Ilicitude e Culpabilidade - Wagner

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ILICITUDE E CULPABILIDADE - WAGNER

21/02
ERRO
- O erro é a falsa representação da realidade ou o falso conhecimento de um
objetivo.
- Senso comum.
- Falso saber.
- Falsa percepção da realidade.

Erro de tipo (legal)


- É o erro que incide sobre elementos objetivos do tipo penal, abrangendo
qualificadoras, causas de aumento e agravantes. Detectado, exclui o dolo, que deve
ser abrangente, envolvendo todos os elementos típicos.
- No entanto pode remanescer a forma culposa (por imprudência, negligência e
imperícia).
Ex: O sujeito dispara um tiro no que supõe ser um animal, vindo a matar um
homem, essa falsa percepção da realidade incidiu o elemento crime de
homicídio.
Formas:
O erro de tipo pode ser:
Essencial
- Ocorre o erro de tipo essencial quando a falsa percepção da realidade faz com que
o agente desconhece a natureza criminosa do fato. (o agente mata uma pessoa
supondo tratar-se de animal)
- O Erro é no sentido técnico, porém há erro no sujeito passivo, quem tu mata.
- É o erro sobre elementos constitutivos do crime.

O erro essencial pode apresentar-se sob duas formas:


Essencial invencível (escusável) - qualquer pessoa, na situação em que se
encontrava o agente, incidiria em erro (exclui o dolo e a culpa)
Essencial vencível (inescusável) - quando pode ser evitado pela observância de
cuidado objetivo pelo agente, ocorrendo o resultado por imprudência ou negligência.
.
● Erro in persona in personan - Art 20 SS 3° "a pessoa quer praticado o dolo"
○ Achar q é uma pessoa e é outra, se confunde de pessoa e mata a
errada
● Aberratio ictus - Art 73 CP - Desvio de Golpe
○ Visa acertar uma pessoa e acerta outra acidentalmente, neste caso
não a confusão de pessoa (in persona in personnan) e sim de desvio

● Aberratio Criminis - (apenas aplicado para bens, área civil) - Art 74


"resultado diverso do pretendido" - destruir o carro alheio achando q era de
alguém conhecido
● Error in objecto - Quer subtrair uma coisa e subtrair outra por engano
● Aberratio causae - Erro acidental
○ Não tem nexo causal
○ Quando não há solução ao caso, não tem nexo
○ Quem quer fazer não faz, quem não quer fazer, faz

TIPICIDADE

- Fato típico, antijurídico e culpável


- Relação formal entre um fato/conhecimento + à lei penal

Espécies
- Formal
● Correlação do fato a lei penal
- Hipótese de exclusão - Formal
● Quando o fato é atípico há a exclusão Formal, existe a lesão porém não há
lei
- Material
● O efetivo dano que a conduta causa no meio social
Tipicidade
É a adequação do fato ocorrido na vida real ao modelo de conduta incriminador
previsto no tipo.

Hipótese de exclusão material


Princípio da adequação social: Dano relevante para sociedade
● A conduta socialmente aceita pela sociedade não pode ser considerada
típica, pois não usa nenhum bem jurídico.
● Insignificância - A materialidade precisa ser significante o suficiente pra gerar
danos
Funções (o que faz/para q serve)
- Garantia - Art 1°
● Positivo - Quem faz, tem consequências
● Negativo - Quem não deve não teme
- Seletiva
● Se preocupa com questões específicas
- Indiciária
● Indica se é lícito e ilícito
Tipo penal/legal
- Modelo abstrato previsto em Lei Penal
- Tipo Penal Incriminadora
● Parte Especial do PC
- Tipo Penal Permissivos
● Parte Geral (Art 128)
- Crime Doloso - Na ausência da lei é doloso
- Crime Culposo - O Art fala
-Fundamental e Acessórios
● Privilegiados (Causas de diminuição de pena)
● Qualificados (Tem aumento de pena)
- Crime de dano ou perigo
● Abstrato ou concreto
● Qualificado pelo resultado (falta de Epi)
● Instantâneo e Permanente
Aula 28/02
ILICITUDE / ANTIJURÍDICO
O que cria o crime?
A lei, o crime é um produto objetivo.
- Aquilo que é proibido
- Art 21 Cp - Ninguém pode alegar desconhecimento da lei

Ilicitude:
- O injusto, a contradição do lícito, o proibido.
- É a contrariedade de uma conduta com o direito, causando lesão a um bem
jurídico protegido.
- Trata-se de um prisma que leva em consideração o aspecto formal da
antijuridicidade (contrariedade da conduta com o direito), bem como o seu lado
material (causando lesão a um bem jurídico tutelado).

Antijuricidade
- Pode haver uma conduta ilícita não culpável, mas não pode haver culpabilidade
sem comportamento externo antijurídico.
- É preciso que seja ilícito para que sobre ele incida a reprovação do ordenamento
jurídico, e que o agente tenha cometido com os requisitos da culpabilidade.

Das mudanças normativas a ilicitude


- A relação de oposição de contradição entre o fato típico e aquilo que lei
representa, sua intenção
- Anti formal - A própria oposição da lei contra o fato típico
- A graduação do Injusto - A lei cria o Injusto proibindo

Formal
- É a oposição do fato típico;
A relação de oposição da licitude e da legalidade;
Oposição entre a lei e o fato típico.
Material
- Tem-se o crime sob ângulo dos bens protegidos pela norma penal;
- Aspecto material, o crime é a violação de um interesse penalmente protegido.
Graduação do injusto
- A lei cria o injusto, o proibido;
- O sistema precisa de controle.

Causas de exclusão da Ilicitude


- Causas Supralegal - Quando há consentimento, não é algo relevante suficiente
para punir (falta de educação, Lutinha, ofensa)
- Causas Legais -Art 23 CP
● Estado de necessidade - Art 24 CP
● Legítima defesa - Art 25 CP
● Cumprimento do dever legal

ESTADO DE NECESSIDADE

- É o sacrifício de um interesse juridicamente protegido, para salvar de perigo atual


e inevitável, o direito do próprio agente ou de terceiro, desde que outra conduta, nas
circunstâncias concretas, não era razoavelmente exigível.
- Condição, situação ou circunstância de perigo.
- Em nome de um bem jurídico eu posso destruir outro.
Defensivo - Um perigo iminente (um cachorro vir de atacar e tu matá-lo para sua
proteção).
Agressivo - para salvar o próximo.

Teorias
A) Unitária - Os bens jurídicos envolvidos são lícitos (A vida é superior a um
bem seja ele qual for).
- Justificante.
- Essência do estado de necessidade.

B) Diferenciadora (Pode destruir a vida para salvar um bem)


- Caracterização do estado de necessidade.
- Perigo atual não provocado (situação de risco atual).
- Inevitável e Invencível.
Requisito para o estado de necessidade
- Art 24 CPC
- Obrigação para enfrentar o perigo.
- Situação de risco e perigo atual.
- Não provocou por sua vontade e não teria outra forma de atuação.

Aula 06/03
Resumo das últimas aulas

Tipicidade
- Normas penais incriminadoras.
- Normas penais permissivas.
● aborto (de acordo com a lei);
● Art.23 (exclusão da ilicitude).

“Dentro de uma lei tem uma norma que estabelece o proibido, com o objetivo de
obter controle social.”

- Promovendo a paz pública.

LEGÍTIMA DEFESA

- Também há um estado de necessidade.


- Causado por uma ação defensiva.

Provocação e agressão
- Provocação não justifica legítima defesa.
- Livre fazer o que a lei permite - pronte.
● Dentro de cada situação
Honesto - Aquele que segue as regras
Provocação - Não autoriza a ação defensiva
Agressão - Envolve a prática ao mal, crime
Ofendículas
- Instrumento (cercas aletricas, cães, vidros)
● Pode responder de forma culposa (Ex: O caso de uma criança que pula o
muro para recuperar um objeto)
Inimputáveis
- Cabe discussão
- Alguém atua sem culpabilidade, como alguém pode praticar o injusto
- exclui a culpabilidade

Introdução (legítima defesa)

- Apenas defesa.
- Não pode ter excesso.
(uma ação humana + reação defensiva).

Art.25 CP
“Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”

Requisitos
A) Proporcionalidade
● A legítima defesa precisa estar em equilíbrio e ser justa.
● Igual e a mesma intensidade.
B) Moderação
● Mesma Intensidade
C) Atual ou Iminente
● Se permite a reação defensiva, para defender outro também.

Art.25 CP
Meios = instrumento - o que utilizou.
Modos =uso - como foi executado.
- De repente um meio é necessário mas o modo como é utilizado é incorreto
(ex:disparo de um tiro).
Crime e excesso
- Se a ação agressiva não é atual ou iminente , não é exesso, e sim, crime.
(Ex. Caso do sargento Farmacia)
Art 15. Desistência voluntária e arrependimento eficaz.

- Aberratio ictus (Desvio de golpe)


● Autêntica legítima defesa.
● No caso do sargento se enquadra como agressão

NOME - FAMA - TRATAMENTO


Excesso: sofre a ação, mas perde o controle sobre ela (meios e modos de ação).

Aula 13/03
ESTRITO CUMPRIMENTO LEGAL
- Cabe interpretação..
- É o sacrifício de um interesse juridicamente protegido, para salvar de perigo atual
e inevitável o direito próprio agente ou terceiro, desde que outra conduta, nas
circunstâncias concretas, não era razoavelmente exigível.

Art.23, III, CP
Hermenêutica
Interpretação:
● Sintática;
● Semântica;
● Pragmático.

II- Estrito (certo, exato, determinado) comprimento (fazer, executá) do dever legal.
● Causa danos - fazendo valer a lei (ex: policial).
● Não há crime.
● Causa danos (justa).
III- Exercício (prática, profissional autorizado).
● Em casos de outras profissões.
● Regular (habitual, norma, profissional de direito).
CULPABILIDADE

Introdução
- Trata-se de um juízo de reprovação social, incidente sobre o fato e seu autor,
devendo o agente ser imputável, atuar com consciência potencial de ilicitude, bem
como ter a possibilidade de atuar de outro modo, seguindo as regras impostos pelo
direito.

- Culpabilidade é, sem dúvida, um juízo valorativo de censura que se faz ao autor


um fato criminoso.

- Esse juízo só pode estar na cabeça de quem julga, mas tem por objeto o agente
do crime e sua ação criminosa.

Etimologia
A) “Culpa” = uma dívida irreparável (equivalente a uma trauma).
- Essa culpa pertence ao delinquente ao infringir as leis.
B) Censura C) Reprovabilidade = injusto, isso não é culpa.

Teorias
Essa culpabilidade:
Dolus (intenção) = culpa intransferível

Bonus (bom)

Malus (mau)

Teoria psicológica ou clássica


- Culpa é o dolo (intenção).
- Causalista.
- Dolo é culpa compõem a culpabilidade, dolo é vontade + inteligência, razão de
praticar o delito
Teoria psicológica normativa
- Dolo e culpa ainda compõem e culpabilidade, mas a eles se junta o juízo de
reprodução social sobre o imputável, que age com consciência da ilicitude e
exigibilidade de um comportamento conforme o direito.
● Dolo;
● Culpa;
● Imputabilidade - é um pressuposto para a teoria psicológica ;
● Capacidade de compreender a injustiça do fato (errado) e determinar por lei;
● Exigibilidade.

Teoria normativa da culpabilidade

Imputabilidade Retira o dolo Que não para


+ Exigibilidade ➜ e a culpa ➜ a tipicidade

- Retira o dolo da culpabilidade e o coloca no tipo penal.

Teoria limitada da culpabilidade


Poena - pena (nasce da culpa)

Cela monástica = Resultado da culpa

Penitenciária
Aula 20/03 - Ilicitude e culpabilidade

Culpabilidade
Dispositivos legais (estrutura da culpabilidade)
- Culpa por ter praticado um crime sem intenção (culpa) e Culpa por ter
praticado infringindo a lei penal (dolo)
- Dolo - intenção
- Culpa - sem intenção
Art 18 e 19 CP
- Erro de tipo (visto em tipicidade)
Art 2p CP
- Erro de proibição
Art 21 CP
Potencial consciência da Ilicitude
- Imputabilidade
Art 26, 27 e 28 CP (fala das causas dirimentes, isento de pena)
- Exigibilidade de conduta diversa
Art 22 CP

Primeira hipótese
- Imputabilidade - É a capacidade ou condição de compreender a natureza
dos fatos e se determinar por eles.
Causas de exclusão: Art 26 CP
Doença mental: Causas físicas ou psíquica. Determinado pelo Cid 09 e 10
- Desenvolvimento mental incompleto: Silvícolas (índio), Rurícolas
(moradores de lugares extremamente afastados), Analfabeto
Surdo ou mudo que não saiba se Aula 20/03 - Ilicitude e culpabilidade

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