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Simulado 8 – Leis Penais, Penal e Processo – @prof_herculano

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1. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Sobre o
procedimento sumaríssimo, previsto para julgamento de
crimes de menor potencial ofensivo, de competência dos
Juizados Especiais Federais Criminais, na esteira das Leis n°
10.259/2001 e n° 9.099/1995,

A) interposto recurso de apelação pela parte se a sentença for


confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento
servirá de acórdão.

B) caberá agravo de instrumento no prazo de dez dias contra a


decisão que rejeitar a denúncia.

C) os embargos de declaração opostos contra sentença condenatória


proferida suspendem o prazo para interposição de recurso.

D) o recurso de apelação será interposto no prazo de quinze dias,


contados da ciência pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor,
por petição contando as razões e o pedido do recorrente.

Comentários:

Na letra A e B, temos o art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia


ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por
turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de
jurisdição, reunidos na sede do Juizado. (...) § 5º Se a sentença for
confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento
servirá de acórdão. Na letra C, é preciso saber que os embargos de
declaração interrompem o prazo para a interposição de recursos
(Lei 9099, art. 83. § 2o). Já na letra D, temos § 1º do art. 82. A
apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da
sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, por petição
escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente.

Gabarito: A.

2. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Com relação ao


procedimento sumaríssimo e às regras aplicáveis ao Juizado
Especial Criminal, assinale a alternativa correta.

A) Contra as decisões da Turma Recursal, cabe recurso ordinário ao


Tribunal de Justiça.

B) A denúncia/queixa será recebida tão logo inicie a audiência de


instrução e julgamento.

C) Se houver, por qualquer motivo, remessa do feito do juizado


especial para o juízo comum, o rito a ser aplicado será o sumário.
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D) Descumprido pelo autor do fato o acordo feito em transação penal,
a ação penal não mais pode ser intentada, cabendo apenas a
execução da medida acordada.

Comentários:

Na letra A, temos Súmula 640 STF: É cabível recurso extraordinário


contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de
alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.

Na letra B, o artigo art. 81, lei 9.099/95. Aberta a audiência, será


dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o
Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento,
serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se
imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença.

Na letra C, art. 538 do CPP: Nas infrações penais de menor potencial


ofensivo, quando o juizado especial criminal encaminhar ao juízo
comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento,
observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo.

E na letra D, a SV 35: a homologação da transação penal prevista no


artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e,
descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior,
possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução
penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito
policial.

Gabarito: C.

3. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Sobre a suspensão


condicional do processo, prevista na Lei n° 9099/95, é correto
afirmar:

A) É cabível nos crimes cuja pena mínima cominada for igual ou


inferior a 2 anos.

B) Expirado o prazo acordado sem revogação, o juiz absolverá o


acusado.

C) Caso o acusado não aceite a proposta, pode o juiz aplicar-lhe


diretamente a pena restritiva de direitos, desde que não superior a 6
meses.

D) Durante o prazo de suspensão do processo, não correrá a


prescrição.
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Comentários:

Trata-se do art. 89 § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de


suspensão do processo.

Gabarito: D.

4. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) De acordo com a Lei


n° 9.099/1995, o Juizado Especial Criminal tem competência
para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações
penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de
conexão e continência. A conciliação será conduzida por

A) Juiz ou por conciliador sob sua orientação.

B) Promotor Público ou conciliador sob sua orientação.

C) Procurador do Estado ou conciliador sob sua orientação.

D) Policial Militar ou conciliador sob sua orientação.

Comentários:

Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob
sua orientação.

Gabarito: A.

5. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Assinale a


alternativa INCORRETA.

A) O benefício da suspensão condicional do processo não é aplicável


em relação às infrações penais cometidas em concurso material,
concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima
cominada, seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante,
ultrapassar o limite de 01 (um) ano.

B) Para efeitos da Lei n° 9.099/95, são consideradas infrações de


menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes a que
a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou
não com multa, nos termos da redação dada pela Lei n° 11.313/06.

C) Para fins de aplicação do artigo 89 da Lei n° 9.099/95, devem ser


levadas em consideração as qualificadoras, os privilégios, as causas
de diminuição e as causas de aumento, observando-se que, em se
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tratando de causas de diminuição ou de aumento de pena entre
determinados limites ou com quantum variável, deve-se utilizar, nas
causas de aumento, o patamar de maior aumento e, nas causas de
diminuição, o patamar de menor redução.

D) Nos termos do artigo 76, da Lei n° 9.099/95, é defeso proposta de


transação penal se comprovado que o agente foi beneficiado
anteriormente, no prazo de 5 (cinco) anos, por outra transação penal.

Comentários:

Na letra A, temos a Súmula 243/STJ. Na letra B, o art. 61 da Lei


9099. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo,
para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que
a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou
não com multa. Na letra C, é o inverso da redação da alternativa,
pois nas causas de aumento, deve-se buscar o menor aumento e nas
causas de diminuição, a maior diminuição, sempre em busca da pena
mínima, que é o requisito objetivo para o cabimento da suspensão
condicional do processo. Na letra D, temos art. 76. Havendo
representação ou tratando-se de crime de ação penal pública
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público
poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou
multas, a ser especificada na proposta. § 1º Nas hipóteses de ser a
pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a
metade. § 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: I - ter
sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente
beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de
pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem
os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem
como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a
adoção da medida.

Gabarito: C.

6. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Sobre o Inquérito


Policial, marque a opção INCORRETA.

A) Não é possível a deflagração de investigação criminal com base em


matéria jornalística.

B) Não é necessária a intimação prévia da defesa técnica do


investigado para a tomada de depoimentos orais na fase de inquérito
policial.
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C) Não é permitido o ingresso na residência do indivíduo pelo simples
fato de haver denúncias anônimas e ele ter fugido da polícia.

D) É incabível a anulação de processo penal em razão de suposta


irregularidade verificada em inquérito policial.

Comentários:

STJ: “É possível que a investigação criminal seja perscrutada


pautando-se pelas atividades diuturnas da autoridade policial, verbi
gratia, o conhecimento da prática de determinada conduta delitiva a
partir de veículo midiático, no caso, a imprensa. É o que se
convencionou a denominar, em doutrina, de notitia criminis de
cognição imediata (ou espontânea), terminologia obtida a partir da
exegese do art. 5º, inciso I, do CPP, do qual se extrai que "nos
crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado de ofício". 9.
In casu, "uma reportagem jornalística pode ter o condão de provocar
a autoridade encarregada da investigação, a qual, no desempenho
das funções inerentes a seu cargo, tendo notícia de crime de ação
penal pública incondicionada, deve agir inclusive ex officio (a licitude
das provas apresentadas na reportagem não é tema que possa, no
escopo exíguo de cognição do writ, ser aferida com mínima
segurança, não sendo ocioso lembrar o sigilo da fonte,
constitucionalmente assegurado)", sem olvidar a "farta
documentação que foi acostada pela autoridade policial e pelo próprio
Parquet Federal".”

Gabarito: A.

7. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) João ministra


veneno a Maria, em dose apta a causar-lhe a morte, pois ela
iria informar à autoridade policial que João havia mantido
relação sexual incestuosa e consentida com a filha dele, de 16
anos. Antes que o resultado se efetive, João socorre Maria,
levando-a a um pronto- -socorro. Lá, o médico de plantão
deixa de atender Maria, sob a única razão de estar almoçando.
Maria, que seria salva caso o médico interviesse, morre.

Diante desse cenário, que admite múltiplas qualificações


jurídicas, assinale a alternativa que melhor se adeque à
espécie.

A) João cometeu homicídio; o médico cometeu lesão corporal seguida


de morte.

B) João cometeu homicídio qualificado; o médico cometeu omissão de


socorro com pena triplicada pelo resultado morte.
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C) João será beneficiado pelo arrependimento posterior e não sofrerá
qualquer reprimenda penal; o médico cometeu homicídio culposo, na
modalidade negligência.

D) João cometeu lesão corporal seguida de morte; o médico cometeu


omissão de socorro em concurso com homicídio culposo, na
modalidade negligência.

Comentários:

Art. 121. Matar alguem:

Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou


outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo
comum;

Omissão de socorro

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem


risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou
não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão


resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a
morte.

Gabarito: B.

8. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) A configuração do


crime de difamação pressupõe a

A) existência de fato não tipificado.

B) atribuição de qualidade negativa ao ofendido.

C) atribuição a outrem da prática de crime ou de contravenção penal.

D) impossibilidade de retratação.

Comentários:
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Difamação é a imputação de um fato não criminoso a uma pessoa.

Gabarito: A.

9. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Marque a alternativa


incorreta:

A) Em relação ao crime de infanticídio, a lei brasileira não adotou o


critério psicológico, mas sim o critério fisiopsicológico, levando em
conta o desequilíbrio oriundo do processo do parto.

B) A incidência da qualificadora do feminicídio, prevista no artigo 121,


§ 2°, VI, do Código Penal, reclama situação de violência praticada por
homem ou por mulher contra a mulher em situação de
vulnerabilidade, num contexto caracterizado por relação de poder e
submissão. Pode-se ainda afirmar que, segundo entendimento do
Superior Tribunal de Justiça, a qualificadora em análise é de natureza
subjetiva.

C) O perdão judicial constitui causa extintiva de punibilidade que


afasta os efeitos da sentença condenatória e, diferentemente do
perdão do ofendido, não precisa ser aceito para gerar efeitos.

D) No que concerne ao crime de homicídio, é possível a coexistência


das circunstâncias privilegiadoras com as qualificadoras de natureza
objetiva.

Comentários:

Para o STJ, a qualificadora do feminicídio é de natureza OBJETIVA. A


justificativa apresentada para isso está no fato de que tal
qualificadora “incide nos crimes praticados contra a mulher por razão
do seu gênero feminino e/ou sempre que o crime estiver atrelado à
violência doméstica e familiar propriamente dita, assim o animus do
agente não é objeto de análise.”

Gabarito: B.

10. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Caio é professor de


educação física do Estado e dá aula de natação em um clube
estadual. Ao nadar em uma das piscinas do clube, Caio notou
um defeito no ralo. Decidido a se livrar da colega de profissão,
recentemente contratada para substituí-lo em algumas aulas,
ele não informa a administração do clube sobre o defeito
detectado, além de alterar a potência da exaustão do ralo. No
dia seguinte, quando já finalizadas todas as aulas, ele propõe
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à colega a brincadeira da caça ao tesouro, que consiste em
localizar e pegar objetos no chão da piscina. Caio diz à colega
que vence quem pegar maior quantidade de pedras e as
despeja na piscina, em local próximo ao ralo. Antes que a
colega pudesse colocar a touca na cabeça, Caio pula na
piscina. Com receio de perder a brincadeira, ela
imediatamente pula atrás. Caio vê a colega aproximar o corpo
rente ao chão. Passados alguns segundos, ele percebe que a
colega mexe o corpo freneticamente. Ao mergulhar, Caio
confirma que os cabelos de sua colega estão presos ao ralo,
impedindo-a de emergir. Caio, por minutos, assiste ao
desespero da colega, sem nada fazer. Depois, arrependido,
decide agir, tentando, a todo custo, soltá-la do ralo. A colega,
contudo, veio a óbito.

Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta.

A) Caio praticou crime de homicídio culposo, pois, ao não avisar a


administração do clube sobre o defeito detectado no ralo, no dia
anterior, agiu com negligência.

B) Caio não praticou qualquer crime contra a vida em detrimento da


colega, visto que o resultado morte, ainda que desejado por ele, não
era previsível e tampouco controlável.

C) Caio praticou o crime de homicídio qualificado, por motivo torpe,


não incidindo o instituto do arrependimento eficaz.

D) Caio praticou crime de feminicídio e, diante do arrependimento,


terá sua pena diminuída de 1 a 2/3.

Comentários:

Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo


torpe;

Desistência voluntária e arrependimento eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na


execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos
atos já praticados.

Gabarito: C.
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11. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) No dia 3 de junho
de 2019, Vitor, revoltado com a intenção de sua companheira
Rosa de terminar o relacionamento, faz um grande buraco no
quintal da residência e surpreende sua companheira com um
forte golpe de pá na sua cabeça. Em seguida, apesar de saber
que aquele golpe não seria suficiente para causar a morte de
Rosa, a joga no interior do buraco, com a intenção de persistir
nos golpes, causar sua morte e, em seguida, esconder o corpo.
Ocorre que Rosa começa a chorar e implora para que Vitor
pense na filha do casal. Vitor, então, cessa sua conduta, ajuda
Rosa a sair do buraco e permite que ela vá se limpar, ocasião
em que a vítima pula pela janela do banheiro e informa os
fatos a policiais militares que passavam pela localidade. É
constatada a existência de lesões de natureza leve na vítima.

Considerando apenas as informações expostas, a conduta de Vitor


configura:

A) tentativa de homicídio qualificado por ser contra a mulher, por


condição do sexo feminino;

B) lesão corporal qualificada por ser contra companheira, em razão


do arrependimento eficaz;

C) lesão corporal qualificada por ser contra companheira, em razão


da desistência voluntária;

D) fato atípico, em razão do arrependimento eficaz;

Comentários:

Em qualquer caso, o agente será punido pelos atos já praticados (art.


15 do CP), logo, como a lesão corporal já havia ocorrido, Vitor será
julgado por esse crime.

Sobre a qualificadora: Lesão corporal - Art. 129. Ofender a


integridade corporal ou a saúde de outrem. Pena - detenção, de três
meses a um ano. Violência Doméstica § 9 Se a lesão for praticada
contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou
com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. § 10. Nos casos
previstos nos §§ 1 a 3 deste artigo, se as circunstâncias são as
indicadas no § 9 deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).

Gabarito: C.
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12. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Sobre os crimes
contra a honra, observe as afirmações abaixo:

I - O crime de injúria consistente na utilização de elementos


referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa
idosa ou portadora de deficiência é de ação pública incondicionada.

II - E punível a calúnia contra os mortos. Ainda, admite-se no crime


de calúnia a prova da verdade, salvo se: 1) constituindo o fato
imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível; 2) se o fato é imputado a qualquer das pessoas
indicadas no n. I do art. 141 (Presidente da República, ou contra
chefe de governo estrangeiro); 3) se do crime imputado, em bora de
ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

III - No crime de injúria, o juiz pode deixar de aplicar a pena quando


o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; e
também no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

IV - Nos crimes de injúria e difamação somente é admissível a


exceção da verdade se o ofendido é funcionário público e a ofensa é
relativa ao exercício de suas funções.

V - As penas dos crimes contra a honra são aumentadas de um terço,


dentre outras hipóteses legais, quando praticados contra pessoa
maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no
caso de injúria.

Pode-se afirmar que:

A) Apenas II, III e IV são verdadeiras.

B) Apenas II, III e V são verdadeiras.

C) Apenas I, III e V são verdadeiras.

D) Apenas III, IV e V são verdadeiras.

Comentários:

No item I, como regra, os crimes contra a honra são de iniciativa


privada. Uma das hipóteses que se excepciona isso é justamente
quando o agente pratica o delito de injúria qualificada pela utilização
de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência (parágrafo
único, do art. 145, do CP). Nesse caso, a ação penal está
condicionada à representação do ofendido.
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No item II, a questão reproduz o art. 138 do CP em seus §§ 2° e 3°.

No item III, temos o § 1º, do art. 140, do CP, o juiz pode deixar de
aplicar a pena quando o ofendido, de forma reprovável, provocou
diretamente a injúria ou no caso de retorsão imediata, que consista
em outra injúria.

No item IV, seja qual for a situação, o crime de injúria é incompatível


com a exceção da verdade, por dois motivos: (1) ausência de
previsão legal; e (2) como não há imputação de fato, mas atribuição
de qualidade negativa, é impossível provar a veracidade dessa
ofensa, sob pena de provocar à vítima um dano ainda maior do que
aquele proporcionado pela conduta criminosa. Imagine o prejuízo que
seria causado se a lei permitisse que, depois de o agente ter
chamado alguém de "pessoa monstruosa", provasse ele a adequação
da sua assertiva.

No item V, a item está de acordo com o inciso IV, do art. 141, do CP.
Registro apenas que a ressalva final - "exceto no caso de injúria" -
visa evitar o bis in idem, já que a utilização na injúria de elementos
referentes à condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência
qualifica o delito.

Gabarito: B.

13. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Com base no


Código Penal, assinale abaixo a conduta típica que não se
enquadra nos chamados crimes contra as pessoas:

A) Participar de rixa, salvo para separar os contendores.

B) Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada,


dirigida a outrem.

C) Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação


de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal
contra a vítima ou contra terceiro.

D) Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a


vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em
suas dependências.

Comentários:

Trata-se do art. 160, crime contra o patrimônio, exigir ou receber,


como garantia de dívida, abusando da situação de alguém,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a
vítima ou contra terceiro.
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Gabarito: C.

14. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) No que concerne à


retratação nos crimes contra a honra, tema tratado no art. 143
do CP, assinale a alternativa correta.

A) Apenas a injúria admite-a.

B Apenas a calúnia e a injúria admitem-na.

C) Apenas a calúnia e a difamação admitem-na.

D) Todos os crimes contra a honra admitem-na, mas apenas até o


oferecimento da denúncia.

Comentários:

A Calúnia e a Difamação ofendem a honra objetiva da vítima, ou


seja, o que a sociedade, comunidade, demais pessoas pensam a
respeito do indivíduo. Assim sendo, se uma pessoa se retrata, ela
mostra ao público que as informações lançadas sobre a vítima não
procedem.

No caso a injúria ofende a honra subjetiva da vítima, ou seja, a ideia


de si próprio, seu sentimento mais intimo sobre sua própria pessoa.

Gabarito: C.

15. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado). Sobre os crimes


dolosos contra a vida, analise as afirmativas a seguir.

I. De acordo com o STJ, a qualificadora do feminicídio pode


coexistir com a qualificadora do motivo torpe, pois o
feminicídio tem natureza objetiva, o que dispensa a análise do
animus do agente, enquanto o motivo torpe tem natureza
subjetiva, já que de caráter pessoal.

II. O homicídio qualificado-privilegiado, nos termos da


jurisprudência predominante do STJ, é considerado crime
hediondo, porque a qualificadora prepondera sobre o
privilégio, pois este é mera causa de diminuição da pena.

III. De acordo com entendimento firmado no Superior


Tribunal de Justiça, responde por homicídio simples aquele
que pratica o delito sem motivo, não se admitindo a incidência
da qualificadora do motivo fútil pelo simples fato de o delito
ter sido praticado com ausência de motivos.
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IV. A qualificadora do chamado homicídio funcional, de acordo
com o texto legal, só abrange o vínculo consanguíneo, de
forma que ela não incide se a vítima for o filho adotivo do
agente de segurança.

V. É possível o homicídio qualificado-privilegiado desde que a


qualificadora tenha natureza objetiva, já que todas as causas
de privilégio são de natureza subjetiva.

Está incorreto o que se afirma em

A) III e IV, apenas.

B) II e IV, apenas.

C) II, apenas.

D) I e V, apenas.

Comentários:

O STJ não considera o homicídio qualificado-privilegiado crime


hediondo, mas comum. O privilegio prevalece sobre a qualificadora.
Lembrando que se adota o critério legal para definir os hediondos.

Gabarito: C.

16. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Segundo o Art. 121


do Código Penal, se o desmoronamento de uma edificação em
obra motivar a morte de um funcionário e a circunstância for
caracterizada como homicídio culposo, o engenheiro
responsável estará sujeito à pena de

A) detenção de 1 a 3 anos.

B) detenção de 4 a 6 anos.

C) detenção de 8 a 12 anos.

D) reclusão de 2 a 4 anos.

Comentários:

Homicídio culposo

§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)

Pena - detenção, de um a três anos.


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Aumento de pena

§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço),


se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão,
arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à
vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge
para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação
dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de


aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio
agente de forma tão grave que a sanção penal se torne
desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)

Gabarito: A.

17. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Assinale a


alternativa que apresenta crimes que admitem a forma
culposa.

A) Homicídio, lesão corporal e emprego irregular de verbas ou rendas


públicas.

B) Concussão, injúria e dano.

C) Prevaricação, homicídio e omissão de socorro.

D) Homicídio, lesão corporal e peculato.

Comentários:

Viu a importância de estudarmos os culposos, os que tem aumento


da pena, atenuantes, etc.

Gabarito: D.

18. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Antônio e Breno,


bacharéis em direito, fazendo-se passar por oficiais de justiça,
compareceram em determinada joalheria alegando que teriam
de cumprir mandado judicial de busca e apreensão de parte da
mercadoria, por suspeita de crime tributário. Para não cumprir
os mandados, solicitaram a quantia de R$ 10.000, que foi paga
pelo dono do estabelecimento.

Nessa situação, Antônio e Breno responderão pelo crime de


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A) concussão.

B) corrupção ativa.

C) corrupção passiva.

D) usurpação de função pública.

Comentários:

Trata de usurpação de função pública:

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Gabarito: D.

19. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Carro oficial é furtado


após funcionário público estacioná-lo em via pública deixando as
portas abertas e as chaves no contato. O funcionário, nesse caso,
incorre, em tese, no crime de

A) dano ao patrimônio público.

B) peculato culposo.

C) malversação de fundos públicos.

D) gestão perdulária de bens e serviços públicos.

Comentários:

Art. 312

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de


outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se


precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é
posterior, reduz de metade a pena imposta.
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Gabarito: B.

20. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Segundo o Código


Penal, a conduta praticada por funcionário de exigir
contribuição social ou tributo que sabe ou deveria saber
indevido, constitui crime conhecido como

A) concussão direta.

B) concussão indireta.

C) excesso de exação.

D) concussão implícita.

Comentários:

Excesso de exação na primeira modalidade – caracterizada pela


conduta de exigir tributo ou contribuição indevido (CP, art. 316, § 1º,
1ª parte);

Excesso de exação na segunda modalidade – caracterizada pela


conduta consistente na cobrança de tributo ou contribuição devido
com emprego de meio vexatório (CP, art. 316, § 1º, última parte);

Excesso de exação qualificada – caracterizada pela conduta de


desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu
indevidamente (CP, art. 316, § 2º).

Gabarito: C.

21. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) No que se refere


aos crimes funcionais contra a Administração Pública, assinale
a alternativa que corresponda ao tipo penal concussão.

A) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou


praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal.

B) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que


fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida.

C) Extrair livro oficial ou qualquer documento de que tem a guarda


em razão de cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.
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D) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.

Comentários:

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a


guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou
parcialmente:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime


mais grave.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Gabarito: B.

22. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Sobre os crimes


contra a Administração Pública previstos no Código Penal,
analise os itens abaixo:

I. O crime de concussão consiste em exigir, para si ou para outrem,


direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

II. No crime de advocacia administrativa, o agente patrocina, direta


ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário.

III. O crime de corrupção passiva consiste em solicitar ou receber,


para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.

Assinale:

A) se apenas a afirmativa I estiver correta.

B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.


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C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

D) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado


perante a administração pública, valendo-se da qualidade de
funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou


indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da


vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de


ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Gabarito: D.

23. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) João invade um


museu público disposto a furtar um quadro. Durante a ação,
quando já estava tirando o quadro da parede, depara-se com
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um vigilante. Diante da ordem imperativa para largar o
quadro, e temendo ser alvejado, vulnera o vigilante com um
projétil de arma de fogo. O vigilante vem a óbito; e João,
impressionado pelos acontecimentos, deixa a cena do crime
sem carregar o quadro. De acordo com o entendimento
sumulado pelo Supremo Tribunal Federal, praticou-se

A) furto qualificado tentado em concurso com homicídio qualificado


consumado.

B) roubo próprio tentado em concurso com homicídio consumado.

C) roubo impróprio tentado em concurso com homicídio consumado.

D) latrocínio consumado.

Comentários:

Súmula 610 STF

Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que


não realize o agente a subtração de bens da vítima.

Gabarito: D.

24. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Nos termos do


Código Penal, é correto afirmar que a conduta de subtrair
coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça à pessoa, tipifica uma das modalidades do crime de

A) roubo.

B) furto.

C) estelionato.

D) furto qualificado.

Comentários:

Perceba, mediante grave ameaça à pessoa. Roubo!

Gabarito: A.

25. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Carlos, guarda


municipal, durante seu horário de trabalho, verifica que Joana,
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declarando-se vendedora de roupas, aproxima-se de Marta e
passa a lhe mostrar as saias que teria para venda.

Enquanto Marta analisava as roupas apresentadas, Joana,


aproveitando-se da situação criada, pega o telefone celular de Marta,
que estava em cima do banco. Em seguida, Joana tenta deixar o local
dos fatos, levando o telefone e as saias, pois, na verdade, não era
vendedora, mas vem a ser presa em flagrante por Carlos.

Encaminhada à Delegacia e confirmados os fatos, Joana deverá ser


responsabilizada pelo crime de

A) furto simples.

B) furto mediante fraude.

C) estelionato simples.

D) apropriação indébita simples.

Comentários:

Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado


durante o repouso noturno.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa


furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra


que tenha valor econômico.

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é


cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou


destreza;
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III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa,


se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause
perigo comum.

§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de


veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou
para o exterior.

§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a


subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que
abatido ou dividido em partes no local da subtração.

§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se


a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que,
conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou
emprego.

Estelionato

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em


prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante
artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis


a dez contos de réis.

§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o


juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.

§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

Disposição de coisa alheia como própria

I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia


coisa alheia como própria;

Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria

II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria


inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu
vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando
sobre qualquer dessas circunstâncias;

Defraudação de penhor
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III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por
outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto
empenhado;

Fraude na entrega de coisa

IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve


entregar a alguém;

Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro

V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o


próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou
doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;

Fraude no pagamento por meio de cheque

VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do


sacado, ou lhe frustra o pagamento.

detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia


popular, assistência social ou beneficência.

Estelionato contra idoso

§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra


idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015)

§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima


for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela


Lei nº 13.964, de 2019)

II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de


2019)

III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº


13.964, de 2019)
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IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)

Gabarito: B.

26. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Maria foi vítima de


estupro praticado por um desconhecido em um parque. Ao
comparecer à delegacia, ela comunicou formalmente o
ocorrido e submeteu-se a exame de corpo de delito, que
comprovou a violência sexual; em seguida, foi feito o retrato
falado do estuprador. Apesar dos esforços da autoridade
policial, o autor do crime somente foi identificado e
reconhecido pela vítima sete meses após a ocorrência do fato.

Nessa situação hipotética, concluídas as investigações, o Ministério


Público deve

A) oferecer a denúncia, visto que estão presentes as condições da


ação penal.

B) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


interesse de agir.

C) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


possibilidade jurídica do pedido.

D) manifestar-se pelo arquivamento do inquérito policial por falta de


justa causa.

Comentários:

Estupro

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,


a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada


pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a


vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela


Lei nº 12.015, de 2009)
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§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído


pela Lei nº 12.015, de 2009)

Gabarito: A.

27. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) A partir do


momento em que determinado delito é praticado, surge para o
Estado o poder-dever de punir o suposto autor do ilícito.
Assim, para que o Estado possa deflagrar a persecução
criminal em juízo, é indispensável a presença de elementos de
informação quanto à autoria e quanto à materialidade da
infração penal. Diferencia-se o inquérito policial da instrução
processual por esse motivo. Acerca do valor probatório do
inquérito policial, assinale a alternativa correta.

A) Os elementos de informação, em que pese sejam colhidos na fase


de investigação, possuem valor probatório absoluto no processo
penal, quando inexistir outro elemento de prova que possa servir de
convicção ao juízo.

B) Os elementos de informação, colhidos na fase inquisitorial, jamais


serão admitidos como base de convicção jurisdicional.

C) Levando-se em consideração que os elementos de informação


quanto à autoria e à materialidade do delito não são colhidos sob a
égide do contraditório e da ampla defesa, deduz-se que o inquérito
policial tem valor probatório relativo.

D) Os elementos do inquérito não podem influir na formação do livre


convencimento do juiz para a decisão da causa, mesmo quando
complementam outros indícios e provas que passam pelo crivo do
contraditório em juízo.

Comentários:

O Inquérito Policial é caracterizado como um procedimento


administrativo, informativo, prévio e preparatório da ação penal. Tem
como objetivo reunir os elementos necessários para alcançar a
materialidade e os indícios de autoria de uma infração penal.

O IP possui valor probatório relativo, em razão da necessidade dos


elementos ali colhidos serem reproduzidos na fase judicial, sob o
crivo da ampla defesa e do contraditório.
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OBS: O art. 155 do CPP reforçou o caráter administrativo do IP, em
razão da ausência do contraditório e ampla defesa na fase policial,
obstando, inclusive, que o Juiz fundamente sua decisão apenas com
apoio nas provas colhidas durante o inquérito.

Todavia, como exceção, é possível se aventar o contraditório das


provas produzidas durante a investigação criminal (provas cautelares
não repetíveis e antecipadas).

Por óbvio, os laudos periciais terão valor probatório durante a fase


judicial e, apesar de não serem contraditados durante a fase
investigatória, certamente poderão ser questionados na fase judicial
(contraditório diferido, postergado ou prorrogado - aquele que
primeiro se produz a prova e em seguida realiza-se o contraditório),
pois, embora tais provas sejam produzidas durante o IP, em razão da
impossibilidade de repetição durante o processo judicial, serão
posteriormente submetidas ao contraditório.

Gabarito: C.

28. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Nos literais e


expressos termos do art. 13 do CPP, incumbe à autoridade
policial, entre outras funções:
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A) providenciar o comparecimento do acusado preso, em Juízo,
mediante prévia requisição.

B) manter a guarda de bens apreendidos e objetos do crime até o


trânsito em julgado da ação penal.

C) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à


instrução e julgamento dos processos.

D) cumprir as ordens de busca e apreensão e demais decisões


cautelares que tenha requisitado.

Comentários:

Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a


autoridade policial deverá:

I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o


estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após


liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de
28.3.1994)

III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do


fato e suas circunstâncias;

IV – ouvir o ofendido;

V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do


disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o
respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham
ouvido a leitura;

VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;


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VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de
delito e a quaisquer outras perícias;

VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo


datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes;

IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista


individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.

X – colher informações sobre a existência de filhos, respectivas


idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de
eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:

I – fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à


instrução e julgamento dos processos;

II – realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério


Público;

III – cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades


judiciárias;

IV – representar acerca da prisão preventiva.

Gabarito: C.

29. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) De acordo com o


entendimento do STF, o uso de algemas
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A) é uma excepcionalidade e deve ser justificado previamente, de
forma oral ou por escrito.

B) é restrito à prisão penal, sendo inadmissível na prisão cautelar,


devido ao princípio da inocência.

C) ensejará responsabilidade disciplinar, civil e penal da autoridade


que o determinar, caso seja injustificado.

D) ensejará a anulabilidade da prisão e dos atos subsequentes, caso


seja injustificado.

Comentários:

SV 11

Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado


receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Gabarito: C.

30. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Conforme


entendimento dos Tribunais Superiores sobre a prisão
domiciliar prevista no Código de Processo Penal, é correto
afirmar que:

A) É medida cautelar alternativa à prisão incompatível com a


detração penal.

B) É medida destinada apenas às mulheres presas, tendo em vista o


alto número do encarceramento feminino no Brasil.

C) É vedada quando a acusada for reincidente em crime doloso, bem


como quando o crime for cometido pela mãe contra seu próprio filho.

D) Caso haja dúvida acerca da condição de guardiã dos filhos, pode o


juiz solicitar laudo social, desde que já efetive a medida em favor da
mulher presa.

Comentários:
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Para apurar a situação de guardiã dos seus filhos da mulher presa, dever-se-á dar
credibilidade à palavra da mãe, podendo o juiz, na dúvida, requisitar a elaboração de
laudo social, devendo, no entanto, cumprir desde logo a presente determinação. Caso
se constate a suspensão ou destituição do poder familiar por outros motivos que não
a prisão, a presente ordem não se aplicará.

Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou


acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com
autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar


quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).

I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de


2011).

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;


(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6


(seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;


(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de


até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)

Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos


requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que


for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será
substituída por prisão domiciliar, desde que: (Incluído pela
Lei nº 13.769, de 2018).

I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a


pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.


(Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
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Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A
poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das
medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

Gabarito: D.

31. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Sobre a prisão


cautelar, outras medidas cautelares e a liberdade provisória
previstas no Código de Processo Penal, analise as afirmativas
abaixo:

I - A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou


responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída
por prisão domiciliar, desde que não tenha cometido crime com
violência ou grave ameaça a pessoa e não tenha cometido o crime
contra seu filho ou dependente.

II - Dentre outas situações previstas em lei, poderá o juiz substituir a


prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 70
(setenta) anos; extremamente debilitado por motivo de doença
grave; ou quando o acusado for imprescindível aos cuidados especiais
de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência.

III - Embora o Código de Processo Penal seja silente sobre o assunto,


a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou que o homem,
caso seja o ˙único responsável pelos cuidados do filho de até 12
(doze) anos de idade incompletos, poder· ser beneficiado com a
prisão domiciliar, por questões humanitárias e em analogia à situação
da mulher.

IV - Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado regularmente


intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo
justo; deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do
processo; descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com
a fiança; resistir injustificadamente a ordem judicial; praticar nova
infração penal dolosa ou culposa.

Pode-se afirmar que:

A) Apenas I e II estão corretas.

B) Apenas I está correta.

C) Apenas II e III estão corretas.

D) Apenas III e IV estão corretas.


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Comentários:

I - CORRETA. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que


for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será
substituída por prisão domiciliar, desde que não tenha cometido
crime com violência ou grave ameaça a pessoa e não tenha cometido
o crime contra seu filho ou dependente.

Art. 318-A do CPP. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou


que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência
será substituída por prisão domiciliar, desde que:

I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a


pessoa;

II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

II - ERRADA. Dentre outas situações previstas em lei, poderá o juiz


substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for
maior de 70 (setenta) anos; extremamente debilitado por motivo de
doença grave; ou quando o acusado for imprescindível aos cuidados
especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência.

Art. 318 do CPP. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela


domiciliar quando o agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6


(seis) anos de idade ou com deficiência;

IV - gestante;
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V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de


até 12 (doze) anos de idade incompletos.

III - ERRADO. Embora o Código de Processo Penal seja silente sobre


o assunto, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou que o
homem, caso seja o ˙nico responsável pelos cuidados do filho de até
12 (doze) anos de idade incompletos, poder· ser beneficiado com a
prisão domiciliar, por questões humanitárias e em analogia à situação
da mulher.

O CPP não é silente. Veja o art. 318, V, do CPP.

IV - ERRADO. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado


regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer,
sem motivo justo; deliberadamente praticar ato de obstrução ao
andamento do processo; descumprir medida cautelar imposta
cumulativamente com a fiança; resistir injustificadamente a ordem
judicial; praticar nova infração penal dolosa ou culposa.

Art. 341 do CPP. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:

I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de


comparecer, sem motivo justo;

II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do


processo;

III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a


fiança;

IV - resistir injustificadamente a ordem judicial;


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V - praticar nova infração penal dolosa.

Gabarito: B.

32. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) A prisão preventiva


imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por
prisão domiciliar, desde que

A) não se trate a gestante de reincidente ou portadora de maus


antecedentes.

B) não seja a gestante líder de organização criminosa ou participante


de associação criminosa.

C) não se trate de acusada por crime hediondo ou equiparado.

D) não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça à


pessoa e não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

Comentários:

Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que


for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será
substituída por prisão domiciliar, desde que: (Incluído pela
Lei nº 13.769, de 2018).

I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a


pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.


(Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A


poderá ser efetuada sem prejuízo da aplicação concomitante das
medidas alternativas previstas no art. 319 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).

Gabarito: D.

33. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Acerca do instituto


da liberdade provisória e das disposições que a disciplinam, é
incorreta a afirmação seguinte:
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A) O quebramento injustificado da fiança importa na perda de metade
de seu valor, com a consequente imposição de outras medidas
cautelares, aí incluída a prisão preventiva, se presentes seus
requisitos.

B) A perda da fiança decorrente da não apresentação do condenado


para o cumprimento da pena imposta independe de que esta seja
privativa de liberdade ou não.

C) A cassação da fiança ocorrerá na hipótese em que, instado a


reforçá-la, o acusado não o fizer.

D) Não se cogita de liberdade provisória mediante fiança nas


hipóteses em que estejam presentes os requisitos de que depende a
decretação da prisão preventiva e da temporária.

Comentários:

Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:

I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;

II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens


hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas;

III - quando for inovada a classificação do delito.

Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão,
quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada.

Gabarito: C.

34. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Nos exatos termos


do art. 302 do CPP, considera-se em flagrante delito quem

A) cometeu a infração penal nas últimas 24h.

B) é imediatamente reconhecido como autor do crime pela vítima.

C) é avistado em conduta que gera fundada suspeita, logo após o


crime.

D) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração.
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Comentários:

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em


flagrante delito enquanto não cessar a permanência.

Gabarito: D.

35. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) De acordo com o


Código de Processo Penal, a nota de culpa deverá conter:

1. a assinatura do preso.

2. o nome da autoridade policial.

3. os motivos da prisão.

4. o nome do condutor.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

A) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.

B) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.

C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.

D) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.


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Comentários:

Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão


comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à
família do preso ou à pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será


encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a
Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de


culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e
os das testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Gabarito: D.

36. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) De acordo com o


Código de Processo Penal, é correto afirmar:

A) A concessão de liberdade provisória deverá impor, como condição,


a garantia do juízo por meio de fiança.

B) O delegado de polícia, entendendo a inadequação das medidas


cautelares, poderá revogar a prisão em flagrante.

C) A prisão em flagrante somente poderá ser relaxada após fixada a


fiança pela autoridade judicial.

D) Ao receber o auto de prisão em flagrante, a autoridade judiciária


poderá conceder liberdade provisória de forma fundamentada.

Comentários:
Letra A: errada, há casos de liberdade provisória sem fiança;

Letra B: errada, art. 310 do CPP;

Letra C: errada, o relaxamento é decretado nos casos de prisões ilegais;

Letra D: CORRETA;

Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e
quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a
presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o
membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
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I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os


requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído


pela Lei nº 12.403, de 2011).

Gabarito: D.

37. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) São medidas


cautelares diversas da prisão,

A) o reconhecimento de pessoas e a monitoração eletrônica.

B) o comparecimento periódico em juízo e o recurso em sentido


estrito.

C) a proibição de ausentar-se da comarca e o regime aberto.

D) a fiança e a proibição de acesso ou frequência a determinados


lugares.

Comentários:

Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:


(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições


fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares


quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou
acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de
novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando,


por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado
dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).
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IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja
conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga


quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de


natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua
utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei
nº 12.403, de 2011).

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes


praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código
Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o


comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de


2011).

§ 4o A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo


VI deste Título, podendo ser cumulada com outras medidas
cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo


juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território
nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o
passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Gabarito: D.

38. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Com relação ao


tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou,
respectivamente, as teorias do(a)

A) resultado e da ação.

B) consumação e do resultado.

C) atividade e da ubiquidade.

D) ubiquidade e da atividade.
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Comentários:

Tempo do crime (TEORIA DA ATIVIDADE)

CP Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou


omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

Lugar do crime (TEORIA DA UBIQUIDADE)

CP Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu


a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu
ou deveria produzir-se o resultado

Gabarito: C.

39. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Consoante


prescreve o Código Penal, È incorreto afirmar sobre a
extraterritorialidade da lei brasileira:

A) Embora cometidos no estrangeiro, ficam sujeitos à lei brasileira os


crimes contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
Portanto, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro, o agente
È punido segundo a lei brasileira.

B) Nos casos de extraterritorialidade condicionada, além do ingresso


do agente no território nacional, a aplicação da lei brasileira depende
das seguintes condições: ser o fato punível também no país em que
foi praticado; estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei
brasileira autoriza a extradição; não ter o agente sido absolvido no
estrangeiro ou por não ter por aí cumprido a pena; e não ter sido o
agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

C) Consoante o princípio da representação ou da bandeira, adotado


pela reforma penal de 1984, ficam sujeitos à lei brasileira os crimes
praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou
de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não
sejam julgados.

D) Dada a proibição de extradição de brasileiros (artigo 5º, inciso LI,


da Constituição da República), aos delitos praticados por brasileiro no
estrangeiro que, posteriormente, ingressa em território brasileiro,
aplica-se a extraterritorialidade, cuja competência para o processo e
julgamento ser· do juízo de Brasília-DF, ainda que ele tivesse residido
noutro Estado da Federação.
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Comentários:

CPP Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território


brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde houver
por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil,
será competente o juízo da Capital da República.

Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções,


tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no
território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do


território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados


a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em
vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que


ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 1984)

Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de


1984)

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no


estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da


República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito


Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) contra a administração pública, por quem está a seu


serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
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d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado
no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a


reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de


1984)

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,


mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei


brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.(Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira


depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)

a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº


7.209, de 1984)

b) ser o fato punível também no país em que foi


praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei


brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí


cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro


motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por


estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições
previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)

a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei


nº 7.209, de 1984)

b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº


7.209, de 1984)

Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº


7.209, de 11.7.1984)
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Gabarito: D.

40. (2020 – Carreiras Policiais - Simulado) Tendo em conta as


normas previstas no Código Penal relacionadas à aplicação da
lei penal, assinale a alternativa correta.

A) As leis intermitentes vigoram por prazo determinado e têm por


característica a não ultratividade.

B) A lei penal mais gravosa aplica-se ao crime continuado, se sua


vigência é anterior à cessação da continuidade.

C) A lei penal não retroagirá, exceto se mais benéfica ao réu, desde


que não iniciada a execução penal fixada em condenação transitada
em julgado.

D) O princípio da continuidade normativa permite reconhecer abolitio


criminis pela revogação da lei, se a conduta permanece típica em
outro dispositivo legal.

Comentários:

(A) As leis intermitentes vigoram por prazo determinado e têm por


característica a não ultratividade. Leis intermitentes são as leis
temporárias (vigência predeterminada no tempo) ou excepcionais
(vigência durante uma situação de anormalidade). Ambas POSSUEM
ULTRAVIDADE, ou seja, são aplicáveis se durante sua vigência o fato
foi praticado

(B) CORRETA Súmula 711/STF: A lei penal mais grave aplica-se ao


crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é
anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

(C) A lei penal não retroagirá, exceto se mais benéfica ao réu, desde
que não iniciada a execução penal fixada em condenação transitada
em julgado. ERRADO, a competência para a aplicação depende de
onde se encontra a persecução, sendo pelo Juiz de Execução Penal na
hipóteses de sentença transitada em julgado Súmula 611 STF –
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das
execuções a aplicação de lei mais benéfica.

(D) O princípio da continuidade normativa permite reconhecer abolitio


criminis pela revogação da lei, se a conduta permanece típica em
outro dispositivo legal. Não houve abolitio criminis, mas continuidade
típico-normativo, um mero deslocamento do tipo penal para outro
dispositivo; então a conduta permanece típica
Simulado 8 – Leis Penais, Penal e Processo – @prof_herculano
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(E) A lei intermediária – vigente entre a data do fato e do julgamento
– se mais favorável, terá dupla extra atividade: irretroatividade
quanto à lei vigente na data do fato e ultratividade quanto à vigente
na data do julgamento.possui retroatividade (aplica-se ao fato
passado0 e ultratividade (também será aplicada após sua vigência
ser cessada) - STF 418876

Gabarito: B.

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