Introd Algebra Exercicios Resolvidos 6 Lenimar N Andrade

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Introdução à Álgebra

Homomorfismos de anéis, ideais, anéis-quocientes


– exercı́cios resolvidos

A1) Consideremos o anel A = Z e o ideal I = 4Z = múltiplos de 4 (operações


de adição e multiplicação usuais). Construa as tábuas de adição e multiplicação do
anel-quociente A/I.

Solução: Temos que:

• 0 + I = {· · · , −12, −8, −4, 0, 4, 8, 12, · · · } = I


• 1 + I = {· · · , −11, −7, −3, 1, 5, 9, 13, · · · }
• 2 + I = {· · · , −10, −6, −2, 2, 6, 10, 14, · · · }
• 3 + I = {· · · , −9, −5, −1, 3, 7, 11, 15, · · · }
• 4 + I = {· · · , −8, −4, 0, 4, 8, 12, 16, · · · } = I
Portanto, o anel-quociente de A por I é

A/I = {I, 1 + I, 2 + I, 3 + I}.

Alguns exemplos de adição entre seus elementos são (2+I)+(1+I) = (2+1)+I = 3+I
e (2 + I) + (4 + I) = (2 + 4) + I = 6 + I = 2 + I e todas as possı́veis adições entre seus
elementos podem ser observadas na seguinte tábua:
+ I 1+I 2+I 3+I
I I 1+I 2+I 3+I
1+I 1+I 2+I 3+I I
2+I 2+I 3+I I 1+I
3+I 3+I I 1+I 2+I
Alguns exemplos de multiplicação entre seus elementos são (2+I)·I = (2+1)·(0+I) =
2 · 0 + I = 0 + I = I e (3 + I) + (2 + I) = (3 · 2) + I = 6 + I = 2 + I e todas as possı́veis
multiplicações entre seus elementos podem ser observadas na seguinte tábua:

1
· I 1+I 2+I 3+I
I I I I I
1+I I 1+I 2+I 3+I
2+I I 2+I I 2+I
3+I I 3+I 2+I 1+I

A2) Dê exemplo de um homomorfismo de anéis f : A −→ B tal que f (1A ) , 1B.

Solução: Sejam A = B = š. Então 1A = 1B = 1. Consideremos a função nula


f : š −→ š, f (x) = 0, que é um homomorfismo de A em B. Como f (1) = 0, temos
que f (1A ) , 1B.
Observação. Esse tipo de exemplo só é possı́vel quando a função f não for sobreje-
tora.

A3) Considere os anéis A = (’, +, ·) com operações usuais e B = (’, ⊕, ) onde


x ⊕ y = x + y + 1 e x y = x + y + xy.
a) Mostre que f : A −→ B definida por f (x) = x − 1 é um isomorfismo de anéis;
b) Mostre que f : A −→ A definida por f (x) = x − 1 não é um isomorfismo de
anéis.

Solução:

a) Sejam x, y ∈ A. Então:
◦ f (x+y) = x+y−1 e f (x)⊕ f (y) = f (x)+ f (y)+1 = (x−1)+(y−1)+1 = x+y−1.
Logo, f (x + y) = f (x) ⊕ f (y).
◦ f (x · y) = xy − 1 e f (x) f (y) = f (x) + f (y) + f (x) f (y) = (x − 1) + (y − 1) +
(x−1)(y−1) = x+y−2+ xy− x−y+1 = xy−1. Logo, f (x·y) = f (x) f (y).
Portanto, f é um homomorfismo de anéis.
◦ Suponhamos f (x) = f (y). Então, x − 1 = y − 1 ⇒ x = y. Logo, f é injetora.
◦ Dado y ∈ B = ’, considerando x = y + 1 ∈ A = ’, temos: f (x) = x − 1 =
(y + 1) − 1 = y. Logo, f é sobrejetora.
Ficou mostrado nos itens anteriores que f é um isomorfismo de anéis.
b) Com as operações usuais, o elemento neutro da adição de A é o 0. Como f (0) =
−1 , 0 temos que f não é isomorfismo de anéis.

A4) Verifique se (I, +, ·) é um ideal do anel (A, +, ·) em cada um dos seguintes casos:

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a) I = š, A = ‘;
b) I = 3š, A = š;
c) I = 2š, A = š com as operações de adição usual de inteiros e multiplicação
definida por x · y = 0 para quaisquer x, y ∈ š.
d) I = elementos de š que são divisores de 100 e A = š.
e) I = 3š ∪ 7š, A = š
f) I = { f : ’ −→ ’ | f (−1) = 0}, A = ’’ .
g) I = { f : ’ −→ ’ | f (3) = f (4) = 0}, A = ’’ .
h) I = { f : ’ −→ ’ | f (1) + f (2) = 0}, A = ’’

Solução:
1 1
a) Sejam x = 1 ∈ I e a = 3 ∈ A. Como a · x = 3 < I, temos que I não é ideal de A.

b) É claro que I , ∅ porque, por exemplo, 3 ∈ I. Sejam x, y ∈ I. Então, x = 3m e


y = 3n com m, n ∈ š. Daı́, temos x − y = 3m − 3n = 3(m − n) ∈ I. Se a ∈ š,
temos a · x = 3(am) ∈ I. Logo, I é um ideal de A.
c) É claro que I , ∅ porque, por exemplo, 2 ∈ I. Sejam x, y ∈ I. Então, x = 2m e
y = 2n com m, n ∈ š. Daı́, temos x − y = 2m − 2n = 2(m − n) ∈ I. Se a ∈ š,
temos a · x = 0 ∈ I. Logo, I é um ideal de A.
d) Dois divisores de 100 são x = 5 e y = 10. Como x + y = 15 não é divisor de
100, temos que I não é ideal de A.
e) I é formado pelos inteiros que são múltiplos de 3 ou múltiplos de 7. Dois
elementos de I são x = 3 e y = 14. Como x + y = 17 < I temos que I não é
ideal de A.
f) A função nula pertence a I; logo, I , ∅. Se f, g ∈ I, então f (−1) = 0 e
g(−1) = 0. Daı́, ( f − g)(−1) = f (−1) − g(−1) = 0 − 0 = 0; logo, f − g ∈ I.
Se h ∈ A, então ( f · h)(−1) = f (−1) · h(−1) = 0 · h(−1) = 0. Logo, f · h ∈ I.
Portanto, I é um ideal de A.
g) A função nula pertence a I; logo, I , ∅. Se f, g ∈ I, então f (3) = f (4) = g(3) =
g(4) = 0. Daı́, ( f − g)(3) = f (3) − g(3) = 0 − 0 = 0 e ( f − g)(4) = f (4) − g(4) =
0 − 0 = 0; logo, f − g ∈ I. Se h ∈ A, então ( f · h)(3) = f (3) · h(3) = 0 · h(3) = 0
e ( f · h)(4) = f (4) · h(4) = 0 · h(4) = 0.. Logo, f · h ∈ I. Portanto, I é um ideal
de A.

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h) Sejam f (x) = −2x + 3 e h(x) = x. Então, f (1) + f (2) = 1 + (−1) = 0 ⇒ f ∈ I e
g(x) = h(x) · f (x) = x(−2x + 3) = −2x2 + 3x ⇒ g(1) + g(2) = 1 + (−2) = −1 ,
0 ⇒ g = h · f < I. Logo, I não é ideal de A.


A5) Seja A = {a +√b 2 | √ a, b ∈ ‘}.√Mostre √que se f : A −→ A for um isomorfismo
de anéis, então f ( 2) = 2 ou f ( 2) = − 2.

Solução: Se f for isomorfismo de anéis, então f (1) = 1 o que implica f (2) =


√ √
f (1√+ 1) =√ f (1) + f√(1) = 1 + 1√= 2 e daı́ obtemos 2 = f (2) = f ( √ 2 · 2)√ =
f ( 2) · f ( 2) = [ f ( 2)]2 ⇒ [ f ( 2)]2 = 2 de onde concluı́mos que f ( 2) = ± 2.

A6) Verifique se f : ‘ × š −→ š × ‘ tal que f (x, y) = (y, x) é um isomorfismo de


anéis.

Solução: Sejam X = (a, b) e Y = (c, d) dois elementos do domı́nio de f .

• f (X + Y) = f ((a, b) + (c, d)) = f (a + c, b + d) = (b + d, a + c) = (b, a) + (d, c) =


f (a, b) + f (c, d) = f (X) + f (Y)
• f (X · Y) = f ((a, b) · (c, d)) = f (ac, bd) = (bd, ac) = (b, a) · (d, c) = f (a, b) ·
f (c, d) = f (X) · f (Y); logo, f é um homomorfismo de anéis.
• f (X) = f (Y) ⇒ f (a, b) = f (c, d) ⇒ (b, a) = (d, c) ⇒ b = d e a = c ⇒ (a, b) =
(c, d) ⇒ X = Y; logo, f é injetora
• Dado W = (r, s) ∈ š × ‘, consideremos Z = (s, r) ∈ ‘ × š. Temos que
f (Z) = f (s, r) = (r, s) = W; logo, f é sobrejetora.
Desse modo, fica mostrado que f é um isomorfismo de anéis.

A7) Sejam ‹ um corpo e para cada a ∈ ‹ considere a função fa : ‹ −→ ‹ tal que


fa (x) = axa−1 .
a) Mostre que fa é um isomorfismo de anéis.
b) Se b for outro elemento de ‹, então calcule a composta fa ◦ fb .

Solução:

a) Sejam x, y ∈ ‹. Temos:
◦ fa (x + y) = a(x + y)a−1 = (ax + ay)a−1 = axa−1 + aya−1 = fa (x) + fa (y)

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◦ fa (x · y) = a(x · y)a−1 = ax(a−1 a)ya−1 = (axa−1 )(aya−1 ) = fa (x) · fa (y).
Assim, este item, juntamente com o item anterior, mostra que fa é um
homomorfismo de anéis.
◦ Se fa (x) = fa (y), então axa−1 = aya−1 . Multiplicando-se à esquerda por
a−1 e à direita por a, obtemos a−1 axa−1 a = a−1 aya−1 a ⇒ 1· x·1 = 1·y·1 ⇒
x = y. Logo, fa é injetora.
◦ Dado s ∈ ‹ (contradomı́nio de f ), seja r = a−1 sa pertencente a ‹ (domı́nio
de f ) temos que fa (r) = ara−1 = a(a−1sa)a−1 = 1 · s · 1 = s. Logo, fa é
sobrejetora.
Fica mostrado dessa forma que fa é um isomorfismo de ‹ em ‹.
b) Se a, b, x ∈ ‹, então ( fa ◦ fb )(x) = fa ( fb (x)) = fa (bxb−1 ) = a(bxb−1 )a−1 =
(ab)x(b−1 a−1 ) = (ab)x(ab)−1 = fab (x). Portanto, fa ◦ fb = fab .

B1) Mostre que se f : š −→ š é um isomorfismo de anéis, então f é a função


identidade.

Solução: Como f é um isomormorfismo, temos que f é um homomorfismo e


f (a + b) = f (a) + f (b) para quaisquer a, b ∈ š.
• Sendo f um homomorfismo, temos f (0) = 0
• Sendo f também sobrejetora, temos f (1) = 1
• f (2) = f (1 + 1) = f (1) + f (1) = 1 + 1 = 2
• f (3) = f (2 + 1) = f (2) + f (1) = 2 + 1 = 3
• f (4) = f (3 + 1) = f (3) + f (1) = 3 + 1 = 4, etc.
• Supondo f (k) = k, temos que f (k + 1) = f (k) + f (1) = k + 1. Logo, por indução,
f (n) = n para todo n ∈ Ž.
• Se m ∈ š for tal que m < 0, então −m ∈ Ž e daı́ f (−m) = −m pelo que foi
mostrado no item anterior. Como f (−m) + f (m) = f ((−m) + m) = f (0) = 0,
temos que f (−m) = − f (m) ⇒ −m = − f (m) ⇒ f (m) = m.
Concluı́mos então que f (x) = x, ∀x ∈ š, ou seja, f é a função identidade em š.

B2) Seja f : A −→ B um homomorfismo de anéis e P um ideal primo de B. Mostre


que f −1 (P) é um ideal primo de A.

Solução: Inicialmente, vamos mostrar que f −1 (P) é um ideal de A. Depois,


mostramos que é um ideal primo.

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• Como 0 ∈ P e f (0) = 0 temos que f −1 (P) , ∅ porque f −1 (P) contém pelo
menos o elemento 0.
• Se a, b ∈ f −1 (P), então f (a), f (b) ∈ P ⇒ f (a) − f (b) ∈ P ⇒ f (a − b) ∈ P ⇒
a − b ∈ f −1 (P).
• Se a ∈ f −1 (P) e x ∈ A, então f (a) ∈ P e f (x) ∈ B ⇒ f (a) · f (x) ∈ P ⇒ f (a · x) ∈
P ⇒ a · x ∈ f −1 (P). Logo, f −1 (P) é um ideal de A.
• Suponhamos x, y ∈ A tais que x·y ∈ f −1 (P). Então, f (x·y) ∈ P ⇒ f (x)· f (y) ∈ P.
Como P é primo, temos f (x) ∈ P ou f (y) ∈ P ⇒ x ∈ f −1 (P) ou y ∈ f −1 (P).
Logo, f −1 (P) é um ideal primo de A.

B3) Mostre que (2š, +, ·) e (3š, +, ·) não são anéis isomorfos.

Solução: Suponhamos que exista um isomorfismo f : 2š −→ 3š. Então


f (2) = 3n para algum n ∈ š. Como f (0) = 0 e f é injetora, temos que n , 0.
Usando o fato de que f é um homomorfismo de anéis, temos:
• f (4) = f (2 + 2) = f (2) + f (2) = 3n + 3n = 6n
• f (4) = f (2 · 2) = f (2) · f (2) = (3n)(3n) = 9n2
o que implica em 6n = 9n2 ⇒ 2 · 3n = 3n · 3n. Como 3š é um anel de integridade
e 3n , 0, podemos cancelar o 3n nos dois membros da última igualdade de onde
obtemos: 2 = 3n. Essa última igualdade é um absurdo porque o segundo membro é
um múltiplo de 3 e o primeiro membro não é. Portanto, não pode existir isomorfismo
de 2š em 3š.
√ √ √ √
B4) Verifique se ‘[ 5] = {a + b 5 | a, b ∈ ‘} e ‘[ 7] = {a + b 7 | a, b ∈ ‘} são
anéis isomorfos (com as operações de adição e multiplicação usuais).
√ √
Solução: Suponhamos que exista um isomorfismo f : ‘[ 5] −→ ‘[ 7].
Como f é um homomorfismo sobrejetor, temos f (1) = 1 o que implica em f (5)√=
√ f (1) = 1+1+1+1+1 = 5.√O elemento √ 5
f (1+1+1+1+1) = f (1)+ f (1)+ f (1)+ f (1)+
é levado pela f para um elemento a + b √7 com a, b ∈ ‘,√isto é, f ( √5) = a +√b 7.
Elevando-se
√ ao quadrado,
√ obtemos:
√ √ [ f ( 5)]2 =√(a + b 7)2 ⇒ f ( 5) · f (√ 5) =
a2 + 2ab 7 + ( √7)2 ⇒ f ( 5 · 5) = a2 + 2ab 7 + 7 ⇒ f (5) = a2 + 2ab 7 + 7
⇒ 5 = a2 + 2ab 7 + 7
• Não podemos ter a = 0 porque isso implicaria 5 = 0 + 0 + 7 que é absurdo.
• Não podemos ter b = 0 porque isso implicaria 5 = a2 + 7 ⇒ a2 = −2 que é
absurdo porque não existe número racional cujo quadrado seja igual a −2.

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• Assim, a , 0 e b , 0 o que implica ab , 0.
√ √ 2 √
Como 2ab 7 = −a2 − 2, temos 7 = −a2ab−2 o que é absurdo porque 7 é irracional,
2 √
enquanto que −a2ab−2 é racional. Portanto, não pode existir isomorfismo f de ‘[ 5]

em ‘[ 7]

C1) Determine todos os possı́veis isomorfismos do anel (š × š, +, ·) nele mesmo.

Solução: Seja f : š × š −→ š × š um isomorfismo de anéis. Então, f (0, 0) =


(0, 0) e f (1, 1) = (1, 1). Vamos calcular os valores de f (0, 1) e f (1, 0). Se esses
valores forem conhecidos, a partir deles, podemos calcular todos os outros. Temos
que:
• Suponhamos f (0, 1) = (a, b). Então, (0, 1) · (0, 1) = (0 · 0, 1 · 1) = (0, 1) ⇒
f [(0, 1) · (0, 1)] = f (0, 1) ⇒ f (0, 1) · f (0, 1) = f (0, 1) ⇒ (a, b) · (a, b) = (a, b) ⇒
(a2 , b2 ) = (a, b) ⇒ a2 = a e b2 = b ⇒ ( a = 0 ou a = 1) e (b = 0 ou b = 1) ⇒
f (0, 1) = (0, 1) ou f (0, 1) = (1, 0). Note que, sendo f injetora, não podemos ter
f (0, 1) = (0, 0), nem f (0, 1) = (1, 1).
• Suponhamos f (1, 0) = (c, d). Usando argumentos semelhantes aos do item
anterior, a partir de (1, 0) · (1, 0) = (1, 0), chegamos a (c2 , d2 ) = (c, d) o que
implica em f (1, 0) = (0, 1) ou f (1, 0) = (1, 0).
Portanto, temos dois casos a considerar:
Caso 1: f (0, 1) = (0, 1) e f (1, 0) = (1, 0)
◦ Neste caso, temos f (0, 2) = f [(0, 1) + (0, 1)] = f (0, 1) + f (0, 1) = (0, 1) +
(0, 1) = (0, 2), f (0, 3) = f [(0, 2)+(0, 1)] = f (0, 2)+ f (0, 1) = (0, 2)+(0, 1) =
(0, 3), etc.
◦ Supondo f (0, k) = (0, k), temos f (0, k + 1) = f [(0, k) + (0, 1)] = f (0, k) +
f (0, 1) = (0, k) + (0, 1) = (0, k + 1). Logo, por indução, f (0, n) = (0, n),
∀n ∈ N.
◦ Se m for um inteiro negativo, então −m é positivo e f (0, −m) = (0, −m).
Como f (0, 0) = (0, 0), temos que f [(0, m) + (0, −m)] = f (0, 0) = (0, 0) ⇒
f (0, m) + f (0, −m) = (0, 0) ⇒ f (0, m) + (0, −m) = (0, 0) ⇒ f (0, m) =
−(0, −m) ⇒ f (0, m) = (0, m). Portanto, f (0, y) = (0, y), ∀y ∈ š.
◦ A partir de f (1, 0) = (1, 0), usando um cálculo semelhante ao item anterior,
obtemos f (2, 0) = (2, 0), f (3, 0) = (3, 0), etc. e chegamos a f (x, 0) = (x, 0),
∀x ∈ š.
◦ Portanto, f (x, y) = f [(x, 0) + (0, y)] = f (x, 0) + f (0, y) = (x, 0) + (0, y) ⇒
f (x, y) = (x, y).

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Caso 2: f (0, 1) = (1, 0) e f (1, 0) = (0, 1)
◦ Este caso é semelhante ao anterior: a partir de f (0, 1) = (1, 0), calculamos
f (0, 2) = (2, 0), f (0, 3) = (3, 0), etc. e chegamos a f (0, y) = (y, 0), ∀y ∈ š.
◦ A partir de f (1, 0) = (0, 1), chegamos a f (2, 0) = (0, 2), f (3, 0) = (0, 3),
etc. e chegamos a f (x, 0) = (0, x), ∀x ∈ š.
◦ Daı́, f (x, y) = f (x, 0) + f (0, y) = (0, x) + (y, 0) ⇒ f (x, y) = (y, x).
Portanto, as funções f (x, y) = (y, x) e g(x, y) = (x, y), sendo homomorfismos de
š × š em š × š e bijetoras, são os únicos isomorfismos de š × š em š × š.

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