moderno como não sendo mais o “grupo” e sim a
humanidade. Mas, será que todos os indivíduos recebem de maneira justa e igualitária os
mecanismos que lhes possibilitem transitar nesta aldeia global? Não é preciso buscar longe tal
resposta para se afirmar que as coisas estão muito distantes desta realidade igualitária e se faz
oportuno ainda questionar e refletir: Que ideia de humanidade é esta defendida pela égide do
capital?
31

De certo que num mundo marcado de exploração do homem pelo homem, onde
milhões padecem de fome, sede e de inúmeras outras mazelas sociais, é fácil perceber que no
seio do neoliberalismo o conceito de humanidade não alcança a todos. O que fazer diante de
tal realidade?
Já que o processo de globalização se apresenta como fenômeno irrefreável, é preciso
que dele façamos parte assumindo nosso papel enquanto promotores do nosso próprio
desenvolvimento. A grande diferença, para municípios que tomaram as rédeas do próprio
desenvolvimento, é que em vez de serem objetos passivos do processo de globalização,
passaram a direcionar a sua inserção segundo os seus interesses. Queremos crer que a
promoção do desenvolvimento local não significa o estabelecimento de uma oposição frente
aos processos mais amplos, inclusive planetários: significa, no entanto, utilizar nossas
diversas dimensões territoriais segundo os interesses da comunidade, do coletivo.

9.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM

Depreende-se que o século XIX e XX foi marcado por profundas transformações na


sociedade e, o ser humano se vê diante de vários caminhos e precisa fazer as escolhas. Assim,
a noção de homem se torna técnica, mas também banal. Pode-se dizer, que o renascimento
valorizava as habilidades humanas e a vida do homem; porém, é a Antropologia filosófica que
investiga a estrutura essencial do homem. Tanto é que este ocupa o centro de especulações
filosóficas, sendo que tudo se deduz a partir dele e tudo dele se tornam acessíveis às
realidades que transcendem nos modos de existir relacionados com essas realidades.
O homem como um ser sociável é capaz de se adaptar ou transformar o meio onde
vive “torna-se para si mesmo o tema de toda a especulação filosófica: interessa estudar o
homem e estudar tudo o mais apenas em relação a ele”. Assim, o homem como conhecedor de
técnicas e possuidor de conhecimento, garante um passo significativo, pois, atua e interfere na
sociedade e suas esferas. Dessa forma, a antropologia filosófica “estuda, também o caráter
bio-psicológico do homem, faz com suas disposições bioquímicas dentro do seu ambiente
biológico que possam diferenciá-lo de outros animais”.
Pode-se dizer que o filósofo Max Sheler que estuda as questões relativas à natureza
da história e o seu sentido emergem da reflexão referente à conduta humana ao seu valor
moral à essência do espírito nessa relação ao conhecimento e as formas do saber, assim como,
às relações do homem com Deus. O homem é um ser multi-dimensionado, que tem uma
dimensão social uma dimensão cultural e uma dimensão religiosa.
32

Nesse sentido, a escola se fundamenta na concepção de homem como ser livre,


comprometido com a construção do seu conhecimento, atuante e consciente do seu papel na
sociedade. Segundo Deheinzelin (1994) “Conhecendo o mundo, os homens o modificam, ao
mesmo tempo em que são modificados por ele, ou seja, sujeito e objeto de conhecimento se
constituem mutuamente”.
Portanto “somente a partir do homem enquanto sujeito de atos que se torna acessível
a verdadeira natureza do princípio de todas as coisas”.

9.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO FISCAL

Devido a vários fatores que influenciam na sociedade atual como: desenvolvimento


tecnológico, o acesso sistematizado ao conhecimento, a aceleração econômica, a globalização,
etc. passou a ser exigida da escola uma formação que abranja a integridade. Com base,
fundamentalmente, a formação para a cidadania é o suporte básico e educacional que forma
cidadãos conscientes esclarecidos e críticos, processo no qual os formados encontram-se
como sujeitos históricos, participativos obtendo clareza dos seus direitos e deveres.
A educação fiscal norteia o trabalho pedagógico para uma formação completa. Neste
sentido, a educação fiscal tem a conotação de completude na formação cidadã, dando a escola
subsídios de transparência no que ela é composta e a importância destas informações aos
alunos sobre funcionamento orçamentário o que se arrecada como receita sobre gestão
pública, recursos utilizados e a utilizar e como estar acompanhado este processo tributário de
forma compreensiva.
Uma formação completa e ou plena em proposição é que nela se insira a educação
fiscal, porém, com iniciativas de favorecimento no aluno de que ele tenha interesse e
consciência que deve estar envolvido dentro desta temática, de uma forma a absorver temas e
saber discernir situações e adentrar nesta questão sem ser absorvido, ou seja, sem ser
manipulado, sentindo-se sujeito cooperador e construtor deste processo de ideias e valores.
Entende-se que uma formação integral, inclua o setor tributário como parte
integrante da educação, sendo um trabalho no interior da escola como um fator primordial, a
fim de informar os mecanismos de constituição do estado, ao mesmo tempo em que torna o
cidadão ciente da importância da sua contribuição, fazendo com que o processo tributário, o
pagamento tributário seja entendido de forma clara e visto como um instrumento para o bem
comum.
33

Portanto, a concepção pedagógica que permeia todo o trabalho em torno da educação


fiscal, volta-se para o princípio básico de desenvolver hábitos, atitudes e valores, deixando de
ter como eixo central o aumento da arrecadação, passando a enfocar o interesse social de
formação permanente do cidadão. Assim, remonta-se ao princípio definido pelo educador
Paulo Freire que diz: “se é verdade que a educação não pode fazer sozinha a transformação
social, também é verdade que a transformação não se efetivará e não se consolidará sem a
educação”.

9.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

No dicionário da Língua Portuguesa educação significa: ato ou processo de educar


(se), qualquer estágio desse processo, aplicação de métodos próprios para assegurar a
formação e o desenvolvimento, físico, intelectual e moral de um ser humano (pedagogia,
didática e ensino). Conhecimento e desenvolvimento resultante desse processo: preparo.
Desenvolvimento metódico de uma faculdade, de um sentido, de um órgão. Conhecimento e
observação dos costumes da vida social, civilidade, delicadeza, polidez e cortesia.
Então, educação é um ato de aprendizagem formal e informal, que acontece de
maneira didática e espontânea levando o indivíduo a uma percepção de memória e dos
sentidos.
Etimologicamente, educação vem do latim educatonis que é “ação de criar, de nutrir,
cultura ou cultivo” de algo que traduz delicadeza ou sapiência. Para o professor Paulo Freire
(1983) “a educação é uma área de interface com outras ciências”.
A educação é campo fértil cheio de modelos, exemplos, normas e padrões, que
revelam uma grande riqueza de orientações, teorias e práticas. Seria um erro dizer que existe
apenas uma educação, sabemos que são diversas e que seguem paradigmas diferentes.
Poderíamos dizer que isso enfraquece o campo educacional, o que o torna mais
frágil. Essa, porém, não é uma fraqueza da educação, segundo Paulo Freire “é a demonstração
de sua vitalidade”. Com isso, podemos entender o que pode de fato enfraquecê-la: a existência
de normas ou padrões impostos ou inclusos pela sociedade.
Um dos vários desafios que a educação enfrenta nos dias atuais são justamente as
integrações de diferentes paradigmas teóricos, sabe-se que além de existir inúmeras maneiras
de se educar, existem outras diversas de se aprender.
34

Cada teórico enfatiza determinadas maneiras da educação, todos esses pensamentos


são estudados, analisados e comparados com o dia a dia, em busca de cada vez mais ampliar
esse campo educacional que nos cerca.
Como podemos definir as grandes inovações de pesquisas educativas que estão cada
vez mais nos surpreendendo com suas novas ou atuais fórmulas de lidar com a educação,
vimos, desse modo, uma das grandes vantagens dessa concepção. O que nos alegra, satisfaz e
enaltece é saber que é crescente o interesse pela educação, tanto por parte da teoria, ética e
política, quanto da prática educativa, tal interesse surge em respostas às exigências de
contribuir para uma das áreas da educação que é a formação cidadã.
Contudo, a concepção de educação é vista e entendida num sentido amplo, não
podendo se restringir à aprendizagem de determinados valores, pois o cidadão necessita de
todo o conjunto de saberes e competências que lhe é permitido.

9.5 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A escola é considerada por todos, como um espaço e lugar privilegiado de ensino-


aprendizagem. Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos professores e
demais profissionais da educação, especialmente, no momento da elaboração do Projeto
Político Pedagógico da escola: De que forma devemos conceber o papel social da escola?
Como devemos conduzir as orientações pedagógicas e os conteúdos de ensino? Com efeito, a
escola tem um papel importante na evolução do processo de aprendizagem de cada cidadão
que consegue passar por uma instituição educativa, cuja função é orientar e preparar
socialmente.
A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter
social, político e econômico. Essas transformações se originam nos pressupostos que vêm
sendo direcionados aos modos de vida. Os modos de vida estão sendo vivenciados pela
escola. São variantes de diversos matizes, que se multiplicam a cada dia. Observamos
situações espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos
também, situações lastimáveis, como se as pessoas estivessem perdendo o senso da
aprendizagem do bem-viver, de relacionar-se, de aprender, de querer e de respeitar-se. Este é
o ponto das discussões, encontros, leituras e reformas no cotidiano da escola. Sempre
buscando considerar que a escola tem papel social expressivo na construção e reconstrução
daqueles que fazem parte de suas vidas sendo orientados e preparados por ela.
35

Portanto, devemos inferir que a educação de qualidade é aquela mediante a qual a


escola promove, para todos os domínios dos conhecimentos e o desenvolvimento de
capacidades cognitivas e afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais e
sociais dos alunos.

9.6 CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO

O termo avaliação vem do latim valore e refere-se ao ato ou efeito de determinar a


qualidade ou valor de algo.
Nos dias atuais, os teóricos em avaliação criticam os processos que visam apenas à
obtenção de resultados finais sobre o desempenho do aluno, dentro de uma análise sem
significação, com uma periodicidade pré-estabelecida, mantendo a concepção classificatória
numa lógica de procedimentos absurdos, que fogem da evolução analítica e desempenho do
aluno dentro de uma análise sem significação com uma periodicidade preestabelecida,
mantendo a concepção classificatória numa lógica de procedimentos absurdos que fogem a
evolução analítica e descritiva do desempenho global do aluno e acreditam na avaliação
contínua e cumulativa onde o qualitativo prevalece sobre o quantitativo, legitimando a
qualidade do ensino.
Avaliação da aprendizagem na escola tem dois objetivos: auxiliar o educando no seu
desenvolvimento pessoal, a partir do processo do ensino-aprendizagem e responder a
sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado.
A avaliação diagnóstica inicial é realizada no começo do processo e tem por objetivo
coletar informações sobre o conhecimento prévio do aluno.
A avaliação formativa é realizada ao longo do processo de ensino-aprendizagem e
corresponde a uma concepção de ensino que considera que aprender é um longo processo por
meio do qual o aluno vai reestruturando seu conhecimento a partir das atividades que executa.
Logo, possibilita que o professor acompanhe o desenvolvimento do aluno por meio
de aproximações sucessivas. A Avaliação somativa enfatiza os resultados obtidos no final do
processo a fim de verificar se os objetivos foram (ou não) alcançados pelos alunos.
Segundo Demo (2002), a avaliação tem por objetivo acompanhar a aprendizagem do
aluno, os resultados devem oferecer diagnósticos mais concretos que permitam intervenções
alternativas e pertinentes.
36

Para Vasconcelos (1998), a avaliação processual resgata o sentido da avaliação no


processo educativo entendendo que esta pode ser realizada com base na produção cotidiana
dos alunos e não em momentos especiais como o dia de prova.
Portanto, do ponto de vista crítico, a avaliação não pode ser instrumento de exclusão
dos alunos menos favorecidos quando não se leva em consideração as particularidades dos
educandos.

9.7 CONCEPÇÕES DE TRABALHO: A ESSÊNCIA HUMANA

O trabalho é uma ação educacional, que tem uma finalidade, um objetivo a atingir,
ou seja o trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas para Saviani (2008, p. 11):

o que diferencia o homem dos outros animais é o trabalho. E o trabalho instaura-se a


partir do momento em que seu agente antecipa mentalmente a finalidade da ação.
Consequentemente, o trabalho não é qualquer tipo de atividade, mas uma ação
adequada a finalidades. E, pois, uma ação inicial”.

Somente o homem possui a capacidade de antecipar sua ação na mente, os animais


não disponibilizam dessa habilidade. Por isso, que se o trabalho proporciona a condição e a
existência humana, sem trabalho o homem não seria homem.
Quando se diz que o trabalho possibilita a existência humana está se referindo que
pelo trabalho o homem aprende, contrai, desenvolve suas condições de vida, em outras
palavras pelo trabalho o homem se educa. Como destaca Saviani (2008, p.12) “dizer, pois,
que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar ela é, ao mesmo
tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo
de trabalho”.
Fica explicito então, que o trabalho e educação são dois elementos indissociáveis, ou
seja, ao mesmo tempo em que o homem trabalha, educa-se por entender que a educação é um
processo de trabalho.

9.8 CONCEPÇÕES DE INCLUSÃO

A história segregativa no mundo e no Brasil atua, hoje, como influenciadora da


postura social que temos. As práticas preconceituosas de nossa sociedade refletem esta
história massacrante e limitante da pessoa com deficiência. “A ideia de que poderiam ser
37

ajudadas em ambientes segregados, alijados do resto da sociedade, fortaleceu os estigmas


sociais e a rejeição” (STAINBACK, 1999, p. 43).
A partir das conferências de Jontiem (1990) e de Salamanca (1994) surge a ideia da
Inclusão Escolar, que veio para romper o paradigma existente, a estrutura curricular fechada e
a homogeneidade na escola. Depois de tanto tempo de isolamento e segregação, as pessoas
com deficiência foram reconhecidas como cidadãos e passaram a ser mais aceitas na
sociedade e na escola regular.
No entanto, conforme Mittler (2003) a inclusão no campo educacional envolve um
processo de reforma e reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar
que todos os alunos possam ter acesso a toda a gama de oportunidades educacionais e sociais
oferecidas pela escola. Sendo assim, ensinar passa a significar também maior
comprometimento com o outro e a inclusão escolar desafia uma mudança de atitude desse
outro, esse que não é mais um indivíduo qualquer, mas alguém essencial para a sociedade que
queremos construir.
Preparar-nos e preparar nossos alunos para a convivência harmoniosa e respeitosa
uns com os outros é importante papel da escola inclusiva. Nesse sentido, a inclusão pressupõe
mudança de velhas práticas. Mudança supõe novas formas de pensar e, ao mesmo tempo, de
organizar a realidade, uma vez que a inclusão é resultado de um processo de acumulação de
necessidades históricas.
E a escola obviamente não poderia ficar ignorando estas evoluções e anulando as
diferenças existentes dentro dela. Então, a escola inclusiva parte do pressuposto que todas as
crianças, jovens e adultos podem aprender e fazer parte da vida escolar e social. A diversidade
é valorizada, acreditando que as diferenças fortalecem a turma e oferecem a todos os
indivíduos envolvidos maiores oportunidades para aprendizagem.
A escola que deseja seguir os princípios da Inclusão deve basear-se:
 Na aceitação das diferenças individuais como atributo e não como obstáculo;
 Na educação como direito de todos, ou seja, o direito de pertencer;
 No convívio social, todos crescem nessa relação;
 Na cidadania engloba os direitos religiosos, civis, econômicos, culturais e sociais.
Em síntese, podemos dizer que uma escola aberta a todos, que estimula a
participação de cada um e apreciam as diferentes experiências humanas, reconhecendo o
potencial de todo cidadão, é denominado escola Inclusiva.

9.9 CONCEPÇÕES DE IMPACTO AMBIENTAL


38

Em virtude do agravamento das problemáticas ambientais que inferem diretamente


na vida dos indivíduos no planeta terra, ocasionadas há longo tempo pela relação de
exploração do homem sobre os ecossistemas naturais e as degradações socioambientais que o
modo de produção da sociedade capitalista impõe ao mundo, se constituem uma das atuais
preocupações a nível local e global.
A insustentabilidade social e ambiental da sociedade contemporânea tem
intensificado a organização da sociedade civil e entidades governamentais e não
governamentais em prol do meio ambiente e qualidade de vida e do desenvolvimento
sustentável, isto tem emanado um repensar urgente da relação do homem – natureza –
sociedade. Nesse contexto que emerge a necessidade da aplicabilidade de novas ações
educativas numa perspectiva de educação ambiental, que vislumbra o redimensionamento das
relações que a sociedade vem tendo com a natureza.
É tão somente pelas práticas de educação ambiental, principalmente no contexto
escolar e numa perspectiva interdisciplinar, que a consciência ambiental poderá ser construída
por meio do processo educativo de ação – reflexão – ação das relações entre os sujeitos
sociais e destes com seu meio.

[...] educação ambiental assume a posição de promover conhecimentos dos


problemas ligados ao ambiente, vinculando-os a uma visão global; preconiza
também a ação educativa permanente, através da qual a comunidade toma
consciência de sua realidade global, do tipo de relação que o homem mantém entre
si e com a natureza, dos problemas derivado destas relações e suas causas profundas
(LIMA, 1984 apud. ARAUJO, p.18, 2004).

Na perspectiva de formar cidadãos conscientes, críticos e participativos para atuarem


na sociedade com responsabilidade socioambiental que a escola por meio de ações
pedagógicas assume a responsabilidade de viabilizar uma práxis educativa que possibilite o
processo ensino aprendizagem seja

processo pelo meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,


conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de vida e
sua sustentabilidade (lei nº 9.795/99, art. 4º apud PEAM, p.23, 2010).

Concebe-se assim, que o papel da escola e do educador é viabilizar uma educação


crítica e participativa a partir da abertura de um espaço pedagógico de efetivação da formação
cidadã sob perspectivas éticas e ambientais com o objetivo de capacitar os sujeitos aprendizes
a lidarem com os problemas socioambientais urgentes na sociedade, pelo repensar da relação
39

que se estabelecem com seu meio social e ambiental vislumbrando uma vivência mais
responsável e solidária na comunidade onde vivem.

9.10 CONCEPÇÕES DE SOCIEDADE

Em Sociologia, uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos,


gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A
sociedade é objeto de estudo comum entre as ciências sociais, especialmente a Sociologia, a
História, a Antropologia e a Geografia. Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam
um sistema semiaberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos
pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas.
Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-
se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.
A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com
outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de
sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de
sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútua sobre um
objetivo comum. Como tal, sociedade é muitas vezes usado como sinônimo para o coletivo de
cidadãos de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar cívico.
O conceito de sociedade civil para Gramsci “é o conjunto das instituições privadas de
hegemonia, os quais difundem ou criticam a ideologia dominante: jornais, TVs, rádios,
editoras, teatros, cinemas, escolas, igrejas, partidos, sindicatos”. Assim, o conceito de
sociedade civil muitas vezes, refere-se não a um tipo específico de instituição, mas ao
conjunto de iniciativas que surgem como repressão da participação do cidadão. A sociedade
civil é um conceito muito amplo, que inclui desde o indivíduo até os partidos políticos.
Estaríamos, portanto diante de um conceito que engloba boa parte do que entendemos por
sociedade.
A maioria dos estudiosos dos problemas educacionais que seguem a orientação
marxista tem afirmado que à escola está reservada a função de reproduzir desigualdades
sociais, na medida em que contribuiu para a reprodução da ideologia das classes dominantes e
mesmo para reprodução das próprias classes sociais, incluindo códigos, símbolos e valores
das classes dominantes.
Alguns chegam a admitir que a escola seja imprescindível para a reprodução do
sistema capitalista. Entretanto, para Gramsci a escola pode ser de certa forma transformadora
40

sempre que possa proporcionar às classes subalternas os meios para uma conscientização e
luta, para que se organizem e tornem-se capazes de governar aqueles que os governam.
Compreender o papel que a escola assume numa sociedade capitalista implica
compreender o sentido Gramsciano de sociedade civil.
Gramsci parte do conceito civil para demonstrar que a classe dominante não mantém
o poder apenas mediante coesão, mas também, por intermédio do consentimento (hegemonia).
Nesse sentido, difunde-se e conservar-se uma concepção de mundo que atende aos interesses
das classes proprietárias, da classe econômica.
Nesse sentido, vale perguntar. Que tipo de sociedade nós queremos? Buscamos uma
sociedade cujos critérios centrais de decisão sejam a dignidade humana e o respeito à
natureza, e não mais o lucro e o enriquecimento pessoal. Não podemos mais aceitar um
sistema suicida que está em confronto permanente com a mãe natureza e com o ser humano,
provocando poluição e miséria pelo mundo todo.
Queremos uma sociedade onde a justiça prevaleça, onde todos tenham seus direitos e
especificidades respeitados.

9.11 CONCEPÇÕES DE MUNDO

Em filosofia, “o mundo é tudo aquilo que constitui a realidade”. Embora, esclarecer


o conceito de mundo não seja uma tarefa fácil, e tenha sempre sido considerada uma das
tarefas básicas da filosofia, esse tema é levantado explicitamente no século XX e desde então
tem sido alvo de frequentes debates. Em 1920, surgem duas definições de mundo: “o mundo é
tal aquilo que é o acaso” (Ludhig Wittgenstein), esta definição serviu de base para o
positivismo lógico, para o qual, existe um mundo consistindo da totalidade de fatos,
independentemente das interpretações que os indivíduos possam fazer deles. Outra definição é
a de que “o mundo é aquele no qual fomos ‘lançados’ ao acaso e com o qual enquanto seres –
no - mundo devemos chegar a um acordo”.
Há várias definições de mundo, e Gramsci partiu de uma concepção de homem como
síntese e história de suas relações. Relações orgânicas entre homem x natureza, homem x
homem, tendo a categoria marxista de Trabalho como categoria central de sua teoria.
Acreditava que toda a manifestação intelectual continha uma concepção de mundo. Esta
concepção de mundo ou filosofia é elaborada, num primeiro momento, de forma acrítica,
inconscientemente, parte da visão de mundo imposta pelo ambiente exterior. Num segundo
momento, o homem critica sua concepção de mundo e, ao participar ativa e conscientemente
41

da produção histórica, reconstrói esta concepção de mundo de forma "unitária e coerente".


Este movimento se dá de forma individual, "a filosofia da parte precede a filosofia do todo",
como opção consciente e pessoal (Gramsci, 1974 p.27).
Para que seja criada uma cultura de pensamento contra hegemônico é necessária a
direção intelectual que promoverá a união entre as várias concepções de mundo que fará com
que a massa de homens pense unitária e coerentemente. Gramsci enfoca aqui a importância
dos intelectuais na construção da hegemonia, em especial dos intelectuais orgânicos, oriundos
da própria massa que possuem as melhores possibilidades de fazer esta mediação.
Gramsci reforça os termos "unitário e coerente”, dando ênfase na construção de uma
hegemonia de pensamento. Toda a concepção de mundo (filosofia) elaborada desta forma se
traduz em ação. A hegemonia gramsciana parte da conscientização em procedimentos
orientados para a construção do consenso. Consenso construído em cima do presente e do real
de forma crítica e coerente.
Gramsci projetou sua teoria para que, o homem individual com sua linguagem,
concepção de mundo e relações sociais, pudesse com seus semelhantes construir, de forma
consciente e crítica, através do crescimento, um mundo mais humano.
O mundo se apresenta numa experiência de riquezas e complexidades, mas numa
totalidade de coisas, de processos. É uma realidade cheia de multiplicidades e unidades, de
diferenças e semelhanças, separadas e integradas, mas que interagem de modo simples e
complexo. Mas, enfim, o que queremos do mundo é que ele seja mais humano, onde o ‘nós’
prevaleça sobre o ‘eu’, tão presente na sociedade capitalista, onde o individualismo e a
competitividade são as peças centrais. Por isso, queremos um ‘Mundo’ mais humano, porque
humanos privilegiamos esse Mundo Humano, sobre o qual projetemos nossa história, no qual
estejamos uns com os outros sempre a conversar e informar-se sobre o estado do mundo.
Nesse mundo podemos exprimir nossos pensamentos, opiniões e nossas crenças. Buscamos,
enfim, construir um mundo de paz, de harmonia e de solidariedade, um mundo onde todos
possam ser realmente irmãos.

9.12 CONCEPÇÕES DE CIÊNCIA

A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos


metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma
natureza.
42

A definição que conhecemos e estamos habituados a reconhecê-la como únicos, é


que a ciência é um conhecimento cuja finalidade consiste em descobrir as leis dos fenômenos.
A história das ciências ao contrário do que nós ingenuamente costumamos a acreditar não é
progresso, mas ideias que sofrem em sua trajetória, confirmação ou não do enunciado de suas
respostas. É necessário que a atitude científica requeira rigor e desprendimento, rigor porque
ela deve ser metódica e metodológica e desprendimento, porque sem a atitude livre de
preconceitos buscaremos transformar o objeto de estudo num mero refém de nossos conceitos
elaborados.
O que impulsiona o homem em direção à ciência é a necessidade de compreender a
cadeia de relações que se esconde por trás das aparências sensíveis dos objetos, fatos ou
fenômenos, captadas pela percepção sensorial e analisadas de forma superficial, subjetiva e
crítica pelo senso comum. O homem quer ir além dessa forma de ver a realidade
imediatamente percebida e descobrir os princípios explicativos que servem de base para a
compreensão da organização, classificação e ordenação da natureza em que estamos inseridos.

9.13 CONCEPÇÕES DE ENSINO E APRENDIZAGEM

De acordo com Weiduschat (2007), o ensinar e o aprender são ações que se


entrelaçam numa dimensão de cumplicidade entre técnicas, os conceitos o contexto e os
sujeitos implicados no processo educativo.
Assim sendo, o ensino e a aprendizagem constituem uma unidade indissociável
dividida apenas por questões gramaticais, mas na realidade não existe esta unidade
inseparável, pois, pode haver ensino sem aprendizagem como também pode haver
aprendizagem sem ensino. Logo, o processo ensino aprendizagem é antes de tudo uma troca
de conhecimentos uma interatividade entre educandos e educadores nas quais devem ser
levados em consideração os conteúdos curriculares e sua relevância sociocultural e o contexto
que se inserem o centro dos interesses educativos.
Diante do exposto, entendemos que uma escola de qualidade só será efetivada no
ambiente escolar se todos assumirem o compromisso de lutar pelos anseios e sonhos
idealizados pela educação dado na escola e, sobretudo que aqueles responsáveis, diretamente
pelo processo educativo, contribuindo para melhoramento social e consequente para as
transformações sociais que se almeja.

9.14 CONCEPÇÕES DO CONHECIMENTO (SENSO COMUM)


43

Existem várias teorias que explicam o modo como o homem chega a


conhecer/desenvolver habilidades que norteiam sua personalidade, suas capacidades, seus
valores, hábitos e crenças, ou seja, sua forma de pensar e agir no meio pelo qual está inserido.
Tal conhecimento/consciência se desenvolve a partir dos estímulos recebidos por esse
indivíduo para que o mesmo possa desenvolver suas potencialidades.
O desenvolvimento do conhecimento como já foi frisado se dá na interação do
indivíduo com o meio onde este está inserido, através de experiências de vida que vão dando
base para o conhecimento que se torne científico.

9.15 CONCEPÇÕES DO CONHECIMENTO (CIENTÍFICO)

Essa concepção deriva basicamente do empirismo, senso comum, observações


durante a história da humanidade comparada a passagem de uma tocha onde está repassa de
um indivíduo para o outro sempre deixando um escape para se desenvolver novos
pensamentos e ações ao mundo ou sociedade.

9.16 CONCEPÇÕES DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO: CONTEXTUALIZANDO


COM O P.P.P. CIDADANIA, EDUCAÇÃO E VALORES

O Projeto Político Pedagógico da E.M.E.I.F. Santa Terezinha tendo em vista aos


alunos que se inserem no espaço de risco, considera-se de suma importância desenvolver
resultados e ações que busquem mudanças na realidade local como: Trabalhar temas
transversais – sexualidade (gravidez na adolescência e pedofilia); Ações sociais (participação
no centro comunitário para desenvolver no seu bairro) e assim ficar responsável pelo seu
espaço, deixando lições para futuras gerações; Resgate de valores (Palestras de relações
humanas: ética, companheirismo, solidariedade, respeito pelo outro e pela vida, servindo
como ação bastante eficaz para amenizar a violência no município de Cametá).
É necessário primeiramente que eles tomem consciência de seu papel como cidadão
tanto na escola quanto fora dela. E a escola por sua vez é o segundo lar desse aluno, visando
possibilitar o desenvolvimento de inúmeras experiências e, este profissional é primordial
neste processo de (re)construção de saberes e vivências culturais.
44

10- AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA

A avaliação pedagógica de uma escola se apresenta como um fator complexo e


permanente, que envolve todos os agentes da escola, assim como os resultados apresentados
por ela: os resultados apresentados, no nível de desenvolvimento dos alunos, estão
diretamente relacionados a vários fatores internos e externos a escola, que tendem a ser
contemplados pelos projetos pedagógicos aplicados nela e desenvolvidos através das
demandas pedagógicas e sociais que acabam interferindo diretamente no desenvolvimento das
habilidades do educando.
Nos últimos anos a EMEIF Santa Terezinha vem desenvolvendo muitos projetos
relacionados ao desenvolvimento humano e social, tendo como objetivo: minimizar
problemas como a violência (física e moral), o baixo desempenho dos alunos, a evasão, entre
outros; esses projetos abordam questões como: valores familiares, valores morais, cidadania,
direitos e deveres, drogas, gravidez na adolescência, violência doméstica, prostituição;
também contamos com projetos governamentais tais como: Mais Educação, Pacto pela
Educação na Idade Certa, PROERD (Programa Educacional de Resistencia às Drogas e à
Violência) e Novo Mais Educação.
O trabalho pedagógico de uma escola que se constitui como parte essencial no
desenvolvimento das atividades escolares, tem como objetivo principal identificar, elaborar,
programar e avaliar projetos que resolvam ou facilite a resolução de problemas que podem
estar ligados direta ou indiretamente à escola e que venham refletir no desempenho dos
alunos.
Todo esse trabalho se reflete em sala de aula com nossos professores, é em sala que
se cria e se desenvolve meios para se implementar o que se planejou anteriormente, é através
de nossos professores que conseguimos ver além, ver a vida de nossos alunos, seus
problemas, suas famílias, suas carências e necessidades trazidas do lar, sendo assim, é através
dos olhos dos professores e das mãos da coordenação pedagógica que se desenvolve os
projetos a serem implantados na escola, sempre respeitando as particularidades trazidas da
comunidade para dentro da escola .
Contudo, os problemas também se estendem a questões internas da escola; sabe-se
que a escola funciona como organismo vivo, onde todas as partes devem se relacionar com
harmonia para que haja satisfação e êxito nos resultados esperados, que devem ser os mesmos
pra todos os envolvidos nesse processo; tivemos também problemas relacionados à lotação de
coordenação pedagógica ou lotação parcial, excesso de interferência e falta de autonomia,
45

descompromisso de alguns professores entre outros; os problemas internos estão sendo


superados, pois, sabemos que só haverá êxito se todos estiverem engajados e comprometidos
com um ideal, de forma humana e profissional.
A escola precisa e deve funcionar integrada com seus agentes, trabalhando com ética
e profissionalismo, desenvolvendo com a participação de todos os envolvidos, uma gestão
democrática e participativa que culmine em um ambiente de harmonia e satisfação que
reúnam todos os pressupostos para o livre e sadio desenvolvimento humano, que se dá não só
com os educandos, mas com todos os envolvidos nesse complexo espaço chamado escola.

11- FINALIDADES DA UNIDADE EDUCATIVA

CULTURAL POLÍTICA E SOCIAL FORMATIVA


 Possibilitar aos alunos  Promover educação de  Ampliar a relação
a participação nas qualidade (salários dignos, profissional no contexto
organizações da desenvolver boas aulas, escolar;
escola: formação de formação continuada, materiais  Conhecer melhor o
grêmios estudantis, didáticos adequados e aluno suas
lideranças nas turmas, suficientes, salas de aulas competências
participação nos equipadas com ventiladores, curriculares, seu estilo
conselhos escolares e cadeiras confortáveis para de aprendizagem, seus
nas outras decisões professores e alunos, quadros interesses;
escolares; magnéticos, portas e janelas  Adequar o processo de
 Envolver as famílias etc.); ensino aos alunos como
no processo educativo  Discutir a realidade grupos e àqueles que
da escola; educacional (conteúdo, apresentem
 Envolver no processo metodologia e avaliação); dificuldades;
educativo os saberes  Garantir a permanência dos  Desenvolver
construídos pelos alunos na unidade educativa, plenamente o educando
alunos, pais, assim como, propor preparando-o para o
46

responsáveis e os habilidades, atitudes e valores, exercício da cidadania e


profissionais da para que eles tornem-se qualificando-o para o
educação; cidadãos participativos na mercado de trabalho.
sociedade em que vivem;

HUMANISTICA JURÍDICA
 Desenvolver a consciência crítica dos  Exigir do Estado e dos Órgãos Municipais
educandos (seminários, palestras, jogos, atendimento, estrutura e profissionais
etc.); qualificados para atender alunos com
 Implantar valores humanísticos, assim necessidades especiais.
como a convivência harmoniosa, o  Exigir da comunidade escolar o
respeito à individualidade, a troca de comprometimento com os avanços
experiências e a valorização da vida de educacionais, assim como é dever e
todos os indivíduos participantes do responsabilidade dos pais, o
processo educacional, sejam eles alunos, acompanhamento educacional de seus
professores, pais, gestores, etc. filhos.

12- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA PROPOSTA ORGANIZACIONAL DA


UNIDADE EDUCATIVA: GESTÃO DEMOCRÁTICA

Compreende-se a gestão como a organização do processo de tomada de decisão,


segundo um plano ou projeto, onde todos são responsáveis e participantes nas decisões e
ações a serem realizadas. Dessa forma, a gestão representa o fortalecimento da
democratização da escola nos aspectos pedagógicos, político e administrativo.

[...] o conceito de gestão está associado ao fortalecimento da democratização do


processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões necessárias e
na efetivação mediante um compromisso coletivo com resultados educacionais cada
vez mais efetivos e significativos (LÜCK, 2006, p.1).

Gestão vem do latim ‘gestio-õnis’ que significa ato de gerir, gerência, administração,
assim, gestão é o ato de gerir e está diretamente ligada à atividade de organização a fim de
atingir seus objetivos, cumprir sua função que é a formação humana do cidadão.
47

A Gestão Democrática da educação é um dos princípios constitucionais do ensino


público e no artigo 205 da Constituição Federal de 1988 enfatiza-se o pleno desenvolvimento
da pessoa e a garantia da educação como um dever do Estado e da família e direito do cidadão
e, o artigo 206 vem reforçar o anterior estendê-lo ao setor privado de ensino com as devidas
alterações legais.
O processo de democratização, também, é garantido nos artigos 14 da LDB de 1996
confirmando os princípios da gestão democrática, definindo suas normas. Esta mesma lei
explícita dois outros princípios a serem considerados: a participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto político pedagógico da escola e a participação das
comunidades escolar e local em conselhos escolares. Ressalta-se, também, que o PNE (Lei nº
10.172/2001) estabeleceu em suas diretrizes, a “(...) gestão democrática e participativa”, a ser
concretizada pelas políticas públicas educacionais, especialmente quanto à organização e
fortalecimento de colegiados em todos os níveis da gestão educacional.
Compreende-se, assim, que a democratização, sozinha, não existe, ela depende de
mecanismos legais e institucionais, os quais são garantidos com o projeto pedagógico, e o
fortalecimento do conselho escolar, como uma forma de promover a melhoria da qualidade da
educação. Entretanto, para que isso aconteça é preciso que haja a definição de conceitos
como: autonomia da escola, descentralização, qualidade e participação. Conceitos estes
indispensáveis para o processo de construção da gestão democrática da educação. E nesse
processo, é preciso compreender que a gestão democrática não é um fim em si mesma, mas
um instrumento para a superação do autoritarismo, do individualismo e das desigualdades
socioeconômicas.
A gestão democrática da educação tem o papel de contribuir para que as instituições
escolares participem da construção de uma sociedade fundada na justiça social, na igualdade,
na democracia e na ética:

A gestão democrática da educação é hoje, um valor já consagrado no Brasil, no


mundo, embora ainda não totalmente compreendido e incorporado à prática social
global e à prática educacional brasileira e mundial. É indubitável sua importância
como recurso de participação humana e de formação para a cidadania. É indubitável
sua necessidade para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É
indubitável sua importância como fonte de humanização (FERREIRA, 2000, p.167
in FERREIRA, 2000, p.305).

Por isso, a democratização da gestão educacional é tão necessária, pois só assim,


haverá a garantia da participação das comunidades escolar e local na realização das políticas
48

públicas educacionais, não uma participação limitada, apenas, na execução, mas também na
tomada de decisões:

A esse respeito, quando uso esse termo, estou preocupado, no limite, com a
participação nas das decisões. Isto não elimina, obviamente, a participação na
execução; mas também não a tem como fim e sim como meio, quando necessário,
para a participação propriamente dita, que é a partilha do poder, a partilha na tomada
de decisões. É importante ter sempre presente este aspecto para que não se tome a
participação na execução como um fim em si mesmo, quer como sucedâneo da
participação nas decisões quer como maneira de escamotear a ausência desta última
no processo (PARO, 2008, p.16).

Nesse aspecto é importante frisar que na escola Santa Terezinha é dada a


oportunidade às comunidades escolar e local de participarem nas tomadas de decisões, mas
esta não é aproveitada como deveria, quando se constata a ausência dos representantes destas
nas reuniões mensais escolares. Percebe-se a necessidade de uma melhor compreensão do ato
de participar, os profissionais da educação, assim como pais e alunos precisam compreender a
importância de sua participação ativa nas decisões, na elaboração da proposta pedagógica e no
conselho escolar, para Ferreira (2000, p. 306) “gestão democrática, participação dos
profissionais e da comunidade escolar, elaboração do projeto pedagógico da escola,
autonomia pedagógica e administrativa são, portanto, os elementos fundamentais na
construção da gestão da escola”. E ai, se encontra um de seus desafios para construir esse
novo modelo de gestão, pois se percebe que até hoje o processo para implantar a
democratização no interior da escola encontra muitos obstáculos, afinal não é possível pensar
em democracia sem que os sujeitos adquiram consciência para exercer essa prática.

13- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA UNIDADE EDUCATIVA

13.1 MISSÃO

A E.M.E.I.F. Santa Terezinha tem como grande missão ofertar educação de


qualidade aos seus educandos, com a finalidade de proporcionar aos mesmos, qualidade de
vida através da educação.

13.2 PERSPECTIVA
49

A E.M.E.I.F. Santa Terezinha tem a perspectiva de inovar as suas ações através da


educação, proporcionando a seus educandos o desenvolvimento de suas habilidades de forma
que estes educandos possam saber articular-se na sociedade na qual está inserida.

13.3 VALORES

 Responsabilidade.
 Autonomia Coletiva.
 Respeito às diferenças.
 Discernimento.
 Solidariedade.
 Cooperação.
 Humanidade.

13.4 CURRÍCULO

A palavra currículo vem do vocábulo latino curriculum, que significa originariamente


“pista de corrida”. Podemos entender a palavra currículo como caminho, rota, itinerário,
percurso a ser percorrido, principalmente pelos alunos e professores, em sua trajetória escolar.
Esse percurso é marcado por tempo, atividades, conteúdos, relações pessoais, comportamento,
desejos, avaliações. Tudo isso tem a ver com o currículo.
Pensar o currículo de uma escola pressupõe viver seu cotidiano, que inclui, além do
que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma dinâmica das relações estabelecidas.
Partindo desse pressuposto é importante que se tenha esclarecidas as definições de
currículo, ou melhor, os termos que se podem aplicar a palavra currículo. Para Silva (2002),
“currículo é lugar, espaço, território. O currículo é reflexão de poder. O currículo é
autobiografia, nossa vida [...]. O currículo é texto, é discurso, documento de identidade”.
Assim, o currículo é algo dinâmico, cujo processo permanente de construção revela
opções metodológicas diversificadas, espaço e oportunidades ricas para troca de experiências
e saberes, construindo reflexões fundamentais para o aspecto social. O currículo é um
instrumento que deve levar em conta as diversas possibilidades de aprendizagem não só no
que concerne a seleção de metas e conteúdo, mas também na maneira como se planeja as
atividades, e como documento precisa ser revisto permanentemente.
50

No cerne do Projeto Político Pedagógico, o currículo deve ser concebido como um


instrumento de integração e, não como um rol de conteúdos isolados e desarticulados da
realidade.
O planejamento de currículo traduz-se por uma busca incessante de reunir em um
determinado conteúdo as aspirações de vida do educando. Enquanto planejamento reportar-se
à previsão e não a condição para se chegar a algum lugar.
A composição de um currículo extrapola a simples sistematização das atividades de
ensino e aprendizagem e passa a ocupar um espaço de mediação político-pedagógico entre os
anseios pessoais do educando e as regras institucionais da escola.
O currículo é um instrumento na educação que procura abstrair enquanto estratégia de
ação, o conteúdo temático para que, o educando compreenda sua vida criticamente, lhe
possibilitando a superação do desconhecido no campo do saber. Enquanto meio dinamizador,
o currículo é empregado para incluir as experiências do educando, ou seja, o mundo interno
desse individuo em desenvolvimento na procura de sua auto realização e ao mesmo tempo, na
qualidade ao trabalho e ao estímulo para o exercício consciente da cidadania.
Compreendida dessa maneira, o currículo não é da escola, mas do estudante, uma vez
que sua elaboração traduz a perspectiva dos interesses individuais e coletivos dos educandos
que se interpenetram no espaço escolar. Portanto, o currículo é por natureza uma rede de
sentidos capaz de estabelecer uma relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento de
relacionar, dialeticamente, o aprendido com o observado, a teoria com suas consequências e
aplicações práticas.
Devemos superar uma visão fragmentada do conhecimento e da realidade e
proporcionar ao aluno um conjunto articulado de saberes significativos, a partir do que ele já
sabe, para isso a importância de um planejamento coletivo e um trabalho cooperativo dos
professores, pois é exatamente isso o que significa interdisciplinaridade, sem desconsiderar a
complexidade necessária, aquela possível considerando um currículo real em ação.
O currículo escolar que a E.M.E.I.F. Santa Terezinha adota está pautado na pedagogia
de projetos interdisciplinares, que almeja a unidade dos saberes, mantendo um diálogo
permanente para a busca de uma síntese, em que educadores e educandos possam superar a
fragmentação do saber, buscando a construção de um saber ligado as práticas vividas para
obter significados aos conteúdos disciplinares dentro de um raciocínio contextualizado.

14- ESTRUTURA EDUCACIONAL


51

14.1 CURRÍCULO: A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Acreditamos que o currículo na educação infantil se manifesta concretamente através


das atividades planejadas pelos educadores e oferecidas às crianças. Por esta razão,
consideramos essencial analisar as modalidades de planejamentos presentes na educação
infantil.
No planejamento o educador expressa os objetivos de suas práticas educativas, os
métodos utilizados e a modalidade de avaliação adotada. Sendo o objetivo desta proposta
curricular o de estabelecer padrões de referência orientadores para o sistema educacional no
que se refere à organização e funcionamento das instituições de educação infantil.
É importante reafirmar que a história de construção de uma educação infantil de
qualidade no Brasil já percorreu muitos caminhos, já contou com muitos protagonistas, já
alcançou resultados significativos e já identificou obstáculos a serem superados. Aprender
com esta história e retomá-la neste momento são a tarefa que nos aguarda em mais esta etapa
de um processo dinâmico e coletivo. Para tanto, fez-se necessário obter consensos a serem
sempre vistos, revistos e renovados de forma democrática, contemplando as necessidades
sociais em constante mudança e incorporados a novos conhecimentos que estão sendo
produzidos sobre as crianças pequenas, seu desenvolvimento em instituições de ensino
infantil, seus diversos ambientes familiares e sociais e suas variadas formas de expressão.
Espera-se que esta proposta se constitua em mais de um passo na direção de transformar em
práticas reais, adotadas no cotidiano das instituições, parâmetros de qualidade que garantam o
direito das crianças de quatro a seis anos a educação infantil de qualidade.

14.1.1 CONCEITO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Educação Infantil para que? E para quem? A educação infantil tem a função de
preparar a criança para o ingresso, com sucesso, na primeira série do ensino fundamental. Por
isto é preciso desenvolver habilidades cognitivas, físico-motor, habilidades de hábitos de
higiene e artísticas.
Entretanto, a Educação Infantil não se restringe ao aspecto social e afetivo, embora
estejam para ampliar os seus conhecimentos, relacionando-se com os educadores e com outras
crianças, de diversas idades, com valores culturais e familiares diferentes dos seus, garantindo
52

assim as demais aprendizagens e a busca de sua autonomia, isto é a capacidade de construir as


suas próprias regras e meios de ação que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras
pessoas sejam elas adultas ou crianças.
Trata-se de uma organização do trabalho pedagógico em que o adulto/educador e as
crianças têm ambos os papéis ativos. Cabe ao educador pesquisar e conhecer o
desenvolvimento infantil a fim de organizar atividades onde a criança pode experimentar
situações das mais diversas, que possam lhe proporcionar.

Objetivos na Educação Infantil:

Sentir-se segura e acolhida no ambiente escolar, utilizando este novo para ampliar suas
relações sociais e afetivas, estabelecendo vínculos com as crianças e adultos ali
presentes a fim de construir imagens positivas sobre si mesmas e sobre os outros,
respeitando a diversidade e valorizando sua riqueza;
Tornar-se, cada vez mais, capaz de desenvolver as atividades nas quis se engajam de
maneira autônoma e em cooperação com outras pessoas, crianças e adultos. Desta
forma, desenvolver a capacidade de começar a coordenar pontos de vistas e
necessidades diferentes dos seus socializando-se;
Interagir-se, com seu meio ambiente (social, cultural, natural, histórico e geográfico)
de maneira independente, alerta e curiosa. Isto é, estabelecendo relações e
questionamentos sobre o meio ambiente, os conhecimentos prévios de que dispõe suas
ideias originais e as informações que recebem;
Apropriar-se dos mais diferentes tipos de linguagem, construídas pela humanidade
(oral, escrita, matemática, corporal, plástica e musical), de acordo com suas
capacidades e necessidades, utilizando-as para expressar os seus pensamentos e as
suas emoções a fim de compreender a comunicar-se com outras crianças e adultos.

14.2 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO


FUNDAMENTAL.

De acordo com a Constituição Brasileira o ensino fundamental é obrigatório e gratuito.


O art. 208 preconiza a garantia de sua oferta, inclusive para todos os que a ele não tiveram
acesso na idade própria. É básico na forma do cidadão, pois de acordo com Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional em seu art. 32, o pleno domínio da leitura, da escrita, e do
53

cálculo constitui meio para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar


no meio social e político. É prioridade oferecê-lo a toda população brasileira.
O art. 208, inciso 1º da Constituição Federal afirma: “o acesso ao ensino é obrigatório
e gratuito, é direito público e subjetivo”, e seu não oferecimento pelo poder público ou sua
oferta irregular implica responsabilidade da autoridade competente.
O ensino fundamental é a etapa inicial da educação básica no Brasil. Este foi
reformulado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996, tomando o lugar do então
chamado ensino de primeiro grau.
A duração obrigatória do Ensino Fundamental foi ampliada de oito para nove anos
pelo projeto de lei nº 3675/04, passando a abranger a classe de alfabetização (antes esta fase
era anterior a 1ª série, com matrícula obrigatória aos seis anos).
O ensino fundamental é subdividido em dois níveis, a saber: dos seis anos aos dez
anos, classe de alfabetização, indo da primeira a quinta serie, onde é caracterizado pela
alfabetização e solidificação dos conteúdos básicos; a segunda parte vai da sexta a nona série,
normalmente dos onze aos quatorze anos do aluno, se ele sempre tiver sido aprovado nas
séries anteriores.
Nessa fase de ensino, as crianças e os adolescentes são estimulados, são instigados a
aprender através de atividades lúdica, jogos, leitura, etc..., através dos vários processos
pedagógicos busca-se conduzir a criança ao conhecimento do mundo pessoal, familiar e
social.
No segundo nível os pré-adolescentes costumam ter um professor por disciplina além
de ter um horário maior de estudo.
As diretrizes norteadoras da Educação Fundamental estão contidas na constituição
federal, na Lei de |Diretrizes e bases da educação nacional e nas Diretrizes Curriculares para o
ensino fundamental.
O Ensino Fundamental deverá atingir a sua universalização, sob a responsabilidade do
Poder Público, considerando a dissociabilidade entre acesso permanência e qualidade da
educação escolar. O direito ao ensino fundamental não se refere apenas a matrícula, mas ao
ensino de qualidade até a conclusão.
Para garantir um melhor equilíbrio e desempenho dos seus alunos, faz-se necessário
ampliar o atendimento social, com projetos voltados para educação, a alimentação escolar, ao
livro didático e ao transporte escolar, reforçando o projeto político pedagógico da escola
como a própria expressão da organização educativa, surge os conselhos escolares que deverão
54

orientar-se pelo princípio democrático da participação: da comunidade, dos alunos, dos pais,
dos professores e demais trabalhadores da educação.

14.3 FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DO CURSO DE


EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

Fundamentos Legais:
A educação de jovens e adultos é objeto específico do art. 37 inciso 1º da LDB.

“Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos que não
puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais
apropriadas consideradas as características dos alunados, seus interesses, condições
de vida e de trabalho, mediante cursos e exames”.

O estabelecimento da EJA tem como finalidade a oferta de escolarização de jovens e


adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no ensino fundamental ou médio
assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses,
condições de vida e de trabalho mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou
individuais.
A EJA constitui-se de uma clientela, em sua maioria, trabalhadores, pais de família,
cuja finalidade e objetivos remetem ao compromisso com a formação humana e o acesso à
educação geral de modo que possam participar política e produtivamente das relações sociais,
com o comportamento ético e político, bem como através do desenvolvimento da autonomia
intelectual e moral. Assim, o educando tem que aprender permanentemente, refletir
criticamente, agir com responsabilidade individual e coletiva, acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais, enfrentarem problemas novos construindo soluções originais, com
agilidade e eficiência.
Sendo assim, para concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada para a formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem na Educação de Jovens e adultos seja coerente com:
a) O seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem
a emancipação e afirmação de sua identidade cultural.
b) O exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e
emancipatório com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.
55

c) Os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens e adultos e idosa-


cultura, trabalho e tempo.

A proposta curricular da EJA parte do princípio de que a construção de uma educação


básica para jovens e adultos, voltada para a cidadania, não se resolve apenas garantindo a
oferta de vagas, mas sim oferecendo ensino de qualidade ministrado por professores capazes
de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas nas diferentes áreas de conhecimento e
de estarem atentas às dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito escolar.
Além disso, é necessário definir claramente o papel da EJA e construindo a partir das
orientações dos PCN’s. Assim, baseia-se na educação para cidadania de um ser humano
integral, enquanto agente de transformação, o que inclui a socialização, a produção e a
construção de conhecimentos articulados de uma consciência crítica na criatividade, na
convivência social na cooperação, participação, na responsabilidade, na solidariedade e na
sustentabilidade.
Nesse contexto é fundamental a relação dialógica e dialética de construção do
conhecimento, cujo desenvolvimento deve estar ligado ao processo de conscientização, onde a
cultura e a linguagem são fatores primordiais desde o processo de conscientização. Os alunos
são os produtores do conhecimento que constroem, quando tomam conhecimento de sua
historicidade, refletem e agem sobre seu contexto, articulando as dimensões do conhecimento
socialmente construído pela humanidade.

14.4 SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Sobre o aproveitamento escolar verifica-se que segundo o IDEB (índice de


desenvolvimento da educação Básica) o censo escolar que fornece dados sobre promoção,
reprovação e evasão de cada estudante detectou-se que a escola tem baixo rendimento escolar.
Diante disso a escola foi contemplada pelo PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação)
com o objetivo de melhorar o ensino. Cabe à escola promover a qualidade, avaliar melhor o
desempenho do aluno. Assim, Haidt revela que “no âmbito escolar, a avaliação se realiza em
vários níveis: do processo ensino-aprendizagem, do currículo, do funcionamento de escola
com um todo”. Sobre a aprendizagem do aluno o professor “fornece indicações de como deve
planejar e orientar sua prática pedagógica no sentido de aperfeiçoá-la”.
A avaliação da aprendizagem da escola Santa Terezinha deve ser repensada, devido o
índice de reprovação, utiliza-se a avaliação contínua, qualitativa e formativa, porém, o
56

professor deve coletar uma série de dados que não se limitem apenas a prova escrita e pode
usar todos os recursos de uma boa avaliação.
Segundo Amorim “a falta, por exemplo, de bons resultados ou insucesso escolar dos
alunos deve ser uma ação dialogada debatida com todos os professores de modo que
verifiquem as metodologias, formas de avaliação, forma de apreciação do conhecimento, vida
escolar do aluno, à realidade social, verificar o currículo e os planos de ensino”. Nesse sentido
o plano deve ser revisto e avaliado sob uma proposta pedagógica que dê suporte para a
melhoria educacional, a exemplo do que a escola vem realizando com a aula de reforços onde
um professor auxilia na alfabetização das crianças com dificuldades de leitura e escrita.
Portanto, a escola tem recursos para superar as dificuldades, basta definir metas para
reverter os baixos indicadores educacionais e estabelecer planos a serem alcançados sempre
focalizando a aprendizagem do aluno. Essas metas devem constar no Projeto Político
Pedagógico para definir os rumos da educação da escola Santa Terezinha.

14.5 OBJETIVOS EDUCACIONAIS

 Ressignificar o projeto político pedagógico da EMEIF Santa Terezinha é uma forma


de identificar e definir caminhos que a comunidade busca para uma educação de
qualidade;
 Identificar as ações educativas como princípios fundamentais para o processo ensino-
aprendizagem;
 Conscientizar a comunidade educativa do quanto é interessante participar das práticas
educativas;
 Propor alternativas para melhorar os espaços educacionais;
 Valorizar e socializar os saberes formais e informais;
 Criar mecanismo para avaliar o desempenho dos alunos e da unidade escolar;
 Valorizar as culturas, criando oportunidades educacionais para o encontro de saberes
diferente;
 Envolver as famílias no processo educativo da escola;
 Envolver no processo educativo os saberes construídos pelos alunos, alunas, pais,
responsáveis e os profissionais da educação;
 Ampliar a relação profissional no contexto escolar;
57

 Promover educação de qualidade (salários dignos, desenvolver boas aulas, formação


continuada, materiais didáticos adequados e suficientes, salas de aulas equipadas com
ventiladores, cadeiras confortáveis para professores e alunos, quadros magnéticos,
portas e janelas etc.);
 Desenvolver a consciência crítica dos educandos (seminários, palestras, jogos, etc.);
 Discutir a realidade educacional (conteúdo, metodologia e avaliação);
 Possibilitar aos alunos e alunas a participação nas organizações da escola: formação de
grêmios estudantis, lideranças nas turmas, participação nos conselhos escolares e nas
outras decisões escolares;
 Direcionar os trabalhos com a finalidade de organizar e definir os papéis dentro da
instituição.

14.6 METAS

 Pautar as ações educativas no processo ensino e aprendizagem do educando, para


assim desenvolvê-lo em todas as suas habilidades;
 Conseguir atingir um maior número de pais participando das atividades propostas pela
instituição educativa;
 Melhorar os espaços no interior da instituição educacional;
 Melhorar as relações de trabalho na instituição;
 Alcançar uma discussão plausível acerca da realidade educacional da instituição
educacional;
 Dinamizar as atividades do grêmio estudantil, conselho escolar e a participação dos
pais nos eventos da escola;
 Conseguir organizar e definir os papéis dentro do espaço escolar.

14.7 AÇÕES

 Basear as ações educativas a partir dos conhecimentos que os educandos já dominam,


para então, poder formular suas atividades baseadas na dinamicidade destes
conhecimentos;
 Pretende-se alcançar as metas através de palestras, cursos, reuniões...
 Fazer reuniões periódicas, para colocar em ação as atividades propostas, para que a
instituição alcance suas metas;
 Propor atividades como palestras, discussões em forma de seminários, procedimentos
metodológicos que trabalhe a realidade educacional;
58

 Formações continuadas que vise trabalhar relações humanas e os papéis dos


profissionais da educação, no contexto do espaço escolar.

15- CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR,


HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS.

O calendário escolar regula o tempo, prevê os dias letivos e não letivos, os períodos
escolares em que o ano se divide os feriados cívicos, religiosos, os períodos para reuniões
pedagógicas, cursos, projetos, palestras, eventos e avaliações a serem realizadas pela
Instituição de Ensino.
O calendário escolar deve estar embasado na LDBEN nº 9394/96 a qual determina o
mínimo de 800 horas anuais, distribuídas por um mínimo de (200) dias de efetivo trabalho
escolar.
A todo ano letivo, quando da elaboração do Calendário Escolar, segundo as normas e
leis estabelecidas para esse fim, o mesmo consta de arquivo na escola, ficando disponível a
consulta quando assim o exigir.
Horário Escolar da EMEIF Santa Terezinha: Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Horário de Entrada e Saída:

ENTRAD TURNO SAÍDA


A
1º TURNO (MANHÃ)
10 h e 45 min
7 horas Educação Infantil
10 h e 45 min
Ensino Fundamental
14
11hhoras
e 45 mi 2º TURNO (INTERMEDIÁRIO) 14 h e 45 min
3º TURNO (TARDE)
15 horas Ensino Fundamental: 6º ao 9º ano. 19 h e 45 min.
16 horas 4º TURNO (EJA) 19 h e 45 min.

METAS

A construção do projeto político pedagógico está aliada a vontade de mudar e de


transformar a forma de trabalho desempenhado na escola e fora dela, pois é possível garantir a
inclusão e permanência dos alunos na escola desde que haja interação e diálogo. O insucesso
59

através da evasão e repetência deve ser debatido com todos os envolvidos no processo ensino-
aprendizagem, onde se possa verificar as metodologias, forma de avaliação, apreciação do
conhecimento da vida escolar do aluno, a realidade social, verificação do currículo e os planos
de ensino.
Diante do espaço, evidenciamos que para mudar é preciso priorizar metas, fazer
parcerias, buscar recursos junto à secretaria de educação municipal e outras fontes oferecidas
pelo governo federal através do Ministério da Educação. O ensino fundamental é de
responsabilidade do município segundo a LDB/96. Portanto, se o desafio do PPP como um
instrumento de participação coletiva for encarar a escola como mecanismo de uma nova
realidade social, a EMEIF Santa Terezinha deve orientar as ações a partir do final de 2015 da
seguinte maneira:
a) Com relação à estrutura:
 A cobertura da quadra;
 Construção de espaço para a sala de leitura e escrita;
 Construção de espaço para o laboratório multidisciplinar;
 Construção de espaços para as turmas de Educação Infantil;
 Iluminação adequada nas salas de aulas e demais dependências;
 Cadeiras confortáveis;
b) Com relação aos materiais tecnológicos e de informática.
 Datashow;
 Antena digital (internet de qualidade);

c) Com relação a material didático: livros, revistas, jogos pedagógicos, quadro


magnético, cartolina, E.V.A., papel cartão, tesoura, canetinhas, fita gomada, lápis de
cor, etc.

Observa-se que os espaços e materiais são de fundamental importância para o bom


funcionamento da escola, porém, evidencia-se que a aquisição de materiais didáticos é
primordial para desempenhar as atividades nas salas de aulas, nas realizações de atividades
desenvolvidas dentro e fora da escola, por isso, a escola deve adquirir materiais adequados de
acordo com as séries que servirão de suportes para a aprendizagem completa do educando.
Logo, para que haja mudança é preciso acreditar que a educação é projeto de vida e o P.P.P.
segundo Libâneo (2001) é a oportunidade da direção, a coordenação pedagógica, os
professores e a comunidade tomarem sua escola nas mãos, definir seus papéis estratégicos na
60

educação de crianças e jovens, organizar suas ações, visando atingir os objetivos a que se
propõem.

16- PLANO DE AÇÃO

Detectou-se que nos anos anteriores, a ocorrência de problemas com aprendizagem,


violência, ausência dos pais na escola, eram visíveis. Alguns desafios foram e são superados
no dia-a-dia conforme entendimento entre professor e aluno e/ou diretor-aluno e pai ou
responsável, porém, outros não foram superados. Diante disso, há uma preocupação com a
prática pedagógica e a valorização dos profissionais, haja vista que o quadro de profissionais é
constituído de 64 (sessenta e quatro) profissionais. Entre eles podemos citar: Agentes
Administrativos, Apoio e Segurança, Auxiliar de Serviços Gerais, Diretor, Vices diretoras,
Secretário, manipuladores de alimentos, Técnico em alimentação escolar, Supervisor, e o
Quadro de Professores (as) com magistério, graduação e pós-graduação mais é necessário que
a escola crie estratégia que permitam a formação continuada do professor e de todos os
profissionais da educação.
O Plano de Ação do ano de 2019, foca seus trabalhos nos Valores Morais e Familiares
que constituem em grande parte, na formação dos educandos para que os problemas acima
citados sejam sanados, para que a escola como um todo consiga alcançar seus objetivos
principalmente ao que tange ao ensino e aprendizagem de suas crianças e consequentemente
consiga atingir a meta do IDEB que é de 5.1.
Outras medidas estão sendo adotadas pela escola para tentar amenizar os problemas
acima citados, tais como: Projeto Família e Escola que prima pela permanência dos alunos e
busca melhorias com atendimentos e reforço escolar e entre outros serviços.
Os problemas sociais sofridos pelo bairro no qual a escola está inserida são
trabalhados pela escola nas suas atividades dentro e fora dela, além dos trabalhos de
prevenção feito através do PROERD que é um Programa Educacional de Resistência às
Drogas e à Violência, que envolve Policia Militar, escola e família o qual começou a
funcionar no município de Cametá em 2003. Este programa está em funcionamento na escola
desde o ano de 2009 até o presente ano de 2019.
Com relação à violência, a escola chama os pais e em casos especiais solicita a
presença do Conselho Tutelar, assim como o Conselho Escolar que funciona desde 1999,
porém, este se preocupa mais com a questão financeira advinda dos programas oferecidos
61

pelos PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola e PDE – Plano de Desenvolvimento da


Educação, o primeiro supre a escola com material permanente, consumo e limpeza, onde a
prestação de contas é a parte burocrática que mais preocupa a todos os conselheiros que
muitas vezes deixam de discutir e definir o tipo de Educação a ser desenvolvido na escola.

17- PROGRAMAS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA

A E.M.E.I.F. Santa Terezinha desenvolveu no ano de 2019, Projeto Bombeiro vai à


escola (que dá formação de primeiros socorros às crianças e adolescentes que estavam
matriculados no 6º e 9º anos) bem como o Programa de Erradicação das Drogas na escola,
que visa afastar o público alvo das drogas através de aulas preventivas.

18- O QUE SE ALMEJA ALCANÇAR

A escola, apesar de ser considerada de grande porte, ainda necessita de muitos


recursos para que funcione de maneira satisfatória, inclusive recursos humanos, como
demonstra o quadro abaixo:

FUNCIONÁRIOS POSSUI FALTAM


AGENTE ADMINISTRATIVO 07 02
AGENTE DE SERVIÇOS GERAIS 03 14
AGENTE DE APOIO E SEGURANÇA 07 05
ASSISTENTE SOCIAL 01 02
SUPERVISOR (A) 02 01
DIRETOR (A) 01 **
VICE-DIRETOR (A) 02 **
SECRETARIA 01 **
MANIPULADOR DE ALIMENTOS 01 04
TÉCNICO EM ALIMENTAÇÃO ESCOLAR 01 04
AGENTE DE PORTARIA 02 01
PROFESSORES (AS) 37 **
62

19- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto político pedagógico da escola Santa Terezinha expressa à pluralidade


educativa onde a mesma está inserida, sua construção enveredou por uma prática democrática,
embora algumas barreiras tenham impedido uma ampla discussão com toda comunidade,
principalmente com os pais ou responsáveis dos alunos que devidos suas tarefas não
comparecem em grande massa as discussões, porém, os que comparecem contribuem nas
discussões sobre a educação que queremos para formar cidadãos conscientes e as atividades
que devem ser previstos e realizadas para mudar a realidade das práticas escolares, onde
prioriza a família que contribui para a melhoria do desempenho do aluno e no processo
ensino-aprendizagem.
Ressalte-se que o Projeto Político Pedagógico deve ser levado a sério, sendo que o
projeto só ganhará relevância se todos hastearem a bandeira da educação, pois, não basta
construir salas novas, arrumar os livros na biblioteca, montar sala de informática, é preciso
dar oportunidade para que os estudantes tenham acesso e possam desenvolver suas
potencialidades. Enfim, este é um valioso instrumento que deve ser avaliado e realizado
conjuntamente pela comunidade escolar para realização e efetivação de mudanças praticadas
no cotidiano escolar que traça linha de ação onde todos devem participar sugerir metas,
desenvolver ações, executar e avaliar tudo, em prol da excelência da educação.
O P.P.P. da escola é o documento de maior valor dentro do espaço de ensino, pois é
nele que encontraremos os direcionamentos que a mesma deverá ter durante um determinado
período de tempo, e como já foi ressaltado este documento deverá ser levado a sério, e suas
metas e objetivos cumpridos, para que o trabalho educacional voltado as crianças e
adolescentes que atende seja de ótima qualidade.

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